Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Relatório

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 10

1- INTRODUO

Uma reao qumica no um fenmeno instantneo. As


transformaes moleculares ocorrem a uma velocidade que depende da
natureza das molculas e das condies de temperatura e presso. Em certas
transformaes, a reao muito rpida; em outras, lenta ou pouco
pronunciada. Em muitos casos possvel alterar essa velocidade adicionando-
se uma substncia que no sofre modificao qumica durante a reao.
A catlise, fenmeno fsico-qumico, resulta da utilizao de certas
substncias ou elementos denominados catalisadores que, presentes numa
reao, so capazes de modificar sua velocidade. O mecanismo da catlise
elucida algumas propriedades do catalisador. Para haver reao entre duas
molculas, necessrio que o sistema supere um valor crtico da chamada
energia de ativao. Esse valor mnimo funciona como uma barreira de energia
que controla a ocorrncia da reao. Quanto mais alta for essa barreira, mais
difcil e lenta ser a reao; quanto mais baixa a barreira, mais fcil e rpida ela
ser. O catalisador reduz a barreira de energia e assegura etapas
intermedirias, graas s quais a reao se desenvolve, sem por em jogo
energias elevadas.
Para que uma reao qumica se inicie, necessrio que os reagentes
tenham ou recebam certa quantidade de energia mnima, que denominada de
energia de ativao. Com essa energia mnima, os reagentes conseguem
atingir o complexo ativado, que um estado intermedirio (estado de transio)
que se forma entre os reagentes e os produtos, em cuja estrutura existem as
ligaes anteriores enfraquecidas e a formao de novas ligaes (presentes
nos produtos). (VARGAS, 2013).
Observe que a energia de ativao necessria para atingir o complexo
ativado se torna uma espcie de obstculo que precisa ser ultrapassado para
que a reao ocorra. Isso significa que quanto maior for a energia de ativao
de uma reao, maior ser o obstculo a ser vencido e menor ser a
velocidade da reao. O contrrio tambm verdadeiro, se a energia de
ativao for menor, a reao ser mais rpida. exatamente isso que os
catalisadores fazem, eles criam um caminho alternativo, que exige menor
energia de ativao, fazendo com que a reao se processe de forma mais
rpida. (VARGAS, 2013).

1
Distinguem-se dois tipos de catlise: a homognea e a heterognea. Na
primeira, a reao se processa em uma s fase - reagentes e catalisador esto
ou em soluo lquida, ou em fase gasosa. Na heterognea, o catalisador
constitui uma fase slida, enquanto a reao se processa em outra, geralmente
gasosa.
A equao da reao de decomposio da gua oxigenada (H 202) em
presena do on ferroso (Fe2+) uma catlise homognea, a equao da
reao dada por:

2H2O (aq) 2H2O (l) + O2 (g)

Em condies normais essa reao se processa lentamente, em razo


de alta energia de ativao requerida para que ele ocorra. A funo do on
ferroso deve ser fornecimento de uma nova trajetria que possua menos
energia de ativao.
Pode-se esquematizar a reao de catlise em duas etapas. Na
primeira, o on ferroso oxidado a on frrico de acordo com a equao:

H2O2 + 2FE2+ + 2H+ 2FE3+ + 2H2O

Na segunda, o on frrico reduzido novamente a on ferroso de


acordo com a equao:

H2O2 + 2FE3+ 2FE2+ + O2 + 2H+


Em conjunto, estas duas reaes formam um processo em cadeia, cuja
reao a decomposio da H2O2:

2H2O2 2H2O + O2
Como se pode ver, o on ferroso catalisa a reao, permanecendo
inalterado ao final desta.
Como exemplo de catlise heterognea ser considerada a reao entre
H2 (g) + O2 (g). A reao dada pela equao:

2
2H2 (g) + O2 (g) 2H2O (g)

A energia de ativao da reao pode ser reduzida, bastando para isto


execut-la em presena de platina slida, que atuar como catalisador. A
platina, reduzindo a energia de ativao da reao, aumenta a velocidade da
mesma. Reagentes e produtos so gases desta e o catalisador slido, o que
caracteriza a catlise heterognea.

2- OBJETIVOS

Verificar o efeito de um catalisador em uma reao qumica,


caracterizar a ao cataltica de algumas substncias e caracterizar catlise
homognea e catlise heterognea.

3- MATERIAIS

Erlenmeyer de 125 mL;


Tubos de ensaio;
Esptula;
Cronmetro;
Lasca de madeira;
Pipetas graduadas de 10 mL;
H2O2 10 volumes;
MnSO4 0,3 mol/L;
MnO2;
cido oxlico 0,3 mol/L;
KMnO4 0,1 mol/L;
H2SO4 0,3 mol/L.

4- PROCEDIMENTOS
PARTE EXPERIMENTAL

Catlise Heterognea

Ser estudada a decomposio de gua oxigenada representada pela


equao:

2H20 (aq) 2H2O (l) + O2 (g)

O catalisador ser o bixido de mangans (MnO2) que slido.

3
1- Tome um tubo de ensaio e adicione a ele cerca de 8 mL de H2O2 a 10
volumes. Observe se est havendo alguma reao. Adicione ao meio
uma pitada de bixido de mangans (MnO2). Observe o que acontece e
anote. Que concluses voc pode tirar a respeito da velocidade da
reao antes e aps a adio do MnO 2?
2- Prepare uma lasca de madeira, coloque fogo e introduza sua
extremidade em brasa dentro de um erlenmeyer contendo cerca de 30
mL de H202, sem tocar na superfcie do lquido. Observe o que acontece
e anote. Que se pode concluir? Adicione a seguir uma pitada de bixido
de mangans. Introduza novamente a extremidade em brasa da lasca
de madeira dentro do erlenmeyer sem tocar a superfcie do lquido. O
que se observa? Que se pode concluir?

Catlise Homognea

Ser estudada a oxidao do cido oxlico pelo permanganato de


potssio em presena de cido sulfrico diludo.

A reao catalisada pelo sulfato de mangans e representada pela


seguinte equao:

5C204H2 + 2KMnO4 + 3H2SO4 K2SO4 + 2MnSO4 + 10CO2 + 18H2O

PARTE A
1- Em um tubo de ensaio, coloque 2 mL de soluo de cido oxlico 0,3
mol/L, 2 mL de H2SO4 2 mol/L e 2 mL de H2O (Tubo I).
2- Pipete 1 mLl de soluo de KMnO4 0,1 mol/L e coloque em outro tubo de
ensaio (Tubo II).
3- Prepare o relgio para fazer a leitura do tempo de reao.
4- Adicione ao Tubo II a soluo do Tubo I. Homogeneize e anote o tempo
gasto para descoramento completo da soluo.

PARTE B
1- Em um tubo de ensaio, coloque 2 mL de soluo de cido oxlico 0,3
mol/L, 2 mL de H2SO4 2 mol/L e 2 mL de soluo de MnSO4 0,3 mol/L
(Tubo I).
2- Pipete 1 mL de soluo de KMnO4 0,1 mol/L e coloque em outro tubo de
ensaio (Tubo II).
3- Adicione ao Tubo II a soluo do Tubo I. Homogeneize e anote o tempo
gasto para descoloramento completo da soluo. Houve variao no
4
tempo da reao? Que se pode concluir a respeito dos resultados
obtidos?

5- RESULTADOS E DISCUSSES

Catalise homognea

Pode se dividir a pratica 1 em duas etapas, sendo elas: a primeira sem o


catalisador (MnO2) onde somente colocamos a quantidade de 8 ml de perxido
de hidrognio em um tubo de ensaio e teve a liberao imperceptvel de
oxignio a olho nu, e a segunda etapa, com adio de uma pitada do
catalisador (MnO2) onde ouve uma maior liberao de oxignio e de calor
(reao exotrmica), sendo que aps um tempo ocorreu formao de
precipitado, sendo o precipitado o catalisar. Na Figura 1 mostra o perxido de
hidrognio usado no experimento.

Figura 1: Perxido de hidrognio.

Fonte: Acervo pessoal.

Quando se chegou o palito de picol com brasa perto do perxido de


hidrognio no ocorreu nada com o palito pois a liberao de oxignio baixa,
e no tendo a quantidade suficiente de liberao de oxignio para reacender o
fogo do palito de picol, como ilustrado na Figura 2.

Figura 2: Reao no acontece devido baixa liberao de oxignio.

5
Fonte: Acervo pessoal.

Com a adio do catalisador (MnO2) houve uma maior liberao de


oxignio com uma reao exotrmica e com precipitados. Na Figura 3 a seguir,
quando se chegou o palito de picol recm apagado, mas ainda com brasa,
perto do erlenmeyer, pode se observar que ouve uma maior liberao de
oxignio reacendendo o fogo no palito de picol.

Figura 3: Adio do catalisador MnO2 na reao.

Fonte: Acervo pessoal.

Catalise homognea

6
A reao catalisada pelo sulfato de mangans e representado pela
seguinte equao:

5C2O4H2+2KMnO4+3H2SO4K2SO4+2MnSO4+10CO2+18H20

Ao adicionar no Tubo ll, o que estava com 1 mL de KMnO 4 a soluo do


Tubo l (2 mL de soluo de cido oxlico 0,3 mols/L, 2 mL de H 2SO4, 2 mL de
H20) houve uma reao resultando em uma mistura com tonalidade roxa. Com
o passar do tempo e com agitao, a mistura foi ficando com colorao
diferente, at ficar incolor, como mostrado na Figura 4 abaixo.

Figura 4: Tubos com tonalidade roxa no incio e incolor no final da reao.

Fonte: Acervo pessoal.

Na Tabela 1, h as diferentes cores e tempos ocorrido durante o


experimento realizado.

Tabela 1: Colorao e tempos da mistura sem catalisador.

7
Cor Tempo
Marrom 2 minutos e 40 segundos
Amarelo 3 minutos e 10 segundos
Incolor 4 minutos e 28 segundos

No experimento que aconteceu com o catalisador homogneo MnSO 4 e


com agitao, a reao ficou incolor em um perodo de tempo menor em
relao ao experimento sem o catalisador, como pode-se ver na Figura 5.

Figura 5: Reao incolor atingida mais rpida por causa do catalisador.

Fonte: Acervo pessoal.

Os tempos gasto nesse experimento em relao as cores esto


demonstrada na Tabela 2.

Tabela 2: Colorao e tempos da mistura com catalisador.

Cor Tempo
Marrom 15 segundos
Amarelo 40 segundos

8
Incolor 1 minuto e 40 segundos

6- CONCLUSO

Foi realizado experimentos com e sem catalisador. Na primeira parte


pode se observar que sem o catalisador a reao liberou pouco oxignio, j
com catalisador aumentou a liberao do oxignio, e quando chegou o palito
com brasa perto o oxignio reagiu e reacendeu a chama. Concluindo assim
que o catalizador ajudou na liberao do oxignio.
Na segunda parte do experimento foi realizada uma reao
colorimtrica, no tubo sem o catalizador sulfato de mangans, obteve-se
tempos de reaes bem superiores do que o tubo que utilizou o sulfato de
mangans. A reao sem catalisador gastou mais tempo para ficar
completamente incolor, enquanto a reao com catalisador foi mais rpida. O
catalisador acelera a reao diminuindo a energia de ativao da reao.
Com essa prtica conclui-se que a utilizao do catalizador facilita o
acontecimento da reao, como tambm abaixa a energia de ativao
aumentando a velocidade com que a reao ocorre.

7- BIBLIOGRAFIA

Biomania. Catlise. Disponvel em: http://www.biomania.com.br/bio/?


pg=artigo&cod=2690. Acesso: 01 de setembro de 2016.
FORGAA, J. Fatores que alteram a velocidade das reaes. Disponvel
em: http://www.brasilescola.com/quimica/fatores-que-alteram-velocidade-das-
reacoes.htm. Acesso em: 24 de agosto de 2016.
VARGAS, J. R. Como atuam as substncias catalisadoras? Brasil Escola.
Disponvel em: http://brasilescola.uol.com.br/quimica/como-atuam-as-
substancias-catalisadoras.htm. Acesso em 03 de setembro de 2016.

9
10

Você também pode gostar