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Relatório 2 - Laboratório de Química Inorgânica

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UNIVERSIDADE VILA VELHA - UVV

ENGENHARIA QUÍMICA

AMANDA OLIVEIRA DA FONSECA


ANA CAROLINA GRILLO DE VASCONCELOS
ANNA KAMINSKI
GABRIEL DE OLIVEIRA BORGES PEREIRA

REAÇÕES DE OXI-REDUÇÃO

VILA VELHA
FEVEREIRO DE 2021
AMANDA OLIVEIRA DA FONSECA
ANA CAROLINA GRILLO DE VASCONCELOS
ANNA KAMINSKI
GABRIEL DE OLIVEIRA BORGES PEREIRA

REAÇÕES QUÍMICAS

Relatório do Curso de Graduação em


Engenharia apresentada a Universidade Vila
Velha - UVV, como parte das exigências da
Disciplina de Laboratório de Química
Inorgânica sob orientação da Professora
Maria Alice Moreno Marques

VILA VELHA
FEVEREIRO DE 2021
INTRODUÇÃO

Segundo Chang, Raymond (2010, p. 105), as reações de oxirredução


são aquelas em que há transferência de elétrons entre as espécies químicas
envolvidas. Onde, uma das espécies químicas perde elétrons, oxidando-se;
enquanto a outra espécie ganha elétrons, reduzindo-se. 
“Os agentes oxidantes são sempre reduzidos e os agentes redutores
são sempre oxidados.” CHANG, RAYMOND (2010, p. 106). Durante uma
reação de oxirredução, a substância que provoca uma oxidação em outra é o
agente oxidante, que recebe elétrons da outra substância, causando assim a
sua redução. Já o agente redutor, provoca a redução na outra substância e
sofre a oxidação perdendo elétrons. 
De acordo com Chang, Raymond (2010, p. 106/107), “O número de
oxidação, refere-se ao número de cargas que um átomo teria em uma molécula
(ou em um composto iônico) se houvesse transferência completa de elétrons.”.
Ou seja, por meio do Nox pode-se perceber a transferência de elétrons entre
espécies. Dessa forma, se o Nox do reagente for menor que o do produto, isto
é, aumentar, significa uma perda de elétrons na reação. Por outro lado, se o
Nox do produto for menor, quer dizer que a espécie química ganhou elétrons. 
Conforme Maia, Daltamir Justino, Bianchi, J.C. de A (2007, p. 347, 349,
350), para determinar o número de oxidação de um íon, basta olhar o próprio
valor de sua carga. Os metais por realizarem íons com diferentes cargas,
podem ter diferentes números de Nox. Para facilitar a atribuição do Nox desses
elementos, durante a realização da equação química da reação, basta somar o
Nox dos elementos conhecidos e das substancias neutras (que tem Nox zero).
Dessa forma, sabe-se que a soma desses números é nula, encontrando dessa
forma o Nox do elemento que estava faltando. 
 “Eletronegatividade é a tendência que o átomo de um elemento tem de
atrair elétrons quando ligado a outros átomos em uma espécie.” MAIA,
DALTAMIR JUSTINO; BIANCHI, J.C. de A (2007, p. 347,349). Ou seja, quanto
maior for essa tendência, mais eletronegativo o elemento é. A
eletronegatividade é essencial para denominar o Nox dos elementos químicos
em ligações covalentes, pois o número de oxidação de cada átomo depende de
sua eletronegatividade em relação ao átomo ligante. 
OBJETIVOS DA EXPERIÊNCIA

Desenvolver a habilidade de identificar, classificar e equacionar os


conceitos de oxidação e redução; e identificar os agentes redutores e oxidantes
de uma reação química de oxirredução. 

MATERIAIS

 Vidrarias:
· Pipeta
· Tubo de ensaio
 Instrumentos laboratoriais:
· Bico de gás
· Pera
· Pinça de madeira
 Reagentes:
· Iodeto de potássio 0,1M
· Ácido sulfúrico concentrado
· Permanganato de potássio 0,2 M
· Dicromato de potássio 0,2M
· Cloreto férrico 0,1M
· Cloreto de sódio 0,1M
· Hidróxido de sódio 0,1M
METODOLOGIA

Procedimento 1: 

A primeira parte do procedimento um, foi separado em três tubos (tubo 1, 2 e 3)


adicionados 1ml Iodeto de Potássio e cinco gotas de Ácido Sulfúrico
concentrado em cada, assim, no primeiro tubo adicionou-se cinco gostas de
solução Permanganato de Potássio 0,2 mol/L, no tubo dois, acrescentou-se
cinco gotas de solução Dicromato de Potássio, 0,1 mol/L, e por fim no terceiro
tubo, mais cinco gotas de Cloreto de Ferro 0,1 mol/L.  
Já a segunda parte do procedimento, repetimos a mesma operação, porém, em
vez de adicionarmos 1ml de Iodeto de potássio, adicionamos 1ml de Cloreto de
Sódio 0,1 mol/L. 
 
Procedimento 2: 

Para a realização da experiência adicionou-se em um tubo de ensaio cinco


gotas da solução de Dicromato de Potássio(0,2M) e logo em seguida mais
cinco gotas de Hidróxido de Sódio(0,1M), a seguir utilizando a capela inseriu na
solução Ácido Sulfúrico concentrado gota-a-gota analisando que
comportamento a reação obteve; logo após manusear o tubo de ensaio com a
pinça de madeira o sistema foi levado ao bico de gás e levemente aquecido. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO

1º Procedimento:

10 K I (aq) +2KMn O 4(aq) +8 H 2 S O 4(l) →2MnSO 4(aq) +5 I 2(s) +6 K 2 S O 4(aq) +8 H2 O (l) (1)
6K I (aq) + K2 Cr 2 O7(aq) +7 H2 S O4(l) →Cr 2 (S O4 )3(aq) +3 I 2(s) +4 K2 S O4(aq) +7 H2 O(l) (2)
2K I (aq) +2FeCl 3(aq) + H 2 S O 4(l) →2FeCl 2 (aq) + I 2(s) + K 2 SO4(aq) +2HC l (l) (3)

10NaC l(aq) +2KMn O 4(aq) +8 H 2 S O4(l) →2MnS O 4(aq) +5 I2(s) + K2 S O 4(aq) +5 Na2 S O 4(aq) + 8 H 2 O (l)
(4)
6NaC I (aq) + K 2 Cr 2 O 7(aq) + 7 H 2 SO 4(l) →Cr 2 (S O 4 ) 3(aq) +3 CI 2(l) + K 2 SO 4(aq) +3 Na2 SO 4(aq) + 7 H 2 O(l)
(5)
2NaC I (aq) + FeCl3 (aq) + H 2 SO 4(l) → FeCl 3(aq) + Na2 S O4( aq ) +2HC l (l) (6)

Por meio da reação entre KI, H 2SO4 e um terceiro reagente pôde-se


observar alteração de cor da solução e formação de precipitado. Para
classificar essas reações como oxirredução, foi evidenciado a presença de
substâncias que oxidaram e outras reduziram.  
Na equação (1), o KMnO4 é o agente oxidante e nele o Mn sofreu
redução passando seu Nox de +7 para +2. Ainda na equação (1), foi observado
que o KI é o agente redutor e nele o Iodo sofreu oxidação passando seu Nox
de –1 para 0.  
Já na equação (2), o K2Cr2O7 é o agente oxidante, onde nele o Cr sofre
redução, este fato pode ser analisado através do cálculo do seu Nox, que
passa de +6 para +3. Consequentemente o agente redutor é o KI, onde o I
sofreu oxidação com o seu Nox passando de –1 para 0. 
 E por fim na equação (3), o FeCl 3 é o agente oxidante, em que o Fe
sofreu redução, pode-se observar isso através do seu Nox, que passou de +3
para +2. Assim, foi possível concluir que o KI é o agente redutor, onde o I que
inicialmente possui o Nox –1 e passou para o Nox 0. 
Seguindo agora com o reagente NaCl no lugar do KI. A equação (4), o
KMnO4 é o agente oxidante e nele o Mn sofreu redução passando seu Nox de
+6 para +2. Assim observou-se que o NaCl é o agente redutor e nele o Iodo
sofreu oxidação passando seu Nox de –1 para 0.  
Na equação (5), o K2Cr2O7 é o agente oxidante, onde o Cr sofre redução,
este fato pode ser analisado através do cálculo do seu Nox, que passa de +6
para +3. Contudo o agente redutor é o NaCl, em que o I sofreu oxidação com o
seu Nox passando de –1 para 0. 
 Já na equação (6), não foi evidenciado uma reação de oxirredução,
visto que o FeCl3 não participa da reação pois o NaCl possui uma taxa de
reação maior. Dessa forma, ocorrendo uma reação de Dupla Troca entre
o NaCl e o H2SO4. 
Para conseguir identificar os agentes oxidantes e os agentes redutores,
foi calculado os valores dos Nox das substâncias da equação e verificando-se
quem reduziu, acabou causando a oxidação de outra espécie e pôde-se
classificá-lo de agente oxidante. A substância que sofreu oxidação incentivou a
redução de outra espécie, classificando-se como agente redutor.  
 O ácido presente nas reações libera íons hidrogênio na solução, onde o
hidrogênio se liga ao elemento mais eletronegativo presente na reação.
Durante as reações dos procedimentos 1 foi formado água e ácido clorídrico,
ou seja, o hidrogênio se liga ao oxigênio (Equações 1 e 2) e ao cloro (Equação
3). Dessa forma, com a liberação do íon hidrogênio e a junção com o cloro e
com o oxigênio, incentivou a redução do Manganês, Cromo e do Ferro. Que
por sua vez, estimularam na oxidação do Iodo. 

2º Procedimento:

Através da solução de K2Cr2O7, NaOH e KI, pôde-se observar que não


ocorre reação em meio básico, pois na equação o Nox do Cromo permanece o
mesmo.
 Em seguida, foi adicionado H2SO4 na solução, passando-a de básica
para ácida. Por conseguinte, foi observado a alteração de cor, que
anteriormente era amarela e tornou-se preto acinzentado devido a formação de
I2 em forma de precipitado. Com o aquecimento do sistema, foi observado a
sublimação do iodo, passando a coloração do sistema para uma cor cobre.
CONCLUSÃO

Os experimentos realizados durante a aula prática, serviram como uma


possibilidade de identificar e observar as reações de oxirredução com
diferentes agentes oxidantes e redutores. Durante a elaboração das equações
químicas, pôde-se observar qual substância sofreu oxidação e redução, isso
graças a identificação dos Nox de cada espécie. Dessa forma, verificou-se qual
substância estimulou a oxidação e a redução de outra, assim foi possível
nomear os agentes redutores e os oxidantes das reações nos procedimentos. 
Após uma breve análise e estudos sobre os procedimentos das reações
de oxirredução, pôde-se concluir que sempre haverá um agente redutor que
sofrerá oxidação, e um agente oxidante que sofrerá redução, ademais, também
se observou que algumas reações de oxirredução não apresentam indícios a
olho nu. Na reação da equação iônica de oxidação do I - a I2 por dicromato,
notasse que só ocorreu reação após adição de H 2SO4 no meio básico,
ocorrendo assim uma oxirredução. É importante salientar que, não houve uma
reação de oxirredução na equação de número (6), o que ocorreu foi uma de
Dupla troca onde o NaCl apresenta uma taxa de reação maior que
o FeCl3 proporcionando apenas uma reação entre o NaCl e o H2SO4.   

 
BIOBLIOGRAFIA

MAIA, Daltamir Justino; BIANCHI, J.C. de A. Química Geral: fundamentos. 1.


ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

CHANG, Raymond. Química Geral: conceitos essenciais. 4.ed. São Paulo:


McGraw-Hill Education, 2010.

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