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SIMULADO Montado Por Mim

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SIMULADO

MANH

PORTUGUS
Fonte: Rafael Cariello. O antroplogo contra o Estado.In: Revista piau, n. 88,
jan./2014 (com adaptaes). Concurso: CDeputados 2014
Questo 1 - Em relao ao texto , julgue o item a seguir.

1 - Narrado em primeira pessoa e tratando de tema cientfico, o texto classifica-se como


artigo cientfico, ainda que tenha sido publicado em peridico no especializado.

2 - As formas verbais surgiu e ganhou, ambas na linha 3, poderiam, sem prejuzo


dos sentidos do texto, ser substitudas por surgira e ganhara, respectivamente, pois
indicam aes anteriores quelas referidas no primeiro perodo do texto.

3 - As ideias expressas nas frases Ser gente parecia uma questo de ponto de vista
(l.28) e Gente quem ocupa a posio de sujeito (l.29) constituem aspectos
importantes daquilo que o texto apresenta como perspectivismo amerndio (l.4).

4 - Depreende-se do texto que, segundo o pensamento predominante entre os indgenas


das Amricas, animais de determinada espcie reproduzem, nas relaes entre si e com
outras espcies, caractersticas da cultura humana, na qual sobressai a lgica da
predao.

Questo 2 - Em relao ao texto , julgue o item a seguir.

1- Em suas duas ocorrncias no texto, nas linhas 41 e 53, o pronome pessoal ns tem
como referente o mesmo conjunto de indivduos.

2 - O trao especfico do pensamento indgena nas Amricas (l.6-7) a que se refere o


autor do texto consiste na recusa dos indgenas em se submeterem lgica de produo
da sociedade capitalista.

Srgio Buarque de Hollanda. O Brasil monrquico. Do Imprio Repblica. In:


coleo Histria geral da civilizao brasileira. So Paulo:Difuso Europeia do
Livro, 1972, tomo II, vol. 5. p. 21 (com adaptaes).
Questo 3 - Julgue o item a seguir, referente ao sentido e aos aspectos lingusticos do
texto .

1 - O termo nesse ponto (l.11) remete ao seguinte trecho do perodo precedente: pr


em uso algumas regras do parlamentarismo (l.7-8).

2- Depreende-se do texto que o art. 101, n. 6, da Constituio do Imprio (l.16-17)


tornou-se letra morta em decorrncia da prtica poltica adotada por D. Pedro II.

3 - De acordo com o texto, D. Pedro II concentrava, na prtica, mais poder do que a


Constituio do Imprio lhe outorgava.

4 - Segundo o texto, entre as regras parlamentaristas que D. Pedro II consideraria


inaceitveis estavam as que visassem atribuir ao Poder Legislativo a prerrogativa de
determinar a composio do gabinete ministerial.

5 - Conforme o texto, D. Pedro II procurava atuar de forma a evitar que ficasse patente
o exerccio discricionrio de seu poder.

Joo Ubaldo Ribeiro. A gente se acostuma a tudo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2006, p. 113-4 (com adaptaes).

Questo 4 - Em relao ao trecho reproduzido, julgue o item que se segue.

O pronome o, na orao nenhuma revoluo ou movimento o fez (l.19), remete


ideia expressa no predicado da orao imediatamente anterior.
O autor caracteriza como lgubre (l.22) sua opinio, porque ela revela sua descrena
na possibilidade de se sanarem os vcios, j antigos, da vida poltica brasileira.

correto afirmar que o trecho foi extrado de um ensaio acadmico, pois versa sobre
tema histrico com base em conceitos de teoria poltica.

O vocbulo brincadeira (l.6) utilizado pelo autor para se referir, de forma jocosa, aos
trabalhos da Assembleia Constituinte dissolvida por D. Pedro.

Dalton Trevisan. Ah, ? Rio de


Janeiro:Record, 1994. p. 67 (com adaptaes).
Questo 5 Em relao ao texto , julgue o item a seguir.

No texto, predominantemente narrativo, ocorrem tanto o discurso direto como o


discurso indireto livre.

A escassez de verbos nas duas primeiras frases do texto e o uso de forma verbal na voz
passiva realam a situao de imobilidade e fragilidade do personagem em foco.

Por tratar-se de narrativa em terceira pessoa, o texto apresenta, alm do relato das aes,
alguns comentrios do narrador, sem perscrutar o pensamento do personagem principal.

O uso das formas verbais ergue (l.11) e Revira (l.12), denotativas de movimento,
indica a recuperao fsica do personagem, decorrente da retomada da nsia de viver
(l.7).

O prazer proporcionado pela percepo sensorial de pssaro e plantas contribui para que
o personagem se sinta revigorado e recupere sua autoestima.
Renata Valrio de Mesquita.
Voc a sua senha. In: Planeta, fev./2014 (com adaptaes).

Questo 6 - Acerca dos aspectos lingusticos do texto , julgue o item seguintes:

A forma verbal Lidamos (l.9) poderia ser corretamente substituda por Lida-se.

Seria mantida a correo gramatical do texto caso o trecho cartes de crdito (...) no
mundo fsico (l.3-7) fosse assim reescrito: exige-se, a toda hora afim de identificar
algum no mundo fsico, cartes de crdito, RG, CPF, crachs corporativos e
carteirinhas de mil e uma entidades que engordam a carteira de todo cidado.

Na linha 2, o sujeito da forma verbal diz o pronome quem.

A orao introduzida pela conjuno que (l.10) expressa ideia de consequncia em


relao orao anterior, qual se subordina.
Juliana Braga. A casa de cada
um.In: Revista Darcy, ago.-set./ 2011 (com adaptaes).

Questo 7 - No que se refere aos aspectos lingusticos do texto , julgue o item a seguir.

Em As quadras, distribudas simetricamente pelas asas, tm prdios com plantas


semelhantes (l.2-4), o sentido da forma verbal tm equivale a incluir ou conter, como
parte de um todo.

Sem prejuzo do sentido original do texto e de sua correo gramatical, o trecho as que
implicam mudanas geomtricas e configuracionais das plantas (l.19-21) poderia ser
reescrito da seguinte forma: aquelas que resultam de mudanas geomtricas e
configuracionais das plantas.

O termo a (l.13) tem por referente a expresso as quadras (l.12).


O referente do sujeito da forma verbal pensa (l.13) Quem olha para o Plano Piloto
(l.11).

Nas estruturas que se repetem (l.4) e que se revela (l.6), o pronome se poderia ser
deslocado, sem prejuzo da correo gramatical do texto, para imediatamente aps as
formas verbais repetem e revela que repetem-se e que revela-se,
respectivamente.

TEXTO PCA OBJETIVA IDEG

Estamos acostumados a falar em cultura brasileira, assim, no singular, como se


existisse uma unidade prvia que aglutinasse (1) todas as manifestaes materiais e
espirituais do povo brasileiro. Mas claro que uma tal unidade ou uniformidade parece
no existir em sociedade moderna alguma e, menos ainda, em uma sociedade de classes.
Talvez (2) se possa falar em cultura bororo ou cultura nhambiquara tendo por referente
a vida material e simblica desses grupos antes de sofrerem a invaso e aculturao do
branco. Mas depois, e na medida em que (3) h fraes do interior do grupo, a cultura
tende tambm a rachar-se, a criar tenses, a perder a sua primitiva fisionomia que, ao
menos para ns, parecia homognea. A tradio da nossa Antropologia Cultural j fazia
uma repartio do Brasil em culturas aplicando-lhes um critrio racial: cultura indgena,
cultura negra, cultura branca, culturas mestias. (4) Uma obra excelente, e ainda hoje
til como informao e mtodo, a Introduo antropologia brasileira, de Arthur
Ramos, terminada em 1943, divide-se em captulos sistemticos sobre as culturas no-
europeias (culturas indgenas, culturas negras, tudo no plural (5) ) e culturas europeias
(culturas portuguesa, italiana, alem...), fechando-se pelo exame dos contatos raciais e
culturais. Os critrios podem e devem mudar (6). Pode-se passar da raa para nao, e
da nao para a classe social (cultura do rico, cultura do pobre, cultura burguesa, cultura
operria), mas, de qualquer modo, o reconhecimento do plural (7) essencial. A
proposta de compreenso (8) que se faz aqui tem um alcance analtico inicial; e poder
ter (oxal tenha) um horizonte dialtico final. Se pelo termo cultura entendemos (9) uma
herana de valores e objetos compartilhada (10) por um grupo humano relativamente
coeso, poderamos (11) falar em uma cultura erudita brasileira, centralizada no sistema
educacional (e principalmente nas universidades), e uma cultura popular, basicamente
iletrada, que corresponde aos mores materiais e simblicos do homem rstico, sertanejo
ou interiorano, e do homem pobre (12) suburbano ainda no de todo assimilado pelas
estruturas simblicas da cidade moderna. A essas (13) duas faixas extremas bem
marcadas (no limite: Academia e Folclore) poderamos acrescentar outras duas que o
desenvolvimento da sociedade urbano-capitalista foi alargando (14): a cultura criadora
individualizada de escritores, compositores, artistas plsticos, dramaturgos, cineastas,
enfim, intelectuais que no vivem dentro da Universidade e que, agrupados ou no,
formariam, para quem olha de fora, um sistema cultural alto, independentemente dos
motivos ideolgicos particulares que animam este ou aquele escritor, este ou aquele
artista; e, enfim, a cultura de massas, que, pela sua ntima imbricao com os sistemas
de produo e mercado de bens de consumo, acabou sendo chamada pelos intrpretes da
Escola de Frankfurt de indstria cultural, cultura de consumo. Teramos em registro
analtico: cultura universitria, cultura criadora extra-universitria, indstria cultural e
cultura popular. Do ponto de vista do sistema capitalista tecno-burocrtico, um arranjo
possvel colocar do lado das instituies a Universidade e os meios de comunicao de
massa (15); e situar fora das instituies a cultura criadora e a cultura popular. claro
que esse esquema espacial de fora e dentro deve ser relativizado (16), pois enrijece o
termo instituio, definindo-o sempre em termos de organizao prpria das classes
dominantes. Na verdade, matizando a questo: um fenmeno tpico de cultura popular
como a procisso do Senhor Morto na Semana Santa tambm uma instituio, em
sentido paralelo ao da instituio do candombl ou de um rito indgena. Ou, falando da
cultura criadora personalizada, uma obra teatral um gnero pblico institudo, queira
ou no o seu autor. Mas, se usssemos desse critrio sociolgico, tudo viraria
instituio, tudo codificao social coercitiva e borraramos anti-historicamente a nossa
primeira distino: sistemas culturais organizados para funcionar sempre como
instituies (17) (a Escola, uma Empresa de Televiso, por exemplo) e manifestaes
mais rentes vida subjetiva ou grupal: um poema; uma roda de samba; um mutiro...
BOSI, Alfredo. Dialtica da colonizao. So Paulo: Companhia das Letras, 1992.
p.308-345: Cultura brasileira e culturas brasileiras.
http://edmundomonte.com.br/wp-content/uploads/2015/02/Cultura-brasileira-e-culturas-
brasileiras-IN-Dial%C3%A9tica-da-coloniza%C3%A7ao.-p.308-345_BOSI-
Alfredo.pdf

Questo 8 A partir da leitura do texto de Alfredo Bosi, classifique as afirmativas


abaixo:
1 Segundo o autor, embora a heterogeneizao da cultura seja mais evidente nas
sociedades de classes, ela evidente em quase todas as sociedades modernas,
excluindo-se apenas as regies da cultura bororo e nhambiquara.

2 O autor admite que a possibilidade de homogeneizao das culturas primitivas pode


ser apenas uma percepo fornea, o que justifica o uso do advrbio talvez, no incio
do terceiro perodo (ref. 2)

3 possvel inferir do texto que as classificaes culturais (incluindo a viso de


cultura brasileira)se do a partir de uma determinada possibilidade de recorte e
agrupamento das diversas manifestaes sociais e artsticas presentes em nossas
sociedades. Sendo assim, classificaes como cultura negra ou cultura indgena
podem desaparecer caso sejam considerados critrios diferentes de observao.

4 A expresso tudo no plural (ref. 5) refora o argumento apresentado pelo autor no


primeiro pargrafo do texto.

Questo 9 Levando-se em conta as estruturas lingusticas utilizadas pelo autor,


julgue em C ou E os itens que seguem:

1 A conjugao dos verbos existir e aglutinar no Presente do Subjuntivo (ref. 1) se


justifica pelo fato de representarem aes concomitantes ao momento da produo
textual, sob um carter hipottico, o que fica explcito pelo uso da conjuno se
presente em como se existisse...

2 Seria possvel, mantendo-se a correo gramatical e a relao semntica explorada


no perodo original, substituir a locuo conjuntiva na medida em que (ref. 3) por sua
correspondente medida que.
3 As vrgulas aps o adjetivo excelente e o numeral 1943 (no segundo perodo do
segundo pargrafo ref.4) podem, sem prejuzo sinttico-semntico, ser substitudas
por travesses.

4 O perodo os critrios podem e devem mudar poderia, mantendo-se a correo


gramatical e a mesma relao semntica do perodo original, ser reescrito da seguinte
maneira: Os critrios tm no apenas o dever, mas tambm a permisso para mudar.

Questo 10 Considerando-se as relaes sintticas e semnticas presentes no


texto de Alfredo Bosi, analise cada uma das afirmaes abaixo as julgando em C ou
E.
1 Os sintagmas do plural (ref. 7) e de compreenso (ref. 8) exercem a mesma
funo sinttica no contexto em que ocorrem.

2 Com a leitura do quarto pargrafo, depreende-se que o autor pretende, a partir de


uma anlise inicial da pluralidade cultural existente nos mais diversos recortes sociais,
alcanar uma concluso definitiva a respeito da compreenso do tema proposto.

3 A flexo no feminino do adjetivo compartilhada (ref. 10) respeita as regras da


lngua formal. Sua alterao para a forma compartilhados manteria a correo
gramatical do perodo, embora acarretasse modificao semntica na ideia original.

4 As formas verbais entendemos (ref. 9) e poderamos (ref. 9) acarretam, no


perodo em que esto inseridas, uma quebra de paralelismo sinttico em relao ao uso
dos tempos verbais em que esto conjugadas. Tal incorreo gramatical, porm, no
prejudica o desenvolvimento da argumentao desenvolvida pelo autor no restante do
pargrafo.
Questo 11 Considerando os planos morfossintticos e semnticos do texto,
classifique os seguintes itens:
1 No desenvolvimento do quinto pargrafo do texto, o autor associa o termo erudita
expresso Academia. J os termos iletrada, homem rstico e homem pobre
so englobados, posteriormente, no sentido do termo Folclore.

2 A vrgula que antecede o e em e do homem pobre (ref. 12) seria suprimida caso
o autor submetesse o texto a uma rgida reviso gramatical, isso porque tal expresso
corresponde ao ltimo elemento de uma enumerao, no sendo, portanto, separado dos
demais pelo sinal de pontuao.

3 O pronome demonstrativo essas (ref. 13) refere-se diretamente ao termo


estruturas simblicas da cidade moderna, que, por sua vez, resume toda a ideia
desenvolvida anteriormente no pargrafo.

4 A orao que o desenvolvimento da sociedade urbano-capitalista foi alargando


(ref. 14) poderia, mantendo-se a correo gramatical e as ideias inicialmente expressas
pelo autor, ser reescrito da seguinte maneira: cujo desenvolvimento foi alargado pela
sociedade urbano-capitalista.

Questo 12 Aps a leitura atenta do texto, e considerando as relaes lingusticas


e semnticas observadas no texto, analise e classifique cada uma das sentenas
abaixo em C ou E:
1 O autor recorta os hbitos culturais da sociedade brasileira em dois grandes grupos:
Academia e Folclore. Este se relaciona cultura de massas, ou seja, chamada indstria
cultural. J o primeiro, engloba a chamada cultura criadora individualizada, sendo
reflexo da organizao prpria das classes dominantes.

2 A orao colocar do lado das instituies a Universidade e os meios de


comunicao de massa (ref. 15) exerce a mesma funo sinttica que que esse
esquema espacial de fora e dentro deve ser relativizado (ref. 16), diferindo-se apenas
pelo fato de a primeira estar reduzida, estando o verbo em uma forma nominal.

3 Considerando-se o trecho claro que esse esquema espacial de fora e dentro deve
ser relativizado, pois enrijece o termo instituio (ref. 16) e sua reescrita como o
esquema espacial de fora e dentro enrijece o termo instituio, ele deve ser
relativizado, pode-se afirmar que as conjunes destacadas em ambas as sentenas
estabelecem a mesma relao sinttico-semntica.

4 O deslocamento do advrbio sempre (ref. 17) para a posio imediatamente


anterior ao termo organizados no prejudicaria o sentido da argumentao
desenvolvida pelo autor no ltimo perodo do texto.
Questo 13 - Julgue o item abaixo, relativo s ideias e a aspectos lingusticos do texto
acima.

Seriam mantidas a correo gramatical e a coerncia do texto caso as palavras


apangio (L.3), esboroa-se (L.26) e castas (L.38) fossem substitudas,
respectivamente, por privilgio, desmorona e rgidas estratificaes sociais.
Conservando-se a coerncia e correo gramatical do texto, o primeiro perodo do
primeiro pargrafo poderia ser assim reescrito: A democracia deixou de ser apenas uma
esperana, uma questo, um direito; abdicou de seu papel de mero apangio de uma
cidade adornada como Atenas ou de um povo admirvel como os romanos: hoje, para as
sociedades modernas, ela mais, tudo.

Evidencia-se, no texto, o entusiasmo do autor por um regime poltico e econmico que


garantisse a todos os cidados iguais oportunidades de representao poltica e de
acesso aos bens existentes na comunidade.

Utilizando-se de metforas, o autor constri texto argumentativo em que a democracia


retratada como o oceano e suas ondas, e os que nela no creem, representados como os
espritos que no veem muito (L.13).
Questo 14 - Em relao ao texto acima, julgue o item.

O texto apresentado como uma resposta aos que desejam o esquecimento do passado
de ditadura no Brasil, como evidencia o trecho o melhor no virar a pgina no que
se refere ao perodo da ditadura (L.16-17), em que o emprego das aspas indica que a
expresso virar a pgina provm de discurso alheio.

Depreende-se do texto que os autores esto comprometidos com uma anlise dos
acontecimentos baseada na objetividade cientfica, que, segundo eles, caracterizada
pela neutralidade.

Na linha 8, o verbo ser est conjugado na terceira pessoa do singular por


compor orao sem sujeito.

Estariam mantidas a coerncia e a correo gramatical do texto caso o trecho Alm de


disputas (...) passado recente (L.10-15) fosse reescrito da seguinte forma: Para alm de
questes caractersticas prpria lgica do conhecimento, da formao poltica dos
brasileiros de que ocupamo-nos, aspecto de relevncia particular no nosso caso, haja
visto o enorme contingente que no tm conhecimento do passado recente.

POLTICA INTERNACIONAL (Clipping 08/02 03/04)


Questo 15 - Historicamente, Brasil e Frana mantm uma relao cultural, institucional
e intelectual que contribuiu para a formao poltica e social brasileira. Alm disso, no
que concerne geopoltica, compartilham uma importante fronteira no territrio da
Guiana Francesa. Julgue (C ou E) os prximos itens, no que se refere s relaes entre
Brasil e Frana e poltica externa francesa.

( ) Brasil e Frana estabeleceram, desde 2006, Parceria Estratgica com ampla


agenda de cooperao em importantes eixos, como dilogo poltico e governana
internacional; relaes econmicas e comerciais; cooperao em defesa, espao, energia
nuclear, desenvolvimento sustentvel; temas migratrios e transfronteirios; alm de
atuao conjunta em terceiros pases.

( ) Dentre as iniciativas de cooperao entre Brasil e Frana, destaca-se a parceira


em defesa. O Acordo na rea de Submarinos prev a construo de submarinos
convencionais e nuclear, com total transferncia de tecnologia e treinamento de tcnicos
e engenheiros brasileiros.

( ) A Frana, apesar de no ter expressado apoio ao pleito brasileiro, defende uma


ampla reforma no Conselho de Segurana das Naes Unidas, com a ampliao dos
assentos permanentes e no permanentes, como resposta aos desafios impostos pelo
incremento na importncia dos pases em desenvolvimento no sistema internacional.

( ) A cooperao em tecnologia espacial tambm gera benefcios estratgicos para o


Brasil. Com a construo e lanamento do satlite SGDC-1, em parceria com a Frana,
mas sem transferncia de tecnologia, o Brasil ter ganhos significativos no que concerne
ampliao da cobertura de internet banda larga, e ter maior soberania, independncia
e segurana em suas comunicaes estratgicas.
Questo 16 - A discusso sobre o desenvolvimento sustentvel realizada em foros
multilaterais tem grande relevncia para a formao de polticas nacionais e conta com
o engajamento da sociedade civil. O Brasil desempenha papel de crescente importncia
no tema, tanto pelos recentes avanos domsticos nos aspectos ambiental, social e
econmico quanto por sua consistente atuao nos foros internacionais. A respeito das
grandes conferncias ambientais e a participao do Brasil, julgue (C ou E) os itens
subsequentes.

( ) O Brasil sediou as duas conferncias internacionais sobre sustentabilidade mais


importantes da histria: a Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (Rio92) e a Conferncia das Naes Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentvel (Rio+20).

( ) O Comit de Negociao do Acordo Regional sobre o Princpio 10 da Declarao


do Rio busca entendimento, entre pases latino-americanos e caribenhos, para
incrementar o acesso participao, informao e justia da sociedade civil em
assuntos ambientais, especialmente de grupos em situao de vulnerabilidade, como as
comunidades indgenas.

( ) Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentvel (ODS) foram concludos em 2015,


em consequncia das discusses e acordos firmados na Conferncia Rio+20. Os ODS
so metas obrigatrias a serem cumpridas pelos pases para os prximos quinze anos,
sucedendo e atualizando os Objetivos de Desenvolvimento do Milnio (ODM).

( ) margem da Conferncia do Clima (COP22), em Marraquexe, uma coalizo de


20 pases liderados pelo Brasil, interessados nos campos da energia limpa e
bioeconomia, anunciou o lanamento da Plataforma para o Biofuturo, com o objetivo de
dar seguimento aos compromissos assumidos nos ODS e no Acordo de Paris para
acelerar o desenvolvimento e a implantao de biocombustveis avanados, capazes de
substituir os combustveis fsseis.

Questo 17 - Sucessora das Conferncias Pan-americanas e da Unio Pan-americana


(1910), a Organizao dos Estados Americanos (OEA) a mais antiga organizao
regional em atividade, com 35 Estados membros, e mais de 60 Estados observadores.
No que se refere a essa organizao e integrao regional das Amricas, julgue (C ou
E) os itens a seguir
( ) O fortalecimento e a preservao das instituies democrticas fazem parte dos
objetivos da OEA, embora essa organizao no apresente um tratado especfico para o
tema democracia, como se observa na Carta Democrtica do Mercosul.
( ) Cuba, que foi excluda da OEA em 1962, em meio a presso norte-americana no
contexto de tenses da Guerra Fria, foi readmitida em 2009, em uma deciso histrica
que extinguiu a Resoluo da dcada de 1960.
( ) O Brasil mantm abertos mecanismos de cooperao com a OEA em diversos
temas, com destaque para o projeto de apoio aos processos eleitorais e fortalecimento
institucional do Haiti, e o Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB), que
oferece bolsas de estudos em universidades brasileiras para estudantes do continente.

( ) Em 1992, o Brasil aderiu integralmente Conveno Americana sobre Direitos


Humanos (Pacto de So Jos da Costa Rica), de 1969, que estabeleceu a Corte
Interamericana de Direitos Humanos. A dcada de 1990 foi um momento em que o pas
promovia a renovao de suas credenciais junto comunidade internacional, aps mais
de duas dcadas de regime ditatorial.

Questo 18 - No que se refere ao Grupo dos 20 (G20), julgue (C ou E) os itens


subsecutivos.

( ) Criado no contexto das crises de balano de pagamentos em economias


emergentes, o Grupo dos 20 mantm reunies entre pases desenvolvidos e em
desenvolvimento, exclusivamente a nvel de Ministros das Finanas, com o objetivo de
discutir temas econmicos e financeiros e promover a cooperao entre os participantes.

( ) O G20 no uma organizao internacional, diversamente do que ocorre com o


Fundo Monetrio Internacional e o Banco Mundial. Por essa razo, no possui
secretariado permanente nem recursos prprios.
( ) Apesar das decises do G20 no serem legalmente vinculantes, elas exercem
forte influncia poltica em questes econmicas e contribuem na promoo do mpeto
necessrio a reformas a nvel nacional e multilateral.

( ) Mantendo a tendncia dos ltimos anos, o documento final do encontro de


Ministros das Finanas do G20, em 2017, fez um apelo contrrio a prticas
protecionistas no comrcio internacional e em favor das medidas de combate ao
aquecimento global estabelecidas no Acordo de Paris.

Questo 19 - A respeito da poltica externa da Alemanha e das relaes bilaterais desta


com o Brasil, julgue (C ou E) os itens que se seguem.

( ) A poltica externa da Alemanha est centrada na promoo da integrao


europeia, por meio do fortalecimento da Unio Europeia e de suas instituies, e da paz
mundial, atravs da participao ativa em instituies multilaterais e em negociaes
interestatais; alm do fortalecimento dos direitos humanos e da globalizao.

( ) O Brasil o nico pas com o qual a Alemanha mantm uma parceria estratgica
na Amrica Latina, tendo o Mecanismo de Consultas Intergovernamentais de Alto Nvel
como o mais alto canal de dilogo entre os dois pases.

( ) A Agncia Brasileira de Cooperao, subordinada ao Ministrio das Relaes


Exteriores, mantm estreito relacionamento com a Alemanha em projetos de cooperao
tcnica, especialmente em temas relacionados a pesquisa e desenvolvimento e a projetos
de preservao e de desenvolvimento sustentvel na Amaznia brasileira.

( ) A Alemanha o principal parceiro comercial do Brasil na Europa. Apesar de o


Brasil ser historicamente deficitrio no comrcio com a Alemanha, as exportaes
brasileiras so majoritariamente compostas de produtos industrializados, reflexo de uma
maior integrao da indstria nacional s cadeias globais de valor.

Questo 20 - Posies de liderana ainda so ocupadas por homens, e a lacuna


econmica baseada no gnero se aprofunda, graas a atitudes ultrapassadas e machismo.
Os direitos das mulheres so direitos humanos. Nestes tempos turbulentos, com o
mundo mais imprevisvel e catico, os direitos das meninas e mulheres esto sendo
reduzidos, restritos e revertidos. Empoder-las a nica maneira de proteger seus
direitos e assegurar que elas possam alcanar seu potencial pleno. Antnio Guterres

Tendo o texto acima como referncia inicial, julgue (C ou E) os seguintes itens, relativo
questo de gnero nas relaes internacionais e atuao da poltica externa brasileira
a esse respeito.

( ) A igualdade de gnero tema central para a Agenda 2030, plano global para
superar os desafios da contemporaneidade. O Objetivo de Desenvolvimento Sustentvel
(ODS) nmero 5 pede especificamente igualdade de gnero e empoderamento de todas
as mulheres, objetivo central para o alcance de todos os 17 ODS.

( ) A inao do Conselho de Segurana das Naes Unidas em relao ao tema de


promoo da igualdade de gnero e da defesa das mulheres em situaes de conflitos
internacionais tem evidenciado as diferenas culturais entre as sociedades ocidental e
oriental.
( ) O governo brasileiro lanou o Plano Nacional de Ao sobre Mulheres, Paz e
Segurana em consonncia posio historicamente defendida pela diplomacia nacional
de promoo da igualdade de gnero e da segurana e paz internacionais.

( ) Na perspectiva brasileira, as questes de gnero enquadram-se no contexto de


defesa dos grupos vulnerveis, que tambm englobam a proteo de crianas,
adolescente e idosos; a luta contra a discriminao racial e a xenofobia; alm do
enfrentamento violncia contra o grupo LGBT.

Questo 21 - Em relao Organizao Mundial do Comrcio, as decises acordadas


nos ltimos anos, e as aes brasileiras para promover o comrcio internacional, julgue
(C ou E) os itens subsequentes.
( ) A Rodada de Doha, oficialmente lanada na Quarta Conferncia Ministerial da
OMC, em Doha, no Catar, concluiu negociaes para implementar reformas no sistema
internacional de comrcio, por meio da reduo de barreiras comerciais e a introduo
de novas regras revisadas de comrcio.

( ) O Acordo de Facilitao do Comrcio, concludo na IX Conferncia Ministerial


de Bali, em 2013, foi o primeiro acordo multilateral celebrado pela OMC desde sua
criao, em 1995, e entrou em vigor, em 2017, aps alcanar-se o nmero mnimo de
ratificaes estabelecidas. O AFC simplifica a burocracia e agiliza os procedimentos
para o comrcio internacional de bens, com medidas de reforo de transparncia na
elaborao de normas e a cooperao entre as autoridades aduaneiras.

( ) Na 10 Conferncia Ministerial, realizada em Nairbi, em 2015, no se


alcanaram resultados consensuais como ocorreu em Bali, o que demonstra as
dificuldades ainda existentes no sistema do comrcio internacional.

( ) O governo brasileiro criou o Comit Nacional de Facilitao de Comrcio


(CONFAC) no contexto das medidas de fortalecimento da Cmara de Comrcio
Exterior, CAMEX, com o objetivo de reduzir custos em processos de exportaes e
importaes. O processo de implementao do AFC no Brasil ser acompanhado de
modo permanente pelo CONFAC.
PCA OBJETIVA PI
Questo 22- Julgue os seguintes enunciados acerca das teorias das relaes
internacionais (C ou E).
1 O dilema da segurana examina as dificuldades inerentes cooperao entre entidades
dotadas de plena soberana externa.

2 A hiptese do momento unipolar foi formulada por autores como Kupchan e


Krauthammer para descrever o predomnio internacional inconteste dos EUA no incio
dos anos 1990.

3 Marco decisivo para consolidao das relaes internacionais como disciplina


acadmica autnoma foi o estabelecimento do Departamento de Relaes Internacionais
da Universidade de Aberystwyth, em 1919.

4 Ao contrrio das teses do fim da Histria e do choque das civilizaes, a teoria da paz
democrtica reconhecida como analiticamente correta pelo consenso dos autores de
verniz neoliberal-institucionalista.

Questo 23 -Julgue (C ou E) os itens a seguir sobre o construtivismo em relaes


internacionais.

2.1 O conceito da anarquia no sistema internacional, importante premissa das teorias


positivistas, foi repudiado pelos mais influentes autores de tendncia construtivista, a
exemplo de Alexander Wendt.

2.2 A teoria construtivista ganhou expresso em resposta ao chamado terceiro debate


das relaes internacionais.

2.3 Uma das principais inovaes da agenda de pesquisa construtivista o estudo da


interrelao entre fatores identitrios e comportamentos estatais, que tem Ted Hopf
como destacado expoente.

2.4 Alm de problematizar noes a-histricas dos interesses nacionais definidos de


forma endgena, tericos como J. G. Ruggie valorizam o papel das Naes Unidas na
construo de uma comunidade poltica mundial.

Questo 24 - A respeito das distintas vertentes tericas e conceituais das relaes


internacionais, julgue (C ou E) os itens a seguir.

3.1 Uma das principais convergncias entre neorrealistas e neoliberais o postulado da


complementaridade entre poder duro (hard power) e poder brando (soft power) como
instrumentos de poltica externa.

3.2 Embora tenha preservado grande parte das premissas tericas do realismo clssico,
como a noo dos ganhos de soma-zero, o neorrealismo desenvolvido a partir da dcada
de 1970 no costuma invocar a metfora do antropomorfismo estatal, ao contrrio de
seu antecessor.
3.3 O realismo ofensivo, criado por Kenneth Waltz, originalmente constituiu tentativa
de interpretar o equilbrio nuclear entre Estados Unidos e Unio Sovitica durante a
Guerra Fria.

3.4 Em termos de prescrio poltica, o neoliberalismo se distingue do neorrealismo por


propugnar o imperativo categrico de evitar o uso da fora, em linha com a teoria da
paz perptua de Immanuel Kant. Av.Nilo Peanha, 50 - sala 304 - Centro, Rio de Janeiro
Rua da Consolao, 1667 - Consolao - So Paulo Fone: (21) 3173-1137/ (11) 4327-
8474 ideg.com.br skype: secretaria.ideg 2

Questo 25 - Avalie (C ou E) as seguintes assertivas sobre as teorias das relaes


internacionais.
4.1 Com base no diagnstico de que determinadas regies e sub-regies so
interdependentes em termos de segurana, a escola de Frankfurt delineou o conceito dos
complexos regionais de segurana.

4.2 Difundida por autoras como J. Ann Tickner desde os anos 1990, a corrente
feminista busca imprimir perspectiva de gnero pesquisa e prtica das relaes
internacionais.

4.3 Por examinar os aspectos polticos e tcnicos dos processos de transferncia de


prerrogativas dos Estados nacionais para organizaes internacionais, o
neofuncionalismo de Ernest Haas converge com o conceito neoliberal da
interdependncia complexa.

4.4 A escola francesa das relaes internacionais, ao enfatizar a assimetria estrutural


entre Estados centrais e perifricos, aproxima-se conceitualmente das teorias do
imperialismo, da hegemonia, da dependncia e dos sistema-mundo.

Questo 26. Julgue (C ou E) a correo das assertivas a seguir.


5.1 Uma das mais contundentes crticas s mais influentes escolas das relaes
internacionais refere-se insuficincia de diversidade geogrfica de tais tradies, que
tendem a refletir as prioridades polticas e perspectivas acadmicas dos pases
desenvolvidos.

5.2 O grupo argentino-brasileiro das relaes internacionais, composto por nomes


como Amado Cervo, Moniz Bandeira, Ral Bernal-Meza e Carlos Escud, caracteriza-
se pelo vis contra-hegemnico de seus autores, que questionam a utilidade de
epistemologias oriundas dos EUA e da Europa.

5.3 No Brasil dos anos 1950 e 1960, a preocupao com a busca de autonomia poltica
e econmica em uma ordem internacional assimtrica motivou distintas tradies
intelectuais de cunho nacional-desenvolvimentista, como os pensadores da CEPAL e do
ISEB.

5.4 No contexto da Guerra Fria, a adeso de potncias mdias como o Brasil ao


Movimento dos Pases No-Alinhados pode ser interpretada como estratgia de soft
balancing em relao s superpotncias de ento.
GEOGRAFIA

Questo 27 (Clipping 08/02) - Recentemente, o presidente dos Estados Unidos assinou


medida que impedia nacionais de sete pases muulmanos de entrar em territrio norte-
americano, fato que iniciou protestos e debates em toda a comunidade internacional. Ao
mesmo tempo, no ano de 2016, foram registrados nmeros recordes de refugiados pela
Agncia da ONU para Refugiados (ACNUR). A respeito das migraes internacionais e
da crise dos refugiados, julgue (C ou E) os itens a seguir.

( ) Em 2016, o nmero de imigrantes que chegaram Europa diminuiu em relao


ao ano de 2015, com associao direta ao acordo assinado entre a Unio Europeia e a
Turquia, no final do ano de 2015, que restringiu a sada de pessoas da fronteira da
Turquia com a Grcia.

( ) Com a escalada das migraes em direo Europa, nos ltimos anos,


predominam as migraes do tipo Sul-Norte no estoque total de migrantes
internacionais.

( ) A Alemanha tornou-se o principal destino internacional de imigrantes, em


nmeros absolutos, ultrapassando os Estados Unidos, no ano de 2015.

( ) No que diz respeito aos refugiados, a maior parte deles so abrigados por pases
em desenvolvimento, destacando-se a Turquia e o Lbano, que esto localizados
prximos ao principal emissor de refugiados dos ltimos anos, a Sria.

Questo 28 (Clipping 27/12) - Diversos conflitos na frica e na sia tem provocado


graves violaes de Direitos Humanos e grandes fluxos de migrao forada. Julgue (C
ou E) os prximos itens, no que se refere atual situao humanitria nessas zonas de
conflito e ao fluxo de refugiados rumo Europa.

( ) Os pases europeus esto entre os principais recebedores de refugiados oriundos


de zonas conflituosas do Norte da frica e do Oriente Mdio, especialmente da Sria.

( ) A Unio Europeia chegou recentemente a um acordo com a Turquia para parar o


fluxo descontrolado de migrantes atravs de uma das principais rotas no mar Egeu. O
acordo tambm prev vias legais para a entrada de refugiados na Europa.
Consequentemente, o nmero de refugiados e migrantes provenientes da Turquia foi
significativamente reduzido.

( ) Aps mais de cinco anos de conflito, o aumento do nvel de violncia na Sria


provocou milhares de mortes e milhes de deslocados internos, com suspeitas de
ocorrncia de crimes de guerra por parte do governo srio e dos rebeldes.

( ) Cinco Estados membros da Unio Europeia (Alemanha, Hungria, Sucia, ustria


e Itlia) receberam mais de 50% dos pedidos de asilo em 2015, ano de maior entrada de
refugiados no continente europeu.

Questo 29 (vestibular unb 2013)


( )No que se refere s dimenses da globalizao, julgue:
A globalizao o estgio da expanso capitalista em sua atual fase informacional, na
qual tem ocorrido, no campo da produo e do consumo, enorme crescimento de fluxos
de capitais produtivos, o que resulta em gerao de empregos e consumo, em longo
ciclo de crescimento econmico

( ) A matriz energtica brasileira predominantemente limpa, dada a grande


quantidade de usinas hidreltricas em funcionamento no pas.

( ) Entre as novas rotas de fluxo populacional, inclui-se a chamada migrao de


retorno, caracterizada pela sada dos centros urbanos e volta ao campo.

( ) Tem-se verificado a tendncia expanso das fronteiras da Unio Europeia, onde


se consolida, cada vez mais, a interao entre os pases-membros sob a forma de unio
aduaneira.

Questo 30 (UnB 2014) - O reordenamento da produo imposto pela diviso


internacional do trabalho e a padronizao dos costumes criam uma opressiva
uniformizao das formas de trabalho e das manifestaes culturais. A esse respeito,
julgue o item.

( ) Entre as manifestaes de resistncia referida uniformizao, inclui-se o


fundamentalismo.

( ) A realidade capitalista homogeneizadora acentua a tenso no interior das


sociedades.

( ) Grande parte dos historiadores da geografia atribui a Alexander von Humboldt a


responsabilidade pelo estabelecimento das novas regras do pensamento geogrfico
moderno, visto que ele rompeu com o enciclopedismo francs e abandonou as narrativas
de viagens e as cosmografias.

( ) A geografia cientfica, que surgiu a partir do sculo XIX, com as obras de


Alexander von Humboldt e Carl Ritter, foi influenciada pelo saber geogrfico
anteriormente produzido e pelo sistema filosfico de Emmanuel Kant, que considerava
a geografia uma cincia ao mesmo tempo geral/sistemtica e emprica/regional.

Questo 31 O modelo de gerao de energia do mundo atual dependente de recursos


energticos no renovveis, como o petrleo, o carvo mineral e o gs natural,
utilizados, em larga escala, na gerao de energia eltrica e de combustveis. A
dependncia de fontes de energia tradicionais gera a crise energtica global, que
tambm uma crise do conceito de desenvolvimento adotado a partir da Revoluo
Industrial.

A respeito do assunto tratado acima, julgue os itens a seguir (UnB 2013


VESTIBULAR).

( ) Para abastecer o mercado interno, o Brasil ainda depende da importao de


petrleo leve, porque o petrleo nacional de baixa qualidade, o que dificulta a
produo de derivados nobres.

UnB Vestibular 2013 - A respeito das caractersticas fsicas da regio Centro-Oeste do


Brasil, julgue os itens subsequentes.
( ) O Pantanal um bom exemplo de domnio morfoclimtico ameaado pela
expanso da moderna agricultura de soja e cana-de-acar, que nele encontra solos
frteis, abundncia de gua e baixo custo da terra.

( ) UnB Vestibular 2013 - O texto expressa uma crtica s polticas pblicas


brasileiras de conservao ambiental, mediante a alegao de que elas no contemplam
a preservao dos patrimnios naturais, porque so, de fato, polticas de conservao
especficas.

( ) IRBR 2011 - Com relao geografia moderna, estruturada no sculo XIX,


julgue (C ou E) os itens subsequentes. O surgimento de escolas nacionais decorreu da
necessidade de criao de identidades culturais no mbito da geografia e da dificuldade
de integrao entre gegrafos de nacionalidades distintas.
TARDE

INGLS

Questo 32 - According to the text above, judge the following item.

1. The author points to a discontinuity in the history of financial bookkeeping from


the end of the 15th century to the 18th century.
2. The word allay (L.3) is used as a verb and it means reduce or ease.
3. People have inherited from the Bible the notion that auditing is necessary
because of the inherently dishonest nature of human beings.
4. Without changing the meaning of the text, the fragment explains the basic
rationale for instituting controls rather straightforwardly (L.16-17) could be
correctly replaced with explains a common-sense approach to retain control
instead of simply handing it over.

Questo 33 - Judge the items below, based on the text above.

1. The idea expressed in the second paragraph can be correctly explained by the
following sentence: In 2002 a draft bill was voted by the American Congress
proposing the setting of enhanced standard for all US state-owned-company
boards, management and public accounting firms.
2. According to the text, Congress underlying motivation to pass the Sarbanes-
Oxley act was its indignation over the shameful behaviour of some corporations
in early 21st century.
3. Assessing the criteria businesses apply to set a price to their intangible assets is
the kind of job that makes auditors highly anxious.
4. The title of the text refers to the fact that it is necessary to start regarding
auditors as key players in todays globalized world.

Questo 34 - Judge the items below, based on the text above.

1. One of the premises of the text is that every time there is a sudden economic
crisis, we tend to quickly try to find a culprit.

2. If the expression for all the (L.6) were replaced by despite the, the text would
still be correct and the meaning of the sentence would be maintained, something
that would not occur if it were replaced by if there is.

3. In line 8, bean-counters is a derogatory expression used to describe second-


class accountants who deal specifically with agribusiness.
Questo 35 - Judge the following items, according to the text above.

1. The author accuses some firms of bribing unscrupulous academics to put


forward compelling arguments hereby they could block proposals to create
mandatory audit rotation.

2. The fragment longer tenures yield better results (L.8) indicates that it is
necessary a considerable amount of time for an auditing company which has
been hired to sharpen its auditing skills and deliver superior results.
3. In to me thats not an audit, thats a joint venture (L.5), the word that refers
to the situation mentioned before, that is, the same auditing firm being
responsible for a client for too long a period of time.
4. The expression magic bullet (L.23) could be correctly replaced by cure-all,
wonder drug or perfect solution, without any change in its meaning.

Questo 36 - Judge the following item, concerning the ideas and linguistic aspects of
text 19A1AAA.
1. The prepositional phrase at a language school in Verviers, Belgium (l. 2 and 3)
functions as an adverb.
2. As in the phrase a language school in Verviers, Belgium run on Berlitz lines (l.
2 and 3), the relative pronoun and the auxiliary verb which forms the passive
voice have been omitted, the excerpt run on Berlitz lines could be correctly
replaced with which was run on Berlitz lines.
3. Palmer must have had another job prior to working as a teacher of EFL.
4. Palmer was hired by the Berlitz corporation in Belgium.

Questo 37 - Judge the following item, on the linguistic aspects of text 19A1AAA.

1. In the text, the connective adverb however (l.7) is synonymous with


nonetheless.
2. The verbal phrase allowed him to live abroad (l.4) can be correctly replaced
by allowed him living abroad.

3. In like many others before and since (l. 6 and 7), the verb phrase would have
done is omitted.

Questo 38 - Based on the text 19A1BBB, judge the following item.

1. The verb confine (l.12) is synonymous with restrict.

2. The word Instead (l.14) can be correctly replaced by Moreover.

3. It can be concluded from the text that current times call for action, change and
diversity in language teaching.

Text 19A3AAA
The transfer of patterns from the native language is undoubtedly one of the major
sources of errors in learner language. However, there are other causes for errors too, one
of which is overgeneralization of target-language rules. For example, research has
shown that second-language learners from different first-language backgrounds often
make the same kinds of errors when learning a particular second language. In such
cases, second-language errors are evidence of the learners efforts to discover the
structure of the target language itself rather than attempts to transfer patterns from their
first language. Interestingly, some of these errors are remarkably similar to the kinds of
errors made by first language learners.
These observations are a strong indication that second language learning is not simply a
process of putting second-language words into first-language sentences. Research has
also shown that aspects of the second language which are different from the first
language will not necessarily be acquired later or with more difficulty than those aspects
which are similar.
On the other hand, when errors are caused by the overextension of some partial
similarity between the first and second languages, these errors may be difficult to
overcome. This may be particularly problematic if learners are frequently in contact
with other learners who make the same errors.
Lightbown, P. & Spada, N. How languages are learned. Oxford: Oxford University
Press, 1999, p. 165 (adapted).

Questo 39 - Judge the following item according to text 19A3AAA.


1. First language learners errors are similar to second language learners errors
despite the latters first language.
2. The text defends that the more different a grammar structure in the second
language is, the longer a learner will take to acquire it.
3. Overextension is one type of overgeneralization error.
4. Students learn errors from other students.
5. The sentence However, there are other causes for errors too, one of which is
overgeneralization of target-language rules would remain correct if which
were replaced with them in the clause one of which is overgeneralization.
Questo 40 - Judge the following item according to text

1. In the first paragraph, the word touted (l.2) means questioned.


2. It is correct to replace calling with call in the phrase used to calling (l.17).
3. In the second paragraph, the word subsumed (.20) means included.
4. In the first paragraph, As is a conjunction used to convey time.
5. In the first paragraph, both innovative (l.1) and characteristics (l.5) are
pronounced with the primary stress on the first syllable
Questo 41 - Based on the text How India changed English, judge the following items.

1. The words highlights" (L.16), and unlikely" (L.20) can be correctly and
respectively replaced by draws attention to and improbable.

2.
The book mentioned in the text shows how the assimilation of Indian words in the
English language happened during the time India was a British colony.

3 In the excerpt 'Hobson-Jobson: The Definitive Glossary of British India' was


published in 1886" (l. 7 and 8), was published" can be correctly replaced by
has been published.

Questo 42 - Based on the cartoon, judge the following items.


1. The cartoon's emphasizes the need to be careful about the sharing of information
through Internet.
2.
The sentence That site verified my age by having me type in all my credit card
information" can be correctly rewritten by: This site guessed how many years I have
because I sent them my credit card data.
3. It is correct to infer that the woman was shocked by the fact that the man shared his
credit card information.

Questo 43 - In reference to the vocabulary used in the text What do our flags say
about us?, judge the next item.

1. In the sentence Each one will be considered individually, before this long list is
finally whittled down to the final four." (R. 19 to 21), whittled down" can be correctly
replaced by selected.

2. Although many submissions had themes linked to the natural riches in New Zealand,
by far the great majority of them were based on political and cultural topics.
3. squeezed into (l.2) and tough (l.8) help to express the authors view that it is
difficult to create a flag to represent a nation.

4. The meaning of The Kiwi public (l.9) can be inferred by the content of the text as
being the New Zealanders.

Questo 44
During US President Barak Obama's recent trip to Brazil,a pilot agreement on patents
was signed, allowing the Brazilian Institute of Industrial Property (INPI) to participate
in the Patent Prosecution Highway. The goal of this agreement is to increase thespeed of
patent registration. Since patent applications take anaverage of 8 years to be approved in
Brazil, this agreement will hopefully aid in the goal of cutting that time in half by 2015.
The president of INPI commented: In practical terms, we will eliminate the need in one
patent office to reexamine parts of patent applications that have been denied in the other
patent office. That will reduce the workload in both offices by around 10% to 15%".

Brazil has historically been at odds with the US and the multinational pharmaceutical
industry on a variety of issues. Brazil has a national public health policy of promoting
generic drug manufacturers and generally tends to be against blockbuster" drugs,
rallying for large pharmaceutical companies to bring down treatment costs. Brazil has
also been a forerunner in producing generic versions of key AIDS drugs.

Internet:

According to the text above, judge the following items.

1. INPI was allowed to take part in the Patent Prosecution Highway by means of
the signature of an experimental covenant.
2. The agreement will bring about a reduction of 10% to 15% in the time necessary
for the approval of patent applications in the near future.
3. The US and Brazil have a record of not agreeing over the production and sale of
popular and profitable drugs.
4. The last sentence of the text can be correctly translated as: O Brasil tambm tem
estado na vanguarda da produo de verses genricas de medicamentos
essenciais contra a AIDS.
1. British politicians are willing to cooperate with the music industry by passing
legislation meant to counter the unlawful acquisition of copyrighted material
from the Internet.
2. The word underpins (L.2) can be correctly replaced by underscores without
changing the meaning of the sentence.
3. The way music is recorded and sold via the Internet has done away with the
need for copyright legislation in the United Kingdom.
4. The word therefore (L.5) can be correctly replaced by thus without changing
the meaning of the sentence.
5. Behavioral changes in music consumers, brought about by the new possibilities
offered by the digital world, have considerably affected the music industry.

HISTRIA DO BRASIL
Questo 45-Colombo conhecia bem as pendncias luso-hispnicas: basta recordar
que tinha vivido em Portugal durante a guerra peninsular (1475-1479), terminada com
a paz de Alcovas. Ao voltar de sua viagem descobridora, viu na prtica como elas se
refletiam na disputa pela posse das terras descobertas. Batido por tempestades, foi
obrigado a aportar em Lisboa, antes de regressar a Palos, na Espanha. Dom Joo II
estava em um mosteiro a cerca de 50 km da capital e l recebeu o navegante, que se
fazia acompanhar por alguns indgenas. H vrias verses da entrevista, que
seguramente foi tensa: o rei tinha razes para estar amargamente arrependido por no
ter dado crdito a Colombo; e o orgulho deste certamente o levaria a se vangloriar
perante o poderoso soberano que no confiara em seu plano.Synsio Sampaio Gos
Filhos, Navegantes, Bandeirantes e diplomatas. Acerca das razes e do sentido do
Tratado de Tordesilhas (1494), julgue C ou E:

1. Embora favorecida pelas bulas do papa Alexandre VI, a Espanha preferiu no correr
os riscos de uma nova guerra com Portugal. Resolveu transigir com o adversrio
tradicional e chegou a um acordo que a deixava em posio menos vantajosa do que
aquela prevista pela bula Inter Coetera. As negociaes foram completadas em 7 de
junho de 1494, na cidade de Tordesilhas, e o seu tratado acabou sendo conhecido pelo
nome desse burgo. Em 1506, a Santa F ratificou o diploma de 1494.

2. O Tratado de Tordesilhas no beneficiou ambas as partes: a Coroa portuguesa saiu


insatisfeita com o novo diploma internacional. A Espanha no acreditava na existncia
de um continente entre a Europa e as ndias Orientais: a Coroa de Castela e de Arago,
nesse sentido, pensava estar cedendo apenas algumas ilhas. Mais importante, o tratado
conferia Espanha personalidade internacional, num momento no qual ainda estava em
consolidao. Quanto a Portugal, Dom Joo II tornou a insistir na preferncia pela
demarcao no paralelo da altura das Canrias: seria forma de garantir acesso nova
rota das ndias orientais, o que, pelo meridiano de Tordesilhas, lhe era tolhido.

3. O Tratado de Tordesilhas, a pea mais importante da histria diplomtica do que viria


a ser o Brasil, segundo Capistrano de Abreu, repartiu os novos mares descobertos entre
Espanha e Portugal no meridiano situado a 370 lguas do arquiplago de Cabo Verde: a
razo por trs dessa distncia relaciona-se crena de Castela na equidistncia do
meridiano com Portugal e o golfo do Mxico. Tratava-se de uma repartio do mundo,
na medida em que se previa, ainda em Tordesilhas, o exato antimeridiano daquele de
Tordesilhas no oceano Pacfico, j ento em processo de descobrimento.

4. A assinatura do Tratado de Tordesilhas, embora constitudo em meio a rivalidades


martimas, tambm se referiu a tramados de negociaes dinsticas. Os reis catlicos de
Castela temiam que Dom Joo II de Portugal indicasse como seu sucessor seu filho
natural, Dom Jorge, no lugar do primo do monarca, Dom Manuel, com quem a infanta
Isabel de Arago iria casar-se. A Espanha secundava a coroao de Dom Manuel, que
indicava melhor aceitao do Tratado de Tordesilhas do que Dom Joo II e, assim
acreditavam os reis catlicos, do que Dom Jorge.
Questo 46 Em consequncia das perdas aurferas sofridas aps a concluso do Tratado
de Methuen, em 1703, pelo meio do qual Portugal e Inglaterra entenderam-se a respeito
do comrcio recproco de panos e de vinhos, procedeu-se a nova reforma administrativa
colonial. Buscou-se ampliar a capilaridade da Coroa em territrios ultramarinos. Acerca
das reformas polticas e econmicas empreendidas durante o perodo pombalino (1750-
1777), julgue C ou E:

1. Em razo das perdas oriundas do Tratado de Methuen, que desde sua assinatura
afetou negativamente a balana comercial portuguesa, procedeu-se a reformas
administrativas que tinham por escopo adensar a presena lusitana nas exploraes
aurferas da Amrica. Essas reformas, que se resumiram criao de impostos,
adensaram-se sobremaneira aps a coroao de Dom Joo V e a subsequente nomeao
de Sebastiao Jos de Carvalho e Melo, o Marqus de Pombal, para a Secretaria do
Estado do Reino de Portugal em julho de 1750.

2. Para alm da reconstruo de Lisboa, o Marqus de Pombal interveio incisivamente


na colnia. Extinguiu o Conselho Ultramarino, julgado por ele como foco de corrupo
fiscal. Transformou as Capitanias Hereditrias em Capitanias Rgias, o que alijava a
figura dos donatrios. Criou o Vice-Reino do Brasil em substituio ao Governo-geral
do Brasil e do Maranho. Transferiu a capital da colnia de Salvador para o Rio de
Janeiro, em 1763, de forma a aproximar o poder central das regies aurferas e dos
constantes atritos com a posses espanholas na bacia do Prata. A transferncia da capital
colonial para o Rio de Janeiro era resposta direta fundao do Vice-Reino do Rio da
Prata, com sede em Buenos Aires.

3. Reformada a administrao colonial, procedeu-se ao adensamento da capacidade


arrecadatria. Criou-se o Distrito Diamantino, pelo meio do qual a Coroa garantiria
presena na extrao aurfera. Nessa ordem de acontecimentos, Pombal fundou o
imposto da derrama, o que significava maior controle dos colonos, especialmente aps
os acontecimentos de Vila Rica em 1720. Por ltimo, de forma a perfazer o entanco
metropolitano, criaram-se a Companhia Geral de Comrcio do Gro-Par e do
Maranho, em 1755, e a Companhia Geral do Comrcio de Pernambuco e Paraba, um
ano depois, em 1756.

4. Com a morte de Dom Jos I, assumiu o trono Dona Maria I, conhecida como a
Viradeira, em fevereiro de 1777. Saia de cena o receiturio iluminista em benefcio das
tendncias absolutistas. No por acaso, o Marqus de Pombal perdeu seu espao na
Secretaria do Reino. Dona Maria I concentrou-se, no que concerne colnia do Brasil,
em aprofundar a explorao de ouro, esforo que se revelou acertado, vista a
abundncia aurfera de Minas Gerais.
Questo 47 Pelo Tratado de Madri, com o qual o Brasil ganhou praticamente seus
contornos definitivos, a Espanha cedeu o territrio das Misses Orientais do Uruguai a
Portugal, que, em compensao, abandonou e entregou-lhe a Colnia do Sacramento.
Ao que parece, o governo de Madri considerou esse acordo muito vantajoso, pois lhe
possibilitava atender aos reclamos dos mercadores de Sevilha, prejudicados pelo
contrabando que flua atravs de Colnia do Sacramento, em troca de um territrio
sobre o qual sua soberania era, por assim dizer, nominal. E, conquanto renunciasse
Colnia do Sacramento, Portugal ficava com um territrio no qual ainda esperava
encontrar minas de outro, enquanto o marques de Pombal podia ampliar o raio de
perseguio que desencadeara contra os jesutas. Moniz Bandeira, O expansionismo
brasileiro e a formao dos Estados na Bacia do Prata. Da colonizao Guerra do
Trplice Aliana. Acerca da formao das fronteiras do Brasil entre 1750 e 1800, julgue
C ou E:

1. A interiorizao da metrpole, em muito relacionada s expedies bandeirantes,


promoveu um reordenamento lindeiro entre Portugal e Espanha. Afinal, o Tratado de
Tordesilhas havia sido largamente descumprido, tanto na Amrica quanto na sia;
feriam-se, respectivamente, os direitos espanhis e portugueses, a considerar que o
Tratado de Saragoa fora a vertente oriental do diploma do Tordesilhas. O primeiro ato
no sentido de ajustar o diploma de Tordesilhas nova ordem foi a assinatura do Tratado
de Madri em 1750. A Coroa portuguesa, e em especial o santista Alexandre de Gusmo,
serviu-se amplamente da cartografia francesa, cujo arauto era GuillaumeDelisle, para
consolidar as posses lusitanas na Amrica. Tratou-se de um ajuste continental, no qual
Portugal cederia a Espanha Colnia do Sacramento, e a Espanha, em troca, abriria mo
da regio dos Sete Povos das Misses.

2. Durante as negociaes, Alexandre de Gusmo apresentou s partes do tratado o


Mapa das Cortes, no qual, por artifcio cartogrfico, Belm era colocada na altura de
Cuiab. Secundavam a negociao de Alexandre de Gusmo os princpios de fronteiras
naturais, que permitia estender as posses portugueses para os limites da cordilheira dos
Andes, e de uti possidetis, que dava posse de direito a quem possusse de fato. Pelo lado
espanhol, advogou-se o princpio de paz permanente: conflitos na Europa no deveriam
provocar a ruptura da paz na Amrica. Embora a longevidade do Tratado de Madri no
tenha ultrapassado os dez anos e apesar da no demarcao dos limites estipulados, o
diploma de 1750 estabeleceu o norte das negociaes lindeiras que se articularam
durante o Imprio e a Repblica. Duarte da Ponte Ribeiro e o Baro do Rio Branco
valeram-se dos princpios de negociao entabulados por Alexandre de Gusmo.

3. No foram poucos os revesses do Tratado de Madri, em especial aqueles ligados s


lindes sulinas, visto que representaram matria de permanente conflito, primeiro, entre o
Portugal e a Espanha, depois, entre o Brasil e a Argentina. A cidade de Colnia do
Sacramento, fundada por portugueses, grosso modo, sculo e meio depois de Buenos
Aires, foi alvo de constantes saques e invases espanholas; afinal, tratava-se de presena
portuguesa no cobiado esturio do rio da Prata. A primeira incurso castelhana ocorreu
aps um ano do soerguimento de Colnia, em 1681. Graas influncia britnica,
Portugal recuperou, em 1703, o que lhe pertencera em 1680. Pouco depois, em 1704, a
Espanha tornou a invadir Colnia. Em 1715, no obstante, a paz de Utrecht, concluda
aps a Guerra de Sucesso Espanhola, devolveu Colnia ao reino de Portugal. Mas no
por muito tempo. O diploma de Madri, de 1750, dispunha sobre a permuta entre os Sete
Povos das Misses, entregue por Espanha, e Colnia do Sacramento, cedida por Dom
Joo V de Portugal. No demarcado, em parte devido s Guerras Guaranticas, o que
simbolizava a resistncia jesuta permuta, o Tratado de Madri no arrefeceu os
constantes embates acerca da posse de Colnia.

4. Em 1762, isto , apenas um ano aps o Tratado de El Pardo garantir a soberania


portuguesa sobre a cidade de Colnia, a Espanha promoveu novo assalto banda
oriental do rio da Prata. O desfecho da Guerra de Sete Anos, na qual a Inglaterra se
mostrou superior Frana e a Espanha, traduziu-se pela retomada de Colnia pelos
portugueses; afinal, eram esses os aliados incontestes dos britnicos. O Tratado de Santo
Ildefonso, em 1777, reverteu novamente a questo, mas o sculo XVIII concluiu-se com
Colnia sob a soberania portuguesa.
Questo 48 Acerca dos Motins do Maneta (1711) e do Revolta dos Mascates (1710-
1711), julgue C ou E:

1. Em 1711, explodiram os Motins do Maneta, em Minas Gerais e em So Paulo.


Liderados por Joo Figueiredo da Costa, apelidado de Maneta, os rebeldes no tinham a
pretenso de conduzir os motins tomada do poder. Reuniram uma multido
essencialmente impulsiva, motivada por dois motivos precisos. Um, a exigncia de
reduo do preo do sal artigo de primeira necessidade, indispensvel para a
conservao de alimentos como carne e peixe -. O outro, a supresso das novas taxas
sobre o valor das mercadorias importados e dos escravos, que haviam sido criadas com
o propsito de financiar as incurses de frota portuguesa contra os frequentes araques de
corsrios na entrada da barra de Salvador. Os Motins do Maneta, cujo maior
caracterstica foi terem sido conduzidos pelas elites locais, foram silenciados ainda em
1711.

2. A taxao presente e a ameaa de novas taxas serviram como detonador dos motins,
no s do ponto de vista do Maneta, mas entre toda sorte de gente envolvida com o
comrcio: contrabandistas, tumbeiros, traficantes de escravos, pequenos comerciantes,
mercadores de tenda aberta, caixeiros, taberneiros. Ademais, os tributos atingiam o
bolso de boa parte dos habitantes da cidade, o que generalizou a inquietao. A
indignao cresceu junto populao plebeia e se expandiu at alcanar a tropa, cujos
soldados de baixa patente apoiaram entusiasticamente os motins. Sem participao no
levante, constam apenas os proprietrios de terras e de engenhos, assim como os
grandes comerciantes.

3. A Revolta dos Mascates (1710-1711) faz parte de um conjunto de eventos de ruptura


da ordem colonial e de movimentao contra a autoridade rgia. Seu ponto de partida
o tema da autonomia administrativa da cidade de Recife materializou a reao da elite
aucareira pernambucana, representada por Olinda, diante da presso dos comerciantes
do Recife, pejorativamente apelidados de mascates, para a criao de uma Cmara
Municipal independente. A revolta tambm cuidou de inserir o componente da sedio
na cena pblica da capitania, que detinha o controle e a produo do acar, ainda a
principal fonte de riqueza da colnia.

4. A rebelio, que durou menos de um ano, contou com a insurreio de milcias rurais
arrebanhadas pela elite aucareira entre as camadas livres, mas pobres da populao
rural. Estas marcharam contra o Recife e acarretaram a fuga do governador para a
Bahia, o que por fim franqueou aos levantados o controle de boa parcela da capitania. O
fundamental, no entanto, foi o fato de ter incorporado pauta da sedio o propsito de
tornar Pernambuco independente. O ncleo mais radical de liderana sediciosa optou
pela Repblica; discutiu a conjuntura e os recursos para uma resistncia armada;
considerou a eventualidade de a sedio se expandir para a Bahia e para o Rio de
Janeiro, e incluiu a alternativa de um protetorado francs para o caso do fracasso da
sedio
Questo 49 No vocabulrio da poca [colonial], o emprego do termo insurreio
designava uma populao em clera e com objetivos concretos e imediatos, qual por
vezes se uniam os escravos. Sedio era a palavra utilizada para definir um
ajuntamento de dez ou mais colonos armados que tinham a inteno deliberada de
perturbar a ordem pblica. Quando esse agrupamento chegava a mobilizar 30 mil
pessoas, a coisa mudava de figura: estava instaurada a rebelio, um tipo perigosssimo
de evento em que havia ameaa de anarquia ou de guerra civil. Uma assuada
significava uma espcie de particular de ajuntamento de colonos com o propsito de
atingir a ordem pblica e de promover uma ofensa especfica a uma autoridade. Um
motim congregava muita gente com motivao poltica e toda sorte de insatisfao.
Tumulto caracterizava a revolto do povo e se usava o termo povo tanto para
identificar o conjunto da populao de um territrio quanto para classificar os estratos
que formavam a base da pirmide social da colnia: o povo mido, a plebe, a chusma. A
nomenclatura podia variar, mas a natureza dos ajuntamentos era sempre poltica. Lilia
Moritz Schwarcz e Helosa Starling, Brasil: uma biografia, 2015. Acerca da Revolta da
Cachaa (1660), julgue C ou E:

1. A Revolta da Cachaa teve origem num levante de fazendeiros que buscava,


inicialmente, debelar as imposies tarifarias impostas pelo governador do Rio de
Janeiro Salvador Correia de S Benevides. A revolta dava-se contra o rei de Portugal,
Afonso VI, e assumiu propores reivindicatrias que rapidamente extrapolaram a
questo dos tributos aplicados cachaa: procurava-se obter maior autonomia poltica
para o Rio de Janeiro.

2. As origens da Revolta da Cachaa remontam dcada de 1620. A essa altura, a cana


cultivada no recncavo fluminense rendia caldo em abundncia, mas era aguado. Essa
caracterstica incidia diretamente na qualidade do acar produzido, muito inferior ao de
Pernambuco e da Bahia; contudo, no fazia nenhuma diferena no caso de um
subproduto importante da economia aucareira: a destilao de cachaa e de aguardente
de cana. O acar podia ser de qualidade inferior, mas a aguardente encontrava mercado
de exportao garantido: era moeda de troca no comrcio de escravos com a frica
Ocidental, especialmente Angola e Guin.

3. Ciente do contrabando de cachaa do Rio de Janeiro para a frica, o que, em ltima


instncia, significava brechas no exclusivo colonial, o governador S e Benevides
decidiu apertar o controle sobre a administrao do produto. A imposio do tributo
sobre a produo de cachaa detonou a revolta de 1660, que, malgrado o esforo militar
de S e Benevides, alcanou os resultados esperados: extirpou-se o tributo sobre o bem
manufaturado, embora a revolta tenha sido debelada.

4. A Revolta da Cachaa foi a primeira, mas no seria ltima: em muitas outras


ocasies, colonos exasperados e ressentidos usariam a rebelio como instrumento de
presso para sustentar reivindicaes, atacar abusos de autoridades locais, reagir contra
a rigidez administrativa de Lisboa ou exprimir descontentamento poltico. A Amrica
portuguesa concentrou uma srie de protestos, espalhados por todo o territrio, que no
limite apresentavam srio risco para a estabilidade do Imprio no Atlntico.
QUESTO 50 (TPS 2015)

Com relao Era Vargas (1930-1945), julgue (C ou E) os seguintes itens:

1 Francisco Campos, um dos principais idelogos do Estado Novo, defendia que esse
novo Estado promovesse uma conscincia nacional capaz de unificar uma nao
dividida por meio de transformaes estimuladas pela mentalidade das multides e de
seus lderes.

2 As negociaes entre o Brasil e os Estados Unidos da Amrica foram facilitadas


devido resistncia da Argentina em romper relaes com os pases do Eixo e o apoio
dado ao governo nacionalista boliviano de Gualberto Villarroel, pois Washington
respondeu de maneira positiva s demandas brasileiras por material blico para reforar
a defesa da fronteira ao sul do Brasil.

3 A principal marca do perodo entre 1930 e 1937 foi a instabilidade poltica,


corporificada nos embates entre as numerosas e distintas foras sociais que disputavam
um espao poltico maior no cenrio nacional, com destaque para a Revoluo
Constitucionalista de 1932, em So Paulo, e a forte resistncia do sindicalismo livre ao
projeto de sindicalizao sob a tutela do Estado.

4 A Constituio de 1934 assegurou o regime federativo, manteve a autonomia


financeira dos estados e municpios, sancionou o intervencionismo do Estado em
assuntos sociais, com a extenso dos direitos sociais, e possibilitou a privatizao
progressiva das minas, jazidas minerais e fontes de energia hidrulica.

HISTRIA MUNDIAL
Questes 51 a 55: IDEG/ Questes 56 a 61: TPS 2015

Questo 51- O mundo em 1789 era essencialmente rural e impossvel entende-lo sem
assimilar este fato fundamental. Em pases como a Rssia, a Escandinvia ou os Blcs,
onde a cidade jamais se desenvolvera de forma acentuada, cerca de 90% a 97% da
populao era rural. Mesmo em reas com uma forte tradio urbana, ainda que
decadente, a porcentagem rural ou agrcola era extraordinariamente alta: 85% na
Lombardia, 80% na Vencia, mais de 90% na Calbria. [...] E at mesmo na prpria
Inglaterra, a populao urbana s veio a ultrapassar a populao rural pela primeira vez
em 1851. A Era das Revolues, Eric Hobsbawm Sobre as origens e o desenrolar da
Revoluo Francesa de 1789, julgue C ou E:

1. Uma vez iniciado o processo de mudanas polticas, a burguesia aceitou a contagem


unitria dos votos nos Estados Gerais. Revoltados coma lenincia dos burgueses, as
massas populares proclamaram a Assembleia Nacional Constituinte, em 9 de julho de
1789. Neste momento, Lus XVI j estava isolado, embora tivesse respaldo da nobreza e
da burguesia. A queda do absolutismo monrquico era questo de dias.

2. Em outubro de 1789, nova onda de revolta popular contra a fome foi desencadeada
pelos sans-culotte, obrigando a realeza a deixar Versalhes e estabelecer-se no Palcio
das Tulherias, em Paris. Os bens do clero, da coroa e da nobreza que havia fugido da
Frana foram nacionalizados. A Igreja tornou-se a instituio mais investida pelo novo
Estado com a perda de quase todos os bens, a supresso de suas ordens e a constituio
civil do clero. Separava-se, portanto, o Estado francs da Igreja catlica.

3. Na mesma medida em que aumentava a participao popular num clima de festa pela
crena na construo de uma nova sociedade, aumentava tambm a presso popular
para a efetiva transformao de estruturas sociais antigas. Os sans-culotte, que eram a
linha de frente do processo de luta revolucionria nas ruas, apoiavam na Assembleia o
grupo poltico representado pelos jacobinos, a pequena burguesia radical cujo nome se
devia ao Convento dos Jacobinos onde o clube instalou-se em 1789. Os jacobinos,
mesmo minoritrios na Assembleia, tinham o apoio das massas exaltadas em contraste
ao grupo majoritrio ligado aos girondinos, apoiados pelos grandes proprietrios que
no queriam a radicalizao das demandas populares. A alta burguesia ainda sustentava
politicamente o rei e via na Monarquia Parlamentar o meio de permanecer no poder.

4. Paralelamente a essa luta poltica dos protagonistas da Revoluo tambm ocorria


uma luta contrarrevolucionria, a da nobreza destituda de sua situao anterior com
focos de reao conservadora at dentro da Frana, principalmente no campo. O prprio
rei Lus XVI tentou fugir, disfarado em junho de 1791, sendo capturado e reconduzido
sob tutela a Paris. A nobreza francesa que conseguiu fugir buscou abrigo no estrangeiro,
articulando-se com outras monarquias que se sentiam ameaadas, como a da ustria
que apoiou a invaso da Frana por tropas leais ao rei.

Questo 52 O perodo da revoluo radical de 1792 a 1794, e especialmente o perodo


da Repblica jacobina, tambm conhecido como O Terror de 1793-1794, constituem
una ruptura reconhecida universalmente. Como tambm o o final de O Terror, o
famoso Nove Termidor, data da priso e da execuo do lder Robespierre. Ecos da
Marselhesa, Eric Hobsbawm Acerca da Repblica jacobina durante a Revoluo
Francesa, julgue C ou E:

1. Em janeiro de 1793, foi votada a decapitao do rei na guilhotina. Em que pese a


ausncia do movimento contrarrevolucionria qualquer, a Conveno institui, dando
assim face radical ao processo revolucionria, um tribunal para julgar os crimes contra
as causas da Revoluo. Em abril, foi instalado o Comit de Sade Pblica, com o
propsito de salvar a nao. Apoiados por uma insurreio popular, nos primeiros dias
de junho de 1793, os jacobinos prenderam os representantes girondinos, assumindo o
controle poltico da Conveno. Sufrgio universal masculino, abolio da escravido
nas colnias e um plano de educao pblica e gratuita foram novidades trazidas pela
nova Constituio jacobina.

2. Com a Repblica jacobina, foi sendo construda a ideia de que a nao era de um
corpo poltico, o corpo do povo, o que significava expresso da vontade geral. Portanto,
aqueles cidados contrrios aos rumos da revoluo no seriam movidos pelo esprito
pblico e sim por mesquinhos interesses pessoais, tornando-se, assim, no cidados,
mas homens contrrios ao bem pblico. Dessa maneira, salvar a nao era salvar a
cidadania, manter o corpo poltico saudvel, o que justifica a analogia mdica no nome.

3. Em cinco de outubro de 1793, foi adotado o novo calendrio que tinha como ano zero
o ano do incio da Repblica. Mais do que somente um efeito simblico, o calendrio
revolucionrio era a expresso de uma nova razo anticlerical e emancipadora dos
espritos humanos. Germinal, Floreal e Brumrio foram alguns dos novos nomes dado
aos meses, nomes usados com o claro objetivo de apagar da memria o antigo passado
de submisso nobreza e Igreja Catlica.

4. O governo exercido pelos jacobinos na Conveno foi sustentado pelos grupos mais
populares que exigiam o controle do preo dos alimentos no inverno de 1793, quando se
abatia uma profunda escassez. Em junho de 1793, da tribuna da Conveno, Jacques
Roux, o lder dos enrags proclamou que a liberdade v fantasma, quando uma classe
social pode fazer sofrer impunemente a fome outra. Milcias organizadas de sans-
culotte auxiliavam a Guarda Nacional nessa tarefa em que os hbertistas mais radicais
cumpriam seu papel de denunciar, continuamente, conspiradores e
contrarrevolucionrios.

Questo 53 Acerca dos resultados do Congresso de Viena (1815), julgue C ou E:


1. Oriunda do Congresso de Viena, sob a forma de uma hegemonia coletiva, a
organizao dos Estado europeus do sculo XIX ficou conhecida como Concerto
Europeu. Os cinco grandes (Gr-Bretanha, Rssia, ustria, Prssia, aos quais logo se
incorporou a Frana) haveriam de implantar a diplomacia de conferncias e entender-se
sobre as grandes questes de poltica internacional. Ao longo do sculo XIX, a ordem de
Viena flutuou pouco: a forma imperial dos Estados manteve-se inalterada at a ecloso
da Primeira Guerra Mundial, e os choques entre imprios foram resolvidos, conforme se
esperava em 1815, mediante conferncias diplomticas internacionais.

2. O exerccio da hegemonia coletiva era mvel, flexvel, visto que cada Estado tinha
interesses prprios. A Gr-Bretanha agregou poltica internacional os interesses
macroeconmicos de sua expanso capitalista e o das classes sociais: liberalismo,
comrcio e constitucionalismo. A Frana acompanhava-a nessa via. As monarquias
absolutistas, por outro lado, esforavam-se para esmagar as liberdades e as aspiraes
por representao poltica, quando elas afloravam nas vizinhanas como movimentos
populares. O ponto de entendimento entre democracia e absolutismo era um desafio do
concerto.
3. At meados do sculo XIX, a expanso dos europeus para fora no apresentou um
ritmo acelerado. O imperialismo contentava-se em estabelecer bases para operaes
futuras e em desfechar golpes localizados. medida que o sculo avanava, as presses
tendiam a crescer sobre a China, o Japo, o continente asitico e o africana, no
havendo, contudo, presses a esse respeito na Amrica latina. Os Estados Unidos
ancoravam-se na Doutrina Monroe, cujo legado era o da Amrica para o Americanos:
assim, transformavam-se no bastio de proteo do continente americano contra
eventuais presses europeias.

4. A partir de 1840, um novo el revolucionrio colocou a Europa em crise, el que se


animou e se generalizou em 1848. Os princpios bsicos da ordem de Viena, no entanto,
ainda sobreviveram, e o movimento revolucionrio foi controlado, seno mesmo
esmagado.

Questo 54 Sobre as ondas revolucionrias que varreram o continente europeu na


primeira metade do sculo XIX, julgue C ou E:

1. Do ciclo de revolues europeias de 1820 (Espanha, Portugal, Reino das Duas


Siclias, Reino de Piemonte-Sardenha, Grcia) somente o levante grego contra o
Imprio Otomano contou com participao popular: juntaram-se as instncias da classe
media mercantil e da classe dos camponeses e pastores. Havia ali, contrariamente aos
outros casos, cimento identitrio religioso: o cristianismo ortodoxo contra o islamismo
dos turcos.

2. O estopim da onda revolucionria de 1848 foi a Frana, que abriu caminho


instaurao da Segunda Repblica, aps aquela de 1792. Na esteira do exemplo francs,
e com o pano de fundo de uma grave crise econmica, o ano de 1848 registrou o
despertar de uma srie de outras revolues, desta vez tambm na Europa centro-
oriental, proporcionando a chamada Primavera dos Povos, isto , um conjunto de
levantes de carter liberal, democrtico e nacionalista que queriam libertar seus povos
da dominao estrangeira imposta pelas decises tomadas em 1815.

3. As revoltas de 1848 abriram caminho para a progressiva criao do Estado italiano,


por meio da independncia em relao ustria, obtida em 1861. A emancipao deu-
se, sobretudo, graas aos Estados papais, que atuaram como Estados-guia, e ao um
movimento nacionalista orientado pelo Reino de Piemonte-Sardenha,
emblematicamente chamado de Risorgimento(Ressurgimento).Era uma referncia s
razesromanas, supostamente nacionais.

4. A onda revolucionria de 1848 contribuiu decisivamente para a constituio do


Estado da Alemanha (1871), que se deu com a unificao de 35 dos 39 Estados de
lngua alem que faziam parte da Confederao do Reno, presidida pela Prssia. Depois
da vitria militar contra a ustria (1866), que tambm faziam parte da Confederao, a
Prssia orquestrou o movimento de independncia. O ltimo movimento, nesse
processo, foi a conquista das regies da Alscia e da Lorena em detrimento da Frana,
principal rival da Prssia.

Questo 55 Julgue C ou E a respeito das interpretaes historiogrficas sobre a


formao dos Estados-nacionais europeus:

1. Com a afirmao dos fascismos na primeira parte do sculo XX, os historiadores


questionaram-se sobre o surgimento dos movimentos nacionalistas. Entre os pioneiros
do gnero, o tcheco de origem judia Hans Kohn teorizou sobre a existncia de duas
diferentes tipologias de nacionalismo: um nacionalismo ocidental, que teve seu bero
e seu desenvolvimento na Frana e na Inglaterra, cuja nfase era colocada no fato de os
membros da coletividade nacional compartilharem os mesmos valores civis e polticos
(liberdade, leis, interesse comum contra os interesses particulares); e um nacionalismo
oriental, caracterstico da Alemanha e da Europa do Leste, caracterizado pela
presena, entre os membros da sociedade, dos mesmos elementos tnico-culturais
(mesma lngua, etnia, histria etc.). A diferena de composio matricial desses
nacionalismos explicaria o desenvolvimento de um tipo de nacionalismo virtuoso e
positivo no Ocidente, e de um nacionalismo intolerante e autoritrio no Oriente.

2. Em 1986, o historiador Anthony D. Smith elaborou uma teoria interpretativa, definida


como etnicista, porque pautada na convico de que as naes do Oitocentos no se
constituram do nada, mas sim de etnias preexistentes. Conforme esta viso, existiria,
antes, uma etnia (caracterizada por cultura, descendncia, histria comuns) e, depois,
uma conscincia de pertencimento quela etnia. Para Smith, em sntese, a nao dada
a priori: existe j antes de sua constituio como Estado-nao, sendo que o que
acontece quando da formao do Estado nacional pura e simplesmente a tomada de
conscincia deste fato por parte das massas, do povo que participa da vida nacional.

3. Diferente da viso etnicista, o historiador marxista Miroslaw Hroch apontou a


carncia socioeconmica de alguns grupos sociais marginalizados do poder como a
causa principal das reivindicaes nacionais. Atravs desta interpretao, Hroch frisa
que o estopim para o levante da questo nacional no sculo XIX foi a classe dos
intelectuais (jornalistas, advogados, letrados), inclinada a subverter a ordem constituda,
por causa da insatisfao com a posio social e econmica por ela ocupada. Uma
situao, por sua vez, devida crise econmica europeia gerada pelas guerras
napolenicas, que se resolveu em polticas pblicas de reduo dos gastos que afetaram
os intelectuais que trabalhavam para o Estado, assim como os que trabalhavam para as
grandes famlias aristocrticas, estas tambm em forte crise de recursos.

4. Para Eric Hobsbawm, Ernest Gellner e Benedict Anderson a nao, que no existira a
priori, como dado natural, seria o resultado de uma construo cultural levada adiante
pelas elites dos vrios pases, atravs da incessante inveno de smbolos, memrias,
tradies.

Questo 56 - O crash da Bolsa de Valores de Nova York, em outubro de 1929, foi o


sinal do que ocorreria nos prximos anos: uma crise econmica sem precedentes, na
qual falncias, desemprego e falta
de perspectivas se somaram para configurar um cenrio socialmente dramtico. A
eleio do democrata Franklin D. Roosevelt desalojou os republicanos do poder e
inaugurou uma nova era para os EUA.
Relativamente poltica de Roosevelt para enfrentar a referida crise, julgue (C ou E) os
itens seguintes.

1 Reduziram-se as funes do Estado, de modo a diminuir os gastos pblicos e a


cobrana de impostos, para induzir a ampliao da poupana privada com vistas a gerar
demanda e investimentos que recuperassem a atividade produtiva.

2 Foram criados subsdios indstria, com a finalidade de reduzir a presso


inflacionria sobre a populao e garantir a continuidade do emprego nas linhas de
produo.

3 Para aliviar o desemprego, criou-se o Civilian Conservation Corps, que empregou


trabalhadores na recuperao de parques e em obras ligadas infraestrutura fsica do
pas.

4 No incio de sua administrao, priorizou-se a criao de instrumentos voltados para


pr fim ao processo deflacionrio e aliviar a situao da populao, principalmente das
camadas mais pobres.

Questo 57
O sculo XX considerado o sculo das revolues. A partir de 1917, quando a
autocracia czarista foi derrubada, as utopias engendradas pelo sculo XIX buscaram
materializar-se. A rigor, as revolues se universalizaram, indo da Europa sia, da
Amrica frica. Relativamente s revolues do sculo XX, julgue (C ou E) os itens
subsequentes.

1 A Revoluo Cubana, iniciada em 1956 sob a liderana de Fidel Castro, tinha carter
comunista e contou com o apoio logstico e poltico do Partido Socialista Popular
(futuro Partido Comunista) para se consolidar nas montanhas de Sierra Maestra.

2 A Revoluo Russa de 1917 confirmou a tese de Marx segundo a qual o fim do


capitalismo comearia pelos pases menos desenvolvidos, que ele classificou como os
elos mais fracos da corrente, onde a misria era maior.

3 Em 1949, os comunistas chineses tomaram o poder em Pequim aps uma longa luta
de guerrilhas, que se estendeu pela rea rural e, posteriormente, chegou s cidades.

4 A Revoluo Mexicana, de 1910, foi desencadeada a partir de uma questo poltico-


eleitoral, a reeleio de Porfirio Daz, e ganhou densidade com as demandas sociais,
especialmente as
do campo.

Questo 58 - Um dos mais expressivos resultados da Segunda Guerra Mundial (1939-


1945) foi a nova configurao geopoltica do mundo contemporneo: de um lado, a
emergncia de um sistema de poder
assentado na bipolaridade americano-sovitica e, de outro, um vigoroso processo de
descolonizao protagonizado, sobretudo, por asiticos e africanos. Em relao ao
cenrio histrico mundial ps-1945, julgue (C ou E) os itens subsequentes.

1 Marco da nova configurao mundial ps-Segunda Guerra, a conferncia de Bandung,


na Indonsia, reuniu, pela primeira vez, cerca de trs dezenas de chefes de Estado da
sia e da frica e, ao final, pronunciou-se a favor de um capitalismo de face humana,
pela condenao do Ocidente (EUA) e pela
aproximao poltica com a URSS.

2 O processo de independncia das colnias africanas e asiticas derivou de vrios


fatores e aes que envolveram o poder das velhas metrpoles europeias, as condies
internas de cada colnia e a conjuntura internacional, desde fins da Segunda Guerra,
amplamente favorvel mudana do status quo
poltico dos imprios em causa.

3 Embora detentores de inegveis instrumentos de poder e de dissuaso, Estados Unidos


da Amrica (EUA) e Unio das Repblicas Socialistas Soviticas (URSS) optaram por
ficar margem do processo de descolonizao, salvo em poucas situaes, justamente
para que no fosse prejudicado o projeto de hegemonia mundial que ambos
acalentavam.

4 A vitria militar francesa na batalha de Dien Bien Phu, em 1954, preservou por mais
alguns anos a Indochina uma artificial inveno do colonialismo e permitiu ao
governo de Paris comandar o processo de negociao que levou independncia
gradual do Vietn, do Laos e do Camboja.
Questo 59
Contraditrio, o sculo XX j foi chamado de luminoso e de sombrio. Da mesma forma
que viu a expanso de regimes democrticos, mormente aps a Segunda Guerra
Mundial, ele tambm conviveu com um fenmeno poltico visceralmente antiliberal e
antidemocrtico, os fascismos. Em verdade, os anos 20 e 30 desse sculo foram
marcados pela crise do liberalismo e pela ascenso de regimes totalitrios de esquerda
(URSS) e de direita, como, entre outros pases e regies, na Itlia, Alemanha,
Polnia, Pennsula Ibrica e no Japo. Acerca dessa realidade histrica, julgue (C ou E)
os prximos itens.

1 Em meio grande depresso decorrente da crise de 1929, que devastou a economia


alem, Adolf Hitler se fez lder do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores
Alemes e, ante um pas depauperado, mas com as instituies polticas ainda
fortalecidas, ele comandou o golpe militar que o levou ao poder em 1933.

2 Se, no Japo, os militares assumiram posies claramente fascistas e puseram em


prtica um ambicioso processo de expanso do pas pela sia, na Pennsula Ibrica deu-
se o contrrio: em Portugal e na Espanha, Salazar e Franco prescindiram do apoio
militar e chegaram ao poder com apoio popular, comprovado em vitrias eleitorais de
seus respectivos partidos.

3 As condies criadas pela Primeira Guerra Mundial foram decisivas para que, em
1917, duas ondas revolucionrias abalassem a autocrtica Rssia czarista: em fevereiro,
uma revoluo liberal deps o czar; em outubro, os bolcheviques chegaram ao poder e
instauraram um regime baseado nas teses marxistas.

4 O quadro de instabilidade gerado pela Grande Guerra de 1914, com o pas, embora
vencedor, se sentindo ludibriado pelos aliados mais poderosos, levou os fascistas de
Benito Mussolini ao poder na Itlia, em 1922. A Marcha sobre Roma pretendeu ser uma
demonstrao de fora do partido e de seu lder
supremo, que acabou sendo convidado pelo rei para assumir a conduo do governo
italiano.

Os projetos de Bretton Woods se mostraram irrelevantes perto do objetivo urgente de


reconstruir as economias das naes que estiveram em guerra. O pior conflito do mundo
foi mais destrutivo para economias e sociedades do que o previsto. No psguerra, o
Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos aliados europeus URSS, Frana, Blgica,
Holanda e outros correspondia a menos de 4/5 do que valia em 1939; na maioria
desses pases, os ndices de 1946 estavam bem menores que os do incio da dcada de
20. As condies nos pases derrotados eram muito piores. A mudana de posio da
Europa ocidental na economia internacional dificultaria a recuperao. Para se
reconstruir, o continente precisava importar alimentos, matrias-primas e equipamentos
tecnolgicos. No entanto, boa parte da capacidade
europeia de ganhar dinheiro para financiar as importaes havia se esgotado. Com a
Guerra Fria, a Europa Ocidental passou a no ter mais acesso aos mercados das partes
oriental e central do continente. Enquanto isso, os EUA e o restante do hemisfrio
ocidental desfrutavam de prosperidade.
Jeffry A. Frieden. Capitalismo global: histria econmica e poltica do sculo
XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008, p. 283-4 (com adaptaes).
Questo 60 - Relativamente a aspectos da histria contempornea esboados no texto
acima, julgue (C ou E) os itens a seguir.

1 A liberao do comrcio e dos investimentos internacionais preconizada em Bretton


Woods acabou por inviabilizar a expanso do setor pblico. Com isso, os investimentos
na rea social, base dos sistemas de bem-estar social, ficaram restritos aos pequenos
pases nrdicos, como a Sucia.

2 Traar planos para o Fundo Monetrio Internacional (FMI), o Banco Mundial e a


ordem financeira e monetria do ps-guerra foi um dos principais objetivos do encontro
de representantes de mais de quatro dezenas de pases, em 1944, em Bretton Woods.

3 Harry Dexter White e John Maynard Keynes, representantes das autoridades


monetrias anglo-americanas, destacaram-se na conferncia de Bretton Woods,
coroando um trabalho
iniciado havia alguns anos visando formulao de propostas para as relaes
monetrias internacionais e os investimentos globais do ps-Segunda Guerra Mundial.

4 O texto aponta para os efeitos danosos da Segunda Guerra Mundial na economia


europeia. Continente fisicamente devastado que sofrera elevadas perdas humanas, cujo
prestgio fora abalado e cuja posio no comrcio global se alterara profundamente, a
Europa no teria condies de, por suas prprias foras, empreender o dispendioso
esforo de recuperao e de reconstruo.

Questo 61
Em pleno desenrolar da Segunda Guerra Mundial, reunies eram feitas entre as
principais lideranas aliadas com vistas reconfigurao geopoltica mundial ps-
conflito. Na nova ordem que emergiu a partir de 1945, tambm se traou o destino da
Amrica Latina e se discutiu a posio que ela iria ocupar no
sistema bipolar. Relativamente aos mltiplos aspectos que envolvem essa questo,
julgue (C ou E) os itens subsequentes.

1 No contexto da Segunda Guerra, os EUA condicionaram suas relaes com os pases


latino-americanos ao grau de adeso desses pases poltica de guerra e de
envolvimento no conflito, o que explica, por exemplo, o adensamento das relaes de
Washington com o Brasil e o Mxico.

2 Na Amrica do Sul, destaca-se a posio da Argentina de atrelamento incondicional


poltica externa norte-americana do ps-Segunda Guerra, o que acirrou as desconfianas
de pases vizinhos, entre os quais o Brasil.

3 No ps-Segunda Guerra, a chancelaria brasileira deu apoio explcito criao da


Organizao dos Estados Americanos no quadro da estratgia global dos EUA para a
Amrica Latina, luz dos condicionamentos impostos pela ordem bipolar.

4 Malgrado ter cassado o registro do Partido Comunista Brasileiro e os mandatos de


seus parlamentares, alm de ter rompido relaes diplomticas com a URSS, o Brasil se
recusou a assinar o Tratado Interamericano de Assistncia Recproca (TIAR) por ver
nele um instrumento de dominao ideolgica sobre a Amrica Latina.
NOES DE DIREITO INTERNO E DIREITO INTERNACIONAL PBLICO

Questo 62 (IDEG) - Acerca dos princpios que regem a Administrao Pblica no


Brasil, julgue os itens:
1- A moralidade administrativa constitui pressuposto de validade de todo ato da
Administrao Pblica, que deve obedecer no somente lei jurdica, mas tambm a
padres ticos e princpios previstos, ou no, na Constituio Federal.
2- A violao de regras ticas e morais pode eventualmente configurar infrao
disciplinar e, em casos mais graves, improbidade administrativa. Alm disso, todo e
qualquer cidado pode ajuizar ao popular contra atos pblicos que afrontem a
moralidade administrativa.
3- A gesto pblica, em razo do princpio democrtico, deve ser transparente. Assim, o
princpio da publicidade impe a obrigatoriedade de divulgao oficial de todos os atos,
processos e contratos para o conhecimento pblico, sem exceo. Alm disso, todo
cidado tem o direito de conhecer as informaes que a Administrao Pblica possua a
seu respeito.
4- O princpio constitucional do contraditrio, que inerente ao direito de defesa tanto
em processos judiciais como em processos administrativos, decorrente da
bilateralidade desses procedimentos.

Questo 63 (IDEG) Acerca dos princpios que regem a Administrao Pblica no


Brasil, julgue os itens:
1- A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia.
2- Aos estrangeiros vedado o ingresso em cargos pblicos no Brasil, salvo com
autorizao judicial.
3- O princpio da legalidade administrativa amplia as possibilidades de atuao do
servidor pblico, uma vez que lhe confere maior discricionariedade no exerccio da
funo pblica.
4- O Judicirio pode controlar a legalidade dos atos administrativos utilizando-se apenas
dos princpios constitucionais como parmetro de justia, visto que tais princpios so
dotados de normatividade.

Questo 64 (IDEG) - Acerca do direito administrativo brasileiro, julgue os itens:


1- Dentre os elementos do ato administrativo, destacam-se a competncia e a finalidade.
O primeiro diz respeito autoridade pblica a quem incumbe a edio do ato. O ltimo
refere-se aos fins jurdicos pretendidos pelo ato administrativo, os quais devem ser
claros para a coletividade social.
2- A motivao dos atos administrativos refere-se aos pressupostos de fato, mas no os
de direito, que justificam a edio do ato pela autoridade pblica competente.

3- Os atos administrativos possuem presuno relativa de legitimidade e de legalidade,


que podem vir a ser desconstitudas mediante prova em contrrio, hiptese que
resultaria na anulao do ato visando ao equilbrio das relaes jurdicas eventualmente
afetadas.
4- Os atos administrativos praticados pelo Poder Executivo esto sujeitos a controle
judicial e, tambm, legislativo.
Questo 65 Sobre questes relativas ao direito internacional pblico e seus sujeitos,
julgue os itens abaixo C ou E:
1. (CESPE / Juiz Federal - TRF5R / 2009) O STF apregoa o primado do direito
internacional em face do ordenamento nacional brasileiro.

2. (CESPE / Analista Legislativo - Cmara dos Deputados / 2002) A personalidade


jurdica dos Estados derivada, e a das organizaes internacionais, originria.

3. (CESPE / Diplomata - IRBr / 2003) O Estado recm-criado deve obedincia aos


costumes internacionais gerais que eram vigentes no momento em que adquiriu
personalidade jurdica de direito internacional, no obstante essas regras terem
sido estabelecidas antes do prprio surgimento desse Estado.

4. (CESPE/ Diplomata IRBR/2009 3 fase adaptada) Suponha uma situao em


que exportaes brasileiras sejam objeto de barreira comercial imposta por outro
membro do MERCOSUL, com fundamentao em suposta necessidade de
proteger o meio ambiente. Contra a medida em tela, existe a possibilidade
jurdica de o Brasil recorrer Corte Internacional de Justia, mas no a
mecanismo de soluo de controvrsia no mbito do MERCOSUL ou da OMC.

Questo 66 Sobre os diversos organismos internacionais atuais julgue C ou E os itens


abaixo:
1. (CESPE / Juiz do Trabalho TRT1R / 2010) rgos internacionais, como a Anistia
Internacional e o Greenpeace, so sujeitos de direito pblico externo, sem o que no
poderiam exercer suas finalidades.
2. CESPE / Diplomata - IRBr / 2004) Em que pese a agressiva retrica protecionista
expressa por quase todos os pases, as duas ltimas dcadas do sculo passado assistem
plena abertura dos mercados. Era a economia deixando de ser internacional para se
tornar efetivamente mundial, o que exigiu o fim de instncias reguladoras do comrcio,
como foi o caso do GATT.
3. (CESPE / Juiz do Trabalho TRT1R / 2010) A participao na zona do euro conforma
obrigao comunitria irrenuncivel, exceo dos recm-admitidos pases do leste
europeu, que devero passar por perodo de convergncia macroeconmica.
4. (CESPE / Pesquisador - INMETRO/2009) A OMC foi criada com as seguintes
finalidades: gerir e supervisionar a implementao dos acordos emanados da Rodada
Uruguai, prover um foro para as negociaes comerciais e para a soluo de
controvrsias comerciais entre os Estados-membros e acompanhar as polticas
comerciais destes com o propsito de assegurar a observncia das regras e dos
compromissos definidos multilateralmente.

Questo 67 Sobre o Merscoul, julgue C ou E os itens abaixo:

1. (CESPE / Advogado - CEF / 2010) Tal qual a Unio Europeia, o MERCOSUL conta
com um parlamento capaz de adotar normas com eficcia direta e imediata sobre seus
Estados-membros.
2. (CESPE / Advogado - CEF / 2010) Por fazer parte do MERCOSUL, o Brasil no pode
instaurar um contencioso comercial contra outro parceiro do bloco na Organizao
Mundial do Comrcio (OMC).
3. (CESPE / Advogado - CEF / 2010) Todas as decises do Conselho do Mercado Comum,
rgo decisrio mximo do MERCOSUL, podem ser tomadas por maioria, e ainda
assim vinculam todos os Estados-membros.
4. (CESPE / Advogado - CEF / 2010) As decises do Conselho do Mercado Comum
vinculam imediatamente todos os membros, sem que, para isso, precisem ser
introduzidas nos ordenamentos jurdicos internos.

NOES DE ECONOMIA

Questo 68 - O modelo bsico da oferta e da demanda utilizado para analisar os mais


variados problemas econmicos. Com base nesse modelo, julgue os itens seguintes.
1- No Brasil, a poltica de fixao de preos mnimos para determinados produtos
agrcolas provoca excesso de demanda, permitindo, assim, o escoamento da produo
dessas mercadorias.

2- Se a demanda por servios bancrios for inelstica, a informatizao crescente desse


setor conduzir reduo do emprego dos bancrios.

3- A elasticidade-preo de longo prazo da curva de oferta, para determinado bem,


superior elasticidade de curto prazo, porque, no longo prazo, os fatores de produo
podem ser ajustados.

4- No Brasil, a reduo do preo do petrleo e a recente valorizao do real frente ao dlar


deslocam a curva de oferta de gasolina para cima e para a esquerda

Questo 69. Julgue os itens que se seguem, acerca da atual diviso internacional do
trabalho.
1. Os efeitos positivos da atual diviso internacional do trabalho sobre o salrio real e o
grau de proteo social nos pases desenvolvidos so inequvocos e homogneos.

2. Nos pases em desenvolvimento, a atual diviso internacional do trabalho


proporciona a manuteno de elevados nveis de emprego.

3 Na dcada passada, ocorreu uma acelerao dos nveis de mobilidade da mo-de-obra


em comparao com a mobilidade do capital, movimento revertido nos anos 2000.

4 Os efeitos benficos da atual diviso internacional do trabalho, conjugados ao elevado


grau de desenvolvimento do sistema financeiro, proporcionaram um vertiginoso
crescimento do aumento do bem-estar nos Estados Unidos da Amrica (EUA) por meio
de um maior acesso das famlias a bens de consumo, sobretudo aquisio de moradia
prpria pelo menos at o ano de 2006.
Questo 70. Julgue os seguintes itens, acerca do Consenso de Washington, das recentes
experincias de crescimento e da situao do Brasil frente nova dinmica de insero
mundial.

1 Seguindo as orientaes das agncias multilaterais, como FMI e Banco Mundial, e dos
economistas ortodoxos, expressas no Consenso de Washington, todos os principais
pases em desenvolvimento realizaram amplas reformas econmicas, promoveram a
liberalizao comercial e financeira de suas economias e reduziram o peso do Estado.
2 Os pases em desenvolvimento que mais cresceram nas ltimas duas dcadas se
integram na economia mundial pela via financeira, com abertura da conta capital.

3 Rssia e China tambm aderiram ao Consenso de Washington e realizaram amplas


reformas liberalizantes na dcada de 90 do sculo passado e na dcada de 2000.

4 Um dos maiores obstculos a uma mais ampla insero brasileira na relao comercial
e financeira Norte Sul, catalisada pelos BRICS, pode ser atribuda ao passado de
fechamento industrial e comercial que condicionou o empresariado a pressionar
constantemente os governos em prol de maior abertura econmica, uma vez que os
industriais brasileiros percebiam maiores lucros no exterior do que aqueles que
poderiam ser gerados pelas garantias governamentais de preos mnimos induzidos.

Questo 71. O comrcio o mais antigo e mais importante nexo entre as naes. Com
efeito, junto com a guerra, o comrcio tem sido fundamental para a evoluo das
relaes internacionais.

Robert Gilpin. A economia poltica das relaes internacionais. Braslia: Editora UnB,
2002, p. 193.

Julgue os itens que se seguem, quanto a teoria e poltica do comrcio internacional.


1 A teoria liberal do comrcio funda-se na noo de benefcios recprocos do livre
comrcio e da diviso internacional do trabalho com base em vantagens comparativas.

2 Evidncias empricas comprovam que o comrcio internacional conduz equalizao,


entre os pases, dos preos de fatores como mo-de-obra e capital conforme postula a
teoria neoclssica do comrcio.

3 A poltica comercial liberal, preconizada por Adam Smith se baseia na existncia de


diferenas modais de custos de produo entre os diversos setores das economias
nacionais. Cada pas ir produzir e exportar aquele bem em que o custo de produo for
menor em termos autrquicos. Por essa lgica, pode-se garantir que haver
especializao completa na produo de apenas um bem em cada pas e, da, decorre o
conceito de Diviso Internacional do Trabalho.

4 A teoria nacionalista do comrcio preconiza uma poltica comercial que estimule a


preservao, o desenvolvimento da indstria nacional e a ampliao do excedente do
produtor, mediante subsdios, tarifas, polticas de preos mximos, cotas e barreiras no-
tarifrias, entre outras formas de proteo.

Questo 72. Julgue os itens a seguir, acerca das definies de contas nacionais e
economia monetria.
1 Em geral, pases em desenvolvimento tm o PIB maior do que o PNB.

2 Em relao s identidades de contas nacionais correto afirmar que, se o deficit em


conta-corrente for igual ao deficit pblico, o investimento ser igual poupana
privada.

3 Um aumento de base monetria para um dado nvel de produo causar


necessariamente um aumento de preos.

4 A equao quantitativa da moeda prev que, para um mesmo nvel de produo, um


aumento da quantidade de moeda na economia aumentar os preos, j que provocar
um aumento na velocidade de circulao da moeda.

Questo 73. A poltica econmica no Brasil, durante os anos 80 e parte dos anos 90 do
sculo passado, foi marcada por tentativas de controle da inflao. Com relao a esse
perodo e aos planos de estabilizao no Brasil, julgue os itens seguintes.

1 A grande virtude terica da proposta de moeda indexada para controle da inflao no


Brasil era permitir o alinhamento de preos relativos de forma voluntria, superando um
problema encontrado na estratgia do choque heterodoxo.
2 O diagnstico da inflao inercial destacava fatores reais, como nvel de atividade
econmica e excesso de gastos do governo, para justificar os nveis de inflao elevada.
3 A ancoragem cambial utilizada no Plano Real tinha por objetivo segurar o preo dos
produtos transacionveis e tentar coordenar expectativas futuras em relao trajetria
dos preos.
4 A crise cambial brasileira de 1999 se assemelhou ao que foi observado no Mxico em
1995 e posteriormente na Argentina em 2002. Esses trs processos tiveram como causa
um excesso de gastos do setor pblico que acabou por provocar um desequilibro externo
e uma crise cambial.

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