História e Espiritualidade Afonsiana
História e Espiritualidade Afonsiana
História e Espiritualidade Afonsiana
ESPIRITUALIDADE
ALFONSIANA
****
Traduo e adaptao de
Pe. Conrado C agliardi C. SS.R.
Pe. Timteo Veltm an C.SS.R.
Composio Grfica:
Pe. Dlcio Viess C.SS.R.
Fotos: Pe. Valdem ar Beltram e C.SS.R.
Pe. Antonio Ferreira Pacheco C.SS.R.
Impresso na
EDITORA SANTURIO
Rua Pe. Claro Monteiro, 342
APARECIDA S. P.
APRESENTAO
5
persos numa infinidao de livros e artigos de revistas.
Vejo quanto o livro ser til a nos,mais velhos,para
interpelar convicoes nossas que se foram acumulando,atravs
dos anos,na observaao,na escuta,no estudo,na oraao.Vejo
que ser til numerosa geraao nova que chega e quer sa
ber o que ser redentorista hoje.
Senti que no livro nao aparecesse aquele esboo de
perfil do redentorista que est na Constituio 20. Peo
licena para coloc-lo aqui:
6
SUMRIO-NDICE
APRESENTAO..................................... pag. 5
SUMRIO-NDICE....................................... 7
PREFCIO DA PRIMEIRA EDIO........................ 14
PREFCIO DA SEGUNDA EDIO......................... 16
NOTA DOS TRADUTORES................................ 17
I N T R O D U O
- Espiritualidade...................... 21
- 0 Esprito do Fundador............... 22
- Metodologias usadas nesta pesquisa.... 24
- Erros na Interpretaao do Esprito
do Fundador.......................... 26
- Carismas............................. 28
- Regras para a interpretaao dos
Carismas 29
7
- As Formas da Vida Religiosa
atravs da Historia................... 30
- Monaquismo....................... .34
- Conegos Regulares.............. ...36
- Ordens Mendicantes............... .37
- Clrigos Regulares............... .39
- Sociedades e Congregaoes
Religiosas............ ........... 41
- Consideraoes de Ordem Existencial
e Teolgica......................... . 45
- A Vida Religiosa inserida na Vida
de Igreja............................. 49
P R I M E I R A P A R T E
- 0 Mtodo Missionrio................... 90
- A Expansao............................. 95
- Os mais ntimos Colaboradores
de Afonso.............................. 98
- Ven.Pe.Cesar Sportelli.............. 99
- Ven.Pe.Janurio Sarnelli........ 101
- Pe.Paulo Cafaro.................... 105
- Os Irmos Leigos..................... 106
- Sao Geraldo M a j e l a ................ HO
- Santo Afonso e a Formaao............. 114
- Formaao Sacerdotal................ 114
- Formaao do Religioso Redento-
rista.............................. H7
9
- Afonso e a situaao atual da
Teologia Moral....................... 137
- 0 Jansenismo.........................
- Sua Luta contra o Jansenismo......... 142
- Em Defesa da Igreja e do Papa........ 148
S E G U N D A P A R T E
10
- Uma Questo Crucial................ .179
- A Resposta-Uma Anlise Histrica.... 180
- As Misses na Regio Transalpina........ .184
- 0 Ven.Pe.Jos Armando Passerat.......... .189
- Clemente e Passerat - Paralelo.......... .197
T E R C E I R A P A R T E
CAMINHANDO PARA UM MUNDO NOVO
CAPTULO XI : De Leonardo Buijs a Jos Pfab
( 1947 - 1980 )....................... 282
- Ambiente Socio-Poltico-Religioso do
apos Guerra............................. 282
11
- situaao da Igreja 285
- A Vida Religiosa no Mundo Ps-Conciliar. 290
- A Crise de Identidade na Vida Religiosa. 290
- 0 Decreto Conciliar "Perfectae Cari-
tatis"................................. 293
- Os primeiros anos apos a II Guerra
Mundial................................ 300
- Captulo Geral de 1947 .............. 300
- Pe.Leonardo Buij ..................... 300
Uma nova C.SS.R. em formaao.............. 302
- Preparaao remota do Captulo Geral
Especial de 1967-1969.................. 304
- Captulo Geral de 1954.............. 305
- Pe.Gulherme Gaudreau................ 305
- Captulo Geral de 1963.............. 307
- A Resposta da C.SS.R. ao Concilio
Vaticano II............................ 310
- Os Documentos Conciliares........... 310
- Preparaao prxima ao Captulo
Geral Especial...................... 312
- Estudos Preparatrios Regionais..... 313
- Primeira Etapa do Captulo Geral
Especial (1967)...................... 316
- A renncia do Pe.Gaudreau........ 316
- Eleio do Superior Geral........ 318
- Pe.Tarcsio Ariovaldo Amaral..... 320
- Reviso das Constituioes e
Estatutos........................ 321
- Perodo Inter-Sessional 324
- Segunda Etapa do Captulo Geral
Especial (1969)......................... 325
- Captulo Geral de 1973 326
- Pe.Jose Pfab........................ 327
12
- Os t r a b al h o s do C a p f t u l o ......................... ^
- Capf tul o Geral de 1979 ........................... 3 3
A P N D I C E
13
PREFCIO
14
nal sobre este assunto.Na realidade foram planejados dois
meses-de-estudos a serem realizados em Roma:um em italiano
para outubro de 1977 e outro em ingls para fevereiro de
1978.
Este livro ,pois,o resultado do Esquema de Suffield,
mais o trabalho acumulado nas pesquisas dos anos seguintes
e por fim,das conclusoes a que se chegou,em alto nvel de
peritos,nos dois meses-de-estudos realizados em Roma.
Por isso,pelo presente prefcio quero expressar minha
gratidao pessoal aos professores que ministraram estes me-
ses-de-estudos ,os quais pertencem a vrias Provncias de
nossa Congregaao:Pes.Domenico Capone,Louis Vereecke,Santi-
no Raponi,Giuseppe Orlandi,Sabatino Majorano,Andreas Sam-
pers,William Nayden e Michael Walsh.Suas substanciosas ex-
posioes e a qualidade da documentaao apresentada enrique
ceram esta obra imensamente.
A seqncia dos temas aqui apresentados procura se
guir a mesma ordem em que foram expostos nestes meses-de-
estudos realizados em Roma.
Notas de rodap foram deliberadamente omitidas e is
to por dois motivos:Primeiramente,porque este livro tem a
inteno de ser um trabalho de divulgaao.Em segundo lugar,
resolvemos nao coloc-las tambm por um motivo prtico.Se
fossemos agir com rigor cientfico,quase toda a afirmaao
em terreno histrico ou teolgico deveria ser devidamente
documentada ao p da pgina. 0 resultado disso seria um vo
lume, de tal magnitude que at o mais zeloso leitor diante
dele sentir-se-ia derrotado.Por isso,escolhemos uma alter
nativa que nos pareceu ser mais prtica.
Em vez das notas de rodap,apresentamos um especifi
cado ndice Bibliogrfico que se encontra no final desta
obra.Ali a bibliografia est dividida segundo os diversos
tratados.Isto facilitar muito ao leitor interessado afim
de que possa localizar as fontes que foram usadas para cada
um dos captulos em que ele estiver mais interessado.
Para aqueles que nao tem tempo ou nao sao inclinados
a conferir pessoalmente as fontes,resta simplesmente fazer
um ato de f na probidade e exatidao do autor e das fontes
que ele prprio usou.
Com os prognsticos e reflexes pessoais dos ltimos
15
captulos,estamos convidando o leitor a fazer suas prprias
prospectivas e a compartilhar com seus confrades suas pr
prias convicoes e conclusoes.
No final desta obra encontram-se tambm trs ndices:
de pessoas,de lugares e de assuntos.Esperamos que esta dis
posio facilite o leitor interessado a encontrar as refe
rncias e confrontaoes desejadas.
Se inadvertidamente aconteceu de fazermos^alguma afir
mao que seja errnea,tal fato seja atribudo fragilida
de humana do autor e nao a inexatidao das fontes usadas.Se
gundo o esprito exposto no captulo XII,o autor aceita o
fato e suplica ao leitor benevolente que faa o mesmo.
16
N O T A D O S T R A D U T O R E S
17
Alm d i s s o ,procuramos explicitar algumas passagens
que se referiam a historia da Vida Religiosa bem como a
historia de nossa Congregaao,que no livro,por resumidas,
estavam um tanto obscuras.As obras para isso utilizadas,fo
ram acrescentadas a bibliografia relacionada pelo autor.
18
INTRODUO
****
PASSADO, PRESENTE
E FUTURO DA
VIDA RELIGIOSA
C A P T U L O I
20
I.ESPIRITUALIDADE
21
prego de analogias.Nos usamos inevitavelmente a expresso
"Escolas de Espiritualidade" tais como por exemplo,a Ina-
ciana,a Carmelitana ou a de S.Francisco de Sales e o termo
e usado sempre com uma certa validade.Podemos falar legiti
mamente de espiritualidade de um grupo na medida em que os
seus membros participam e usufrue m das mesmas experiencias
de vida e por causa disso,nos moldes de uma visao conscien
temente assumida,agem e vivem mais ou menos da mesma forma.
De qualquer modo,se nao houver experiencia comum de vida,
nao haver tambem espiritualidade comum,nem mesmo no senti
do mais impreciso do termo.
22
pio do que seja uma ESPIRITUALIDADE ALFONSIANA...: 0 conjun
to daqueles valores e praticas que sao meios para cada um
abrir-se a ao do Espirito,e foram escolhidos e vividos por
Afonso,o qual neles procurou engajar seus seguidores e os
legou a estes atravs das Regras e Constituioes,bem como
atravs das sas tradies do grupo primitivo.Estes meios
foram praticados.desenvolvidos e transmitidos atravs das
geraes seguintes as quais tambm nos deixaram uma elabo-
raao teolgica a seu respeito.
23
1. o mtodo histrico
2 . o mtodo teolgico
3. o mtodo existencial
1. 0 Metodo Histrico
2. 0 Metodo Teolgico
24
um papel importante no conjunto de sua formaao teolgica,
aquelas que o impulsionaram a tornar-se a personalidade
teolgico-religiosa que foi, e ainda aqueles fatores teo -
lgicos mais gerais existentes ao seu redor,que. o levaram
a reagir e responder a eles tanto pela sua assimilaao,como
pela sua rejeio pessoal aos mesmos.
3. 0 Mtodo Existencial
25
Esta a tarefa do metodo existencial:
26
Quando algum comea a se concentrar exclusivamente
ou mesmo que s com predominancia no fundador e nos seus
primeiros companheiros,existe o perigo de se confiar demais
no passado e na visao de um homem s.Esta atitude pode por
sua vez nos desviar a atenao do fato sobre como o Espiri
to esta agindo sobre o grupo agora levando-se em conta as
necessidades objetivas do grupo no momento atual,e tambem
as atuais intuies,talentos e capacidades subjetivas dos
membros que na atualidade constituem uma Ordem ou Congrega
ao .
27
IV. UMA PALAVRA SOBRE CARISMAS
28
possui ou no.De outra forma,estaremos fadados a fracassar
em nosso objetivo.
29
d) Por ltimo,devemos considerar as pessoas para as
quais esta interpretaao est sendo feita;quais os seus
carismas,talentos e capacidade para viverem tudo o que des
cobrirmos do espirito ou visao da pessoa do fundador e da
organizaao primitiva.
30
Acima de tudo,devemos nos perguntar:Somos nos capazes,agora,
de viver esta mesma visao das coisas que foi elaborada no
sculo XVIII,em uma forma inteiramente nova,em nossa situa-
ao de Igreja posterior ao Cone.Vat.II no mundo atual?
neste contexto que nos movemos agora dentro da problem
tica presente e em direo a um futuro ainda nao definido.
31
C A P l T U L O II
32
Temos,assim,cinco elementos bsicos includos no con
ceito tradicional da vida religiosa,a saber:
1. 0 Monaquismo.
2. Os Conegos Regulares.
3. As Ordens Mendicantes.
4. Os Clrigos Regulares
^ As associaoes ou Sociedades de Padres Seculares,
as Congregaoes de Padres Seculares e as Congrega-
de Irmos Leigos e de Irmas Religiosas.
33
I. 0 MONAQUISMO
a) No Oriente.
b) No Ocidente
34
1. A fuga do mundo.E uma atitude que via o mundo como
depravado.0 mosteiro era considerado realizaao de um
mundo novo",mundo isolado onde o cristo poderia en
contrar uma segurana de salvaao.
2. Cristianismo perfeito,meta condutora de uma forma
de vida:de uma vida modelada como caminho seguro pa
ra se atingir a perfeio.Enfatizava-se a palavra
"perfeito'.' Atravs da oraao,do trabalho e da obser -
vancia monastica,o monge poderia realizar uma conver
so total e alcanar uma nova forma de vida.
3. A Estabilidade de Domiclio(stabilitas loci).Umfl
vez ingressado em determinado mosteiro,o monge ali de
ve permanecer ate a morte.Uma nica excesso previs
ta: o caso de ele ser chamado a fundar outro mosteiro.
35
II. OS CNEGOS REGULARES
36
A partir desta assimilaao,surgiu o interesse em par
ticipar dos privilgios e vantagens que o estatuto monsti
co propiciava aos monges.Em consequencia,no Sinodo de Roma
de 1059,os Conegos Regulares foram reconhecidos oficialmen
te como monges,com todas as obrigaoes,direitos e privil
gios destes.
Com este reconhecimento oficial da Igreja,os Conegos
Regulares introduziram na vida monstica um fator inteira
mente novo:colocaram a preocupaao com o ministrio pasto
ral no centro da vida monstica.Desta forma,em contraste
com os primeiros monges,que eram predominantemente leigos,
este novo tipo constitudo por sacerdotes.Entre aqueles,
o sacerdcio era visto apenas como um servio prestado a
comunidade monsticajentre estes,encontramos o desejo de so
mar talentos e bens materiais,colocando-os a servio de um
ministrio pastoral concreto.
Tais ministrios eram bastante diversificados e preen
chiam vasta gama de atividades:desde o cuidar de doentes,
at tratar da redeno dos cristos em cativeiro muulmano.
Entretanto,qualquer que fosse o ministrio escolhido,o obje
tivo visado era a santificaao deste mundo e assim,procura
vam responder s necessidades que nele surgiam.Em lugar da
inteno do monaquismo anterior:"Venha-conosco-viver-como-
ns", encontramos outra atitude que diz:"Nos-queremos-viver-
com-e-para-voces". Isto significava uma profunda mudana no
conceito de vida monstica.
Os Premonstratenses sao certamente os mais conhecidos
entre as Ordens de Conegos Regulares existentes ate hoje.
Foram fundados em 1120 por Sao Norberto(1082-1134).
III. OS MENDICANTES
37
Entre as caractersticas mais fundamentais da vida
religiosa dos Mendicantes.destacamos as seguintes:
38
do o dia dos membros da Ordem.Tudo isso entrava em choque
com o novo conceito de mobilidade apostolica e de insero
no mundo,que procuravam aplicar simultaneamente.
39
1. Eles sao essencialmente constitudos por sacerdo
tes,embora algumas Ordens aceitem tambem "irmos
leigos" em suas fileiras.
40
V. AS ASSOCIAES OU SOCIEDADES DE PADRES SECULARES,AS CON-
GREGAOES DE PADRES SECULARES E AS CONGREGAOES DE IRMOS
LEIGOS E DE IRMAS RELIGIOSAS
41
Diante de tais contratempos,Sao Vicente de Paulo,que
quase ao mesmo tempo planejava fundar uma Congregaao que
atendesse as urgentes necessidades da pastoral direta,to
mou o cuidado em deixar bem claro que as suas associaoes
de padres e de irmas nao eram Religiosos.Nao queriam ser,
nunca iriam ficar e estavam proibidos de pensar em ficar
Religiosos.Consequentemente nao emitiam e nunca iriam emi
tir votos pblicos perante a Igreja...
Mais detalhes da soluo encontrada por Sao Vicente
de Paulo,veremos logo abaixo sob a letra b) .
42
4. Recusavam expressamente qualquer tipo de voto emi
tido perante a Igreja,em vista dos motivos citados
b) A segunda categoria e formada pelas Congregaoes
Religiosas de Sacerdotes Seculares que emitiam votos em par-
ticular,sem reconhecimento oficial da parte da Igreja.
Quem achou este jeito de resolver o impasse jurdico
acima referido,foi Sao Vicente de Paulo(c.1585-1660).Ele
excluiu,camo ja vimos,qualquer voto emitido publicamente.
Com isto,evitava as seqelas decorrentes da legislaao ca
nnica,que tornariam impossvel o apostolado direto.
Nada impedia porm que cada congregado fizesse os
tres votos de maneira pessoal,em particular.Sao Vicente so
aceitava como membros de sua Congregaao,indivduos que pu
dessem provar que haviam feito os votos religiosos perante
testemunhas.
Qualquer instituto,assim planejado,teria pouca esta
bilidade .Cada congregado,unido a sua Congregaao desta for
ma,poderia sair dela no momento que quizesse,sem infringir
nenhuma lei cannica.Seus votos nao tinham valor publico al
gum,nao existiam oficialmente perante a Igreja.
Para contornar esta dificuldade e saber com quem po
dia contar de fato,Sao Vicente acrescentou mais um voto: o
de PERSEVERANA.Es te quarto voto,emitido perante a comuni
dade,acabava tendo,na pratica,os mesmos efeitos dos votos
solenes e perptuos dos monges,no que se refere a estabili
dade do Instituto.
Foi assim que Sao Vicente conseguiu levar avante seu
projeto.Contornou a legislaao tridentina e as reformas da
Vida Religiosa prescritas por Sao Pio V (1504-1572) na
Constituio "Circa Pastoralis" de 29/05/1566,que exigiam
a permanncia dos religiosos nos mosteiros,afastados da vi
da no meio do mundo.
0 modelo de Vida Religiosa descoberto por Sao Vicente
acabou conseguindo aprovaao do rei da Frana em 1627 e,
mais tarde,tambm de Roma.Tal tipo de Vida Religiosa foi
aprovado pelo Papa Alexandre VII (1599-1667) em 1655.
Perante a legislaao cannica,tais Congregaoes con
tinuaram sendo consideradas como de padres seculares,fora
do enquadramento jurdico dos Religiosos ,de acordo com o
estabelecido pelo Concilio de Trento.
43
Finalmente,o Papa Leao XIII (1810-1903) estabeleceu
a equiparaao jurdica entre os votos solenes feitos pelos
monges e os votos simples,j agora pblicos,emitidos nas
Congregaoes Religiosas.Tal deciso foi promulgada em 1900
mediante a Bula "Conditae a Christo" (ASS.1900-1901).
Dai em diante,firmou-se a terminologia que expressa
uma situaao existente at agora: as Congregaoes sao deno
minadas Congregaoes Religiosas pois receberam estatuto ju
rdico de religiosos.Essa era,de fato,a situaao delas qua
se desde o princpio.
44
c) Aproveitando a brecha,que as Congregaoes Religio
sas clericais abriram na legislaao canonica-tridentina re
ferente a Vida Religiosa,surgiram tambm^as Congregaoes de
Irmos Leigos e as incontveis Congregaoes Religiosas Fe
mininas de vida ativa.
Pertencem a esta ultima categoria:os Lassalistas ou
Irmos das Escolas Cristas,fundados por Sao Joao Batista de
La Salle(1651-1709);os Irmos Maristas,fundados em 1817 pe
lo Bemaventurado Marcelino Champagnat(1789-1840);muitos ou
tros ainda...
Nesta categoria,podem ser includas as inmeras con
gregaes femininas surgidas atravs dos sculos XVIII,XIX,
e comeos do seculo XX.
45
a) OBSERVAOES DE ORDEM EXISTENCIAL:
46
ao pessoal e comunitria:
47
2. 0 FUNCIONAL: Este aspeto envolve primariamente os
tipos de apostolado e as diversas formas de minis
trio, i.e.,o que fazemos.
3. 0 JURDICO: Sob este angulo,acentua-se a consagra-
ao publica,realizada atravs dos votos emitidos
sob a jurisdio da Igreja,bem como o lugar dos
Institutos Religiosos dentro de uma ordem hierr
quica. Salienta-se,pois,o que ? institucional e es
trutural .
4. 0 CARISMTICO:tambm chamado de EXISTENCIAL: Sob
este aspeto da-se preferencia ao destaque da n a
tureza livre e pessoal da escolha.Tanto particular
como publicamente,cada religioso assume um estilcr
de-vida que consiste essencialmente numa forma ra
dica^ de seguir Jesus,dentro de um tipo de vida
comunitria(Veja:Tillard:"Diante de Deus e para os
homens'.'- Editora Vozes).
Este ultimo aspeto, justamente o que mais atrai
os jovens de hoje.
48
0 aspeto funcional tambem se mostra menos realado no
conjunto da vida religiosa.Vemos que os ministrios sao con
siderados ,atualmente ,com maior flexibilidade e maior aber
tura para adataoes;isso ,porque a influencia decisiva,muito
maior,pertence ao "sentir-se enviado"(= apstolo).
Ser "apostolo",na significaao bsica da palavra,cons
titui um ponto de referencia que prevalece sobre os minis-
terios concretos confiados a cada Ordem ou Congregaao.Mais
adiante,teremos que fazer maiores consideraoes sobre esta
distino,uma das mais cruciais para se fazer uma boa ava~
liaao do esprito do Fundador e do seu Instituto.
Parece que o Concilio Vaticano II quis revitalizar o
aspeto ontolgico da vida religiosa.Isto foi realizado es
pecificamente no documento sobre a Igreja;o que j ,por si
mesmo,muito significativo.A Vida Religiosa e um prolonga
mento e uma especificaao da consagraao comum a todos os
cristos,ou seja,da consagraao batismal.Isto comea a apa
recer no processo de elucidaao da natureza da Igreja como
Povo de Deus.
Esta mesma Igreja,agindo em Concilio,focaliza expli
citamente a Vida Religiosa nos seus seguintes aspetos:
49
gao,tem que ser automaticamente bom para toda Igreja.
0 certo e justamente o contrrio!... Isto nos obriga a uma
breve consideraao sobre a "eclesiologia atual"
50
do homem com Deus e dos homens entre si,
ao mesmo tempo que o lugar dessa uniao
(= e sinal e instrumento).
c) DIAKONIA: i sua funao servir a humanidade,no seu
empenho de tornar-se mais humana,bem co
mo ajuda-la na busca do Divino.
1. 0 Modelo Institucional.
2. 0 Modelo de Comunho Mstica.
3. 0 Modelo Sacramental.
4. 0 Modelo Kerigmtico.
5. 0 Modelo de Diakonia.
51
Para vermos s um exemplo,quem poderia duvidar de
que,sob o governo do Pe.Mauron como Superior Geral,nossa
Congregaao se auto-estabilizou dentro da armadura do mode
lo institucional?De outro lado,olhando para a fase primiti
va de nossa Congregaao,seguramente encontramos maior afi
nidade com o modelo kerygmtico.Isso,alis,fica mais c o n
firmado se voltamos os olhos para o ramo transalpino da Con
gregaao ,liderado por S.Clemente Hofbauer.
52
PRIMEIRA
PARTE
O COMEO DA
CONGREGAO
NA ITLIA
CAPlTULO III
54
Primeira Parte
55
1726 ... ordenado sacerdote aos 30 anos de idade.
1729 . . Filia-se ao "Colgio Chines",fundado em 1725 pelo
Pe.Mateus Ripa(1682-1746).Esta fundaao se desti
nava a preparar sacerdotes que iam ser mission
rios entre os pagaos.Afonso mostra interesse em
abraar este tipo de apostolado.
. Durante esse tempo,toma parte nas pregaes popu
lares nas ruas.Dedica-se tambm s Capelas Missio
nrias ,apostolado dirigido pobreza dos arredo
res de Npoles.
1732 . . Funda a Congregaao do Santssimo Redentor(C.SS.R.)
Encontra-se,nesse tempo,sob a orientaao de D.To
ms Falcoia,seu diretor espiritual.A C.SS.R.come
a em Scala,nas costas de Amalfi,em frente a famo
sa cidadezinha de Ravello.A O.SS.R. j havia come
ado,um ano antes,sob a liderana da Irma Maria
Celeste Crostarosa(1696-1755).Esta religiosa for
nece a Afonso as orientaoes,que a ela foram reve
ladas, sobre a fundaao do ramo masculino.
1749 . . A Regra da C.SS.R. aprovada pelo Papa Bento XIV.
1753 . . Afonso publica sua "THEOLOGIA MORALIS'.'
56
continuavam sem o reconhecimento da Santa Se.
57
1720 ... Comea a guerra entre a Espanha e a ustria.Dispu
tam o controle da Itlia e tambm a expansao da
rea submetida a influencia de cada uma delas.
1734 ... Tanto a Siclia como o Reino de Npoles caem de
novo sob o domnio da dinastia dos Bourbons,de na
cionalidade espanhola.
58
III. VISO GERAL DA SITUAO DA IGREJA.
1. 0 Regalismo.
2. 0 Jurisdicionalismo.
3. 0 Anticurialismo.
4. 0 Galicanismo.
5. 0 Febronianismo alemao.
6 . 0 Jansenismo.
59
3. A reforma das leis da Igreja.
4. A reduo das propriedades e da riqueza material da
Igreja
5. A concepo da Igreja como sendo "um reino pura
mente interior e espiritual'.'
6 . A supresso das Ordens e Congregaoes Religiosas.
7. A reduo ou anulaao do poder exercido pela Cria
Romana.
Nem todos os defensores dessas tendncias estavam si
tuados do lado de fora da Igreja ou eram violentamente anti-
catolicos.Elas eram encontrveis ate mesmo em quem ostenta
va o ttulo de "Suas Majestades Catlicas1.'..
Alguns poucos,como os seguidores de Jansnio(1585 -
1638),julgavam-se at mais catlicos do que o prprio Papa.
Seu projeto era que a Igreja se ativesse ao plano "puramen
te espiritual", despojada e ausente de todo o aparato que
acompanha a poltica e de toda pompa que vem junto com o
poder.
0 assim chamado "Exequatur" (execute-se) um bom exem
plo dos instrumentos acionados pelo poder civil para contro
lar e,em certo sentido,modificar alguns dos poderes de Roma.
Percorrendo-se a vida de Afonso,muitas e muitas vezes cons
tatamos o uso freqente deste recurso,praticado pelo minis
tro real de Carls III (1716-1788),Rei de Npoles.Referimo-
nos a Bernardo Tanucci(1698-1783),o tormento de Afonso em
suas negociaoes com o Reino de Npoles.
0 "exequatur" era simplesmente a permisso do governo.
Era uma exigencia prvia,absolutamente necessria,para que
qualquer decreto ou diretriz da Santa S e tambm do Ordi
nrio do lugar pudesse ter publicaao e entrasse em vigor.
Tudo que o Estado considerava passvel de relaao com
a boa ordem pblica,era matria subordinada ao "exequatur".
Ora,no Reino de Npoles,sob o governo de Carlos III,a fun-
daao de uma Ordem ou Congregaao religiosa era um desses
acontecimentos na vida da Igreja,para os quais se requeria
o "exequatur" do Poder Civil.
60
vemos em Afonso e em seus primeiros companheiros,no que se
refere possibilidade de sobrevivncia da sua congregaao
nascente.Afinal,foi a interferncia da autoridade real que
fez com que Afonso viesse a falecer no ramo daJlongregaao
que,naquele momento,nao gozava mais da aprovaao pontifcia.
Afonso tinha 25 anos quando Clemente XI faleceu.Todo
pontificado deste papa (1700_1721) foi uma longa batalha
(21 anos!) contra o Regalismo espanhol e contra o Galica -
nismo francs:este ltimo,largamente infestado pelo Janse-
ni smo.
0 mosteiro de Port Royal era o centro do Jansenismo
francs.Nem mesmo a destruio total desse mosteiro rebelde,
em 1709,fez o movimento esmorecer.No combate contra o^Jan-
senismo,Afonso empenhou grande parte de suas realizaes no
campo espiritual e literrio.
61
Santo(C.SSp.) - tambm denominada "Espiritanos"(1703),os
Oblatos de Maria Imaculada(1712),os Padres Passionistas
(1725).
Outros fatos religiosos do primeiro perodo da vida
de Afonso e que foram significativos para ele,para a sua
congregaao,bem como para a Igreja Universal,foram:
62
muito comovente que foi escrita pelo Santo a Voltaire por
ocasiao da suposta converso deste.
Estava-se entao em plena poca dos "livre-pensadores','
dos "enciclopedistas" e de vrias outras espcies de "novos
filsofos". Todos eles abriram caminho para o triunfo pas
sageiro do atesmo inteletualista,na Frana,e do iluminismo
racionalista (AufklHrung) da ustria e da Alemanha.Este ul
timo teve incio no ano de 1753,o mesmo ano em que Afonso
publicou a sua Teologia Moral.
Para espanto e desgosto de Afonso,menos de 10 anos
mais tarde,em 1762 , o Contrato Social de Jean-Jacques Rous-
seau (1712-1778) tornava-se rapidamente um "best-seller"nas
j agitadas Frana e Itlia.
No ocaso de sua vida,um novo astro estava em ascen-
sao no cenrio inteletual: Emmanuel Kant (1724-1804).Quando
apareceu,em 1781, a Crtica da Razao Pura,com sua estranha
perspectiva moral,j era tarde demais para Afonso,pois es
tava com 85 anos e j deixara o campo das batalhas intele-
tuais para os mais jovens.
63
m e l h o r q u e m foi A f o n s o : t a n t o o h o m e m co m o o santo.
64
ORIGENS E INFLUNCIAS ESPIRITUAIS RECEBIDAS POR AFONSO.
65
Afonso era homem de temperamento e gosto artstico.
Foi poeta consumado,foi msico,arquiteto e ainda,durante
toda sua vida,revelou grande amor a natureza.De passagem,
podemos observar o que foi dito com referencia ao seu ta
lento musical:se nao tivesse escolhido ser sacerdote e mis
sionrio ,poderia ter sido um compositor do gabarito de Puc-
cini,ao qual frequentemente j foi comparado,pela ternura
e suavidade da linha meldica de suas canes.
Finalmente,ele foi sempre um amante dos livros;nao a-
penas como grande leitor mas tambm como autor de inmeras
obras de asctica e de teologia dogmtica e moral.Publicou
111 obras.Algumas constituem simples opsculos;outras apre
sentam elaboraoes de grande flego,como veremos.
Aps a morte de Afonso,foram publicadas mais 35 obras;
em boa parte,coletaneas de sua enorme correspondncia,dis
tribuda segundo os assuntos.Em 1933,ainda restavam oito
obras inditas.
Seu prestgio de escritor era tao grande que se conhe
cem doze obras,editadas em vrias lnguas.cu^a autoria foi
atribuida a Sto.Afonso,com a evidente inten*o de promover
uma rpida vendagem.
Passemos agora para as fontes de sua formaao espiri
tual. Alm das Sagradas Escrituras,os seus autores favoritos
no campo da espiritualidade eram:
- Os Padres da Igreja,
- Sta.Teresa de vila (1515-1582),
- Sao Francisco de Sales (1567-1622),
- Frei Lus de Granada (c.1504-1588),
- Pe.Afonso Rodrigues S.J. (1538-1616),
- Pe.Joao Batista de Saint Jure S.J. (1588-lo57),
- 0 "devoto" Nieremberg S.J. (1595-1658),
- Pe.Joao Batista Scaramelli S.J. (1687-1752),
- Joao de Gerson (1363-1429) ,
- Toms de Kempis (1380-1471).
66
Basta ver esta lista para observar que quase todas
as grandes "escolas" de espiritualidade tomaram parte na
formaao de Afonso.Como em tudo mais,tambm neste terreno
ele foi um ecltico de muita criatividade.Soube aproveitar
o que achou de melhor em cada autor,para depois compor sua
prpria sntese,de acordo com as peculiaridades pessoais
de temperamento,carter,objetivos espirituais etc.
Examinemos os aspetos principais das quatro escolas
de espiritualidade que nos parecem ter infludo mais na
formaao espiritual de Afonso.Avaliamos tal influencia pela
medida com que ele deu especial importancia a esses elemen
tos,vendo neles instrumentos apropriados para atingir a me
ta de abrir-se a voz do Esprito de Deus.
67
manifestaes daquele delicado faro de ortodoxia com que
tratava os assuntos relacionados com a doutrina catolica-
ROMANA.
Entre a doutrina espiritual de Afonso e a de Teresa,
encontra-se uma ligaao que vai alm da semelhana ocasio
nal e inconsciente.Isto se comprova claramente pela f r e
quncia com que Afonso a cita explicitamente como autorida
de; o que acontece principalmente nos escritos ascticos.
68
colaboraao irrestrita) em dimenso de Igreja
universal,tambm uma espcie de "esprit de corps"
dos jesutas entre si.Da,surge o postulado bsico:
espirito de obediencia quase a moda militar.
4. Por ultimo,existe uma atitude de senso comum,de
prudncia no que se refere aos fenomenos espiritu
ais e religiosos.Pessoalmente,Sto.Inacio tinha uma
atitude habitual de desconfiana para com tudo que
fosse inslito ou extraordinrio no campo das ex-
periencias msticas e coisas desse genero.Certa
vez,chegou a dizer que noventa por cento dos que
sao chamados "msticos",sao apenas vtimas de ilu
so .
69
c) Influncia de Sao Francisco de Sales (1567-1622).
70
sua espiritualidade.
Sabemos do relacionamento pessoal de Afonso com os
padres do Oratrio de Npoles,a partir da sua juventude.
Ele teve o fundador e superior desse Oratrio,o Pe.Mateus
Ripa (1682-1746),como um dos seus orientadores espirituais,
com o qual,alm disso,trabalhou antes de fundar sua congre
gaao .
igualmente conhecida,atravs de menes feitas pe
lo prprio santo,a familiaridade que teve com os escritos
do cardeal Pedro de Brulle (1575-1629),de Carlos Condren
(1588-1641),de Joao Jac de Olier (1617-1657) e de Sao
Joao Eudes (1601-1680).
As caratersticas desta escola de espiritualidade,sao
as seguintes:
71
bom retornarmos,por um instante, noao de Espiri
tualidade Alfonsiana que apresentamos no inicio desta obra:
ela consiste no conjunto de valores e praticas escolhidos
e vividos por Afonso,como meios para cada um se abrir a a-
ao do Espirito,e por ele transmitidos,atravs das Regras
e Constituioes bem como das sas tradies,para que seus
seguidores os assumissem.Estes meios (valores e praticas)
foram vividos,desenvolvidos e comunicados,atravs das gera
es seguintes ,das quais recebemos tambm uma elaboraao
teolgica em torno deles.
Nao perdendo de vista essas quatro escolas de espiri
tualidade e a noao acima exposta,podemos apreciar os valo
res que Afonso escolheu de cada escola,como meios para dar
sua resposta pessoal a voz do Esprito,o qual se manifestou
atravs das situaes concretas por ele vividas em Npoles,
no sculo XVIII.
Portanto,a formaao da espiritualidade (do rumo espi
ritual) de cada um,depende da seleo,da opao que se faz
entre diversos valores e ideais.
Os atuais candidatos vida religiosa,sacerdotal ou
religiosa e sacerdotal simultaneamente,devem se colocar,com
plena abertura,diante dos Evangelhos e diante da rica his
tria da espiritualidade na Igreja e na sua prpria congre
gaao .Assim,podero escolher,com critrio,seus prprios va
lores e ideais.
Podemos dizer que algum possui uma espiritualidade
alfonsiana (ou,se houver preferencia por outro nome m e n t a
lidade alfonsiana ou quadro de valores alfonsiano)na medida
em que assumir,atualmente,os valores e ideais de Afonso.
0 que distingue Afonso do Redentorista de hoje, a
praxe concreta,isto ,a realizaao do mesmo ideal e dos
mesmos valores espirituais,numa vivncia diversificada se
gundo (de acordo com.) as diferentes situaes da vida.As si
tuaes atuais apresentam-se,sem duvida,diferentes daquelas
existentes no tempo de Afonso.0 quadro de valores,no entan
to,deve permanecer o mesmo.
72
C A P I T U L O IV
73
foi realizado em Roma.Ali travou conhecimento com o Pe.Ma
teus Ripa,fundador do Oratrio de Npoles e tambem do Co
lgio Chines.Atravs desta amizade,ele prprio tornou-se
membro desse grupo religioso.Rapidamente foi ganhando pres
tgio e passando a ocupar os postos de maior responsabili
dade :desde mestre de novios e superior local at Superior
Geral do Instituto.
Sendo organizador nato,iniciou associaoes destinadas
a fomentar a vida espiritual dos sacerdotes.Isso aconteceu
em 1719,na regio de Scala,onde havia pregado misses com
o Pe.Ripa.Um ano mais tarde,fez nascer um grupo de sacerdo
tes orientado para o apostolado urbano.
Em 1730,a Santa S ,reconhecendo seus talentos,esco
lheu-o para ser bispo de Castellamare,uma diocese nos ar
redores de Npoles.La,ele procurou organizar um seminrio,
alm de Academias de Sagrada Escritura e de Teologia Dog
mtica (como instrumento para melhorar a deficiente forma--
iao do cleroiCriou tambm uma instituio para socorrer os
orfaos e a infancia que vivia abandonada pelas ruas da ci
dade .
74
A tese central da espiritualidade de Falcia pode ser
resumida em duas frases:Imitar as virtudes de nosso Senhor
Jesus Cristo e impor-se um regulamento de v i d a ,com o qual
cada um se obrigue prtica diaria de certos atos de pie
dade .
0 que deseja d izer,exatamente,ao falar em imitaao?
Parece que Falcia quer significar uma configurao,
to fiel quanto possvel,de todos os aspetos da vida inte
rior e exterior de cada um com a vida e virtudes de Cristo,
que e o molde de tudo.Existem traos desse ponto de vista
na sua insistncia sobre a prtica das virtudes do m e s .
0 Cristo,como Falcia o concebia,era:Cristo ,o Salvador,
isto e,o Cristo na funao especfica de nico que nos li
berta do pecado e tambem Onico que o Exemplo de todas as
virtudes.A devoo Paixao de Cristo era muito cara ao seu
coraao.A estava a essencia do seu metodo de meditaao:
concentrar-se na Paixao de Cristo.
Seu pensamento sobre a natureza de um Instituto Reli
gioso ,resumia-se num esquema de estrutura familiar,com o
superior desempenhando o papel de pai e mae.A este dever-
se-a obedecer,sempre e em t udo,de maneira exata e irres
trita.Pairando sobre esta estrutura familiar,Cristo e Maria
deviam presidir a tudo como mestres e modelos.
Essas eram algumas das diretivas principais que Fal
cia almejava transmitir a Afonso e ao novo instituto,a C.
SS.R. Nem todos esses elementos se harmonizavam com os que
a Irm Maria Celeste Crostarosa defendia como pertencentes
ao ncleo central do mesmo Instituto.As discordancias e al
tercaes sobreviriam inevitavelmente,como veremos.
Apesar dessas observaoes a respeito de Dom Tomas Fal
cia,nao gostaramos que o leitor formasse uma imagem nega
tiva dele,como se olhssemos apenas os defeitos.
Ele era lder entre os lderes e homem de Deus entre
os homens de Deus.O prprio fato a que nos referimos acima,
a renuncia que fez de uma promoo lucrativa,demonstra sua
autenticidade.Alem disso, muito provvel que Afonso,jovem
e inexperiente,teria bem maiores dificuldades sem o auxilio
dele.Teria demorado muito mais para organizar e dar solidez
ao instituto nascente,sem o conhecimento administrativo de
D.Toms Falcia,mais vivido e mais experiente.
75
b) Influncia da Irm Maria Celeste Crostarosa
( 1696 - 1755)
76
Parece que Julia Crostarosa irradiava uma espcie de
magnetismo pessoal que a transformou em centro de atenao
e de liderana entre os irmos e at mesmo com referencia
aos pais.Isto pode ser fruto do seu carter acentuadamente
carinhoso.A influencia dela sobre a famlia torna-se bas
tante visvel em todos os seus momentos difceis,quando
sempre eles aparecem e a cercam para protege-la e apoia-la.
0 primeiro contato de Julia com a vida religiosa,foi
como carmelita,em um pequeno mosteiro de Marigliano,cida~
dezinha situada nas proximidades do Vesuvio.
Em 1722,Toms Falcoia chegou a Marigliano para pre
gar uma misso na cidade.Como era costume naquele tempo,
pregou tambm os exerccios espirituais as monjas ali resi
dentes .Falcoia tornou-se diretor espiritual de Julia Cros
tarosa.A maior parte da orientaao era feita atravs de
cartas.Foi assim que comeou este relacionamento cheio de
peripcias.
Um ano mais tarde,quando o mosteiro foi supresso pe
lo bispo do lugar,Falcoia aconselhou jovem Crostarosa
que se transferisse para o mosteiro das Irmas da Visitaao,
em Scala,onde havia uma comunidade a qual j dava assistn
cia espiritual.Ele mesmo fora um de seus reorganizadores.
Scala uma cidadezinha buclica,plantada no alto da
encosta de Amalfi.Ela repousa na borda de uma colina,dis
tante apenas tres quilometros d'a cidade de Ravello,bem mais
famosa como atraao turstica.
No ms de janeiro de 1724,encontramos Crostarosa e
uma de suas irmas batendo no porto do mosteiro da Visita
ao,em Scala.
As monjas de Scala viviam conforme a Regra da Ordem
da Visitao (visitandinas) mas ainda nao estavam canonica-
mente ligadas ao instituto do qual assumiram o nome e as
normas de vida.Esta circunstncia lhes possibilitava in
troduzir mudanas e inovaoes no seu regime de vida^o que
acabou acontecendo,de fato,depois que as jovens irmas Cros
tarosa l ingressaram.
Em Scala,quatro pessoas parecem ter causado signifi
cativo impacto sobre Julia,influindo,assim,na sua vida.
1. Dom Falcoia,seu diretor espiritual.
77
2. 0 Pe^Maurcio Filangieri(1656-1730) que,ao lado de
Falcia, fora reorganizador do mosteiro de Scala.
3. 0 telogo leigo Silvestre Tosques,a quem ela se
refere na Autobiografia com a expresso "il gen-
tiluomo devoto" ,sem escrever seu nome.
4. 0 Pe.Afonso de Ligrio.
78
versaoes com a Irma Crostarosa.durante esse tempo que foi
crucial para ambos.
Esta Regra,que se supoe ditada por Jesus Cristo a Irma
Maria Celeste,possua as seguintes caratersticas:
1. A finalidade do Instituto deveria ser a imitaao de
Jesus,o Salvador.
2. Tal imitaao seria realizada em uma vida de comuni
dade,na qual se procurasse praticar a caridade per
feita e a mxima simplicidade.
3. Nenhum mosteiro poderia ter mais de trinta e trs
irmas.
4. 0 habito religioso deveria ter as cores que,segundo
a tradiao pictrica,Jesus usava:uma tunica verme-
lho-escarlate,um escapulrio az ul e um vu branco.
(Mais tarde,na fundaao dos Redentoristas,Afonso re
jeitou este hbito multicolorido para ser a veste
de seus congregados).
5. Trs perodos,de meia hora cada um,seriam dedicados
diariamente meditaao.
6 . A tarde,seria observado um silencio respeitoso -
"o silencio menor"- durante trs horas,em memria
da Paixao de Cristo.
7. A devoo aos mistrios da Ercarnaao e do Nascimen
to de Jesus,deveria ser promovida por uma srie de
atos piedosos,realizados no dia 25 de cada ms.Se
ria uma "pequena celebraao do Natal",em memria e
honra da Infncia de Cristo.
8 . As monjas deviam dedicar-se. prtica preferencial
de um elenco de virtudes ,destinando uir. ms ,sucessiva
mente,a cada uma destas.
Este era,de modo geral,o nucleo da Regra que foi ado
tada pelas monjas de Scala no dia 19 de mio de 1731.Nesse
dia,deixando de ser Irmas da Visitaao,passaram a formar a
Ordem das Irmas do Santssimo Salvador.Foi nessa oportunida
de que a "visionria de Scala" tomou o nome de Irma Maria
Celeste' do Santssimo Salvador.
Qualquer pessoa familiarizada ^om as Regras e Consti-
tuioes da C.SS.R.,cujo texto primiLvo.oom^ lgumas reti
ficaes posteriores permaneceu em vigor at o ano de
79
1969,imediatamente reconhecer nelas o parentesco existen
te com vrios pormenores devocionais e regulamentares do
original ( de 1725 ) da Regra de Crostarosa.Existiram,at
h bem pouco tempo,na Congregaao do Santssimo Redentor^
trs meditaes da comunidade,o "silncio menor",a devoo
a Infncia de Jesus,a celebraao de um "pequeno Natal" em
cada dia 25 do mes etc.
Encontramos tambm algo bem mais importante nesse
parentesco:a origem da prtica das "virtudes de cada mes".
Essa prtica constitua parte importante do sistema de for
maao espiritual existente na C.SS.R.,at acontecer o Capi
tulo de 1969.
Estivemos antecipando pormenores da nossa historia;
voltemos ao ponto em que estvamos.
Se a Irma Maria Celeste chegou a pensar que seus des
gostos haviam terminado,quando as monjas de Scala aceitaram
a sua Regra,estava tristemente enganada.Mal a paz e a har
monia se haviam restabelecido no mosteiro,uma nova srie de
"revelaes" comeou.
Desta vez,a mensagem era referente fundaao de um
Instituto Religioso masculino.Trataremos mais adiante R e s u
midamente,do contedo teolgico-espiritual dessas revelaes.
Agora basta dizer que o novo instituto masculino deveria
ter uma Regra e um estilo de vida inteiramente semelhantes
aos que foram adotados pelas monjas de Scala.Assim,a Regra
original delas deveria servir de base para a Regra do Ins
tituto masculino.
Afonso aceitou que tambm as novas "revelaes" eram
autnticas.Foi assim que o ramo masculino do Instituto teve
seu modesto incio em 9 de novembro de 1732.
Os que acompanharam Afonso nesta empresa,eram poucos:
Os padres Vicente Mannarini (c.1700- ? ) ,Joao Batista de-
Donatc.1680- ? ),Pedro Romano,o telogo leigo Silvestre
Tosques e o irmao leigo Vtor Curzio(1707-1745).
Logo transpareceu claramente,para todos os interessa
dos ,que o ramo masculino do Instituto nao podia ter o mesmo
estilo de vida das monjas e,ao mesmo tempo,se dedicar ao
apostolado da pregao aos pobres.A Regra das monjas preci
sava ser adatada para se tornar aplicvel ao ramo masculino
e vida missionria.Ento comearam graves desavenas.
80
Falcia,diretor das monjas e tambm orientador espi
ritual da Irma Celeste e do Pe.Afonso,considerava-se o "Ca
po di tutti i fratelli",isto ,o chefe de todos os irmos.
Esta expresso aparece nas cartas da Irm Maria Celeste.
81
Acreditando,com f inabalvel,que
os planos de Deus acabam se realizando,
seja por caminhos que os facilitam,se
ja atravessando momentos difceis,Afon
so reanimou-se.Juntamente com Falcia,
trabalhou e retrabalhou sobre a reda-
ao de uma Regra que,em pouco tempo,
comearia a atrair numerosos jovens
que a Providencia iria colocar no seu
caminho.Tais homens ja o esperavam em
Npoles e em seus arredores.
82
bastante claro
que a dimenso re
ligiosa e a vida
espiritual de cada
Jjtttouo Rpot. f'K H \ W f t/tf * 4 um depende do con
ceito que tem de
C v
Deus.A conceituaao
de Deus j foi ela
JniLn^ mM Ciem borada pelos homens
de formas diversas:
^ fItftrUt* Ora ele S concebido
mumnvA sJl ft XA*4*HMi4af*ULV como sendo a pr
( < / j vv* n o oj/ a . 4**4. f - J U l O t M , J J , / / j 4 -,
i
pria Natureza,ora
^ ^ * i-ir z / A V /W" jt 4044! *4/>*kc como um Demiurgo,
Juw iivtiUu* c dLU ti.ntrj. J,# ' i i v- ora como um Arqui
^>*A. At*r'i,^7 " i/.,*o*-**<' teto que se acha
* 4tiJfju It*p* U ytM M$ ,1,9i-,0a j* u w*?*
tutu )/,mm ifM yjJtmjf .. ij' I distante do mundo
C vii/t ^ w * 4 U / M .a 1 ut A por ele criado,ou
J*"* tmtuttme fvKjtMt i, ^-*' como Executor da
V"*- m tf O illl d l ft l*r < M .' *>T J U , 1 . ^ ; w Lei Moral,ou como
\.C4/1B U J t * . - c w J t f t t l t 4*. ' * * * , . l / e n A W .A .
Juiz Vingativo etc.
0 UUi v -*' .^f. /Mflft * x t i ~ iit A i w a # . ' a t -U f < i ,y '
etc.A resposta e o
uu.x ** li>n - . <*/m x .-.j^, .<*.j5-
relacionamento do
*/ x ia ^ U M *<t < & . l a j O '. 1 ik m f A > ( * . /. '*"*
/ * / V 5 > N M < ) < r i i / , / , 'j f , j M A ( l u t | / f tf, t C ' / t / 1*/ v* * s*
homem para com Deus
**. ( M u ^ n * IV a e > * ry ;* * 'tQ ttL <a .>'.> **4 estarao lgica e
oLuMMt Vtfun A, ^M qualitativamente em
consonancia com o
conceito que ele
tem de Deus.
AUTOGRAFO DA REGRA
ESCRITA POR CROSTAROSA 0 que vem in-
culcado como ponto
central,nas revelaes da Irma Maria Celeste,e a necessida
de de se retornar ao conceito de Deus apresentado nas Es -
crituras Sagradas.Especialmente nos Evangelhos,Deus apre
sentado e considerado como aquele que real e fundamental
mente,por sua prpria natureza,0 A M O R .A Irma Crostarosa
chama-o de "Questo Divino Amante ,i.e.,Este Amante Divino.
Esta a caratensti c a de Deus,este o amago de onde sur
ge a Redeno.
0 Filho foi enviado essencialmente para manifestar e
proclamar este amor,para que o homem se torne ciente da
existencia deste Divino Amante;mais que isso,para que ele
se una ao Esprito Santo,origem e princpio desse amor,e
83
possa participar dessa Fonte.Neste ponto,encontramos uma
diferena essencial entre a imagem do Redentor delineada na
mente de Falcia e aquela imagem concebida por Maria Celes
te,ou seja,correspondente ao modo como esta dizia que Cris
to se manifestou a ela.
A doutrina que aparece nas "revelaes" de Crostarosa
e simplesmente esta:A Redeno nao uma oferenda de expia-
ao pelos nossos pecados,na qual Cristo entra em nosso lu
gar,nem a satisfaao de uma divida ou de um dever de justi
a que Cristo realiza por nos.(Este e r a ,basicamente,o enfo
que adotado por Sto .Anselmo ,(1033-1109),e assumido por Fal
cia) .A Redeno consiste na proclamaao,efetuada por Cris
to,do anncio dessa realidade dinmica que o Amor do Pai
para com todos os homens.
A Redeno consiste,portanto,na comunicaao da Pala
vra de Deus,da Boa Nova,por meio de Cristo - o Verbo(Pala-
vra)Encarnado;comunicaao que implica e traz consigo uma
restauraao para o homem. 0 homem havia perdido a possibili
dade de amar a Deus como Deus quer ser amado.Porisso a Re
deno possui este objetivo: a re~criaao de um homem que
seja "capaz de" e que sinta o desejo de acolher o Deus que
anela comunicar a sua prpria vida e natureza ao homem.
0 caminho,atravs do qual se efetua essa re-criaao
e restauraao,nao consiste na imitaao metdica e extrinse-
ca de Cristo,concebido como um Modelo de Virtudes,isto e,na
imitaao servil dos seus feitos e gestos vistos de fora e
assim repetidos;nao consiste ainda numa determinada retido
moral nem sequer na execuo de um elenco especifico de
boas obras.0 caminho real ser uma "viva memria" de Cris
to,ou seja,um testemunho vivo e palpitante-participante do
amor de Deus.
A expresso "viva memria" tem um contedo importan
tssimo na Regra primitiva da Irma Maria Celeste.Exatamente
como a recordaao,no momento em que nos ocorre,torna pre
sente a nossa conscincia uma pessoa,um lugar ou fato acon
tecido,assim tambm a "viva memria" deve atualizar a rea
lidade palpitante e dinmica do Amor de Deus;n a o ,porem,como
lembrana mas como realizaao atual.
Trata-se de atualizaao verificada mediante a compe-
netraao da totalidade do ser e da vivncia concreta de ca
da pessoa com esse A mo r:assumido e vivo em cada um.Assim,as
84
virtudes,as boas aoes,a prpria vida,tudo passa a conver
gir para o "esse Christi" e comea a se transformar numa
so coisa com ele;do qual agora somos capazes de participar,
atravs da aao do seu Espirito.
85
Espirito como minhas atitudes,no modo como eu vivi en
tre voces'.'
"Com esta marca consagrarei os membros escolhidos,
meus filhos neste Instituto,a saber:que eles p r a t i
quem bem todos os atos prescritos,como sendo uma mem-
ria de mim mesmo (Uma reviviscncia)'.'
"ESTE 0 ESPIRITO DO INSTITUTO:SER UMA RE-ATUALIZA-
O-REVIVISCNCIA(VIVA MEMRIA) DE MIM E UM SEGUIMEN-
TO-CONTINUAO DO MODO COMO EU VIVI ENTRE VOCS'.'
86
"Estas modificaoes eram feitas tanto por Afonso como
por Mannarini;ambos concordaram com o mtodo,mas nao
com as observancias.Haviapontudo,esta diferena:en
quanto Afonso organizou suas Constituioes de acordo
com o jeito e as orientaoes do seu "pai espiritual"
(Falcia),Dom Vicente Mannarini e seus companheiros
fizeram adataoes nos seus projetos conforme lhes deu
na cabea"
Em seguida,ela comenta o modo como Falcia modificou
muita coisa,mas logo acrescenta:
87
cios religiosos das monjas.Estas deviam levar uma vida es
tritamente contemplativa.
Tal era,com toda clareza,o rumo para onde Afonso se
esforava por conduzir as coisas.J em 1735,parece que ele
estava no posto de comando,enquanto Falcia visto mais
como consultor do que um "capo di tutti'.'
A Irma Maria Celeste Crostarosa e mencionada cada vez
menos,depois do ano de 1733.Nesse a n o ,aconteceu mais um
rompimento trgico da harmonia dentro do mosteiro de Scala.
No decurso dos acontecimentos,Crostarosa foi obrigada a se
retirar.Suas duas irmas,novamente leais,partiram com ela.
Mais uma vez,a famlia deu-lhe nimo e apoio.Encontra-
mo-la,por breve tempo,em Roccapiemonte trabalhando num a-
brigo de orfaos.Em 1738,finalmente,ela instalou-se em Fog-
gia,onde acabou constituindo seu prprio grupo religioso,
sob o titulo do Santssimo Salvador.Foi ali que comeou e
desenvolveu encantadora amizade com S.Geraldo Majela. L,
veio a falecer no ano de 1755.
CAPITULO V.
I. O Crescimento.
89
6 . Os frutos e o acolhimento encontrados nesse apos-
tolado.
7. A santificaao dos seus membros.
8 . 0 nvel e a qualidade das estruturas de organiza-
ao e governo.
90
rava ao redor,em vilas distantes,para se reunir naquele
ponto.
Afonso jamais aceitou esse estado de coisas.Achava
que grande parte do povo simplesmente nao teria condio de
se deslocar assim nem estaria disposto a se movimentar des
sa forma.Portanto,essa gente nunca poderia tirar proveito
das misses pregadas,ou melhor,nem chegaria a ser atingida.
A inovaao de Afonso,neste aspeto,foi planejar um ti
po de misso que pudesse ser pregada pelo interior,na zona
rural,nas pequenas aldeias e lugarejos de cada regiao;por
outras palavras:que pudesse levar a sua mensagem para todos
aqueles que estavam impedidos de se beneficiarem dela no
antigo sistema da "Misso Central'.1
Em segundo lugar,Afonso e Falcia nunca se conforma
ram com o tempo muito breve que se empregava na misso. 0
perodo era insuficiente para o atendimento das confissoes,
para providenciar a reconciliaao dos inimigos,para visitar
os doentes e,de uma forma geral,para consolidar o trabalho
feito na misso.A seu ver,o sistema que se achava em voga,
ficava simplesmente na superfcie da situaao real;sendo
que o tempo muito reduzido era o principal responsvel por
essa deficiencia.
Aqui tambm,Afonso inovou o sistema pelo aumento do
tempo destinado a misso.Esta passou a durar,com frequencia,
mais de 15 dias e raramente menos de duas semanas.Acrescen
tou ainda,originalmente,uma renovaao da prpria misso,den
tro do prazo de um ano apos a sua pregaao.
Em terceiro lugar,uma das coisas que mais desgostavam
Afonso,era o estilo floreado e rebuscado que estava em moda
entre os pregadores.Ele achava que,na maioria das vezes,a
mensagem passava por cima das cabeas dos pobres e dos igno
rantes - justamente daqueles que mais necessitavam dela.Era
to decididamente taxativo em combater esse estado de coi
sas,que chegou ao ponto de repreender publicamente,em plena
igreja e no meio da pregaao,algum confrade que descambasse
para um estilo cheio de maneirismos.
Da surgiu esta caraterstica do missionrio redento-
rista:pregaao popular,simples e facilmente inteligvel.
Em quarto lugar,nao era s a maneira de pregar que
Afonso combatia,mas tambm o modo de vida dos missionrios
91
contemporneos.Criticava,particularmente,a preocupaao com
"gordos estipendios",associada com a preferncia pelos tra
balhos realizados nas parquias mais opulentas e pelas si
tuaes e instalaes de maior conforto.
Em oposio a isso,os seguidores de Afonso estavam
proibidos de estipular qualquer quantia como remuneraao do
seu trabalho.Se tivessem que fazer uma escolha entre dois
pedidos,deviam preferir,para campo de seu trabalho reden-
torista,a parquia mais abandonada e mais desprovida de
recursos.
Por fim,outro elemento acrescentado por Afonso,era o
que poderamos chamar de componente comunitrio.Nao se tra
ta da vida de comunidade no convento mas da vida comunit
ria durante o trabalho apostlico.
Havia,sem duvida,mesmo antes de Afonso,institutos de
padres seculares que se dedicavam pregaao de misses.
Entretanto,nao tinham vida comunitria permanente.Reuniam-
se apenas por ocasiao deste ou daquele trabalho determina
do .
Para Afonso,o trabalho das misses tinha que ser es-
sencialmejite comunitrio.exigindo total convergncia da
vida para elas.Seus missionrios deviam nao s viver em
comunidade mas tambm trabalhar como comunidade.
92
renovao.Nao somente os prprios fundadores eram homens de
Deus,mas igualmente muitos dos primitivos congregados foram
homens d extraordinria virtude.Os padres Sarnelli,Spor~
telli e Cfaro foram declarados Venerveis;o irmao leigo
Geraldo Majela foi canonizado,as sim como tambm o Pe.Cle
mente Hofbauer,alm claro,do prprio Santo Afonso.0 novi
ciado dos tempos de Afonso produziu o Venervel Domenico
Blasucci(1732-1752),o "S.Luiz Gonzaga" dos Redentoristas.
Os primrdios do Instituto foram tempos que de forma
alguma poderiam ser classificados de confortveis.A vida
dos primeiros membros foi uma longa histria de privaes
financeiras.Alm de tudo,ainda havia a hostilidade do rega-
lismo dos ministros do Rei de Npoles.particularmente de
Bernardo Tanucci(1698-1783),cujas infindveis intromissoes
nos esforos de Afonso para organizar sua Congregaao trans
formavam sua vida num quase dirio pesadelo de insegurana.
Para completar}havia ainda a oposio de certa camada do
clero local que encarava o instituto missionrio como uma
ameaa ao obsoleto sistema de pastoral em que estava insta
lado.
Tambm preciso lembrar que Npoles e seus arredores
foram o bero do sistema de "Chiese Ricettizie",isto e,de
parquias nas quais s tinham acesso ao cargo de paroco e
direito de receber os benefcios e rendas das mesmas,os
clrigos que fossem nascidos em seu territrio.Sendo varios,
todos tinham direito a uma quota parte.Em todo caso,somen
te eles podiam ser "recepti",donde o nome que designava tais
parquias.Com o tempo,para cada uma delas foi estabelecido
um "numero fechado" de participantes de seus benefcios,ad
mitindo-se no mximo um participante para cada mil habitan
tes da correspondente circunscriao paroquial.Tais clrigos
formavam um "clube fechado" e cuidavam da parquia ou em
turnos,ou colegialmente,ou mediante pagamento a terceiros,
ou mesmo,havia casos em que nao havia nenhum exerccio de
cura de almas.Os"clrigos recepti"formavam uma associaao
que estava sob o controle direto de um clrigo capitular^e
do circulo de cnegos da assim chamada "Igreja-Mae".0 cl
rigo que fosse exercer ofcios em tais parquias era Par&
isso indicado como um favor particular em inteira dependen-
cia de seus "patres" eclesisticos.Todas as decises admi-
nistrativo-pastorais bem como a aceitaao ou nao de clri
gos para nelas exercerem ofcios,eram praticamente intoc
veis e irrecorrveis at mesmo da parte do Ordinrio do lu
93
gar.Frequentemente os beneficirios de tais paroquias vivi
am nas casas de suas famlias,totalmente desligados do mi
nistrio ,ou ,se pastores,eram pastores ausentes que apareci
am em suas parquias apenas por ocasio das festas mais im
portantes das mesmas.
94
Um tal sistema e planejamento era um projeto de exito
garantido,inspirado por Deus,com plena adaptaao as necessi
dades daquele tempo e lugar e foi o que aconteceu:0 projeto
de Afonso deu certo.Dentro dos primeiros sete anos apos a
fundaao,a Congregaao do Santssimo Redentor j tinha mais
pedidos do que podia atender.Vejamos uma relaao das funda
es que foram aceitas ainda durante os anos de vida de A-
fonso.
1732 Scala.Em 1734 a comunidade transferiu-se para
Villa Liberi na diocese de Caiazzo,deixando em
Scala apenas dois padres.A transferncia tornou-
se necessria pela falha na manutenao que havia
sido combinada,e tambem devido a hostilidade ma
nifestada por diversos elementos do clero local.
Finalmente,a prpria fundaao foi abandonada em
1738.Entretanto,em 1930 uma comunidade redento
rista re-instalou-se em Scala,por iniciativa e
esforos do Cardeal van Rossum,C. SS.R.(1874-1932) .
1733 Villa Liberi,a qual tambm se chamava Villa degli
Schiavi.Tratava-se de uma tima localizaao para
uma casa de missionrios,de onde eles podiam se
irradiar para as trs dioceses limtrofes.Neste
convento foi montado o primeiro noviciado da C.
SS.R. Desafortunadamente,este convento tambm
teve que ser abandonado em 1737 por causa de pro
blemas havidos com o prncipe local,bem como por
questes financeiras.
1735 Ciorani.Esta foi a primeira fundaao estvel da
Congregaao e existe ate h o j e .Inicialmente o Ba-
rao de Ciorani cedeu parte das dependncias de
sua residncia para ser usada pelos missionrios
at que fossem construdos Convento e Igreja.Am
bos ficaram prontos j em 1738.0 primeiro grupo
foi formado por oito padres e quatro irmos.
1742 Pagani.(Entao,Nocera dei Pagani;atualmente Nocera
e Pagani sao duas cidades distintas).Situada a-
penas 13 quilmetros de Ciorani;foi originalmen
te um centro de missao;depois passou a ser casa
de formaao,e residncia do Superior Geral at
1869.
1744-45 Deliceto(Iliceto).Foi a primeira fundaao situa
da a leste dos Apeninos.Mais tarde passou a ser
95
n o v i ci a do .
1747 C a p o s e l e - M a t e r d o m i n i ; C e n r i o d a m o r t e de S . G e
r a l d o M a j e l a ,e o n d e r e p o u s a a t u a l m e n t e o seu
c o r p o . u m f a m o s o S an t u r i o .
1761 A g r i g e n t o .P r i m e i r a f u n d a a o d e n t r o da S i c l i a r e
a l i z a d a o c u l t a m e n t e s e m o " e x e q u a t u r " rea l de
T a n u c c i .E m 17 73 A f o n s o c h a m o u to da a c o m u n i d a d e
de v o l t a a N p o l e s t e m e n d o a f u n d a d a p o s s i b i l i
d a d e de T a n u c c i v i r a d e s c o b r i r a a v e n t u r a sici-
li ana... E n t r e t a n t o os Pa d r e s r e t o r n a r a m a S i c
lia e m 1 7 7 5 . E s t a f u n d a a o foi m o t i v o de d i v e r -
ge n c i a s de o p i n i o e n t r e os c o n f r a d e s ,po i s m u i
tos a c h a v a m que e x p a n d i r - s e p a r a a S i c l i a impli
c a v a e m u m a s a n g r i a de "mao de o b r a " d e s v i a d a dos
c o n v e n t o s no R e i n o de N po l es .
1773 S c i f e l l i .0 P e . d e P a o l a ( 1 7 3 6 - 1 8 1 4 ) c o n s e g u i u e s t a
f u n d a a o c o m o a ba de A r n a u d , d a v i z i n h a A b a d i a de
C a s a m a r i .F i c a v a t a m b e m nos E s t a d o s P o n t i f c i o s .
96
1776 F r o s i n o n e . R e a l i z o u - s e p o r s o l i c i t a a o do b i s p o
de V e r o l i que d e s e j a v a p o s s u i r u m a c a s a de m i s
so d a C.SS.R. d e n t r o de s u a d i o c e s e .T a m b m e r a
s i t u a d a nos E s t a d o s P o n t i f c i o s .A a p r o v a a o p a
pal p a r a e s t a f u n d a a o foi d a d a e m 1777 . (Foi n e
la que S . C l e m e n t e H o f b a u e r fez o n o v i c i a d o ) .
1777 B e n e v e n t o . A n ti g o c o n v e n t o e i g r e j a dos Je s u t a s .
A f o n s o , p o r e x c e o ,a c e i t o u e s t a o f e r t a do b i s p o
de B e n e v e n t o ,a p e s a r de se s i t u a r no c e n t r o da
c i d a d e .0 m o t i v o d i s t o foi a e x t r e m a u r g n c i a de
e n c o n t r a r u m a f on t e de r e c u r s o s f i n a n c e i r o s que
p u d e s s e s u s t e n t a r as f u n d a e s de S c i f e l l i e
Frosinone.
1781 S p e l l o .E s ta f u n d a a o r e p r e s e n t a u m a e x p a n s a o n o
t v el d a a r e a de i n f l u e n c i a d a C o n g r e g a a o ,v i s t o
qu e s i t u a - s e e m p l e n a U m b r i a a a pe n as 12 q u i l o -
m e t r o s de A s s i s . E s t a foi t a m b m a p r i m e i r a f u n
d a a o que n a o foi o f e r e c i d a p e l o b i s p o d o lugar,
m as p e d i d a p e l o P e . d e P a o l a . ( N . B . A s e p a r a a o dos
c o n v e n t o s e x i s t e n t e s n os E s t a d o s P o n t i f c i o s e m
r e l a a o aos e x i s t e n t e s no R e i n o de N p o l e s e o
nao reconhecimento destes pela Santa S,j h a
v i a a c o n t e c i d o e m 1780) .
1787 V A R S V I A - P O L N I A . P r i m e i r a f u n d a a o t r a n s a l p i n a ,
c o n s e g u i d a p o r S . C l e m e n t e H o f b a u e r ,a p e na s p o u c o s
m e s e s apos a m o r t e de S a n t o A f o n s o .
97
II.Os Colaboradores mais ntimos de Afonso.
98
Instituto,era quase desnecessria.
Em segundo lugar,eles j haviam atingido ate certo
ponto um elevado grau de vida interior,antes de seu ingres
so na Congregaao,devido a sua pertena as Confrarias fun
dadas pelos Pios Operrios ou pelos padres do Oratrio.
Em terceiro lugar,bem poucos de seus primeiros compa
nheiros eram por sua origem,daquela camada da sociedade,se
ja do ponto de vista de posio social,seja do ponto de vis
ta de instruo religiosa,para a qual iria ser canalizada
a preferncia apostlica do Instituto,como sua finalidade,
i..,os pobres e abandonados da zona rural.0 milagre de A-
fonso de Ligrio,filho e primognito da nobreza,nascido e
instalado numa situaao de classe-media alta tornar-se o a~
pstolo dos pobres e abandonados iria se repetir muitas ve
zes tanto nos primrdios como na historia subsequente da
Congregaao por ele fundada.
De todos os compa
nheiros de Afonso,nao houve
nenhum que lhe fosse mais
ntimo ou que lhe fosse de
maior valia,nos primeiros
tempos do Instituto do que
Cesar Sportelli.Nascido em
1701 em M o l a ,Provncia de
Bari,ele cursou Direito na
Universidade de Npoles on
de se doutorou em 1724.
Ele j possua uma
dupla relaao de amizade
com o padre Toms Falcia,
p o i s ,em primeiro lugar Fal
cia era seu diretor espi
ritual e em segundo,sua
mae tornou-se pensionista
do "Conservatrio" para se
nhoras ,fundado por Falcia
VEN. Pe. CESAR SPORTELLI em Castellamare,quando es
99
te j era bispo desta cidade.Foi l que sua mae veio a fa
lecer em 1733,apenas um ano aps a fundaao da C.SS.R.
Enquanto estudante da Universidade de Npoles ele es
teve filiado a mesma Confraria existente para Advogados a
qual tambm pertencia um outro jovem estudante de direito
chamado Sarnelli.Logo adiante o conheceremos melhor.
Foi atendendo a um conselho de Falcia que o jovem
Cesar foi at Scala para ver e conhecer o novo Instituto.
Isto aconteceu no ano de 1733.Ele gostou muito do que viu
por l,e aps acertar seus negcios pessoais em Npoles R e
tornou a Scala e juntou-se a Afonso,indo com ele em suas
jornadas missionrias pelas colinas de Amalfi afora pregan
do e dando catequese ao povo,do jeito que pudessem.
Infelizmente,o bispo de sua cidade nao viu com bons
olhos a perspetiva de perder um jovem tao bem dotado e de
tao promissora liderana,em favor de uma desconhecida e nao
experimentada Congregaao Religiosa,e assim,recusou-se a
lhe fornecer as cartas demissrias necessrias para que ele
pudesse ser ordenado sacerdote. 0 bispo acabou cedendo ape
nas em 1737.Sportelli foi ordenado em Castellamare neste
mesmo ano,mas somente conseguiu entrar na Congregaao em
1739,vindo a fazer os votos religiosos,quando retornou ao
trabalho ao lado de Afonso.
Nao deixa de ser curioso o observar-se como frequen
temente ,certas circumstncias que primeira vista parecem
casuais e sem consequencias,passam a tornar-se da maior im
portncia. No nosso caso,queremos nos referir ao fato que de
todos os dirigidos espirituais de Falcia,o jovem Sportelli
parece ter sido o "preferido" do velho,o "enfant gat" como
poderamos dizer.
0 fato desta preferencia acabou tornando-se de uma
incalculvel valia para Afonso durante o perodo frequente
mente tempestuoso em que as interpretaes e adaptaes da
Regra escrita por Crostarosa navegavam para a frente e para
trs,passando pelas maos nao concordantes entre si de Manna
rini ,Crostarosa,Falcia e Afonso.Neste tempo,Sportelli era
o secretrio particular de Falcia,e devido a este seu car
go, foi ele que quase sempre acabava exercendo a funao de
mediador e conforme o caso,de apaziguador entre os confla
grados . ..
Em 1740 encontramos Sportelli junto com Afonso em
100
C i o r a n i , o n d e r e u n i d o s ao r e d o r do a l t a r , o p e q u e n o gr up o da
C.SS.R. fez o v o t o e j u r a m e n t o de p e r s e v e r a n a p e l a p r i m e i
ra vez na H i s t r i a d o Institu to .
E m 17 42 foi S p o r t e l l i q ue i n i c i o u a f u n d a a o e m P a g a
ni e foi seu p r i m e i r o s u p e r i o r de 1 7 4 2 - 1 7 4 5 .Quando se r e a
lizou e m C i o r a n i o P r i m e i r o C a p i t u l o da C o n g r e g a a o e m 1743,
foi S p o r t e l l i q u e m foi e l e i t o p a r a p r e s i d i r a a s s e m b l i a e
no e x e r c c i o d o seu c a r g o ,i n i c i o u o f i c i a l m e n t e os t r a b al ho s
com u m a c o m o v e n t e e a r r e b a t a d a a lo cuao.
E m 17 47 A f o n s o o e n v i o u p a r a i n i c i a r a n o v a f u n d a a o
de C a p o s e l e . F o i l , e m 174 8 que ele s o f r e u a t r o m b o s e c e r e
br a l qu e o p r o s t r o u . A f o n s o foi p e s s o a l m e n t e le v ar o d o e n t e
p a r a P a g a n i - o seu p r i m e i r o am or - e foi e m P a g a n i qu e ele
m o r r e u de u m a m o r t e s a n t a a 19 de a br il de 1750 aos 48 anos
de i d a d e . 0 p a d r e L a n d i ( l 7 2 5 - 1 7 9 7 ) , s e u c o n t e m p o r n e o que o
conheceu muito bem,deixou-nos a seguinte observaao:
"A m a i o r c o n t r i b u i o d e S p o r t e l l i aos p r i m o r d i o s da
C o n g r e g a a o ,sem l e v a r m o s e m c o n t a s ua e m i n e n t e s a n t i d a d e ,
foi s o b r e t u d o seu m o d o de agir como m i s s i o n r i o . E l e er a o
m o d e l o p e r f e i t o do que u m m i s s i o n r i o d e v e ser sob todos os
pontos de vista'.'
Foi A f o n s o e m p e s s o a q u e m d e u e n t r a d a e m R o m a n a
causa de B e a t i f i c a a o de S p o r t e l l i .Ele foi d e c l a r a d o " Ve
nervel" pela S a n t a Se.
101
Apesar disto,sempre achava tempo para
trabalhar,como auxiliar leigo,fazen
do apostolado no conhecido Hospital
dos Incurveis.Era neste mesmo Hospi
tal que Afonso,jovem advogado,exercia
seu apostolado com os doentes e foi
dentro dos seus muros que ele ouviu
uma voz vindo do ceu convidando-o a
abandonar a vida do mundo.Foi l tam
bm que Sarnelli veio a conhecer Afon
so quando ambos faziam seus turnos de
plantao a cabeceira dos doentes po
bres .
Em 1728 Sarnelli comeou a
sentir uma grande atraao pelo sacer
dcio, e por causa disso,decidiu fazer
VENERVEL Pe. cursos de teologia.Aps sua ordenaao-
JANURIO SARNELLI a qual se deu em 1732.trabalhou em
Npoles de um modo extraordinrio;mas
um ano mais tarde,atendendo a uma sugesto de Falcia,subiu
as montanhas de Scala para ver de perto aquele novo tipo de
vida que estava sendo levado pelo seu velho amigo,Afonso.
Logo de chegada,sentiu-se arrebatado pelo trabalho apost
lico da Congregaao e imediatamente entrou na "ativa",aju
dando a Afonso a pregar uma misso em Ravello,e em mais al
gumas cidades das encostas de Amalfi.
Sarnelli desejava entrar na Congregao imediatamente,
mas seu confessor,l de Npoles,que era o Superior Provin
cial dos Jesutas,manifestou-se contrrio a que ele tomasse
uma deciso que podia ser eivada de precipitao.Assim sen
do,ele teve que esperar at ao ms de agosto,quando poude
retornar a Scala com armas e bagagens e mais as bnos do
Pe.Manuelo,S.J. Pelo resto daquele ano,andou para cima e
para baixo pelas encostas de Amalfi pregando e catequizando
por toda parte^junto com Afonso.Em 1734 encontramo-lo pre
gando uma misso em Ciorani,nas propriedades do Baro de
Ciorani,seu pai.Sarnelli continuou nas misses at 1736.
Foi neste ano de 1736 que retornou a Npoles e com
todas as licenas de Afonso iniciou o seu apostolado em fa
vor dos pobres e abandonados de Npoles,com uma especial
dedicaao para com as pobres prostitutas.
A prostituio era uma das maiores chagas da cidade naque
102
le tempo. 0 "trotoir" era praticado por toda a cidade.Exis
tem diversas cartas de Santo Afonso dirigidas ao seu pai,o
Capito D.Jos de'Liguori insistindo com este para que se
interessasse pela causa e desse apoio a esta grande obra
que Sarnelli estava promovendo em Npoles para prestar so
corro as prostitutas que vagavam por suas ruas.Com o apoio
de tais amigos e com a ajuda do governo do Reino,Sarnelli
poude comear uma casa de recuperaao para essas moas nos
suburbios de Npoles.
Um outro apostolado que lhe foi muito caro era o tra
balho das assim chamadas "Capelas Vespertinas" ou "Aulas
Vespertinas de Catecismo".Este era tambm um dos apostola-
dos preferidos de Afonso quando estava em Npoles.Tal tra
balho de instruo crist era dirigido classe operaria
pobre de Npoles,especialmente a juventude.Era uma das mui
tas tcnicas que Afonso desenvolveu para procurar combater
a terrvel ignorncia religiosa que estava tao alastrada
pelos bairros pobres de Npoles.
Sarnelli,entretanto nao era apenas um grande realiza
dor no apostolado direto;era tambm um escritor de alta
qualidade.Suas obras abrangem treze volumes.Delas,a que se
tornou mais popular,foi o livro que se intitula:0 Mundo Re-
formado do qual se tiraram quarenta edies nos primeiros
60 anos aps seu lanamento.De igual gabarito de inspira
o foram estas suas obras:0 Padre Santificado,0 Cristo
Instrudo,0 Vcio da Blasfmia.Tambem e digna de nota,a o-
bra em que ele expoe o seu modo de encarar o problema que
foi o objetivo principal do seu zelo apostlico:A Chaga da
Prostituio.
No dia 30 de junho de 1744 o padre Janurio Sarnelli
faleceu em Npoles,pouco aps ter pregado sua ultima grande
misso durante o ms de abril na cidade de Posilipo.Santo
Afonso ficou visivelmente abalado pela morte prematura de
mais um de seus mais chegados companheiros.Ele mesmo escre
veu logo em seguida,a primeira biografia de Sarnelli a qual
a fonte mais abundante que existe para a nossa informaao
a seu respeito.Note-se que ele estava apenas com 42 anos
quando veio a falecer.
0 que doloroso de se constatar que tanto durante
seu tempo de vida na Congregaao,como tambm depois,exis
tiu uma multido de dvidas e descontentamentos a seu res-
peito;isto sem dvida nao dependeu dele,mas sim daqueles
103
que na o f o r a m c a p a z e s de e n t e n d e r , o u de a c e i t a r o s i n g u l a r
a p o s t o l a d o q u e A f o n s o p e r m i t i u que ele d e s e n v o l v e s s e . 0 p o n
to n e v r l g i c o das d i v e r g n c i a s foi que S a r n e l l i p a s s o u g r a n
de p a r t e de s ua v i d a de r e l i g i o s o ,f o r a do e s t i l o de v i d a de
c o m u n i d a d e de u m C o n v e n t o R e d e n t o r i s t a , n o s l t i m o s n o v e a~
nos de sua e x i s t e n c i a . A t m e s m o F a l c i a , l do seu canto,
m a n i f e s t a v a suas d v i d a s sobre se ele p o d e r i a ou n o ser
c l a s s i f i c a d o co m o r e d e n t o r i s t a , n a e s t r i t a a c e p a o d a p a l a
vra. . .
Mais t a r d e , e m o u t r o m o m e n t o de n o s s a h i s t o r i a , o i g u a l m e n t e
V e n e r v e l P e . P a s s e r a t , e n t a o V i g r i o G e r a l do r a m o t ra n s a l -
p in o d a C o n g r e g a a o ,i r i a e d i t a r u m " u l t i m a t u m " aos pa d re s
que e s t a v a m v i v e n d o f o r a da v i d a r e g u l a r de u m a c o m u n id ad e:
Ou v o l t a m p a r a a c o m u n i d a d e ou a b a n d o n a m a C o n g r e g a a o .
E s t a a t i t u d e a c i m a c i t a d a n a o er a o m o d o de p e n s a r
de A f o n s o , o u p e l o m e n o s ,n a o e r a seu m o d o de p e n s a r no que
se r e f e r e ao P e .S a r n e l l i .P o d e m o s d i z e r q ue seu p e n s a m e n t o
a e s t e r e s p e i t o em t er mo s ge ra is e r a o s e g u i n t e : A v i d a de
c o m u n i d a d e faz p a r t e i n t e g r a n t e do m o d o de ser do r e d e n t o r i s -
t a ;e n t r e t a n t o c o m a v i s a o de s a n t o qu e ele t i n h a d e s t e p r i n
c i p i o , A f o n s o r e c o n h e c e u os r ar os do ns c a r i s m t i c o s de S a r
n elli e s i m p l e s m e n t e ab r i u u m a e x c e o n t i d a a r e g r a g e r a L
0 que na o p o d e p a d e c e r n e n h u m a d u v i d a , que no m o d o de p e n
sar de A f o n s o ,S a r n e l l i s e m p r e foi u m m e m b r o do I n s t i t u t o , e
no p l e n o s e n t i d o d a p a l a v r a . I s t o po de v e r - s e c l a r a m e n t e p e
los te rmos que A f o n s o u s a a r e s p e i t o d e l e , n a s c ar t a s que
e s c r e v e u a seu p a i , o C a p i t a o D . J o s e , p e d i n d o a es te q u e d e s
se a p o i o e s u s t e n t a a o aos p r o j e t o s de Sa r n e l l i e m Np ol es .
0 m e s m o po d e se r c o n s t a t a d o p e l o fato de ter e n v i a d o u m
i rm ao l eigo a N p o l e s p a r a c u i d a r d e l e e m s ua d o e n a que
a ca b o u s e n d o m o r t a l , e t a m b m p e l a s p a g i n a s d a c o m o v e d o r a
B i o g r a f i a que de l e o S a n t o e s c r e v e u . Q u e a m a i o r i a dos c o n
fr ades na o t i n h a d u v i d a s de que S a r n e l l i foi u m R e d e n t o r i s -
ta ate a m o r t e , p o d e se c o n s t a t a r p e l o fat o de que o seu
c o r p o ,i n i c i a l m e n t e s e p u l t a d o n a I g r e j a de N o s s a S e n h o r a dei
A i u t o em N p o l e s , f o i p o s t e r i o r m e n t e t r a n s f e r i d o p a r a a I-
g r e j a de qu e a C . S S . R . p a s s o u a c u i d a r n a m e s m a c i d a d e , a I-
g r e j a de Sa n t o A n t o n i o .L a , s e u s r es t o s m o r t a i s r e p o u s a m ate
h o j e sob o a l t a r d a C a p e l a d e d i c a d a a S an t o A f o n s o . S u a c a u
sa de B e a t i f i c a a o foi i n t r o d u z i d a e m R o m a e m 1784 e ele
foi d e c l a r a d o " V e n e r v e l " p e l a S a n t a Se.
Um dos m a i o r e s p r o m o t o r e s d a causa de B e a t i f i c a a o
de S a r n e l l i , f o i o V e n e r v e l P e . M a n u e l R i b e r a , C . S S . R . (1 8 11
104
1 8 7 4 ) . A s s i m com o S a r n e l l i , e l e foi u m h o m e m de s i n g u l a r e s
dons c a r i s m a t i c o s ,c o m a d i f e r e n a q ue seus dotes c a r i s m t i
cos p e n d i a m m ai s p a r a o lado d a v i d a m s t i c a . A s s i m c o m o a~
c o n t e c e u c o m S a r n e l l i , e l e t a m b e m p a s s o u os l t i m o s anos de
sua v i d a m o r a n d o e x c l u s i v a m e n t e e m N p o l e s , o que no total
v e i o a s om ar v i n t e e o i t o a n o s . D e s s e s ,os l t i m o s d o z e ele
os p a s s o u v i v e n d o h o s p e d a d o e m v a r i a s casas r e l i g i o s a s de
outras Or d e n s e C o n g r e g a o e s ,d e v i d o ao fat o que o c on v e n t o
anexo a i g r e j a de S an t o A n t o n i o , e n t a o c u i d a d a p e l o s r e d e n -
t o r i s t a s , f o i s u p r e s s o em 1 8 6 2 . Seu p r i n c i p a l t r a b a l h o a p o s
t l ic o e seu d o m e s p e c i a l e r a a d i r e o e s p i r i t u a l ,e m p a
ci e n t e s co n t a t o s i n d i v i d u a i s e a d i v u l g a a o de b o a l i t e r a
tu r a r e l i g i o s a . O b v i a m e n t e ,es t e h o m e m f o i , a s s i m com o S a r n e l
li ,uma e x c e o a regra.
E le foi o t e r c e i r o g ra n d e c o l a
b o r a d o r de A f o n s o ; o "Pai P a u l o " , c o m o
a f e t u o s a m e n t e A f o n s o p a s s o u a c h am -
l o. Ao c o n t r r i o de S p o r t e l l i ,S a r n e l
li e V i t o r C u r z i o , e l e n a o p o s s u a
nenhuma graduaao pela Universidade
de N p o l e s ,n e m e r a a d v o g a d o .E n t r o u
p a r a a C o n g r e g a a o com o s a c e r d o t e , j a
e x p e r i m e n t a d o nas lides d a v i d a p a r o
quial .
N a s c i d o no d i a 5 de ju l h o de
1707 ,p e r t o de S a l e r n o , c u r s o u , q u a n d o
jovem,o seminrio diocesano.Foi orde
n a d o s a c e r d o t e e m 1731 p o r D . D o m i n g o s
VENERVEL Pe. de 'L i g u o r i ,b i s p o de C a v a , p a r e n t e de
PAULO CFARO Afonso.
105
ligiosos em C i o r a n i e m 1742.
Identificando em sua p r o funda vida interior o grande d o m
q ue a C o n g r e g a a o n e l e h a v i a r e c e b i d o ,A f o n s o o i n d i c o u p a r a
m e s t r e de n o v i o s ,p o s t o es s e q u e e x e r c e u t a n t o e m C i o r a n i
como e m D e l i c e t o ,c o n v e n t o do q u a l t a m b m v e i o a ser o f u n
d a d o r . Q u a n d o o N o v i c i a d o foi t r a n s f e r i d o p a r a C i o r a n i em
1 7 4 7 , C f a r o c o n t i n u o u e m D e l i c e t o co m o S u p e r i o r d a C o m u n i
dade. Ele t a m b m s u c e d e u ao P e . S p o r t e l l i co mo S u p e r i o r de
Materdomini.
Ap s a m o r t e d e D . F a l c i a o c o r r i d a em 1743 A f o n s o , d e d i r e
t o r , p a s s o u a ser s eu d i r i g i d o e s p i r i t u a l .Sua c o n t r i b u i o a
v i d a i n t e r i o r dos m e m b r o s d a C o n g r e g a a o foi m u i t o grande,
p r i n c i p a l m e n t e n o que se r e f e r e ao n o v i c i a d o dos p r i m e i r o s
tempos e ao p r o p r i o A fo n s o .
Sua m o r t e p r e m a t u r a ,q u a n d o e s t a v a c o m q u a r e n t a e s e t e anos
de i d a d e foi o u t r o e s p i n h o ( S p o r t e l l i ,S a r n e l l i !) n a c o r o a
de A f o n s o . P e . C a f a r o e n t r e g o u s u a a l m a a De us e m 13 de a g o s
to de 1 7 5 3 . A d o r q ue e s t e p a s s a m e n t o c a u s o u a A f o n s o e a
r e s i g n a a o de q u e e le p r e c i s o u n a q u e l e m o m e n t o e s t t r a g i c a
e l i r i c a m e n t e c r i s t a l i z a d a ta n to n a p o e s i a com o n a m e l o d i a
do c n t i c o q ue c o m p o s n e s t e m o m e n t o de d o r : " I I tuo g u s t o e
n o n il m i o , a m o solo in t e , m i o D i o V
I. Os Irmos Leigos.
No t e x t o do r e q u e r i m e n t o s u b m e t i d o p o r A f o n s o a San t a
S , p e d i n d o a a p r o v a a o p a p a l p a r a seu n o v o I n s t i t u t o , a C o n
g r e g a a o d e s c r i t a d e s t a f o r m a : " U m a c o n g r e g a a o de s a c e r
d ot e s s e c u l a r e s que v i v e m juntos..'.' E m p a r t e a l g u m a d e s t e
d o c u m e n t o se faz q u a l q u e r m e n a o a e x i s t e n c i a de c o n f r a d e s
que n a o f o s s e m c l r i g o s , e f i z e s s e m p a r t e da C o n g r e g a a o .
0 I n s t i t u t o r e c e b e u a a p r o v a a o p a p a l de B e n t o XIV
como s e n d o de f a t o u m a " C o n g r e g a a o C l e r i c a l I s e n t a " e a i n d a
a s s i m que e l a a p a r e c e c a r a t e r i z a d a nas n o v a s C o n s t i t u i o e s
que e n t r a r a m e m v i g o r a p a r t i r de 1 9 6 9 ,cfr C o n s t .94.
Tal p r o b l e m t i c a s a l t a l o g o aos o l h o s , e a e l a j a l u
dimos no C a p i t u l o I I, n o c o n t e x t o d a q u e l a s O r d e n s e C o n g r e
g a oe s R e l i g i o s a s q ue p r o c u r a r a m fa z e r c o e x i s t i r e m u m e
m e s m o g r u p o ,m e m b r o s de e s t a d o c l e r i c a l e n a o - c l e r i c a l .
c e r t o q u e a t e n t a t i v a de c o n s e g u i r r e a l i z a r c o m s u c e s s o
e s t a f u s a o , n a o e r a algo i n o v a d o por A f o n s o . M u i t o s ou tr os
106
I n s t i t u t o s j h a v i a m f e i t o o m e s m o antes d e l e ,i n c l u s i v e os
seus a m i g o s , o s J e su t a s .
0 p r p r i o F a l c i a p a r e c e u s u r p r e s o ao d e p a r a r - s e c o m
a p r i m e i r a a c e i t a a o d e s t e ti po de v o c a a o r e l i g i o s a d e n
tro da C . S S . R . . . c l a r o q u e se t r a t a v a , n o c a s o , d e V i t o r
Cu r z i o , o a d v o g a d o de N p o l e s e i n a b a l v e l c o m p a n h e i r o de
A f o n s o d e s d e a p r i m e i r a h o r a . O que F a l c i a q u e s t i o n a v a er a
p r e c i s a m e n t e i s t o : " A que t t u l o vo c e r e c e b e u u m Irmao L e i -
go ? El e u m e m p r e g a d o , o u o q u e ? "
0 p r o b l e m a c o m e o u a s u r g i r e n t r e os do is tipos de
r e l i g i o s o s no c o n t e x t o de os i r m o s l e ig os q u e s t i o n a r e m sua
i d e n t i d a d e f u n c i o n a l .Qua l e r a a f u n a o do Irm ao L e i g o no
I n s t i t u t o ? D e v i a ser de p r e f e r n c i a ou p r i n c i p a l m e n t e u m enr
p r e g a d o ? U m p r e g a d o r ? U m c a t e q u i s t a ou u m c o n s e l h e i r o e s p i r i -
t u a l ? O u s e r que tu do i s t o , t u d o d e p e n d e n d o dos dot es de c a
da u m , e do que a s i t u a a o c o n c r e t a o p e d i s s e ou n e c e s s i t a s
se?
C o m d ez anos d e e x i s t e n c i a do I n s t i t u t o j a h a v i a
p r o b l e m a s n e s t a r e a . O p r p r i o A f o n s o se r e f e r e a s i t u a a o
de c onfli t o ,d e s c r e v e n d o - a n e s t e s termos:
C a r t a 2 3 1 : M a n t e n h a u m ol h a r c h e i o de v i g i l a n c i a no
r e f e r e n t e aos Ir m o s L e i g o s , e n a o p e r m i t a que eles
f i q u e m r e i v i n d i c a n d o d i r e i t o s .E m I l i c e t o a c o n t e c e u
u m a s e m i - r e v o l U a o a es t e r e s p e i t o . O s i rmos leigos
s u s t e n t a r a m q ue d e v i a m ter p r e c e d e n c i a s obre os n o
v i o s c o r i s t a s ; d e f e n d e r a m q ue el es d e v e m p a r t i c i p a r
dos atos da c o m u n i d a d e apos o a l m o o , m a s na o ap os o
j a n t a r , e q u e t a m b m d e v e m t er o p r i v i l g i o de fazer
u m a s e s t a apos o a l m o o . A i n d a po r c i m a a f i r m a r a m que
t a n t o os I rm o s Le i g o s dos C a r m e l i t a s com o os dos
F r a n c i s c a n o s c o n s e g u i r a m ser d i s p e n s a d o s de lavar a
107
l o u a e eu n e m sei m a i s que o ut ro s privilgios... Que e n
c r e n ca .. . A que p o n t o c he g a m o s ! . . .
C a r t a 2 3 3 : E m q u e s t o de p r e c e d e n c i a , o s Irmos Le i g o s
d e v e m f ic ar de p o i s dos P a d r e s ,dos C l r i g o s , e dos N o -
v i o s ; n o u l t i m o l u g a r . Q u e v e r g o n h a v e r os Ir mos L e i
gos b r i g a n d o po r c a u s a de p r e c e d e n c i a !
As obrigaoes dos Coristas(membros sacerdotes) sao
pregar,atender as confissoes e estudar.
A o b r i g a a o do Ir ma o L e i g o e s e r v i r e f a z e r a qu i l o
que lhe for m a n d a d o .E n t e n d a m b e m i s t o : s e r v i r a mes a,
la v ar os p r a t o s t a r e f a dos I rmos Leigos; as ve zes,
e a pe na s as v e z e s , o s c l r i g o s p o d e m d e s e m p e n h a r esses
e n c a r g o s mas ap en a s p a r a e x e r c i t a r a h u m i l d a d e .
Eu a b e n o todos os I rmos que t e m b o a i n t e n o , e n a o
p o s s o a b e n o a r aq u e l e s que est ao c heios de mas i n t e n
e s , o s q u a i s ,p o r c a u s a do seu o r g u l h o ,m e r e c e m na o a
b e n a o , m a s a m a l d i a o de Je s u s C r i s t o ( T a n n o i a (1727
1 8 0 8 ) - V i d a d e Sa nt o A f o n s o , L . I I .c a p . 6 3 , p g .271).
C a r t a 737: C a r o s I r m o s ,r e f l e t i l o n g a m e n t e so br e o
qu e v o c e s m e e s c r e v e r a m em s ua e x t e n s a c a r t a . P o r e l a
fi c o s a b e n d o q ue tod o o g r a n d e d e s g o s t o que os a f li g e
p o d e ser r e d u z i d o a i s t o , q u e n a o lhes e p e r m i t i d o u-
sar o h a b i t o l o n g o , i g u a l ao qu e os s a c e r d o t e s usam.
V o c e s , e m s ua c a r t a , m e r e c o r d a m q ue n o s s a R e g r a d e t e r
m i n a q u e todos os c o n f r a d e s d e v e m v i v e r de u m a m a n e i
ra uniforme.
A c o n t e c e que e s t e p o n t o d e v e ser e n t e n d i d o s o m e n t e no
r e f e r e n t e aos s a c e r d o t e s , e n a o e m r e l a a o aos Irmos.
A s s i m j foi d e c i d i d o p o r n o s s o f u n d a d o r , o b i s p o D o m
F a l c i a , e a s s i m v e m se n d o f e i t o n e s t e s q u a r e n t a anos.
108
era entendida nao como sendo direta e imediatamente apost
lica mas antes,indireta e mediatamente apostolica,i..,cui-
dando do bom funcionamento,seja da vida de comunidade,seja
como retaguarda material do apostolado missionrio da Con
gregaao .
Ja nos referimos acima a esta importante responsabilidade
dos Irmos Leigos de se encarregarem de todas as providen
cias logsticas que a misso rural exigia.Seus encargos e-
ram muito mais amplos do que simplesmente lavar pratos;di
versos dos primeiros Irmos foram "procuradores" e adminis
tradores das finanas no pleno sentido da palavra.
Igualmente certo, claro,que os Irmos tambm davam Ins
truo Catequtica ao povo nas misses,o que j era um tra
balho apostolico direto;isto entretanto acontecia inciden-
talmente apenas,e era visto como um meio de liberar os Pa
dres para que estes pudessem se dedicar melhor ao trabalho
mais importante,que era a preparaao e pregaao dos sermes.
Podemos afirmar que certo historicamente,que esta
foi a interpretaao que Santo Afonso dava a funao dos Ir
mos Leigos na Congregaao.
Contudo,esta posigao nao pode ser vista como uma teologia
da vocaao do Irmao Leigo,mas antes como um posicionamento
em dimenso sociologica;uma posio sociolgica que deve
ser compreendida dentro do contexto histrico,cultural e
social daquele tempo.
Tambem nao ha duvida alguma que a dimenso sociolgi
ca e cultural da Vocaao do Irmao Leigo est mudada em nos
sos dias.
0 Concilio Vaticano II encaminhou tal vocaao numa direo
de apostolado direto e imediato.
Entretanto,para Afonso,a funao primria dos Irmos era a
sua doaao espiritual somada a um servio prestado na esfe
ra das coisas materiais.
interessante notar que assim como Afonso admitiu
razoveis excees a regra comum de viver de um sacerdote
redentorista,no caso do carismtico P e .Sarnelli,assim tam
bem fez uma evidente exceo ao estilo normal de vida dos
Irmos no caso de Sao Geraldo Majela ,como veremos em se
guida.
109
2. Sao Geraldo Majela (1726 - 1755).
SO GERALDO MAJELA
Geraldo Majela, nao foi dos primeiros colaboradores,
nos tempos da formaao do Instituto.Entretanto,ele de
grande importancia em nossa historia,seja pela grande con
tribuio que prestou a jovem Congregaao,como tambm pela
grande influncia que o seu caso tem na nossa re-interpre-
taao da Vocaao do Irmao Leigo.Seu maior significado e que,
at mesmo de um modo bem mais contrastante que o caso de
Sarnelli,ele foi uma exceo clara e carismtica em relaao
s estruturas normais do modo de viver previsto para os Ir
110
mos,e at m e s m o m a i o r q u e a de S a r n e l l i ,l e v a n d o - s e e m c o n
ta que isto a c o n t e c e u n a m e t a d e do s e c u l o X V I I I e e m N p o
les.
G e r a l d o n a s c e u n a p e q u e n a c id a d e de M u r o ,l o c a l i z a d a
no alt o dos A p e n i n o s . E r a o l t i m o de c i n c o fi lh o s e o u n i c o
v a r a o e n t r e e l e s . U m s eu i r m a o z i n h o n a s c i d o a n t e r i o r m e n t e
c h a m a v a - s e G e r a l d o ; t e n d o e s t e m o r r i d o apos b r e v e t em p o de
v i d a , s e u s pa i s d e r a m seu n o m e n o v a m e n t e ao f i l h o s e g u i n t e e
u l t i m o , q u e v e i o a n a s c e r e m 1726.
E n t r e t a n t o e s t a l a c u n a na sua i n s t r u o i n t e l e t u a l
e r a c o m p e n s a d a m a i s que l a r g a m e n t e p o r seus e x t r a o r d i n a r i o s
do n s c a r i s m a t i c o s .Sua v i d a e u m a a m p l a s e q u e n c i a de p r o d
g i o s , a c o m e a r c o m a i n f a n c i a q u a n d o ele v i a o m e n i n o Jesus
como seu c o m p a n h e i r o de jogos at ao seu a m a d u r e c i m e n t o e s
p i r i t u a l co m o a d u l t o c o m d o n s tais c o m o a c i n c i a i n f u s a , o
e x t a s e , a p r o f e c i a , a c a p a c i d a d e de ler nos p e n s a m e n t o s dos
o u t r o s , o d i s c e r n i m e n t o dos e s p r i t o s ,se m f a z e r m o s m e n a o de
t odas as curas de n a t u r e z a f s i c a que suas m a o s o pe raram.
S obre i s t o , p o d e - s e ler m u i t o e m c a d a u m a das m u i t a s " vi d a s "
que f o r a m e s c r i t a s do S a n t o . A q u i ,e n t r e t a n t o ,es t a m o s i n t e r e s
sados no s eu lu ga r e f u n a o d e n t r o d a C o n g r e g a a o do S a n t s
simo R e d e n t o r .
G e r a l d o j h a v i a t e n t a d o e n t r a r p a r a a O r d e m dos C a
p u c h i n h o s q u a n d o a i n d a a d o l e s c e n t e ,m as f o r a r e c u s a d o po r
c a u s a de s ua d e b i l saude.
Ve i o a c o n h e c e r os R e d e n t o r i s t a s e m 1748 no d e c o r r e r
de u m a m i s s a o . D e s d e o p r i m e i r o m o m e n t o fi c o u e n c a n t a d o c o m
u m dos I r m o s , q u e c o m o ja foi d i t o a c i m a , h a v i a a c o m p a n h a d o
os p a d r e s ,t r a b a l h a n d o nas suas f u n e s d e n t r o da m i s s o que
e s t a v a s e n d o p r e g a d a n u m a ci d a d e nas v i z i n h a n a s de Muro.
E s t e I r m a o r e d e n t o r i s t a qu e se c h a m a v a I r . O n o f r e (1727- 17 92 ) ,
contou a Geraldo a v i d a que os R e d e n t o r i s t a s l e v a v a m e e s
p e c i a l m e n t e o te or d e v i d a de u m Ir m a o R e d e n t o r i s t a . 0 r e s u l
tado foi q ue G e r a l d o qu i s se e n g a j a r n a C o n g r e g a a o i m e d i a
t a m e n t e .S u r g i u de n o v o o p r o b l e m a de su a s a u d e , a c r e s c i d o ao
de s u a m a e , a e l e s u p e r - a f e i o a d a qu e p r o c u r o u p r e n d e - l o a si
de q u a l q u e r f o r m a . E m c o n s e q u e n c i a , s u a d e c i s o teve que ser
111
adiada novamente.Mas Geraldo j estava cansado de esperar,
e simplesmente esgueirou-se silenciosamente,alta noite,pela
janela do quarto onde dormia,deixando l um recado que di
zia: "Mamma ,fui embora para ficar santo1
.'
Foi com o famoso Pe.Paulo Cfaro que Geraldo conver
sou,e este chegou a seguinte concluso:"Voce nao e capaz
de fazer os trabalhos de um Irmao em nosso Instituto'.' 0
problema era a frgil constituio de sua sade.Mas a in
sistncia e splicas de Geraldo acabaram prevalecendo e ele
foi finalmente enviado para o Noviciado em Deliceto levan
do para o Mestre de Novios um recado em que o Pe.Cafaro
declarava:"Pelo presente estou lhe enviando um Irmao que
acho,que nao vai servir para nada'.'
Apos fazer todos os trabalhos que comumente um Irmao
Redentorista fazia como:ser sacristao,porteiro,lavar a lou
a etc... durante o noviciado,Geraldo fez sua profisso re
ligiosa em 16 de julho de 1752.A partir dai,seu servio
passou a ser fazer viagens de compras e de pedir esmolas.
Este ltimo encargo bastante estranho e nao era coisa que
se fizesse normalmente na Congregaao.Santo Afonso tinha
trs critrios para aceitar uma nova fundaao:
1.Que fosse fora da cidade,mas em situaao central em
relaao a diocese.
2 .Que oferecesse oportunidade para os trabalhos apos
tlicos e no impusesse limitaes e restries a
eles.
3 .Tinha que haver garantias de manutenao material
adequada para os missionrios e a comunidade.
112
e m ge r al r e c e b i a m m i l a g r e s e curas e m t r o c a . E foi por ai
que a e x c e p c i o n a l i d a d e de v i d a d e s t e s i n g u l a r I r ma o L e i g o
a l a r g o u a i n d a ma i s suas p o s s i b i l i d a d e s e r e a l i z a e s .
E m suas v i a g e n s de c o m p r a s e de e s m o l e r ,a c o n t e c i a c o m
f r e q u n c i a q u e lhe e r a o f e r e c i d a a h o s p i t a l i d a d e e m c o n v e n
tos de m o n j a s , q u e p e r m i t i a m qu e e le u s a s s e d a c a p e l a p a r a
r ez a r e lhe c e d i a m u m a c a d e i r a n a s a l a de v i s i t a s p a r a d o r
m i r . E m t r o c a , e l a s t a m b m g a n h a v a m m i l a g r e s m u i t a s v e z e s ,mas
o que r e c e b i a m s e m p r e s e m f a l t a er a a e d i f i c a a o e a s a b e
d o r i a e s p i r i t u a l d a q u e l e j o v e m i rm ao leigo.
E m u m a q u e s t o de m e s e s seus do t e s de d i s c e r n i m e n t o
e s p i r i t u a l e sua c i n c i a i n f u s a v i r a r a m o " a s s u n t o " na "r o
d a das i r m a s " pe l o R e i n o a f o r a e ele c o m e o u a ser r e q u i s i
tado de todos os l a d o s . N a o foi c o i s a que ele t i v e s s e p r o v o
cado ou m e s m o q u e r i d o , m a s foi o que a c a b o u a c o n t e c e n d o :G e
ra ld o t o r n o u - s e o d i r e t o r e s p i r i t u a l o f i c i a l m e n t e n o m e a d o
de m u i t o s c o n v e n t o s de m o n j a s e f r e i r a s .N o t e - s e q ue u s a m o s
a expresso:diretor espiritual oficialmente nomeado porque
os p e d i d o s q u e s u r g i a m , e r a m p a r a i s s o , e a p e r m i s s o que lhe
er a d a d a , t a m b m ; e is to da p a r t e d e tres d i f e r e n t e s bispos:
os das d i o c e s e s de M u r o , M e l f i e T r o i a . E m F o g g i a o b i s p o foi
a in d a m a i s l o n g e ,d i s p e n s a n d o - o ate d a Lei d a C l a u s u r a P a p a l ,
de f o r m a q u e e le p u d e s s e e n t r a r no m o s t e i r o a v o n t a d e , n o a-
t e n d i m e n t o do seu m i n i s t r i o e s p i r i t u a l as irmas i dosas e
d o e n t e s . O s trs ce n t r o s p r i n c i p a i s on d e ele e x e r c i a s ua d i
r e o e s p i r i t u a l eram:
a) As C a r m e l i t a s de Ripacandida,
b) As B e n e d i t i n a s de A t e l l a ,
c) As M o n j a s d a O r d e m do Santssimo Salvador em F o g
gia.
E s t e l t i m o g r u p o t i n h a p a r a ele u m s i g n i f i c a d o todo
e s p e c i a l , u m a v e z que e r a o g r u p o q ue a Irm a M a r i a C e l e s t e
C r o s t a r o s a f u n d a r a apos a s u a e x c l u s o do m o s t e i r o de S c a l a
El a e G e r a l d o t o r n a r a m - s e n t i m o s a m ig os e s p i r i t u a i s .Foi
t a m b m p o r c a u s a de F o g g i a que G e r a l d o teve q ue so f r e r a
m a i o r c a l n i a e h u m i l h a a o d e s ua v i d a . U m a e x - c a n d i d a t a a
I r m a ,r e v o l t a d a c o m sua e x c l u s o do c o n v e n t o ,e s p a l h o u o b o a
to q u e G e r a l d o h a v i a se c o m p o r t a d o i n d e c e n t e m e n t e c o m u m a
o u t r a m o a . C o m o G e r a l d o r e c u s o u - s e a a p r e s e n t a r q u a l q u e r de
f e s a ou e x p l i c a a o , f o i s e v e r a m e n t e p u n i d o p or Sa n t o Afon s o.
T e m p o s d e p o i s a c a b o u s en d o p l e n a m e n t e r e a b i l i t a d o c o m a corr
113
fisso publica da moa que o havia caluniado.
Geraldo Majela faleceu em 15 de outubro de 1755,ape
nas tres curtos anos apos sua profisso religiosa como Ir
mao Redentorista^Jamais existiu outro Irmo Leigo na Histo
ria da Congregaao que tivesse tais e tantos dons carism
ticos.Nunca existiu um Irmao Leigo a quem fosse prestado
tal credito de confiana no setor do trabalho apostlico di
reto, e especialmente na delicada funao de direo espiri
tual de religiosas.Nenhum outro Irmao jamais grangeou tama
nha reputaao e tao grande prestgio para a Congregaao do
Santssimo Redentor^Ele foi,graas ao sbio discernimento
de Afonso,uma exceo entre as excees.
114
d o r i a , e f i n a l m e n t e que t e n h a a h a b i l i d a d e n e c e s s r i a
de g o v e r n o p a r a p o d e r ter i n f l u e n c i a sobre seus f o r
mando s .
Se n u m s e m i n r i o f a l t a m u m dos d o i s , o u s e j a : u m b o m
R e i t o r ou bo ns P r e f e i t o s ,A f o n s o g a r a n t e q u e v ai h a v e r c o n
f us o e d e s v i o de f i n a l i d a d e e n e s t e caso ele a c h a que
m e l h o r t r a t a r de f e c h a r tal s e m i n r i o e te n t a r c o n s e g u i r a
f o r m a a o p o r o u t r o c a m i n h o ,d i s t i n t o do i n s t i t u c i o n a l i z a d o
p e l o C o n c i l i o de Trento.
P a r a q u e h a j a c e r t e z a de q ue os R e i t o r e s e P r e f e i t o s
e s t a o d e s e m p e n h a n d o b e m suas f u n e s ,A f o n s o i n s i s t e e m que
os S u p e r i o r e s r e s p o n s v e i s ( o s b i s p o s e os s u p e r i o r e s m a i o
res) d e v e m v i s i t a r seu s s e m i n r i o s no m n i m o du a s ve z es por
a n o , c o m a f i n a l i d a d e e x p l c i t a de v e r i f i c a r p e s s o a l m e n t e o
b o m f u n c i o n a m e n t o do s e m i n r i o t a n t o no a s p e c t o de v i d a e s
piritual co mo de v i d a a c a d m i c a d os seminaristas.
A f o n s o e x t r a i u de s u a e x p e r i e n c i a o s e g u i n t e p r o gr am a-
d o - d i a no a s p e c t o e s p i r i t u a l ,co m o se n d o o m o d e l o a ser p o s
to e m p r t i c a em u m S e m i n r i o b e m o r g a n i z a d o :
115
Programa diario:
1. Meia hora de meditaao de manha e ao menos quinze
minutos a tarde.
2. Missa.
3. Meia hora,ou pelo menos quinze minutos de uma lei
tura de proveito espiritual.
4. Visita ao Ssmo.Sacramento e reza do tero.
5. Exame de conscincia.
Outras determinaes:
1. Confessar-se regularmente,a cada oito,at quinze
dias.(A direo deve providenciar bons confessores).
2. Haja oportunidade para os seminaristas se confessa
rem com outros confessores,alm dos habituais.qua
tro vezes por ano.
3. Fazer um dia de retiro mensalmente.
4. Fazer,anualmente,retiro de oito dias,durante o
qual haja ao menos duas conferncias e uma instru
o dirias.
0 Regime da Formao nos Estudos.
No aspecto de formaao acadmica Afonso estabelece o
seguinte programa que engloba matrias dos atuais semin
rios menor e maior:
116
4. Teologia dogmatica.Ele recomendava o manual de
Tournely.
5. Estudos de oratria sacra.
6 . Teologia moral.A qual em nenhum caso concreto po
deria ser dispensada.Ele recomenda que para este
estudo se use como manual de aula o livro "Homo
Apostolicus",que era uma de suas obras.
117
para que o Pe.de M e o (1726-1786),um grande missionrio,num
tempo de muita falta de elementos para trabalhar nas misses,
fosse lecionar Hebraico e Lnguas Orientais na Universidade
de Npoles,onde estudavam os futuros sacerdotes diocesanos,
etc.
A enfase e a prioridade que Afonso dava a formaao
dos futuros congregados pode ser constatada pelos seguintes
fatos:
a) A organizaao muito rpida do Noviciado e das Ca
sas de Estudo.No prazo de dez anos aps a fundaao da Con
gregaao,o Noviciado e o Teologado estavam montados e fun
cionando perfeitamente bem.Aps 1754,as Humanidades e a Fi
losofia eram feitas em Caposele,a Teologia em Deliceto(mais
tarde passou para Caposele),a Teologia Moral era estudada
em Pagani,e o Noviciado funcionava em Ciorani j em sua ins-
talaao definitiva.
118
guarde para si.Ele esta neste seu cargo para cumprir o pro
grama que foi prescrito;e isto um assunto que atinge di
retamente a obediencia'.1
119
por cento delas aparece esta preocupaao para com a sade
dos estudantes.
120
CAPTULO VI .
121
o texto da ediao anterior em muitos pontos,at chegar re-
daao da oitava ediao(Editio Princeps) cujo texto foi man
tido nas seguintes.
A lista completa dessas nove edies se encontra na Intro
duo da ediao critica publicada pelo Pe.Leonardo Gaud C.
SS.R. em 4 v o l u m e s ,entre 1905 e 1912.
A simples enumeraao de todos os escritos deste homem al
go que^causa assombro.Apenas a relao dos diversos ttulos
e edies que se fizeram de suas obras em todas as lnguas
do mundo at 1932 preenchem 277 pginas de 30x21 cms da va-
liosssima obra de Maurice de Meulemeester,C.SS.R.(Biblio-
graphie Genrale des crivains Rdemptoristes,19 vol.).
122
a) A Ignorncia Moral.
123
Entretanto,quando se procura penetrar mais na comple
xidade que o problema da conscincia humana envolve, minha
opinio que desses dois extremos,para Afonso,o rigorismo e-
ra o mal maior a ser evitado.Julgo afirmar isto primeira
mente porque ele prprio sofreu em sua juventude as conse-
quencias de uma conscincia mal formada,tendente para o ri
gorismo ;e em segundo lugar,porque em suas ltimas obras ele
parece rejeitar e censurar o rigorismo com bem maior vigor.
Veja-se,por exemplo,este texto:
a) Para si mesmo.
ele mesmo quem o diz:
124
"Escrevi esta obra para mim mesmo e tambm para os
meus confrades'.'
Qual o sentido de suas palavras quando ele afirma
que escreveu sua Teologia Moral para si mesmo? Recordemonos
novamente que esta sua obra foi o resultado de sua experi
encia adquirida na pregaao das misses populares e no aten
dimento de c o n f i s s e s das massas pobres e iletradas.
0 que ele constatou neste meio foi uma ignorancia .a-
bismal e uma indiferena quase total,entre o povo simples,
no referente a tudo que se relacionasse com o comportamento
moral.Nao que os simples e os camponeses vivessem de uma
forma conscientemente imoral;pior que isso,era a constataao
do fato que sua atitude era simplesmente amoral.
Ha muitos anos que ningum lhes anunciava nada sobre a Boa-
Nova de Cristo;ha muito tempo que ningum desenvolvia um
plano sistemtico que fosse capaz de levar o conhecimento
do Evalgelho as conscincias dos pobres camponeses espalha
dos pela zona rural,os quais eram justamente os que mais
necessidade tinham de uma boa formaao doutrinai e moral.
0 clero que cuidava da zona rural,em muitas regies
era apenas um enfeite pendente por cima de seu ignorante
rebanho.Em vez de ajudarem seu povo a formar retamente sua
conscincia,muitos deles preferiam o caminho mais fcil de
calarem tudo o que se referisse ao comportamento moral,em
parte porque eles mesmos estavam muito mal preparados ate
para se guiarem a si prprios no meio de tal desorientaao.
Outros encontraram a soluo comoda de dizerem ao seu
rebanho que seguissem a opinio que quisessem,que tudo es
tava em ordem.Este caso era evidentemente de um ultra-extre-
madn laxismo.Alm disso,um terceiro grupo do clero,em parte
iludido pela pseudo-religiosidade do Jansenismo,tinha uma
atitude por demais rigorista e exigia do povo pobre e igno
rante uma linha de comportamento moral que estava alm da
compreenso e da capacidade do povo simples e muito longe
dos ensinamentos do Evangelho.
Afonso se sentia num estado de verdadeira angustia
mortal ao ver-se inserido dentro de uma tao terrvel situa
ao. As pessoas se encontravam na maior confuso,cheias de
perplexidade e se desnorteavam, ou estraviando-se numa vida
licenciosa,ou eram tomadas pelo desespero de jamais conse
guirem levar uma vida moralmente correta.
125
Entre as assim chamadas "escolas" de moralistas h a via vi o
lentas e speras disputas teolgicas com mtuas acusaes
que nao ajudavam ningum a se esclarecer.
Afonso se q u e s t i o n a v a :0 que devo ensinar nas p r ega
es ?0 que aconselhar no confessionrio?Que opinioes devo
seguir pessoalmente?Quais devo recomendar aos outros?Tais
interrogaoes giravam na mente de Afonso e de outros padres
zelosos do seu tempo.
Foi dentro desta perspectiva que ele afirma que escre
veu sua Teologia Moral "para si mesmo'.' Ele queria chegar a
uma posio de segurana conseguida apos uma seria pesquisa
e estudo que ele de fato levou avante para possuir uma mo-
tivaao prudencialmente c o r r e t a ,podendo assim justificar
fundadamente a aceitaao ou a rejeio das opinioes exis
tentes entre os moralistas de seu tempo.Se Afonso era es
crupuloso em algum assunto,era nest e:era escrupuloso no seu
esforo de chegar a V e r d a d e .
126
toral direta ou se p reparam para isto,ou seja,para a prega
o e o ministrio de ouvir confissoes e aconselhar u m povo
assediado pela ignorncia e pela confuso moral entao rei
nantes .
Sua preocupaao especial para com os estudantes da
C.SS.R. pode ser notada na repetio que aparece de frases
tais c o m o : 1
.'., para a sadia informaao dos jovens de nosso
Instituto", ou para os que princi pia m seus estudos em
nossa pequena Congregaao',' ou ainda,'.'., nao foi para os ou
t r o s ,mas para vocs ,meus c o n f r a d e s ,que eu escrevi esta obr.'
127
3. 0 Esp irito d a Teologia Moral de A f o n s o .
128
segue.
3. Sua caridade a c a d m i c a .
Ele escreve:
129
"Onde nao consegui descobrir uma argumentaao convin
cente,nem por isso ousei taxar a opinio oposta de
errnea como o fazem os que tao facilmente rejeitam
o parecer dos outros mesmo quando se trata de auto
res ponderveis e de seriedade comprovada1
.'
130
1 Uma Ontologia que se apoia na Primazia da Liberdale
131
pro e contra a lei,e at mesmo no caso de a opinio em fa
vor da lei ser levemente mais provvel,ele defende que se
pode seguir a opinio que contra a lei e a favor da liber
dade .
132
esta afirmaao basica:Na pessoa humana existe uma primazia
ontologica da liberdade(sobre a lei).
133
Esta devia ser tambem a soluo que deveria remediar a con
fuso e perplexidade em que a massa do povo cristo se de
batia em seu tempo.Mais do que isso,esta iria ser a chave
que devia abrir as portas para uma atitude de liberdade de
espirito que livrasse a todos de u m legalismo essencialis-
ta e de u ma mrbida preocupaao e de u m temor infundado de
se estar transgredindo sem o saber,a vontade material de
Deus,j promulgada pela prpria natureza das coisas;o que
em termos de patologia e escrupolusidade de conscincia po
deria ser chamado de "sihdrome de pecado material'.'
134
do homem,interessava muito pouco a Afonso na sua visao mo
ral e pastoral.Para ele o assim chamado "pecado material"
simplesmente nao era pecado de forma alguma e por isso nao
era capaz de causar aquela ruptura,que era o que ele queria
evitar,isto ,o rompimento do relacionamento de amor entre
Deus e o homem. Ele escreve:
135
riormente no homem,no seu proprio modo de ser e agir.
136
- ele u m perigo para a conscincia dos cristos..
137
que sao empregadas na linguagem bblica quando o assunto e
o pecado.
138
com a f i r m a es,talvez doutas,mas cuja consequencia sera a-
penas levar este m esmo povo a passar do pecado material ao
verdadeiro pecado formal, - todos estes elementos levam-me
a crer que Afonso um homem,nao apenas realmente inserido
no seu tempo,mas u m h o m e m para o nosso t e m p o ,um h o me m emi
nentemente feito para este nosso tempo de duvida,de confu
so e de desespero no campo do comportamento moral do ser
humano.
139
de tica religiosa,de uma teologia moral que o vosso
Fundador Santo Afonso vos legou em suas magnficas
obras,com o seu apelo e ordem de levar avante esta
vossa herana dizendo-vos :Continuem o que eu c ome cei 1.1
140
C A P T U L O VII
1. O Jansenismo.
141
Igreja.
A expresso "batalha" pode ser u m pouco forte demais
e no exprimir com justeza a metodologia clara.tranqila e
erudita coin que Afonso combateu esses erros.Ele nao era da
do a diatribes selvagens;pelo contrrio,no tratamento des-
des trs temas,ele procede em sua exposio mediante um l
cido delineamento da doutrina da Igreja,passando pelas mais
importantes escolas de reflexo teolgica.Tal era o seu m e
todo sempre que nao houvesse um pronunciamento "de fide"
por parte do M a g i s t r i o ,dirimindo uma determinada questo.
142
quatro temas teologicos:
- a predestinaao
- a graa
143
berdade deste mesmo homem.
Toda a questo estava neste estgio ao se iniciar o
sculo XVIII.Somada e relacionada com esta controvrsia te
olgica desenvolviam-se entao tendencias tais como:a nova
corrente anti-romana e anti-papal,um novo tipo de humanismo
e dentro da prpria teologia,o surgimento de u m certo plura
lismo teolgico.
Dentro deste contexto surge entao o Jansenismo no ce
nrio em que Afonso vai v i v e r ,entrando em choque com sua
linha de pensam ent o.0 pensamento de Jansenio esta contido
em seu Opus Ma gn u m a que ele deu o ttulo de A u g u s t i n u s .
Vejamos agora u m sumrio dos pontos de maior destaque em
sua doutrina,distribudos nestes sete itens:
144
4. Portanto,a ignorancia invencvel da Lei Divina Na
tural absolutamente nao excusa ningum de cometer pecado,
uma vez que esta lei est inscrita e escrita no ntimo do
coraao de cada um. a assim chamada Lei Natural.
145
1. A noao rigorista que Jansenio faz de Deus.Para o
modo de pensar de Afonso,a ideia de um Deus bom,um Deus que
e o amor,era a noao que ocupava a posio central em rela-
ao a tudo o mais;para ele Deus era o "bom Deus" que tanto
nos criou como nos remiu por amor.
146
tencia do agir responsvel do homen^ quanto a sua liberdade
p e s s o a l ,enquanto que por outro l a d o ,salvaguarda a transcen-
dencia de Deus o qual sempre considerado como aquele de
quem parte a iniciativa da salvaao por causa de seu amor e
vontade salvfica universal.
Afonso escreve:
147
se a rezar.
148
e os jansenistas as levaram avante dentro dos meios catli
cos dcssculos XVI e XVII.Um contemporneo de Afonso que as
defendia com denodo,e por isto foi diretamente combatido pe
lo Santo,era o bispo auxiliar de Treves(Alemanha),Nicolau
von Hontheim(1701-1790) que escreveu suas obras com o pseu-
donimo de F e b r o n i u s .Febronio divulgou a idia que por direi
to que lhes e conferido pela prpria Lei Natural cada pais
ou.estado possui o direito de desenvolver sua forma prpria
de C a t o l i c i s m o ,mesmo que com isso se encaminhe numa direo
contrria aquela proposta por Roma.
2. A F Verdadeira.
6 . Teologia Moral.
7. A Defesa do Poder do Papa,contra Febronio.
149
a) Os Erros especficos de Jansnio e Febronio.
150
1. preciso fazer uma distino entre o Papa enquan
to ele representa o centro da unidade dos cristos e enquan
to ele o "subjectum" da inf ali bilidade,i..nele que a
infalibilidade da Igreja se manifest a.0 primeiro aspecto
bem ace i t v e l e ate poderia ajudar no esforo de reunifica-
ao com os Pr o t e s t a n t e s .Quanto ao segu ndo ,i. .,que o Papa
possuiria o carisma da infalib ili dad e,tal afirmaao deve ser
rejeitada.
151
constituio hierrquico-monrquica da Igreja,a partir tam
bm da filosofia.Ele cita de u m modo especial reflexes de
Platao (428-348) .Aristteles (384-322) e Plutarco (+50-+125)
que ele apresenta como autoridades de peso no assunto,os
quais afirmam que a forma monrquica de governo a melhor
p o s s v e l ,considerando-se o aspecto prtico e funcional da
questo.
152
C A P T U L O VIII
Se os Redentoristas se
fizessem a mesma pergunta
a respeito do seu fundadcr,
talvez nao chegassem a u-
m a unanimidade de opinio,
devido a enorme quantida
de de obras ascticas e de
cunho espiritual escritas
por A fon so. En t r e t a n t o ,eu
de minha parte penso que
a obra a qual de melhor
forma manifesta a visao da
espiritualidade de Afonso
o seu pequeno livro que
ele chama de "A Prtica do
Amor a Jesus Cristo"
GRAVURA DO LIVRO DE AFONSO:
REFLEXO SOBRE A P A IX O
A QUAL CPIA DE UM QUADRO A
LEO FEITO PELO SANTO.
153
Cbservaes histricas.
154
Esquematizao da Doutrina essencial encontrada na
"Pratica di Amar Gesu Cristo'.1
Dois pr-requisitos:
c) Definio de Santidade-Santificaao(cap.7)
- Distacco (disponibilidade)
- pureza de inteno
- oraao.especialmente a oraao mental.
1. 0 sofrimento (cap.5-13)
2. A desolaao (cap.17).
155
Essa foi uma liao que Afonso aprendeu pelo rduo ca
minho de sua prpria experincia.Ele cita S.Francisco de
Sales :
156
dinamica de Deus, a saber: "Deus A m o r '.1 O que ,naturalmente,
o tema do pensamento de S.Joao e S.Paulo no Novo Testamen
to.
A Criaao.
A Encarnaao.
A Redeno.
157
paga tal dbito em lugar do h o m e m pecador.Para ele a Reden
o a verdadeira doaao de uma nova capacidade para o h o
mem,e uma atitude do Pai por meio da qual uma nova criaao
se realiza,e nesta nova criaao ou nova ordem das coisas,o
ponto central precisamente que agora o h om em recebeu o p o
der de se tornar capaz de participar de/e de viver realmen
te a prpria vida de Amor com que Deus v i v e ,mediante o seu
viver do Esprito de Cristo.
158
tam os frutos da r e d e n o , i .e . ,rejeitam a capacidade de se
tornarem divinos-filhos-de-Deus pela aceitaao da vida do
seu Espirito,nao podem e nao querem ser capazes de apreciar
a nao ser que eles mesmos se v oltem e aceitem o Cristo em
suas vidas.
1. A F.
159
sentimento de admiraao diante de um Deus que se apresenta
como doador liberal de seus dons,devemos salientar neste
ponto que para ele a Fe significa um tipo de aceitaao chei-
a de assombro deste mesmo Deus que nao somente presenteou
o homem com toda a criaao,mas por acrscimo nos deu uma no-
va c r i a o ,transformando-nos em seus filhos ao dar-nos a ca
pacidade de sermos participantes da prpria vida do seu Cris
to.Embora isto segundo os esquemas do conhecimento racional
deva ser taxado de loucura ou de idias impensveis, de fa~
to o que a revelaao nos pede que a elas demos nosso assom
brado e jubiloso assentimento atravs da F.
Com relao virtude da E s p e r a n a ,Afonso deixa de la
do as subtilezas dos telogos quando eles se emaranham a si
mesmos na contenda sobre a correlaao ou existncia em Deus
dos dois aspectos "Misericrida -Ju sti a" ,ou quando o mesmo
acontece na confuso armada ao tratarem da noao de "Meritcl'.
Ele simplesmente cita S.Paulo,a saber:Depois que Deus nos
deu seu prprio Filho, (e ainda continua no-lo dand) o que
que o Pai seria capaz de nos negar quando nos lhe pe dir
mos ?
Tal a dimenso da esperana que se acha na base da
escatologia de Afonso.J vimos acima sua aceitaao realista
da fragilidade h umana e em conseqncia desta,a possibilida
de que em ns reside de trairmos a aliana j aceita com
Deus. Sem negar que se trate de uma possibilidade terrvel,
ele ainda insiste que temos muito maior razao de ter es -
perana do que de temor,uma vez que possumos um Pai amoro
so que mostra uma especial predileo pelo p e c a d o r .Conse -
quentemente,o cu simplesmente a eterna continuaao em
plenitude dessa capacidade de ser participantes da prpria
famlia de Deus que j foi concretizada e atualizada na v i
da terrestre por aqueles que aceitaram o convite que Deus
f a z ,de cada um viver da sua vi da divina de amor.De outro la
do,o inferno simplesmente a eterna continuaao em plenitu
de no estado de rejeio desta mesma capacidade oferecida
por Deus,rejeio que foi concretizada e tornada u m fato na
vida terrena e nunca revogada pela converso.
160
ele continua sendo um ser racional e li v r e ) .
A Definio.
Afonso nos d sua definio de santidade em menos de
uma dzia de p a l a v r a s ,como segue:
161
"Santidade e fazer o que quer que seja com o unico
propsito de agradar a DeusV
D. 0 " DISTACCO"
162
desapego resignaao submisso
163
ca numa abertura e aceitaao de todas as opoes que surjam
com exceo do pecado;ela implica tambem um entusiasmo aqui
e agora naquilo que se est fazendo(para agradar a Deus) flue
corresponde ao que hoje e m dia chamamos de "a graa do m o
mento p r e s e n t e 1
.' Longe de ter u m sentido de pura passividade,
"distacco" quer significar o ativo e total envolvimento nos
so em relao para com cada momento da nossa vida,da forma
como ele vem a ns ou nos acontece,ou atravs do qual esta
mos fazendo alguma coisa,tudo visto como tendo vindo da par
te de Deus como u m dom seu.Se existe neste caso alguma in
diferena,tal indiferena pr ov m do fato que para todas^as
coisas,ou para tudo que acontecer haver a mesma entusias-
tica recepo (enquanto que,venha o que vier,sempre ser um
presente do Deus que se ama) indiscrimi nad ame nte ,ou se se
prefere.indiferentemente.
Quando j se atingiu este estgio,est~se em condioes
de se poder tratar da condio final da santidade que e a
uniformidade com a vontade de Deus.Note-se que a palavra
usada uniformidade,e nao c o n f orm ida de,a qual j implica
ria num contedo que poderia sugerir que nao se esta acei
tando por amor,mas talvez porque nao h outro jeito.
164
liar os inimigos;um terceiro que possui um gnio spero a
coloca em fazer p e n i t e n c i a s ,em sofrer maceraoes ou na dure
za da vida;um quarto de temperamento muito li b e r a l ,afirma
que ela consiste em se dar esmolas;um quinto por sua vez vai
dizer que ela consiste em fazer muitas oraoes vocais;um
sexto dira que ela depende de se fazer romarias aos santu
r i o s ^ cada qual deles faz consistir toda a sua santidade
so naquele ponto que escolheram e que preferem.
F. 0 REALISMO ESPIRITUAL DE A F O N S O .
165
a) O Sofrimento.
b) A Desolao (Cap.17).
166
que ele esta falando baseado em sua experiencia pessoal.Ele
es c r e v e :
167
no nvel psicologico-emotivo dos senti men tos ,mesmo assim no
nvel da vontade a pessoa nao deve se desesperar.Afonso m u i
tas vezes repete que todos estes pensamentos e sentimentos
sao de fato involuntrios para a alma que nao perdeu sua
opao fundamental por Deus e deseja continuar amando a Deus
acontea o que acontecer.
0 Remdio.
168
questa infermita'.'
Um teste prtico.
169
DIFUSO DAS OBRAS DE SANTO AFONSO AT 1932
170
SEGUNDA
PARTE
CRESCIMENTO
E EXPANSO
INTERNACIONAL
C A P T U L O IX
172
Uma grande consolaao que Afonso teve durante estes
ltimos anos foi a noticia que transpirou de Roma que um ro
busto estrangeiro de ascendencia Checo-Germanica havia en
trado para a Congregaao e estava fazendo o noviciado nas
casas existentes nos Estados Pontifcios.No ano de 1788,ape
nas dois anos antes da morte de Afonso,este homem,que nao
era outro senao Clemente Hofbauer,faria sua profisso per
ptua na Congregaao e iria levar a C.SS.R. para alem dos
Alpes e pelo sculo XIX adentro.
a) O Anbiente Poltico-Social.
A a s c e n s a o de N a p o l e a o B o n a p a r t e (1769-1821) ao p o d e r
e m 1799 r e p r e s e n t a v a a v i r a d a de p a g i n a que i n t r o d u z i u o
m u n d o o ci den tal no n ovo s c u l o .T e r m i n a r a m os ho r r o r e s do Re
p u b l i c a n i s m o francs sob a e g i de d a g u e r r a civil e do a r b
trio da pop ula a ( 1 7 9 2 ) e o Reino do Ter r o r de R o b e s p i e r r e
(1793).(0 V ene r v e l Pe . P a s s e r a t foi u m d e s e r t o r e m tempo de
gu erra dos e xrcitos r e p u b l i c a n o s ,pelo c omeo d es sa d e c a d a ) .
N a p ol eao rec e b e u os Estados P o nti fc ios como legado,o que de
fato foi b e m mais uma rap ina do que u m l e g a d o ,levand o-s e em
conta que os Estados Po ntifcios t inh a m sido invadidos p e
las tropas francesas em 1796.
173
Mais ao leste,a Polnia,o novo lar da C . S S . R . ,acabava
de ser retalhada em tres partes pela Rssia,Prssia e As-
tria,em 1795.
174
Clemente nasceu na Mor-
via.Seu pai,um Dvorak^era na
tural da Bomia e sua mae era
de origem alema.Nascido em
1751,teve uma juventude em n a
da diferente dos rapazes de
sua terra.Aps a morte de seu
pai,passou a trabalhar aprai-
dendo o ofcio de padeiro.Mas
com a idade de 18 anos sucum
biu ao hereditrio desejo do
Alemao-Checo de levar uma v i
da errante de andarilho que
anualmente leva milhares de
alemaes a deslocar-se para a
Itlia.Tornou-se um peregri
no da Santa Cidade de Roma.
Nao uma,mas tres vezes,fez a
viag em at Roma passando pe
los Alpes,e tudo isto a p.
Foi durante a segunda vi age m
que ele tornou-se eremita de
SO CLEMENTE HOFBAUER u ma forma oficial,obtendo a
permisso do bispo do lugar
para assim viver na cidadezinha italiana de T i v o l i .Sai compa
nheiro nesta viag em e tambm de eremitrio era u m seu jovem
amigo chamado Peter Kunzmann,o qual mais tarde iria tornar-
se o primeiro irmo leigo da parte transalpina da Congrega
o.Sua v ida de eremita nao durou muito tempo,embora dali
at ao fim de seus anos,Clemente conservasse a nostalgia da
paz,da tranqilidade e da oportunidade de oraao em plenitu
de que gozou,quando retirado em T i v o l i ,na pequena igreja que
o Bi spo havia entregue aos cuidados dos eremitas.
Durante sua terceira peregrinaao a Roma,seu compa
nheiro era um outro jovem chamado Tadeu Hbl. Ambos assisti
ram a mi ssa na igreja de Sao Juliao que era cuidada pelos
redentoristas e l conversaram com o Padre Landi C.SS.R.
Clemente decidiu de imediato que Deus o estava chamando v e r
dadeiramente ,a entrar para o novo instituto missionario.An
teriormente ,j era seu pensamento se encaminhar para a vid a
sacerdotal,e de fato,j havia feito alguns estudos teologicos
em sua ptria.
0 Pe.de Paola que era o Superior Geral da C.SS.R.exis-
175
tente nos Estados Pontifcios era u m homem que achava que
se deve malhar o ferro enquanto ainda est quente.Aceitou
os dois imediatamente como novios e os enviou para Frosincr
ne onde estava o Noviciado daquela parte da Congregaao,e
j a no proximo ano recebeu seus votos.Neste mesmo ano de 1785
ambos foram ordenados sacerdotes.Deste momento em diante a
vida de Hofbauer mais parece um dirio de viajante..,
1786 - Viena.
1787 - Varsvia.
1802 - Jestetten.
1803 - Roma.
1805 - Triberg.
1805 - Babenhausen.
1808 - V i e n a .
1818 - Valsainte.
1819 - Viena.
176
restritivas a instalaao e ao apostolado de uma Congregaao
Religiosa.Tais legislaes proibiam o tipo de pregaao de
misses e de trabalho missionrio com o qual a Congregaao
Redentorista estava id ent i f i c a d a ,fazendo-se necessrio que
Clemente adaptasse seu trabalho a novas formas de apostola
do que certamente Santo Afonso nao tinha em mente quando
fundou a C.SS.R.
177
alguns,mas antes vejamos uma lista do que Clemente e seu
grupo de pioneiros realizaram na regio transalpina da Eu ro
pa:
1. Tomar conta de p a r o q u i a s :S .Benno em Varsvia.
178
e nela viveu.
179
lho em paroquias,ou por uma situaao permanente de se dedi
car a dar a u l a s , e t c . ..,afirmando que se trata de u m traba
lho plenamente em harmonia com o esprito de S .C l e m e n t e ,em
bora reconheam que isso discorde das intenes de Santo A-
fo n s o .
180
do norte,do autentico esprito e das tradies da Congrega
ao .
tambm verdade historicamente c o m p r o v a d a ,que Clemen
te em pessoa escreveu uma assim chamada "Regra" para seus
conventos existentes na Sua e na Baviera,na qual o captu
lo que trata dos trabalhos apostlicos diferente do mesmo
captulo tal como se encontra na Regra aprovada pelo Papa
Bento XIV.A parte que trata do regulamento interno na vida
do dia-a-dia,concorda plenamente com a mesma parte na regra
usada pelos primitivos membros no Reino de Npoles.A assim
chamada "regra" de Sao Clemente tambm diferente da Re
gra aprovada por Roma,na questo da pobr eza .0 problema que
tanto Clemente como o padre Passerat sempre sentiram difi
culdade em aceitar a deciso aprovada no Captulo Geral de
1802 que permitiu a existncia de u m peclio,isto ,a pe r
misso de os membros da Congregaao poder em usar os juros do
capital,que porventura possussem,permitindo uma espcie de
acumulaao ou capitalizaao desses juros,ou mesmo,a autori-
zaao para que cada congregado pudesse usar de uma certa
q u a n t i a ,conforme seu gosto ou interesse particular.Hofbauer
e Passerat pr eferiam o que estava prescrito na verso da Re
gra de Crostarosa que e mais severa neste ponto.
181
e regalista que pr ejudicavam a comunicaao com seus superio
res do sul e alem disso,havia mais a barreira de uma lngua
diferente da italiana impedindo que os textos italianos fos
sem usados diretamente ao norte dos Alpes.Alem do mais,em
suas negociaoes e "licenas" com os governos anti-romanos
do norte,ele nunca poderia apresentar u m regulamento ou "re
gra" que mesmo traduzida para o alemao iria denunciar sua
origem italiana e ele veria se fecharem diante dele as por
tas para a Congregaao ter permisso de existir para alm
dos Alpes.Tais governos p recisavam continuar pensando que
se tratava de uma Congregaao fundada na Astria,ou Alemanha,
e para isso a "Regra de S.Clemente" servia muito bem...
De qualquer forma,tal "Regra" certamente jamais foi "promul
gada" como sendo a regra para os congregados que vi via m ao
norte dos Alpes,a qual teria sido feita para substituir a
que tinha vigncia na Itlia;alguns dos que viveram na Con
gregaao ao norte dos Alpes jamais chegaram a saber que ela
existia,quanto mais a teriam visto... Ela nunca foi conside
rada como sendo uma Regra no estrito sentido jurxdico-can-
nico do termo.
182
A tudo isto acrescente-se o fato que Clemente em pessoa di-
cidiu fechar sua fundaao de Valsainte pela razao explcita
que o local nao era apropriado para uma Congregaao Mission
ria.Mais tarde encontramos o prprio Clemente pregando m is
ses na zona rural ao redor de Babenhausen;para sermos exa
tos,foram cinco misses que ele pregou na regio.Alm disso,
foi Clemente quem decidiu e enviou missionrios para um lu
gar tao afastado como Bucarest,para l pregarem misses.
Alem dessas evidencias aqui citadas o leitor atento encon
trara outras que vao na mesma direo,as quais nos dispensa
remos de citar aqui porque j estao relatadas em outros pon
tos deste captulo e noutros lugares desta obra.Ser um bo m
exerccio encontra-las.
183
c) 0 Trabalho missionrio na Regio Transalpina.
184
contemporneos o per c e b e r a m .
185
para ele resolver por si mesmo tudo que
aparecesse pela frente com essas p a l a
vras: "per tutte le cose possibili'.' Es
tava pois entregue a autoridade e r es
ponsabilidade de Clemente decidir que
tipo de apostolado podi e devia ser re
alizado.
186
Dentro de cinco anos apos a morte de Clemente,a prega
ao de misses no sentido tradicional do te r m o , i . . ,na for
ma que era tradicional na Congregaao p r i m i t i v a m e n t e ,come
ou a florescer nas regies tra nsa lpi nas .
187
"tradicional".Com esta expresso queramos aludir ao estilo
de pregar como era feito costumeiramente pelos primeiros
congregados do Instituto em Npoles,tal como fora projetado
por Afonso,e que depois foi transportado para alm dos Al
pes .
As caractersticas essenciais da "misso tradicional"
tal como era pregada pelos padres napolitanos e que o padre
Springer transplantou para o norte eram:
1. Um estilo de pregar que pendia para o dramtico.
2. Um contedo de pregaao cujo tema principal eram
as verdades eternas.
3. Sua finalidade era levar a uma converso radical
ou fundamental.
4. 0 cultivo de uma dedicaao missionria ao atendi
mento das confissoes,i.e., estar sempre em dispo
nibilidade para atender ao povo,e fazer atravs da
misso uma promoo da recepo do sacramento da
Reconciliaao.
5. Levar para a comunidade o benefcio de uma recon
ciliaao crista das inimizades,e a aceitaao mutua
e vida de paz e amizade entre os visinhos.
6 . Providenciar a continuidade dos frutos da misso,
ou seja,garantir sua perseverana atravs de uma
"Renovaao" oficial da prpria misso e pela insta-
laao de confrarias e associaoes piedosas.
Que este sistema deu certo,e obvio se olharmos para
as multides que freqentaram essas misses tanto na Europa
como nos Estados Unidos da Amrica.
No referente aos outros "exerccios espirituais" que os pa
dres napolitanos apresentaram como tambem fazendo parte da
misso com a inteno de serem meios de formaao de lideran
a e de perseverana,i. .,os retiros pregados separadamente
para as monjas e freiras,para os padres,para os nobres,etc,
nao foi possvel fazer desde o comeo,devido as dimenses
dos conventos transalpinos que nao haviam sido construdos
para isso,como os de Npoles.Neles nao havia espao para
que pudessem acolher grupos de retirantes.Tal trabalho co
meou a ser feito no norte,s mais tarde quando se organizou
um apostolado especializado de pregaao de retiros e se cons-
truiram para isso as Casas de Retiro.
1?R
d) 0 novo Vigrio Geral para a Regio Transalpina:
O Pe.Jos Armando Passerat (1772-1858).
Jos Passerat
nasceu em Joinville,na
Frana em 1772.Fez seus
primeiros estudos na es
cola mantida por uma A-
badia Beneditina das
proximidades de sua ca
sa.Em 1788 entrou no se
minrio diocesano de
Chalons sur Marne.Foium
bom estudante.Durante
este tempo nele desabro-
chou uma vocaao de poe
ta que ele cultivou por
esta poca.Entretanto,a
situaao na Frana dete-
riorava-se assustadora
mente a partir da Revo
luo de 1789.
A ultima dcada
daquele sculo,com o Re
publicanismo e com as li
deranas de Danton(1759-
1794),Marat(1743-1793)e
Robespierre (1758-1794) ,
Pe. JO S AR M A N D O ~ ' ..
' Pa's inteiro^transf or-
P A S S E R A T (1772-1858) mou-se num cenrio de
desordem catica e de
crueldade sanguinolenta.Passerat nao tinha simpatia pelas
idias republicanas e durante esses anos de perseguiees,e^
le acabou se encontrando na priso,por motivos polticos.Lo
go aps ter ficado livre dela,foi recrutado no exrcito da
RepubliCa e rapidamente foi promovido a comandante de esqua-
drao.Detestando interiormente a causa pela qual tinha que
lutar,Passerat achou que antes devia seguir sua conscincia
e por isso tornou-se um desertor em tempo de guerra.Como ele
realizou sua deciso bastante interessante.Simplesmente
guiou seu esquadrao para bem perto do limite com as linhas
de frente alemase entao,durante certa noite,dando um passeio
189
pela floresta,atravessou para o outro lado e pronto:L esta
va um desertor.As tropas alemas o prenderam,mas percebendo
suas idias tao contrrias a causa da Republica,logo o dei
xaram em liberdade.
Depois dessa faanha,sendo que ele nao poderia voltar
a Frana aonde seria imediatamente fuzilado,tornou-se um se
minarista errante,tentando encontrar um lugar onde pudesse
terminar seus estudos teolgicos do jeito que lhe fosse pos
svel.Foi assim que ele passou por Namur,Mnster,Wrzburg,
Augsburg e finalmente Varsovia em 1796.
Foi Clemente que o aceitou na Congregaao e ele pas
sou a pertencer a comunidade de S.Benno onde fez seu novi
ciado. Dentro de um ano o mesmo Clemente recebeu seus votos
como redentorista.
0 primeiro dos muitos problemas que Passerat teve que
enfrentar na Congregaao foi que ele nao conhecia bem nem o
alemao nem o polons,as duas lnguas indispensveis para po^
der trabalhar no apostolado de S.Benno e por isso,nos seis
anos seguintes seu trabalho principal foi ser professor de
Teologia,e mestre de novios.Nenhum desses dois cargos che
gava a ser estafante,pois os novios ainda eram poucos e as
vezes nao havia nenhum;no seu cargo de professor de teolo
gia a situaao era a mesma.Finalmente com a fundaao de Jes-
tetten,foi aberto um largo caminho para ele poder exercer o
seu zelo pastoral.Jestetten estava estrategicamente situado
quase no ponto de encontro das fronteiras da Frana,Alemanha
e Sua e o francs era uma das lnguas ali faladas.Passe-
rat l chegou em 1803 com trs clrigos estudantes.Atravs
dos dezesete anos seguintes,Passerat e seu punhado de novi
os e clrigos viveu peregrinando como cigano atravs da
Sua e da Baviera em busca de um lugar onde pudesse esta
belecer de forma permanente a casa de formaao para a parte
transalpina da Congregaao.
Na maioria dos lugares desta regio ainda nao havia ambien
te de suficiente liberdade para ele poder se dedicar a um
trabalho apostlico absorvente e com isto lhe sobrava tempo
abundantemente para que pudesse desenvolver o seu maior ca
risma - a oraao e a contemplaao.
Sua maior contribuio para a vida da C.SS.R. foi a sua ver
dadeira paixao pela vida interior.Seus confrades costumavam
chama-lo de "0 Mestre da Vida Interior" e o prprio Clemente
deu-lhe o ttulo de "0 Grande Rezador'.' Uma vez anunciando
190
aos seus confrades em Viena que o padre Passerat estava pa
ra chegar 1a,Clemente falou assim:"Est para chegar aqui o
grande rezador,e ele vai nos ensinar a todos como se deve
rezar1
.'
No ano de 1820,aps a morte de Clemente,e segundo o
seu desejo,Passerat foi nomeado Vigrio Geral para toda a
regio transalpina da Congregao.Muitas coisas haviam acon
tecido na Itlia,desde que o Pe.de Paola havia nomeado Cle
mente como Vigrio Geral para a regio transalpina no ento
ja remoto ano de 1788.Apenas passando-se por cima dos fatos,
as casas romanas e napolitanas nao estavam mais divididas
entre si,h tempo;h bem tempo nao havia mais dois superio
res gerais.A reunificaao deu-se por 1791 e o Padre Pedro
Paulo Blasucci(1729-1817) tinha si
do eleito como unico Superior Ge
ral no Captulo de 1793.Este Ca
ptulo fez uma referncia a Cle
mente como sendo o seu "legado"
para a regio transalpina.Nao obs
tante, sua funao e autoridade con
tinuaram sendo as mesmas de antes
como Vigrio Geral com plenos po
deres "per tutte le cose possibi-
1iV Clemente,por sua vez,j havia
nomeado Passerat como seu prprio
Vigrio Geral para as fundaes da
Sua e Baviera,uma vez que a dis
tancia entre esta regio e Viena
onde Clemente entao se encontrava
tornava a comunicaao rpida ou a
Pe. PE D R O PAU LO BLA SU C CI consulta pessoal praticamente im
ps sveis.
Contudo,com a morte de Clemente,impunha-se a necessi
dade de se nomear um novo Vigrio Geral para a regio trans
alpina,e a escolha caiu logicamente sobre Passerat.Seus po
deres ,entretanto ,passaram a ser um pouco mais controlados
do que a ampla licenade que,em seu tempo,Clemente gozava.
0 documento de sua nomeaao continha uma limitaao importan
te de sua autoridade:Passerat nao somente devia informar o
Superior Maior em Pagani das decises que tomasse para a re
gio ao norte dos Alpes como tambem precisava receber a ne
cessria aprovaao para tais decises antes de po-las em
pratica.Clemente jamais teve que se preocupar com isso,nem
191
teve que enfrentar os dissabores que isto iria causar ao
padre Passerat.Realmente^esta limitaao de seus poderes era
a coisa mais aborrecida e mais sem jeito de ser posta em pr
tica.Q governo austraco,com seu regalismo e anti-romanismo
jamais iria reconhecer e permitir a existencia de uma Congre
gaao ou Instituto que tivesse seu quartel-general fora de
suas fronteiras,quanto mais nas vizinhanas de Roma.O gover
no da Astria havia dado a permisso para a existencia de um
uma Congregaao Austraca autonoma (era o que eles pensavanj)
com o padre Passerat como seu Superior.
Na pratica,Passerat,mesmo que nao houvesse tal limita-
ao,sempre achou toda a burocracia de uma administraao de
governo,nao apenas como algo difcil,mas como uma coisa ab
solutamente confusa e desconcertante.Sendo um contemplativo
nato,e alm disso com sua visao de poeta,ele absolutamente
nunca foi capaz de aprender a enfrentar os meandros das ma
nobras polticas e burocrticas para poder lidar com as au
toridades .Este problema existia para ele j em mbito local;
o que dizer entao em nvel nacional ou internacional.
Outro motivo porque lhe foi penoso exercer seu governo era
a vastidao territorial sob sua jurisdio.Esta dificuldade
passou a ser uma tarefa claramente impossvel quando sua au
toridade se estendeu para alm do oceano at seus sditos
que estavam trabalhando nos Estados Unidos da Amrica.Alm
disso,os homens sob seu comando provinham de quase todos os
pases existentes na Europa e de todas as etnias e origens
historico-socio-culturais diferentes.Alguns achavam-se mes
mo divididos entre si por esses motivos de fundo histrico-
poltico dependentes do passado e das guerras entre suas p
trias.Era mais que claro que algo precisava ser feito a res
peito da vastidao territorial que sua autoridade abrangia,
para que os canais competentes de comando funcionassem.
0 prprio Passerat comeou a tratar de uma reestrutu-
raao do aspecto administrativo de todo o ramo transalpno
da Congregaao.Enviou o diplomtico padre Springer novamen
te a Pagani,para desta vez conseguir todos os documentos
autnticos relativos as estruturas de governo interno vigen
tes na C.SS.R. e tambem para ouvir o parecer dos confrades
italianos a este respeito.0 ltimo objetivo de Springer era
consultar o Superior Geral,entao o Pe.Cocle (1783-1857),pa
ra esclarecer e definir melhor tudo a respeito da situaao
do Vigrio Geral para a regio transalpina.
Entretanto,quando Springer estava no meio dessa sua
192
Pe. CELESTIN O M A R IA
COCLE Pe. G IAN CAM ILLO R IP O L I
193
Durante a dcada que decorreu entre 1830 e 1840,a con
fuso no sistema de governo na regio transalpina aumentou
muito.Os confrades que ali residiam recebiam ordens e licen
as que eram emitidas ora por Pagani,ora provinham de Viena,
nem sempre coincidentes.Chegou-se finalmente embaraosa e
perplexa situao de o Pe.Passerat fazer a nomeaao de um
Superior para determinado convento e chegar de Pagani a no
meao de um outro confrade para o mesmo posto,ao mesmo tan-
P*
A canonizaao de Santo Afonso,realizada em Roma em
1839 acabou sendo uma oportunidade ideal para que os que es-
tavam governando a regio transalpina da Congregaao apro-_
veitassem para novamente colocar sobre a mesa toda a questaa
Passerat juntamente com o impres
a
sionante Pe.De Held(1799-1881),um
grande missionrio da Blgica,procu
raram tratar do assunto e depois das
solenidades mantiveram uma srie de
encontros com o Superior Geral e seus
Consultores.0 resultado disso tudo
foi que acabou acontecendo a primeira
Visita Cannica do Governo Geral
sede do Vicariato Geral transalpino
em Viena; mas depois,nao aconteceu
mais nada,e nada foi decidido ou mo
dificado.
194
entao,o padre Ripoli manifestou uma oposio grantica a i-
deia de dividir a Congregaao em provncias.
Diante disso,uma vez que as coisas nao podiam mais continmr
como estavam,Smetana e De Held submeteram o assunto ao jul
gamento da Santa Se.
Em 1841 a Congregaao dos Bispos e dos Religiosos man
dou que se fizesse a diviso da Congregao em Provncias,
na parte que estava sob a jurisdio do Vigrio Geral trans-
alpino.O Vigrio Geral passou a ter poderes praticamente i-
guais aos do Superior Geral.Apenas no tinha autoridade pa
ra fundar novas provncias sem permisso da Santa Se e mais
algumas restries de pequena importncia.A Santa Se tambm
decidiu em favor do pedido de Smetana a questo do Captulo
Geral e mandou que fosse convocado um Captulo Geral onde
todas as provncias estivessem legitimamente representadas,
e isto "tao cedo quanto possvel".Este Captulo no chegou
a ser convocado pelo Superior Geral de Npoles.
Esta foi a tortuosa origem da criao das primeiras
seis provncias da C.SS.R.,a saber:
1. Provncia Romana.
2. Provncia Napolitana.
3. Provncia Siciliana.
4. Provncia Austraca.
5. Provncia Belgo-Holandesa
6. Provncia Sua(Helvtica).
195
asse um novo Vigrio Geral transalpino mas simplesmente fi
zesse a nomeaao de um Provincial para a Provncia Austra
ca. Isto teria unificado todas as seis Provncias diretamen
te sob as ordens de um nico Superior Geral em Pagani.
Um segundo pedido que fizeram era que o Governo Geral
da Congregao fosse transferido de Pagani para Roma.Faziam
tambem uma sugesto a respeito dos membros do Conselho Ge
ral: que dos seis consultores,trs fossem elementos origin
rios da regio transalpina e trs provenientes das Provn
cias italianas.Como os padres italianos no se interessas:
sem em facilitar as coisas,todas as questes acabaram sendo
encaminhadas a Santa Se para que esta decidisse a respeito.
O.Pe.Deschamps (1810-1883),futuro
Arcebispo e Cardeal de Malines om
sua eloqncia e sua grande habi
lidade diplomtica foi o instru -
mento usado desta vez pelos con -
frades transalpinos para consegui
rem da Santa Se a aprovaao de to
dos esses trs quesitos.
Em conseqncia,o Pe.Trapanese
(1801-1856) ,Superior Geral na oca-
siao,fez a mudana do Governo Ge
ral de Pagani para Roma onde o ins_
talou,em 1852 em Monterone.
Para se ter uma idia de como o re-
galismo complicava a vida da Igre-
Pe. V IT O R A U G U STO IS ID O - ja,veja-se o que aconteceu: 0 Rei
R O D E SC H A M PS de Npoles manifestou-se contrrio
deciso da Santa S,de transfe
rir o Governo Geral da Congregaao para Roma.Como o Pe.Tra
panese obedecesse assim mesmo a ordem da Santa Se,foi des
terrado pelo Rei...e na condio de exilado veio a falecer
em Roma em 1856,quando h trs anos j havia deixado o car
go' de Superior Geral.
Entretanto,antes que esta transferencia viesse de fa
to a acontecer,em 1850,o Vicariato Transalpino foi reativa
do pela Santa S que deu ao Vigrio Geral Transalpino pode
res plenos e diretos de governar este ramo da Congregaao,
sem que tal poder tivesse que passar ou pudesse ser limita
do pelo Superior Geral redidente em Pagani.0 Vigrio Geral
dependia segundo o decreto,diretamente da Congregaao dos
Bispos e dos Religiosos em Roma.Pode-se suspeitar que houve
196
maquinaes de natureza poltica
acontecidas "por baixo do pano" e
que deram origem a esta estranha
diviso de poderes.Imagine-se de
outro lado o desapontamento dos
confrades italianos ao tomarem co
nhecimento do fato consumado.De fa
to,isto equivaleu a uma diviso da
Congregaao em duas,apos trs anos
somente de uniao e de relativa har
monia.
197
da Divina Providencia ao novo Instituto Missionrio.Sua m
tua complementariedade foi algo de extraordinario.
Clemente sempre acentuava e puxava para o rumo do ar
postolado missionrio. - 0 lado forte de Passerat era sua
enfase na vida interior.
Clemente era inovador e at levado a ser temerrio:Um
aproveitador de oportunidades do jeito como elas apareciam
no dia-a-dia da existncia. - Passerat,com seu passado de
chefe militar era metdico e inclinado ao legalismo,ao exa
to cumprimento de ordens e determinaes.
A vivncia asctica de Clemente surgiu de sua prpria
atividade apostlica. - Passerat estava mais na linha tradi
cional ,cultivando uma vivncia asctica de cunho penitencial;
uma viso asctica dada ao jejum, mortificaao e coisas se
melhantes .
Num certo sentido que muito real,os dois foram uma
recapitulaao,em suas prprias vidas,daquela mesma proble
mtica que Falcia-Crostarosa e Afonso tiveram que enfren
tar e resolver,i..,como conciliar uma vida ativa e uma vida
contemplativa num Instituto essencialmente Missionrio.
Cada um desses dois homens deu sua grande contribui
o com o mximo que eles tinham para oferecer a Congrega -
ao,de seus carismas e talntosjde sua parte,a Congregaao
tirou um proveito inaprecivel dos talentos de ambos.
199
C A P T U L O X
200
Estiveram pois presentes ao Captulo Geral de 1855 as
seguintes Provncias:
201
Seu estilo autoritrio,somado a seu magnetismo pes
s oa l ^ alm disso uma pertinaz determinao de chegar onde
queria,fizeram as coisas funcionar:Problemas que haviam fi
cado pendentes no passado por muitos anos,acabaram sendo en
caminhados e resolvidos.A unidade da Congregaao que fora
rompida pelos desentendimentos internos e complicadas intro-
missoes do regalismo,foi recuperada e em consequencia,a a-
ceitao e o prestgio da C.SS.R.,tanto no crculo da Cria
Romana como tambem em todo o mundo aumentou imensamente gra
as a singular dedicaao deste homem.
202
das circunstncias.A Regra aprovada pela Santa S foi menos
precisa na questo dos rendimentos.A situao ficou menos
clara^ainda,com os acrscimos que o Capftulo Geral de 1764
apos a destinaao dos rendimentos.
Santo Afonso previu a dificuldade e o desvio que da
poderia advir no futuro.Nao podendo ir contra a vontade do
Capitulo,nada fez diretamente,mas tentou evitar tais incon
venientes pedindo a seu substituto (pois j era bispo de
Sant'Agata) o Pe.Andr Villani(1706-1792) que redigisse nor
mas praticas que interpretassem corretamente o que fora le
gislado. Villani assim o fez,mas suas normas nao foram obser
vadas .
No Capitulo Geral de 1802,entretanto foi dado um pas
so a mais,permitindo aos congregados a acumulaao dos seus
rendimentos.Sao Clemente,em carta enviada de Varsovia,re
clamou veementemente contra esta modificao.Tal mudana
nunca chegou a ser aceita pelos transalpinos que posterior
mente conseguiram at um rescrito da Santa S isentando-os
de observar o que fora decidido neste Captulo em matria
de pobreza.
Entre eles,duvidava-se da prpria validade das modifi-
caoes introduzidas pelo Captulo Geral de 1802.Questiona
vam se um Capitulo Geral tinha autoridade para introduzir
mudanas de tal importncia no texto aprovado pela Santa S.
Entretanto,os textos de 1749 e 1764 adotados pelos
transalpinos tambm se prestavam a mais de uma interpreta-
ao... Seria longo enumerar as vrias tentativas que foram
feitas por Clemente,Passerat,Smetana e Mauron para definir
estas imprecises em suas consultas Sagrada Congregao
dos Bispos e Religiosos.(Cfr.Pejska,Joseph,Jus Sacrum CSSR.pg.
144-161).
Somente a pertinacia de Mauron e sua amizade pessoal
com o Papa Pio IX conseguiram encaminhar a questo.Com a
influencia de que gozava,conseguiu que o Papa avocasse a si
a deciso do caso(retirando-o da repartiao competente da
Curia Romana) e finalmente surgiu o decreto pontifcio que
dirimia a questo em 6 de junho de 1860.Tal decreto,vlido
para os transalpinos estendeu-se a toda a Congregao quando
da reunificaao em 1869.
Assim mesmo,ainda restou alguma indefinio no texto
do referido decreto.Tal dvida s foi dirimida posterior
mente pelo Captulo Geral de 1909 e confirmada pelo decreto
203
da Sagrada Congregaao dos Religiosos de 31 de agosto do
mesmo ano.Para evitar que toda a histria viesse a recome
ar,o prprio decreto retira aos Captulos Gerais a facul
dade de mudar ou reinterpretar o que nele vem estabelecida ..
Com isso,voltou-se senao letra,certamente ao esprito da
Regra primitiva,e foi eliminada do texto da Regra a incmo
da formulaao que se prestava a interpretaes as quais tan
to se opuseram Clemente,Passerat,de Held e muitos outros
eminentes congregados do ramo transalpino.
204
3) Seria um grande golpe contra o Jansenismo
ainda ativo na Igreja.
0 Papa Gregrio XVI (1765 - Pp .1831-1846) que havia
celebrado a Canonizaao de Afonso,apesar da grande estima
que pessoalmente alimentava pela ortodoxia e universalidade
de sua doutrina (as duas qualidades requeridas para que al
gum seja declarado Doutor da Igreja,ambas j constantes na
prpria Bula de Canonizaao),era pessoalmente contra a con
cesso de mais este titulo,tao pouco tempo apos a canoniza
ao. 0 prprio Superior Geral dos Redentoristas,na epoca o P e .
Ripoli,parece que compartilhava da mesma opinio.
Entretanto pela Europa afora e nos Estados Unidos da
Amrica havia outros elementos de peso e influencia da Con
gregaao que estavam levando avante a idia do Doutorado.Um
deles era o muito influente Pe.de Held,embora em sua regio,
a Blgica,a maioria dos bispos pensasse que tal declaraao
era prematura.Na Frana,boa parte do clero e alguns bispos,
nao eram entusisticos seguidores dos ensinamentos de Afon
so,devido a sua intransigente posio de combate ao Janse
nismo e ao Galicanismo franceses.Apesar disso tudo,por oca-
siao da morte de Mautone j havia chegado uma centena de
respostas de bispos favoraveis a declaraao do Doutorado.Em
cinqenta por cento dos casos,tratava-se de bispos italia
nos.Com o falecimento de Mautone,a propagaao da idia arre
feceu e o assunto passou a ser cozinhado em fogo lento.
Todavia,trinta anos aps a Canonizaao de Afonso,gra
as ampla divulgaao e aceitaao de suas obras e de um es
foro bem coordenado de divulgaao de sua Theologia Moralis,
ele era muito mais conhecido.0 prprio Mauron achava que
Mautone havia se precipitado.Afinal,em 18 sculos de vida
da Igreja,at entao apenas dezessete santos eminentes por
sua doutrina haviam sido declarados oficialmente Doutores
da Igreja sendo que alguns s receberam tal distino vri
os sculos aps sua morte e canonizaao.
De fato,houve todo um conjunto favorvel de circuns
tncias e convenincias que levaram a declaraao,em tempo
recorde,do Doutorado de Afonso.
Alm do prestgio pessoal de que Mauron gozava peran
te a Santa S,de sua amizade com Pio IX (o qual vrias ve
zes o convocou para consultas sobre assuntos importantes de
governo da Igreja) e da simpatia de que gozava da parte de
205
grande numero de bispos,ainda havia o modo bem sucedido com
que Mauron vinha governando a Congregaao aps o trauma da
diviso da mesma com todas as suas conseqncias.
Outra circunstncia favorvel declarao do Douto
rado de Afonso foi a convocaao dos bispos de todo o mundo
para participarem do Concilio Vaticano I. Isto facilitou
grandemente o contato dos promotores da causa com todos eles,
A esta circunstncia acrescente-se a benevolncia com que
os bispos reunidos no Concilio que definiu a Infalibilidade
do Papa viam o pedido de declaraao de Doutor da Igreja pa
ra aquele que fora um dos maiores e mais dedicados defenso
res da Infalibilidade e Autoridade do Sumo Pontfice,tendo
por causa disto entrado em contenda com o Regalismo,o Gali-
canismo,o Jansenismo e o Febronianismo,tendncias ainda ati
vas ao tempo do Concilio Vaticano I.
Os promotores da causa viam ainda outras conveniencias
parada Congregaao;A declaraao do Doutorado de Afonso iria
tambem ajudar a consolidar a reunificaao da Congregao re
centemente conseguida por Mauron.Alm disto,o Doutorado para
Afonso seria uma defesa altura da originalidade do seu
pensamento e doutrina contra os ataques de seus opositores e
detratores da epoca,entre os quais se encontrava o famoso
jesuta Pe.Antonio Ballerini(1805-1881) professor de Teolo
gia Moral por muitos anos na Universidade Gregoriana.
Com a coleta de assinaturas feita durante o Concilio
Vaticano I e no Concilio Plenrio da Igreja dos Estados Uni
dos da Amrica,realizado em Baltimore - onde os bispos do
Novo Mundo se mostraram bem mais leais em tudo ao Papa do
que varios dos seus colegas eurpeus - mais as assinaturas
que chegaram da Inglaterra e da Alemanha,o total de peties
favoraveis a declaraao do Doutorado para Afonso subiu para
728 da parte de bispos e 75 de Superiores Maiores de Ordens
e Congregaoes Religiosas.Assim foi que o Papa Pio IX,pes
soalmente um admirador de Afonso,assinou o documento que de
clarava Afonso "Doutor da Igreja Universal'.'
0 ano de 1872 representou o comeo de um novo prest
gio tanto para Santo Afonso,como para sua Congregaao.A Bula
de Pio IX que comunicava a todo o mundo catlico a deciso
de proclamar o Doutorado,publicada em julho de 1871,era um
magnfico elogio do Santo e de sua obra em favor da Igreja.
Nao podemos deixar de transcrever pelo menos um tpico deste
documento:
206
"... ea,quae,tum de Immaculata Sanctae Dei Genitricis
Conceptione,tum de Romani Pontificis ex cathedra do-
centis infalibilitate,...a nobis sanctita sunt,in
Alphonsi operibus reperiuntur,et nitidissime expo-
sita,et validissimis argumentis demons trata'.'
207
nemente intronizado na Igreja de Santo Afonso em Roma em 26
de abril de 1866,
208
Varios dias antes que terminasse,retirou-se desgostoso para
sua diocese,passando a presidencia ao Pe.Villani,seu vice-
gerens desde 1762.
0 Pe.Landi nos conta que Afonso deixou o Captulo de
1764 com um desgosto e desanimo completos por causa das alter
caes que nele aconteceram e devido ao legalismo excessi
vo de seus participantes.Mais tarde,Afonso deixou por escri
to sua opinio sobre este Captulo,criticando-o por ter mul
tiplicado leis e determinaes regulamentares de modo exces
sivo.Entre outras coisas,escreveu:
"Esta multiplicaao de regulamentos e determinaes
pode ser a morte do nosso Instituto'.'
Hoje,se nos perguntssemos se o Captulo Geral de 1855
fez de fato uma corajosa adataao das normas do antigo Cap
tulo de 1764,a resposta histrica tem que ser negativa,ape
sar de a Congregaao em 1855 simplesmente nao ser mais cons
tituda daquele pequeno grupo de italianos de um sculo an
tes . 0 que fica claro o seguinte:Parece que isto aconteceu
porque o governo de Mauron se dedicou muito a observncia
literal da Regra e aprovava a multiplicaao de ulteriores
determinaes segundo o esprito do Captulo de 1764,regula
mentaes essas que provinham de um governo rigoroso e for
temente centralizado.
0 governo de Mauron nao decorreu sem que houvesse uma
"leal oposio": homens que discordavam do seu modo super-
centralizado de governar e de seu estilo autoritrio de im
por decises.Com toda a honestidade temos que reconhecer
que a defesa cerrada de sua autoridade praticada por Mauron
nao era por esprito de vaidade egosta;para ele,era uma
questo de princpio;e o princpio em questo era o tipo
monrquico de governo que deviam existir tanto na Igreja co
mo na Congregaao,da forma como ele as entendia.Entretanto,
como podemos observar pela experincia,a defesa cerrada de
princpios pode desencadear ou acobertar reaes altamente
emocionais,e foi isso que aconteceu vrias vezes durante seu
governo.Para citar so alguns exemplos,parece que nos "casos"
havidos com os Pes.Hcker e Petcherin o apaixonamento no
esteve ausente.Nas duas decises tomadas por Mauron,o moti
vo conscientemente apresentado foi a defesa da autoridade
do Superior Geral.
Pe.Isac Hecker,um norte-americano nato,desejava come
ar o trabalho de pregar misses em lngua inglesa para o
209
povo norte americano em geral.Seus Superiores da regio no
concordavam com isso e queriam no momento continuar com o
apostolado dos emigrantes,o qual era feito em alemao,polo
ns ,etc.Hecker foi pessoalmente tratar do assunto em Roma,
contra a vontade de Mauron,sendo sua viagem paga por pessoas
suas amigas,dos Estados Unidos.Logo de sua chegada,antes de
poder abrir a boca,foi sumariamente expulso da Congregao
pelo prprio Mauron.Hecker apelou Santa Se que deu seu pa
recer favoravel a sua reintegraao na Congregaao.Mauron,
entretanto,foi pessoalmente Santa Se,deixando claro sua
opinio que reintegrar Hecker na Congregaao seria um ultra-
ge autoridade^suprema do Superior Geral.Por fim,foi conse
guida uma soluo de compromisso entre a Santa S e Mauron.
Mauron concedeu a Hecker a dispensa dos votos(em vez de de
cretar sua expulso).Hecker voltou aos Estados Unidos e con
tinuou seu projeto fundando a Congregaao dos Padres Paulis
tas (Paulist Fathers) contando com as benaos e a colabora-
ao direta da Santa Se.
Pe.Wladimir Petcherin era um russo ortodoxo converti
do ao catolicismo,que entrou em nossa Congregao e foi um
de seus fundadores na Inglaterra.Mais tarde pediu licena
para passar para a Ordem dos Cistercienses.Mas Petcherin
caiu em desgraa perante Mauron porque certas formalidades
legais nao haviam sido cumpridas corretamente e por causa
de outras complicaoes que seria longo expor aqui.O resulta
do que Petcherin foi sumariamente expulso da Congregao.
Seu comentrio,ao saber da expulso,nao deixa de ser signi
ficativo .Observou que havia escapado de um regime totalit-
rio (o do Czar) para entrar direto em outro do mesmo calibre
(o de Mauron).
Ja havamos afirmado acima que Mauron foi formado na
escola de Passerat.Com frequencia em seu tempo de governo
foram lembrados os "ultimatuns" de Passerat,todos sempre
baixados em defesa do fiel cumprimento das Regras e Consti
tuioes, como por exemplo a ordem enviada aos que estavam
trabalhando em paroquias:"Ou voltam para a comunidade ou se
ro imediatamente expulsos",ou a sua inequvoca ameaa aos
Superiores da Congregao nos Estados Unidos da Amrica:"Ou
fazem esses homens voltar para a comunidade ou vou chamar
todo o grupo de volta para a Europa'.'
Havia vrios confrades que discordavam de tais formulaoes
asperas e mesmo duvidavam que certas decises tivessem sido
tomadas com senso de justia.Foi este estilo de governar,
210
tanto de Passerat como de Mauron que deixaram descontentes
vrios confrades.Durante o tempo de Mauron os que lhe fize
ram leal oposio foram os Pes.Deschamps,De Held e Hafken-
scheid sobre o qual falaremos mais adiante.
Nos ltimos oito anos de sua vida,Mauron esteve muito
doente.No ano de 1893 apesar de sua alergia pessoal a Cap
tulos Gerais,convocou o que deveria se realizar em 1894.
Antes que este pudesse ser planejado,Mauron veio a falecer
e a tarefa de organizar o maior Captulo da C.SS.R.at aque
le momento,recaiu sobre o Pe.Matias Raus,ento Vigrio Geral
de Mauron.
211
Sua grande alegria foi a publicaao da ediao crtica
de muitas obras de Santo Afonso bem como de documentos do
Santo e da Congregaao.Teve tambm a satisfaao de ver ca
nonizado nosso confrade Sao Geraldo Majela em 1904.Acima de
tudo,porm,sua maior realizaao foi a execuo das direti
vas deixadas pelo Captulo Geral que o elegera.Tudo foi fei
to segundo o seu estilo:metodicamente e passo a passo(em
contraste com os fulminantes decretos de seu predecessor).
As diretivas que fez por em prtica,se referiam ao sistema
de formaao, definio da funao dos Consultores Gerais em
relaao as suas reas respectivas e tambem quanto as normas
sobre a preparaao remota para a futura instalaao de Vice-
Provncias.Tal subdiviso foi decidida no Captulo Geral de
1894.Raus apenas nao conseguiu levar avante uma das decises
aprovadas explicitamente por este Captulo:De a Congregaao
assumir tambm o trabalho de evangelizaao entre os pagaos.
Isto nao foi possvel por causa que os congregados existen
tes estavam sobrecarregados de trabalho nos setores j assu
midos e nao havia ningum que pudesse ser enviado para ini
ciar esta nova frente de apostolado.Matias Raus renunciou a
seu cargo em 1908 devido a sua idade avanada e foi convoca
do um Captulo Geral para o ano seguinte.
212
tinha nada de comum com o prestigio e os talentos de Van
Rossum,ou com a projeo de Kronemburg.Foi ele o Pe.Patrcio
Murray(1865-1959) que antes fora professor no Seminrio e
depois Provincial na Irlanda.Murray,de acordo com a orien
taao dos dois ltimos Captulos,procurou promover com gran
de insistncia a vida interior dos seus sditos e a obser-
vancia das Regras e Constituioes ,fixando-se numa interpre-
taao quase literal delas;o ponto de sua maior insistncia
e vigilancia foi tudo que se refere a pobreza religiosa.A
longa duraao de seu mandato foi acima de tudo marcada pelo
grande crescimento e expansao da Congregaao,em especial na
America do Sul e nas regies do Oceano Pacfico e Indico.
Muitas Provncias e Vice-Provncias foram criadas entre
1909 a 1947,ano em que Murray abdicou de seu cargo.Veremos
esta expansao logo adiante.
Outra diretiva emanada do Captulo Geral de 1909 e en
tregue a execuo do Superior Geral foi a fundaao de uma
"Schola Major",que deveria ser montada em Roma.O projeto
primitivo era de se montar um Curso de Teologia "intra mu
ros" que funcionasse com professores nossos e para os nos
sos alunos,selecionados do mundo todo para tal,dando-se es
pecial atenao a doutrina ensinada por Afonso.Um bem modes
to incio deste projeto foi realizado logo aps o Captulo
e dentro de um ano a principiante "Schola" foi transferida
da Casa Generalicia em San Alfonso para o convento de San
Gioachino,tambm em Roma,onde comeou a se desenvolver em
1910.
0 ano em que aconteceu este Captulo Geral - 1909 -
foi tambm o da Canonizaao de Sao Clemente Maria Hofbauer.
A rapidez com que correram os processos de Canonizaao des
ses tres santos redentoristas,bem como o grande nmero de
redentoristas que foram declarados venerveis pela Santa S
chegou a suscitar reaes de inveja em muitos Institutos
Religiosos.Para os Redentoristas,acho que o fato nao deve
ser motivo para qualquer tipo de triunfalismo,mas antes,um
lembrete que a espiritualidade e estilo de vida que Afonso
nos legou,bem como as sas tradies que foram cultivadas na
sua Congregaao sao tais que puderam,podem e esperanosamen
te o dizemos,podero continuar a produzir homens que fiquem
santos.
As CANONIZAES: Santo Afonso Maria de Liguori:.. 1839
Sao Geraldo Majela:............ 1904
213
Sao Clemente Maria H o f b a u e r ( D v o r a k ) . 1909
e ultimamente,Sao Joao Nepomuceno Neumann:......... 1977
Atualmente esta bem adiantado o processo de beatifica
ao do Ven.Pe.Pedro Donders(1809-1887).Os declarados Vener
veis pela Santa Se sao em nmero de oito,e os chamados Ser
vos de Deus sao dez.Os processos de Canonizaao desses de
zoito confrades estao em diferentes estgios de adiantamen
to. Tres deles j receberam a declaraao de heroicidade das
virtudes.Outros estao na fase de levantamento de documenta-
ao,exame de seus escritos e de sua vida.Em dezesseis casos
o processo diocesano j foi encerrado e dentre eles,vrios
ja estao com o processo em Roma em fase bastante adiantada
e em alguns casos,terminado,faltando entretanto o documento
declaratorio de sua concluso.Alguns j possuem milagres cu
ja autenticidade foi reconhecida pela Santa Se.
Os trs Captulos Gerais que aconteceram durante o
governo de Murray(1909,1921 e 1936) nao introduziram mudan
as significativas na vida e apostolado dos Redentoristas.
0 Captulo de 1921 foi convocado com a finalidade
principal de tratar da adaptaao das Regras e Constituioes
entao vigentes,s normas gerais e especficas para os Reli
giosos,que passavam a vigorar em toda a Igreja com a promul-
gaao do Codigo de Direito Cannico acontecida em l9 l 8 ,pelo
Papa Bento XV(1854-Pp.1914-1922).0 Captulo realizou seu in
tento em ambiente bastante tranqilo.A modificaao que mere
ce ser notada que a Congregaao deixou de ser chamada no
texto de sua Regra de "Congregaao de Sacerdotes Seculares1.1
Outro assunto tratado foi o assim chamado "Collegium
Majus 1.1 Nao se tratava de apenas mudar o nome da antiga
"Schola Major" iniciada timidamente apos o Captulo de 1909,
mas de providenciar um lugar que servisse de residencia aos
congregados procedentes de todo o mundo,vindos a Roma para
se formarem nas diversas Universidades e Faculdades ali e-
xistentes.
0 ltimo Captulo Geral de seu governo deu-se em 1936.
Nele tratou-se da adaptaao da observncia regular e manu-
tenao das sas tradies nova situaao criada com as mu
danas por que o mundo industrializado e laicizado estava
passando.Foi regulamentada a colaboraao com a Aao Catlica
fundada e estimulada pelo Papa Pio XI(1857-Pp.1922-1939),
entao em plena expansao.
214
0 Capitulo fez uma recomendaao especial para que as
Provncias promovessem Conferencias Missionrias visando a
adaptaao das nossas misses s contingncias dos novos tem
pos.Foi estudada a proposta de fundaao de uma revista cien
tfica sobre a histria de nossa Congregaao e sobre Teolo
gia Moral,mas nada chegou a ser concretizado.So em governos
posteriores iriam surgir o "Spicilegium Historicum-C.SS.R."
e "Studia Moralia1
.'
Neste Captulo foi feita tambem uma tentativa de li
mitar a duragao do tempo de mandato dos consultores gerais.
Entretanto,nao se conseguiu chegar a um acordo e a questo
foi adiada.Como a Regra antiga estabelecia que o Superior
Geral era vitalcio e que seus consultores mantinham o car
go enquanto o Superior Geral exercesse seu mandato,a idade
dos consultores sempre constituiu problema,o qual nos casos
de Mauron e Murray ficava sobremaneira evidenciado.Tendo es
te sido eleito Superior Geral com apenas quarenta e quatro
anos,(o que nao era o caso de seus consultores),em 1936 es
tes j davam sinais de envelhecimento capaz de causar pre -
ocupaao.No Captulo seguinte,em 1947,quando Murray renun
ciou,o estado de seus consultores era deplorvel.
215
IV. So Joo Nepamceno Neumann ( 1811-1860 )
216
Neumann queria receber a ordenaao sacerdotal em sua
diocese natal,mas isto nao lhe foi possvel.Seu bispo negou-
se a orden-lo reclamando que j tinha padres demais.Diante
disto,optou pelo trabalho nas misses estrangeiras,escolhen
do os Estados Unidos para campo de seu apostolado.0 bispo de
Nova York logo o aceitou,ordenando-o em seguida.De imediato
o destinou para cuidar da parte mais difcil de sua diocese,
a fronteira com o Canad,na regio de Bfalo e das quedas
do Niagara.As primcias de seu apostolado foram dedicadas a
prestar assistncia aos emigrantes alemaes daquela regio.
Mas seu zelo nao permitiu que se circunscrevesse a este tra
balho .Dedicou-se com igual ardor em atender e melhorar a
situao de todos os pobres e abandonados que encontrava,
qualquer que fosse sua nacionalidade ou origem,tendo traba
lhado tambm em favor dos peles-vermelhas que viviam na ex
tensa regio entregue a seus cuidados.Tal como Afonso,Neu
mann sempre manifestou preferencia em dar atendimento aos
que se encontravam marginalizados:os pobres e abandonados.
Esta preferncia,acrescida de seu zelo missionrio,o leva
ram quase inevitavelmente a ingressar na C.SS.R.
Apos o noviciado feito de modo bastante itinerante,
pois o iniciou em Bfalo,continuando-o em Pittsburgh,Canton,
Ohio e finalmente Baltimore,emitiu seus votos nesta ultima
cidade sob a direo do famoso Pe.Alexandre Czvitkovicz.Es-
se noviciado com aparncia de turismo tem sua explicaao.A
misso americana dos Redentoristas estava em fase de orga
nizao e ainda no se pensava em noviciado ou seminrio,
quando Neumann, j sacerdote ,apresentou-se.Ele foi assim o__
primeiro novio a ser recebido e a professar na Congregaao
em terras do Novo Mundo.
Apenas feita a profisso,foi imediatamente colocado
no trabalho das misses que nos Estados Unidos eram prega
das numa extenso territorial que exigia longos e penosos
deslocamentos.Em 1847 assumiu o cargo de Vigrio Geral do
Superior Provincial residente na Blgica.Os fundadores da
Congregao nos Estados Unidos tinham vindo da Blgica,nos
tempos de Passerat e de l dependiam a partir de 1844.(De
1841 a 44 dependeram da Provncia Austraca).Nesta poca
ainda no havia sido montada a estrutura de governo que ho
je chamamos de Vice-Provncia.Seu Provincial na Blgica ain
da era o grande de Held.
Neumann exerceu o cargo de Vigrio Geral at 1849.
217
Seu sucessor nesta funao foi o famoso pregador Pe.Jos Ber
nardo Hafkenscheid(1807-1865) o qual no ano seguinte tornou-
se o primeiro Superior da entao criada Provncia de Baltimo-
re.Pe.Bernardo foi um dos maiores missionrios que j tive
mos ,homem de grande capacidade e preparo.Basta dizer que
quando estudou no Colgio Romano(Roma) terminou o curso em
primeiro lugar.0 segundo lugar foi de Vicente Joaquim Peci,
o futuro Papa Leo XIII (1810-Pp.1878-1903),clebre por sua
inteligncia e cultura.Pe.Passerat dizia:"No surgem no mun
do dois padres Bernardo num mesmo sculo'.'
Pe.Bernardo escolheu a Neumann para seu consultor pro
vincial .encarregandoo ao mesmo tempo de cuidar da igreja de
Santo Afonso em Baltimore.Foi entao que Neumann passou a ser
o^confessor do novo Arcebispo de Baltimore e Delegado Apos-
tolico para os Estados Unidos,cargos que assumiu em 1851,D.
Francisco Patrcio Kenrick(1797-1863).A residncia do Dele
gado Apostolico distava apenas uma quadra da casa provincial
dos Redentoristas.0 profundo relacionamento surgido entre
esses dois homens teve como conseqncia a indicao de Neu
mann para bispo de Philadelphia,feita por Pio IX em 1852.
A dignidade episcopal nao acarretou nenhuma diminui
o de seu zelo e simplicidade.Se houve mudana,foi que am
bos cresceram mais ainda.Neumann sentia-se mais "em casa"
cavalgando sua montaria em visitas s paroquias de sua dio
cese,entao a mais extensa de todo o pas,do que sentado na
cadeira de sua Chancelaria Episcopal.Dentro do verdadeiro
estilo com que Santo Afonso regeu sua prpria diocese,dedi
cou todas as suas energias em procurar transformar a sua
num modelo de vida crist.
Foi o grande propagador e organizador do sistema de
escolas paroquiais que acabou se transformando posterior
mente numa rede nacional que foi a causa principal do cres
cimento do Catolicismo nos Estados Unidos e tambem das mui
tas vocaoes sacerdotais que surgiram nesse pas,tanto para
o Clero Diocesano como para todas as Ordens e Congregaes
Religiosas.Alem disso,foi Neumann que introduziu nos Esta
dos Unidos a devoo das "Quarenta Horas" ao Ssmo.Sacramen
to. Ainda mais,foi o fundador da Congregaao das Irmas da
Ordem Terceira de Sao Francisco de Hespelein,com a finalida
de de cuidar dos^rfaos.Foi orientador espiritual de muitas
outras Congregaoes de Irmas,vrias das quais introduziu em
sua diocese.Acima de tudo,entretanto,o que mais o lisonjea-
va,era o titulo que os pobres de todas as raas e cores de
218
sua diocese lhe haviam dado: 0 nosso bispo>o bispo dos po
bres .
Uma das maiores alegrias de sua vida foi sua presena
em Roma por ocasiao da solene definio do dogma da Imacula
da Conceio de Maria em 1854.Assim como Afonso.Neumann nu
tria uma extraordinria devoo a Nossa Senhora.A mesma via
gem lhe trouxe diversas outras satisfaes,como sua entre
vista com Pio IX,a hospitalidade que lhe foi dispensada na
Casa Generalfcia em Roma e finalmente,a visita que pode fa
zer a seu idoso pai e a toda a famlia,que nunca mais havia
visto desde que partira para os Estados Unidos,ainda semi
narista.Naqueles momentos de alegria Neumann nao podia sus
peitar que iria unir-se a seu idoso pai na eternidade ape
nas um ano aps a morte deste.
Neumann faleceu em 1860,de sbito ataque cardaco que
o acometeu na calada de uma rua de Philadelphia,perto da
Catedral de S.Pedro e S.Paulo a qual estava construindo.So
corrido por transeuntes,foi levado para o interior de uma
residncia onde momentos depois veio a falecer.Sua Catedral
acabou se transformando no monumento erguido ao segundo bis
po redentorista canonizado.
219
Igualmente durante este perodo foi iniciada a tarefa
monumental de providenciar a ediao crtica de todas as
obras de Santo Afonso,trabalho esse que continua em andamen
to e ainda vai longe...
Para se ter idia das dificuldades deste trabalho le
ve-se em conta:
1) 0 grande nmero de edies que certas obras tive
ram enquanto Afonso ainda estava vivo.
2) 0 fato que Afonso remanejava suas obras sempre que
julgasse necessrio.
3) 0 volume do material a ser examinado.
Damos a seguir o numero de pginas editadas pelo San
to,conforme a paginaao da primeira ediao de cada obra.
Quando a mudana entre a primeira ediao e as seguintes
muito grande,contamos o nmero de pginas da edio amplia
da pelo Santo.Considerando que suas obras foram editadas em
vrios formatos e nao teria sentido somar pginas de grande
tamanho (in 49 ) com outras bem menores,(in 32),damos as so
mas por tamanho de pgina na ediao escolhida.
Obras publicadas em formato:
in 32..... 321 pgs. in 12 ...... 10100 pgs.
in 24..... 419 pgs. in 89 ..... 4473 pgs.
in 16..... 2977 pgs. in 49 ..... 1914 pgs.
220
No mesmo ano de 1886 o Pe.Alosio Walter comeou a
preparar a ediao das obras dogmticas,tendo seu trabalho
sido publicado em dois volumes em 1903.
A ediao critica das obras ascticas demorou mais e e
resultado da colaboraao de vrios peritos.0 primeiro volu
me,com a "Pratica di amar Gesu Cristo" junto com mais alguis
opusculos,foi editado em 1933.A ediao completa desta parte
est prevista para ser em 19 volumes dos quais ja foram edi
tados a Introduo Geral e mais dez volumes.
As poesias e cantos de Santo Afonso foram publicados
com boa apresentaao critica pelo Pe.Oreste Gregrio em 1933.
Foi tambm Mauron que providenciou a ediao peridica
de Catlogos Gerais da Congregaao.J no segundo ano de seu
governo,em 1856,foi publicado o primeiro de uma srie que
continua sendo editada at hoje.Outra grande contribuio
para nossa Histria e documentaao surgiu durante o governo
de Murray:Comeou a ser publicada a partir de 1922 a "Ana-
lecta C.SS.R.",uma revista informativa sobre os trabalhos
da C.SS.R.,fundaes,documentaao,notcias sobre nossos mor
tos,etc.Sua publicaao era bimestral,em latim,e assim se
conservou at 1967,sendo apenas interrompida durante a 2a.
Guerra Mundial.A partir de 1968 foi substituda pelo "Orbis','
informativo menos sisudo que quer atingir os mesmos objeti
vos do peridico anterior."Orbis" passou a ser publicado si
multaneamente em vrias lnguas vivas.
221
sacerdotes,e estudantes de filosofia,medicina etc,da Univer
sidade de Viena.Nem todos puderam ingressar imediatamente,
mas em questo de meses o noviciado dirigido pelo Pe.Passe
rat ja contava com mais de uma duzia de novios.Foi a partir
deste impulso do ramo transalpino que a Congregaao se conso
lidou e se expandiu para o mundo todo.
Em 1832,apenas doze anos mais tarde,o ramo transalpi
no j a contava com 190 membros distribudos em nove conven
tos,sendo cinco deles na ustria e um em cada um dos seguin
tes pases:Sua,Frana,Portugal e Blgica.
Em 1852 os conventos transalpinos j eram 45,contando
com 343 sacerdotes,242 irmos,75 seminaristas professos e
56 novios,perfazendo um total de 660 membros,sem contar os
novios.
Ao mesmo tempo o ramo italiano com suas trs Provn
cias havia se mantido mais ou menos estacionrio com uma m
dia de vinte conventos e cerca de 300 membros.As fundaes
deste ramo tiveram um bom crescimento em meados do sculo
XIX,mas as convulsoes pelas quais a Itlia passou durante a
guerra de reunificaao fizeram com que muitos deles fossem
fechados.So apos 1870 o ramo italiano comeou a se recuperar.
Em 1855,quando o Pe.Mauron assumiu o Governo Geral do
ramo transalpino,suas trs provncias criadas em 1841 j se
haviam duplicado.Eram entao seis florescentes provncias com
enorme impulso de expansao,como veremos.Somados os dois ra
mos da Congregaao,ela possua nesta data nove provncias
com cerca de setenta e duas fundaes.
Usamos a expresso "cerca de" porque muito difcil
em um momento qualquer desta poca estabelecer o nmero exa
to. Sempre havia alguns conventos sendo fundados e outros
sendo supressos.Ingerencias polticas de diversos governos
europeus hostis existncia de Ordens e Congregaoes reli
giosas interferiram continuamente na histria da Congregaao.
Fundaes,supresses e expulses dependiam de mudanas de
governo ou do humor destes.Para dar alguns exemplos,a P r o
vncia Napolitana teve que recomear quase tudo de novo a
partir de 1870... Em 1873,trezentos redentoristas foram ex
pulsos de seus conventos em toda a Alemanha.Em 1880,catorze
conventos foram fechados na Frana e seus moradores expulsos.
E assim por diante...
Quando o Superior Geral Pe.Patrcio Murray renunciou a
222
seu cargo em 1947 a Congregaao se compunha de vinte e qua
tro Provncias e vinte e nove Vice-Provncias,sendo que to
da esta expansao se devia parte transalpina da Congregaao.
0 movimento de expansao seguiu o rumo do Oeste,tanto na Eu
ropa,como nas Amricas com alguma penetraao na sia,Oceania
e frica.
Por ocasiao do Capitulo Geral de 1979 a Congregaao
contava com trinta e oito Provncias,vinte e nove Vice-Pro
vncias e oito Misses ou Regies que se encaminham para
tornar-se Vice-Provncias.Nao entram nesta contagem as Prov.
e Vice-Prov.que deixaram de existir apos a ocupaao de suas
regies por governos comunistas.
Veremos rapidamente os caminhos seguidos por esta ex
pansao a partir de 1841,momento em que a Santa Se realizou
a subdiviso da Congregaao em seis Provncias.Procuraremos
empregar a nomenclatura em uso atualmente que designa as
Provncias pelo nome da cidade onde reside o governo provin
cial .Indica-se assim o centro de decises que impulsionou o
crescimento,sem com isto estabelecer uma correspondencia que
identifique inteiramente a Provncia entao existente com a
que atualmente ali possui o seu governo.Esta ultima e a su
cessora da que existia no sculo passado a qual tinha outras
dimenses abarcando um territrio atualmente dividido entre
vrias Provncias.Por exemplo,a atual Provncia de Lyon e a
sucessora da entao Provncia Francesa que abrangia toda a
Frana,alm da Sua e Espanha.A Provncia de Bruxelas-Norte
sucessora da entao Provncia Belgo-Holandesa que como o no
me j indica,abrangia toda a Blgica,mais a Holanda e alm
disso possua alguns conventos na Inglaterra.
Seria igualmente enganoso estabelecer-se nexo entre a
cidade onde estava a sede de uma Provncia e a nacionalidade
dos confrades que nela trabalharam e a expandiram,pois prin
cipalmente no sculo passado houve muita migraao e empres-
timo de elementos de uma Provncia para outra.Para citar al
guns exemplos,na fundaao e primeiros tempos da Provncia de
Baltimore (USA) participaram confrades de catorze naoes eu
ropias.Na primeira misso pregada na Irlanda,do que resul
tou a implantaao da Congregaao nesse pas,tomaram parte um
padre austraco,um holands,um belga,um escoces e um russo.
A Provncia Belgo-Holandesa foi dirigida por largo tempo pe
lo Pe.de Held que era austraco.E assim por diante...
223
E x p a n s a o na E u r o p a
A) Ramo Austraco.
224
No mesmo ano de 1883,no qual a Prov.de Viena reimplan
tara a Congregaao na Polonia,pas onde Sao Clemente inicia
ra o ramo transalpino da CSSR em 1787,Viena iniciou outra
frente de expansao fundando conventos para os alemaes que
residiam no sudoeste da Tchecoslovquia.os assim chamados
sudetos.Enquanto as fundaes de que falamos acima e que o-
riginaram a Provncia de Praga dirigiam seu apostolado para
os tchecos e em sua lngua,estas visavam o grande numero de
alemes residentes na regio e naturalmente usavam a lngua
alem.Estas fundaes formaram em 1921 a Vice-Provncia de
Karlsbad.No final da II Guerra Mundial os milhes de alemaes
que residiam na regio foram expulsos e obrigados a encon
trar um novo lar em territrio alemao ou austraco.Naquele
momento os elementos que constituam a Vice-Provncia nao
quizeram dissolv-la mas conseguiram que ela continuasse
existindo sem territrio,com o encargo de dar assistncia
espiritual s disporas de sudetos que se espalharam por to
da a Alemanha e ustria.Assim foi feito e seus membros pas
saram a residir nos conventos das Provncias de Colonia,Mu
nique e Viena permanecendo neste apostolado.Conseguiram mes
mo arrumar vocaoes entre os sudetos para que sua Vice-Pro
vncia continuasse existindo.Com o correr do tempo,entretan
to e a estabilizaao da nova ordem de coisas estabelecida no
ps-guerra,seu numero foi minguando e os^restantes passaram
a pertencer as provncias de lngua alema,extinguindo-se as
sim por 1975 a Vice-Provncia de Karlsbad.
interessante notar que dos alemaes sudetos surgiram
muitas vocaoes para a Congregaao,e pode-se dizer que eles
foram a fora principal no incio do ramo transalpino a co
mear por Sao Clemente e o Pe.Tadeu Hbl que foram os dois
primeiros.Alem disso,em 1841 quando a Provncia de Viena foi
criada,trs quartos de seus membros eram de origem sudeta.
Em 1889 a Prov.de Viena iniciou uma nova e difcil
frente de trabalho na Dinamarca,pas onde 97% sao luteranos.
Seu trabalho consiste em cuidar da diaspora catlica e de
realizar um paciente trabalho de reaproximao com os lute
ranos. As fundaes dinamarquesas passaram a formar a Vice-
Provncia de Assens em 1942.
Em 1900 a Prov.de Viena comeou a cuidar do santurio
mariano de Warta na parte alema da Silsia ou Prssia centro-
oriental iniciando assim o que viria a constituir mais tarde
a Vice-Provncia de Breslau.Aqui tambm se tratava de apos-
225
tolado de diaspora catlica entre maioria protestante,embo
ra a porcentagem de catlicos fosse bem maior que na Dina
marca.Em 1918 as duas fundaes entao existentes na regio
foram assumidas pela Prov.de Colonia.Quando em 1933 foi cri
ada a Vice-Provmcia de Breslau,a regio j contava com seis
conventos,e seu governo iniciou imediatamente noviciado e
seminrio prprios.A Vice-Provncia estava florescente quan
do sobreveio a II Guerra Mundial.Como consequencia desta,a
regio passou a pertencer a Polonia e todos os habitantes de
lngua alema foram expulsos,sendo obrigados a encontrar um
novo lar mais para o oeste em uma das duas Alemanhas que
surgiram depois da guerra.Com isto a Vice-Provncia deixou
de existir e os remanescentes se reintegraram na Provncia
de Colonia.Recentemente,a regio agora habitada por polone
ses foi reocupada com fundaes feitas pela Provncia de Var-
sovia.
B) Ramo Franco-Suio
226
rios porque ela mesma estava se recuperando dos transtornos
causados pela guerra de unificaao da Itlia.A Provncia
Franco-Sua assumiu entao as fundaes da Espanha e as au
mentou bastante at ao fim do sculo.
Na formaao da Provncia Franco-Sua desempenhou pa
pel muito importante o Pe.Aquiles Desurmont(1828-1898) o
qual foi seu Superior Provincial durante vinte e dois anos,
de 1865 a 1887.Alm de grande mestre de espiritualidade so
bre a qual deixou muitas obras,o Pe.Desurmont teve o mrito
de desenvolver o sistema de nossa formaao.principalmente
no que se refere aos seminrios menores.0 que foi idealiza
do e executado por ele na Provncia Franco-Sua foi adota
do com adaptaes em toda a Congregaao com grandes frutos
no setor vocacional.Antes dele ocorreram algumas tentativas
de se formar seminrios menores com pouco sucesso e discu-
tia-se mesmo se tal iniciativa seria segundo o Esprito do
Fundador.Homens de grande prestgio,como o Pe.de Held eram
de opinio contrria.Aps as realizaes do Pe.Desurmont
neste setor,as dvidas a respeito deixaram de existir.
Em 1900 a Provncia Franco-Sua foi dividida em tres.
A parte noroeste da Frana passou a formar a Provncia de
Paris.Os conventos situados na Espanha passaram a constituir
a Provncia de Madrid.A parte sul da Frana de leste a oeste
ficou sendo a Provncia de Lyon.Esta por sua vez subdividiu-
se novamente em 1911 quando a parte centro-leste da Frana,
com algumas fundaes na Sua passou a formar a Provncia
de Estrasburgo.
Das fundaes na Sua surgiu a Vice-Provncia de Ber
na em 1947 a qual tornou-se provncia autonoma em 1951.
Durante a segunda metade do sculo passado a Provn
cia Franco-Sua iniciou vrias fundaes na Amria do Sul
em sua parte banhada pelo Oceano Pacfico,ali formando a
Vice-Provncia do Pacfico,tambm chamada de Vice-Provncia
da Amrica Meridional,a qual se estendia da Colombia ao Chi
le.Por ocasio da diviso da Provncia Francesa em trs, a
manutenao dessas fundaes foi dividida entre as novas pro
vncias entao fundadas,como veremos ao tratar da expansao
da Congregaao na Amrica do Sul.
0 ltimo pas da Europa onde a Congregaao se implan
tou foi Portugal.J em 1826 chegaram os primeiros redento
ristas a Lisboa ainda nos tempos do Vicariato Transalpino.
227
Vieram da ustria a pedido do Rei D.Joao VI para darem as
sistncia religiosa aos muitos austracos que residiam em
Lisboa.Em pouco tempo a iniciativa se ampliou com novas fun
daes e foi iniciada a pregaao de misses.A implantaao da
CSSR em Portugal estava em pleno desenvolvimento,j contan
do com vocaoes locais,quando em 1833 sobreveio a mudana do
governo em que D.Pedro,ex-imperador do Brasil tomou o trono
de seu irmao D.Miguel.Nesta ocasiao todos os redentoristas
foram expulsos de Portugal,sendo que os confrades portugue
ses se integraram em outras provncias da Europa.
Em 1903 a Provncia de Madrid iniciou nova fundaao em
Portugal em Lourosa seguida de outra em 1907 em Canidello.
Em 1910 iniciaram a construo de um seminrio menor em Lou
rosa,quando no mesmo ano sobreveio a revoluo de tendncia
anticlerical que expulsou a todos do pas.
Em 1931 os redentoristas da Prov.de Madrid,dentre os
quais vrios j haviam trabalhado em Portugal ate 1910 e
esporadicamente haviam continuado a pregar misses neste
pais tendo os conventos da Espanha como ponto de apoio,vol
taram a iniciar uma fundaao em Braga,onde em 1932 j traba
lhavam seis padres.Entretanto a fundaao em Portugal s se
estabilizou com a fundaao na cidade do Porto em 1935 depois
seguida de outras tres fundaes.Em 1953 foi criada a Vice-
Provincia de Lisboa a qual tornou-se Provncia autnoma em
1962.
C) Ramo Belga
228
1961 por motivos de lngua e cultura diferentes que distin
guem os flamengos ao norte e os valoes ao sul.Surgiram as
sim a Provncia de Bruxelas Setentrional ficando com os con
ventos em regio de lngua flamenga e a Provncia de Bruxe
las Meridional que abrange a regio sul,de lngua francesa.
Dessas cinco provncias acima mencionadas originou-se
a maior expansao territorial da Congregaao para o mundo to
do.Da fundaao de 1831 na regio de Tournai,origem da Con
gregaao na Blgica,surgiram no decurso de cem anos onze
provncias e dezesseis vice-provncias espalhadas pelo mun
do todo.Atualmente existem na Congregaao,originadas do ra
mo belga,dezessete provncias,igual nmero de vice-provn-
cias (nao se contando a supressa de Lwow-Lemberg) e quatro
Regies que caminham para se tornarem vice-provncias.
Falaremos da Vice-Provncia de Lwow ao tratarmos da Prov.
canadense de Yorkton.
E x p a n s o nas A m r i c a s
A) Amrica do Norte
229
oitenta dioceses e cerca de oito mil padres catlicos.A CSSR
tomou parte neste crescimento,tanto pela migrao de reden
toristas europeus,como pela formaao de seus seminrios,e
tambem com a instalaao de escolas paroquiais,das quais o
grande propagador foi Sao Joao Nepomuceno Neumann CSSR como
ja vimos acima.As escolas paroquiais formaram o ambiente on
de surgiram vocaes suficientes para atender populao
catlica do pais,apesar do seu grande crescimento,e ainda
passaram a fornecer vocaoes missionrias que passaram a se
difundir para a America Latina,sia.frica e Oceania atra
vs do sculo XX.
Os primeiros redentoristas que chegaram aos Estados
Unidos eram de nacionalidade austraca em sua maioria.A fun
daao encontrou no seu inicio tais dificuldades que alguns
dos que haviam vindo para come-la,regressaram Europa em
1834 e dos dois lados do Atlntico a opinio geral era que
os restantes tambm deviam ser chamados de volta.
Apenas o Vigrio Geral Transalpino,Pe.Passerat no e-
ra deste parecer e insistiu em continuar procurando novas
foras para manter o nimo dos que ainda l estavam,tentan
do conseguir fixar-se no Novo Mundo.Em fins de 1834 o Pe.
Passerat expediu uma circular a todos os confrades do Vica-
riato Transalpino pedindo voluntrios para reforar a ini
ciativa ainda vacilante.Apresentou-se um unico voluntrio:
Era o Pe.Jose Prost (1804-1885),austraco,na ocasiao com
trinta anos,em seu segundo ano de sacerdcio.Pe.Passerat a-
ceitou sua oferta com alegria e o nomeou apesar de sua ju
ventude,para ser o novo superior da misso nos Estados Uni
dos.Pe.Prost chegou na Amrica em 1835 e j no ano seguinte
conseguiu a primeira fundaao em Rochester.Esta fundao no
durou por muito tempo,mas foi o suficiente para ser um pon
to de apoio ate se conseguirem fundaes mais estveis em
Pittsburg(1839) e Baltimore(1841) e novamente em Rochester
neste mesmo ano.A fundaao estava consolidada e aberto o ca
minho para a Congregaao se expandir para alm da Europa.
No incio o apostolado da CSSR nos Estados Unidos foi
inteiramente dedicado aos milhares de emigrantes alemes que
l viviam sem nenhuma assistncia espiritual.Vrias dioceses
entregaram aos redentoristas esta parte de seu rebanho.A
consequencia foi que a Congregaao aceitou muitas parquias
pois de nada adiantaria pregar misses e seguir adiante sa
bendo que os lugares missionados iam ficar sem nenhum sacer
230
dote para a cura ordinria de suas necessidades espirituais.
Esta deciso nem sempre foi compreendida na Europa e foi cau
sa de nao poucos mal-entendidos com o governo geral da Con
gregaao durante o sculo passado.
Com o tempo entretanto,os redentoristas iniciaram seu
apostolado especifico de pregaes de retiros e misses nos
Estados Unidos.Antes de 1850 j foram pregadas espordica-
mente algumas misses e a partir de 1851 seu primeiro pro
vincial o Pe.Bernardo Hafckenscheid formou o primeiro grupo
que permanentemente passou a dedicar-se pregao de mis
ses de renovaao da vida crista.
Em 1841 quando o Vicariato Transalpino foi dividido
em tres provncias a fundaao Norte-Americana foi entregue
pela Santa S a Provncia de Viena.Entretanto a partir de
1844 ela foi assumida pela entao Provncia Belgo-Holandesa
que a manteve at que adquirisse sua autonomia em 1850 quan
do foi criada a Provncia de Baltimore.
A CSSR nos Estados Unidos nao se manteve estacionada
na costa nordestina deste pas mas avanou pelo interior e
para o sul ocupando toda a naao alm de se expandir ainda
no seculo passado para o vizinho Canad.
Em 1847 iniciava-se uma fundaao em New Orleans em
pleno Golfo do Mexico.Foi o primeiro convento no territrio
que viria a formar mais tarde a Provncia de Saint-Louis,a
qual ocupa a parte central dos Estados Unidos de norte a sul.
A parte centro-norte desenvolveu-se mais rapidamente e ape
sar de a primeira fundaao ter-se iniciado ali dezesseis a-
nos aps a de New Orleans,em 1875 j se constitua em Pro
vncia autonoma com sede em Saint Louis.A parte sul desen
volveu-se mais lentamente e passou a formar a Vice-Provncia
de New Orleans a partir de 1952.
Em 1874 a Provncia de Baltimore iniciou a penetraao
da CSSR no Canada,iniciando as fundaes com que veio a se
criar a Provncia de Toronto no sudeste canadense.A regio,
declarada Vice-Provncia em 1897 tornou-se Provncia autono
ma em 1918.
No ano seguinte a criaao da Vice-Provncia de Toron
to,esta ja estendia novas fundaes rumo ao oeste canadense
difundindo a Congregaao no territrio onde atualmente exis
te a Provncia de Edmonton no centro-sul e sudoeste do Cana
da estendendo-se ate ao Oceano Pacfico.Esta vasta regio
231
passou a formar a Vice-Provncia de Edmonton em 1945 e pas
sou a ser Provncia autnoma em 1961.
Ainda em 1898 a entao Vice-Provncia de Toronto dava
sua colaboraao para a formaao da Vice-Provncia de Yorkton
a qual voltaremos mais abaixo.
Quatro anos aps iniciar as fundaes de que se origi
naram as provncias canadenses de^lngua inglesa,a Provn
cia de Baltimore iniciou a fundaao da provncia canadense
de lngua francesa.Em 1878 Baltimore assumiu a assistncia
do Santurio de Sant'Ana de Beaupre no sudeste do Canad.
Como entretanto a quase totalidade dos romeiros eram de ln
gua francesa,j no ano seguinte pediram ento Provncia
Belga que assumisse este apostolado,o que foi aceito no mes
mo ano de 1879^A Provncia Belga expandiu-se com novas fun
daes na regio sudeste canadense de colonizao francesa
e em 1893 era criada a Vice-Provncia de Sant'Ana de Beau
pre a qual foi declarada Provncia em 1911.
A fundaao da Provncia de Yorkton necessita de uma
explicaao.No centro-sul do Canad,nos estados de Manitoba
e Saskatchevan viviam mais de 150.000 emigrantes eslavos do
rito ruteno unido.originrios da Galcia,regio que atual
mente compreende uma pequena parte do sudeste da Polnia e
boa parte do oeste da Ucrania.Nao tinham nenhum atendimento
religioso por parte do clero que falasse sua lngua e fosse
de seu rito.
A pedido dos bispos da regio,os redentoristas que
trabalhavam no Canad se interessaram por resolver este pro
blema.A regio ocupada pelos rutenos ficava em parte no ter
ritrio onde entao se desenvolvia a futura Provncia de Ed
monton e Toronto,na ocasiao dependentes de Baltimore,e a~
brangia tambm o territrio da Vice-Provncia de Sant'Ana
de Beaupre,entao dependente da Blgica.As duas Provncias
prestaram sua colaboraao.0 Pe.belga Aquiles de Laere se o-
fereceu para estudar a lngua rutena e para isto foi residir
por algum tempo num mosteiro do leste polons afim de conhe
cer tambm os costumes da regio.De volta,ao iniciar seu a~
postolado,constatou que apenas o conhecimento da lngua no
lhe abria as portas para seu trabalho.Os rutenos faziam ques
to de participar de um culto que fosse celebrado em seu ri
to e na sua lngua.A liturgia romana,os sacramentos adminis
trados em latim nada significavam para eles.Pe.De Laere to
mou entao a deciso de aprender a liturgia rutena e obteve
232
da Santa Se,em 1906,a permisso para passar ao rito ruteno.
Foi ele o primeiro religioso de rito latino que passou para
um rito oriental.Seu exemplo foi logo seguido por outros
seus confrades e mais tarde membros de outras congregaoes
religiosas tambm seguiram seu exemplo.
Assim desenvolveu-se o apostolado entre os rutenos no
Canada,apoiado pela Provncia Belga e pelas existentes no
Canad e Estados Unidos nas regies de colonizaao rutena.
Desde o incio em 1898 at 1913 nao existiu nenhum convento
formado s de confrades dorito ruteno.Eles eram hospedados nos
conventos das Provncias de Edmonton,Toronto e Sant'Ana de
Beaupr.A partir de 1913 comearam a existir fundaes de
rito ruteno esboando-se assim a Vice-Provncia criada em
1921 e que se tornou Provncia em 1961.
Yorkton entretanto, uma Provncia sem territrio pr
prio. Seu campo de trabalho abrange toda a regio onde se
encontram ncleos de imigraao rutena e se interpenetra com
a parte leste da Prov.de Edmonton,abrange o territrio da
Provncia de SantAna de Beaupr,parte da Provncia de To
ronto no Canad e se estende a grande parte do territrio
da Provncia de Baltimore nos Estados Unidos.0 desenvolvi
mento desta provncia rutena foi o resultado da colaboraao
de todas as provncias da regio e de um modo especial da
Provncia Belga.
Esta,para poder apoiar a fundaao canadense e conse
guir vocaoes rutenas,iniciou em 1913 uma fundaao de rito
ruteno na Galcia que na ocasiao pertencia ao Imprio Aus-
tro-Hungaro.Formou-se assim a Vice-Provncia de Lwow,cidade
que nos tempos da dominaao austro-hngara chamava-se Lem-
berg.Aps a I Guerra Mundial seu territrio passou a perten
cer a Polonia e a Vice-Provncia estava se desenvolvendo bem
quando sobreveio a II Guerra Mundial aps a qual a regio em
quase sua totalidade passou a fazer parte da Russia e a Vice-
Provncia deixou de existir. (vide:Adenda:pgs 375-76)
B) Amrica Central
233
apos ter consolidado a fundaao da Congregaao nos Estados
Unidos,depois disso teve papel importante na consolidaao
das fundaes na Inglaterra e lanou os fundamentos da Con
gregaao na Irlanda.Foi entao encarregado pelo Superior Ge
ral Pe.Mauron para iniciar uma nova fundaao nas Antilhas,
mais precisamente nas Ilhas Virgens que entao estavam sob o
domnio dinamarqus.Pe.Mauron havia recebido um pedido do
bispo de Roseau,cidade situada na ilha Dominica a cuja dio
cese as Ilhas Virgens pertenciam,para que os redentoristas
iniciassem seu apostolado nas Ilhas de Santa Cruz e Saint
Thomas.
Pe.Prost chegou ao seu novo campo de trabalho em 1858.
No mesmo ano chegaram para trabalhar na regio um padre e
um irmao coadiutor da provncia de Baltimore,e no ano seguin
te a regio rcebeu mais um confrade da Provncia de Viena
e um da Provncia de Bruxelas.
Entretanto,devido a dificuldades surgidas com o gover
no dinamarqus,nao se concretizou nenhuma fundaao nos pri
meiros tempos,embora redentoristas de varias procedncias
continuassem a trabalhar na regio.Em 1861 o Pe.Prost foi
chamado de volta para a ustria e a partir de 1865 a Provn
cia de Bruxelas se encarregou de levar avante o trabalho na
regio.A primeira fundaao s veio a se concretizar em 1891,
na ilha de Santa Cruz,trinta e trs anos aps a chegado do
Pe.Prost.
Da em diante o desenvolvimento passou a ser mais r
pido.Em 1893 por ocasiao da criaao da Vice-Provncia de
SantAna de Beaupr,as fundaes nas Ilhas Virgens passaram
a pertencer a esta Vice-Provncia mantida pela Provncia de
Bruxelas.Em 1902 a Provncia Belga estendeu seu apostolado
a ilha Dominica iniciando uma fundaao em Roseau,sede do
bispado da regio.No mesmo ano um redentorista belga foi no
meado bispo de Roseau e a regio passou a formar a Vice-Pro-
vncia do mesmo nome.Ainda em 1902 foi aceita uma nova fun
daao na ilha de Antgua e outra em Port au Prince na atual
Republica do Haiti,ambas no territrio da mesma diocese.
Nesta regio das Antilhas a Provncia de Bruxelas te
ve que enviar renovados reforos por caus da malria e ou
tras doenas tropicais que ceifaram a vida de muitos padres
jovens para ali enviados.A Vice-Provncia das Antilhas che
gou a ser chamada de cemitrio da Provncia Belga.
Em 1895 a Provncia Franco-Sua iniciou uma fundaao
234
na vizinha ilha de Porto Rico mediante seus confrades espa
nhis da entao Vice-Provncia de Madrid.Logo seguiram-se ou
tras fundaes e tudo parecia cominhar bem quando em 1898
sobreveio a guerra entre os Estados Unidos e a Espanha per
dida por esta.Uma das consequencias desta derrota foi que a
Espanha perdeu para os Estados Unidos a posse de vrias i-
lhas na regio das Antilhas.Com a retirada dos espanhis os
redentoristas desta naao tiveram que abandonar suas funda
es em Porto Rico.Elas foram aos poucos assumidas pela Pro
vncia de Baltimore.
Em 1917 os Estados Unidos compraram da Dinamarca suas
possessoes nas Antilhas.Em consequencia disto,as fundaes
das ilhas de Santa Cruz e St.Thomas pertencentes a Vice-Pro-
v m c i a de Roseau foram tambem assumidas pela Provncia de
Baltimore a qual criou no ano seguinte a Vice-Provncia de
Sao Joao de Porto Rico.Esta estendeu seu apostolado poste
riormente Repblica Dominicana.
As fundaes restantes na regio,como as da ilha Do
minica ,St.Kitts,Nevis e na Repblica do Haiti continuam at
hoje formando a Vice-Provncia de Roseau que depende atual
mente da Provncia de Bruxelas Setentrional.Dos esforos ini
ciados em 1858 surgiram assim duas Vice-Provncias.
Em 1908 a j entao Provncia de Madrid reiniciou seu
apostolado na Amrica Central fundando o primeiro convento
no Mxico. Este pas,onde 94% dos habitantes sao catlicos
sofria de grande falta de sacerdotes e por isso mesmo a ins
truo religiosa dos catlicos era bastante deficiente.Novas
fundaes foram iniciadas e ja em 1910 era criada a Vice-
Provncia do Mxico.A Vice-Provncia comeou a desenvolver-
se auspiciosamente,mas neste mesmo ano de 1910 comeou a se
formar o ambiente hostil a Igreja o qual recrudescendo em
1917 com a promulgaao da nova Constituio do pas terminou
por explodir em perseguio aberta a partir de 1925,a qual
produziu muitos mrtires para a Igreja Mexicana.
Apenas uns poucos redentoristas conseguiram permane
cer no pas ,ocultamente .A maioria foi obrigada a abandon-lo
buscando refugio em outros pases da Amrica Central e do
Sul,da resultando novas fundaes assumidas pela Provncia
de Madrid como veremos mais adiante.
Finalmente em 1930 a perseguio religiosa amainou e
quase todos os redentoristas puderam voltar e comear lenta
mente a reconstruir seu apostolado no Mxico.A Vice-Provn-
235
cia do Mxico tornou-se Provncia em 1966.
C) America do Sul
236
pediu a Sagr.Congregaao de Propaganda Fide em 1865,que en
tregasse o Vicariato Apostolico do Suriname aos redentoris
tas da Prov.de Amsterdam.O pedido foi aceito e no ano se
guinte um redentorista holands era nomeado Vigrio Aposto
lico de Paramaribo ao mesmo tempo que era criada a Vice-
Provncia de Paramaribo iniciada com um convento nesta ci
dade e algumas estaes de misso.
0 apostolado no Suriname muito difcil e diferente
de tudo o mais que se faz nos outros pases da Amrica Lati
na,nos quais a grandssima maioria dos habitantes e de reli
gio catlica e de cultura mais ou menos homogenea.O Surina
me foi povoado em proporoes mais ou menos iguais por imi
grantes da ndia,China,Ilha de Java,Indonsia e de vrios
pases arabes e africanos alm de uma minoria formada de eu
ropeus ^prevalentemente holandeses,e de ndios nativos.TDa
pode-se concluir para a quantidade de lnguas e a diversida
de de religies existentes no pas.
Atualmente os catolicos sao 21% da populaao.A porcen
tagem de habitantes que sao de religies originrias da n
dia e de religio maometana para cada um desses grupos um
pouco maior que a dos catlicos.17% sao cristos cismticos
da Irmandade Morvia e alm deles existem pequenas mino.rias
de calvinistas,luteranos e de pagaos confucionistas,jainis-
tas e animistas.
Quando os primeiros redentoristas holandeses ali apor
taram em 1866 a porcentagem de catolicos era bem menor.0
trabalho de apostolado feito como em terras de misso,com
a formaao de catequistas,a manutenao de escolas de instru
o em geral e profissionalizantes,de hospitais e lepros-
rios,e de bibliotecas sobre instruo religiosa colocadas a
disposio dos interessados.
Os redentoristas holandeses realizaram no Suriname um
trabalho admirado por todos na construo e manutenao de
leprosrios.Neste trabalho santificou-se o dedicado Ven.Pe.
Pedro Donders CSSR durante vinte anos.
A Vice-Provncia de Paramaribo lutou sempre com grande
dificuldades tanto de penetraao de seu apostolado como de
falta de vocaoes do pas.Durante quase cem anos os redento
ristas holandeses arcaram sozinhos com a tarefa de manter e
propagar o catolicismo no Suriname.A partir de 1964 passa
ram a ser ajudados por outras Congregaoes Religiosas e
237
atualmente contam tambem com alguns sacerdotes diocesanos.
Ultimamente a Vice-Provncia concentra seus esforos na for
maao de lideres leigos que assumam parte de seu apostolado.
238
preparado o caminho para diversas outras.Ele foi para a A-
merica do Sul o que Sao Clemente foi para a Europa transal
pina.
239
poderiam ser expulsos do pas.Precavendo-se contra esta pos
sibilidade ,que nao chegou a se concretizar,o Pe.Didier,seu
Visitador,procurou iniciar fundaes no Chile,onde seus pa
dres do Equador poderiam encontrar refugio se necessrio.A
primeira fundaao chilena foi feita em Santiago em 1876.
Alem disso,a Provncia Franco-Sua participava na
Frana da situaao de insegurana em que viviam todas as
Ordens e Congregaoes Reiigiosas,expostas a verem,a qual
quer momento,seu apostolado proibido por disposioes gover
namentais. As fundaes chilenas foram feitas prevendo-se
tambem a possibilidade de servirem de refgio para as funda
es francesas.A previso de seu Provincial,Pe.Desurmont,
nao chegou a se concretizar totalmente,mas durante todo o
final do seculo XIX e comeo do seculo XX as fundaes chi
lenas representaram uma garantia de refgio para a Provn
cia Franco-Sua.
Por causa da situaao difcil na Frana,o Seminrio
Maior e o Noviciado dessa Provncia foram em grande parte
transferidos para Santiago no Chile em 1890,ali permanecendo
at os primeiros anos do seculo seguinte.Quando o Seminrio
Maior da entao Provncia de Lyon saiu do Chile,foi transfe
rido para a Blgica,e fundaes pertencentes a Provncia de
Lyon foram mantidas na Sua(Seminrio Menor),Holanda(Novi-
ciado),e Itlia,at que aps a I Guerra Mundial a situaao
melhorasse na Frana.
Apos a diviso da Provncia Franco-Sua ocorrida em
1900,as fundaes chilenas foram assumidas pela Provncia de
Lyon.A regio foi transformada em Vice-Provncia de Santia
go em 1921.Depois da II Guerra Mundial Lyon nao poude mais
dar o apoio que a Vice-Provncia chilena necessitava e a
partir de 1947 esta ficou dependente do Superior Geral at
tornar-se Provncia autonoma em 1961.
Em 1877 o Pe.Didier tentou uma fundaao em Lima,capi
tal do Peru,mas sem sucesso.Conseguiu entretanto iniciar um
convento em Chancay nas proximidades desta cidade,sendo en
tretanto obrigado a fech-lo no ano seguinte.
Em 1882 fez nova tentativa,desta vez em Arequipa.A
fundaao durou at fins de 1883.Finalmente em 1884 foi con
seguida a fundaao de Lima,desta vez com melhores perspecti
vas de futuro.Este convento pertencente a Vice-Provncia do
Pacifico Meridional permaneceu sozinho no Peru ate 1904,oca
siao em que uma segunda fundaao foi iniciada em Huanta,
240
quando as fundaes do Chile e Peru,apos a diviso da Pro
vncia Franco-Sua,tinham passado a pertencer a Provncia
de Lyon.
0 desenvolvimento das fundaes no Peru foi lento e
difcil.Em 1921 no lugar da Vice-Provncia do Pacfico Meri
dional ,foram criadas as Vice-Provncias de Santiago,como j
vimos acima e de Lima,ambas dependentes da Provncia de Ly
on.
Aps a II Guerra Mundial as fundaes peruanas passa
ram a depender diretamente do Superior Geral o qual entre
gou esta parte da Congregaao a responsabilidade da Provn
cia do Rio de Janeiro em 1955.Esta Provncia brasileira a-
lm de assumir o governo da Vice-Provncia,mandou vrios dos
seus membros para refor~la.As fundaes peruanas voltaram
a depender diretamente do Superior Geral aps algum tempo
mas continuaram a receber a ajuda de pessoal da Provncia do
Rio de Janeiro ate que em 1964 a Vice-Provncia de Lima foi
assumida pela Provncia de Madrid.Os confrades brasileiros
se retiraram do Peru e foram substitudos por novos elemen
tos vindos da Espanha.
A fundaao feita no extremo norte do Peru pelos funda
dores da Provncia de Quito e que posteriormente estava sen
do ocupada por confrades da Provncia de Npoles foi final
mente entregue a Vice-Provncia de Lima.
241
cia de jesutas e tambem de redentoristas por serem estes
considerados como aparentados com os jesutas.Esta medida
levou a migraao de grande parte dos membros das Provncias
de Colonia,Munique e da regio de Estrasburgo.Este territ
rio passara a pertencer a Alemanha como conseqncia da guer
ra de 1870 perdida pela Frana.
_ Esta circunstancia propiciou a oportunidade de funda
es no exterior uma vez que o apostolado na prpria ptria
se tornara impossvel.Em 1880 o Pe.Mauron sugeriu ao Sup.
Prov.de Colonia que iniciasse uma fundaao na Argentina.Em
1882^0 Pe.Didier,entao nomeado Visitador da Espanha,ao che
gar a Europa,insistiu com o Sup.Prov.de Colonia,Pe.Heilig,
para que comeasse fundaes na Argentina.A uma oferta deste,
o Arcebispo de Buenos Aires respondeu favoravelmente com
grande satisfaao,oferecendo para incio da fundaao em seu
pais a igreja de N.Senhora das Vitrias em Buenos Aires.Os
primeiros membros da Provncia de Colonia chegaram a capital
argentina em 1883.Dois anos depois iniciaram a pregaao de
misses populares.Em 1889 foi iniciada a fundaao de Monte
vidu,do outro lado do Rio da Prata,pelo Pe.Didier que desde
1886 fora nomeado Visitador da fundaao argentina.A CSSR
iniciou sua penetraao pelo interior da Argentina com a fun
daao de Salta em 1892.Em 1893 foi criada a Vice-Provncia
de Buenos Aires.Em 1943 Buenos Aires passou a ser Provncia
independente.
242
assumidas pela Provncia canadense de Sant'Ana de Beaupr
em 1968,sendo assim criada a Regio de Montevidu,a qual
com evoluo favorve1,caminha para se tornar Vice-Provn-
cia.
243
concretizava-se a primeira fundaao boliviana em Tupiza.ao
sul do pais.
244
comearam a trabalhar no centro-oeste do Brasil e em agosto
do mesmo ano iniciaram a fundaao de Bela-Vista na frontei
ra com o Paraguai.A aceitaao desta paroquia inclua tambm
o atendimento da entao pequena cidade de Bella-Vista situa
da do outro lado da fronteira.Os redentoristas norte-ameri
canos passaram a fazer incurses missionrias pela regio
fronteiria paraguaia e em 1934 iniciaram uma nova fundaao
em Bella-Vista.A esta fundaao outras se sucederam a partir
de 1940,fundando-se um convento em Assuno,capital do pas
em 1944.
b) B r a s i 1
245
tes,mediante a migraao provinda dos conventos europeus,a
qual injetou sangue novo na combalida estrutura que no Bra
sil definhava.
0 primeiro pedido de que se tem noticia foi feito por
D .Antonio Perreira Vioso (1787-1875),em 1843,quando ainda
Superior Geral dos Pes.Lazaristas no Brasil e bispo nomeado
de Mariana,diocese da qual viria a tomar posse no ano seguin
te.D Vioso escreveu ao Superior Geral em Npoles,pedindo
uma fundaao redentorista para sua futura diocese.Suplicava
ao Pe.Ripoli que enviasse seis sacerdotes os quais deveriam
pregar misses e dedicar-se ao ensino da teologia no semin
rio diocesano.D.Vioso usou para isto a mediaao de D.Cocle
CSSR ex-Superior Geral e na ocasiao Arcebispo de Patrasso e
confessor da famlia real de Npoles.Pe.Ripoli respondeu ao
pedido favoravelmente,prometendo-lhe o envio de alguns mis
sionrios .dependendo da permisso do governo de Npoles;pe-
dia tambem garantias de sustentaao conveniente para a fun
daao .Entrementes o Pe.Ripoli procurou conseguir confrades
napolitanos para a empresa e tentou tambm interessar o Pe.
de H,ld entao superior da Provncia Belga para que tambm
enviasse alguns dos seus padres.
Foi resolvido que pelo mes de junho de 1844 iriam par
tir com destino a Mariana alguns padres napolitanos e belgas
para iniciarem a fundaao.Estas decises e apelos do Gover
no Geral nao encontraram ressonncia na Provncia Belga nem
na sede do Vicariato Geral Transalpino,cujo superior ainda
era o Pe.Passerat.A vinda acabou nao acontecendo,nem mesmo
dos padres napolitanos.Em carta de 12-V-1846 o Pe.Ripoli
queixa-se ao Pe^Passerat que enquanto este havia aprovado
mais uma fundaao no Texas(USA),"Imperium Brasiliense,sacer-
dotibus orbatum,non curas".
Em 1857 D.Vioso volta a insistir na fundaao,pedindo
pelo menos seis sacerdotes e quatro irmos coadjutores.Ofe
recia para isso uma chacara com residencia na vizinhana de
Mariana,para servir como ponto de apoio para a pregaao de
misses na regio,alm de garantir os meios para a manuten
ao do grupo.Este segundo pedido foi feito ao Superior Geral
do ramo transalpino,Pe.Mauron.A Consulta Geral de 6-VII-1857
respondeu negativamente ao pedido pelo motivo principal de
falta de pessoal disponvel para a nova fundaao.
D.Vioso voltou a insistir em seu pedido pela terceira
vez no ano seguinte ^recebendo a mesma resposta negati.va com
246
data de 4-V -1858.
Em 1867 foi negado um pedido de fundaao feito pelo
bispo de Belm do Pari e em 1870 foi igualmente negado ou
tro pedido feito pelo prprio Governo do Imprio.
0 "Kulturkampf" que como vimos acima tornou pratica
mente impossvel a vida dos redentoristas na Alemanha,quase
que levou a uma fundao no Brasil.Aproveitando-se desta
circunstncia,o Pe.Didier,Visitador das fundaes na costa
sul-americana do Pacfico,sugeriu em 1878 a D.Lus Matera,
ento nomeado Inter-Nncio Apostlico do Brasil,que conse
guisse uma fundaao nesse pas com os padres da Provncia
de Colnia que estavam exilados de sua ptria.D.Matera aco
lheu a sugesto e trouxe consigo dois membros dessa Provn
cia: o Pe.Andr Hellbach(1851-1929) o qual mais tarde suce
deu ao Pe.Didier como Vice-Provincial de Buenos Aires,e o
irmo coadjutor Jos Wiemers.Para que nao houvesse dificul
dades com o governo do Imprio Brasileiro por ocasiao da
entrada no pas,o padre figurava como seu secretrio e o ir
mo como seu servidor.Ambos foram hospedados na Delegaao
Apostlica e junto com D.Matera procuraram estudar as pos
sibilidades de uma fundaao dentro da finalidade da Congre
gao .Sendo que,devido legislaao contrria a instalaao
de congregaoes religiosas,dez meses apos sua chegada ao
Brasil nao surgisse nenhuma perspectiva de fundaao,o Pe.
Mauron os chamou de volta a Europa.
Aps esta tentativa,foram negados pelo Governo Geral
da Congregaao os pedidos de fundaao do bispo de Goias em
1881 e da Sagr.Congregaao de Propaganda Fide em 1885,a qual
pedia missionrios para a regio do Amazonas.A Congregaao
s iniciou seu apostolado no Brasil aps a proclamaao da
Republica.
Visto que as fundaes redentoristas no Brasil sao
muitas e de diversas procedncias,as dividiremos segundo a
Provncia de origem.
247
Mariana em 1896.D.Silvrio fez o pedido ao Pe.Mauron,rece
bendo resposta negativa,pelo mesmo motivo de falta de ele
mentos. Em 1892 fez novo pedido e nova negativa.No ano seguin
te ao pedir pela terceira vez,recebeu finalmente a aceita
ao de uma fundaao,cinqenta anos aps o primeiro pedido
feito por seu antecessor D.Vioso para esta mesma diocese.
Pe.Mauron entrou em entendimentos com a Provncia de Amster-
dam a qual aceitou o encargo e em meados do mesmo ano che
garam os primeiros redentoristas holandeses diocese.
0 Pe.Matias Tulkens que fora designado pelo prprio
Pe.Mauron para superior da misso,procurou encontrar-se lo
go com D.Silvrio e visitou todos os lugares que foram ofe
recidos para que se fizesse a fundaao.Apos estas viagens de
observaao,decidiu-se por Juiz de Fora onde foi iniciada a
primeira fundaao redentorista no Brasil em 26 de abril de
1894.Aps o aprendizado da lngua,j no ano seguinte comea
ram a pregar misses na diocese e arredores.Em 1900 foi ini
ciada uma nova fundaao em Belo Horizonte e em 1903 um, ter
ceiro convento era fundado na Cidade do Rio de Janeiro,ento
capital da Republica.Neste mesmo ano foi criada a Vice-Pro-
vincia de Juiz de Fora,sendo que mais tarde o superior trans
feriu-se para o Rio de Janeiro mudando-se assim o nome da
Vice-Provncia.
Em 1905 a Vice-Provncia recebia seu primeiro confra
de brasileiro na pessoa do famoso Pe.Jlio Maria(1850-1916),
o antes conhecido advogado,promotor publico,orador e ensas
ta,Dr.Julio Cesar de Morais Carneiro o qual tornara-se sa
cerdote em 1891.Pe.Jlio Maria teve grande importncia na
renovaao da vitalidade do catolicismo no Brasil o qual com
a separaao entre Igreja e Estado se reorganizava,livre das
ingerencias e limitaes que antes lhe eram impostas pelo
padroado e pela mentalidade regalista.Pe.Jlio Maria propa
gou o mais que poude,na Igreja recm liberta do Brasil,a
preocupaao de se orientar para a questo social,empenhando-
se na construo de uma sociedade mais justa,em aplicaao
as orientaoes da Encclica "Rerum Novarum".Nao podemos nos
furtar a duas citaes de suas palavras,as quais ilustram
suas ideias disseminadas em seus artigos publicados em jor
nais 'do Rio de Janeiro e de outras cidades bem como por seiB
livros e por sua pregaao por todos os estados do pas,com
exceo apenas de Gois e Mato Grosso:
248
quase totalidade.compreenderam ainda o dever presente
do catolicismo brasileiro,encerrado nos templos,e na
da divisando alm dos horizontes da sacristia;nem os
polticos do novo,como do passado regime,se mostram
ja distanciados do mesquinho ideal social e poltico
em que a Igreja,longe de ser a cooperadora necessria
da paz publica e da prosperidade cvica, apenas con
siderada uma empresa de funerais e uma simples admi
nistradora de sacramentos'.' (A Igreja e o Povo,1900,
Prlogo).
249
vncia de Garanhuns a qual continuou a criar novas fundaes
entre as quais a de Recife em 1955 para onde foi transferi
do o governo vice-provincial em 1959,mudando-se assim o no
me para Vice-Provncia de Recife.
250
hora,mas que agora a Congregaao j estava comprometida com
uma fundaao na diocese de Gois.Pego de surpresa pela es
perteza de seu c o l e g a ,D.Arcoverde soube reverter a situaao.
Procurando dar ao Pe.Raus uma idia do que significava uma
fundaao no serto bruto,sem estradas nem recursos,at onde
uma comunicaao da Europa demorava cerca de dois meses para
c he g a r ,argumentou que tal fu n d a a o ,para gozar da indispen
svel r e t a g u a r d a ,precisava de um ponto de apoio na regio
do litoral,onde a comunicaao com o exterior era mais fcil,
onde j havia estrada de ferro,etc.0 bondoso Pe.Raus acabou
aceitando a argumentaao e mais a nova fundao na diocese
de Sao P a u l o ,ficando estabelecido que os redentoristas ini
ciariam seu trabalho ao mesmo tempo em Campininhas de Gois
(onde atualmente se ergue a nova capital do E s t a d o ,Goinia)
e na diocese de Sao Paulo,onde iriam cuidar do Santurio de
Nossa Senhora da Conceio Aparecida,situada quase a meio
caminho entre a capital do p a i s ,Rio de Janeiro e a cidade de
Sao Paulo,ambas j interligadas por estrada de ferro.
251
Enquanto D.Eduardo estava em Gars,foi divulgada a n o
tcia da deciso governamental isentando os redentoristas de
todas as proibioes conseqentes do Kulturkampf,nao mais os
considerando como aparentados com os jesutas.Se a notcia
encheu a todos de alegria,nao deixou de criar uma certa he-
sitaao quanto fundaao no Brasil,pois surgia a esperana
de repovoar os conventos abandonados na Ale manha desde 1873.
Esta tarefa j ocuparia todos os existentes e ainda ia fal
tar .Ao ser editado o K u l t u r k a m p f ,a Provncia contava com 72
sacerdotes v l i d o s ; d e s t e s ,naquele m o m e n t o ,restavam apenas
36,muitos j em idade avanada.0 cronista afirma que "...
jamjam senescebant,et magis itineri ad aeternitatem quam i-
tineri transmarino sese accingere debebant'.' bem verdade
que a Provncia j dispunha de algum sangue novo.A formaao
fora reorganizada ocultamente e o noviciado voltara a fun
cionar a partir de 1888.Em 1894 j havia u m ou outro padre
ordenado r e c e n t e m e n t e ,embora isto pouco significasse diante
da reconstruo por fazer.
252
valgada,finalmente l chegaram no dia 12 de dezembro.
253
mero de sacerdotes europeus que chegaram ao Brasil apos a
proclamaao da Republica para repovoar os conventos das Or
dens e Congregaoes Religiosas que no Brasil definhavam,era
desolador e os levou a concluso que deveriam sustentar seus
conventos com elementos vindos da Europa,pois nelo que viam,
os brasileiros nao serviam D a r a ficar padre.A fundaao do
Seminrio de Aparecida representava para eles u m desatino.
Muitas vezes os fundadores alemaes foram aconselhados por
colegas de outras Ordens ou Congregaoes a desistirem de seu
intento.A isto,o Pe.Valentim von R i e d l ,primeiro diretor do
S e m i n r i o ,respondia que a Graa de Deus podia agir aqui da
me sma forma que na Europa.Seus esforos foram recompensados
e em 1906 j professaram os primeiros redentoristas b r asi
leiros aos quais muitos outros se seguiram.Estes bons resul
tados tiveram influencia na deciso que mais tarde outros
religiosos tomaram de fundarem seminrios de suas ordens e
congregaoes no Brasil.
254
Na propagaao da devoo a N.S.Aparecida por todo o
Brasil tiveram bastante importancia a fundao do Jornal
Santurio de Aparecida fundado em 1900 e a Rdio Aparecida
que iniciando suas atividades em 1951 com uma modesta emis
sora de ondas mdias passou a atingir praticamente todo o
Brasil a partir de 1954 ao emitir seus programas em ondas
curtas de grande potncia.
255
Dois redentoristas austracos foram enviados ao Brasil e a-
ps permanecerem na Vice-Provncia de Sao Paulo o tempo ne
cessrio para o aprendizado da lngua,dirigiram-se a Campo
Grande (MS) entao ainda pertencente diocese de Corumb.
Entretanto,a fundao nao chegou a se concretizar devido a
vrios motivos entre os quais foi de peso a falta de recur
sos, tanto de pessoal,como f i n a n c e i r o ,com que lutava a Pro
vncia de Viena em consequencia dos estragos causados pela
I Guerra Mundial.Os dois padres foram chamados de volta em
1924.
Em 1927 a Santa S fez u m apelo ao Superior Geral pe
dindo a colaboraao da Congregaao no esforo de atender a
grande falta de sacerdotes na Amrica Latina.Este apelo en
controu uma resposta quando em 1 9 2 9 ,D.Antonio de Almeida
Lustosa,bispo de Corumb esteve em Roma expondo pessoalmen
te ao Superior Geral a imensa falta de sacerdotes de sua
vasta diocese/ a qual contava apenas com oito d eles.0 Pe.Pa
trcio Murray comunicou-se com o Superior da Provncia de
Baltimore o qual apos entrar em contato com o bispo de Co
rumb,enviou dois padres ao Brasil,os quais chegaram em Sao
Paulo no comeo de dezembro do mesmo ano.Apos ficarem algu
mas semanas na Vice-Provncia de Sao Paulo estudando os ru
dimentos da lngua portuguesa,dirigiram-se^a A q u i d a u a n a ,dio
cese d C o r u m b ,acompanhados pelo Pe.Estvo de Sao Paulo,l
chegando no dia 23 de janeiro de 1930.No mesmo dia lhes foi
entregue a paroquia de A qu ida uan a.0 bispo queria que os re
dentoristas norte-americanos assumissem imediatamente mais
quatro paroquias que estavam sem sacerdote.
256
1971.
Neste mesmo ano,as fundaes que haviam se desenvolvi
do no Paraguai foram desmembradas da Vice-Provncia,formando
a Regio de Assuno,que passou a depender diretamente de
Balt imo re.
257
extremo nordeste da Argentina,na regio do Chaco,onde exis
te agora a Vice-Provncia de Resistncia como j vimos aci
ma. Esta Vice-Provncia iniciou em 1972 uma fundao no Bra
sil em Dionsio Cerqueira,no Estado de Santa Catarina,fron
teira com a Argentina.
258
A Vice-Provncia que tinha estendido seu apostolado
at ao Piau,tendo feito uma fundaao em Teresina,capital
deste E s t a d o ,resolveu posteriormente restringir seu campo
de apostolado quase que s ao Estado do A m a z o n a s ,deixando
uma ocupaao maior do Estado do Para para o futuro.
259
8) Provncia de Edmonton (Canad)
260
E x p a n s o na O c e a n i a
261
trabalhavam n a regio terem se identificado com a causa da
Espanha,apos a derrota,abandonaram o pas ou dele foram e x
pulsos ,setecentos sacerdotes catlicos deixando a grande
maioria das parquias completamente sem pastores.
262
Apesar de todas estas dificuldades ,o trabalho ali
exercido pelos redentoristas foi especialmente abenoado por
Deus.Uma das iniciativas dos missionrios que teve u m papel
importante na manutenao da f do povo cristo que estava
vivendo praticamente sem sacerdotes foi a devoo da Nvena
Perpetua a N.S.do Perptuo Socorro.Esta devoo iniciada em
Baclaran,um subrbio de Manila em 1948,teve uma difuso e n o r
me.J em 1960,assistiam a Novena Perptua uma mdia semanal
de oitenta mil p e s s o a s ,iniciando-se a primeira novena as
cinco horas da manha,repetindo-se a devoo de hora e m hora
durante todo o dia.Em todas as quartas-feiras ela trans
mitida pelo radio para todo o pais em dois horrios e segui
da em centenas de h o s p i t a i s ,prises etc.Em 1958 foi inaugu
rada em Baclaran uma nova igreja com a capacidade para doze
mil pessoas para poder atender ao acurso dos fiis.
263
E x p a n o na S I A
264
A fundaao vietnamita sempre sofreu e sofre at hoje
as consequencias da intranqilidade em que sempre se deba
teu a regio.Aos movimentos de libertaao contra a ocupaao
fr a n ces a,sucedeu-se a ocupaao japonesa durante a II Gerra
Mu n d i a l ,seguida da ocupaao chinesa logo aps a guerra,at
que os franceses pu dessem reocupar o pas,tudo recomeando
de novo com a guerra da independencia,logo reiniciada,a qual
se prolongou at 1954.Por ocasiao da independencia,o pais
foi dividido em Vietnam do Norte e do Sul o que resultou n
guerra de reunificaao do pas liderada pelos comunistas do
Vietnam do Norte,que comegou logo em seguida a estender seus
horrores at a reunificaao sob domnio comunista em 1975.
265
aumento de conversoes na virada do s c u l o ,quando so entre
1899 e 1909 o nmero de catlicos chineses aumentou em 225% .
Em 1920 j havia na China quarenta e tres Vicariatos ou Pre
feituras Apostlicas com aproximadamente 1.350.000 catli
cos e 280.000 de outras confissoes cristas.
266
enquanto os missionrios continuassem vivendo e se vestindo
moda ocidental no meio do povo chines,sem se confundirem
com eles.A exemplo de Sao Paulo,era preciso ser chins entre
os chineses.Ele mesmo naturalizou-se c h i n e s ,adotou seus h
bitos e vestes e passou a se chamar Lei Ming Yuan.Nesta sua
luta enfrentou muita oposio e incompreensoes de companhei
ros que nao se da vam conta da cilada em que estavam envolvi
dos .
Para conseguir seu objetivo de reformular todo o pla
no de propagaao do cristianismo na China,Pe.Lebbe contava
com u m trunfo importante:0 Cardeal van Rossum CSSR,prefeito
da Congregaao de Propaganda Fide durante o pontificado de
Bento X V e nos primeiros dez anos do Pontificado de Pio XI,
com o qual muito se correspondeu.Nao deixa de ser interes
sante notar que as idias defendidas pelo Pe.Lebbe aparecem
e m duas Encclicasra "Maximum illud" de Bento XV publicada
em 1919 e principalmente a "Rerum Ecclesiae" de Pio XI, de
1926,a qual representava a vitoria de sua estratgia apos
tlica.
Vejamos algumas citaes da "Maximum illud":
267
prprio pais do que pela extenso do Reino de D e u s . . 1
.'
268
cultura ocidental e suas implicaes polticas criavam para
os missionrios e str an g e i r o s .Os projetos estavam prontos,a-
t o nome fora e s c o l h i d o :"Discpulos do Senhor'.' Faltava en
contrar quem dirigisse e orientasse a nova fundaao em seus
primeiros passos,at que a congregaao pudesse seguir avan
te sozinha,sem interferncias culturais e polticas.
269
mo de Mao Ts-tung,do outro.Em 1931 sobreveio a invasao ja
ponesa iniciada no norte e completada em 1937 com a ocupa-
ao de Changai e Nanquim.Durante a II Guerra Mundial,as tro
pas aliadas penetra ram em 1941 pela regio sudoeste p r o c u
rando desalojar os japoneses,o que so foi conseguido em
1945.Logo em s e g u i d a ,reacendeu-se a guerra civil que culmi
nou em 1948 com a tomada de toda a China continental pelas
foras comunistas de Mao Ts-tung.Em consequencia,os reden
toristas espanhis bem como a quase totalidade dos m ission
rios es t r a n g e i r o s ,foram expulsos do pas.
270
to Transalpino havia fundado o primeiro convento nesta ci
dade.Por ocasiao da expulso dos redentoristas de Portugal,
passou a residir nos conventos da Blgica e depois da Italia.
Por motivos de saude,teve que voltar a ndia em 1843 onde
continuou como redentorista,trabalhando como missionrio sob
as ordens da S a g r .Congregaao de Propaganda Fide,vindo a fa
lecer em Bombaim.
271
giram varias fundaes na sia,Oceania e frica,entre povos
pagaos.
272
a formar a Vice-Provncia de Toquio.
273
Oriente prximo.A Provncia de Bruxelas Setentrional que
desde o comeo do sculo tinha experiencia com ritos orien
tais em suas fundaes no Canad e na Ucrania,onde seus con
frades nao pudera m mais permanecer aps a ocupaao da re gi
o pelos comunistas r u s s o s ,aceitou a fundaao e no mesmo
ano dois sacerdotes comearam a trabalhar em Beirut,a capi
tal do L b a n o ,passando para o rito caldeu.Em 1954 chegaram
mais dois redentoristas belgas para trabalhar na regio.Seu
trab alh o,alm da pastoral ordinria e extraordinria entre
os c at l i c o s ,visa tambm a reconciliaao com Roma dos cris
tos cismticos e dos n e s t o r i a n o s .Com a vinda de mais cola
boradores ,foi feita mais tarde uma segunda'fundaao em Bag-
dad,capital do Iraque,onde residem muitos exilados srios
e libaneses de rito caldeu.A Misso dispe de poucos sacer
dotes e o trabalho avana lentamente.
E x p a n s o na F R I C A
274
a extenso do entao Congo Belga,atual Repblica do Zaire,mas
o concentrou n a regio de Matadi a qual constitui a ligaao
entre o Oceano Atlntico e o vasto pas que se alarga para o
interior.Nesta faixa de terra,a V ice-Provncia multiplicou
as estaes de misso que chegaram ao nmero de vinte e q ua
tro.
275
do em Pretria.Na dcada seguinte a Vice-Provncia de Pre
tria estendeu seu apostolado ao atual Zimbawe comeando por
uma fundaao na regio de sua c a p i t a l ,Salisbury.0 trabalho
apostlico no Zimbawe e promissor para o futuro,e nao fal
tam vocaoes n a t i v a s . A l i ,em Tafara est funcionando o novi
ciado e seminrio maior o qual j deu mais de u m sacerdote
nativo a Vice-Provncia.
276
na regio da Prefeitura Apostlica de Niamey.Finalmente em
1946 foi possvel atender a estes pedidos e chegaram a regi
o os seis primeiros redentoristas franceses os quais prov i
nham das Provncias de Lyon e de P a r i s .Comearam logo assu
mindo tres postos de misso instalados no meio da populaao
que e em 95% maometana,sendo o resto de religio fetichista.
A presena catlica na regio inexpressiva.
277
0 trabalho apostlico na regio do Niger e Alto Volta
bastante difcil em comparaao com outras r e g i e s ,tendo
que enfrentar um feixe de dificuldades provenientes seja das
varias lnguas em uso na regio,como por causa da extrema po
breza dos dois p a s e s ,aliada inclemencia do clima,exposto
a constantes secas,alm do fanatismo de certos elementos
maometanos,ao que se soma a precariedade ou mesmo nao exis
tncia de e s t r a d a s ,alm das dificuldades de uma pastoral de
dispora,no atendimento aos pequenos ncleos cristos da re
gio,sem contar as dificuldades inerentes ao trabalho de con
verso entre pagaos.
278
Dos vinte e cinco redentoristas que ali trabalhavam em 1971
restavam s seis em 1979;os outros foram obrigados a abando
nar o pais.Dos oito conventos e trs grandes hospitais manti
dos pela Congregaao ao comear a guerra civil,nada restava
em 1979.Os hospitais foram tomados pelo governo e transfor
mados em quartis.
O -O -O -O -O -O -O -O -O -O -O -O
279
dente.Com isto omitimos referncias a vrios bispos reden
toristas que existiram e existem por todo o mundo,muitos dos
quais foram pioneiros que prepararam e montaram dioceses,
quase sempre em regies de primitivos r e c u r s o s ,numa posio
de vanguarda na divulgaao do Reino de Deus.
280
TERCEIRA
PARTE
CAMINHANDO
PARA UM
MUNDO NOVO
C A P l T U L O XI
( 1947 a 1980 )
I. O Ambiente s5cio-Poltioo-Religioso.
( 1939-1945 / 1947-1980 )
282
e transtornos dela conseqentes e que ainda estavam por a~
co nte cer .Pois bem,no momento em que a guerra terminou,o sal
do era este: Cinqenta milhes de m o r t o s ,trinta milhes de
feridos(dos quais uma grande parte tornou-se invlida para
o resto da vida),e por fim,trs milhes de desaparecidos.
Mesmo depois de passadas mais de tres d c a d a s ,estes nmeros
ainda sao as sus t a d o r e s .Como consequencia de guerra,houve
grandes transtornos f i n a n c e i r o s ,tendo as reservas monetrias
de vrios pases desaparecido completamente em questo de
poucos anos.A cincia e a tecnologia modernas dedicaram seu
talento arte de m a t a r ,aplicando-se inveno de novas e
terrveis armas,de toda a espcie:atomica,qumica,bacterio
lgica,etc. . . Quando a guerra chegou ao fim,hordas de emi
grantes sem lar e na extrema m i s r i a ,vagav am pela Europa e
por todo o m u n d o ,procurando onde se abrigaremjmuitos eram
e x- pri sio nei ros ,outros tinham sido simplesmente expulsos e
d e p o rt ado s;outros ainda,estavam fugindo de vrios tipos de
perseguio poltica.
283
dental encabeado pelos Estados Unidos da Amrica com as
chamadas Democracias Ocidentais principalmente da Europa
ocidental e mais um largo squito de pases subdesenvolvi
dos que se encontram em sua rea de influncia e dependn
cia econmica.
284
qual com a revoluo de M a o - T s - t u n g (1893-1976) passara p a
ra o bloco comunista em 1948-49.Este mutuo afastamento con
tinua crescendo at aos dias atuais.Do lado de c da Corti
na de Ferro,John F . K e n n e d y (1917-1963) eleito Presidente
dos Estados Unidos da Amrica em 1960.Foi o primeiro presi
dente dos U.S.A.que era catlico e foi eleito presidente de
u m pais ocidental oficialmente p r o t e s t a n t e .Cuba,que em 1959
havia se passado para a rbita de influencia de Moscou,foi
armada p e la Russia com foguetes balsticos,e com a reaao
Norte-Americana,a guerra fria esteve a ponto de esquentar.
(1962).
4) A Situaao da I g r e j a .
285
de surpresa.Sua p r e p a r a a o ,entretanto foi relativamente v a
garosa.0 Papa destinou o prazo de quatro anos para que ela
se p r o c e s s a s s e ,isto ,de 1959 a 1962.Durante este tempo,co-
missoes e sub-comissoes trabalharam numa verdadeira corrida
contra o relgio sobre as sugestes que lhes eram enviadas
pelos bispos de todos os cantos do m u n d o .Constituioes e
Decretos foram preparados e enviados em sucessivas redaes
e m e n d a d a s ,por via postal,a todos os seus futuros part ici
pantes,isto ,os bispos de todo o Orbe Catlico.
286
regies que antes dormiam tranquilamente o sono do tradicio-
nalismo.O conceito que melhor caracteriza esta atitude que
acabou tomando conta do mundo atual : Se cul a r i s m o .
287
A outra questo de mxima importancia era de a Igreja
enfrentar corajosamente o problema do seu prprio "aggior-
na m ent o" ,ren ova ndo -se ,re for m a n d o - s e ,reorganizando-se.A ques
to era e continua sendo a seguinte:Para atingir este obje
tivo bastaria que a Igreja apenas modificasse algumas po u
cas estruturas dentre as vigentes h sculos e fizesse uma
certa adaptaao em algumas das formas de sua apresentaao
ao mundo;ou o que estava em jogo era uma verdadeira reviso
de tudo,que viesse a lhe propor novos i d e a i s ,novos valores
e novas metas a atingir?
288
dade de as Ordens e Congregaoes Religiosas se considerarem
como partes integrantes da Igreja e colocadas a seu servio,
o que v em a ser o seu "sentire cum Ec cle sia 1 .1 Do que vimos
nestas ultimas p a g i n a s ,conclui-se inevitavelmente que como
religiosos que somos, nossa obrigaao nos integrarmos no
processo de r e n o v a a o ,reforma e adaptao da Igreja ao m u n
do moderno.
289
Carismticos. Muitas Religiosas e muitas pessoas que pe rte n
cem ao Laicato estao atualmente compromissadas com diversos
trabalhos que antes estavam reservados com exclusividade aos
clr igo s, como por exemplo,o pregar retiros,dar cursos de
n o i v o s ,etc.Eles invadiram tambm a rea de apostolado que
antes era exclusivamente s a c e r d o t a l ,como a administraao do
Sacramento da Comunho,a Capelania de Hospitais,e at mesmo
todo o atendimento e administraao paroquiais com as nicas
excees da celebraao da Missa,do Sacramento da Reconcilia-
ao e da Unao dos Enfermos.
d) A Crise de Identidade na
Vida R e l i g i o s a .
290
Por causa disto,a dcada posterior ao Concilio assis
tiu a realizaao de Captulos Gerais s dzias,os quais im
plicaram,em sua p r e p a r a a o ,na formaao de comissoes e sub-
comissoes,no preenchimento de inmeros e interminveis ques
tionrios ,pelo mundo todo.O resultado de todo este esforo
foi a reviso e nova redaao de R e g r a s ,Constituies e Es
tatutos a t u a l i z a d o s ,para a grande maioria dos Institutos Re
ligiosos existentes no mundo catlico.
291
leriam mais,nem das n o v a s ,porque nao eram para valer,sendo
apenas uma "experiencia" para depois se chegar a algo de
definitivo com o tempo... uma espcie de "vacatio l e gis 1 .1
292
e) Esquema da Renovaao da Vida Religiosa
segundo o Concilio Vaticano II.
a) renovaao espiritual
<
d) aspecto pastoral
e) aspecto ecumenico
de suas nece s
sidades (n.2d) f) aspecto missionrio
g) aspecto social
II. 1)Espirito do
Fundador a) sistema de governo
Retorno ao Pri
mitivo Espirito -2)Finalidade p r b) leis obsoletas
do Instituto Re-> pria
c) diretrios obsoletos
ligioso (n.2) 3)As sas tradi
\d) costumes obsoletos
es :examinar
e rever(n.2b) e) livros de oraoes
obsoletos
f) cerimnias obsoletas
( n. 3 )
293
l)Requer-se um competente conhecimento da
situaao do mundo de hoje ( n.2 d )
a) fsicas
III.
2)A Vida b) psicolgicas
dev em ser
Adaptao Trabalho
c) sociais
Condioes do > --------- < adaptadas^
nosso t e m p o . As Oraes d) economicas
as condi
oes e) culturais
294
a) sua relaao com o Corpo
Mstico(n.l)
f) os Conselhos Evanglicos
(n.5)
Cultivo
da Vid
Espiritual
< <
a) F (n.25)
c) Humildade (n.5)
h) Oraao (n.6)
i) Mortificaao (n.12)
j) Contemplaao (n.5)
295
1) na Liturgia e na Vida de
Or aao(n.15)
VI.
Culti
< a) essencial para que possa
se fazer uma Renovaao.
vo da
Vida b) deve levar em conta e res
Espi peitar os talentos de cada
ritual um.
(Con c) deve ser promovida atravs
tinua
o) A Educaao I de toda a d ura * da v i d a *
C < p ar a a V i d a ^ d) deve visar a formaao de
Religiosa uma personalidade integra-
da(n.l8)
-oportunidade para
ser feita
e) deve
-suficiente tempo
dispor de* para isto
- aparelhamento n e
cessrio.
296
-a) a manutenao dos trabalhos
apostlicos prprios de ca
da Instituto,
VI.
b) Levem-se sempre em conta as
Culti necessidades da Igreja e da
vo da Diocese.
Vida c) Adaptar o Apostolado prprio
Espi aos novos tempos e lugares.
ritual D j.O A p o s t o l a d o ^ d ) Abandonar aqueles trabalhos
(Con que nada tem a ver com o es
cluso) pirito da Ordem ou Congrega-
ao.
e) Possuir esprito missionrio
que colabore com as atuais
necessidades no campo social
e cultural(n.18,20)
f) Trabalhar e m cooperaao e
sob a coordenaao das Confe
rncias Episcopais.
297
1 ) Inteira dedicaao da prpria
vontade,como de si proprio.
2)0bediencia,de acordo com as
1) < Regras e Constituioes.
3)Na obediencia as ordens leve-
Obe se em conta as capacidades:
din - da inteligncia
cia b) - da vontade
(Con- s Suditosy - dos talentos naturais
ti- (n.14) e sobrenaturais.
nua-
ao) 4)Ver a verdadeira obedincia
como uma extenso da liber
dade .
5)A Meta chegar-se a uma obe
diencia que seja ativa,e res
ponsavelmente assumida.
<
VII'
Os
Votos
(Con- a)Sua funao ser u m autentico testemunho
ti- do futuro Reino de Deus.
nua- b)Liberta para poder prestar servio
o) _a)Sade mental
l)meios natu >)Saude fsica
rais ]c)Educaao
apropriada
c) conserva-^
da mediante''
)Confiana em
Deus
2)meios sobrq^b)Mortificaao
2)
Castidade^
naturais jc)Amor f r a t e m o
1)Maturidade psicolgica
2)Maturidade emocional
3)Ter uma personalidade in
d)Presupos- /
tegrada
to s( n . 12)
4)Tempo suficiente para que
ela seja testada e desen
volvida.
298
1)Somente depender de uma "Licena" para
poder se usar de/ou gastar,nao expressa
<
VI L n em significa o voto de pobreza.
Os 2)Precisa existir de fato e ser vivida no
Votos Esprito.
(Con-
3)0s Religiosos deve m sentir-se obrigados
ti-
lei do trabalho.
nua-
o)
4)Testemunho quasi-coletivo
que significa
a)com a Igreja
3) participar e sentir
b ) c o m os pobre
Pobreza
<
5)Participaao e mu tua cooperaao relati
va as coisas materiais em nvel seja
inter-comunitrio,sej a int er- provncial.
299
II. Os primeiros anos aps a II Guerra Mundial
0 Captulo Geral de 1947
U m detalhe pitorsco in
fluiu em sua escolha.Buijs che
gou a Roma como simples vogal,
sem que seu nome fosse cogita
do para qualquer dos cargos do
novo Governo G e r a l .E n t r e t a n t o ,
ele h avia fraturado uma perna
pouco tempo antes e apresen
tou-se em Roma com a me sm a en
gessada, locomovendo-se de m u
letas durante o Captulo.
300
de T el8-a Moral editada na Holanda,e que era tido em alto
conceito nesta matria,e alm do mais,era conselheiro esco
lhido pelos bispos da Holanda para acessor-los habitualmen
te.Nos cursos de Teologia Moral que dava em nosso Seminrio
Maior de Wittem ( Holanda),fazia questo de na ltima aula do
ano destruir todas as suas anotaoes de preparaao dos cur
sos para se obrigar a refazer tudo de forma atualizada no a~
no seguinte.
Para informar os padres capitulares de tudo isto e mui
to mais,l estava o Pe.van B i e r v l i e t ,entao arquivista geral
e tambm membro da Provncia Holandesa.Ele acabou sendo seu
"cabo eleitoral'.'
Buijs era homem de vida acadmica,vivia entre os li
vros e era cheio de idias,muito i m a g i n ati vo.Em muitos casos
suas idias chegavam a ser bastante ousadas.Nao era possvel
ouvi-lo sem se ficar um tanto contagiado por seu dinamismo e
entusiasmo.Ele dedicou-se com extremo interesse na mon tag em
de uma Escola Superior de Teologia Moral a ser instalada em
Roma,com o nome de A l f o n s i a n u m .Nas suas visitas atravs do
mundo,encorajou as Provncias a tentar novos caminhos.A gran
de estima que ele proprio sentia pela Congregaao o levou a
uma atividade quase frentica no esforo de levar sua Congre
gaao a metas cada vez mais ambiciosas.
301
promover melhores nveis nos estudos e na melhor preparao
para os trabalhos apostlicos dos Redentoristas. En tre ou
tras coisas que ficaram como marca do seu governo convem
destacar a fundaao da Revista de circulao interna,o "Spi-
cilegium Historicum C .S S . R 1
.' que tanta luz j projetou sobre
o nosso passado com as pesquisas nela pu b l i c a d a s ,as quais
vieram a tornar-se de extrema utilidade quando o Concilio
Vaticano II nos convocou a todos para que procurssemos vol
tar s nossas origens e aos feitos e s intenes do funda
dor,do seu espirito,e o dos seus companheiros de fundao,
bem como s sadias tradies do Instituto.
302
tos no Captulo Geral Especial de 1967-69.
303
n e g a t i v o ,pode por a perder todo o esforo da caminha
da de uma tal assembliaV
304
VI 1817 - Pagani - Mansione.
VII 1824 - Pagani - Cocle.
VIII 1832 - Pagani - Ripoli.
1842 - Viena? - Passerat? (So os transalpinos)
1854 - Pagani - Lordi (So os do Reino de Npoles)
1855 - Pagani - Berruti(So os do Reino de Npoles)
IX 1855 - Roma - Mauron (So os transalpinos)
X 1894 - Roma - Raus(Todos.Reunificaao em 1869)
XI 1909 - Roma - Murray
XII 1921 - Roma - Murray.Adaptaao da Regra ao C.I.C.
XIII 1936 - Roma - M u r r a y .Observncia regular.
XIV 1947 - Roma - Buij s .
XV 1954 Roma Gaudreau.Projeto de adaptaao da
" " Regra.
XVI 1963 - Roma - Gaudreau.Revisao da Regra.
XVII 1967 Roma De Ceuninck e
A m a r a l .Reviso da Regra.
1969 - Roma - A m a r a l .Segunda Etapa de 1967.
XVIII 1973 - Roma P f a b .Observancia regular.
XIX 1979 Roma P f a b .Aprovaao definitiva das Novas
' " Constituioes e Estatutos.
a) 0 Captulo Geral de 1 9 5 4 .
Pe.Guilherme Gaudreau (1954 - 1967 )
305
do do Captulo como vogal da Provncia de Baltimore,da qual
era consultor provincial.
306
0 Capitulo determina tambem que as Provncias consti
tuam comissoes provinciais de estudo do assunto,para colabo
rar com a comisso central.
b) 0 Captulo Geral de 1 9 6 3 .
307
camente um ho mem so.Nao deixa de ser significativo o nome
com que ambas foram conhecidas,o do proprio presidente.
308
o Concilio Vaticano II pouco depois iria divulgar sobre a
atualizaao dos Institutos Religiosos,a reviso ficou bem a-
quem do que se projetava.
309
isto nao era conveniente antes que as Constituioes revisa
das fossem aprovadas pela Santa Se.Alm disso,o Concilio Va
ticano II estava em pleno a nda men to.Sabia-se que nele iriam
ser dadas normas conciliares sobre a renovaao da Vida Reli
giosa.A segunda sesso q u e ,j u l g a v a - s e ,seria a ltima,ia co
mear dali a seis m e s e s .Elaborar Estatutos com a probabilida
de de ficarem desatualizados em menos de um ano,nao teria
sentido.Apenas foram feitas algumas modificaoes nos Estatu
tos antigos em alguns pontos que foram julgados de maior u r
gncia.
a) Os documentos Co n c i l i a r e s .
310
tado anteriormente.
No dia 15 de maro de 1966 o Pe.Gaudreau publicou a
circular que convocava o prximo Capitulo Geral para se reu
nir em 6 de fevereiro de 1967.E n t r e t a n t o ,no dia 6 de agosto
de 1966 o Papa Paulo VI publicou o "Motu proprio" entitulado
"Ecclesiae Sanctae" dando normas sobre a execuo de alguns
decretos c o n c i l i a r e s ,entre os quais estava tambm o "Perfec-
tae Caritatis'.' 0 "motu proprio" tratava de u m modo expresso
dos Captulos Gerais destinados a Renovaao da Vida Religio
sa. Os pontos principais eram os seguintes:
311
apenas do inicio do Captulo Geral ja convocado em maro.
E m circular de 22 de agosto do mesmo ano,o Pe.Geral
comunicava a toda a Congregaao a deciso do Conselho Geral
de ampliar a finalidade do Captulo Geral j c o n v o c a d o ,a s s u
m indo as diretivas do mo t u p r oprio "Ecclesiae Sanctae" e
t r a n s f o rmando-o em Captulo Geral E s p e c i a l . A m e s m a circular
constatava a exiguidade do tempo r e s t a n t e ,prop o n d o dilataao
do prazo de seu in c i o , o u p a r a o domingo "in albis" ou pa r a
o dia 8 de setembro de 19 6 7 . Os superiores maiores d e v i a m r e s
ponder logo,qual a data por eles preferida.
O utra circular de 6 de outubro comunicav a o resultado
desta c o n sulta e m a r c a v a o incio do Captulo para 8 de se
tembro de 1967.A Congregaao di s p u n h a assim de onze meses
incompletos para p r eparar o Captulo Geral Especial.
312
para que a Comisso Central dispusesse do tempo mni m o p o s
svel para c o d i f i c a r ,redigir e pu b l i c a r seus esboos.
A Comisso Tcnica Central recebeu acima de dois mil
" p o s t u l a t a " ... proveni e n t e s de comissoes provinciais e de
confrades que m a n d a r a m seus pontos de vista d i r e t a m e n t e a
Co m i s s o C e n t r a l ,pois este caminho sempre esteve expressamen
te aberto a q u e m a s s i m p r e f e r i s s e . C o m tal acumulo de m a t e r i
al a ser o r g a n i z a d o ,c o dificado,e concentrado e m u m a redaao
nica ou e m redaes p a r a l elas,o tempo foi insuficiente.
Quando o C a p tulo comeou,este trabalho ainda nao esta v a te r
minado .
b o m que se d iga,a b e m da v erdade,que nao devemos nos
impressionar co m o n mero de colaboraoes que s u r g i r a m . M u i
tas t r a t a v a m de mincias de r e d a a o ,pra t i c a m e n t e sem conse-
q u e n c i as. verdade que a Comisso Central teve acumulo de
t r a b a l h o ,entretanto isto de v e u - s e mais a exiguidade do tempo
d i sponvel do que a ri q u e z a de s u g e s tes.A m a i o r i a dos c on
gregados e stava d e s p r e p a r a d a p a r a dar u m a c o l a b o r a a o e f i c i
ente e con s t r u t i v a . A avalanche de documentos conciliares com
toda a pro l i f e r a a o de "literatura conciliar " que os circun
dava,mal h a v i a comeado a ser a s s i m i l a d a . 0 tempo de reflexo
p a r a se fazer uma aplicaao de tudo isto ao nosso caso c on
creto , era m uito ex g u o . T a n t o assim,que a smu l a das r e s p o s
tas a C o n sulta Ampla,tal como foi a p r e s entad a no pr x i m o C a
ptulo pe l a Comisso C e n t r a l ,da v a a impresso de p o b r e z a de
sugestes.
c) Estudos Preparatrios R e g i o n a i s .
313
de estudo em nvel de comissoes i n t e r - p rovinci a i s - r e g i o n a i s
das quais p a r t i c i p a r a m o que de m elhor as Provncias em ques
to p o d i a m oferecer em t e o l o g o s ,juristas e "viri p r o b i " , c e r
tamente .
Nessas reunies foi repensado todo o ma t erial d i s p o
n vel , c o mo o texto das Constituioes aprovadas e m 1 964,o pro
jeto de Estatutos Gerais redigido pela Comisso dos "octo v i
ri" apos o Capitulo de 1963,b e m como o Di r e t r i o Espiritual
e o Manual de Oraes elaborados pela m e s m a Comisso,os do
cumentos c o n c i l i a r e s ,e s p ecialmente o "Perfectae Caritatis",
e^a partir da public a o da "Ecclesiae Sanctae",as comunica-
oes e codificaoes dos pareceres enviados n o v a Comisso
Tc n i c a Central c o nstituda aps a p u b l icao deste documen-
to pontifcio.
As reunies i n ter-provinciais mais importantes que se
r e a l i z a r a m a partir de iniciativas regionais em p r eparao
do C a pitulo de 1967 foram as seguintes:
1965 - Agosto: E t r e l l e s ,na F rana
- Setembro: B a d e n ,na Sua,da qual p a r t i c i p a r a m
as Provncias de lngua francesa e alema.
1966 - Abril: L u g a n o ,na Itlia.Oito Provncias e u r o
pias e s t u d a r a m os textos do Conc . V a t . I I :
P r e s b y t e r o r u m O r d i n i s ,G a u d i u m et S p e s ,e Lu-
m e n Gentium.
- Junho: C a mpina Grande P B , B r a s i l . E s t i v e r a m p r e
sentes todos os Superiores Maiores do Br a
sil.
- Setembro: Delemont I,na S u a .P a r t i c i p a r a m d e s
te encontro quase todos os capitulares euro
peus e mais u m b o m n umero de "peritos"no as
sunto como H i t z , D u r r w e l l , e t c . .. Dur a n t e e s
ta reunio surgiu a idia,a c e i t a pe l o grupo,
de p a r t i r pa r a a el a b o r a a o de u m texto com
ple t a m e n t e novo das Constitui o e s e E s t a t u
tos ,o qual seria apresentado ao Ca p t u l o pa
ra servir de base de seus t r a b a l h o s .Es t a i-
deia trouxe consigo a necess i d a d e de s erem
bas i c a m e n t e repensados conceitos f u n d a m e n
tais como as nooes de converso,de minist-
r io- servio ,de carisma,de novos estilos-de-
vida,etc... Este foi o pr i m e i r o encontro re
alizado logo aps a public a a o d a "Ecclesiae
Sanctae",e evidente a influ e n c i a exercida
314
p o r e s t e d o c u m e n t o nos r u m o s q u e e s s e s e n
contros tomaram dali em diante.
E m dec o r r n c i a disso,foi toma d a a de
ciso de se p r o m o v e r e m outros encontros em
mbito inter-nacional e inte r - continental
c o m troca de colaboraao co m o que esta v a
sendo feito em outras regies como nos Esta
dos Unidos da Amrica,nas Fi l i p i n a s , n a A m
rica Latina,etc.
- Outubro: Sao Paulo I no B r a s i l .P a r t i c i p a r a m des
te e n c o n t r o t o d o s os c a p i t u l a r e s do B r a s i l .
- Novembro: Chicago I ,nos Estados Unidos da A m
rica. Este convnio p artiu pa r a u ma direo
claramente conservadora.Os pa r t i c i p a n t e s m a
n i f e s t a r a m p r e f e r n c i a pelo "Texto de L o n
d res" do qual trataremos logo abaixo.
- Dezembro: Delmont I I .Dele p a r t i c i p a r a m q u a r e n
ta capitulares da E uropa com mais alguns re
p r e sentantes dos Estados Unidos da A m e r i c a
e do Brasil.
1967 - Abril: Chicago I I .Estavam presentes todos os ca
pitulares da A m r i c a Setentrional e alguns
r e p resentantes da A m r i c a Latina.
- Abril: Sao Paulo I I .P a r t i c i p a r a m d este encontro
todos os capitulares da Am r i c a L a t i n a . A
c o n v i t e ,esteve presente o Co n s ultor Geral
Pe.Amaral.
- S e t e m b r o : M a d r i d ,E s p a n h a . E s t e e n c o n t r o r e a l i z o u -
se poucos dias antes do incio do Capitulo
e dele p a r t i c i p a r a m muitos c a p i tulares de
todos os c o n t i n e n t e s ,que j e s t a v a m de v i a
g e m pa r a Roma.
Durante este ano de 1967 c o m e a r a m a ser d i fundidos por
toda a Congregaao projetos extra-oficiais de redaao das no
vas Constituies e E s t a t u t o s ,decorrentes da inici a t i v a de
diversos grupos de c o n f r a d e s .Tais p r o j e t o s , p a r a sua identifi
cao .receberam o nome da Pro v n c i a ou d a regio na qual h a
v i a m sido c o m p o s t o s .R e p r e s e n t a v a m o resultado dos encontros
regionais acima referidos e h a v i a m sido elaborados por canis-
ses regionais surgidas desses e n c o n t r o s ,com a a s s e s s o r i a de
seus p e ritos.Os mais importantes fo r a m os seguintes:
315
Texto de Londres I e II (Inglaterra)
Texto Europeu ( D e l m o n t ,Sua)
Texto de Cebu (Filipinas)
Texto de Ed m o n t o n (Canad)
Texto Italiano (Provncia R o m a na,es p e c i a l m e n t e -
Itlia)
Texto de V a r s v i a (Polnia)
A r e n u n c i a d o P e . G u i l h e r m e Gau dr e a u
316
p r e c i s o o b s e r v a r q u e n a o e r a i n t e n o do P e . G a u d r e a u
r e n u n c i a r a s s i m de i m p r o v i s o ,c o l o c a n d o os c a p i t u l a r e s n u m a
s i t u a o e m b a r a o s a . J a u n s se i s m e s e s a n t e s e l e h a v i a a m a d u
rec i d o a d e c i s o de r e n u n c i a r . P e . G a u d r e a u r e s o l v e u c o m u n i c a r
i m e d i a t a m e n t e s u a d e c i s o a t o d a a C o n g r e g a a o ,d a n d o t e m p o
aos c a p i t u l a r e s e n t o j e l e i t o s , d e p e n s a r e m n o s e u suces s o r .
P o r m , a n t e s de p u b l i c a r s u a d e c i s o ,c o m u n i c o u - a a S a g r a d a
C o n g r e g a a o dos R e l i g i o s o s ,r e c e b e n d o do seu P r e f e i t o a i n f o r
m a o q u e n a o p o d e r i a f a z e - l o p o r o c a s i a o do C a p i t u l o G e r a l
e n t o c o n v o c a d o ,p o r se t r a t a r de " C a p t u l o E s p e c i a l " , o qua l
n o p o d e r i a se t r a n s f o r m a r e m C a p t u l o E l e t i v o c o m u m . E s t a
r e s p o s t a o a b a t e u m u i t o . A u n i c a p e s s o a q u e e s t a v a ao p a r de
seus p l a n o s e r a o P e . A m a r a l ,se u C o n s u l t o r e P r o c u r a d o r G e r a l
da C S S R j u n t o S a n t a S . G a u d r e a u c o m u n i c o u - l h e a r e s p o s t a
n e g a t i v a que r e c e b e r a . E n t r e t a n t o ,a r e s p o s t a d a C o n g r e g a a o
dos R e l i g i o s o s f o r a u m l a p s o e n a o t i n h a f u n d a m e n t o j u r d i c o .
Pe.Amaral e n c a r r e g o u - s e de de s f a z e r o e q u voco junto a Santa
S .T r a t a v a - s e e n t r e t a n t o ,de t a r e f a d e l i c a d a , p o r c o n t r a r i a r
parecer dado pelo P r e f e i t o da C o n g r e g a a o dos R e l i g i o s o s . F o i
p r e c i s o t r a t a r c o m os a s s e s s o r e s d a m e s m a , c u i d a d o s a m e n t e . P a
ra a t r a s a r t u d o m a i s a i n d a , o p e r s o n a g e m q u e d e r a o p a r e c e r
d e s f a v o r v e l a u s e n t o u - s e e m f r i a s p o r l o n g o t e m p o . Q u a n d o tu
do se e s c l a r e c e u da p a r t e d a Cria R o m a n a , n a o h a v i a m a i s t e m
po h b i l p a r a a n u n c i a r a d e c i s o d a r e n u n c i a a t o d a a C o n g r e
gao e o P e . G a u d r e a u vi u - s e forado a d e i x a r a comun i c a a o
de sua d e c i s o p a r a o i n c i o do p r p r i o C a p t u l o G e r a l .
Os t r a b a l h o s do C a p t u l o s a i r i a m m u i t o p r e j u d i c a d o s
se os c a p i t u l a r e s ,a s s i m d e i m p r o v i s o ,t i v e s s e m q u e e l e g e r o
sucessor do P e. G a u d r e a u . E n t r e outras soluoes possv ei s para
o impasse,foi sugerido pelo Secretrio Geral do Capitulo e
a p r o v a d o p e l o s c a p i t u l a r e s , q u e se a r e n u n c i a f o s s e a c e i t a , o
Superior Geral demissionrio d e v i a indicar u m V i g r io Geral
que o s u c e d e s s e no g o v e r n o d a C o n g r e g a a o e n a p r e s i d e n c i a
do C a p t u l o , o qual c o n t i n u a r i a seus t r a b a l h o s n o r m a l m e n t e ,
d e n t r o da p a u t a p r e v i s t a , a t q u e d o s c a p i t u l a r e s j u l g a s s e m
c h e g a d a a h o r a de p a s s a r a e l e i o .T o d o s os p r e s e n t e s q u e r i
a m ter t e m p o p a r a m e l h o r se c o n h e c e r e m . A s s i m foi f e i t o . N a r e
u n i o da s e g u n d a f e i r a s e g u i n t e a r e n n c i a do P e . G a u d r e a u foi
aceita e este n o m e o u p a r a seu V i g r i o Geral o Pe.de Ceuninck,
seu C o n s u l t o r - A d m o n i t o r . E s t e p a s s o u a g o v e rn ar ia Congregaao
e a p r e s i d i r o C a p t u l o c o m g e r a l a c e i t a a o ^ a t e q u a n d o a as~
s e m b l e i a a c h o u q u e ja p o d i a t r a t a r d a e l e i o do n o v o S u p e
rior G e r a l . I s t o a c o n t e c e u aps oito semanas de r e u n i e s , n o
d i a 3 d e n o v e m b r o ,q u a n d o foi r e a l i z a d o o p r i m e i r o e s c r u t n i o
317
eleitoral.
T r ataremos logo d e s t a eleio por j estarmos no assun
to,deixando p a r a depois os trabalhos capitulares sobre a re
viso das Constituioes e Estatutos da CSSR.
318
v a m os eleitores a mu d a r deste para aquele c a n d i d a t o ,e t c . ..
E mbora a m a i o r i a dos capitulares reconh e c e s s e a gr a n
de c a pacidade de co o r d e n a a o e a condio de perito e m le -
g islaao do P e . A m a r a l , t a o til neste m omento de renovaao
das estruturas legais da CSSR,grande parte dos capitulares
nao v i a com bons olhos a eleio de u m jurist a p a r a o cargo
de Superior Ger a l . U m a parte aprecivel dos eleitores p r e f e
ria a l g u m que fosse mais especializado e coifl grande e x p e r i
ncia n a " p a s t o r a l " ,no a p o s t o l a d o .U m b o m n me r o de c a p i t u l a
res q u e ria eleger al g u e m que fosse p erito em "vida r e l i g i o
sa " , e m " e s p i r i t u a l i d a d e '.' Os eleitores destas duas tendncias
su s t e n t aram,durante muitos e s c r u t n i o s ,as votaoes r e l a t i v a
mente altas recebidas por Connors e R a p o n i . U m grupo menor,
pr e f e r i a u m "t e l o g o " Ho r t e l a n o po l a r i z o u os votos destes ca
pitulares .Pfab s ofria do mesmo mal que A m a r a l : e r a jurista...
A m e d i d a e m que o impasse foi aparecend o como inso l
vel ,p r i n c i p a l m e n t e n a noite de 6 pa r a 7 de n o v e m b r o e n a m a
n ha do dia 7,houve "presses" p a r a que algum outro capitular
que nao estivesse entre esses cinco mais v o t a d o s ,aceitas se
sua i n d i c a a o . U m dos mais p r essionados para isso,foi o Pe.
Jos R i bolla,que e stava completando seu quinto trienio como
Provincial de Sao P a u lo.Connors fez de tudo pa r a que ele a-
ceitasse sua c a n d i d a t u r a . E x p l i c o u - l h e que a v o t a a o que ele
pr p r i o vi n h a r e c e bendo at a l i ,nao significa v a que ele e s
p e r a v a ou que a c e i taria sua i n d i c a a o ;tratava-se de u m e x p e
diente adotado pelo grupo dos capitulares dos Estados Unidos
e de outros de lngua inglesa,de nao d i s p e r s a r e m seus votos
at que a c h assem o candidato de sua p r e f e r e n c i a , p a r a o qual
s eri a m finalmente canalizados os votos de toda a "bancada".
C o n n o r s ,p e s s o a l m e n t e ,achava que nao de v i a ser eleito e seus
"eleitores" t a m b m nao q u e r i a m e l e g - l o ;p r o c u r a v a m apenas fi
car unidos em torno de u m " c a n d idato-de-fora " e n q uanto nao
se d e c i d i s s e m . A l m do ma i s , t o d o o grupo de seus "eleitores"
achava que seria at contra-i n d i c a d o e l e g e r , e m seguida,mais
u m Superior Geral p r o c e d e n t e dos Estados Unid o s e da m e s m a
Pr o v n c ia de Ba l t i m o r e , a qual p e r t e n c i a o r e n u n c i a n t e , P e .Gau
dreau .
Entretanto,o Pe. R i b o l l a r ecusou-se de toda a forma a
aceitar sua indicaao e o grupo resolveu d esc a r r e g a r sua res
peitvel v otaao no P e . A m a r a l ,talvez em con s e q u e n c i a d esta
"c o n v e r sa-ao-p-do fogo" em que o "intimado" c o n s e g u i u c o n
venc e r Connors a levar sua "bancada" a votar no Pe.Amaral.
319
P e .Tarcsio Ari o v a l d o Amaral (1967-1973).
P r e v a l e c e r a m a s s i m as
qualificaes do e l e i t o : s u a
e x p e r i n c i a de governo da CSSR,
como Consultor G e r a l , s e u conhe
cimento e c ompe t n c i a j de
m o n s trados no esforo de r e n o
va a o da CSSR de que ele p a r
ticipava como capitular desde
1954.Ap s trabalhar alguns a-
nos na pastoral d i r e t a , p a r o -
quial e de s a n t u r i o ,Amar a l foi
enviado a Roma p a r a formar-se
em D i r e i t o Cannico e Civil.
Al i , d u r a n t e seus e s t u d o s ,m a n
teve grande r e l a c i o n a m e n t o de
amizade co m o P e .B u i j s ,entao
Superior Geral e inspirador de
todo o m o v i ment o de atualiza-
ao da C S S R . Vol t o u ao Brasil
formado "in u t r o q u e " e passou
grande parte de sua v i d a como
professor de Di r e i t o Cannico
Pe. TARCSIO ARIOVALDO no Seminrio M a i o r de sua P r o
AMARAL
vncia,onde tamb m foi Supe r i
or e Pr efeito dos Estudantes.
Durante este tempo,foi eleito vogal pa r a o Captulo
Geral de 1954,o q u a l,como j v i m o s ,decidiu pr o m o v e r a r e f o r
m a de nossas Constit u i o e s e E s t a t u t o s . E m 1963,p a r t i c i p o u n o
v amente do Captulo G e r a l ,igualmente n a condio de vogal da
P r o v n c ia de Sao P a u l o .N e l e ,Amaral foi eleito C o n s ultor G e
r al,cargo que a c u m u l o u ,t ambm por e l e i o , c o m o de S e c r e t
rio Geral da C ongreg aao e de P r o c urador Geral da C o n g r e g a
ao junto a Santa S.
A l m d i s s o , e m 17-IV-1964 o P a p a Paulo VI o n o m e o u C on
sultor da Comisso Pon t i f c i a Internacional de R e v i s o do C
digo de Direito Can n i c o . D u r a n t e seu tempo de C o n s u l t o r G e
ral,foi designado pelo Pe.Gau d r e a u pa r a fazer visitas ca n
nicas em vrias Provncias da C o n g r e g a o ,o que lhe p r o p i c i
ou a oportunidade de c o n hecer c o n cretamente as d i v e r s i f i c a
das situaes nas quais se d e s e n v o l v i a o apost o l a d o dos re
dentoristas ,b e m como a situaao da Congregaa o no m u n d o e
320
seus esforos e problemas na adaptao ao Mundo Novo.
Dificilmente p o d e r - s e - i a encontrar na Cong r e g a a o um
memb r o que estivesse mais b e m informado a respeito de todo
o processo de reviso de sua l egislaao.Toda esta informaao
foi-lhe tambm ba s t a n t e til q u a n d o ,terminado o C a ptulo G e
ral E s p e c i a l ,aps 1 969,por suas maos p a s s a r a m , a f i m de serem
a p rovados,os Estatutos P r o v i n c i a i s "de todas as Provncias da
C o n g r e g a a o ,redigidas conforme o esprito das C o n stituies
e Estatutos gerais ento renovados.
321
d) Ficou tambm e s tabelecido que o texto defi n i t i v o e
completo das Constituies e Estatutos s_ se r i a m a p r e s e n t a
dos na segunda etapa do Capitulo.Na p r i m e i r a , f a r - s e - i a o que
fosse p o ssvel,e pa r a evitar um a situao de "vacatio l egis1,'
c o n t i n u a r i a m em vigor as Constituies vigentes desde 1964
para todos aqueles pontos sobre os quais a atual sesso nao
l e g i s l a s se.Caberia ao G o verno Geral dirimir qu a lquer dvida
que restasse.
e) A uma pr o p o s t a para que na elaborao de u m texto
n ovo,se seguisse como fio condutor,o texto antes elaborado
e c o n h e c ido como "Texto de Londres II",os capitulares r e j e i
taram a ^ s u g e s t a o ,como res t r i t i v a de sua liberdade de escolha
e d e c i s o . A rejeio nao se referiu expressame n t e ao texto
pro p o s t o , mas de forma g e ral,a todos os textos elaborados em
varias regies e j citados acima.
De outro lado, b o m lembrar que o trabalho feito ante
riormente com tanto esforo p e l a "Comissio octo v i r o r u m " e-
leita pelo Capitulo de 1 9 6 3 , nao servia mais de ba s e pa r a os
trabalhos ,pois ficara d e s a t u a l i z a d a diante da r eviso b e m
mais p r o f u n d a pr o p o s t a pelo documento conciliar "Perfectae
Caritatis e as normas do "motu p r o prio" "Ecclesiae Sanctae.
Em seu l u g a r ,o trabalho dos capitulares dev e r i a ter-se
bas e a d o nas respostas a C o n sulta Ampla a todos os membros da
C o n g r e g a a o ,ordenada por este ultimo docu m e n t o . E n t r e t a n t o , d e
vido exiguidade do tempo,a "Comisso Tcnica C e n tral" no
tinha ainda conseguido terminar a sntese das respostas re
cebidas quando o Capitulo comeou.
E foi a ssim,"apalpando o terreno" que o Captulo come
ou a tratar o "De Regimine" em sua decima sesso p l e n r i a
no dia 4 de o u t u b r o . 0 estudo e discusso deste assunto tomou
todo este mes.No fim do mes,os capitulares ju l g a r a m que j
era po s s vel passar a eleio do novo Superior Geral e os
escrutnios eleitorais foram iniciados no dia 3 de novembro,
como ja vimos acima.
Eleitos o Superior Geral e seu Conselho,os capitulares
p a s s a r a m a tratar do assunto "De Vi t a Ap o s t o l i c a " no di a 10
de n c v e m b r o ,v i g sima nona sesso p l e n r i a .Entre t a n t o o ritmo
dos trabalhos j nao era o m e s m o . 0 cansao comeou a se m a
nifes t a r , e o Captulo perdeu seu " l a n .Diante da falta de
um a p r e p a raao a d e q u a d a ,sofrendo a ausncia de u m texto que
norteasse o trabalho,o esforo fatigara a todos.Mesmo assim,
o "De Vita Apo s t o l i c a " foi tratado,mas desta vez,os capitula-
322
res a p r o v a r a m a sugesto de tomar como fio condutor u m dos
textos elaborados antes do Capitulo.Durante o mes de outubro,
o "Textus Italicus" fora aos poucos grangeando a aceitaao
de bo a parte dos capitulares e no dia 7 de novembro,foi a p r e
sentada uma pr o p o s t a assinada por setenta capitulares para
que este texto fosse aceito pelo Captulo como base de tra
balho p ara o "De V i t a A p o s t o l i c a " .A p r o posta submetida a v o
tao no dia 11 do mesmo mes,foi aprovada por grande maioria.
Isto p e r m i t i u que o assunto fosse tratado com mais rapidez
que o a n t e r i o r ,e n c errando-se o estudo do projeto no dia 20
de novembro.
Durante sua t r a m i t a a o ,surgiram pedidos de capitulares
para que se marcasse um a data para o encerramento da p r i m e i
ra etapa.Muitos sentiam a necessidade de volt a r p a r a casa e
p e d i a m ao novo governo que aprontasse,apos co nsulta as bases,
u m pro j eto de Constituioes e Estatutos a ser estudado e a-
provado na segunda etapa de reunies.
Nas ultimas sesses foram tomadas as medidas n e c e s s
rias p a r a que a reviso caminhasse b e m durante o intervalo
que se iniciava,e p a r a que de algum modo fosse remediado o
d esc o m p asso existente entre,de um lado,as novas Constituioes,
c om mais aquelas de 1964 que ainda con t i n u a v a m em v igor,e do
outro,os Estatutos Gerais antigos,que nao se a d e q u a v a m mais
ao novos textos,pelo menos naqueles pontos que e x i g i a m uma
r eforma de certa u r g n c i a .Qa o Captulo Geral de 1963 h avia
m o d i f i c ado algumas determi n a e s dos antigos Estatutos pelo
m esmo motivo.)
Uma comisso para tratar deste assunto j fora formada
no d ia 11 de n o vembr o e nas ultimas sesses esta a p resentou
suas propostas que fo r a m aceitas aps serem d i scutidas em
p l e n r i o . 0 Decreto sobre os Pontos Prticos a ssim aprovado,
enquanto mo d i f i c a v a alguns dos Estatutos a n t i g o s ,dei x a v a v
rios outros para serem regulamentados por legislao dos G o
vernos P r o v i n c i a i s .Ficou pois e s tabelecido que as Provncias
sobre eles d e l i b e r a s s e m e apr e s e n t a s s e m suas determi n a e s
p a r a a aprovaao pe l o Governo Geral.Este decreto j tinha a
inteno de ser u m balao de ensaio para os futuros Estatutos
Gerais a serem formulados na segunda etapa do Captulo.
Q uanto a conti nuaao dos trabalhos de r e v i so,o C a p t u
lo p ediu ao Governo Geral que constitusse uma Comisso Cen-
tral de Re d a a o escolhendo seus membros a partir de um a lis
ta de candidatos apresentados pelos vrios grupos do Captulo.
323
Seu nmero e a c o n v o c a a o de o u t r o s p e r i t o s f i c o u a c r i t r i o
do Governo G e r a l . 0 C a p t u l o e s t a b e l e c e u a p e n a s q ue a p r e s i
dncia d e s s a C o m i s s o f o s s e e n t r e g u e a u m dos m e m b r o s do n o
vo Gove r no G e r a l ,o q u a l t e r i a t a m b m o e n c a r g o de s u p e r v i -
sionar os t r a b a l h o s d a m esma.
A C o m i s s o C e n t r a l de R e d a a o d e v i a r e d i g i r u m P r o j e t o
de C o n s t i t u i o e s e E s t a t u t o s l e v a n d o e m c o n t a as d e t e r m i n a
es do C o n c i l i o , o s d e b a t e s d a p r i m e i r a e t a p a do C a p t u l o ,
os p a r e c e r e s de u m a C o n s u l t a A m p l a , a ser f e i t a e m t o d a a C o n
g r e g a a o e b a s e a r - s e , c o m o t e x t o de t r a b a l h o , n o " T e x t u s Ita-
l i c u s " . 0 G o v e r n o Ge r a l i n d i c o u p a r a a p r e s i d e n c i a d a C o m i s
so o C o n s u l t o r Ge r a l P e . S a n t i n o R a p o n i o qual t i n h a s i d o o
r e d a t o r do "Textus Italicus".
C o m is t o , o s c a p i t u l a r e s e n c e r r a r a m os t r a b a l h o s d a p r i
m e i r a e t a p a do C a p i t u l o Ge r a l E s p e c i a l no d i a 23 de n o v e m b r o
de 1967.
e) P e r o d o I n t e r - S e s s i o n a l
324
qual pa s s o u pelos mesmos tramites do "Texto
D i s t r i b u d o " em todos os nveis da Congregaao.
- Apr o v e i t a n d o a e s p o ntnea iniciativa que v i n h a se
d e s e n v o l v e n d o desde 1965 de se o r g a n i z a r e m en
contros regionais inter-provinciais p a r a o es
tudo da revisao,o Governo Geral tran s f o r m o u e s
ta iniciativa pa r t i c u l a r em um organ i s m o o f i c i
al ,convocando q uatro encontros i n t e r - p r o v i n c i
ais durante este assim chamado D i n mico P e r o
do I n t e r - Sessional,a saber:
M a n i l a ,nas F i l i p i n a s ,para todos os capitulares
da regio do Pacifico.
D e l m o n t ,na Sua,para os capitulares da Europa.
Deste encontro p a r t i c i p a r a m t a m b m repre
sentantes de outros c o n t i n e n t e s . U m dos
assuntos tratados foi a m e t o d o l o g i a a ser
usada na segunda etapa do C a p tulo Geral
Especial.
T u c s o n ,Arizona,USA,para os capitulares dos E s
tados Unidos da Am r i c a e do Canad.
L i m a ,no P e r u , p a r a todos os capitulares da A m e
rica Latina.
325
d e b a s e p a r a os t r a b a l h o s q u e se r e i n i c i a v a m .
Alguns capitulares fatigados com tantas reunies r e g i o
nais e mais todo o trabalho intensivo a que ti n h a m se d e d i
cado desde que h a v i a m sido eleitos para a funao de c a p i t u
lares trs anos a n t e s , (alguns j es t a v a m trabalhando na re
viso em regime quase exclusivo desde antes de 1 9 6 3 ) , apre s e n
t a ram ao Capitulo o pedido de que a "Proposta de Texto D e f i
nit i v o " fosse vo t a d a g l o b a l m e n t e ,na forma como^fora entregue
aos capitulares pela Comisso Central de Redaao.
U m a v e z m a i s ,e n t r e t a n t o ,o C a p t u l o n a o a c e i t o u que
seus d i r e i t o s d e d e c i s o f o s s e m a s s i m i n d i r e t a m e n t e d i m i n u
dos e v o t o u a f a v o r d e e x a m i n a r t o d o o t e x t o , p o n t o p o r ponto,
e m v o t a e s d i s t i n t a s . N o d e i x a de ser a d m i r v e l o q u e e n t a o
a c o n t e c e u :0 t e x t o e n t r e g u e aos c a p i t u l a r e s c o n s e g u i u s o b r e
v i v e r a e s t e m i n u c i o s o e x a m e e s a i u do o u t r o l a d o d a m a q u i n a
es c r u t i n a d o r a pr a t i c a m e n t e n t e g r o , c o m p el o menos noventaj>or
c e n t o de sua r e d a o i n t a c t a , a o m e n o s q u a n t o ao s e u contedo.
V a l e ,t a l v e z ,aqui uma obs e r v a a o : 0 que o Captulo de
1963 e a p r i m e i r a etapa de 1967 nao h a v i a m ^ c o n s e g u i d o , e s t a
sesso c onseguiu c o m r e lativa facilidade.Nao o caso de se
d izer:Vale a pe n a consultar as bases?
Tudo o que nesta segunda etapa do Captulo foi f i n a l
mente a p rovado,foi entregue Congregaao p a r a ser vivi d o d a
li em d i a n t e . A inteno era que este novo Texto era o d e f i n i
t i v o . E n t r e t a n t o ,do p o n t o de v i s t a j u r dico,a Santa Se em
tais casos nao concede de imediato a aprovaao definitiva,
mas somente "ad t e m p u s ", levando em conta que so a p r a t i c a
r e v e l a r a sua f u n c i o n a l i d a d e ,ficando assim aberta a p o r t a p a
ra mod i f icaoes que s sua o b s e r v n c i a p r ovada co m o tempo,
v e n h a m a aconselhar.
0 texto das novas C o n stituioes e Estatutos foi a ssim
aprovado p e l a Santa Se "ad experi m e n t u m " at ao Ca p t u l o G e
ral s e g u i n t e ,sendo este prazo prorrogvel at a u m segundo
Captulo Geral p o s t e r i o r ,ocasiao e m que o texto devia , c o m o
lti m o p r a zo,ser apresentado Santa S para sua aprovaao
d e f i n i t i v a .No nosso caso,isto da r i a dez anos de "experien-
cia" e foi o que a c o n t e c e u ,como veremos.
4) 0 Captulo Geral de 1 9 7 3 .
326
necessrio convocar um Captulo Geral em 1973 porque neste
ano terminava o mandato do Governo Geral eleito por seis a-
nos em 1967.
A solenidade de abertura do Captulo deu-se no di a 31
de agosto e no dia seguinte comearam os ple n r i o s . A tenden-
cia da m a i o r i a dos capitulares era de reeleger o Pe.Amaral
para u m novo m a ndato de seis a n o s . E n t r e t a n t o ,logo no incio
dos trabalhos o Superior Geral comunicou aos capitulares que
por graves motivos de sade e estado de sobrecarga nervosa,
nao p o d e r i a de modo algum aceitar sua r e e l e i o .Sua d i s p o s i
o foi c orroborada com o parecer de laudos m d i c o s .Diante
disto,o Captulo p r o c u r o u escolher seu sucessor entre seus
membros.
Apos u m e s c r u tnio de sondagem que indicou nove c andi
datos mais votados e vinte e nove outros nomes pelos quais
se d i s p e r s a r a m o restante dos e l e i t o r e s ,pass ou-se ao p r i m e i
ro e s c rut n i o eleitoral no dia 11 de s e t e m b r o . 0 P e.Jos J o r
ge Pfab que n a p rvia eleitoral fora o terceiro mais votado,
saiu em primeiro lugar no e s c r utnio do dia 11,mas com m a i o
ria r e l ativa apenas e pouco e x p ressiva.Os es c r utnios foram
se sucedendo,ao mesmo tempo que o Captulo ia tratando dos
assuntos de sua agenda.Aos p o u c o s , a votaao do Pe.Pfab,que
em todos os escrutnios foi o mais vo t a d o , i a aumen t a n d o len
ta e gradualmente at atingir a m a i o r i a de dois teros no
oitavo e s c r u t n i o ,o c o rrido no dia 17 de sete m b r o . E s t a v a as
s im eleito o novo S uperior Geral da Congregaao.
P e .J os Jorge P f a b . (1973-19.. )
Pe.Pfab da Pr o v n c i a de M u n i q u e ,A l e m a n h a .Formado em
Roma "in utroque Iure",foi por muitos anos p r o f e s s o r de D i
reito Cannico no Seminrio Maior de sua P r o v n c i a , d o qual
foi t a mbm S u p e r i o r .Eleito vogal de Mu n i q u e p a r a o Captulo
Geral Especial de 1967 ,foi u m dos cinco candidatos mais v o t a
dos para substituir o Superior G e r a l ,P e . G a ud r e a u . F o i depois
eleito pelo me s m o C a p t u l o ,Consultor Geral e Proc u r a d o r G e
ral da C ongregaao junto a Santa S.Sua e xpe r i n c i a de gover
no dur ante esses seis anos foi importante na tarefa por ele
assumida neste Captulo,que era de aprimorar as novas Consti
tuioes e Estatutos renovados desde 1969 e conso l i d a r sua im-
p l a n t a ao e ob s e r v a n c i a em toda a Congregaao.
Pe.Amaral reg r e s s o u a sua P r o vncia r e n u n c i a n d o tambm
327
aos seus encargos de Consultor
da Comisso Pon t i f c i a I nter
nacional de Re f o r m a e Reviso
do Cdigo de Direito Cannico.
No dia 5 de ma i o de 1 9 7 6 , foi
nomeado pelo Pap a Paulo VI p a
ra primeiro bis p o da nova d i o
cese de Limeira , n o Estado de
Sao P a u lo,uma fl o r escente re
gio em fase de rpida indus-
t rializaao co m todos os p r o
blemas ligados a esta situa -
ao,para a p o p ul a a o local e
a dventic i a - m i g r a n t e que p a s s a
de repente de u m a m biente pa-
triarcal-tradici o n a l de ar t e
sanato,para u m Mundo Novo in
dustrializado e tecnicizado o
que os d e s n ortei a e abala suas
estruturas de vi d a e c o m elas,
t ambem sua vi v n c i a religiosa.
328
oes e Estatutos fo s s e m plenamente assumidos e testados.
0 Capitulo resolveu introduzir pequenas m o dificaoes
no texto de 1969 o qual p e r m aneceu p r aticamen t e o mesmo.Foi
resolvido que se continuasse a v i v - l o ,assumindo-o p l e n a m e n
te.Para que isto a c o n t e c e s s e ,o Capitulo pediu ao Governo Ge
ral que p r o m ovesse em toda a C o n g r e g a a o ,em todas as comu n i
d a d e s , u m estudo continuado das novas Constituioes e E s t a t u
tos,durante os ltimos seis anos de sua v i g n c i a "provisoriaj1
para que todos int e r i o r i z a s s e m seu contedo e melh o r cola b o
r a s s e m na preparaao do Captulo a ser realizado em 1 9 7 9 , com
suas sugestes construtivas.
Dando ele mesmo o exemplo,o Captulo fez u m exame de
c o n s cincia comunitrio a respeito do modo como os textos de
1969 tinham sido recebidos e e stavam sendo observados em c a
da uma das Provncias.
Por l t imo,o Captulo emitiu dois decretos e uma decla
rao p a r a toda a CSSR.Os d e c r e t o s ,alem de reafirmar a v i g n
cia dos textos de 1 9 6 9 ,davanconta das recomendaoes feitas
pelos capitulares ao Governo Geral sobre o b o m a ndamento da
adaptao de todos os congregados aos textos de 1969 e r e l a
ciona finalmente as modific a o e s ou acrscimos feitos pelo
Ca ptulo aos mesmos t e xtos.A declaraao,aps e s t i m u l a r i a to
dos ao a p r ofundamento da v i v n c i a das novas Consti t u i o e s e
E s t a t u t o s ,faz u m exame sobre as possveis falhas e desvios do
carisma re d e n t o r i s t a convidando a todos a faze r e m um a s ince
ra reviso de vi d a sobre estes pontos.
0 Captulo Geral encerrou seus trabalhos no di a 4 de
outubro de 1973.
329
toria d evia enviar a todos os confrades uma parte das Co n s
tituioes e Estatutos de 1969 para serem discutidos e r e l i
giosamente meditados durante aquele ano.As observaoes da
surgidas d e v i a m ser enviadas a me s m a Comisso em Roma.Poucos
meses antes do Capitulo Geral de 1979 a referi d a Comisso e n
viou para todos os confrades as sugestes de m o d i f i c a a o do
texto atual,que ha v i a recebido durante este tempo , p a r a que
todos p u d e s s e m dar sua opinio a respeito.
A l e m disso,o G o verno Geral promoveu encontros regionais
i nter-p rovinciais durante o p r i meiro semestre de 1979,v i s a n
do a p r eparaao imediata do Captulo G e r a l . F o r a m realizados
os seguintes encontros:
5) 0 Captulo Geral de 1 9 7 9 .
330
o b o m funcionamento do C a p i t u l o ,ocupou os capitulares por
quase dez d i a s . Finalmente foi possvel comear o trabalho de
aprovaao do texto d e f i nitivo de no s s a legislaao.
No dia 19 de setembro p r o c e deu-se a eleio do Supe r i
or Gera l.Neste dia foram realizados quatro e s c r u t n i o s .Ja no
p r i m e i r o , a votaao r e c ebida pelo Pe.Pfab quase chegou a atin
gir a m a i o r i a absolu ta,enquanto que o nmero de votos do se
gundo mais votado ficava b e m abaixo dela.Os votos dados ao
Pe.Pfab aum e n t a r a m nos dois escrutnios seguintes e no q u a r
to,foi reeleito com v otaao superior a exigida,de dois t er
os dos votos.
E m seguida foi feita uma votaao de son d a g e m sobre os
nomes com maior chance de s e r e m eleitos p a r a o novo Conselho
Geral,e estabeleceu-se o dia 24 de setembro pa r a o inicio da
votaao dos Consultores Gerais.
P a recia ser consenso da ma i o r i a dos c a p i t u l a r e s ,que se
p r o c u r a sse renovar o Conselho G e r a l ,conservando uns dois Con
sultores do governo anterior,e pr o c u r a n d o escolher quatro
membros novos.Atravs de u m a votaao que se p r o l o n g o u por on
ze e s c r u t n i o s ,o ultimo dos quais foi realizado no di a 27,
saiu o c o n t r rio:Quatro Consultores do governo anterior fo
ram reeleitos e dois novos foram e s c o l h i d o s .Logo e m seguida,
p a s s o u - se eleio do V i grio Geral.No segundo escr u t n i o
foi eleito o Pe.Joo M anuel Lasso de la V e g a y M i r a n d a , d a
P r o v n c ia de Mad r i d , p o r larga m a r g e m alem dos dois teros re
queridos .Pe.Lasso j era Consultor no governo a n t e r i o r .E s t a
v a a s s im constitudo o novo Governo Geral que p r e s i d i r a aos
destinos da Congregaao at 1985.
D u rante todo o tempo que foi n ecessrio p a r a a f orma
o do novo governo,no foram interrompidos os trabalhos e
votaes sobre o texto d e f i n i t i v o .Deste trabalho r e s u l t o u que
foram m o d i f icados alguns textos das Constitui o e s e E s t a t u
tos ,e t ambm sua d i stribuio n u mrica.Por ainda nao dispor-
mos das Atas do Captulo Geral de 19 7 9 , nao po s s v e l d e s t a
car os pontos mais importantes desse trabalho.
0 Voto e Juramento de Persev e r a n a que h a v i a _ p e r m a n e c i ~
do e m vigor n a legislaao do Capitulo de 1 9 6 7 - 6 9 , nao c o n s t a
va,p o r a l g u m engano,no texto apresentado S anta S p a r a a
aprovaao "ad e x p e r i m e n t u m " . E s t a falha foi r e m e d i a d a n a o c a
sio ,colocando-o na frmula da Profisso Perp t u a , p r e p a r a d a
logo depois.No Captulo Geral de 1973,vrios capitulares pro
c u r a r a m fazer c o m que ele fosse introduzido no texto das Cons-
331
tituioes,mas a pr o p o s t a foi rejeitada por p e q u e n a m a r g e m de
v o t o s . E m 1979 a p r o posta vo l t o u a ser dis c u t i d a e votadaydes-
ta vez f a voravelmente,e em c o n s e q n c i a ,o Voto e Juramento
de P e r s e ve r a n a foi r e i ntroduzido no texto de finitivo das
Constituioes e Estatutos.
No final,o Capitulo apresentou ao G o vern o Geral uma
serie de recomendaoes ou objetivos a serem pr o movidos pelo
m esmo em toda a C o n g r e g a a o .Os pontos p rincipa i s so os se
guintes :
332
8) Que haja assessoria do Governo Geral as P r o v n
cias para a atualizaao de seus E statutos e
para a organizaao de sua eco n o m i a de m a n u -
tenao.
9) 0 Captulo recomenda que cada C o n s ultor Geral
tenha uma d eterminada r espons a b i l i d a d e no
Conselho Geral e uma rea g eo g r f i c a da C o n
gregaao que e steja mais e s p e c i a l m e n t e sob
seus cuidados.
333
dicionais que - como j o disse em recente d ocumento
sobre a catequese (Catechesi t r a d e n d a e , n . 47) - se con
duzidas segundo critrios adaptados a m e n t a l i d a d e m o
d e rna,se re v e l a m u m instrumento insubstituvel para a
re novaao p e r i d i c a e vi g o r o s a da vida crist'.'
" D e s ejo^tambm por em relevo que a aao pastoral
da C ongregaao a servio das "almas mais abandonadas",
m e d iante a proclamaao exp l c i t a da Pala v r a de Deus,a-
tingir e f icazmente sua f i n a l i d a d e ,caso se atenha a
dois critrios f u n d a m e n t a i s ,fixados por suas Constitui
oes: a do aspecto "comunitrio" da progr a m a a o e e x e
cuo das iniciativas apostlicas,e o da a b e r t u r a , pron-
ta e dispovvel as orientaoes e aos pedidos do Ordin-
rio diocesano'.'
"Somente quando o anunciador tamb m t e s t e m u n h a .
sua pa l a v r a abre caminho nos coraes'.'
"...no final deste encontro... quero deixar-lhes
uma p a lavra em p a r t i c u l a r ,como uma lembrana e uma se
nha e s p i r i t u a l : D e e m lugar em seu coraao a Cristo R e
dentor ,de tal modo que Ele se torne sempre mais o cen
tro natural de seus p e n s a m e n t o s ,o polo m a g n t i c o de
seus afetos,a razao ltima de todo proje t o de vida'.'
334
2) Sua i n s p i r a a o E v a n g l i c a e c l a r a m e n t e C r i s t o -
centrica.
3) Sua v i s a o e H o l i s t a ,isto e , p r o c u r a c o m p o r u m t o
do c o e r e n t e .
4) T o d a e l a p r i m r i a e p r i n c i p a l m e n t e M i s s i o n r i a .
5) A c e n t u a a d i m e n s o C o m u n i t r i a n a v i d a de seus
membros.
6) Seu t o m P e r s o n a l i s t a ,isto , c o l o c a a p e s s o a a~
c i m a das e s t r u t u r a s , e p o s s u i u m a c l a r a i n s p i r a a o de
Humanismo Cristo.
.335
de t r a b a l h o ,compondo o contedo de seus prprios Estatutos
Provinciais.
Encaradas deste p onto de vista,as novas Constituies
e Estatutos nao s i g n i f i c a m n e n h u m desligament o ou ruptura
v i o l e n t a ^ c o m o passad o . A o c o n t r r i o ,signif i c a m e r e p r e s e n t a m
a evoluo deste mesmo passado colocado em h a r m o n i a c o m a o-
r ientaao que foi dada a Igreja pelo Conclio V a t icano II e
a lem do mai s , p o s t o em conson n c i a com a situao do M u n d o No
vo dentro do qual a C.SS.R. assumiu a tarefa de levar avante
seu m a n d a t o apostlico.
Exatamente porque as novas Constituies e Estatutos
se m a n t e m no nvel de normas gerais,as quais d e v e m ser v a l i
das para todos,em qualquer situaao e m que um r e d e n t o r i s t a
se e n c ontre no mundo.,
o m i t i r a m completamente todo aquele acmulo de
detalhes minuciosos(os antigos d e v e m se
lembrar que as Constituioes de seu tem
po m a r c a v a m at a cor da toalha a ser
po s t a sobre a m e s a da sala de visitas:
Devia ser v erde.Outro exemplo:0s E s t a t u
tos de 1764 m a r c a v a m at o c a rdpio p a
ra almoo e jantar de todos os dias da
semana) .
ou mesmo triviais,(Os Estatutos de 1764 p r e s
c r e v i a m que q u e m chegasse atrasado ao re-
f e i t o r i o ,fosse se assentar no lti m o lu
gar e nao tentasse recuper a r o seu lugar
habitual p a s sando por baixo da m e s a - uma
pr o b l e m t i c a tipicamente e talvez u n i c a
me n t e napolitana.) que c o n s t a v a m nas Cons
tituioes e Estatutos Gerais mais antigos.
Tais mi n c i a s , n a melhor das h i p t e s e s ,d a v a m u m a certa
no t a de descrdito a uma r e g ulamentaao que de sua na t u r e z a
d evia ser u m a lei b e m f o r m u l a d a ,com o p r o psit o de ser a n o r
ma universal pa r a todos os redentoristas do mundo.
No pior dos casos,essas mincias se p r e s t a v a m a r e a
es simplesmente de r i d c u l o ,visto seu a n a c r o n i s m o ,sua de-
sincarnaao com a realidade e sua impraticabilidade.
A t u a l m e n t e ,todo o detalhe especifico ,que supoe u m a si
tuaao concreta e x i s t e n t e ,por qualquer m o t i v o , e m a l guma p a r
te do m undo,e deixado p a r a que os Captulos Prov i n c i a i s e
336
seus c o rrespondentes Estatutos tratem do assunto e d m n o r
mas locais a seu respeito.
2) De inspiraao Ev a n g l i c a e C r i s t o c e n t r i c a .
As novas Constituioes e Estatutos r e p r e s e n t a m u m retorno ao
espirito do Evangelho tal como se encontrava n a R egra P r i m i
tiva de Cros t a r o s a . P r o c u r a deixar de lado qualquer enfase da
da a este ou aquele aspecto de diferentes "Escolas de E s p i
ritualidade", como por exemplo,as virtudes p a r a cada mes do
ano,que p r o v i n h a m da o rientaao de F a l c i a . P r o c u r a m se afas
tar tambm de certos elementos do monaquismo,o s quais certa
mente nao fo r a m inspirados a pa r t i r de uma re f lexo sobre o
E v a n g e l h o ,como por e x e m p l o ,vrias determina e s que t i n h a m
como pano de fundo a idia de afastamento e segregaao em re-
laao ao m undo,como a obs e r v a n c i a nos conventos de uma clau
sura e s trita e i n f l e x v e l ,ou a antiga d e termi n a a o de nao se
dever sair mais de casa apos o recreio da n o i t e , o evitar de
conversar com pessoas de sexo f e m i n i n o , e t c . ..Todo o e sforo
e nfase das novas Constituioes e Estatutos concent r a - s e em
d e s e nvolver uma m e n t a l i d a d e de ser-se uma "viva m e m r i a " do
C r i s t o , uma sua reduplicaao e m cada me m b r o e m particular, e
c o l e t i v a m e n t e ,em cada comunidade do Instituto.
3) Te m u m objetivo H o l s t i c o .Nos a p r e s e n t a m u m
mode l o realmente h o m o geneo e unificado de u m mo d o de Vi d a
R e l i g i o s a onde tudo converge para uma so e u n i c a finalidade
apostlica. Nos tsxtos atuais nao sao mais en contrveis os
"due fini",os dois o b j e t i v o s , o u as duas finalidades da vi d a
dos r e d e n t o r i s t a s ,a saber,a santificaao de si mesm o , e de -
pois,o trabalho apostlico e m favor dos outros.Os due fini ou
esta p r o p osio de dois objetivos que e r a m apresentados como
at certo ponto se e x c l uindo u m ao outro,j n e m h a v i a m p e r
man e c i d o na Re g r a anterior a 1969 segundo a f o r m u l a a o , e m si
m e s m a d i s c u t v e l ,com que foram redigidos pelo Ca p i t u l o Geral
de 1 7 6 4 ; com o tempo a di c o t o m i a foi ainda mais a c e n t u a d a e
apro f u n dada at ao ponto e m que os dois aspectos f o r a m quase
tratados como departamentos e s t a n q u e s ,pela legis l a a o dos C a
ptulos Gerais posteriores a 1 764.Todos ainda nos lembramos
da e x p l cita formulao existente n a Re g r a anterior que p r o
gra m a v a p a r a o r e den torista u m estilo de vida segundo o qual,
d e v e r i a ser "um Cartuxo e m casa e um Apstolo fora dela'.' Is
to nos introduz d iretamente na quarta caracterstica.
337
4) Sao e s s e n c i a l m e n t e M i s s i o n r i a s . D e s d e que
segundo a no v a formulaao nao se considera mais que h a ] a u-
ma ruptura ou oposio entre a vida interior e a vi d a apost
lica, possvel agora colocar-se decididan^nte toda a nfase
no ponto onde Santo Afonso queria que ela e s t i v e s s e ,isto ,
que o s e guimento do C r i s t o ,para o redento r i s t a consiste em
levar u m a v i d a de Apostolado M issionrio. Para ns o segui-
mento do C risto consiste simplesmente em sermos Cristo,o E-
v a n g e l i z a d o r ,com uma p r eferncia pelos pobres e abandonados.
Com i s t o ,a v elha dicotomia e assunto do passad o e a santifi-
caao pessoal do redento r i s t a recebe o seu verd a d e i r o alento
e i n c r e m e n t o vital de um a u n i c a fonte,seu objetivo central,
o qual e m i s s i o n r i o .
5) V i s a m u m objetivo c o m u n i t r i o . As novas
Consti t u ioes e Estatutos tem uma inteno c om u n i t r i a em
dois sentidos do termo.Quando ramos jovens e tnhamos e s c o
lhido ser r e d e n t o r i s t a s ,fomos questionados c o m a pergunta:
"Porque v o c quer entrar p a r a u m seminrio r e d e n t o r i s t a ? " 0
m e u p a r o co me en s i n o u que a r e s p o sta-padrao que se es p e r a v a
p r e e n c h e sse o espao livre deixado no question r i o e ra:"Para
salvar a mi n h a alma'.'
Diante da atual Eclesio l o g i a pos - c o n c i l i a r e das novas
Co n s t i t u ioes e E s t a t u t o s ,aq u e l a re s p o s t a difi c i l m e n t e seria
b e m acei ta se p a r tisse agora de u m dos atuais pret e n d e n t e s a
entrar e m al g u m dos nossos s e m i n r i o s .Ele deve des e j a r se sal
var justamente n a me d i d a e m que ele quiser p a r t i c i p a r de for
ma atuante no projeto m i s s i o n r i o da C o n g r e g a a o .Ele no p o
de e nao deve desejar salvar-se de uma forma d i s s o c i a d a ,mas
sim,j u n t amente com os seus irmos ta m b m m i ssi o n r i o s p r o c u
rando j u n t a m e n t e c o m eles levar avante sua tarefa c o l e t i v a ,
que e o m i n i s t r i o m i s s i o n r i o c o munitariament e assumido na
C o n g r e g a a o .N ossa v o c a a o p r i m a r i a p r i n c i p a l m e n t e ,nao c Um a
v o c a a o n e m s o l i t a r i a , n e m c ontemplativa.Se chegou a existir
um a enfase d e m a s i a d a de u m componente ind i v i d u a l i s t a no a n
tigo "caminho p a r a a Salvaao" dos r e d e n t o r i s t a s ,este a s p e c
to nao mais encontrvel nas novas Constitui o e s e E s t a t u
tos.
J h a v amos aludido acima a u m outro sentido do termo
c o m u n i t r i o ,o qual t a m b e m se en c o n t r a includo no c o ntexto
das novas Constituioes e Estatutos e que t amb e m e c l a r a m e n
te A l f o n s i a n o . Q u e r e m o s dizer que o red e n t o r i s t a nao a pe
338
nas u m h o m e m que vive em uma c o m u n i d a d e ,que nela come c om os
o utros,dorme sob o mesmo teto,e at reza com os outros duas
ou tres vezes por dia.De modo algum.Para a lg u m ser r e d e n t o
r ista nao ba s t a que toda a sua atividade m i s s i o n r i a seja
o r i e n t ada unicamente para trabalhar pelo p ov o ; n e cessrio
que v i v a o seu trabalho c o m u n i t a r i a m e n t e ,com seus confrades,
p a r a e com o povo que tanta necessidade tem de q u e m o ajude,
v i v e n d o na me s m a situaao em que ele v i v e . O r e d e n t o r i s t a tem
que ser u m h o m e m que vive para os outros e u m h o m e m que vive
c o m os o u t r o s .Ainda voltar e m o s a nos deter nestas duas di -
mensoes do conceito c o m u n i t r i o ,quando no pr x i m o captulo
tratarmos de n o s s a formaao.
6) Seu to m e p e r s o n a l i s t a - h u m a n i s t a .
o a certas formulaoes e p rescries das Regras e C o n s t i
tuioes anteriores a 19 6 9 , as atuais Constituioes e E s t a t u
tos a c e n t u a m que se deve levar e m conta a d i g n i d a d e , o t a l e n
to e os carismas individuais e pessoais dos membros que co m
pem a C o n g r e g a a o .Elas p r e s c r e v e m que os congregados d e v e m
ser tratados com consider a a o , q u e de v e m ser consultados nas
coisas que lhes di z e m r e speito,que de v e m ser e s t i mulados n a
quilo em que forem b e m sucedidos e confortados nos i n s u c e s
sos e em suas fraqu ez a s . N e s t e ponto as novas Constit u i o e s e
Estatutos s e g u e m as normas emanadas do Do c u m e n t o Conciliar
"Perfectae C aritatis" que e sboa todo u m nov o tipo de r e l a
cion a m ento entre superiores e s d i t o s , b e m como entre c o m p a
nheiros de Vida Rel i g i o s a . p r eciso dizer que a anti g a m enta
lidade b a s tante e s p a lhada entre certos superiores de p r o v o
car h u milhaes p a r a des e n v o l v e r a humildade dos outros es
t em clara d i s c o r d a n c i a com o pen s a m e n t o do Co n c l i o V a t i
cano II.Nao apenas a h u m i l d a d e ,mas todas as outras virtudes,
de acordo c o m as novas C o n stituioes e E s t a t u t o s ,d e v e m ser
cultivadas e exercidas n u m regime de intrnseco e ntimo en-
tros a m ento com o carter m i s s i o n r i o do I n s t i t u t o ,visando f o
ment a r a ef i c c i a de sua atividade a p o s t l i c a .
De tudo o que acima foi observado deve ficar b e m claro
que as novas Constituioes e Estatutos nao estao m u ito i n t e
ressadas em e n c a minhar os m e mbros da C ongreg a a o p a r a que si
ga m u ma linha de ascese que se oriente a favor d e s t a ou d a
q u e l a E s c o l a de E s p i r i t u a l i d a d e ,d este ou daqu e l e m t o d o en-
contrvel nos manuais de ascese,mas antes e m p r o m o v e r e favo
recer u m a c a r a cterizaao de atitudes e de i d e ais qu e c o n s i
g a m exp rimir e c oncretizar uma m e n t a l i d a d e e u m a atitude
m i s s i o n a r i a s tanto e m cada u m dos seus m e m b r o s , c o m o no Insti-
339
t u t o ,enquanto u m todo,de tal forma que o caracterize e o d e
fina c o m sua m a r ca.Se e quando este objetivo for a t ingido,a
crise de identidade se acabar por si mesma.
340
C A P l T U L O XII
A CONSTR U O DO F U T U R O .
341
fomentar um a atitude solitria e individualist a de comporta
mento. Nao de i x a de ser v e rdade que sua m e t a final e atingir
o ntimo da per s o n a l i d a d e que algo exclusivo do indivduo
e i n t r a n s f e r v e l ,mas para se chegar l,o caminho p a s s a pelo
c o m p a n heirismo c o m os formadores e colegas de f o rmao c om
os quais cada qual deve compartilhar seus prprios ideais e
por sua ve z , s e r co-participante dos mesmos ideais de seus
colegas e f o r m a d o r e s . A s s i m e que tudo se proce s s a no siste
m a de f o r m a a o , e m sua forma perfeit a . P o r isso,a f o r mao n o
d epende tanto de lugar,de mtodo ou de t c n i c a s ;tudo isto
tem sua importancia,mas ela e pri m r i a e p r i n ci p a l m e n t e uma
q uesto de adoao de um quadro de v a l o r e s ,de c o mpartilhar
de u m ideal e de u m a p e r m u t a de m e n t a l i d a d e s .
A r e s p o n sabilidade na formaao nao pode ser assunto
c ircunscrito apenas ao grupo de formadores que r e s i d e m no
s e m inrio. n e c e ssrio que toda a Comunidade Re l i g i o s a v i s
ta e m seu conjunto,de alguma forma e steja com ela c o m p r o m e
tida, em todos os nveis, t a n t o de comunidade lo cal,como p r o
v incial ou inte r p r o v i n c i a l . N a m e d i d a e m que a C o n g regao
e m todos estes nveis d testemunho aos formandos da v i v n
cia dos v alores e ideais que a estes sao apresentados for
m a l m e n t e no semi n r i o , n e s t a m e s m a medida,o p r o c e s s o de for
m aao sera b e m s u cedido.Por este m otivo preci s o que exis
ta entr o s amento e h a r m o n i o s o entendi m e n t o entre os que v i
v e m nas casas de f o r m a a o ,formadores e formando s , e as outras
dimenses da Comunidade R e ligiosa,ao menos no que se refere
aos v alores e ideais fundamentais d a C o n g r e gaa o . O n d e ex i s
tir u m a d i s c o r d a n c i a clara entre o que se ensina n a f orma
ao e o que v ivido nas c o m u n i d a d e s ,ha v e r um a p r o p o r c i o
nal q u e b r a de c r e dibilidade no sistema de formao de u m a
Provncia.
Por isso,parece ser essencial que h a j a u m a f orma cons
tante de i ntercomunicaao entre os formadores e formandos
de u m lado,e do outro,os membros da P r o v ncia que estao nos
v arios campos de t r a b a l h o ,para dar aos formandos a certeza
que os ideais propostos sao importantes na v i d a p r t i c a da
P r ov n c i a ,e que p ortanto,o tipo de v i d a que se le v a n a P r o
v n c i a p e rsegue de alguma forma os v a lores e ideais que sao
p ropostos aos jovens.
342
I.Alguns pontos especficos para uma formao atuali
zada.
343
n ista ou tri u n f a l i s t a . D e v e existir uma atitude
de co-participaao c o m os outros Institutos em
favor da causa do Cristo e da Igreja.
5) A berto aqueles aos quais no mo m e n t o ele est
prestando servio e t ambem aqueles aos quais
ele ira p r e s t a - l o s .Es t a um a caracter s t i c a
i n t e grante e po r t a n t o i n d i s p e n s v e l ,da voc a a o
de q u e m quer se d e dicar a uma v i d a de a p o s t o l a
do. Nao se trata mer a m e n t e de trabalhar e m favor
do po v o , m a s de realmente viver c o m e entre
este me s m o povo.Tal formando nao pode ter ten-
d e n c i a ou v o caao pa r a viver de modo isolado e
s o l i t r i o ,como u m eremita.
6) A berto s m u d a n a s ......
a) em T e o l o g i a P o g m t i c a :E claro que nao se
trata de mudanas e s s e n c i a i s ,mas com c e r
teza preciso estar aberto s mudanas de
acentuaao e de enfase entre os diversos
aspectos d o mi s t r i o da Ig r e j a , b e m como ao
desgaste e m u d a n a do tipo de v oca b u l r i o
c o m que tal m i s t r i o e x p r e s s a d o ,como por
ex e m plo,da expresso a ntiga "Ecclesia Do-
ce n s ",para "Igreja P e r egrina";de "Ecclesia
Societas P e r f e c t a " , p a r a "Ecclesia semper
ref ormanda','etc.
b) em T e o logia M o r a l ;E preciso abandonar o
enfoque jurdico e casustico segundo o
qual esta era vis t a , p o r uma p erspe c t i v a de
moral que se apoia e v i s a a dimens o bbl i -
co-evang e l i c a . S e u enfoque central p r e c i s a
d e s l o c a r - s e da p r eocupaao em nao t r a n s g r e
dir a lei para uma atitude que se esfore
por dar u m a re s p o s t a pessoal ao apelo de
C r i s to.De u m a moral do i n d i v d u o ,pre c i s a
evoluir p a r a uma moral que considere e fo
calize a dimenso social da pe s s o a humana.
c) n a L i t u r g i a ; preciso passar do estgio de
oraao feita em pa r t i c u l a r pa r a a oraao
co m u n i t r i a e pa r t i c i p a d a ; precis o ca m i
nhar da simples "presena a" para a "parti-
cipaao e m";da u n i f o r m i d a d e ,encamin h a r - s e
pa r a o p l u r alismo liturgico.
344
d) no proced i m e n t o p a s t o r a l : p r e c i s o evoluir
de u m a atitude autoritaria,que v e m de cima
p a r a b a i x o , p a r a a viso de c o l e g i a l i d a d e ,
de c o r r esponsabilidade com consultas e par-
t icipaao de todos os fiis ou seus r e p r e
sentantes ,como por exemplo,os conselhos p a
roquiais ,presbiterais,etc.
e) na i n t erpretaao da H i s t o r i a : luz dos
ensinamentos atuais d a Igreja, pre c i s o fa
zer uma re-anlise e um a re- l e i t u r a dos fa
tos de onde s u r g i r a m correntes e d i scordn-
cias t e o l g i c a s ,por vezes c o m graves conse-
q u e n c i a s . A partir da,imp o e m - s e u m a reviso
da atitude a ser tomada com as igrejas cris
tas n a o - c a t l i c a s , c o m as religies nao cris
ta s , c o m os ateus.
f) no D i reito C a n o n i c o : preci s o a tualizar o
procedi m e n t o nos casos de an ulaao e d e c l a
raao de n u lidade dos c a s a m e n t o s ,nas laici-
zaoes,nas d i s p e n s a s ,tudo isto ainda em
pro c e s s o evolutivo...
g) n a Pe d a g o g i a dos S e m i n r i o s : N e s t e assunto
e p r eciso que h a j a mudanas em questes b-
sicas,como por exemplo, prec i s o e v o l u i r de
uma atitude de isolamento da r e a l idade t an
to f s i c a como p s i c o l g i c a do m u n d o e do
a p o s t o l a d o ,para u m a partici p a a o a d equada
n a pas t o r a l , n o contato com a s o c i e d a d e ,tal
como ela existe agora. prec i s o p a s s a r de
uma o b e d i e n c i a cega e absoluta p a r a u m a a-
titude de adoao da respons a b i l i d a d e pes -
soai nos vrios nveis de e s c o l h a e l i b e r
dade .
P arece que esses tipos de abertura sao e s senciais na
formaao do r e d e n t o r i s t a na a t u a l i d a d e ,u m a vez que ter que
se en c o ntrar com todas essas perspectivas e questes j no
dec u r s o de sua p r p r i a formaao.
Julgamos que essa m e n t a l i d a d e de abertu r a i g u a l m e n
te es s e ncial para os que j estao "na a t i v a " ,d e v i d o as m u
danas de enfase em pastoral que ne l a estao implicadas - m u
danas essas iniciadas pelo C onc.Vat.II - e que e n v o l v e m
345
atitudes pastorais que com certeza sao diferentes do que se
ensinava e p r a t i c a v a nos anos p a s s a d o s ,quando se a c e n t u a v a m
e enfa t i zavam diversos outros a s p e c t o s ,tanto n a p a r t e d o u
t r i nria como n a p r t i c a pastoral.
346
L evando-se em conta o conjunto do ambiente e m que os
candidatos a V i d a R e l i g i o s a c r e s c e m a t u a l m e n t e ,n ao de c a u
sar su r presa que u m comprometimento p e r m a n e n t e ,que a p e r s e
v e r a n a ,se j a m v i rtudes difceis de,hoje e m d i a , s e r e m p r o
postas c o m b o a aceitaao.
Todo o sistema da sociedade de consumo e m que agora
v ivemos se o r ienta p a r a o t r ansitrio e des c a r t v e l . A t m e s
m o a v i d a de f a mlia o u t r o r a tao estvel seja do ponto de
v i s t a de hab i t a a o , c o m o socialmente f a l a n d o ,t r a n s f ormou-se
n u m aglomerado de r elacionamentos transit r i o s . A p e r m a n n c i a
do p r o f issional no me s m o ofcio t a m b m est se acaban d o , t o r -
n a n d o - s e p r e d o m i n a n t e o h bito de se mu d a r de profiss o . A s
relaes de amizade t ambm p a s s a r a m a ser t r a n s i t r i a s .Em
u m a p a l a v ra,estamos vi v e n d o n a civilizao do desc a r t v e l
onde tudo permutvel desde moradias e cnjuges ate pratos
e g u a r d a n a p o s ;tudo facilmente s ubstitudo ou t r o c a d o . A s
sim que muitos se q u e s t i o n a m se p r u d e nte,o u at m esmo
p o s s v e l , n u m tal a m b i e n t e ,propor ou exigir que u m j o v e m de
d ezoito anos se obrigue a u m e n g a j amento d e f i n i t i v o . A c h a m
que isso seria p r e m aturo em tal idade.
N e m e apenas a sociedade em que vivemos a gora que
c o ntribuiu pa r a este adiamento de q u a lquer comp r o m i s s o p e r
m a n e n t e m e n t e a s s u mido;a p r p r i a Igreja ta m b m c o ntribuiu
p a r a es t a p e r s p e c t i v a , p r i m e i r o i n troduzindo os v otos t e m p o
rrios renovveis nos primeiros seis anos de v i d a religiosa;
depois mais r e c e n t e m e n t e ,oferecendo a p o s s i b i l i d a d e de s u b s
t ituir os votos temporrios por compromissos renovveis
a nu a l m e nte;o p r prio a b randamento da legislaao cannica,
que adotou disc i p l i n a r m e n t e normas que faci-litam a d i s p e n s a
dos v otos perptuos e at me s m o a laicizaao pa r a os s a c e r
dotes, t e m c ontribudo p a r a d e b i l i t a r ,pelo m eno s , o conceito
e a d e t erm i n a a o do que anteriormente s i g n i fic a v a u m comp r o
m e t i m e n to absoluto e p e r m a n e n t e .E n t r e t a n t o ,este tipo de en
g a j a m e n to de facto ainda se requer de todos os candidatos
V i d a R e l i g i o s a e ao Sacerdcio.
S eria i n teressante pro m o v e r - s e u m d ebat e , c o m o vrias
v ezes fizemos por o casiao de d i a s - de-estudos sobre formaao,
a r e speito do valor ou eq u i v a l e n c i a entre os v otos e os co m
p r o m i s s os,e sobre a v a n t a g e m de se retardar a e misso dos
v otos perptuos at que o candidato chegue a idade mais m a
d u r a , m e s mo quando e s t e ,supostamente se julgue p r e p a r a d o p a
ra assumir u m comprom e t i m e n t o definitivo.
347
Seja como for,achamos que os que tem atual m e n t e a re s
p o n sabilidade de formadores dos redentoristas do futuro p r e
c isam dedicar mais tempo e ateno do que o f a z i a m a n t e r i o r
m ente e m transmitir e inculcar noes como a v i r t u d e da
c o n s t n c i a ,o senso de p e r s e v e r a n a ,a percepo d a u n i d a d e e
coerencia que e n v o l v e m a histori c i d a d e e a tem poralidade do
existir hu m a n o , e f i n a l m e n t e ,um a compreenso do v o t o e jura
m ento de p e r s e v e r a n a institudo por Af o n s o e que foi de
tanta e fi c c i a p a r a fazer com que seu projeto m i s s i o n r i o
de fato se concretizasse.Todos estes pontos m e r e c e m a tual
mente o m a i o r cuidado.
interessante observar que no Captulo de 1967-69 foi
pr o p o s t o que o V o t o e J u r a mento de Perseve r a n a a c r e s c e n t a
dos p or Santo A f o n s o ,f ossem retirados do texto das novas
Consti t u ioes c o m o argumento que sendo os Votos Simples r e
conhecidos atualmente como vo t o p b l i c o pe l a Santa Se,eles
j e s t a v a m includos n a Profisso P e r p e t u a . E n t r e t a n t o ,n a v o -
taao,tal p r o p o s t a nao pas s o u . P o r m , p o r e s q u e c i m e n t o ,n a r e
daao final das C o n stituioes a p r e s entada aprovaao da
Santa S,o Voto e Juramento de Perseve r a n a nao f i g u r a v a m . A
situaao foi r e m e d i a d a por m e i o dos formulrios oficiais p a
ra se fazer a P r o f isso P e r p t u a , o n d e fo r a m colocados.
No Captulo de 19 7 9 , o assunto vo l t o u a ser di s c u t i d o
e o V o t o e Juramento de P e r s e v e r a n a v o l t a r a m ao texto das
C o n s t i t u i o e s ,agora apresentadas Santa Se p a r a sua a p r o v a
ao definitiva.
D u r a n t e os recentes encontros havidos em R o m a sobre a
H i s t r i a e Esp i r i t u a l i d a d e A l f o n s i a n a ,um nmer o aprecivel
de p a r t icipantes externou o pa r e c e r que a emisso dos votos
na C o n g r e g a a o es t a v a sendo p r o p o s t a aos nossos candidatos
u m tanto mais cedo do que de v e r i a acontec e r , o u s e j a , p e l a a l
tura dos d ezoito a v i n t e a nos.O mo t i v o de s t a o b s e r v a a o se
a poiava na c o n sideraao de que o tipo de V i d a R e l i g i o s a que
d evemos le v a r , c o m a ex i g e n c i a de votos feitos pa r a toda a
v i d a , d e pobreza, c a s t i d a d e e ob e d i e n c i a acrescidos do vo t o e
ju r a mento de p e r s e v e r a n a , s p o d e m ser realmen t e entendidos
e assumidos unicam e n t e por adultos cuja person a l i d a d e ja e s
teja s u ficientemente amadurecida.Mais do que isso,foi c o m e n
tado que e x i s t e m certas experiencias e v i v nci a s tais como
a n e c e s s i d a d e de se vi v e r a v i d a a f etiva como ela h a b i t u a l
me n t e ocorre n u m ambiente f a m i l i a r ,especialmen t e n a a d o l e s
cncia e m e s m o nos primeiros anos da juventude a d u l t a , a ne-
348
cessidade de se gozar de u m a certa liberdade de m o v i m e n t o e
i n d e p e n d n c i a , e t c . . . ,numa p a l a v r a , e x i s t e m muitas coisas a
que um a p e s s o a nao pode renunciar cedo demais sem que c om
isso v e n h a a causar prejuzos e traumas ao p r o p r i o ama d u r e
cimento normal de sua personal i d a d e . T o d o s os participantes
acabaram concor d a n d o e m que se deve exigir u m m nimo de a-
m a d u r e c i m e n t o pa r a que se p o s s a entrar na V i d a Religiosa;
todos t a m b e m co n c o r d a r a m que n a situaao atual e m que v i v e
m o s , e s t e estagio m n i m o de m a t u r i d a d e r e q u e r i d a , c o m b a s t a n
te f r e q u n cia,devido a novas circunstancias do n o sso tempo,
se p r o t rai b e m mais do que an t e s , e m m d i a ,cos t u m a v a a c o n t e
cer.
Nestes e n contros,as C o n stituioes 73 e 8 0 (verso 79:
n? 78 e 85) fo r a m citadas muitas vezes ao se insistir na n e
c essidade de que se tenha chegado a u m determ i n a d o grau de
e stabil idade de carter e de mat u r i d a d e antes que a l g u m
p o s s a emitir os v o t o s . I s t o nos conduz a p r x i m a q ualidade
exigida.
0 p r o b l e m a d a m a t u r i d a d e dos candidatos j v e m p r e o
cupando os responsveis p e l a formaao h muit o s a nos.Como
s eria possvel avali-la? Seria possvel enqu a d r - l a nu m a
e s c a l a me n s u r v e l ? Que tipo de correlaao po d e r i a ser esta
b e l e c i d o entre a m a t u r i d a d e ,e m funao de u m a d e t e r m i n a d a
q uant i d ade de a n os,j v i v i d o s , e mais do que i s s o , e m funao
de d e t e rmi n a d a s circunstancias e de d e t e r mina d o ambiente no
qual d e c o r r e r a m o c r e s c i m e n t o , a d o l e s c e n c i a e ju v e n t u d e do
c a ndidato? Estas e mais u m a m u l t i d o de outras questes con
gneres sempre su r g e m em q u a lquer troca de ideias a r e s p e i
to de m aturidade.
A n o v a C o nstituio 73 (verso 79:n9 78) invo c a a m a
t uridade em dois nveis:
1) M a t u r i d a d e no aspecto h u m a n o .
2) M a t u r i d a d e no aspecto de c r i s t o .
Talvez tenhamos d e dicado parte b e m m a i o r de n o s s o tem
po e esforo de formadores em p r o curar levar a m a t u r i d a d e
h u m a n a do que e m p r o m o v e r a m a t u r i d a d e espiritual do cristo.
A p r i m e i r a b e m mais fcil de ser av a l i a d a e no referente
349
aos nveis mais prof undos d a p e r s o n a l i d a d e sempre po s s v e l
ter a mao testes elabor a d o s por psiclogos e psiquiatras.
Nao p e q u e n o o n m e r o dos nossos seminrios que e x i g e m dos
c a ndidatos que p a s s e m por certos testes psi c o l g i c o s antes
de ini c iar o curso c o l e g i a l , o u d u rante o n o v i c i a d o , o u e m al
guns c a s o s , a n t e s d a e misso dos votos p e r p t u o s . E m alguns
s e m i n r ios aco n t e c e u m a es p c i e de aco m p a n h a m e n t o dos c andi
d atos p o r p a r t e de p s i c logos e p s i q u i a t r a s ,d u r a n t e os anos
de estudo.
E n t r e t a n t o ,n a q u e s t o da m a t u r i d a d e e s p i r i t u a l e das
t e n s e s que s u r g e m n e s s a r e a , n a o h o u v e ev o l u o c o r r e s p o n
d e n t e , n e m e x i s t e m m a p e a m e n t o s ou testes que se p o s s a m a p l i
c a r . D e n t r e as tenses e c rises que s o e m a c o n t e c e r d u r a n t e o
t e m p o de f o r m a a o d e d i c a d o aos e s t u d o s , n a o p o d e m o s e x c l u i r
at m e s m o u m a c e r t a crise de f . S e e q u a n d o isto a c o n tece,
nao c o r r e t o a t r i b u i r - s e a c u l p a a p r e s s a d a m e n t e a u m a p o s
svel d i r e o e s p i r i t u a l d e f i c i e n t e ,ou a u m e n s i n o d e f e i t u o
so d a p a r t e dos p r o f e s s o r e s .T r a t a - s e de u m f e n o m e n o q ue e s
t e m e r g i n d o e m c r e s c e n t e s p r o p o r o e s ta l v e z c o m o f r u t o de
todo o ambiente da v i d a moderna.
H a l g u n s anos a t r s , o S e c r e t a r i a d o G e r a l d a F o r m a a o
d i s t r i b u i u u m c o m u n i c a d o de q u a t r o p a g i n a s ,c o n c i s o m a s e x
c e l e n t e , a r e s p e i t o dos o b s t c u l o s q u e d i f i c u l t a m a c o n s e c u
o d a m a t u r i d a d e . ( R e f .7 4 / 0 2 / 0 1 ) .Vejamos e s q u e m a t i c a m e n t e os
p o n t o s p r i n c i p a i s a p r e s e n t a d o s po r e s t e d o c u m e n t o .
1) O b s t c u l o s M a t u r i d a d e H u m a n a .
a) P e r s o n a l i d a d e e g o c n t r i c a e p o r i s s o m e s m o ,
super-subjetiva.
b) P e r s o n a l i d a d e e s c r u p u l o s a q u e se e n t r e g a de
forma manaca a errneas anlises retrospec
tivas .
c) T e n d n c i a perfeccionista e moralizante
d) T e m p e r a m e n t o q u e m o s t r a s i n a i s d e i n s e g u r a n
a p r o f u n d a m e n t e arraigada.
e) Q u a n d o o c a n d i d a t o m o s t r a i n c a p a c i d a d e d e
p oder perc e b e r os motivos mais profundos e
n t i m o s d o s e u p r p r i o agir.
f) Q u a n d o o c a n d i d a t o r e v e l a i n c a p a c i d a d e e m
c o n c i l i a r ou ao m e n o s c o n s eguir c o e x i s t i r
350
com aparentes dicotomias e tenses seja
no seu intimo,seja na convivncia com ou
tras pessoas.
g) Personalidade super-idealista-perfeccionista
que nao capaz de suportar limitaes e
fraquezas seja em si mesmo,seja nos outros.
351
d) 0 formando precisa ser homem de oraao.
352
j n a existe n e m me smo u m assunto de m e d i t a a o que fosse
o m e s m o para todos os m e m b r o s . 0 costume a n t e r i o r , e m c ircuns
tncias i d e a i s ,p o d e r i a pr o p i c i a r a oportunida d e de u ma t r o
ca de idias a seu r e s p e i t o ,mais tarde durante o dia.
Para mu i t o s capitulares participantes do C a p i t u l o G e
ral Especial de 1967-69 p a r e c i a obvio que com o no v o c ostu
me,havamos chegado a u m a situaao de fazermos um a oraao e
m e d i t a ao p a r t i c u l a r estando todos reunidos e m c o m u m e m u m
certo l u g a r ,ficando cada u m dos congregados rode a d o p or N-
q u a n t i d ade de outros membros silenciosos.
0 atual Estatuto 0 3 5 (Verso 79:n9 028 c.) r e p r e s e n t a
o r e s u ltado de longo e acalorado debate a res peito d e s t a si
tuaao concreta.Entr e os padres capitulares en c o n t r a v a m - s e
estrnuos defensores do que antigamente e stav a dete r m i n a d o
sobre a m e d i t a a o em c o m u m ,enquanto que t a m b m h a v i a outros
que d e c idi d a m e n t e e em altas vozes se o p u n h a m a isto e d e s e
j avam e n c o ntrar u m novo modo de c oncretizar a v i d a - d e - o r a a o
na C o n g r e g a a o . A f i n a l ,parece que se chegou a u m a f o rmulaao
que r e p r e s e n t a u m c o m p r o m i s s o ,n a redaao do E s t a t u t o 035
(Verso 79:n9 028 c.).Seu texto o seguinte:
"Alm da Lit u r g i a ( o r a a o litrgica),os
confrades tem o direito e o dever de d e
dicar q uotidianamente a oraao ao m e n o s
u m a h o r a . A v i d a q u o t idiana de oraao e m
comum seja d e t e r m i n a d a pelos Estatutos
(Vice-)Provinciais e pelo h o rrio de ca
d a comunidade'.'
Apos a p u b l i c a a o dos novos E s t a t u t o s ,algumas P r o v n
cias v o l t a r a m t radicional m e d i t a a o - e m - c o m u m obrigatoria.
T endo p e s q u i s a d o o texto das atas do Ca p t u l o Geral
Especial no ponto e m que aprese n t a m a d i s c uss o h a v i d a a res
p eito d este ass u n t o , n o s s a o p inio pessoal que a inteno
do Est a tuto 035(028 c.)na formulaao em que foi ap r o v a d a t i
n h a o fito de insistir n a dis t i n o entre a v e r d a d e i r a o r a
o m e n tal e o que era e ainda chamado de m e d i t a a o - e m -
c o m u m e m algumas P r o v n c i a s .Essas duas nooes nao sao n e c e s
sariamente c o i n c i d e n t e s .Seja como for,na m e d i d a e m que e
p r e c i s o tentar de s c o b r i r a inteno que est c o n t i d a no Es
tatuto 035(028 c.),isto deve implicar em que a p r p r i a for
mul a o deste Estatu to nao deve ser posto fora de d i s c usso
no prox imo C a p t u l o G e r al.Por causa d i s s o ,e x i s t e m confrades
que e s p e r a m que o Captulo Geral de 1979 elabore distines
353
que s ejam b e m cristalinas neste assunto,o que p o d e r i a ser
feito mais ou menos como segue:
1) C a d a comunidade deve e s t a b elecer determinadas fo r
mas e m o m entos de oraao comunitria , c o m o por exem
p l o , a reza do b r e v i r i o em comum e outras oraoes
v o c a i s , e t c . ..
2) Os que p r e f e r i r e m ma n t e r o costume tradicional da
m e d i t a a o - e m - c o m u m tal como era feita antigamente,
po d e m faze-lo.
3) Cada m e m b r o da C o n g r egaao tem o direito(e note-se)
a obrigaao de dedicar d iriamente ao menos u m a h o
ra a oraao m ental alm do tempo emp r e g a d o n a ce-
lebraao ou partici p a a o na Santa M i s s a e n a reza
do Oficio Divino.
354
O^planejamento atual de n o s s a f o r m a a o ,n este assunto
de o r a a o ,p r ecisa encontrar o modo de formar homens que quei
ram ansiosamente se exercitar n a quilo que o Estatuto 035
(028 c.) c lassifica como sendo tanto u m direi t o como um a o-
brigaao de cada c o n g r e g a d o ,de se dedicar a este tipo de o-
raao mental d u rante pelo menos u m a h o r a por dia,ao seu in
teiro d isp o r . i n d e p e n d e n t e m e n t e das outras formas de orao
comu n i t ria que po s s a m vir a ser prescritas p e l a comunidade
a que cada qual pertence.
A m p l iando u m pouco mais a questo referente oraao,
gostaramos de acrescentar que existe u m a n e c e s s i d a d e de se
r e v i talizar certas frmulas de oraao consagradas pelo uso
de sculos,mas ta m b m u m tanto desgastadas ou desajustadas
por este mesmo m o t i v o . E x i s t e a n ecessidade de se fazer ex-
periencias com as novas formas de oraao tais como a c hama
da "oraao partici p a d a " q u e se en c o n t r a e m uso e m muitos
grup o s - de-oraao formados por l e igos.Esta l t i m a f o rma,em
muitos lugares onde pratica d a , s e assemelha ba s t a n t e com o
nosso modo tradicional de fazer a m e d i t a a o - e m - c o m u m como
segue: 0 ato c omea c o m u m a oraao vocal r eza d a c omunitria-
m en t e , o u a recitaao co m u n i t r i a de u m hi n o r e l i g i o s o ; e m se
guida feita a leitura em voz alta de um texto da E s c r i t u
ra Sagrada ou de u m livro de medita e s , e aps isto faz-se
o silncio durante o qual cada u m reflete sobre o que *foi
lido;para terminar, - este o elemento n o v o - sao feitas
oraoes vocais espontneas que c o r r e s p o n d e m ao que Santo A-
fonso chamava de terceira parte da m e d i t a a o ou os "afetos",
isto ,a expresso de sentimentos de l o u v o r , a m o r ,a g r a d e c i
m e n t o , a d o r a a o , e t c . E s t a l t i m a parte feita e m voz alta.
Para t e r m i n a r ,mais u m a o b s e r v a a o :Acham o s que o E s t a
tuto 035(028 c.) tem a inteno de fomentar u m estado de
c ontemp laao mais c o n t i n u a d a ,ou seja,quer est i m u l a r o c u l t i
vo de u ma atitude ou men t a l i d a d e de contempla a o a ser c on
segu i d a por todos os membros de nosso I n s t i t u t o ,est a g i o e s
se que tem o p r o psito de ser a a l m a e inspir a a o de todo o
apostolado m i s s i o n r i o de seus m e m b r o s , b e m como de toda a
C o n g r e g a a o c o n s i derada como u m todo.
Nao de i x a de ser u m fato profund a m e n t e lamentvel o
que se deu com alguns r e l i g i o s o s ,que aps a renovaao d e s e n
c adeada pelo C o n e . V a t .I I ,ao p r o curarem,de u m lado,evitar a
ex c e s s i va determi n a a o e particu l a r i z a a o de oraoes vocais
e de frmulas feitas do passado,mas sentindo, p o r o u tro,medo
ou d i f i culdade e m se familiarizar com as formas mais recen-
355
tes de se fazer oraao de modo c o m u n i t r i o ,a c a b a r a m s i m p l e s
mente abandonando a oraao e m 'si mesma,e p e r d e r a m o hbito
de r e z a r . ..
Os pontos tratados acima r e p r e s e n t a m apenas alguns
temas de maior urg n c i a , s o b r e os quais os responsveis pelo
n osso s istema de formaao d e v e m se debruar co m m u i t a aten-
ao para encontrar u m a soluo satisfatria.Ac h a m o s nec e s s
rio apont-los aqui porque pensamos que a soluo a eles d e
v i d a da m x i m a urgncia.Outros aspectos que n o s s a forma
ao deve r p o s s u i r , n a construo da C.SS.R. d a atualidade e
pa r a o futuro,irao aparecer n a visao de conjunto de toda a
formaao que apresentaremos de forma esq u e m t i c a algumas p
ginas adiante.
356
indivduos com ela c o m p r o m i s s a d o s ,como se consideramos a
comunidade como u m t o d o .
P a r a os m e mbros da C.SS.R.os votos emitidos a d q u i r e m
o seu s ignif i c a d o essencial na m e d i d a em que sao orientados
para u m a de d i c a o total da p e s s o a consagr a d a , r e a lizaao
do p r o j e t o , i s t o ,do p r ojeto m i s s i o n r i o do C r i s t o ,na m e d i
d a em que este r e - atualizado por me i o d esse m o d o p e c u l i a r
de In s t ituto Missionrio.
P a r a o r e d e n t o r i s t a os votos s i g n i f i c a m as formas p u
b l i c a s e e x t e r i o r e s ,as condigoes formais de u m a e s p i r i t u a l i
dade inteiramente ce n t r a d a nao e m adquirir certa f orma ou
m o d a l i d a d e i n d i v i d u a l i s t a de auto-perfeiao,m a s a n t e s , s i g n i
f icam o recurso por me i o do qual ele quer pub l i c a m e n t e cha
m ar a ateno dos que v i v e m ao seu redor de f orma sobremodo
c o n v incente pa r a a Pr e s e n a R e d e n t o r a do Cris t o v i v e n d o nes
ta p e s s o a no me i o deste mundo.
E x i s t e m vrias explicaes sobre o p o r q u e ,d urante a
Idade M e d i a , d e n t r e tantos conselhos que p o d e m ser quali f i c a
dos de e v a nglicos,e entre tantos votos que d urante o decor
rer d a h i s t o r i a ho u v e costume de se fazer,estes tres votos -
de o b e d i e n c i a , d e castidade e de p o b r e z a - f o r a m isolados e
ap resentados como sendo os conselhos evangli c o s que c a r a c
te r i z a m a V i d a Religiosa.
U m a das e x plicaes que estes tres votos se o p o e m
aos trs maiores obstculos que su r g e m contra o d e s e n v o l v i
me n t o da vi d a e s p i r i t u a l , a saber: a ri q u e z a , a s e x u alidade e
o p o d e r . E s t a explic a a o ba s t a n t e aceitvel e r e p r e s e n t a
um forte apelo que tem o d o m de despertar a de d i c a a o dos
jovens de h o j e . O apego a ri q u e z a u m a das princ i p a i s cau
sas d a ex p l o r a a o d a p e s s o a h u m a n a . 0 r e l i g i o s o ,c o m seu voto,
te m a obrigaao de se opor a exp l o r a a o do h o m e m e m todas
suas formas p o s s v e i s . 0 uso abusivo e irrespo n s v e l d a se
x u a l i d a de ,tao pr o p a g a d o n a a t u a l i d a d e ,conduz o b v i a m e n t e a
um a forma de e s c r avidao e tirania.Sob este as p e c t o , a casti
dade p o de ser e n c a r a d a como u m a reaao c ontra u m m u n d o hiper-
g n i t o - s e x u a l i z a d o . F i n a l m e n t e , o abuso do po d e r que corr o m
pe e d e s e n c a d e i a a opr e s s a o ; p e l o vot de o b ed i e n c i a , o r e l i
gioso assume u m a p o sio de combate a este fator de o p r e s
so e de m a n i p u l a a o h u m a n a s . E s t a p r i m e i r a e x p l i c a a o ,p o r
tanto ,c o n sidera os votos e m seu aspecto f u n d a m e n t a l ,n ao tan
to como renuncia,mas m uito mais como um a d e n n c i a e reaao
c ont r a os trs m o tivos que s e duzem o h o m e m e o d e s v i a m de
sua p e r f e i o h u m a n a e espiritual.
357
Existe u m a o u t r a explic a a o do porque de s t a escolha,
que lhe d um sentido mais construtivo e,ao menos nos p a r e
ce,est mais de acordo c o m aquilo que ns religiosos de v e
mos ser,isto e,dar ao mundo u m t estemunho pblico e c o m u n i
trio da p r e s e n a v i v a do Cr i s t o no mu n d o , e n o n o s s o caso,
do Cristo P r o c l amador da Boa-Nova.
U m dos padres capitulares de 1969,e m u m a interveno
n a aula c a p i t u l a r ,deu a seguinte interpretaao dos votos p a
ra a n o s s a Congregaao:
"A emisso dos votos n a C .SS.R.signif i c a
a consagraao da v i d a de cada u m tarefa
m i s s i o n r i o - r e d e n t o r i s t a de pr o c l a m a r a
B o a -Nova de C r i s t o " ( S e s s o 3 2 , 4 ,pg.158).
A c hamos que este devia ser o sentido e a i n t e r p r e t a
ao p r e f e r i d a a ser a p r e s e n t a d a aos que se p r e p a r a m p a r a e-
m i t i r os votos a t u a l m e n t e ,devido a que ela insiste n o fato
de que os votos te m como sua p r i m e i r a e princi p a l intengao
p r o p i c i a r os meios p a r a levar avante o p r ojeto e inteno
m i s s i o n r i a ,que n o nosso caso ser testemunha e i n s t r u m e n
to d a c o ntinuaao d a V i d a do C r i s t o ,v i vendo no m u n d o - v i v a
m e m r i a - no seu aspecto de v i v e r como P roclam a d o r da Boa-
N o v a ^ que i m plica e m que este "viver do C rist o ' inspire e
p enetre a n o s s a p r p r i a v i d a de pregadores m i s s i o n r i o s , e
atravs de l a d ao mu n d o o testemunho do C risto E v a n g e l i z a -
dor Vivo no mundo.
Do ponto de v i s t a h i s t r i c o ,achamos que es t a er a a
m ente de A f o n s o . E l e pl a n e j o u e fundou u m Instituto M i s s i o n
rio e v i a os votos nele emitidos como meio de levar avante
a m i s s o assumida por Cristo de pro c l a m a r a Bo a - N o v a median
te o s e r vio- m i n i s t r i o d a p r e g a a o ,m isso e s s a que devia
ser r e a l izada em u m contexto de v i d a comunit r i a , c o n s a g r a d a
pelos v o t o s .Enc a r a n d o - s e a questo sob es t a pe r s p e c t i v a , d o s
trs v o t o s ,achamos que o de castidade p a s s a a d e s e m p e n h a r a
funao mais importante n a m e d i d a e m que v i s a e p r o p i c i a o
d e s e n v o l vimento da q u e l a forma singular e n i c a de i n t i m i d a
de e x c l u siva co m o C risto que constitui o cerne e coraao
da n oao de "vi v a m e m r i a ". Tudo o mais d e c o r r e n c i a d e s t a
atitude fundamental.
N e s t a per s p e c t i v a , o voto de po b r e z a r e ali z a a doaao
total das posses e talentos pessoais do congre g a d o pa r a se
p o r e m a servio do projeto e inteno miss i o n r i a , e n q u a n t o
que o voto de o b e d i e n c i a p a s s a a ter o sentido de um a doaao
358
c o n s t r u t iva,livremente assumida,de sua p r p r i a liberdade e
de todos os seus carismas e talentos p a r a se r e m postos a
servio do me s m o projeto.
a) No aspecto da F e :
b) No aspecto de Z e l o :
1) U m desejo d e f inido de se dedicar ao servio dos
359
outros por meio da p r e gao k e r i g m t i c a d a C.SS.R.
2) Pa r a p o d e r se d e dicar realmente ao servio dos ou
tros ,p r e c i s a ter chegado a u m aprecivel grau de
d e s apego pelos seus prprios interesses p a r t i c u l a
res .
3) U m estado habitual de pr e g u i a e de d esinteresse
ou n o - e n g a j a m e n t o ,indica que o candidato no ser
ve para a no s s a tarefa.
4) essencial que o formando manifeste interesse p e
lo b e m dos outros.
5) n e c e ssrio que seu interesse pelos outros se m a
nifeste por sua s e n s i b i l i d a d e ,seu senso de r e s p o n
sabilidade e esprito de iniciativa.
c) No aspecto de C o m u n i c a b i l i d a d e :
d) E m q u esto de P o b r e z a :
360
3) Deve po s s u i r generosidade e abertura pa r a colo
car-se em d i s p o nibilidade e m favor das precisoes
dos outros em todos os aspectos tais como d a sua
atenao,do seu tempo,dos objetos que lhe p e r t e n
cem ou estao ao seu uso,etc.
e) Em questo de C a s t i d a d e :
f) E m m a t r i a de O b e d i n c i a :
g) No aspecto de V i d a - d e - C o m u n i d a d e :
361
os n v e i s ,e s p i r i t u a l ,m a t e r i a l ,de fraternidade,
de alegria,etc.
3) Deve ter inclinaao p a r a a oraao em c o m u m , s e n
tindo que ela contribui em propor o aprecivel
para o seu p r prio crescimento espiritual.
4) Deve p o ssuir senso de estima e v a l o r , b e m como
de lealdade pela sua C o m u n i d a d e ,P r o v n c i a e C o n
gregaao .
5) Deve man i f e s t a r u m comportamento pos i t i v o e
construtivo de e s t m u l o ,p reocupaao e coopera-
ao com os outros,nos seus i n t e r e s s e s ,nos seus
projetos.
III. A n o s s a I d e n t i d a d e d e R e d e n t o r i s t a s .
362
cido em ..... M i n h a religio .... Sou c asa d o , ( o u n a o ) , t e
nho .... f i l h o s .T rabalho n a fbrica .....
Em geral a informaao r e cebida se aprox i m a bas t a n t e
d a q u e l a que precis a m o s pr e e n c h e r nos q u e stio n r i o s da p o l i
cia,ou pa r a conseguir em p r e g o , o u coisa parecida.
363
A Identidade de u m R e l i gioso claramente an l o g a ao
e s q u e m a acima citado. Por exemplo:
"Meu nome Jos Oppitz,tenho c i n qent a e dois anos
de i dade,nasci nos Estados Unidos d a A m r i c a , s o u
de o r i g e m t c h e c o - g e r m a n i c a . S o u sacerdote r e d e n t o
r ista perten c e n t e P r o v n c i a de B a l t i m o r e .Sou p r o
fessor de F i l o s o f i a qual dedico algumas horas por
s e mana;minha ocupaao e m tempo integral de P r e s i
dente do Secretariado d a F o r maao Co n t n u a de m i
n ha P r o v n c i a 1.1
E s ta a identidade de u m a pessoa,e m u i t o fcil e^pri"
mi-la. Quando,ao c o n t r r i o ,falamos de u m a crise de i d e n t i
d a d e ,isso nao pode ser entendido no sentido da identidade
m e r a m e n t e factual como no exemplo acima citado. N e s t e caso,
estamos de fato q u e rendo nos referir a u m certo juzo de v a
lor que fazemos a respeito de n o s s a sit u a a o . C o m outras p a
l avras,nos referimos reaao de aceitaao ou de rejeio
que sentimos a respeito de n o s s a p r p r i a identidade ou a
respeito daquilo que estamos fazendo.
A q u i l o que somos atualmente e o que agora fazemos,nao
e o m e s m o que ac o n t e c i a h vinte anos atrs e este fato ou
e b e m aceito por n o s , o u pode ser que nao o seja.Pode ser a-
te m e s m o que aquilo que atualmente estamos fazendo n o cor
r es p o n d a ao que espervamos que a c o n t e c e s s e ,segundo nossas
p revises de vinte anos atrs,ou nao c orrespon d a c o m o que
nos d i s s e r a m que a v i d a e o no s s o trabalho ia s er;a n o s s a
reaao sera sempre de acordo c o m a p r p r i a r ea l i z a a o ou d e
cepo n a qual nos encontremos.
Por isso,se estamos satisfeitos co m n o s s a p r p r i a i-
d e n t i d a d e , i s t o s i g nifica que somos capazes de apres e n t a r u m a
j u s t i f i c a a o - e x p l i c a a o e m primeiro lugar p a r a ns mesmos e
e m s e g u n d o , p a r a os o u t r o s , sobre o que ns somos e p o r q u e s e
guimos este c a m i n h o .Se achamos que aquilo que nos somos ou
fazemos e u m a coisa b o a , e s p o n t n e a e na t u r a l m e n t e e x t e r n a r e
mos a n o s s a opinio favorvel n o s s a situaao e m a n i f e s t a
remos o desejo que outros ta m b m as s u m a m a n o s s a identidade
e conosco p a r t i c i p e m de n o s s a vocaao.
N a e sfera p s i c o l g i c a , o fato de al g u m estar contente
co m sua p r p r i a identidade se m a n i f e s t a p e l a se nsaao de se
sentir d o n o - d e - s i - m e s m o o u s e j a , s e g u r o - d e - s i ,sem n e c e s s i d a
de de ocu ltar isto as pessoas que encontra , m a n i f e s t a n d o mes-
364
mo sua identidade co m um certo u f a n i s m o ,pois ele se sente
contente e realizado com aquilo que .
De outro lado,uma crise de identidade implica a sensa-
ao de que alguma coisa est faltando,que es t existindo
certa falha ou va z i o fundamental e existencial n a v i d a de
algum.Se lhe p e r g u ntamos porque ele assi m e porq u e est
fazendo isto ou a q u i l o , bvio que tal p essoa e n c o n t r a r a di
ficuldade em aprese n t a r uma justific a a o - e x p l i c a a o aceita-
ve l , t a n to de u m a coisa como da o u t r a . 0 result a n t e d isto n a
esfe r a p s i c o l g i c a uma sensaao de d e s c o n te n t a m e n t o in t e
r i o r , u m a espcie de f alta de estima e de v a l o r i z a a o d a q u i
lo que a p essoa sente que ,ou daquilo que faz.Neste estado
certo que a p e s s o a nao est int e r e s s a d a e m m a n i f e s t a r aos
outros o que ou como se sen t e , n e m de s e j a u m a situaao se
mel h a n t e para n i n g u m neste mundo.
Nao h n e c e s sidade de desenvolvermos aqui todas as
implicaes da crise de identidade e m tudo aquilo que trata
mos r e ferente a v i d a religio s a , a o s istema de n o s s a formaao,
ou sobre a p r p r i a p e r s e v e r a n a de cada u m em sua p r p r i a
vocaao,etc. Queremos apenas aprese n t a r u m elen c o c o m alguns
dos fatores mais importantes que c o s tumam exercer influ e n c i a
no d e s e n c a d e a m e n t o de um a crise de identidade e m u m r e l i g i o
so.
1) F a l t a de contacto com as origens do seu pr p r i o
I nstitu t o . E s t a falta pode ter duas causasjou
da int e l i g n c i a , p e l o simples d e s c o nhecimento,
ou depende de a l g u m p r o b l e m a n a rea p s i c o l o g i -
ca consciente ou n a o , devido a qual a l g u e m nao
se sente contente ou identificad o com as o r i
gens de sua pr p r i a Congregaao.
2) A au s n c i a de um apostolado e s p e c f i c o ,ou de u m
a postolado que se enquadre d entr o das atuais
n ecessi d a d e s da I g r e j a .Possuir u m a identidade
p ro f i s s i o n a l e importante pa r a q u a l q u e r pessoa.
Isto tem sua repercusso ta m b m n a d i m enso re
ligiosa.
3) A i n c e rteza ou i nsegurana nas estruturas segundo
as quais a lguem deve v i v e r . I s t o pode acontecer
ou porque os regulamentos de v i d a na o sao cla
ros,ou porque sao minuci o s o s d e m a i s , o u porque
estao pa s s a n d o por alteraes que sao rapidas
demais e nao f o r a m pr e v i a m e n t e p r e p a r a d a s .Ja
365
observamos acima o efeito d esastro s o que pode
ter p a r a a identidade do religioso u m perodo
de experi e n c i a meio indefinido ou aque l a situa
ao chama da de "vacatio l e g i s 1.'
4) A perda do sentido da Fe e da O r a a o .Neste ponto
tocamos no coraao de toda a identidade reli
giosa e de sua crise t a m bm.A p a rt i c i p a a o n a
F e a partici p a a o n a Oraao sao elementos in
t egrantes tanto da identidade pessoal do r e l i
gioso como da identidade de u m a co munidade re
ligiosa. Se u m dos dois entre esses elementos
estiver f a l t a n d o ,est criada a situaao p r o p
cia p a r a que surjam muitos problemas de i d e n t i
dade r e l i g i o s a . U m dos motivos cons i d e r a d o como
sendo dos mais ponderveis dentre os apresenta
dos pelos que p e d e m licena para aband o n a r a
v i d a reli giosa o abandono da v i d a de oraao.
F requen t e m e n t e esta p e r d a do h bit o e do senso
de oraao consequ e n c i a de se assumir t r a b a
lhos externos em demasia,o que acaba d e s e m b o
cando n a ma n i a do h i p e r - a t i v i s m o que e s v a s i a a
v i d a inte rior.Nao deixa de ser ver d a d e que a
dimenso do contemp l a t i v o e do m s t i c o p r e c i
sam ser os ingredientes integrantes de qualquer
trabalho apostlico que p r e t e n d a ser v l i do.De
outro l a d o ,dedicar-se ^exclusivamente a oraao
sem ao mesmo tempo fazer a l g u m trabalho que se
ja d i rigido pa r a o apostolado d i r e t o ,s i m p l e s
m ente nao o modo de ser e de viv e r da v o c a
ao redentorista.
5) Quando os superiores p e r d e m a fora d a autoridade
para p o d e r e m orientar a c o munidade . - A partir
do Co n c . V a t . I I f o r a m desenvolvidos diversos no
vos aspectos sobre o conceito da autor i d a d e do
superior religioso.Tais mudanas de conceitua-
ao at i n g i r a m o p r prio voto de o b e d i e n c i a . M u i
tos dos confrades mais v e l h o s ,crescidos e ama
durecidos no estilo de obedi n c i a p r - c o n c i l i -
ar ainda p r e f e r e m simplesmente ser m a ndados p a
ra fazer tal trabalho;e que se dig a como que
eles o d e v e m fazer;e nao h d vida que eles as
sim o farao,tal como for m a n d a d o , s e m h a v e r n e
cessidade de serem p r e v i amente interrogados se
366
q u e r e m ou n ao,se g o s t a m ou nao,e sem que h a j a
ne cessidade do assunto ser primei r a m e n t e e x p o s
to e discutido.
Admitamos que este era o estilo da aut o r i d a
de e x e rcida na C o n g r egaao nos primeiros tempos.
Este era o tipo de ob e d i e n c i a que Santo A f o n s o
esperava de seus sditos.Atualmen t e entretanto,
estamos diante do fato claro e inegvel que o
C one.Vat.II m o d i f i c o u este conceito de o b e d i e n
cia,insistindo fortemente que as decises s ejam
tomadas c o legialmente,que h a j a con s u l t a da co m u
n i d a d e , q u e a comunidade tome suas decise s , q u e
os indivduos sejam c o n s u l t a d o s ,que os carismas
e talentos individuais se j a m r e s p e i t a d o s ,e t c ,
etc.Tudo isto re p r e s e n t a algo de a b s olutamente
novo n a compreenso do exerccio da autoridade
em muitas Ordens e Congregaoes R e l i g i o s a s .Essa
m u d a n a foi ta m b m causadora de tenses e de
c o n f l i t o s ,mas tais tenses f o r a m criativas e os
choques da originados t i v e r a m consequencias
b a s t a n t e saudveis p a r a a renova a o da V i d a R e
ligiosa.As nossas novas Constitui o e s e E s t a t u
tos surgidos e m 1969 simplesmente e s p e l h a m o D e
creto Perfectae Caritatis sempre que o assunto
seja autoridade e obediencia.
0 p r o b l e m a surgido desde entao foi que muitos
nao d e r a m o devido peso e valor ao genuno si
gnificado de nooes entao s u r g i d a s ,tais como co-
l e g i a l i dade,consulta,e semelhantes.Erros f o r a m
cometidos tanto por Superiores como p or s d i t o s ,
ao f azerem uns e ou t r o s , a exp e r i e n c i a de a v a n
ar trilhando pelos "novos caminhos'.'Em conse -
quncia,certos superiores fi c a r a m temerosos de
e x ercer realmente sua autoridade e d e i x a r a m que
esta ficasse depend e n t e de u m p r i n c i p i o - d e - c o n -
t e s t a a o - p o p u l a r , ou d e - q u e m - g r i t a - m a i s - a l t o .
D e outro l a d o ,diversos sditos parece que se
fo r m a r a m a idia que o C o n e . Vat.I I acabou c om o
p r oprio conceito de autoridade e de superior.
Ambos estao enga n a d o s . A c o n t e c e u que e m algumas
comunidades d e s a p a r e c e r a m as antigas formas de
autoridade e de o b e d i n c i a e n a d a foi desenvol-
367
vido ou cultivado p a r a assumir o espao d eixado
v a g o , d e n t r o das genunas estruturas indicadas pe
lo Concili o , q u e sao a corresponsabi l i d a d e por to
dos as s u m i d a , a colegialidade e outras s e m e l h a n
tes .
6) U m l t i m o fator que tem contribudo pa r a d e s e n c a -
dear crises de i dentidade n a V i d a R e l i g i o s a tem
sido a p rioridade e i mportancia que p a s s o u a ser
dada a u m certo tipo de pro f i s s i o n a l i z a a o em
nvel tcnico com o conseqente e s q u e c i m e n t o e
o bliteraao dos v a lores da p e s s o a h u m a n a , d o h u
m a n i s m o , d a e s p i r i t u a l i d a d e . Q u a n d o isto acontece
em u m Seminrio M a i or,os jovens mu i t o p r o v a v e l
mente se def r o n t a r a o com u m a crise de f e entao,
todos os avanados conhecimentos que p o s s a m ter
das cincias experimentais e exatas, m a i s as no-
oes de fi l o s o f i a e de teologia que v e n h a m a ad
q uirir sem um a proporc i o n a l e m e s m o p r e d o m i n a n t e
e s p i r i t u a l i d a d e ,apenas contri b u i r o p a r a agravar
ainda mais o seu estado de d e s o r i e n t a a o .
Remdios pa r a a pe r d a da p r p r i a I d e n t i d a d e .
368
interior dos indivduos e no interior do Ins t i t u
to tomado como u m todo.Afonso jamais fundou seu
Instituto pa r a que fosse u m recanto polid o e e n
feitado dentro da Igreja.Possuir certo "Esprit de
c o r p s "nao u m a forma n e m de or g u l h o , n e m de tri-
u n f a l i s m o .Possuir um a tal m e n t a l i d a d e ,u m certo
u f a nismo de ser o que se ,r e p r e s e n t a algo de e s
sencial para u m organismo vivo e deve ser passado
e t ransmitido aos nossos jovens.Este me s m o s enti
me n to eles d e v e m ter e m relaao a Congre g a a o b e m
como e m relaao a sua pr p r i a Pro v n c i a . E s t e j a co
mo estiver a situaao real de um a comunidade ou
P r o v n c i a ,nao se contribui p a r a m e lhorar na d a
q uando se fica p arado ou lamentando; U m a x i o m a que
tem o va l o r de uma b a n d e i r a d e s f r a l d a d a c o n v i d a n
do p a r a a a ao, p opular entre os jovens de hoje;
ele diz:
"Se voce nao faz parte da Soluo,
Entao ,Voce o P r o b l e m a 1.'
Fre q u e n t e m e n t e es t a afirmaao v e r d a d e i r a
quando r e f erida s C o ngregaoes dentro da Igreja.
E x i s t e m r u p t u r a s ,faces que se opo e m , f a l t a de i n
t eresse de u m pelo o u t r o , f a l t a de interesse pelo
trabalho apostlico que outros fazem e que nao c o
i ncide com o n o s s o , u m a rad i c a l i z a a o de pl u r a l i s -
m o s que rompe a u n idade da comunidade r e l i g i o s a e
faz pe r d e r o senso de lealdade,de se sentir m e m
br o de u m a m e s m a famlia,- todos esses sao fatores
que p e s a m n a p e r d a da p r p r i a identid a d e . n e c e s
srio construir-se u m a visao de unidade de grupo;
p r eciso ha v e r integraao no trabal h o , n a oraao,
no e s t u d o ,etc.Fa z e n d o assim estaremos injetando
novo vi g o r e m n o s s a identidade p e ssoal e n a i d e n
t idade de toda a comunidade religiosa.
369
3) 0 terceiro remdio que se pr o m o v a u m a cru z a d a in
tensiva dentro da C ongregaao contra o p e r f e c c i o
nismo e contra a s u p e r - idealizaao da p erfeio
na Vi d a R e l i g i o s a >e s p ecialmente nos nossos Insti
tutos de F ormaao.Os jovens te m inclinaao de as
s umirem u m a atitude p e r f e c c i o n i s t a e super-idea-
l i z a n t e .T e n d e m a confundir p e r feio c o m p e r f e c
cionismo .
0 p s i q u i a t r a je s u t a de H a r v a rd,Pe. G i l l , a f i r -
m a que de u m grupo de cem padres e freiras que o
p r o c u r a r a p a r a tratam e n t o , a g r a n d ssim a m a i o r i a
era c o n s t itud a de p e r f eccionistas que jamais t i
n h a m conseguido aceitar-se a si mesmos c om suas
f r aquezas,ou aceitar as fraquezas dos seus co n
frades ou c o - i r mas,ou m e s m o,nao c o n s e g u i a m a c e i
tar as limitaes de seu p r oprio Instit u t o R e l i
g ioso.Vrios dentre eles t inham dificul d a d e s e m
a ceitar a ampla d iversidade de dons exi s t e n t e e n
tre seus c o m p a n h e i r o s ,alguns mais b e m d o t a d o s , o u
tros menos, t o d o s v i vendo dentro de u m m e s m o Insti-
tuto;por isso ca a m e m u m estado_de dep r e s s o agu
da diante de sua p r p r i a l i m i t a a o ,fraquezas e
q uedas.Tais problemas estao ba s t a n t e espalhados
p e l a V i d a R e l i g i o s a por toda a parte,ma s tal d e s
v io tende a ser mais agudo na faixa da juventude,
e s p ecialmente no tempo do n o v iciado e comeo do
seminrio maior.
Pa r a os que a s s u m i r a m o encargo da formaao,
este deve ser u m terreno onde ser p r ec i s o ter a
m x i m a atenao e nao deixa de ser u m grande de s a
fio.De u m l a d o ,p r e c i s a m realmente propo r altos i-
deais e encor ajar o entusiasmo d a j u v e n t u d e ,mas
ao mesmo t e m p o ,n e c e s s i t a m orientar e treinar os
jovens- e m - e s p r i t o no rumo de u m a e spir i t u a l i d a d e
m a d u r a e re a l i s t a que aprenda a d e senvo l v e r u ma
compreenso co m p a s s i v a e indulgente c o m a f r a q u e
za hu m a n a , o erro,e o pecado.
370
P O S T S C R I P T U M
371
carreir a,sem que de fato se p r ocure ser um a v i v a m e m r i a do
C r i s t o ,que a car a c t e r s t i c a p r p r i a do ser do r e d e ntoris-
ta,o seu "modus v i v e n d i 1.1 b e m mais fcil optar p o r u m a es
pcie de p r o f i s s i o n a l i s m o religioso,do que fazer u m a opao
de conc retizar u m a total transformaao (metanoia) de tudo
aquilo que se ,no modo de ser e de agir do Cristo.
Fazer opao pelo Cristo? Mas que Cristo? Pa r a o Cr i s
to dos Evangelhos! ne s t a direo que A f onso nos gui a . E s
colhendo ser R e d e n t o r i s t a s , j fizemos opao por u m car a c t e
rst i c o seguimento do C r i s t o ;nao no sentido de imitar as
vir t u d e s de Cristo (o que v i n h a a ser a inter p r e t a a o de D.
Fal c o i a ),mas no sentido de p r o curar v i v e r n a inteno de
ser u m seguimen t o - c o n t i n u a ^ a o Dele Mesmo que toda a v i r t u
de, toda a f ora.A vi r t u d e e vi v e r o C r i s t o ,ag o r a , conforme
esta f orma pe c u l i a r de se ser red e n t o r i s t a : a v i v a m e m r i a .
A h i s t r i a nos re l a t a como mais de u m d iretor e s p i r i
tual ou me s t r e de novios e n s i n a v a m prticas e tcnicas p a
ra se c onseguir a acquisiao de cada uma das v i r t u d e s ,c on
forme as diversas formas histricas de ascetismo ou c o n f o r
me as muitas ecolas de e s p i r i t u a l i d a d e , e ,diga-se de p a s s a
gem,eles o fi z e r a m muito b e m . A questo a seguinte: P r o c u
r a r a m eles ensinar a pr t i c a do Evangelho? P r o c u r a r a m fazer
viver a P a l a v r a V i v a que o C r i s t o ?
0 candidato a ingressar na v i d a da C . S S . R . t e m o pleno
direito de pr o c u r a r i dentificar em nosso d i a - a - d i a tudo o
que imp lica o seguimento do Cristo pa r a o r e d e n t o r i s t a e o
c o n s eqente modo de ser e viver que isto deve rea l i z a r em
n s . T o d o o p r o cesso de pre p a r a a o p a r a a emisso dos votos
d e v i a ser orientado p a r a se p r o curar responde r a seguinte
questo: Q u e m o C r i s t o ? A emisso dos votos e q ivale a u-
m a d e c l araao p u b l i c a feita ao m u n d o nos termos seguintes:
372
"Nao h n e c e s sidade de se definir o m u n d o e
se saber co m exatidao no que ele consiste;
o que h antes uma grande n e c e s sida d e de
se pr o m o v e r a transformaao deste me s m o m u n
do'.'
373
per reformanda - procurando libert-la e desemba-
raa-la de toda a crosta de tradies e mesmo de
linhas de pensamento nao-Evanglicas que se acumu
laram atravs dos sculos na medida em que estes
acrscimos impedem e atrapalham a difuso da misso
do Cristo a todos os homens.
4) Fidelidade Congregaao com todos os seus carismas
historicos e com todo o seu potencial de realizaao
no presente.Precisamos estar convencidos da valida
de de nossa vocaao;foi desta forma que Deus nos
inseriu dentro de sua Igreja - como redentoristas.
Foi com essas caractersticas que ele nos enviou a
trabalhar pelo mundo - como redentoristas.Foi assim
que ele nos enxertou na vida do Seu Esprito - como
redentoristas;na Congregaao e com a Congregaao.
Ligada implicitamente a esta vocaao,h uma identi-
ficaao especial e uma fidelidade assumida para com
os pobres.
5) Fidelidade ao Esprito o qual a fonte de toda a
nossa capacidade de entendimento,da criatividade,do
esprito de iniciativa,da dedicaao ao Evangelho.
Ele o Esprito que nos cria e nos sustenta;Espi-
rito de F,de Esperana,e de Amor;Esprito de zelo
pastoral;Esprito de tranqilidade e de paz,mas
tambm Esprito de fermentaao contnua e de desa
fio.
6) Fidelidade ao Cristo na medida em que constantemen
te procuramos ser testemunhas Dele e de tudo o que
Ele estabeleceu.Temos que dar testemunho Dele como
o Senhor e Mestre da vida,da histria,das pessoas,
de tudo o que acontece.0 objetivo de nossa vida par
ticular,e o objetivo comunitrio de nossa Congrega
ao tem que ser de revestir-se do Senhor Jesus,de
tal forma que ao vivermos agora,nao sejamos nos
quem vive,mas o Cristo que vive em nos. Temos que
ser Sua viva memria para o nosso tempo.
7) Fidelidade a nossa prpria conscincia e a nossa
vocaao pessoal.Esta e a fidelidade fundamental,
diaria e concreta que expressamos em nossa quotidia
na opao fundamental de levar a vida de algum que
foi chamado a viver,de um modo radical,o seguimento
do Cristo;de alguem que foi chamado a participar de
374
Sua existncia proftica e missionria no meio do
mundo,mediante a opao fundamental de levar a vida
segundo o espirito e visao redentorista de Afonso
de Ligrio.
FIM
A D E N D A
375
mond a qual estende seu apostolado aos estados do sudeste
dos Estados Unidos e e fundaao e dependente da Provncia de
Baltimore.A primeira fundaao foi em 1926 quando a Provncia
de Baltimore fundou na Florida uma casa de retiro para o cle
ro da regio.Na regio abrangida pela Vice-Provncia o apos
tolado e bastante difcil.Os catolicos chegam no mximo a
5% da populaao,sendo que os 95% restantes sao ou protestan
tes ou pagaos.A populaao de raa negra constitui mais de
25% dos habitantes e se encontra em situaao socio-economica
vizinha da misria,sendo que a grandssima maioria deles
paga.A isto acrescente-se a pronunciada migraao centro-ame
ricana das ultimas dcadas,principalmente de Cuba,devido as
dificuldades polticas por que passa essa regio.
Dom Guilherme McCarty CSSR,quando Superior Provincial
de Baltimore (1939-43) decidiu dar prioridade ao apostolado
entre os negros do sudeste e em pouco tempo iniciou ali sete
fundaes dedicadas a este trabalho,as quais se seguiram ou
tras oito mais tarde.Em 1942 foi criada a Vice-Provncia de
Richmond que continuou se dedicando preferencialmente ao a-
postolado entre os negros,formando paroquias so para eles,
onde o numero de conversoes e apreciavel e onde j tem sur
gido diversas vocaoes de raa negra,tanto para o clero dio
cesano como para os redentoristas.
R_e t i f i c a o
376
APNDICE
Esquem as da C S S R : 1732-1980
Dados Estatsticos
Bibliografia
ndices Remissivos
ESQUEMA DA EXPANSO DA CONGREGAO DO
SANTSSIMO REDENTOR DE 1732 a 1980
A B R E V I A T U R A S
378
Da Itlia para alm dos Alpes
379
lamo Austraco - PROVNCIA de VIENA (cfr.Vicariato Geral
j
...... (Transalpino ,2 pg.379).
M-LISBOA (Portugal) f. 1826 - Expulsos em 1833
(cfr.P-Madrid,4 e 9 pg.383)
P-BALTIMORE (USA) f.1832-36 - Assumido por P-Bruxelas-N
em 1844(cfr.P-Brux-N,2 pg.384)
P-MUNIQUE (Alemanha Ocidental,sul) f.1841 - vis:qd?-
P :1853
>P-COLONIA (Alemanha Ocidental,norte e Alemanha 0-
riental) f.1849 vis:1855 - P:1859
l ^ P-BUENOS AIRES (Argentina,centro e sul)
f.1883 -vP:1893 - P:1943
R-MONTEVIDU (Uruguai) f.1889 - Ajuda
do por P-SantAna de Beaupr des
de 1965 que assume a regio em
1968 - R:1968 (cfr.P-St1Ana Bp,2
pg.386)
*vP-BRESLAU (entao Prssia,Silsia - atual
WROCLAW,Polonia) f.1900 por P-Vi-
ena - Assumido por P-Colnia em
1918 - vP:1933 - Deixa de existir
em consequencia da II Guerra Mun
dial em 1946.(Cfr.P-Viena,10 pg.
381)
^vP-WEETEBULA (Indonsia,centro-leste)
f.1956 - v P :1960
380
Ramo Austraco - PROVNCIA de VIENA (Continuaao)
381
R a mo F r a n c o - S u o - P R O V N C I A de L Y O N
( c f r . V i c a r i a t o Geral T r a n s a l p , 3 p g . 37 9)
^P-ESTRASBURGO ( Fr a n a , c e n t r o - l e s t e ) f . 1 819-20 - v i s : 1 8 7 1 ? -
v P :1894 - P :1911
382
Ramo Franco-Suo - PROVNCIA de LYON (Continuaao)
^ P-MADRID (continuaao)
P-BOGOT (Colombia) f.no litoral,por P-Paris em 1884
e no interior,norte por P-Madrid em 1929 -
vP:1950 - P:1960 ocasiao em que a parte de Bo
got, fundada por P-Madrid.assume tambm o li
toral o qual desde 1947 formava com o Equador
a P-Buga-Quito.
(cfr.P-Paris,1-1 pg.382)
>vP-SO JOO (Porto Rico,Antilhas) f. 1886-1895 - Assu
mido por P-Baltimore aps 1900 (cfr.P-Balt,
2 pg.384).
9M-LOUROSA e CANIDELLO (Portugal) f. 1903 - Expuls:.1910
>P-MXIC0 (Mxico) f.1908 - vP:1910 - P:1966
vP-CARACAS (Venezuela) f. 1925 - vP: qd?
^vP-SAO SALVADOR (Sao Salvador .Guatemala,Honduras ,
Nicaragua,Costa Rica,Panam,Cuba) f. 1927
v P :1955
>vP-PEQUIM (China) f. 1928 - vP:1930 - Expuls:1948
> P-LISBOA (Portugal) f.1935 - vP:1953 - P:1962
(cfr.P-Viena,l pg.380 e P-Madrid,4 acima)
vP-LUANDA (Angola) f.1954 - vP:1966 - A maio
ria foi forada a abandonar seu terri
trio em 1974.Depend.do Sup.Ger.desde
1976? Recebe ajuda de P-S.Paulo a par
tir de 1978 (cfr.P-S.Paulo,3 pg.380)
1 0 ^ R-NKOLO (Zaire) P-Madrid ajuda vP-Matadi a partir de
1969 e em 1980 assume parte da mesma com a
criaao da nova Regio.(cfr.P-Brux-N,9 pg.
387)
^P-SANTIAGO (Chile) f.1876 - vP:1921 - Depend.do Sup.Ger.em
1947 - P :1961
^vP-LIMA (Peru) f.1882-84 - vP:1921 - Depend.do Sup.Ger.em
1947 (cfr.hist.em P-Madrid,1 pg.382)
6 M-ALGER (Arglia) f.1930 - Supressa em 1971
ylfrvP-NIAMEY (Niger) f. 1946 - vP:1960
383
Ramo Belga - PROVNCIA de BRUXELAS SETENTRIONAL
(cfr.Vicariato Geral Transalpino,4 pg.379)
> P-BRUXELAS MERIDIONAL (Blgica,sul) f.1831 - P:1961
vP-MATADI (Zaire) Ajuda a vP-Matadi desde 1898
(cfr.P-Brux-N,9 pg.387)
2>-> R-PROPRI (Brasil,SE,AL) f.1963 - R:qd?
P-BALTIMORE (USA,nordeste) f.1832-36 por P-Viena - Assumido
por P-Brux-N em 1844 - vis:qd? - P:1850
H P-SAINT-LOUIS (USA,centro,norte) f.1847 - vis:qd? -
P :1875
1 vP-NEW-ORLEANS (USA,centro~sul) f.1847 - vP:1952
2 > P-OAKLAND (USA,oeste) f. 1891 - vP:1924 -P:1952
M7-ALASKA (USA,extr~norte) Oficialmente
forma um todo com a Provncia.
vP-MANAUS(Brasil,AM,PA) f.1943 - vP:1947.
4 I vP-BANGKOK (Tailndia) f.1948 - vP:1956
>vP-SO JOO (Porto Rico ,Rep .Dominicana,Ilhas St.Tho-
mas e Santa Cruz) f.1858-91 por P-Viena
com aux.de P-Balt.- Assumido por P-Brux-N
em 1865 - Adscrito a vP-St'Ana de Bp em
1893 - Assumido por P-Baltimore:de P-Madrid:
Porto Rico,aps 1900;de P-Brux-N ou P-St'
Ana de Bp : Ilhas St.Thomas e Santa Cruz em
1917 - vP:1918 (cfr.P-Viena,6 pg.381,
P-Brux-N,5 p g .386 ,P-St'Ana Bp,l pg.386 e
P-Madrid,3 pg.383)
P-TORONTO (Canad,sudoeste) f.1874 - vP:1897 - P:1918
P-EDMONTON (Canada,centro-sul e sudoeste)
f.1898 - v P :1945 - P:1961
l lM?-CASA NOVA (Brasil,BA, Juazeiro) f.1964
>P-Y0RKT0N (Canad) .Assumido em 1929 - Entregue
a VP-Lwow em 1932 (cfr.P-Brux-N,8 pg.387)
5 ^ vP-MAIZURU (Japao ,sudoeste) f.1948 - vP:1966
>P-SANT'ANA DE BEAUPR (Canad) f. 1878 - Assumido por
P-Brux-N em 1879 (cfr.P-Brux-N,7 pg.386)
>vP-RICHMOND (USA,sudeste) f.1926 - vP:1942
vP-CAMPO GRANDE (Brasi 1 ,MS,PR) f.1929-30 - vP:1936
^R-ASSUNAO (Paraguai) f. 1930-34 - R:1971 Assu
mido por P-Baltimore em 1971 como segue:
R-ASSUNO (Paraguai) f. 1930-34 por vP-Campo Grande -
Assumido em 1971 - R:1971 (cfr.acima)
384
Ramo Belga - PROVNCIA de BRUXELAS SETENTRIONAL (Continuao)
> P-AMSTERDAM (Holanda) f.1836 - visrqd? - P:1855
^ P-LONDRES (Inglaterra) f.1838-43 por P-Brux-N - Assu
mido por P-Amsterdam em 1855 - vis:qd?
P:1865(cfr.P-Amst,4 pg.386)
9P-DUBLIN (Irlanda) f.1853 - vis:qd? - P:1898
$> P-CANBERRA (Austrlia) f.1882 por P-Londr.
~1 - Assumido por P-Dublin em 1898 -
vP:1924 - P:1927 (cfr.P-Lond,2 abx)
1 > P-WELLINGTON (Nova Zelndia) f.1905-
v P :1956 - P :1970
2 > vP-MANILA (Filipinas,norte) f.1932-
v P :1947
3!> vP-IPOH (Malsia e Singapura)
f.1934 - M:1964 - vP:1967
2 > vP^EBU (Filipinas,sul) f.1906 - vP:1924
3 P-BANGALORE (ndia)f.1938 -vP:1945 -P:1972
jl R-C0L0MB0 ( Sri-Lanka) f.1938 R:1974
vP-FORTALEZA (Brasil,C E ,P I ,MA,GO norte)
f.1957-58 - v P :1962
^P-CANBERRA (Austrlia) f.1882 - Assumido por P-
Dublin em 1898 (cfr.P-Dublin,1 acima)
^ vP-PRETRIA (Zimbawe,frica do Sul)
f.1912 - vP:1946
> vP-PARAMARIBO (Suriname) f.1865-66 - vis:1866 -
v P :1893
^ P-RIO DE JANEIRO (Brasil,RJ,MG centro-leste,ES)
f.1893-94 - v P :1903 - P:1951
1 -^vP-RECIFE (Brasil) f.1933-47 - Assumido por P-
Amsterdam em 1951 (cfr.P-Amst,4 abaixo)
vP-LIMA (Peru) Assumido em 1955 e entregue a P-
Madrid em 1964 (cfr.P-Madrid,1 pg.382)
4 L > vP~RECIFE (Brasil,PE,PB,RN,AL)f.1933-47 por P-Rio de
Janeiro - M:1951 quando assumido por P-Ams
terdam - vp;i953 (cfr.P-Rio de Jan,l acima)
M-LAPA (Brasil,BA) f.1956 - Assumido por P-Var-
svia em 1972 (cfr.P-Vars ,3 pg.381)
385
Ramo Belga - PROVNCIA de BRUXELAS SETENTRIONAL(Continuao)
386
Ramo Belga - PROVNCIA de BRUXELAS SETENTRIONAL(Continuaao)
387
D A D O S E S T A T S T I C O S
Status Personalis da CSSR 1732-1979
38 8
1955: 7856 1970: 7973
5 + 4,073 % 5 - 12,115 %
1960: 8176 1975: 7007
5 + 6,311 % 5 - 6,136 %
1965: 8692 1979: 6577
5 - 8,271 %
1970: 79 73
389
Ano de maior Durante
SADAS - COMPARAAO
nmero 1978
Sacerd.Secul."ad experim'.' 1969: 18 8
" Exclaustr."ad temp'.' 1977 : 13 10
" Secularizaoes def. 1971: 88 33
" Incardinaoes 1972: 11 7
390
B I B L I O G R A F I A
A) Bn Geral
391
Gregorio,Oreste CSSR. - Sant'Alfonso Scrittore Europeo -
Atti dei Convegno di Studi Storici dalla Societa di
Storia Patria di Terra di Lavoro - 26-31 ottobre 1966 -
Roma - De Luca Editore,1967 - pp.327-332.
Keusch.C. CSSR. - La Dottrina Spirituale di S.Alfonso -
Traduao do alemao por Fabbio - Mil ao,1931.
Landi,G. CSSR. - Istoria delia CSSR. - 2 vols. - Manuscrito,
Roma,Arquivos CSSR.
Martino,R.di CSSR. - La Caratteristica delia Spiritualit
Alfonsiana - Pagani,1947.
Michelotto,Pe.Joo CSSR. - Peripcias de um Santo(Vida de S.
Afonso)- Rio de Janeiro - Edi.da Congregaao Redento
rista,1948 - 219 p.
Michelotto,J.B.CSSR. - Dom Afonso de Ligrio - "Flashes" de
uma vida - Juiz de Fora - S.E. - 1971 - 107 p.
Mondrone,Domenico S.J. - Sant'Alfonso come era - in La Civil-
ta Cattolica,1963,1 - Quaderno 2701 - 16 p.
Montes U.Pe.Jos Maria CSSR. - Sintesis histrica de los
Redentoristas - Coquimbo - Comunidad PP.Redentoristas,
1979 - 144 p.
Montes,Pe.Jos Maria CSSR. - Afonso Maria de Ligrio.o Cava
leiro de Deus.Trad.do Pe.Francisco Alves CSSR.- Petr-
polis - Edit.Vozes Ltda. - 1962 - 205 p.
Pasdeloup,Pe.Alberto CSSR. - Santo Afonso e sua Congregaao -
Congonhas do Campo - Typ.Senhor Bom Jesus,1939 - 52 p.
Salvini,D.Afonso OSB. - Santo Afonso de Ligrio - Sao Paulo -
Edies Paulinas,1959 - 221 p.
Sousa,Pe.Geraldo Pires de,CSSR.- Um Santo s Voltas com Li
vros ,Censores ,Editores .Tipgrafos ,Correios e Leitores.
Resumo do Livr* de Rodrigo Bayon (Cfr.)Como escribio
Alfonso de Ligorio - em "Revista Eclesistica Brasilei-
ra'(REB) ,1951,pgs .289-310,e 597-614/1952,p. 125-141.
Tannoia,Antonio CSSR. - Delia Vita ed Instituto di S.Alfonso
di Liguori.- Turin - Marietti - 1877 4a.ed.
Tannoia,P.Antonio Maria Benedetto CSSR. - Delia Vita ed Ins
tituto di S.Alfonso Maria de'Liguori - Torino - Per
Giacinto Marietti Tip.-Libr.1887 - XVI-796 p.
39 2
Telleria,P.Raimundo CSSR.- San Alfonso Maria de Ligorio Fun
dador,Obispo y Doctor.- Tomo 1,1950 - XXIV-885 p. ;
Tomo 11,1951 - 1023 p. - Madrid-Editorial el Perpetuo
Socorro.
II. ESTUDOS E DICIONRIOS.
Analecta CSSR. - Vols.I-XXXV,1922 a 1967 - Roma.
Bettencourt,D.Estvo S.S.B.- Recenso do livro "A Igreja e
seus Modelos" de Avery Dulles S.J. em "Pergunte e Res
ponderemos" 1979 ,ano XX,n9 240 ,pg.487-501.
Brandhuber,P.Dr.Georg CSSR. - Pie Redemptoristen 1732-1932 -
Festgabe zur 20Q-Jahr-F&ier - Bamberg - Druck St.~
Otto-Verlag.- 1932 - 283-8 p.
Conspectus Generalis Congregationis SSmi.Redemptoris.- Roma -
S.e. - 1979 - 473 p.
Dictionnaire des Ordres Religieux.- Paris - Helyot-Badiche,
1859.
Dictionnaire de Spiritualit,Asctique et Mystique.- Paris -
Lethielleux - 1933.
Dulles,Avery S.J. - A Igreja e seus Modelos. - Trad.de Ale
xandre Macintyre - Sao Paulo - Edi.Paulinas,1979 -
239 p.
Hosp ,P.Eduard CSSR.- Weltweite Erlsung-Erl(b'sermissionHre-
Redemptoristen 1732-1962 - Innsbruck - Universittsver-
lag Wagner - 1962 - 222 p.
Mandy,Pe.Jose CSSR. - Apuntes sobre la Historia de la Congre-
gation dei SSmo Redentor.- Villa Allende - mimeografado
1947 - VI-139 p.
Minervino,Pe.Francesco CSSR.- Catalogo dei Redentoristi d'l~
talia 1732-1841 e dei Redentoristi delle Provincie Me~
rTdionali d'ltalia 1841-1869. - Roma - Collegium S.A1-
fonsi de Urbe,1978 - 349 p. - Bibliotheca Histrica
CSSR.- vol.VIII.
Monumenta Hofbaueriana - Vols.I-XV,1915-1951 - Cracvia -
Roma - Domus Generalitia Congr.SS.Redemptoris
Pejska,Joseph CSSR.- Jus Sacrum Congregationis SS.Redemptoris
Brunae in Moravia - Typis Pontificiae Typographiae Be-
nedictinorum Rajhradensium - 1910 - XXII-521 p.
393
Spicilegium Historicum CSSR. - Vols I a XXVIII, 1953 a 1980 -
Roma.
Studia Moralia CSSR. - Vols.I a XVIII - 1963 a 1980 - Roma -
Editrice Ancora.
Telleria,P.Raimundo CSSR. - Un Instituto Misionero - La Con-
gregatin dei Santisimo Redentor en el segundo centen
rio de su Fundacion 1732-1932 - Madrid - El Perpetuo
Socorro,1932 - 590 p.
Theberge ,Pe .Rdrigue CSSR. - Des Rassembleurs d*Hoiimes - La
Congrgation du Trs-Sarnt-Redempteur.- Sainte-Anne de
Beaupr - Presses de la Revue Saint Anne de Beaupr -
1978 - XIV-IV-380 p.
394
IV. BIBLIOGRAFIAS.
395
II.Del gran mezzo delia Preghiera e Opuscoli affini -
1962 - XLII-258 p.-
IV.Incarnazione,Eucaristia,Sacro Cuore,1939 - 532 p.
V.Passione di N.S.G.Cristo,1934 - 488 p.
VI.Le Glorie di Maria-Parte 1,1935 - 406 p.
VII.Le Glorie di Maria-Parte 11,1937 - 576 p.
IX.Apparechio alia Morte e Opuscoli affini,1965 LXXI-
469 p .
X.Via delia Salute e Opuscoli affini,1968 - XL-377 p.
XIV.La Vera Sposa di G.Cristo,Cap.1-12 - 1935 - 526 p.
XV.La Vera Sposa di G.Cristo,Cap.13-24 - 1935 - 484 p.
Liguori,Afonso M.de - Obras Ascticas.
Vol.I - Al pueblo en general,1952 - XVI-1035 p.
Vol.II - Al clero en particular,1954 - XXIV-941 p.
Madrid - B.A.C.(Biblioteca de Autores Cristianos) - Trad,
do Pe.Andres Goy CSSR.
396
Liguori,Afonso M.de - Avisos sobre a Vocaao Religiosa.
Trad.do Pe.Clemente Serrat C.M.F. - Sao Paulo - Offici-
nas Graphicas da "Ave Maria" - 1935 - 160 p.
Liguori,Afonso M.de - 0 Caminho da Salvaao e da Perfeio.
Trad.do Mons.Manuel Marinho. - Porto - Typographia Fon
seca Ltda.- 1948 - 3a.ed. - 445 p.
Liguori,Afonso M.de - Cartas Circulares de nosso Pai Santo
Afonso a seus Congregados. - Aparecida - Of.Graf.Edit.
Santuario de Aparecida - 1964 - 157 p.
Liguori,Afonso M.de - Cartas Circulares de Ste>. Afonso de Li
guori aos seus Congregados.(4 cartas) - Sao Paulo -
Casa da Boa Imprensa - s.d. - 34 p.
Liguori,Afonso M.de - Encarnaao,Nas cimento e Infancia de
Jesus Cristo. - Trad.do Pe.Oscar Chagas Azeredo CSSR.-
Petropolis - Editora Vozes - 1946 - 256 p.
Liguori,Afonso M.de - Escola da Perfeio Crista para Secu
lares e Religiosos. - Compilado pelo R.P.Saint-Omer CSSR:
Petropolis - Edit.Vozes Ltda.- 1931 - 890-X p.
Liguori,Afonso M.de - Os Exerccios da Misso. - Trad.do Pe.
Nestor Toms de Souza CSSR. - Petropolis - Editora Vo
zes Ltda. - 1944 - 228 p.
Liguori,Afonso M.de - 0 Genuino Redemptorista. - Apparecida-
Off.Graph."Santuario d Apparecida - 1933 - 32 p.
Liguori,Afonso M.de - Glrias de Maria Santssima. - Trad.do
Pe.Geraldo Pires de Sousa CSSR. - Petropolis - Editora
Vozes Ltda. - 1964 - 6a.ed. - 399 p.
Liguori,Afonso M.de - 0 grande meio da Oraao.- Trad.do Pe.
Henrique Barros CSSR. - Sao Paulo - Edies Paulinas -
1955 - 79 p.
Liguori,Afonso M.de - A gruta de Belem,Escola de Virtudes.-
Sao Paulo - Escolas Profissionais Salesianas - 1934 -
69 p .
Liguori,Afonso M.de - Mximas Eternas. - Trad.do P.Marinho.
Porto - Tipographia Fonseca Ltda. - 1928 - 498 p.
Liguori,Afonso M. de - Mximas Eternas e Prticas devotas do
Cristo. - Sao Paulo - Pia Sociedde S.Paulo - 1934 -
315 p.
397
Liguori,Afonso M.de - Novena do Espirito Santo. - Petropolis
- Editora Vozes Ltda. s.d.- 9a.ed. - 31 p.
Liguori,Afonso M.de - A Oraao.- Breve tratado de S.Aff...
com um devocionario extrahido das Obras do mesmo Santo.
Sao Paulo - A.Campos Editor-Centro de Propaganda Catho-
lica - 1908 - 236 p.
Liguori,Afonso M.de - A Oraao,o grande meio de Salvaao.-
Trad.do Pe.Oscar das Chagas Azeredo CSSR. - Petropolis-
Editora Vozes Ltda.- 1938 - 128 p.
Liguori,Afonso M.de - A Paixao de N.S.Jesus Cristo.
Vol.I - 208 p. - Vol.II - 218 p. - Trad.do Pe.Jos Lo
pes Ferreira CSSR. - Petropolis - Editora Vozes Ltda.-
1940.
Liguori,Afonso M.de - A Paixao e Morte de N.S.Jesus Cristo.
Trad.do Pe.Marinho.- Porto - Tipografia Fonseca Ltda.-
1930 - 532 p.
Liguori,Afonso M.de - Palavras de Santo Afonso e de seus
Sucessores aos seus Estudantes. - Petropolis-Editora
Vozes Ltda. - 1940 - 112 p.
Liguori,Afonso M.de - Prtica de Amar a Jesus Cristo. - Trad.
do Pe.Oscar das Chagas Azeredo CSSR.- 2a ed. - Petrpo-
lis - Editora Vozes Ltda. - 1953 - 199 p.- 2a.ed.
Liguori,Afonso M.de - Pratica do Amor a Jesus Christo. -
Traduzido por uma Senhora(sic).- Rio de Janeiro - H.
Garnier,Livreiro-Editor - 1902 - 4-277 p.
Liguori,Afonso M.de - Preparagao para a Morte.- Trad. de
Celso de Alencar. - Petropolis - Editora Vozes Ltda. -
1956 - 4a.ed. - 294 p.
Liguori,Afonso M.de - 0 Religioso Santificado.- Petropolis -
Editora Vozes Ltda.- 1959 - 192 p.
Liguori,Afonso M.de. - A Selva.- Para Ordinandos e Sacerdo
tes.Trad.do P.Marinho. - Porto - Tipografia Fonseca -
1928 - 524 p.
Liguori,Afonso M.de - Sermes abreviados para todos os do
mingos do Ano. - Trad.do Conego Miguel Ferreira d Al
meida. - Vizeu - "Revista Catholica"- 1899,2a.ed. VI-
862 p.
398
Liguori,Afonso M.de - A Verdadeira Esposa de Cristo.- Trad.
do Pe.Francisco Braz Alves,CSSR. - Sao Paulo - Edies
Paulinas - 1964 - 19 vol.360 p. - 29 vol.382 p.
Liguori,Afonso M.de - A Verdadeira Esposa de Jesus Cristo ou
a Religiosa Santificada por meio das Virtudes prprias
de seu Estado.- Trad.do Pe.Antonio Alves Ferreira dos
Santos. - Apparecida do Norte - Officinas do Santuario
d'Apparecida - 1922 - 19 vol.279 p.
Liguori,Afonso M.de - Visitas ao Ssmo Sacramento e Ssma
Virgem e a S.Jos.- Trad.do Pe.Francisco Braz Alves CSSR
Aparecida - Of.Graf.Edit.Santurio de Aparedida - 1948,
4a.ed. - 128 p.
Liguori,Afonso M.de - Visitas ao Ssmo Sacramento e a Nossa
Senhora.- Trad.do Pe.Francisco Braz Alvez CSSR. -
Aparecida - Editora Santurio - 1974 - 102 p.
Liguori,Afonso M.de - A Vocaao Religiosa. - Trad.do Dr.Jos
Luis Afonso - Porto - Editorial Perpetuo Socorro - 1958-
258 p.
B) Por Assuntos.
I. CONSTITUIES,ESTATUTOS,CAPlTULOS GERAIS.
399
Acta Integra Capituli Generalis XVI Congregationis SS.Redemp-
toris Romae celebrati anno MCMLXIII(1963). - Roma -
Domus Generalitia C.SS.R. Typis delia Pace - 1963 - XVI-
157 p.
Acta Integra Capituli Generalis XVII Congregationis Sanctis-
simi Redemptoris Romae celebrati 1967-1969 - Roma - s.e.
s.d. - XXXVI-503-41-23 p.
Acta Integra Capituli Generalis XVIII Congregationis Sanc-
tissimi Redemptoris Romae celebrati 1973. - Roma - s.e.
s.d. - XII-118-30 p.
Analecta CSSR - Vols.V a IX (1926 a 1930) - Muitos Estudos
sobre a Regra Primitiva e suas edies.
Campara,S.- Ferrero,F. CSSR. - La CSSR. en las Regias Ponti-
ficias de 1749 y en las Constituciones Capitulares de
1969 - in Spicilegium Historicum CSSR - Vol.XXII,1973 -
I p.81-138 ; II p.139-146.
Documenta Miscellanea ad Regulam et Spiritum Congregationis
Nostrae illustrandum. - Roma - Ex Typographia delia Pa
ce ,Ph .Cuggiani - 1904 - 502 p.
Gregorio,0reste - Sampers,Andreas CSSR - Documenti intorno
alia Regola delia Congregazione dei SS.Redentore - 1725-
1749. - Roma - Collegium S.Alfonsi de Urbe - 1969 - 4-
442 p . - Bibliotheca Histrica CSSR - Vol.IV.
Gregorio,0reste CSSR. - Le Costituzioni dei 1764. - in Spici
legium Historicum CSSR - Vol.1,1953 p.121-144.
Gregorio,0reste - Sampers,A. CSSR. - Documenti intorno alia
Regola delia CSSR - in Spicilegium Historicum CSSR. -
Vol.XVI,1968 p.1-438.
Sampers,Andreas CSSR. - Constitutiones Capituli Generalis
1785 Scifelli - in Spicilegium Historicum CSSR. - Vol.
XVIII,1970 - p.250-312.
Sampers,Andreas CSSR. - The Chapter of 1854-55.- in Spicile
gium Historicum CSSR.- Vol.III,1955 - p.307-364.
Scriptum Primaevum S.Alfonsi de nostra Regula - in "Analecta
CSSR" - Vol.V.- 1926 - p.167-180 e 230-242.
Smetana,Rudolf CSSR. - Expositio Actorum et Factorum ad CSSR
Transalpinam Spectantium (Prop.Fide) - Roma,1894.
400
Springer,F.CSSR. - La Pratica deli'osservanza in Nocera di
Pagani. - in Spicilegium Historicum CSSR.- Vol.II,
1954 - p.295-364.
Telleria,R. CSSR. - De Capitulo Generali 1764. - in Spici
legium Historicum CSSR. - Vol.1,1953 - p.148-156.
II. MISSES.
401
Orlandi,P.G. CSSR. - Missioni Parochiali e Drammatica popu-
lare - in Spicilegium Historicum CSSR. - Vol.XXII,1974,
p.313-348.
Pardo,V. - Pastoral de Missiones Parroquiales - Barcelona,
1966 - 322 p.
Regolamento per le Missioni - in Analecta CSSR. - Vol.1,1922
p.171-178 ; 206-212 ; 255-264.
Telleria,P.Raimundo CSSR. - De Exercitiis Spiritualibus a S .
Alfonso in 1760 praedicatis. - in Spicilegium Histori
cum CSSR - Vol.11,1954 - p.193-196.
Van Delft,M. - La Mission Paroissiale,Pratique et Theorie.
Paris ,1964"! ~
Wissel,P.J. CSSR. - The CSSR on the American Missions -
Baltimore,1920.
402
Liguori,Alfonso M.de - Homo Apostolicus. - Veneza - Remondi-
n i ,1763 - 2a. ed. - Vol.I XVI-188 p .;Vol.II VIII-
168 p. ; Vol.III IV-116 p.
Liguori,Alfonso M.de - Praxis Confessarii ad bene excipien-
das Confessiones. - Veneza - Remondini,1764 - 5a ed.
243 p.
Liguori.Alfonso M.de - II Confessore diretto per le Confes-
sioni delia Gente di Campagna.- Veneza - Remondini,1764-
455 p .
Liguori,Alfonso M.de - Istruzione e Pratica per li Confesso-
ri. - Npoles - di Domenico,1765 - 6a.ed.
Vol.1 XXXII-482 p. ; Vol.II 544 p. ; Vol.IIP XXII-
335 p.
Liguori,Alfonso M.de - Pratica dei Confessore per ben eser-
citare il suo Ministero. - Veneza - Vitto - 1771 - 4a.
ed. - 298 p.
Liguori,Alfonso M.de - Theologia Moralis... - Bassano -
Remondini - 1772 - 7a.ed.- Vol.I LXXIV-280 p. ;
Vol.II XVI-276 p. ; Vol.III 204-XXXVI p.
Liguori.Alfonso M.de - Monitum pertinens ad quaestionem an
usus probabilium opinionum sit vel ne licitus aliquando.
Publ.em apendice i 7a.ed.da Theologia Moralis,Vol.III,
pgs.201-204.
403
Vereecke,L. CSSR. - Sens du Doctorat de S.Alphonse dans
l'Histoire de la Theologie Morale. - in Studia Moralia,
Vol.IX,1971 - p.25-57.
V. SO CLEMENTE.
404
Hosp,P.Eduard CSSR. - Klemens ais Generalat - in Spicilegium
Historicum CSSR. - Vol.11,1954 - p.150-190.
Hosp,P.Eduard CSSR. - H.Klemens in Triberg - in Spicilegium
Historicum CSSR. - Vol.III,1955 - p.307-364.
Hosp,P.Eduard CSSR. - Der Klemens Hofbauer - in Spicilegium
Historicum CSSR. - Vol.XVIII,1970 - p.215-225.
Jansen-Hnermann - Sao Clemente Maria,Vanguardeiro da Con-
gregaao Redentorista. - Trad.do Pe.Xavier CSSR. -
Petropolis - Editora Vozes Ltda.- 1953 - 173 p.
Ltw,P.Josephus CSSR. - Brevia dieta de Historia Polonica et
de nostris in Polonia 1807-1847 - in Spicilegium Histo
ricum CSSR. - Vol.VII,1959 - p.113-116.
Monumenta Hofbaueriana - Acta,quae ad Vitam S.Clementis Hof
bauer referuntur. - Vols.I a XV - 1915 a 1951 - Craco-
via e Roma - Domus Generalitia Congr.SS.Redemptoris.
Reinmann,Augustin CSSR. - De Fracasso em Fracasso - (Vida de
Sao Clemente Maria Hofbauer) - Trad.e adaptaao do Pe.
Artur Bonotti CSSR. - Aparecida - Editora Santurio -
1978 - 142 p.
Sampers,P.Andreas CSSR. - Epistolarum commercium inter Pa~
tres CSSR in Italia et Trans Alpes tempore S.Clementis.
in Spicilegium Historicum CSSR. - Vol.VII,1959-p.16-67;
Vol.IX,1961 - p.129-202.
Sampers ,P. Andreas CSSR. - Bibliografia Hofbaueriana - in Spi
cilegium Historicum CSSR. - Vol.XVIII,1970 - p.447-455.
Szrant,P.Carolus CSSR. - Redemptoristae in Polonia dispersi
post suppressionem conventus S.Bennonis an.1808 - in
Spicilegium Historicum CSSR. - Vol.VII,1959 - p.118-151.
VI. Pe.PASSERAT.
405
Hosp,.P.Eduard CSSR. - Dokumente ber die Anerkennung des
P.Passerat - in Spicilegium Historicum CSSR. - Vol.I,
1953 - p.83-101.
Sampers,P.Andreas CSSR. - Epistolarum commercium inter R.M.
Cocle et P.Passerat (1824-1826) - in Spicilegium Histo
ricum CSSR. - Vol.X,1962 - p.347-391 ; Vol.XIV,1966 -
p.124-162 ; 237-293.
Smetana,P.Rudolf CSSR. - Expositio Actorum et Factorum ad
CSSR Transalpinam spectantium(1839-1853). - Roma,1854.
VII. SO GERALDO.
406
Saint-Omer,P. CSSR. - O Thaumaturgo do Seculo XVIII - Vida,
Virtudes e Milagres de S.Geraldo Maje11a,Irmao Leigo da
Congregaao do SS.Redemptor. - Trad.do Presbytero Fer
nando Thomaz de Brito. - Lisboa - Imprensa Lucas,1905 -
VI-176 p.
Sampers.Andreas CSSR. - Bibliographia Gerardiana 1938-1955.
in Spicilegium Historicum CSSR. - Vol.III,1955 - p.498-
507.
407
Per il mese di Decembre.Esercitij spirituali p(er) ogni
anno da farsi p(er) un anima religiosa che camina
la strada delia perfettione christiana (1733-35).
Regole date dallo Spirito dei Signore ad un anima reli
giosa (Sette Regole) (1718-19).
Sopra 1'Evangelo di S.Matt. Esercitio di amore di Dio
per) tutti li giorni dei anno. (17,33-38).
Trattenimenti dei anima col suo Sposo Giesu.(1724-51).
D'Orazio,B. CSSR. - Una Gran Mistica dei 1700 - Autobiogra-
phia - Roma - 1965.
Favre,Joseph CSSR. - La Ven.S.Marie Celeste. - Paris - d.St.
Paul - 1931.
Gregorio,Oreste CSSR. - Revelationes S.Mariae Celestis - in
Analecta CSSR. Vol.IV,1925 - p.222-271.
Liguori,Afonso de - Lettere - Vol.I. Gen.Correspondence -
Dublin - Ed.Grimm - 1894 - Espec.cartas 6 e 7.
Majorano,S. CSSR. - Memria ed Imitazione. II Messagio
Spirituale di Suor M.Celeste Crostarosa. - Roma -
Mantiscr.ind. - Tese de Doutoramento - 1977.
Majorano,Pe.Sabatino CSSR. - L 1Imitazione per la Memria dei
Salvatore - II messagio spirituale di Suor Maria Celes
te Crostarosa. - Roma - Collegium S.Alfonsi de Urbe -
1978 - 335 p. - Bibliotheca Histrica C.SS.R. - Vol.VII.
Telleria.R. CSSR. - Crostarosa apud Marigliano (1718-1723).
in Spicilegium Historicum CSSR. - Vol.XII,1964 - p.79-
128.
IX. SO J.NEUMANN.
408
1963 - VIII-437 p.
Neumanniana - Spicilegium Historicum CSSR. Vol.XXIV,1976(0
volume todo) com sete artigos dos Pes.Sampers,0rlandi,
Ferrante,e Rush.
Prandel,Alfeo CSSR. - Joao Nepomuceno Neumann - 0 primeiro
Santo Norte-Americano e quarto Santo Redentorista. -
Aparecida - Editora Santuario - 1977 - 127 p.
409
Perriens,Gualterus CSSR. - Vice-Provinciae Hollandico-Brasi-
licae Congregationis SS.Redemptoris res gestas per quirr
que lustra 1894-1919. - Rio de Janeiro - CSSR. - 1920.
Serrano,Jonathas - Pe.Julio Maria CSSR. - Rio de Janeiro -
Livr.Boa Imprensa - 2a.ed. s.d. (1941) - 255 p.
Sampers,P.Andreas,CSSR.- I primi inviti ai Redentoristi per
1 'America Meridionale.- in Spicilegium Historicum CSSR.
Vol.XXI,1973 p.9-27.
Sanson,P.Carlos CSSR - Araujo,P.Cludio CSSR - Congregaao
Missionria do Santssimo Redentor - Cinqentenrio da
^ce Provncia de Campo Grande 1930 - 1980 - Curitiba -
S.E. - S.D. - 79 p.
XI. DIVERSOS
410
Henze,P.Clemente M.,CSSR.- Un Pioniere dei Signore nei due
emisferi - II Servo di Dio Vittorio Lojodice CSSR.'
Roma - La Postulazione CSSR - 1947 - 77 p.
Kraxner,Pe.Alois CSSR. - Contribuioes para um Diretrio de
Espiritualidade na Congregaao do Santssimo Redentor.
Sao Paulo - Mimeografado s.d. - 71 p.
Leclercq,Jacques - A Vida do Padre Lebbe.- Trad.de Iacy
Ewerton Martins. Rio de Janeiro - Livr.Agir Edit. 1959
396 p.
Lorthioit,P.J.B.CSSR.- Memorial Alphonsien. - Tourcoing -
Imprimerie P .Bernard-Ernoult-1929 VIII-689 p.
Llw,P.J.CSSR. - Scripta Minora Ven.Cesar Sportelli.- in Spi
cilegium Historicum CSSR Vol.V,1957 p.237-275.
Quignard,P.Joseph,CSSR. - Vie du T.R.P.Didier Redemptoriste -
Fondateur et Premier Visiteur des Missions du Pacifique.
Paris - Tiqui,Lib.-diteur - 1904 XIV-395 p .
411
NDICE DE NOMES
412
Carlos III(da Espanha) 57 Curzio,Ir.V.* 80,81,89, Felipe Neri,Sao 42,70
Carlos III(de Npoles) 98,105,107
Felipe V (da Espanha) 57
30,60 Czvitkovicz,Pe.A.* 217
Fnlon,F.de S. 62
Carneiro,Dr.Jlio Cesar
de Morais Rmton.J. 189 Fernando VI (da Espanha)
vide:Maria,Pe.J.* 58
De Ceuninck,Pe.G.* 305,
Carvalho,Dom Lino Deo- 317,321 Ferrero Centeno,Pe.F.*
dato R.de 250,251, 124,371
254 de Donato,Pe.J .B.* 80,
Fichte,J.T. 174
81
Cassiano.J. 34 Filangieri,Pe.M. 78
de Held,Pe.F .* 174,194,
Catarina II (Imp.da Rs 195,201,204,205,211, Francisco de Jernimo,
sia) 58 215,217,223,227,246 Sao 68
Cavalcanti,Dom Joaquim. de Laere.Pe.A.* 232-233 Francisco de Sales,Sao
A. de A 22,41,66,70,154,156
vide:Arcoverde,Card.J. Meo.Pe.A.* 118
Frederico I (daPrssis)
Cavaiieri.Anna 55,64, De Meulemeester,Pe.M. *
57
65,156 122,170
De Paola.Pe.F.* 56,96, Frederico II (da Prssia)
Champagnat,Beato Marce- 58
lino 45 97,172,175,176,180,
185,186,191,193,304
Chiang Kai-shek 269,270 G a r c i a Moreno G. 236,
Descartes,R. 118
Ciorani,Baro de 95,101, 239
102 Deschamps,Card.V.I.A.*
Gaud,Pe.L.* 122,131,220
196,211
Clemente Hofbauer Gaudreau,Pe.G.* 305-306,
(Dvorak),So* 20,27, Desurmont,Pe.A.* 227,
238,240 307,311,312,316,317,319,
52,58,93,97,173,174- 320,321,327
188,190,191,192,197- Didier.Pe.J.P.* 238,239,
198,201,203,204,213, Geraldo Majela,Sao* 88,
240,242,243,247
215,216,225,229,239 93,96,106,109,110-114,
Donders,Ven.Pe.P.* 214, 212
Clemente XI,pp 57,61 237
Gerson,J.de 66,148
Clemente XIII,pp 61 Douglas,Pe.E .* 200
Gill,Pe.T.,SJ 370
Cccle Dom.C.M.* 192,193, Duhart,Dom C.* 272
246,305 Goethe,J.W. 174
Dulles.Pe.A. SJ. 51
Columbano,Sao 35 Granada,Fr.L.de,0P 66
Durrwell,Pe.F.* 314
Condren,C. 71 Gregorio XVI,pp 205
<*13
Heigenhauser,Pe.E.* 253, Kenney,Pe.J.* 14 Madison,J. 58
255,256
Kenrick,Dom F.P. 218 Majorano,Pe.S.* 15
Heilig,Pe.M.* 242
Kierkegaard,S. 174 Malebranche,N. 118
Hellbach,Pe.A.* 247
Kosmacek,Pe.F.* 193 Mannarini,Pe.V.* 80,81,
Hitz,Pe.P.* 314 87,100,178
Kronenburg,Pe.J.B.* 212
Hlond,Card. 257 Mansione,Pe.N.F.J.* 199,
Kruschev,N.S. 284
305
Hortelano Alczar,Pe-A.*
318,319 Manuelo,Pe. SJ 102
Landi, Pe.J.* 101,175,
Hbl ,Pe.T.* 1/5,lo2,185 Mao Tse-tung 270,285
182,209
Marat,J.P. 189
Lanteri,Pe.B.,0MV 204
Inacio de Loyola,Santo,
Maria, Pe .Julio* 248-249
SJ 40,68-69,153 Lasso de la Vega y Mi
randa, Pe.J.M.* 331 Maria Teresa(da ustria)
Inocencio XII,pp. 59
58
Leo XIII,pp 44,218,
249 Marx,Karl 174,372,373
Jackson,A. 58
Lebbe,Pe.V. 266-268 Matera,Dom L. 247
Jansenio,Dom C. ,bp de
Ypres 60,142,144,145, Leclercq,Pe.J. 266 Mauron,Pe.N.* 52,174,
146,147,150 181,200-211,215,220,221,
Leibniz,G.W. 62
222,234,241,242,246,247,
Jansen,Pe.J.L.* 268
Leme,Card.S. 254 248.261.304.305
Jefferson,T. 58
Levesque,Pe.L.F.* 272 Mautone,Pe.J.* 204,205
Joao,Apost.e Ev.,Sao
Liguori,Dom.bp de Cava Maxwell,J.C. 174
157,160
105
Mazzini,Pe.J.* 199
Joao Batista de La Salle,
Liguori,G.de 1 55,64,65,
Sao 45 Mc Carty,Dom G.* 376
103,104
Joao Eudes,Sao 42,71 Menezes,Pe.F.L.* 270,271
Locke,J. 62
Joao Nepomuceno Neumann, Merton,T. 47,48,346
Lo,Dom Gregorio,0P 268,
So * 174,214,215-219,
Miguel,D.(de Portugal)
230 Lopes,Pe.V. SJ 127
228
Joo Paulo II,pp 5, Lordi,Pe.J.* 199,202,
Misiaszek,Pe.E.* 257,258
333-334 305
Molina,Pe.L.de, SJ 148
Joao VI,D.(de Portugal) Loyodice,Pe.V.* 226,236,
228 242 Mller,A. 178
Joo XXIII,pp 150,285, Lus Gonzaga,Sao,SJ 93 Muniz,Dom J.B.* 250
288
Lus-Maria Grignon de Muratori,L.A. 152
Jose I (da ustria) 57 Montfort,Sao 44
Murray,Pe.P.* 200,
Jos II (da ustria) 58 Lus XV (da Frana) 57 212-215,221,222,256,
264.282.300.305
Lustosa,Dom A.de A. 256
Murray,Dom Tiago 261
ICant,E. 63,174 Lutero,M. 142,143,148
Keaveney,Pe.G.* 14
M arcel,G. 137 IMapoleo I (da Frana)
Kempis,T.de 66
58,173,174
Macquarrie 137
Kennedy,J.F. 285
Nayden,Pe.W.* 15
414
NierembergjO "devoto" de Pio IX,pp,Sao 136,151, Sarnelli,Ven.Pe.J.* 89,
66 152,201,203,205,206, 93,100,101-105,106,109,
Nietzsche,F. 174 207,218,219 110,111
415
Torres,Pe.A. 73 Vioso,Dom A.F.,CM 246, Washington,J. 58
248
Tosques,S. 78,80,81 Walsh,Pe.M.* 15
Villani,Pe.A.* 89,198,
Tournely,Pe.H. 117 Wellington,A.W.duque de
203,209,304
261
Trapanese,Pe.V.D.* 196,
Vio,Card.Toms de,0P
241 Wemer,Z. 178
vide:Caetano,Card.,0P
Tulkens,Pe.M.* 248 Wesley,J. 62
Voltaire,J.M. 62,63
Wiemers,Ir.J.* 247
von Brentano,K. 178
Biervliet,Pe.A.* Wiggermann,Pe.G.* 252
von Held,Pe.F.*
301,306,307,308 vide de Held,Pe.F.* Wilkens,Pe.,SJ 47
van Rossum,Card.G.* 95,
von Hontheim,Dom Nicolau Wnschel,Pe.E.* 307,308
212,264,267,268
vide: Febronio
Vereecke,Pe.L.* 15
von Riedl ,Pe.V.* 252,
Vermeersch,Pe.A.,SJ 127 254
Vicente de Paulo,Sao CM.
42,43,44 Walter.Pe.A.* 221
416
NDICE DE LUGARES
417
Birmania 270 Campininhas de Gois Colombia 202,227,236,
251,252,253,255 239,379,382,383
Biserta 276
Campo Grande,MS 256, Colombo 271,385
Bomia 175,216
306.384
Colonia 224,225,226,238,
Bogot 236,239,382,383
Canad 177,183,229,231, 242,247,263,380,381
Bolvia 238,243-244, 232,233,243,264,272,
Congo Belga
257,381,382 273,274,316,325,330,
vide:Zaire
384,386,387
Boma,ilha de 273
Corumb 256
Canberra 261,262,263,
Bombaim 271
270.385 Costa Rica 236,383
Bom Jesus da Lapa (BA)
Canidello 228,383 Cuba 236,285,376,383
250,258,381,385
Cantao 269 Cuenca 238
Bordeus 252
Canton (USA) 217 Curitiba 256
Borneo,ilha de 270
Caposele vide:
Braga (Port.) 228
Materdomini D a chau 284
Brasil 58,238,243,244,
Caracas 244,383 Delmont 314,315,316,325
245-260,275,314,315,
320.330.380.381.384, Cartago 276 Deliceto
385 vide: Iliceto
Casamari 96
Braslia 255,260,380 Dinamarca 225,234,235,
Casanare 236,379
381
Bratislava 224,381
Casa Nova 260,384
Dionisio Cerqueira 258
Breslau 225,226,380,
Castellamare 74,100
381 Dominica,ilha de 234,
Cava 105 235,387
Bruxelas 195,197,201,
223,228,229,231,232, Cear 259,385 Dominicana,Republica
233,234,236,246,259, 235.384
Cebu 316,385
274.275.379.381.384,
Dublin 261,262,385
385,386,387 Ceilao vide:Sri-Lanka
Bucarest 183,186,379 Chaco,regio do 243,
Edmonton 231,232,233,
245,258
Budweis 216 260.316.384
Chalons sur Marne 189
Buenos Aires 238,242, Egito 34
243,380,386 Chancay 240
Equador 236,238,239,240,
Bufalo 217 Changai 270 382,383
Buga 239,382,383 Chicago 315 Espanha 57,58,61,64,150,
158,166,173,184,223,226,
Bulgria 379 Chile 227,236,238,240,
227,235,238,239,241,242,
241,243,382,386
261,262,269,270,275,315,
China 237,265-270,284, 379,382
Cabo,Cidade do 275
383
Esprito Santo,Est.do
Cachoeira do Sul,RS
2 55, Ciorani 95,101,102,106, 249,385
257
118,304
Estados Pontifcios 56,
Caiazzo 95
Cisterna 97 57,90,96,97,172,173,
Califrnia 375 174,304
Coari 258
Campina Grande,PB 249,
314
418
Estados Unidos da Amri Guatemala 236,383 196,227,240,271,314,316,
ca 58,177,183,187,188, 379,
192,195,197,205,216, Guaymallem 243,379
217,229-231,234,235, Izumi 273
Gubbio 97
256,258,261,262,272,
Guiana Holandesa
273,283,284,285,315, Ja p o 262,264,270,
vide: Suriname
319,325,330,375,376, 272-273,380,384,386
380,384,386,387
Java,ilha de 237
Hagenau 187
Estrasburgo 227,242,
Jestetten 176,177,190
243,244,382 Haiti,Republ.do 234,
235,387 Joinville (Frana) 189
Estrelles 314
Hanoi 264,265 Juazeiro,BA. 249,260,384
Europa 57,62,173,174,
177,183,184,187,188, Harvard 370 Juiz de Fora 248,253
192,194,197,224-229,
Heathfield 275
230,231,325,330
Kagoshima 273,380
Hiroshima 284
Kamakura 272
Holanda 187,195,223,
F a d a N Gurma 277 ,278,
228,236,237,240,253, Kandy 271
382
300.301.385
Karlovy Vary
Filipinas 261-263,270,
Honduras 236,383 vide: Karlsbad
315.316.325.385
Hong-Kong 270 Karlsbad 225,381
Florida,Est.da 376
Huanta 240 Kinshasa 274
Foggia 76,88,113
Huara 382 Kirchberg 178
Fontainebleau 174
Hu 264 Kuitu 278
Fortaleza 259,385
Hungria 224,381,387
Frana 43,57,61,63,141,
L a Paz 243,244,382
150,163,173,174,176,
189,190,195,205,222, lliceto 95,106,107,112, Latedoute 276
223,226,227,240,242, 118
264,265,266,276,277, Lemberg
ndia 237,270-271,385 vide: Lwow
279,314,379,382,
Indochina 264,272 Leopoldville
Fresno 375
vide: Kinshasa
Indonsia 237,263,380
Frosinone 97,176
Letnia 379
Inglaterra 57,206,223,
228,234,275,276,316, Lbano 274,387
G a l c i a (Ucrania) 232,
385,386
233 Lima 240,325,382,383,
Innsbruck 301 385
Garanhuns 249,260
Ipoh 270,385 Limeira 6,328
Gars a.Inn. 251,252
Iquique 382 Lisboa 227,228,270,380,
G 1enview 330
383
Iraque 274,387
Goinia 251,255
Londres 315,316,385,386
Irlanda 223,228,234,
Goias,cid.de 247,250,
259.261.262.271.385 Lorena (Frana) 226
251,253
Itlia 20,56,58,62,63, Lourosa 228,383
Gois,Est.de 248,255,
64,89,94,123,138,141,
259.380.385 Luanda 278,380,383
152,174,175,180,182,
Goa 270 184,191,193,194,195, Lugano 314
419
Luxemburgo 238 Mola 99 192,194,195,196,200,
Lwow 229,233,384,387 304,305
Monterone,(Roma) 196
Lyon 201,223,226,240, Palermo 195,208,379
Montevidu 242,243,380,
276,379,382,383 386 Panam,Rep.do 236,383
Moravia 175 Par.Est. 258,259,384
IVIacau 270
Moscou 285 Paraguai 243,244-245,256,
Madagascar,Rep.Dem.do 257.379.384
Munique 224,327,380
279,379
Paraguai,Rio 245
Mnster 190
Madrid 315,331,371,379,
382.383.387 Paraba,Est.da 249,250,
Muro 111,113
258.385
Maine,Est.do 306
Paramaribo 237,385
IMamur 190
Maitland 261
Paran,Est.do 256,257,
Nagasaki 284
Maizuru 273,384 381.384
Nanquim 270
Mlaca 270 Paris 265,382,383
Npoles 20,30,55,56,60-
Malsia 270,385 Passo Fundo 255
82,93-107,111,123,156,
Manaus 258,259,384 172,176-188,191,195, Patrasso 246
2Q0,208,226,227,245,
Manila 262,263,270,325, Pedro Afonso 259
246,304,305,379,382
385
Pensilvnia 216
Manitoba,Est.de 232 Nevis,ilha de 235,387
Pequim 269,383
Mariana 246,247,248 New Orleans 231,384
Pernambuco,Est.do 249,
Marigliano 77 Niagara 217 250.258.385
Marrocos 285 Niamey 277,278,383 Peru 238,239,240,241,
Matadi 274,275,383, 325.382.383.385
Nicargua 383
384.387 Philadelphia (USA) 218,
Niger 276-277,278,383
Materdomini 96,101, 219
Nkolo 275,383,387
106,118 Piau, Est.do 259,385
Nocera dei Pagani
Mato Grosso,Est.de 248 Pilar 245,379
vide: Pagani
Mato Grosso do Sul,Est.do Pittsburgh (USA) 217,230
Noruega 224,380
256,306,384
Piura 239,382
Nova Granada 226,379
Melfi 113
Nova York 217 Polinsia 261
Mendoza 243,379
Polnia 174,176,178,182,
Nova Zelndia 261,385
Mexico 235-236,244,383 224,225,226,232,233,
257,258,316,379,380,
Mexico,Cidade do 383
Oakland 384 381,387
Mexico,Golfo do 231
Oceania 230,261-263, Ponta Grossa 17,256
Michalovce 224,381 274,325,330
Port au Prince 234
Minas Gerais,Est.de 58, Osaka 273
249,253,380,385 Porto 228
Oslo 224,380
Porto Alegre 243,380
Miracema do Norte 259
Porto Rico,ilha de 233,
Miranda 256 Pagani 56,95,101,118,
234,235,238,381,383,384,
176,180,185,187,191, 386
420
Port Royal 61 192,194,195,196,208, Santo Antnio,igr.de,N
213,214,218,219,250, poles. 104,105
Portugal 187,222,227,
256,268,274,289,300,
228,261,270,271,278, Sao Benno,Igr de(Varsvia)
305,312,313,315,324,
380,383 178,186,190
325,327,329,330,332,
Posilipo 103 348,371,379 Sao Joao de Porto Rico
233,235,381,383,384 ,386
Prachatitz 216 Romnia 379
Sao Paulo,cidade, 250,
Praga 224,225,381 Roseau 234,387
251,253,256,315,319,
Pretria 275,276,385 Rotheim 187 320.380.383
Propri 259,275,384 Rumillies 228 Sao Paulo,Estado de
251,255,328,380
Prssia 57,58,173,174, Rssia 173,174,176,233,
225,380,381 274,283,284,285,387 Sao Salvador.cidade de(BA)
383
Puebla 5 Rustemburg 275
Sao Salvador,Republ.de
236.383
Quito 239,241,382,383 Saigon 264,386
Saskatchevan 232
Saint Kitts.ilha de
235,387 Scala 5,56,74,76,77,78,
R a v ello 56,77,102
79,81,89,95,100,101,
Saint Louis 231,258,
Recife 250,258,260,381, 102,113
272,384
385
Sciacca 97
Saint Thomas,ilha de
Rep.Sul Africana
234.235.381.384.386 Scifelli 96,304
vide:frica do Sul
Salerno 105 Sendai 273
Resistencia 243,381
Salisbury 276 Sergipe,Est.de 259,275,
Reyes 244,382
384
Salta(Argent.) 242
Rhode Island 306
Siao - vide:Tailndia
Salvador,cidad.de 249,
Richmond 376,384
258 Siclia 58,59,90,96,97,
Riobamba 238 195,197,379
Samoa,Ilhas 261
Rio de Janeiro,cid.do Silsia 225,380,381
San Giuliano,igr.de,
248.251.254.382.385
(Roma) 97 Silva Porto
Rio de Janeiro,Est.do vide: Kuitu
Santa Catarina,Est.de
249.385
255,257,258,380,381 Singapura 270,385
Rio Grande do Norte,Est.
Santa Cruz(ilha de) Sion (Sua) 241
do 250,385
234.235.381.384.386
Siping 269
Rio Grande do Sul,Est.
Sant'Agata dei Goti
do 255,257,380,381 Sria 274
56,61
Ripacandida 113 Spello 97
Santa Maria,RS 257
Roccapiemonte 88 Sri-Lanka 270,271,385
Sant'Ana de Beaupr
Rochester(USA) 230 232,233,234,243,264, Suffield(USA) 14,15,16
272.380.384.386.387
Rodsia Sua 176,177 ,181 ,190,
vide :Zimbawe Santiago do Chile 240, 191,195,222,223,226,
383 227,240,314,316,325,
Roma 20,21,37,43,56,60,
379,382
74,101,130,149,150,173, Santo Angelo a Cupolo
175,178,180,181,182, 96 Sumba,ilha de 263
421
Sumbawa,ilha de 263 Tunisia 276,285 Vila Rica 58
Suriname 236-238,385 Tupiza 243,244 Villa degli Schiavi
vide: Villa Liberi
Tafara 276 Uberaba 252 Villa Liberi 95
Tailndia 272,330,384 Ucrnia 232,274,387 Virgens,ilhas 234
Tchecoslovquia 216, Umbria 97 Vohemar 279,379
224,381
Undonthani 272
Tebessa 276 Warta 225
Uruguai 238,380,386
Teresina 259 Waterloo 174
U.S.A.
Texas 246 vide:Estados Unidos Weetebula 263,380
da Amrica
Tibagi 256 Wellington 261,385
Tirol 187 Wittem 268,301
Valsainte 176,177,183
Tivoli 175 Wroclaw 380,381
Varsvia 97,176,178,
Tquio 272,273,386 181,182,186,190,203, Wrzburg 190
257,316,381
Toronto 231,232,233,
272,273,384,387 Venezuela 239,244,383
X ang- M i n g 272
Tournai 197,228,229 Vermont 306
Transvaal Britnico 275 Veroli 97
Vorkton, (Canada) 229,
Treblinka 284 Vesvio 77 232.233.384.386.387
422
NDICE DE ASSUNTOS
423
Carmelitas 39,77,107 "Critica da Razao Pura" 63
Cartesianismo 118 CSSR,Apostolado da 90-95,183,
184-188 et passim.
Casa de Anastasio 81,89
- Apostolado das Escolas 45,87,
Castidade,Voto de 298,357,358,361
177-180,183,218,230,280
Certeza moral 135
Apostolado entre pagaos 212,
Checo-Germanos 236-238,263-280
vide: Sudetos
Aprovaao das Regras e Const.
Chiese Ricettizie 93-94 61.106.304
Cincia mdia 148 Canonizaoes da 213-214
"Circa Pastoralis",Const. 43 Casa Generalcia da 200,219,
268,269
Cistercienses 210
Constituio n9 20 6,362
Clausura 113,337
Constituio n? 73(78) 349
Clemente,Sao - Segundo fundador?
179-183 Constituio n9 80(85) 349
Clrigos Regulares 33,39-40 Constituio n? 84(90) 341
Colgio Chins de Npoles 56,74 Constituio n9 94 106
Collegium Majus 214 Constituioes de 1964 314,316,
318,322,323
Comunidade,Vida de 47,48,50,51,79,
92,104,296,335,338-339,358,361-362 - Constituioes e Estatutos da 6,
Conciliarismo 61,150,151 23,78-88,106,158,208,289,290,
291.302.304 ,305 ,306,321,334,341,
Concilio Nacional da Frana 173 348,349,352,362,367
Concilio Plenrio dos Est.Unidos da Constituioes e Estatutos.comen
Am. 206 trios das 82-88,334-340
"Conditae a Christo",Bula 44 - Consultores Gerais Regionais
212,333
Conegos-Regulares 33,36-37
Conegos seculares 36 Consultores Gerais Vitalcios
215
Congregaao do Espirito Santo 61
Diretrio Espiritual da 310,
Congregaao de Irmos Leigos 33,45 314,335
Congregaes Religiosas 43-45 - diviso da 56,61,97,172,176,
179,191,196,197
Conscincia moral,formaao da 123,
132,133,135,136,138 - Estatuto n 035(028c) 353-355
Constana,Concilio de 148 Estudos Regionais da 313-316,
325,330
Consulta Ampla 308,311,312,313,322,
324,325 Expansao na frica 223,274-279
"Contemplata aliis tradere" 38 Expanso na Amrica Central
"Contrato Social" de Rousseau 63 233-236
424
CSSR,Expansao na Europa 95-97, Vicariato Geral Transalpino
176-178,184-197,221,223, 185,186,191,192,193,194,195,
224-229 196,227,229,230,231,246,270,
271,379,380,382,384,
Expansao na sia 223,264-274
- Vice-Provncias,criaao das 212
Expansao na Oceania 223,261-263
Virtudes para cada ms 79,80,
Expansao no Brasil 245-260
337
Formaao para a 114-120,140,
- Visitadorias da 238
334-339,341-370
- Identidade da 362-370
Deismo 62
Irmos Coadjutores 33-35,40,44,
Desolaao espiritual 154,155,165,
45,94 ,104,106-114,296,332
166-169
- Manual de Oraes da 310,314
Diakonia
nos Estados Pontifcios 96,97, vide:Servio,vida de
176,177,178,179,193
Discpulos do Senhor,Congr.dos 269,
Origens da 54-120,172-198 et 270
passim
Distacco 155,162-164
Preparaao prxima ao Captulo
Dominicanos,Pes. (OP) 39
Geral Especial 312-316
Doutorado de Af.M.de L. 204-207
Provncias da -, primeira diviso
em 1,92-195 "due fini" 337,338
Provncias transalpinas da
193-195,200,201,208,221-229 "Ecclesiae Sancta',motu pr. 291,
302,311,312,314,315,322
Ramo Austraco da 224-226,
380-381 "Ecclesiam suam" ,Enccl. 28.8
- Ramo Belga da 228,229,384-387 Eclesiologia 49-52,67,68,69,142,
148-152,338,343,344,345
Ramo Franco-Suo da 226-228,
382-383 Ecumenismo 288,345
Regras e Const.da Ediao crtica das Obras de Sto
vide:Constituioes e Estatu Afonso 212,220-221,332
tos
Encarnaao de Cristo,devoo a 71,
Regra Primitiva,comentrio da 79,80,157
82-88
Enciclopedismo 61,63,137,141
Regra Primitiva da 79,80,
Equiprobabilismo 131,132,133,134,136,
82-88,337
139-140
Reunificaao da 202,206,304,305
Eremitismo 34,39,175
- Reviso das Const.e Estat.
Escatologia de Af.M.de L. 160
306-340
Escrupulosidade 126,133,350
Superior Geral vitalcio 308,
309,316 Esmola
vide: Mendicancia
- Transalpina 20,89,90,97,104,
173-197,200-204 ,208,221-229, Espiritanos,cfr.Congregaao do Esp
239,241,246,305,379-387 rito Santo
425
Esprito do fundador 22-23,26-27,49 Graa de Estado
227,292 vide: Estado de Vida
Espiritualidade 21-22,295-297 Graa eficaz 148
Espiritualidade Alfonsiana 65-68, Graa Santificante 157,158,159,160
150-169 et passim
Graa suficiente 148
Espiritualidade Alfonsiana,Curso de
14,15,20,332,371
H ermenutica,Regras de 23-26
Espiritualidade Carmelitana 22,67,69
Hespelein,Congr.das Irmas da Ord.
Espiritualidade da Imagem de Deus Terc. de S.Francisco de 218
71,vide "Viva Memria'.1
"Historia das Heresias",obra de Af.M.
Espiritualidade de Sta Teresa 67 de Lig. 142 e ss.
Espiritualidade do "0ratrio"de S.
Felipe Neri 70-71 Ignorncia moral 122,123,124,125,
Espiritualidade,Escolas de 22,65-72, 133-135,136,138,144,145
337,339,372 Igreja,ataques a 59,60,61,62,96,148,
Espiritualidade Inaciana 22,68-69 149,150,151,152,174,176
426
Intuicionismo moral 131,137 Livre-pensadores 63
Irmos das Escolas Cristas 45 "Lumen Gentium" 28,50,314
Irmos Maristas 45 Luteranismo 185,237
Irmas da Visitaao 41,77,79
"IVIater et Magistra",encclica 150
Irmas do Ssmo Salvador,
vide: OSSR "Maximum Illud',' Enccl. 267
Meditao 69,79,80,116,165,352-355
Jansenismo 59,60,61,62,67,125,141,
Meditaao em comum 352-354,355
142-148,149,150,152,161,163,205
Melquita,Rito 387
Jesutas (SJ) 39,40,61,68-69,97,102,
107,144,153,184,185,242,252,264, Mendicncia 37,38,112,113
265,316
Mendicantes,Ordens 33,37-39,40
Jesutas ,supresso dos 61,68,185
Mrito,noao de 160
Josefinismo 150,176 Mtodo Existencial 24,25-26
Jurisdicionalismo 59,141,149
- Historico 24,26
Justificaao,Doutrina da 143
- teologico 24-25
Misso,catequese na 109,184,185
Koinonia
vide:Vida de Comunidade - Catequtica 184,185,186
Kulturkampf 222,241,247,251,252,253 - Central 90-91
- de Hagenau 187
Lassalistas ,Irmos - Dramaticidade na 184,185,186,188
vide: Irmos das Escolas Cristas
- entre pagaos 56,236-238,263,
Laxismo moral 122,123,124,125,126, 264-270,271-279,280
129 - formaao para a 182,187,197,
Lazaristas,Pes.(CM) 246,265,266 117-120,127,140,182,187,338,
339
Legalismo 134,137
- mtodo da 90-95,123,184-185,186,
Lei Divina 145 187,188,301,306
natural 144,145,149,150
- mtodo de Af.M.de L. 90-94
positiva 145 - Penitencial(de Converso) 184,
- promulgaao da 133,134,135,136, 185,188
138 - popular 5,69,71,74,90-92,124,
sua relaao com a Liberdade 131, 127,161 ,182,184,185,188,219,
132,134,135 334
"Lettres Anglaises" de Voltaire 62 - reconciliaao dos inimigos na 91
427
Molinismo,Escola de Teol. 143,146,148 Paixao de Cristo 147,155-160
Monaquismo 33,34-35,36,37,38,161,337 Papa,autoridade e poder do 59,60,61,
67,148 e ss . ,174
Morte para o mundo
vide: afastamento do mundo Papa,Infalibilidade do 67,141,
148-151,206,207
N a t ureza humana,conceito de 143-146 Paroquias 94 ,177,178,179,180,186,
190,308,309
Neo-Pelagianismo 144
Passionistas,Pes. 44,62
Nominalista,Escola de Teol. 143
Paulist Fathers 210
N.S.do Perp.Soc.,devoo a 207-208,
263,270 Pecado 134,135,137-138,139,143,144,
145,146
Novena Perpetua,devoo da 263,270
Peclio 181,203
O b e d i n c i a ,Voto de 42,297-298,357, Pelagianismo 144
358,361,366-368
"Perfectae Caritatis" 20,26,28,47,
Oblatos de Maria Imaculada(OMI) 292-299,302,310,311,314,322,339,367
44,62
Perseverana,Voto de 43
Oblatos de Maria Virgem(OMV) 204
Perseverana,Voto e Juramento de 33,
Oblatos diocesanos de Sto Ambrsio 101,331-332,348
42
Personalismo 30,128-139,335,339-340
Obras ascticas de Af.M.de Lig.
Personalismo de Af.M.de L. 128-139
153-169,170,221
Pios Operrios 42,98
Obras de Af.M.de Lig. 61,66,121-137,
141-152,153-170,205-207,212, Pobreza,Questo do Voto de 181-182,
220-221,332 202-204
Ontologismo 118 Pobreza,Voto de 181,182,202-204,213,
299,357,360-361
Opao pelos pobres e mais abandonados
5,87,91,92,98,99,102,103,123,125, Posse,direito de 132
126,138,139,144,154,173,180,183,
"Prtica do Amor a Jesus Cristo",obra
186,338,356,374,
de Af. 153-169,170
Orao 40,42,45,69,146-148,155,160,
Pr-cincia de Deus 143,146,148
161,190,191,294,351,352-356,362,
366 Predestinaao,doutrina da 143,146,
147
Oratorianos de Brulle 42
Pr-moao de Deus 146,147,148
Oratorianos de S.Felipe Neri 42
Premonstratences,Pes. 37
Oratorio de Npoles 71,74,99
"Presbyterorum Ordinis" 314
"Orbis" 221
Probabiliorismo 131,132,134,136,154
Ordens Religiosas 34-40,44
Probabilismo 131,132,137
Ortodoxia de Af.M.de Lig. 67,68,
141-152,204-207,302 "Propaganda",Inst.Missionrio 55
OSSR 56,78-80,82-88 Protestantismo 149,151,177,182
428
CLuarenta horas,devoo das 218 Seguimento de Cristo 48,71,79,82,
Quietismo 67,163,164 84-86,158,166,337,338,354,356-359,
372,374
Secularizaao 287
429
"Vacatio legis" 291-292,309,322, - inserida no mundo 36,37,38,
366 41-45,139,140,338-339
430
NDICE DE
PROVNCIAS, VICE-PROVNCIAS,
MISSES E REGIES DA CSSR.
431
Provncia de: Karlsbad 225,381 Sao Salvador 236,244
Sua 383
La Paz 243-244,382
vide:P.de Lyon e P. Tquio 272-273,386
Lemberg
de Berna
vide: vP Lwow Weetebula 263,380
Toronto 231,232,233,
272.273.384.387 Lima 239,240 ,-241,382, Zwittau
383.385 vide: vP Karlsbad
Varsovia 224,226,243,
257-258,381 Luanda 278-279,380,
49. 383 IVlissao de
Viena 191,224,225,
231,234,255,256,379, Lwow 229,233,384,387 Garanhuns
381,383,384,386 vide: vP Recife
Maizuru 273,384
Wellington 261,385 Manaus 258-259,260
384 R e g i o de
Yorkton 229,232-233,
384.386.387 Assuno 245,256-257,
Manila 262,385
384
Matadi 274,383,384,
Vice-Provncia de 385 Baa Vide:Regiao da
Lapa
Assens 225,381 Michalovce 224,381
Beyrut 274,387
Bangkok 272,384 New Orleans 231,384
Coloirbo 271,385
Braslia 255,260,380 Niamey 277-278,383
Lapa 258,381,385
Bratislava 224,381 Pacfico Meridional
Montevidu 242-243,
Breslau 225-226,380, 227,238,240,241
380,386
381 Paramaribo 237-238,
Nkolo 275,383,387
Campo Grande 245,256, 385
306,384 Pilar 245,379,384
Pequim 265-270,383
Caracas 244,383 Propri 259,275,384
Pretria 275-276,385
Cebu 262,385 Reyes 244,382
Recife 249-250,258,
Fada N'Gurma 277-278, 260.381.385
382 Resistencia 243,258,
381
Fortaleza 259,260,385
Garanhuns Richmond 375,376,384
vide vP Recife Roseau 234,235,387
Ipoh 270,385 Sao Joao(Porto Rico)
Kagoshima 273 ,380 233,234,235,238,381,
383.384.386
432