Módulo 5 - Absolutismo e Mercantilismo
Módulo 5 - Absolutismo e Mercantilismo
Módulo 5 - Absolutismo e Mercantilismo
Absolutismo e Mercantilismo
4)Mercantilismo:
Os tipos de Mercantilismo:
Metalismo (ou Bullionismo): acmulo de
ouro e prata -> Espanha
Comercialismo: investimentos no
comrcio externo e em companhias de
comrcio -> a Holanda do sculo XVII e
a poderosa frota naval inglesa
Industrialismo: desenvolvimento das
manufaturas internas -> As manufaturas
txteis na Inglaterra e o Colbertismo na
Frana.
Sistema colonial:
Colnias de explorao: Grandes
propriedades escravistas. Produo
voltada para o mercado externo. No
contexto do mercantilismo:
comercializavam somente com a
Metrpole (Pacto Colonial).
Exportavam metais preciosos e
produtos tropicais e importavam
escravos e produtos manufaturados =
lucro Metrpole
Nasce daqui uma questo: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado.
Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque difcil junt-las, muito
mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Deve, todavia, o
prncipe fazer-se temer de modo que, se no adquire amizade, evite ser odiado, porque pode
muito bem ser ao mesmo tempo temido e no odiado; o que sempre conseguir desde que
respeite os bens dos seus concidados e dos seus sditos porque os homens esquecem mais
depressa a morte do pai que a perda do patrimnio.
Mas quando um prncipe est com os exrcitos e tem uma multido de soldados sob o seu
comando, ento de todo necessrio que no se importe de passar por cruel; porque sem esta
fama no se mantm um exrcito unido, nem disposto a qualquer feito.
Nicolau Maquiavel foi um pensador florentino que viveu na poca do Renascimento. Ele
considerado um dos fundadores do pensamento poltico moderno e suas ideias serviram de
base para a constituio do Absolutismo monrquico. Identifique no texto duas prticas do
Absolutismo monrquico.
2. (Enem 2012)
Na Frana, o rei Lus XIV teve sua imagem fabricada por um conjunto de estratgias que
visavam sedimentar uma determinada noo de soberania. Neste sentido, a charge
apresentada demonstra:
a) a humanidade do rei, pois retrata um homem comum, sem os adornos prprios vestimenta
real.
b) a unidade entre o pblico e o privado, pois a figura do rei com a vestimenta real representa o
pblico e sem a vestimenta real, o privado.
c) o vnculo entre monarquia e povo, pois leva ao conhecimento do pblico a figura de um rei
despretensioso e distante do poder poltico.
d) o gosto esttico refinado do rei, pois evidencia a elegncia dos trajes reais em relao aos
de outros membros da corte.
e) a importncia da vestimenta para a constituio simblica do rei, pois o corpo poltico
adornado esconde os defeitos do corpo pessoal.
ANDERSON, Perry, Linhagens do Estado Absolutista. Trad. Porto: Afrontamento, 1984, pp. 16-
17.
Exerccios propostos:
1. (Uerj 2013) Nos grficos abaixo, as setas sugerem um conceito fundamental na organizao
de uma pirmide social: o da mobilidade, ou seja, do deslocamento de indivduos ou grupos
dentro da pirmide.
No Antigo Regime, a tradio era um dos elementos fundamentais na definio da mobilidade
na sociedade estamental.
Identifique a forma de mobilidade, vertical ou horizontal, que mais caracterizou a sociedade
estamental e explique como ela funcionava no Antigo Regime.
O rei tomou o lugar do Estado, o rei tudo, o Estado no mais nada. Ele o dolo a quem se
oferecem as provncias, as cidades, as finanas, os grandes e os pequenos, em uma palavra,
tudo.
JURIEN, Pierre. Apud ELIAS, Norbert. A sociedade de corte. Rio de Janeiro, Zahar, 2001. p.
133.
Essa afirmao de um contemporneo de Lus XIV, na Frana, diz respeito a uma forma de
governo que ficou conhecida como
a) monarquia constitucional.
b) autocracia desptica oriental.
c) autocracia parlamentar.
d) monarquia absolutista.
e) tirania teocrtica.
Fonte: ADAS, Melhem & ADAS, Srgio. Panorama Geogrfico do Brasil. 4.ed. So Paulo:
Moderna, 2004. p. 31.
Fonte: UJVARI. Stefan Cunha. A histria da humanidade contada pelos vrus. So Paulo:
Contexto, 2009. p. 85.
A sequncia correta
a) V V F F.
b) F F V V.
c) V F V F.
d) F V F F.
e) V V F V.
4. (Pucsp 2012) Coube a Portugal a tarefa de encontrar uma forma de utilizao econmica
das terras americanas que no fosse a fcil extrao de metais preciosos. Somente assim seria
possvel cobrir os gastos de defesa dessas terras. (...) De simples empresa espoliativa e
extrativa idntica que na mesma poca estava sendo empreendida na costa da frica e nas
ndias Orientais a Amrica passa a constituir parte integrante da economia reprodutiva
europeia, cuja tcnica e capitais a ela se aplicam para criar de forma permanente um fluxo de
bens destinados ao mercado europeu.
Celso Furtado. Formao econmica do Brasil. So Paulo: Companhia Editora Nacional, 1971,
p. 8. Adaptado.
(...) entre os sculos XVII e XVIII ocorreram fatos na Frana que preciso recordar. Entre
1660-1680, os poderes comunais so desmantelados; as prerrogativas militares, judiciais e
fiscais so revogadas; os privilgios provinciais reduzidos. Durante a poca do Cardeal
Richelieu (1585-1642) aparece a expresso razo de Estado: o Estado tem suas razes
prprias, seus objetivos, seus motivos especficos. A monarquia francesa absoluta, ou
pretende s-lo. Sua autoridade legislativa e executiva e seus poderes impositivos, quase
ilimitados, de uma forma geral so aceitos em todo o pas. No entanto... sempre h um no
entanto. Na prtica, a monarquia est limitada pelas imunidades, ento intocveis, de que
gozam certas classes, corporaes e indivduos; e pela falta de uma fiscalizao central dos
amplos e heterogneos corpos de funcionrios.
Leon Pomer, O surgimento das naes. Apud Adhemar Marques et al, Histria Moderna
atravs de textos.
notrio que os reis que deixaram boa memria, cada um no seu tempo, buscaram a maneira
de acrescentar as suas rendas e fazendas, sem dano e prejuzo dos seus sditos, para
sustentar o seu estado real, a boa governana dos seus reinos, bem como a guarda e
conservao deles para a conquista e guerra.
ARCHIVO GENERAL DE SIMANCAS. Diversos de Castela. Livro 3, flio 85. Apud PEDRERO-
SNCHEZ, Maria Guadalupe. Histria da Idade Mdia: textos e testemunhas. So Paulo:
Unesp, 2000. p. 256. [Adaptado].
Escrito no sculo XV, o texto parte de uma instruo rgia de Fernando de Arago e Isabel de
Castela. Ele revela, como aspecto caracterstico das monarquias europeias centralizadas, a
organizao das finanas rgias,
a) considerando as despesas com a administrao dos negcios militares.
b) implementando uma poltica de favorecimento da burguesia emergente.
c) estabelecendo uma remunerao nobreza pelos servios burocrticos.
d) impondo o controle estatal s atividades econmicas privadas.
e) justificando a interveno na economia com base nos princpios de autossuficincia.
Se rende-se culto ao Deus verdadeiro, servindo com sacrifcios sinceros e bons costumes,
til que os bons reinem por muito tempo e onde quer que seja.
SANTO AGOSTINHO. A cidade de Deus: contra os pagos. 3a. ed. Petrpolis, RJ: Vozes,
1991. s. p.
O prncipe deve aparentar ser todo piedade, f, integridade, humanidade, religio. Contudo no
necessita possuir todas estas qualidades, sendo suficiente que aparente possu-las. At
mesmo afirmo que se possu-las e us-las, elas lhes seriam prejudiciais.
8. (Udesc 2012) Em relao Formao dos Estados Nacionais Modernos, correto afirmar.
a) O absolutismo e o poder centralizado no monarca foram as bases iniciais para a formao
do Estado Nacional Moderno.
b) Os Estados se formam sob bases democrticas e no sob as absolutistas.
c) O poder descentralizado foi uma das marcas da Instituio Estado Nacional Moderno.
d) A forte mobilidade social fez com que os burgueses produzissem a Instituio do Estado
Nacional Moderno.
e) Os burgueses controlavam o exrcito e cobravam impostos do povo para as cortes.
SMITH, Adam. A riqueza das naes: investigao sobre sua natureza e suas causas [1776].
So Paulo: Abril Cultural, 1983. p. 124.
10. (Espm 2012) No exame dos aspectos essenciais da economia europeia entre 1480 e
1560, a ateno dos historiadores imediatamente atrada para o vasto fenmeno que se
convencionou chamar revoluo dos preos, fenmeno especialmente notvel a partir de
1520.
No uso que se faz, habitualmente, dessa expresso revoluo dos preos no se aplica
apenas ao movimento altista dos preos, mas tambm de uma outra finalidade, mais ou menos
explicitamente expressa, de recordar outro grande fenmeno paralelo.
(Ruggiero Romano e Arberto Tenenti. Histria Universal siglo XXI: los fundamentos del mundo
moderno)
(Alberto da Costa e Silva. A frica explicada aos meus filhos, 2008. Adaptado.)
12. (Unesp 2011) O fim ltimo causa final e desgnio dos homens (...), ao introduzir aquela
restrio sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, o cuidado com sua prpria
conservao e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela msera
condio de guerra que a consequncia necessria (...) das paixes naturais dos homens,
quando no h um poder visvel capaz de os manter em respeito, forando-os, por medo do
castigo, ao cumprimento de seus pactos (...).
13. (Pucrj 2011) Observe o grfico das tendncias econmicas de alguns pases europeus
(1500-1700):
Sobre as causas dessas tendncias, correto afirmar que:
a) a prata americana deu Espanha do sculo XVI um poder de compra que acabou
provocando o desenvolvimento manufatureiro holands e ingls no sculo seguinte.
b) as guerras religiosas incentivaram a produo de armas e permitiram o crescimento
econmico dos principados luteranos da Europa central, em meados do sculo XVI.
c) o afluxo dos tesouros americanos permitiu Espanha ter um perodo de enriquecimento e
expanso no sculo XVII.
d) a estreita relao entre comrcio externo e setor manufatureiro e a manuteno da unio
com a Espanha foram as bases do milagre holands do sculo XVII.
e) o controle dos mares, as grandes reservas de carvo e o uso de energia a vapor para
mecanizar a produo manufatureira explicam a expanso constante da economia inglesa
entre 1550 e 1700.
Este fluxo de prata despejado em um pas protecionista, barricado de alfndegas. Nada sai
ou entra em Espanha sem o consentimento de um governo desconfiado, tenaz em vigiar as
entradas e as sadas de metais preciosos. Em princpio, a enorme fortuna americana vem,
portanto, terminar num vaso fechado. Mas o fecho no perfeito [...] Ou dir-se-ia to
comumente que os Reinos de Espanha so as ndias dos outros Reinos Estrangeiros.
16. (Enem 2010) O prncipe, portanto, no deve se incomodar com a reputao de cruel, se
seu propsito manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poder
ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distrbios que levem ao
assassnio e ao roubo.
17. (Uepg 2010) Sobre os Estados Nacionais Modernos, assinale o que for correto.
01) Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes e Jean Bodin figuram entre os tericos que
construram as concepes gerais nas quais se assentam os Estados Nacionais Modernos.
02) No caso do Estado ingls, o que mais o caracterizou durante sua criao foi a negao ao
absolutismo e a sua proximidade com a Igreja Catlica.
04) Na Frana, o Estado Nacional se formou, a partir do sculo XII, defendendo a Repblica e
combatendo os princpios monrquicos.
08) A reconquista da Pennsula Ibrica, luta travada contra os muulmanos que ocupavam
aquela regio desde a Idade Mdia, favoreceu ao processo de unificao e de formao do
Estado Nacional espanhol.
16) Em termos gerais, a noo de cidadania, a diviso dos trs poderes (executivo, legislativo,
judicirio), dos direitos civis e da representatividade poltica esto presentes na gnese dos
Estados Nacionais Modernos.
18. (Ufjf 2010) Acerca do incio da Idade Moderna, leia a afirmao a seguir. Em seguida, com
base na citao e em seus conhecimentos, responda ao que se pede.
Atividades econmicas, estruturas e relaes sociais, formas polticas, ideologias,
manifestaes culturais, tudo afinal se modificou em maior ou menor grau, embora em ritmos e
propores bastante diferenciados entre si. Tal conjunto permite-nos considerar essa poca o
comeo de um perodo distinto do medieval, quaisquer que tenham sido as permanncias e
continuidades ento verificadas.
Explica-se assim o hbito h muito difundido entre os historiadores de procurar sintetizar todas
as transformaes do perodo que ento se iniciava utilizando a noo de moderno.
20. (Enem 2009) O que se entende por Corte do antigo regime , em primeiro lugar, a casa de
habitao dos reis de Frana, de suas famlias, de todas as pessoas que, de perto ou de longe,
dela fazem parte. As despesas da Corte, da imensa casa dos reis, so consignadas no registro
das despesas do reino da Frana sob a rubrica significativa de Casas Reais.
ELIAS, N. A sociedade de corte. Lisboa: Estampa, 1987.
Algumas casas de habitao dos reis tiveram grande efetividade poltica e terminaram por se
transformar em patrimnio artstico e cultural, cujo exemplo
a) o palcio de Versalhes.
b) o Museu Britnico.
c) a catedral de Colnia.
d) a Casa Branca.
e) a pirmide do fara Quops.
21. (Ufrj 2009) "A sociedade feudal era uma estrutura hierrquica: alguns eram senhores,
outros, seus servidores. Numa pea teatral da poca, um personagem indagava:
- De quem s homem?
- Sou um servidor, porm no tenho senhor ou cavaleiro.
- Como pode ser isto?' Retrucava o personagem."
Fonte: Adaptado de HILL, Christopher. "O mundo de ponta-cabea". So Paulo:
Companhia das Letras, 1987, p. 55.
22. (Unifesp 2009) "O fim ltimo, causa final e desgnio dos homens (que amam naturalmente
a liberdade e o domnio sobre os outros), ao introduzir aquela restrio sobre si mesmos sob a
qual os vemos viver nos Estados, o cuidado com sua prpria conservao e com uma vida
mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela msera condio de guerra que a
consequncia necessria (conforme se mostrou) das paixes naturais dos homens, quando
no h um poder visvel capaz de os manter em respeito, forando-os, por medo do castigo, ao
cumprimento de seus pactos e ao respeito quelas leis de natureza."
(Thomas Hobbes (1588-1679). "Leviat". Os Pensadores. So Paulo: Abril Cultural,
1979.)
"O prncipe no precisa ser piedoso, fiel, humano, ntegro e religioso, bastando que aparente
possuir tais qualidades (...). O prncipe no deve se desviar do bem, mas deve estar sempre
pronto a fazer o mal, se necessrio."
(Nicolau Maquiavel (1469-1527). "O Prncipe". Os Pensadores. So Paulo: Abril
Cultural, 1986.)
Os dois fragmentos ilustram vises diferentes do Estado moderno. possvel afirmar que:
a) Ambos defendem o absolutismo, mas Hobbes v o Estado como uma forma de proteger os
homens de sua prpria periculosidade, e Maquiavel se preocupa em orientar o governante
sobre a forma adequada de usar seu poder.
b) Hobbes defende o absolutismo, por tom-lo como a melhor forma de assegurar a paz, e
Maquiavel o recusa, por no aceitar que um governante deva se comportar apenas para
realizar o bem da sociedade.
c) Ambos rejeitam o absolutismo, por considerarem que ele impede o bem pblico e a
democracia, valores que jamais podem ser sacrificados e que fundamentam a vida em
sociedade.
d) Maquiavel defende o absolutismo, por acreditar que os fins positivos das aes dos
governantes justificam seus meios violentos, e Hobbes o recusa, por acreditar que o Estado
impede os homens de viverem de maneira harmoniosa.
e) Ambos defendem o absolutismo, mas Maquiavel acredita que o poder deve se concentrar
nas mos de uma s pessoa, e Hobbes insiste na necessidade da sociedade participar
diretamente das decises do soberano.
23. (Fuvest 2009) "Da armada dependem as colnias, das colnias depende o comrcio, do
comrcio, a capacidade de um Estado manter exrcitos numerosos, aumentar a sua populao
e tornar possveis as mais gloriosas e teis empresas."
Essa afirmao do duque de Choiseul (1719-1785) expressa bem a natureza e o carter do:
a) liberalismo.
b) feudalismo.
c) mercantilismo.
d) escravismo.
e) corporativismo.
O regime dos Csares era muito diferente das monarquias que nos so familiares, a saber: a
realeza medieval e moderna. Sob o Imprio Romano (40 a.C - 476 d.C), a palavra "Repblica"
nunca cessar de ser pronunciada. Sob o Absolutismo, todos estaro a servio do Rei; um
Imperador, ao contrrio, estava a servio da Repblica: ele no reinava para a sua prpria
glria, maneira de um Rei, mas para a glria dos Romanos.
VEYNE, Paul. "L'Empire Grco-Romain". Paris: Seuil, 2006. p. 15-41. [Adaptado].
O texto acima compara e distingue dois regimes polticos. Explique o que diferenciava a
legitimidade do poder poltico de um imperador romano da legitimidade do poder poltico de um
rei absolutista.
25. (Ueg 2008) Nada havendo de maior sobre a terra, depois de Deus, que os prncipes
soberanos, e sendo por Ele estabelecidos como seus representantes para governarem os
outros homens, necessrio lembrar-se de sua qualidade, a fim de respeitar-lhes e
reverenciar-lhes a majestade com toda a obedincia, a fim de sentir e falar deles com toda a
honra, pois quem despreza seu prncipe soberano despreza a Deus, de Quem ele a imagem
na terra.
BODIN, J. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. "Histria moderna atravs de
textos". So Paulo: Contexto, 1999. p. 61-62.
O documento citado refere-se a uma forma de governo existente na Europa na Idade Moderna.
Sobre ela, responda:
a) Qual era esta forma de governo?
b) Como era justificada ideologicamente?
26. (Uel 2008) "Alis, o governo, embora seja hereditrio numa famlia, e colocado nas mos
de um s, no um particular, mas um bem pblico que, consequentemente, nunca pode ser
tirado das mos do povo, a quem pertence exclusiva e essencialmente e como plena
propriedade. [...] No o Estado que pertence ao Prncipe, o Prncipe que pertence ao
Estado. Mas governar o Estado, porque foi escolhido para isto, e se comprometeu com os
povos a administrar os seus negcios, e estes por seu lado, comprometeram-se a obedec-
acordo com as leis."
(DIDEROT, D. (1717-1784). "Verbetes polticos da Enciclopdia". So Paulo: Discurso,
2006.)
27. (Unifesp 2008) Do ponto de vista scio-poltico, o Estado tpico, ou dominante, ao longo do
Antigo Regime (sculos XVI a XVIII), na Europa continental, pode ser definido como
a) burgus-desptico.
b) nobilirquico-constitucional.
c) oligrquico-tirnico.
d) aristocrtico-absolutista.
e) patrcio-republicano.
Assinale entre as alternativas a seguir aquela que apresenta um dos pensadores que se
destacaram na teoria poltica do perodo absolutista, bem como a obra em que trata do
assunto.
a) Thomas Morus, que escreveu "Utopia".
b) John Locke, que escreveu "Segundo Tratado do Governo Civil".
c) Charles Fourier, que escreveu "O Novo Mundo Industrial".
d) Jacques Bossuet, autor da obra "Poltica Segundo a Sagrada Escritura".
e) Baro de Montesquieu, autor da obra "O Esprito das Leis".
29. (Ufpel 2007) "Daqui nasce um dilema: melhor ser amado do que temido, ou o
inverso? Respondo que seria prefervel ambas as coisas, mas, como muito difcil concili-las,
parece-me muito mais seguro ser temido do que amado, se s se puder ser uma delas. [...]
Os homens hesitam menos em prejudicar um homem que se torna amado do que outro
que se torna temido, pois o amor mantm-se por um lao de obrigaes que, em virtude de os
homens serem maus, quebra-se quando surge ocasio de melhor proveito. Mas o medo
mantm-se por um temor do castigo que nunca nos abandona. Contudo, o prncipe deve-se
fazer temer de tal modo que, se no conseguir a amizade, possa pelo menos fugir inimizade,
visto haver a possibilidade de ser temido e no ser odiado, ao mesmo tempo."
MAQUIAVEL, Nicolau (1469-1527). "O Prncipe". Lisboa: Europa-Amrica, 1976.
O documento embasa
a) a organizao de uma sociedade liberal, precursora dos ideais da Revoluo Francesa.
b) o direito divino dos reis, reforando as estruturas polticas e religiosas medievais.
c) o absolutismo monrquico, sob a tica de um escritor renascentista.
d) a origem do Estado Moderno, atravs do Contrato Social.
e) o republicanismo como regime poltico, apropriado para os Estados Modernos.
30. (Unicamp 2007) Da Idade Mdia aos tempos modernos, os reis eram considerados
personagens sagrados. Os reis da Frana e da Inglaterra "tocavam as escrfulas", significando
que eles pretendiam, somente com o contato de suas mos, curar os doentes afetados por
essa molstia. Ora, para compreender o que foram as monarquias de outrora, no basta
analisar a organizao administrativa, judiciria e financeira que essas monarquias impuseram
a seus sditos, nem extrair dos grandes tericos os conceitos de absolutismo ou direito divino.
necessrio penetrar as crenas que floresceram em torno das casas principescas.
(Adaptado de Marc Bloch. "Os reis taumaturgos". So Paulo: Companhia das Letras.
1993, p. 43-44.)
a) De acordo com o texto, como se pode compreender melhor as monarquias da Idade Mdia e
da Idade Moderna?
b) O que significa "direito divino dos reis"?
c) Caracterize a poltica econmica das monarquias europeias entre os sculos XVI e XVIII.
Saiba Mais:
O rei Filipe IV, da Espanha, estava realmente furioso. A ponto de anunciar em pblico que ele
em pessoa tinha vontade de vir ao Brasil para retomar a cidade de Salvador, ento nossa capital.
Depois da declarao, centenas de espanhis e portugueses voluntariamente se alistaram para a
briga que se iniciaria no Atlntico Sul. Sados da Europa, esses cavaleiros se juntaram
poderosa armada espanhola que se encontrava atracada nas ilhas de Cabo Verde e formaram
uma praticamente invencvel esquadra composta por 52 navios, 1185 canhes e 12566 homens.
Foram 46 dias de travessia at os navios chegarem ao porto de Salvador, no domingo de Pscoa
de 1625. E mais 30 de cerco at a rendio total do inimigo. Em 30 de abril daquele ano, os
holandeses aceitaram retornar para casa com a promessa de que no voltariam a invadir o
Brasil. Mentira, como alguns anos mais tarde mostrariam. Essa, porm, no foi a primeira nem
seria a ltima tentativa de um pas europeu pegar um pedao da cobiada costa brasileira.
Holandeses, ingleses e franceses diversas vezes atacaram nosso territrio. Eles no aceitavam de
maneira alguma a diviso do novo mundo entre Portugal e Espanha aquela repartio que o
famoso Tratado de Tordesilhas, linha imaginria que cortava parte do Ocidente, estabelecera em
1494.
Os ingleses e os franceses foram os primeiros a fazer investidas, logo depois da descoberta de
terras americanas. Por volta de 1580, essas tentativas se acentuaram. E, se o Brasil tem hoje esse
tamanho imenso, deve muito armada espanhola, decisiva para conter os ataques. Mas o que
fazia uma esquadra espanhola no Brasil? E que interesse tinha Filipe IV a ponto de ficar to
irritado com a invaso em Salvador? Para entender, temos de voltar um pouco no tempo. Mais
precisamente, para o ms de julho do ano de 1578.
Brasil espanhol
O rei portugus Sebastio tentou naquele julho uma manobra arriscada. Tropas comandadas por
ele chegaram at o atual Marrocos com a inteno de reviver as glrias das conquistas lusitanas
da poca das grandes navegaes quando, por exemplo, alcanaram o Brasil e o Timor. O
resultado, porm, foi uma derrota catastrfica para a coroa portuguesa contra o sulto Mulei
Moluco, apoiado pelos otomanos, na batalha de Alccer-Quibir. O jovem monarca de 24 anos
morreu na tal expedio e Portugal acumulou prejuzos. Pior ainda: perdeu a independncia para
a Espanha, ento sob a batuta do rei Filipe II.
No sculo 16, o Imprio Espanhol era o maior do mundo. Territorialmente maior que o romano
no seu auge ou que o ingls no sculo 19, era a principal potncia da poca. Filipe II reinava em
meia Europa (Espanha, Flandres, territrios na Bavria, Npoles, Sardenha, Crsega, Milo e
Siclia), no norte da frica, nas Filipinas, em Jerusalm e em praticamente toda a Amrica.
Aparentemente, no precisava de Portugal. Mas, segundo o historiador Ricardo Evaristo dos
Santos, autor de El Brasil Filipino 60 Aos de Presencia Espaola en Brasil (ainda sem
traduo em portugus), o rei tinha outros interesses. Planejava proteger a prata e o ouro
encontrados na regio do Potos (que corresponde aos atuais Peru e Bolvia) e tambm garantir
possveis novas descobertas, impedindo assentamentos franceses e ingleses no litoral atlntico
da Amrica, praticamente todo do Brasil. Por isso, resolveu brigar pela posse do trono portugus
e, assim, abocanhar suas colnias.
Aps a morte de dom Sebastio, que no tinha herdeiros, a coroa foi assumida por seu tio-av,
cardeal dom Henrique de Avis, durante dois anos. Mas ele era idoso para a poca (tinha 66 anos)
e, como religioso, no tinha descendentes. O trono acabou vago em 1580. Filipe II da Espanha,
neto por linha materna de Manuel I, rei de Portugal at 1521, conseguiu ento assumir a coroa
portuguesa. O monarca realizou, com isso, uma antiga aspirao de seus antepassados: a
formao da Unio Ibrica. Assim, durante 60 anos, entre 1580 e 1640, o Brasil pertenceu ao
maior imprio do mundo. E ns fomos espanhis.
Lio espanhola
Desde sua coroao em Portugal, Filipe II introduziu o Imprio Portugus (o segundo maior do
planeta naqueles tempos) no sistema de administrao espanhol. Todos os assuntos relativos a
Portugal e suas possesses seriam tratados pelo recm-criado Conselho de Portugal e,
posteriormente, os pareceres do conselho (composto por portugueses) seriam submetidos
deciso do rei. Alm disso, a implantao das ordenanas filipinas significou os primeiros
passos do que viria a ser a Justia brasileira.
Segundo a historiadora Roseli Santaella Stella, em O Domnio Espanhol no Brasil durante a
Monarquia dos Felipes, 15801640, a organizao e as atribuies de cada juiz, suas aladas e
at alguns tipos de punio (como multas) mantiveram o modelo do cdigo filipino at a
publicao do primeiro cdigo civil brasileiro isso s em 1917, mais de 300 anos depois. O
cdigo filipino estipulava ainda onde e quem julgaria as disputas entre civis e determinava o
encaminhamento das questes que envolviam militares ou clrigos aos conselhos competentes.
Com o passar dos anos, porm, a Unio Ibrica foi sentindo no bolso as consequncias da
manuteno do extenso imprio. Seus recursos foram debilitados nos diversos esforos blicos,
enquanto Inglaterra, Frana e Holanda aspiravam ampliar suas influncias. Dispendiosas
guerras contra a Holanda entre 1568 e 1648, contra a Inglaterra no mar Cantbrico (em 1588) e
contra a Frana na Catalunha (em 1640), os saques a navios espanhis por piratas e corsrios e
as invases em suas colnias por todo o planeta eram ao mesmo tempo sinais e causas de um
declnio evidente. Talvez por isso Filipe IV no tenha mexido nem uma palhinha quando a
aristocracia e a nobreza portuguesa planejavam retomar a coroa lusa, pouco antes de 1640.
Sobre o incio do processo de restaurao da coroa portuguesa, Ricardo Evaristo dos Santos
afirma que os descendentes de Filipe II (Filipes III e IV) no seguiram o Tratado de Tomar.
Assinado em 1581, o documento garantia privilgios nobreza, aos comerciantes e
aristocracia portugueses, como facilidades comerciais. O descontentamento entre os fidalgos
lusitanos aumentava e eles somente esperavam um bom momento para a retomada da coroa por
um portugus de puro sangue.
A chance surgiu quando grande parte do exrcito de Filipe IV estava mobilizada contra a Frana
na Catalunha. O duque de Bragana, dom Joo II, entrou no palcio do governo portugus e,
sem enfrentar nenhuma resistncia espanhola, acabou sendo coroado rei, em dezembro de 1640.
De quebra, o nobre, conhecido a partir da como rei Joo IV, governaria territrios muito
maiores que os que tinha Portugal antes de perder a soberania ganhou, como legado da Unio
Ibrica, terras ao sul, ao centro-oeste e ao norte. Alm disso, o monarca portugus tambm
passava a usufruir o apoio poltico da Inglaterra e da Frana, que no tentaram mais invadir o
Brasil, contra o inimigo comum espanhol.
Ainda que seu pas j no apresentasse o poder que tivera 50 ou 60 anos antes, no fosse pelos
desmandos de Filipe IV da Espanha, que ostentava tambm o ttulo de Filipe III de Portugal, do
Brasil e dos Algarves, talvez hoje em dia estivssemos hablando espaol.
O rei de So Paulo
Paulistas queriam se manter fiis Espanha e se rebelaram
Os nimos se exaltaram quando as primeiras notcias sobre a restaurao da coroa portuguesa
chegaram ento Vila de Piratininga de So Paulo, em 31 de maro de 1641. Como muitos dos
moradores eram espanhis ou filhos de espanhis, a questo da fidelidade a Filipe IV, at ento
rei do Brasil, dividiu os moradores. Do lado dos espanhis, os irmos Rendn de Quevedo se
apressaram a considerar o rei Joo IV como um vassalo traidor do legtimo rei. Organizaram
ento uma revolta para declarar a independncia de So Paulo em relao a Portugal. So Paulo
seria um reino fiel a Filipe IV e anexado Amrica espanhola. Os irmos Rendn de Quevedo
tinham at um rei para assumir o cetro paulista. Era Amador Bueno da Ribeira, filho do
bandeirante espanhol Bartolomeu Bueno. No entanto, Amador, tambm bandeirante e astuto
comerciante, se negou a assumir o trono com as seguintes palavras: Viva o rei Joo IV, real,
real, real, rei de Portugal. E fugiu para um convento de beneditinos, onde estaria mais seguro.
Joo IV foi coroado rei de Portugal em 1 de dezembro de 1640 e, enfim, reconhecido em So
Paulo em 3 de abril do ano seguinte como rei dos paulistas.
Livro
O Domnio Espanhol no Brasil durante a Monarquia dos Felipes 1580-1640, Roseli Santaella
Stella, Unibero, 2000
O livro uma minuciosa pesquisa da historiadora para sua tese de doutorado na Universidade de
So Paulo.
Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia
Gabarito:
Resposta da questo 1:
Mobilidade horizontal (dentro da mesma camada)
A mobilidade social no Antigo Regime era determinada, preferencialmente, pelo nascimento ou
por hereditariedade, linhagem. Assim, os privilgios e a desigualdade entre as pessoas eram
considerados algo natural, o que, de forma geral, fixava os indivduos em seu estrato social de
nascimento.
Resposta da questo 2:
[D]
O reinado de Lus XIV normalmente considerado paradigmtico da forma de governo
monrquico-absolutista. Ao chamado rei-sol atribuda a mxima o Estado sou Eu, que
simboliza e marca a sua posio como centro da estrutura poltica e social do seu reino,
posio legitimada pela vontade divina.
Resposta da questo 3:
[E]
Resposta da questo 4:
[A]
Resposta da questo 5:
[E]
Resposta da questo 6:
[A]
O texto faz referncia aos primeiros momentos do Estado Nacional e de suas polticas de
centralizao, racionalizao administrativa e burocrtica. O Estado espanhol, bem como
outros governos no perodo em questo, passou por tais transformaes necessrias para a
implementao do projeto de Estado Nacional Centralizado.
Resposta da questo 7:
a) O pensamento medieval alicera-se no princpio cristo. Nesse sentido, no primeiro
documento, o governante deve guiar-se por tal princpio. No h, para Santo Agostinho, a
separao entre os princpios morais, religiosos e polticos. Ao responder s crticas que
vinculavam a queda do Imprio Romano ao abandono dos cultos pagos e associao
entre os governantes e o cristianismo, Santo Agostinho pretende demonstrar que somente
um governante fiel ao Deus verdadeiro consegue manter-se no poder. Ao fazer isso, o
filsofo submete a poltica religio.
b) O pensamento moderno alicera-se nos princpios da razo, da separao das esferas
pblica e privada e da autonomia. Nesse sentido, alguns desses elementos encontram-se no
segundo documento. Para Maquiavel, o governante deve apenas aparentar ser religioso para
alcanar a admirao de seus sditos, no se orientando pelo princpio cristo. Para manter-se
no poder, o governante precisar fazer o mal, usando da razo para decidir quando essa ao
ser necessria. Escrevendo em um contexto no qual o processo de orientao da vida
humana ganha gradualmente autonomia em relao orientao moral da Igreja Catlica,
Maquiavel separa religio (moral religiosa) e poltica (tica poltica).
Resposta da questo 8:
[A]
Resposta da questo 9:
a) Liberalismo econmico. A resposta obtida pela leitura do texto ou mesmo pelo
conhecimento que se tem sobre seu autor, pois Adam Smith considerado o pai da teoria
liberal na economia.
b) Contexto de crise do Antigo Regime, quando o modelo de sociedade, caracterizado pelas
imposies do Estado, questionado em todos os sentidos, crticas fundamentadas em
novas concepes de mundo desenvolvidas pelos filsofos iluministas. No campo
econmico, o controle estatal, o intervencionismo e o sistema de monoplios passam a ser
questionados.
c) A livre concorrncia, que se ope ao sistema de monoplios adotado at ento. Para o autor,
a liberdade de produzir e comercializar no deve ser protegida pelo Estado, mas garantida a
todo individuo, que, por sua vez, deve respeitar as leis sociais.
O trfico negreiro deve ser percebido dentro das estruturas do modelo mercantilista, parte do
processo de pr-acumulao capitalista da poca moderna. O texto deixa claro o papel de cada
um dos elementos constitutivos do processo conhecido como trfico negreiro. Apesar dos
papeis diferenciados, os grupos destacados no texto colaboraram para a consolidao de um
sistema de trabalho em grande parte da Amrica colonizada, fortalecendo as bases do
mercantilismo e da acumulao de capitais.
Como um dos maiores expoentes da filosofia moderna e defensor do Absolutismo como uma
condio necessria coexistncia pacifica entre os homens, Hobbes considerava que o ser
humano tendia ao conflito e destruio coletiva (estado de natureza) se no fosse colocado
sob a tutela de uma autoridade superior capaz de deter o caos atravs da fora e coero.
Desse modo, acreditava que os prprios homens estabeleceram a sociedade civil e o Estado
como um esforo no sentido de preservar a sua prpria existncia. A superao do estado de
natureza s foi possvel graas ao contrato social estabelecido entre os homens e mantido
pelo Estado.
Resposta da questo 13:
[A]
A alternativa [A] est correta, pois a Espanha, como posteriormente Portugal, no se aproveitou
das riquezas minerais extradas na Amrica, utilizando-as para adquirir produtos
manufaturados de outros pases. A alternativa [B] est incorreta porque contradiz o grfico na
parte referente aos reinos alemes. A [C] tambm est errada, pois, no perodo citado, a
Espanha passava por um perodo de depresso econmica. A alternativa [D] est incorreta
porque desde o final do sculo XVI a Holanda havia se separado da Espanha. A [E] cita fatores
que se desenvolveram posteriormente, no sculo XVIII.
Quanto aos imprios ibricos, durante sua formao, Portugal e Espanha eram leais Igreja
Catlica e empenhavam-se no propsito cruzadista de expanso da f catlica impondo a
religio aos povos de seus domnios.
b) Nas reas conquistadas e colonizadas pelos pases ibricos, o catolicismo foi imposto aos
nativos por meio da catequese realizada por missionrios, sobretudo os jesutas. Tambm
foram significativas a atuao da Inquisio como instrumento de combate s eventuais
prticas consideradas herticas e prtica dos espanhis de construrem igrejas sobre as runas
de templos das civilizaes pr-colombianas.
A moral poltica para Maquiavel marcada pelo pragmatismo, ou seja, pela necessidade de
atingir seus propsitos. O propsito do prncipe (do governante) governar e manter a ordem
social e para isso no deve se preocupar com a viso que possam formar sobre sua pessoa,
com a reputao de cruel.
Maquiavel foi o primeiro intelectual a teorizar e defender o modelo absolutista de Estado, com o
poder concentrado nas mos do governante, como representao mxima desse mesmo
Estado.
Durante a vigncia do absolutismo no Estado Nacional ingls, com alguns reis das dinastias
Tudor e Stuart, Henrique VIII rompeu com a Igreja Catlica, criando a Igreja nacional inglesa
(Igreja Anglicana).
O Estado Nacional francs da Idade Moderna tem suas origens na Baixa Idade Mdia no
contexto da formao das monarquias nacionais europias na qual no se manifestaram ideais
republicanos.
Os Estados Nacionais Modernos caracterizaram-se pelo Absolutismo Monrquico, ou seja,
todas as formas de poder eram concentradas nas mos dos reis e os indivduos em seus
domnios eram considerados sditos, no dispondo de quaisquer direitos de cidadania.
A noo de cidadania, a diviso dos trs poderes (executivo, legislativo, judicirio), dos direitos
civis e da representatividade poltica, que se opunham ao Absolutismo Monrquico, foram
propagadas pelo iluminismo, movimento filosfico do sculo XVIII.
Desde a antiguidade, os palcios foram smbolos do poder imperial ou real, e acabaram por
expressar os valores artsticos da poca em que foram construdos. No caso do Palcio de
Versalhes, foi construdo a mando do rei Luis XIV no sculo XVII, tornando-se um smbolo do
Antigo Regime na Frana e uma obra que sintetiza a arquitetura do estilo rococ.
b) A teoria do "Direito Divino" dos reis foi elaborada por Jacques Bossuet em seu livro "A
Poltica Segundo as Sagradas Escrituras", estabelecendo que o rei deve ter poderes absolutos
porque escolhido por Deus, representante Dele entre os homens e, portanto, somente a Ele
deve prestar contas dos seu atos.