Matemática Discreta - Vol.2 PDF
Matemática Discreta - Vol.2 PDF
Matemática Discreta - Vol.2 PDF
2 edio
Luiz Manoel Figueiredo
Mrio Olivero da Silva
Marisa Ortegoza da Cunha
Matemtica Discreta
Matemtica Discreta
Volume 2- Mdulo 2 Luiz Manoel Figueiredo
2 edio Mrio Olivero da Silva
Marisa Ortegoza da Cunha
Apoio:
Fundao Cecierj / Consrcio Cederj
Rua Visconde de Niteri, 1364 Mangueira Rio de Janeiro, RJ CEP 20943-001
Tel.: (21) 2334-1569 Fax: (21) 2568-0725
Presidente
Masako Oya Masuda
Vice-presidente
Mirian Crapez
Material Didtico
ELABORAO DE CONTEDO Departamento de Produo
Luiz Manoel Figueiredo
Mrio Olivero da Silva EDITORA ILUSTRAO
Marisa Ortegoza da Cunha Tereza Queiroz Ana Paula Trece Pires
Rafael Monteiro
COORDENAO DE DESENVOLVIMENTO COORDENAO EDITORIAL
INSTRUCIONAL Jane Castellani CAPA
Cristine Costa Barreto Eduardo de Oliveira Bordoni
REVISO TIPOGRFICA
Fbio Muniz de Moura
COORDENAO DE LINGUAGEM Equipe CEDERJ
Maria Anglica Alves PRODUO GRFICA
COORDENAO DE
DESENVOLVIMENTO INSTRUCIONAL PRODUO Osias Ferraz
E REVISO Jorge Moura Patricia Seabra
Mrcia Elisa Rendeiro
PROGRAMAO VISUAL
Glucia Guarany
Marcelo Freitas
972m
Figueiredo, Luiz Manoel.
Matemtica discreta: v. 2. / Luiz Manoel Figueiredo. 2 ed. -
Rio de Janeiro: Fundao CECIERJ, 2010.
144p.; 21 x 29,7 cm.
ISBN: 85-88731-06-1
CDD:510
2010/1
Referncias Bibliogrcas e catalogao na fonte, de acordo com as normas da ABNT.
Governo do Estado do Rio de Janeiro
Governador
Srgio Cabral Filho
Universidades Consorciadas
UENF - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO UFRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO
NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO RIO DE JANEIRO
Reitor: Almy Junior Cordeiro de Carvalho Reitor: Alosio Teixeira
Probabilidades
7
acoes, oscilacoes de mercado), na poltica (chances de um candidato numa
eleicao), na atuaria (expectativa de vida, para calculo de seguros), alem de
ser a base dos estudos estatsticos.
Neste modulo estudaremos os principais conceitos e veremos algumas
aplicacoes da Teoria das Probabilidades. No calculo das probabilidades tere-
mos a oportunidade de aplicar os metodos de contagem que voce aprendeu
no Modulo 1, em Analise Combinatoria.
Os autores gostariam de agradecer ao Prof. Antonio dos Santos Ma-
chado, pelos valiosos comentarios e sugestoes quando da leitura dos originais.
CEDERJ 8
Aula 14 Introducao ao estudo das probabilidades
MODULO 2 - AULA 14
Objetivos
Nesta aula voce identicara dois diferentes tipos de fenomenos e obtera
algumas informacoes sobre a evolucao historica desta area da Matematica.
Experimentos probabilsticos
Considere o seguinte experimento: uma moeda e lancada de uma de- Experimento: acao que
geralmente pode ser repetida
terminada altura e o tempo necessario para que ela toque o chao e medido. e com resultados observaveis.
Antes mesmo de realizar a experiencia, temos condicoes de conhecer a res-
posta, porque existe uma equacao da Fsica que fornece o tempo necessario
O tempo que um corpo leva
para um corpo, em queda livre, percorrer uma certa distancia. para cair de uma altura h,
desprezada q a resistencia do
Um fenomeno desse tipo e chamado de determinstico. Um experimento ar, e t = 2h
, onde h e a
g
e determinstico quando sua realizacao tem resultado garantido, determinado distancia percorrida e g e a
aceleracao da gravidade no
por leis fsicas ou matematicas, ou pelas proprias condicoes nas quais o expe- local da realizacao do
rimento e executado. Mais rigorosamente, trata-se de um fenomeno que pode experimento.
9 CEDERJ
MATEMTICA Aula 14 Introducao ao estudo das probabilidades
DISCRETA
numa frequencia que pode ser avaliada. Assim, se lancarmos uma moeda
equilibrada, repetidamente, um grande numero de vezes, nossa intuicao e
Uma moeda e equilibrada nossa experiencia nos levam a esperar que a quantidade de vezes de dar
quando, ao ser lancada, a carana face de cima sera, aproximadamente, igual a de dar coroa.
chance de dar cara e igual a
de dar coroa. Tambem Esses aspectos de regularidade dos experimentos aleatorios, investiga-
chamamos moeda honesta.
O mesmo se aplica a um
dos e analisados, permitem a construcao de um modelo matematico e a atri-
dado. O contrario e um buicao, a cada resultado possvel, de um numero que reita a chance de
dado viciado, isto e,
aquele que tem uma chance
ocorrenciadesse resultado. Por exemplo, e comum ouvirmos uma frase como
maior de cair em uma certa ha uma chance de 65% de chover amanha. Mas, o que isto quer dizer?
face do que em outra.
Quando nos referimos a algum experimento, devemos explicitar dois
componentes: a acao a ser executada e o resultado a ser observado. Expli-
cando melhor: um experimento e uma acao que pode ser repetida e um certo
resultado que queremos observar. Por exemplo, o experimento de jogar um
dado (acao) e observar a face que cai voltada para cima (resultado).
Observe que dois experimentos diferentes podem consistir da mesma
acao, mas com resultados observaveis diferentes. Por exemplo:
Exemplo 1
Os experimentos abaixo sao determinsticos:
CEDERJ 10
Aula 14 Introducao ao estudo das probabilidades
MODULO 2 - AULA 14
Exemplo 2
Os experimentos a seguir sao aleatorios:
10. Jogar um dado tres vezes e anotar a soma dos numeros obtidos.
11. Jogar um dado tres vezes e anotar quantos numeros pares ocorrem.
13. Observar, num conjunto de 1000 famlias com, pelos menos dois lhos,
a ocorrencia de gemeos.
16. Sortear duas pessoas de um grupo de cinco para formarem uma co-
missao.
11 CEDERJ
MATEMTICA Aula 14 Introducao ao estudo das probabilidades
DISCRETA
Um pouco de Historia
Jeronimo Cardano
O incio do estudo das probabilidades esta ligado aos jogos de azar.
(1501-1576) e o autor da
primeira obra sobre o estudo Embora matematicos como Cardano e Kepler ja tivessem se ocupado do
das probabilidades de que se
tem conhecimento. Trata-se
estudo das probabilidades, foi a partir de um contato feito entre um rico
de Ludo Aleae (Sobre os jogador frances, Chevalier de Mere, e o matematico Blaise Pascal, por volta
Jogos de Azar), publicado
em 1663.
de 1650, que a moderna Teoria das Probabilidades realmente se desenvolveu.
Em 1654, De Mere, um jogador fanatico que sempre buscava criar
Johannes Kepler (1571-1630)
complicadas regras que lhe permitissem ganhar no jogo de dados, apresentou
fez algumas anotacoes sobre
probabilidades no livro De a Pascal um problema famoso, envolvendo jogos, que cou conhecido como
Stella nova in pede
Serpentarii, publicado em
O Problema dos Pontos: Um jogo entre dois jogadores igualmente habeis e
1606. interrompido. No momento da interrupcao sao conhecidos os pontos obtidos
por cada jogador e o numero necessario de pontos para que cada um ganhe
Chevalier De Mere
(1607-1684) foi um losofo e o jogo. Como dividir o premio?. Esse problema ja fora considerado por
amante das letras, gura Cardano e, aproximadamente ao mesmo tempo, por Pacioli e Tartaglia.
destacada da corte de Lus
XIV. Motivado pelo desao, Pascal escreveu a outro matematico frances, Pi-
erre de Fermat, trocando ideias sobre o problema, e essa correspondencia,
consistindo de cinco cartas, levou ao desenvolvimento da Teoria das Proba-
bilidades. Alem do problema dos pontos, os dois matematicos consideraram
tambem o chamado Problema do Dado: Quantas vezes temos que jogar um
par de dados para obter um duplo 6?, ja estudado por Cardano.
Interessante que nem Pascal nem Fermat publicaram seus resultados.
Em 1657, estimulado pelo trabalho dos dois franceses, o cientista Christian
Huygens (1629-1695) publicou o folheto De ratiociniis em ludo aleae (Sobre o
raciocnio em jogos de dados), primeiro tratado de Teoria de Probabilidades.
Como vemos, a origem do interesse pelas probabilidades esta ligada a
situacoes de jogos de azar: os jogadores faziam uso delas para estabelecer
estrategias de jogo e de apostas. A partir de 1700, porem, ha importantes
progressos na aplicacao dos estudos de probabilidades em outras areas.
Em 1713, James Bernoulli publicou Ars conjectandi. Essa obra estabe-
Frequencia relativa e um
leceu a relacao entre probabilidade e frequencia relativa de cada resultado
conceito muito importante
no estudo das probabilidades de um experimento aleatorio, atraves de um resultado importante, conhe-
e sera explicado
cido como Teorema de Bernoulli (ou Lei dos Grandes Numeros). O teorema
detalhadamente em aulas
futuras. arma que: Se dois eventos sao igualmente provaveis entao, apos um numero
grande de realizacoes do experimento, eles serao obtidos, aproximadamente,
o mesmo numero de vezes.
CEDERJ 12
Aula 14 Introducao ao estudo das probabilidades
MODULO 2 - AULA 14
Exerccios
1. Classicar cada experimento a seguir como determinstico ou aleatorio:
CEDERJ 14
Aula 14 Introducao ao estudo das probabilidades
MODULO 2 - AULA 14
(a) Economia
(b) Matematica
(c) Jogo de dados
(d) Saude
(e) Jogos de cavalos
(f) Poltica
(g) Contabilidade
(h) Fsica
(i) Farmacologia
(j) Mercado de Capitais
3. Em cada caso abaixo e descrita uma acao. Enuncie algo a ser observado,
associado a cada acao, de modo a caracterizar um fenomeno aleatorio:
15 CEDERJ
Aula 15 Experimentos e espaco amostral
MODULO 2 - AULA 15
Objetivos
Nesta aula voce identicara os componentes de um experimento aleatorio
e identicara seu espaco amostral. Pre-requisitos: aula 14.
Introducao
Como vimos na aula 14, experimentos aleatorios sao aqueles que, mesmo
quando realizados em identicas condicoes, podem apresentar variacoes nos
seus resultados. Queremos formular uma teoria matematica que descreva o
experimento estudado. O primeiro passo no desenvolvimento de uma teoria
matematica e construir um modelo matematico. Esse modelo sera usado para
predizer os resultados do experimento. Nesta aula deniremos os elementos
iniciais, necessarios para a construcao do nosso modelo probabilstico.
O conjunto formado pelos resultados possveis de um experimento ale- (omega) e a ultima letra
atorio e chamado de espaco amostral. Vamos representa-lo por . do alfabeto grego. Os
smbolos e representam
o omega minusculo e
Exemplo 3 maiusculo, respectivamente.
Exemplo 4
Vamos supor, agora, que jogamos uma moeda e observamos a face de cima.
Podemos indicar o espaco amostral desse experimento por = {K, C}, onde
K indica cara e C indica coroa.
Exemplo 5
Para o experimento lancar uma moeda duas vezes e anotar o par de faces de
cimatemos o seguinte espaco amostral: = {(K, K), (K, C), (C, K), (C, C)}.
a operacao realizada, e
17 CEDERJ
MATEMTICA Aula 15 Experimentos e espaco amostral
DISCRETA
Compare os dois exemplos a seguir.
Exemplo 6
Seja o experimento lancar uma moeda quatro vezes e anotar a sequencia
de faces observadas. O espaco amostral e formado por todas as possveis
quadruplas de resultados:
Exemplo 8
Consideremos o experimento que consiste em lancar dois dados e anotar o
par de numeros resultantes. Para identicar seu espaco amostral, podemos
pensar que o primeiro dado e rosa e que o segundo dado e branco. Teremos,
entao diferentes resultados se forem observados 2-branco seguido de 3-rosa ou
3-branco seguido de 2-rosa. O diagrama abaixo fornece uma representacao
graca dos elementos de :
branco 1 2 3 4 5 6
rosa
1 (1,1) (1,2) (1,3) (1,4) (1,5) (1,6)
2 (2,1) (2,2) (2,3) (2,4) (2,5) (2,6)
3 (3,1) (3,2) (3,3) (3,4) (3,5) (3,6) resultados possveis
4 (4,1) (4,2) (4,3) (4,4) (4,5) (4,6) (elementos de )
5 (5,1) (5,2) (5,3) (5,4) (5,5) (5,6)
6 (6,1) (6,2) (6,3) (6,4) (6,5) (6,6)
CEDERJ 18
Aula 15 Experimentos e espaco amostral
MODULO 2 - AULA 15
Sendo assim, os possveis resultados sao todos os pares ordenados (i, j),
com i = 1, . . . , 6 e j = 1, ..., 6. Podemos dizer que
= {(i, j) | i = 1, . . . , 6, j = 1, . . . , 6} .
Exerccios
1. De o espaco amostral de cada um dos experimentos a seguir:
19 CEDERJ
MATEMTICA Aula 15 Experimentos e espaco amostral
DISCRETA
Espaco Amostral
Exemplo 9
Consideremos o experimento lancar uma moeda e um dado e anotar o par
de resultados. Sabemos que para o lancamento da moeda ha dois resultados
possveis: cara e coroa. Para o dado, sao seis as possibilidades: 1,2,3,4,5,6.
Pelo Princpio Multiplicativo, temos um total de 2 6 = 12 elementos em .
1 (k.1)
2 (k.2)
3 (k.3)
k 4 (k.4)
(k.5)
5
(k.6)
6
1 (c,1)
2 (c,2)
3 (c,3)
c
4 (c,4)
(c,5)
5
6 (c,6)
k: cara
c: coroa
CEDERJ 20
Aula 15 Experimentos e espaco amostral
MODULO 2 - AULA 15
Exemplo 10
Quantos sao os resultados possveis na loteria esportiva?
Solucao:
A loteria esportiva e composta de 13 jogos. Para cada jogo, e claro, sao
possveis tres resultados, que se traduzem em coluna da esquerda, coluna
do meioe coluna da direita. Logo, # = 3 ... 3 = 313 .
13 termos
Exemplo 11
O lancamento de tres dados possui 6 6 6 = 216 resultados possveis.
Exemplo 12
Em uma urna ha 4 bolas numeradas de 1 a 4. Duas bolas sao retiradas, uma
em seguida a outra, e seus numeros sao anotados. De o espaco amostral em
cada caso:
Solucao:
21 CEDERJ
MATEMTICA Aula 15 Experimentos e espaco amostral
DISCRETA
Exerccios
2. De o espaco amostral e sua cardinalidade, para cada um dos experi-
mentos abaixo.
(a) Retirar uma bola de uma urna que contem bolas brancas e pretas
e vericar sua cor.
(b) Jogar um dado duas vezes e anotar a sequencia de numeros obti-
dos.
(c) Jogar um dado tres vezes e anotar a quantidade de numeros pares
obtidos.
(d) Jogar um dado duas vezes e anotar o produto dos numeros obser-
vados.
(e) Em um lote de 10 lampadas sabe-se que 4 sao defeituosas. As
lampadas sao testadas, uma a uma, ate que todas as defeituosas
sejam encontradas. Contar o numero total de lampadas testadas.
(f) Num conjunto de famlias com 3 lhos, descrever as possveis
sequencias dos sexos dos lhos.
(g) De um grupo de 5 pessoas (A,B,C,D,E), sorteiam-se duas, uma
apos a outra, sem reposicao. E anotado o par obtido.
CEDERJ 22
Aula 15 Experimentos e espaco amostral
MODULO 2 - AULA 15
Exemplo 13
Suponhamos que o experimento lancar uma moeda equilibrada e observar
a face de cimafoi realizado n vezes. A tabela abaixo mostra o numero de
ocorrencias do resultado cara(m) e a frequencia relativa de caras (m/n).
23 CEDERJ
MATEMTICA Aula 15 Experimentos e espaco amostral
DISCRETA
Resumo
Nesta aula vimos que todo fenomeno aleatorio tem um espaco amostral
associado, que e o conjunto de resultados possveis do experimento realizado.
Aprendemos a identicar o espaco amostral de fenomenos aleatorios dados.
Vimos tambem que, quando realizamos um experimento aleatorio um
grande numero de vezes, podemos denir a frequencia relativa de um resul-
tado como sendo a razao entre o numero de ocorrencias desse resultado e o
numero de vezes que repetimos o experimento.
O conceito de frequencia relativa e importante para denirmos proba-
bilidade, mas veja que trata-se de um conceito emprico. Nao esperamos que
voce realize um experimento (digamos, jogar um dado e anotar a face de
cima) mil vezes ou mais, para concluir algo sobre a frequencia relativa de um
resultado. Mesmo assim, o nosso senso comum, a experiencia adquirida na
observacao do mundo e da natureza, nos permitem armar algo a respeito
do que podemos esperar.
Exerccios
4. Jogue uma moeda 50 vezes e anote o numero de ocorrencias de coroa.
Calcule a frequencia relativa de coroa e a de cara.
face: 1 2 3 4 5 6
numero de ocorrencias 75 82 78 92 85 88
face: 1 2 3 4 5 6
numero de ocorrencias 142 175 190 173 162 158
CEDERJ 24
Aula 15 Experimentos e espaco amostral
MODULO 2 - AULA 15
1 2
A tabela abaixo mostra a quantidade de vezes que cada setor foi assi-
nalado pelo ponteiro. Calcule a frequencia relativa de cada resultado.
setor: 1 2 3
numero de ocorrencias 172 181 147
Auto-avaliacao
Voce nao deve ter encontrado diculdades para resolver os exerccios
propostos nesta aula. De qualquer maneira, se voce teve duvidas em algum
deles, releia a teoria, com calma, e tente novamente. Alguns experimentos
descritos nos exerccios fazem parte do nosso dia-a-dia. Se a duvida persistir,
entre em contato com os tutores da disciplina.
25 CEDERJ
Aula 16 Eventos
MODULO 2 - AULA 16
Aula 16 Eventos
Objetivos
Nesta aula voce aprendera a descrever os diversos eventos associados a
um experimento aleatorio. Pre-requisitos: aulas 2, 3, 4,
5, 14 e 15.
Introducao
Na aula anterior, vimos que, em um mesmo experimento, podemos estar
interessados em diferentes resultados (como nos exemplos 6 e 7 da aula 15).
Nesta aula vamos caracterizar o conjunto de todos os possveis alvos de nossa
observacao na realizacao de um experimento aleatorio.
Consideremos o experimento lancar um dado e anotar o resultado.
Como vimos na Aula 14, o espaco amostral desse experimento e
= {1, 2, 3, 4, 5, 6}. Se voce apostar na ocorrencia de um numero par, tera
sucesso caso o resultado seja:
o numero 2, ou
o numero 4, ou
o numero 6,
A = {2, 4, 6}
27 CEDERJ
MATEMTICA Aula 16 Eventos
DISCRETA
O conjunto denomina-se evento certo. E um evento que sempre
ocorre, o evento E = .
Os subconjuntos unitarios chamam-se eventos elementares (ou simples).
Eventos com mais de um elemento sao compostos de eventos elementares, por
isso tambem sao chamados de eventos compostos.
Exemplo 14
Consideremos que uma moeda e lancada duas vezes e o par de resultados e
anotado. Representando por K e C os resultados carae coroa, respecti-
vamente, sabemos que = {(K, K), (K, C), (C, K), (C, C)}. Como # = 4,
ha 24 = 16 eventos associados a , que listamos abaixo, com uma possvel
interpretacao para cada um:
obter 3 caras
(ou qualquer outro resultado impossvel)
{(K, K)} obter 2 caras
{(K, C)} obter cara no 1o. lancamento e coroa no 2o.
{(C, K)} obter coroa no 1o. lancamento e cara no 2o.
{(C, C)} obter 2 coroas
{(K, K), (K, C)} obter cara no 1o. lancamento
{(K, K), (C, K)} obter cara no 2o. lancamento
{(K, K), (C, C)} obter resultados iguais
{(K, C), (C, K)} obter resultados diferentes
{(K, C), (C, C)} obter coroa no 2o. lancamento
{(C, K), (C, C)} obter coroa no 1o. lancamento
{(K, K), (K, C), (C, K)} obter pelo menos uma cara
{(K, K), (K, C), (C, C)} nao ocorrer o par (C, K)
{(K, K), (C, K), (C, C)} nao ocorrer o par (K, C)
{(K, C), (C, K), (C, C)} obter pelo menos uma coroa
obter cara ou coroa em cada lancamento
Exemplo 15
Considere o experimento lancar um dado e observar o numero da face de
cima. Vamos explicitar, em forma de conjuntos, os seguintes eventos:
1. A: sair o numero 5
CEDERJ 28
Aula 16 Eventos
MODULO 2 - AULA 16
Solucao:
O espaco amostral e = {1, 2, 3, 4, 5, 6}. Os eventos acima sao:
2. B = {1, 2, 3, 4}
4. D = {2, 4, 6}
5. E = {2, 3, 5}
1 2 3 resultado
Exemplo 16 lanamento lanamento lanamento possveis
c (c,k,c)
1. A: sair exatamente uma cara c
k (c,c,k)
(c,c,c)
3. C: sarem exatamente 2 coroas c
29 CEDERJ
MATEMTICA Aula 16 Eventos
DISCRETA
5. E: sarem os tres resultados iguais
Solucao:
2. B = {K, K, K), (K, K, C), (K, C, K), (C, K, K), (C, C, K),
(C, K, C), (K, C, C)}.
Note que pelo menos umaimplica uma ou mais. No caso, temos as
possibilidades uma, duas ou tres.
Exemplo 17
Experimento: sortear um numero de 1 a 50.
Neste caso, = {1, 2, 3, 4, ..., 50}. Vamos representar os seguintes eventos:
Discutimos sobre
3. C: sair um numero divisvel por 3 e por 5
e(intersecao) e
ou(uniao) na aula 4. 4. D: sair um numero divisvel por 3 ou por 5
Solucao:
CEDERJ 30
Aula 16 Eventos
MODULO 2 - AULA 16
Exemplo 18
Consideremos o experimento: estudar a composicao de uma famlia de tres
lhos, todos nascidos em datas distintas (ou seja, sem ocorrencia de gemeos).
Solucao:
h (h,h,h)
h
m (h,h,m)
h h (h,m,h)
m (h,m,m)
h (m,h,h)
m (m,h,m)
m
h (m,m,h)
m (m,m,m)
= {(h, h, h), (h, h, m), (h, m, h), (h, m, m), (m, h, h), (m, h, m),
(m, m, h), (m, m, m)} .
31 CEDERJ
MATEMTICA Aula 16 Eventos
DISCRETA
Usando o diagrama, temos o seguinte:
Exerccios
Um baralho de 52 cartas e
(c) Experimento: retirar 1 carta de um baralho de 52.
dividido em 4 partes, cada A: retirar um as
uma de um naipe (ouros,
B: retirar uma carta de naipe preto
copas, paus, espadas). Cada
parte contem 13 cartas: as Eventos: C: retirar uma carta de paus
numericas, de 1 (as) a 10 e
as guras (valete, dama, rei).
D: retirar um rei vermelho
E: retirar um valete de ouros ou um rei de espadas
CEDERJ 32
Aula 16 Eventos
MODULO 2 - AULA 16
Evento uniao de A e B: A B = {x |x A ou x B}
Evento intersecao de A e B: A B = {x |x A e x B}
Evento diferenca de A e B: A B = {x |x A e x
/ B}
Exemplo 19
Seja o experimento lancar um dado e anotar o numero da face de cima.
Consideremos os seguintes eventos associados a esse experimento:
33 CEDERJ
MATEMTICA Aula 16 Eventos
DISCRETA
Observe que:
C =AB
D =AB
E = B (ou seja, E B = )
Entao, dado um certo experimento, sempre podemos, a partir de even-
tos dados, obter outros eventos, usando as operacoes de uniao, intersecao e
complementar de conjuntos vistas na aula 1.
Exemplo 20
Seja um experimento com espaco amostral = {a, b, c, d, e}.
Sejam A = {a, c}, B = {a, b, d} e C = {c, e} eventos associados a esse
experimento. Entao, temos:
1. A B = {a, b, c, d}
2. A B = {a}.
3. B C = {a, b, c, d, e} =
5. A = {b, d, e}
6. B = {c, e}
CEDERJ 34
Aula 16 Eventos
MODULO 2 - AULA 16
1. 0 fA 1 (pois nA 0 e nA n. Logo, 0 nA
n
1).
Exemplo 21
Seja = {a, b, c, d} o espaco amostral de um experimento que e realizado
repetidamente. A tabela a seguir lista o numero de ocorrencias de cada
evento simples associado ao experimento:
determine:
35 CEDERJ
MATEMTICA Aula 16 Eventos
DISCRETA
Solucao:
Temos um total de 285 + 280 + 220 + 215 = 1000 repeticoes do experi-
mento. Entao:
1. fa = 285
= 0, 285
1000
280
fb = 1000
= 0, 280
220
fc = 1000
= 0, 220
215
fd = 1000
= 0, 215
2. f{a}{b} = fa + fb = 0, 565
Resumo
Nesta aula denimos eventos como subconjuntos do espaco amostral e
aprendemos a explicitar eventos em forma de conjuntos
Usamos as operacoes de conjuntos vistas em aulas anteriores para de-
nir os eventos uniao, intersecao e complementar, a partir de eventos dados.
Vimos as propriedades da frequencia relativa, agora estendida para um
evento qualquer.
Com esta aula, estudamos todos os conceitos importantes e necessarios
para que possamos denir probabilidade. E o que faremos na proxima aula.
Exerccios
2. Seja = {a, b, c} o espaco amostral de um experimento.
CEDERJ 36
Aula 16 Eventos
MODULO 2 - AULA 16
semifinal
Jogo 2
(j3 vs. j4)
final
Jogo 3
(j5 vs. j6)
semifinal
Jogo 4
(j7 vs. j8)
37 CEDERJ
MATEMTICA Aula 16 Eventos
DISCRETA
6. A tabela abaixo traz o numero de ocorrencias de cada evento elementar
de um certo experimento, realizado repetidamente:
Auto-avaliacao
Se voce sentiu diculdades nos exerccios, tente resolve-los usando
diagramas de Venn: eventos sao subconjuntos do espaco amostral. Caso
as diculdades persistam, solicite a ajuda de um tutor da disciplina.
CEDERJ 38
Aula 17 Probabilidades
MODULO 2 - AULA 17
Aula 17 Probabilidades
Objetivos
Introducao
39 CEDERJ
MATEMTICA Aula 17 Probabilidades
DISCRETA
Desejamos um meio de obter tal numero sem depender de experi-
mentacoes, mas de modo que o numero denido possa reetir o que
observamos.
Daremos, a seguir, uma denicao formal e, mais tarde, faremos consi-
deracoes sobre os aspectos que acabamos de mencionar.
= {e1 , e2 , ..., en } .
1. P (ei ) 0, i = 1, 2, ..., n
Embora essa atribuicao de valores nao nos pareca natural, por nao re-
etir o que observamos quando lancamos um dado repetidas vezes (embora
possamos admitir a existencia de um dado balanceado para isso), e rigo-
rosamente aceitavel, do ponto de vista matematico, uma vez que atende a
denicao.
Exemplo 22
Uma moeda e balanceada de modo que a chance de dar CARA e 5 vezes a
chance de dar COROA. Qual a probabilidade de dar CARA?
Solucao:
Representando por P (K) e P (C) as probabilidades de dar cara e coroa,
respectivamente, temos que P (K) = 5P (C). Pela denicao de probabilidade,
CEDERJ 40
Aula 17 Probabilidades
MODULO 2 - AULA 17
Probabilidade de um evento
Consideremos um experimento aleatorio com espaco amostral nito
= {e1 , e2 , ..., en } .
1. se E = , P (E) = P () = 0.
Em particular,
Exemplo 23
Duas moedas sao lancadas e as faces de cima anotadas. O espaco amostral
desse experimento e = {(K, K), (K, C), (C, K), (C, C)}, no qual K repre-
senta carae C representa coroa. Considere o evento A: sair faces iguais.
Determine a probabilidade de A, para cada distribuicao de probabilidade
abaixo:
1
1. P ((K, K)) = P ((K, C)) = P ((C, K)) = P ((C, C)) = 4
Solucao:
O evento A e {(K, K), (C, C)}. Entao
41 CEDERJ
MATEMTICA Aula 17 Probabilidades
DISCRETA
Logo,
1 1 1
1. P (A) = 4
+ 4
= 2
4 1 5
2. P (A) = 9
+ 9
= 9
Exemplo 24
Suponhamos que um dado foi construdo de modo que a probabilidade de
cada face seja proporcional ao numero de pontos dessa face. Qual a proba-
bilidade de se obter um numero par de pontos num lancamento desse dado?
Solucao:
O espaco amostral desse experimento e = {1, 2, 3, 4, 5, 6}. Seja x a
probabilidade de sair a face 1. Entao:
P (1) = x
P (2) = 2x
P (3) = 3x
P (4) = 4x
P (5) = 5x
P (6) = 6x
CEDERJ 42
Aula 17 Probabilidades
MODULO 2 - AULA 17
Exemplo 25
Consideremos o lancamento de um dado equilibrado. Determine a probabi-
lidade de cada evento abaixo:
1. A: sair o numero 5
3. C: sair um primo
Solucao:
O espaco amostral e = {1, 2, 3, 4, 5, 6}. Como o dado e equilibrado,
todos os resultados sao equiprovaveis e adotamos a distribuicao de probabi-
lidades uniforme. Assim, a probabilidade de cada evento elementar e 16 .
Temos, entao:
1
1. P (A) = P ({5}) = 6
1 1 2 1
2. P (B) = P ({5, 6}) = P ({5}) + P ({6}) = 6
+ 6
= 6
= 3
1
3. P (C) = P ({2, 3, 5}) = P ({2}) + P ({3}) + P ({5}) = 6
+ 16 + 16 = 3
6
= 1
2
4. P (D) = P () = 0
Exemplo 26
O experimento e o lancamento de duas moedas equilibradas. Determine a
probabilidade de cada evento:
43 CEDERJ
MATEMTICA Aula 17 Probabilidades
DISCRETA
1. A: dar duas coroas
Solucao:
Temos = {(K, K), (K, C), (C, K), (C, C)}, equiprovavel. Logo, a
probabilidade de cada evento elementar e 14 .
Entao:
1
1. P (A) = P ({(C, C)}) = 4
Exemplo 27
No lancamento de dois dados equilibrados, determinemos a probabilidade de
cada evento descrito abaixo:
Solucao:
Neste experimento,
= { (1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (1, 5), (1, 6),
(2, 1), (2, 2), (2, 3), (2, 4), (2, 5), (2, 6),
(3, 1), (3, 2), (3, 3), (3, 4), (3, 5), (3, 6),
(4, 1), (4, 2), (4, 3), (4, 4), (4, 5), (4, 6),
(5, 1), (5, 2), (5, 3), (5, 4), (5, 5), (5, 6),
(6, 1), (6, 2), (6, 3), (6, 4), (6, 5), (6, 6)}.
1
A probabilidade de cada evento elementar e 36
.
CEDERJ 44
Aula 17 Probabilidades
MODULO 2 - AULA 17
Entao:
3. P (C) = P ({(2, 2), (2, 3), (2, 5), (3, 2), (3, 3), (3, 5), (5, 2), (5, 3), (5, 5)}) =
= 9 36
1
= 14
4. P (D) = P () = 1
5. P (E) = P ({(1, 6), (2, 6), (3, 6), (4, 6), (5, 6), (6, 6), (6, 1), (6, 2), (6, 3),
(6, 4), (6, 5)}) = 11 36
1
= 11
36
6. P (F ) = P ({(1, 1), (2, 2), (3, 3), (4, 4), (5, 5), (6, 6)}) = 6 1
36
= 1
6
Exemplo 28
A distribuicao dos tipos de sangue numa certa populacao e dada na seguinte
tabela:
tipo de sangue A B AB O
numero de pessoas 155 105 102 138
45 CEDERJ
MATEMTICA Aula 17 Probabilidades
DISCRETA
Solucao:
Podemos supor que a probabilidade de ser sorteada seja a mesma, para
todas as pessoas da populacao estudada. Como existem 102 pessoas com
sangue do tipo AB num total de 500, a propabilidade pedida e igual a 102
500
.
Exemplo 29
Ao sortear um numero inteiro de 1 a 50, qual a probabilidade de ser sorteado
um numero maior que 30?
Solucao:
O espaco amostral desse experimento e = {1, 2, 3, ..., 49, 50}. Logo,
# = 50. Seja A o evento numero maior que 30. Entao A = {31, 32, ..., 50}
e #A = 20. Como e equiprovavel, temos P (A) = #A
#
= 20
50
= 25 .
Exemplo 30
Sao lancados dois dados equilibrados. Calcule a probabilidade de cada evento
a seguir:
Solucao:
Vimos anteriormente que o espaco amostral deste experimento e
= {(1, 1), (1, 2), ..., (6, 5), (6, 6)}, com # = 36
1. A = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (2, 1), (2, 2), (2, 3), (3, 1), (3, 2), (3, 3)}. Logo
#A 9 1
P (A) = = = .
# 36 4
2. B = {(3, 6), (4, 5), (5, 4), (6, 3)}. Entao P (B) = #B
#
= 4
36
= 19 .
CEDERJ 46
Aula 17 Probabilidades
MODULO 2 - AULA 17
Exemplo 31
Seja o seguinte experimento: uma caixa I contem duas bolas brancas e uma
preta. Uma caixa II contem uma bola branca. Retira-se uma bola da caixa
I e coloca-se a mesma na caixa II. Depois, retira-se uma bola da caixa II.
Liste os resultados possveis e calcule a probabilidade de que a bola retirada
da caixa II seja branca.
Solucao:
Vamos supor as bolas brancas numeradas: 1 e 2, na caixa I e 3, na
caixa II. A gura abaixo indica as diferentes possibilidades.
caixa I caixa II branca 1
branca 3
2 3 1
a
ad
caixa I caixa II
ir
branca 2
et
caixa I caixa II
1r
la
bo
branca 3
et
caixa I caixa II
ar
et
ira
preta
da
1 2 3
47 CEDERJ
MATEMTICA Aula 17 Probabilidades
DISCRETA
Resumo
Nesta aula denimos probabilidade de um evento associado a um expe-
rimento aleatorio. Denimos eventos simples equiprovaveis e a distribuicao
uniforme. Sendo A um subconjunto de um espaco amostral equiprovavel,
denimos a probabilidade de A como sendo a razao entre o numero de casos
favoraveis a A e o numero de resultados possveis do experimento. Em ter-
mos de cardinalidade de conjuntos, isso equivale a dizer que a probabilidade
de A ocorrer e a razao entre a cardinalidade de A e a do espaco amostral.
Exerccios
face 1 2 3 4 5 6
numero de ocorrencias 60 50 75 60 30 25
CEDERJ 48
Aula 17 Probabilidades
MODULO 2 - AULA 17
(a) A = {e1 , e2 , e4 }
(b) B = {e1 , e5 }
(c) C = {e3 , e4 }
(d) D =
Auto-avaliacao
Veja se entendeu claramente a denicao de probabilidade. Note que se
trata de uma denicao teorica: podemos denir uma distribuicao de probabi-
lidade que nao corresponda ao que observamos ao nosso redor. No exerccio
7, verique cuidadosamente quais das condicoes presentes na denicao de
probabilidade foram ou nao satisfeitas. Voce deve resolver os exerccios
sem grandes diculdades. Caso tenha duvidas, solicite ajuda do tutor da
disciplina.
49 CEDERJ
Aula 18 Usando tecnicas de contagem no calculo de probabilidades
MODULO 2 - AULA 18
Objetivos
Nesta aula voce ira aplicar o Princpio Fundamental da Contagem e
as tecnicas de contagem (arranjo, combinacao e permutacao) estudadas no
Modulo 1 para calcular probabilidades. Pre-requisitos: aulas 6 a 12,
14 a 17.
Introducao
Esta aula nao contem nenhum item novo de teoria. Nela, iremos aplicar
conceitos ja estudados. Usaremos a formula que fornece a probabilidade de
um evento associado a um espaco amostral equiprovavel e, para determinar
as cardinalidades dos conjuntos envolvidos, usaremos as tecnicas de contagem
mencionadas acima.
Consideremos um experimento aleatorio de espaco amostral associado
. Vimos que, se equiprovavel e A , a probabilidade do evento A e
dada por:
numero de casos favoraveis a A #A
P (A) = =
numero de casos possveis #
Acompanhe, com atencao, as resolucoes dos exemplos apresentados a
seguir. Depois, resolva os exerccios propostos.
Exemplo 32
Uma moeda equilibrada e lancada seis vezes. Qual a probabilidade de
51 CEDERJ
MATEMTICA Aula 18 Usando tecnicas de contagem no calculo de probabilidades
DISCRETA
Solucao:
Usando o Princpio Fundamental da Contagem, temos que, ao lancar
uma moeda seis vezes, temos um total de 26 = 64 eventos elementares
possveis, sendo cada um representado por uma sequencia de seis smbolos,
K (cara) ou C (coroa).
Exemplo 33
Um grupo e formado por 7 rapazes e 5 mocas. Sao escolhidas 4 pessoas desse
grupo, ao acaso, sem reposicao, para formarem uma comissao. Determine a
probabilidade de:
Solucao:
O espaco amostral desse experimento e formado por todas as com-
binacoes (ja que a ordem da escolha nao importa) das 12 pessoas, tomadas
4 a 4:
12 12!
# = = = 495 .
4 8!4!
CEDERJ 52
Aula 18 Usando tecnicas de contagem no calculo de probabilidades
MODULO 2 - AULA 18
Alem disso, como todas as pessoas tem a mesma chance de serem es-
colhidas, o espaco amostral e equiprovavel.
7! 5!
#A = C7,2 C5,2 = = 21 10 = 210 .
5!2! 3!2!
#A 210 14
Logo, P (A) = = = .
# 495 33
2. O evento B: serem escolhidos, pelo menos, dois rapazes, ocorre se fo-
rem escolhidos dois, tres ou quatro rapazes. Temos, entao, as seguintes
possibilidades:
- 2 rapazes e 2 mocas
- 3 rapazes e 1 moca
- 4 rapazes e 0 mocas
Aplicando o mesmo raciocnio do item anterior, temos:
420 28
Logo, P (B) = 495
= 33
.
Exemplo 34
Escolhemos, ao acaso, r objetos de um conjunto de n objetos, com reposicao.
Qual a probabilidade de que nenhum objeto seja escolhido mais de uma vez?
Solucao:
Pelo Princpio multiplicativo,
r
# = nn...
n = n .
r termos
53 CEDERJ
MATEMTICA Aula 18 Usando tecnicas de contagem no calculo de probabilidades
DISCRETA
1a. retirada: n
2a. retirada: n1
3a. retirada: n2
... ...
r-esima retirada: nr+1
Exemplo 35
Num lote de 20 pecas ha 6 defeituosas. Sao escolhidas 5 pecas do lote, ao
acaso. Qual a probabilidade de serem sorteadas 2 pecas defeituosas?
Solucao:
Uma retirada de 5 pecas e um amostra do lote, sendo que nao importa a
ordem em que a retirada e feita. Trata-se, assim, de combinacao. O total de
20!
amostras e # = C20,5 = 15!5! = 20.19.18.17.16
5.4.3.2.1
= 15.504, todas equiprovaveis.
Seja o evento A: duas pecas defeituosas na amostra.
O total de elementos em A e calculado usando o princpio multiplicativo.
Dividimos a tarefa de escolher as 5 pecas em duas etapas: selecionamos 2
pecas defeituosas entre as 6 existentes no lote e selecionamos 3 pecas entre
as 14 nao-defeituosas do lote.
Assim:
6! 14! 6.5 14.13.12
#A = C6,2 .C14,3 = . = . = 15 364 = 5.460 .
4!2! 11!3! 1.2 1.2.3
Logo,P (A) = #A
#
= 5.460
15.504
0, 3522.
Exemplo 36
Considere um lote de valvulas com cinco diferentes nveis de qualidade. Es-
colhendo, aleatoriamente, tres valvulas desse lote, qual a probabilidade de
duas possurem qualidade dos tres melhores nveis?
Solucao:
Como no exemplo 35, cada retirada de tres valvulas do lote representa
uma amostra. Podemos aceitar que cada amostra tem a mesma probabilidade
de ocorrer.
CEDERJ 54
Aula 18 Usando tecnicas de contagem no calculo de probabilidades
MODULO 2 - AULA 18
Exemplo 37
Uma pessoa lanca um dado equilibrado 5 vezes. Ela esta interessada em tirar
5 ou 6 pontos, exatamente em tres lancamentos. Qual a probabilidade de
que isso ocorra?
Solucao:
Seja A o evento sair 5 ou 6 exatamente em tres lancamentos. Sendo
o dado equilibrado, o espaco amostral , associado a esse experimento, e
#A
equiprovavel. Logo, P (A) = . Precisamos, entao, determinar as cardi-
#
nalidades dos conjuntos A e .
Como o dado e lancado cinco vezes, e formado por todas as sequencias
de 5 elementos, cada um deles pertencente ao conjunto {1, 2, 3, 4, 5, 6}. Pelo
Princpio multiplicativo, temos que # = 65 = 7776.
O evento A e o subconjunto de formado pelas sequencias em que
tres elementos pertencem ao conjunto {5, 6} e dois elementos pertencem ao
conjunto {1, 2, 3, 4}. Por exemplo, as sequencias (5,5,5,1,1), (5,1,6,2,5) e
(1,2,5,6,6) pertencem a A. O total dessas sequencias e obtido dividindo-se a
tarefa em etapas:
55 CEDERJ
MATEMTICA Aula 18 Usando tecnicas de contagem no calculo de probabilidades
DISCRETA
1. Vamos escolher 3 posicoes, entre as 5 possveis, para preencher com
elementos do conjunto {5, 6}. O numero de escolhas e dado por C5,3 =
5!
3!2!
= 10.
2. Para preencher cada uma das 3 posicoes escolhidas, temos duas possi-
bilidades: 5 ou 6. Logo, o total e dado por 23 = 8 possibilidades.
3. Para preencher cada uma das duas posicoes restantes, podemos esco-
lher qualquer elemento do conjunto {1, 2, 3, 4}. Logo, temos 42 = 16
escolhas possveis.
#A 1280 40
P (A) = = = .
# 7776 243
Exemplo 38
Sao formados numeros de 4 algarismos distintos usando-se os dgitos 1,2,3,4
e 5. Um desses numeros e sorteado. Qual a probabilidade dele ser par?
Solucao:
O espaco amostral do experimento e formado por todas as sequencias
de 4 algarismos distintos escolhidos no conjunto {1, 2, 3, 4, 5}. Como a ordem
importa, trata-se de um problema de arranjo de 5 elementos tomados 4 a 4:
5!
# = A5,4 = = 120 .
(5 4)!
Assim,
48 2
#A = 24 + 24 = 48 e P (A) = = .
120 5
CEDERJ 56
Aula 18 Usando tecnicas de contagem no calculo de probabilidades
MODULO 2 - AULA 18
Resumo
Nesta aula trabalhamos apenas com espacos amostrais equiprovaveis e
calculamos a probabilidade de um evento A atraves da razao entre a cardi-
nalidade de A e a do espaco amostral. Para isso, aplicamos as tecnicas de
contagem estudadas no modulo 1 na determinacao das cardinalidades dos
conjuntos envolvidos (espacos amostrais e eventos).
Exerccios
57 CEDERJ
MATEMTICA Aula 18 Usando tecnicas de contagem no calculo de probabilidades
DISCRETA
4. Sao retiradas 13 cartas de um baralho de 52 cartas.
6. Dez pessoas vao se sentar em la. Paulo e Maria estao entre elas. Qual
a probabilidade de Paulo e Maria sentarem juntos?
Auto-avaliacao
Nesta aula nao foi apresentado nenhum conceito novo. Se voce teve
duvidas na resolucao dos exerccios, reveja as aulas anteriores deste modulo
e as de tecnicas de contagem, do modulo 1. Caso as duvidas persistam,
solicite a ajuda do tutor da disciplina.
CEDERJ 58
Aula 19 Probabilidade do evento complementar
MODULO 2 - AULA 19
Objetivos
Introducao
Propriedade 1. P () = 0.
Propriedade 2. P (A) 0, A
Propriedade 3. P () = 1
A
a2
a1
a3 A = {a1, a2, a3} P (a1) = P (a2) + P(a3)
a2
B = {a5, a6} P (B) = P (a5) + P (a6)
B A B=
a5
a4
a6
= P (A) + P (B)
59 CEDERJ
MATEMTICA Aula 19 Probabilidade do evento complementar
DISCRETA
Para vericar a validade da propriedade 4, basta lembrar que P (A) e
a soma das probabilidades dos eventos simples que pertencem a A. Ana-
logamente, P (B) e a soma das probabilidades dos eventos simples que per-
tencem a B. Como A e B nao possuem elementos em comum, segue que
P (A B) = P (A) + P (B).
A propriedade 4 pode ser estendida para uma quantidade nita de
eventos:
Se A1 , . . . , An sao eventos dois a dois mutuamente exclusivos, associados
a um certo experimento, entao
P (A1 . . . An ) = P (Ai), i = 1, ..., n .
Exemplo 39
Considere o experimento: extrair uma carta de um baralho de 52 cartas
e anotar qual seja. Determine a probabilidade de sair uma gura ou um
numero par.
Solucao:
Sejam os eventos:
A: gura
B: numero par
Queremos calcular P (A B).
Como o baralho e dividido em cartas numericas e guras, os eventos
A e B sao mutuamente exclusivos. Por outro lado, cada carta tem a mesma
chance de sair, isto e, o espaco amostral associado e equiprovavel. Assim,
P (A) = 12
52
e P (B) = 20
52
.
Logo, pela propriedade 4 das probabilidades,
12 20 32 8
P (A B) = P (A) + P (B) = + = = .
52 52 52 13
Exemplo 40
Uma urna contem 5 bolas assinaladas com sinal +e 6 bolas assinaladas
com sinal . Duas bolas sao retiradas, sem reposicao, e e anotado o par de
sinais observados. Qual a probabilidade de o produto dos sinais ser positivo?
Solucao:
O numero de elementos de e dado pelo total de combinacoes (uma
vez que a ordem dos sinais nao vai alterar o sinal do produto) de 11 elementos
tomados 2 a 2:
11!
# = C11,2 = = 55 .
9!2!
CEDERJ 60
Aula 19 Probabilidade do evento complementar
MODULO 2 - AULA 19
5
6 5 6 30
11
10
- caso (+,-) . =
11 10 110
6 5 30
+ caso (-,+)
11
. 10 = 110
5
10
6
11
-
5
10 6 5 30
- caso (-,-) . =
11 10 110
_
A
61 CEDERJ
MATEMTICA Aula 19 Probabilidade do evento complementar
DISCRETA
Prova.
Podemos escrever = A A e A A = . Logo, pelas propriedades
4 e 3, P () = P (A) + P (A) = 1, isto e, P (A) = 1 P (A).
Exemplo 41
Retomemos o experimento do exemplo 39. Qual a probabilidade de sair
numero mpar ou gura?
Solucao:
O que desejamos e que nao saia um numero par. Logo, o evento men-
cionado e o complementar do evento B (sair numero par). Pela propriedade
5, P (B) = 1 P (B) = 1 20
52
= 138
.
Exemplo 42
Sendo = {e1 , e2 , e3 , e4 } o espaco amostral de um experimento aleatorio,
com P (e1 ) = 3/12, P (e2 ) = 7/12 e P (e3 ) = 10/12. Vamos determinar
P (e4 ).
Solucao:
Se P (e2 ) = 7/12, entao P (e2 ) = 1 7/12 = 5/12.
Se P (e3 ) = 10/12, entao P (e3 ) = 1 10/12 = 2/12.
Como P (e1 ) + P (e2 ) + P (e3 ) + P (e4 ) = 1, temos P (e4 ) = 2/12.
Exemplo 43
Uma aplicacao interessante da regra da probabilidade do evento complemen-
tar e o problema do aniversario, que consiste em calcular a probabilidade de,
num grupo de n pessoas, pelo menos duas aniversariarem num mesmo dia.
365
365 ... 365 = 365n .
n termos
n probabilidade
10 0, 13
20 0, 42
30 0, 71
40 0, 89
50 0, 97
Exemplo 44
Um numero do conjunto {1, 2, ..., 200} e escolhido ao acaso. Qual a probabi-
lidade de sair um numero que nao seja multiplo de 5?
Solucao:
Este e um caso em que devemos usar a regra da probabilidade do evento
complementar, pois veja que e muito mais simples determinar a probabilidade
de sair um numero que seja multiplo de 5. Entao seja A o evento sair
numero multiplo de 5. Queremos P (A). Temos A = {5, 10, 15, ..., 195, 200}.
Para determinar o numero de elementos de A, podemos interpretar esses
elementos como termos de uma progressao aritmetica de primeiro termo 5 e
razao 5.
Vamos usar a formula do termo geral de uma PA:
an = a1 + (n 1)r
Exemplo 45
Um grupo e formado por 8 rapazes e 6 mocas. Seis pessoas vao ser escolhidas
ao acaso, para formarem uma comissao. Qual a probabilidade dessa comissao
contar com, pelo menos, 1 rapaz?
63 CEDERJ
MATEMTICA Aula 19 Probabilidade do evento complementar
DISCRETA
Solucao:
O espaco amostral e formado pelas combinacoes de 14 elementos, to-
mados 6 a 6:
14!
# = C14,6 = = 3003 .
8!6!
Seja A o evento pelo menos um rapaz. Se fossemos determinar o
numero de elementos de A, teramos que considerar as possibilidades:
1 rapaz e 5 mocas
2 rapazes e 4 mocas
3 rapazes e 3 mocas
4 rapazes e 2 mocas
5 rapazes e 1 moca
6 rapazes e nenhuma moca
Podemos, porem, optar por uma resolucao mais simples, determinando
a probabilidade do evento complementar, ou seja, a probabilidade de a co-
missao nao contar com nenhum rapaz, o que equivale a dizer que a comissao
e formada por 6 mocas escolhidas entre as 6:
#A = C6,6 = 1 .
Resumo
Nesta aula vimos as propriedades basicas da probabilidade e aprende-
mos a determinar a probabilidade do evento complementar de um evento
dado.
Exerccios
CEDERJ 64
Aula 19 Probabilidade do evento complementar
MODULO 2 - AULA 19
(a) P (a1 )
(b) P (A), onde A = {a2 , a4 }
(c) P (B), onde B = {a1 , a2 , a3 }
3. Cinco pessoas vao ser escolhidas, ao acaso, para formar uma banca,
num grupo formado por 6 professores e 6 alunos. Qual a probabilidade
dessa banca contar com, pelo menos, 1 aluno?
6. Numa cidade, 45% dos homens sao casados, 35% solteiros, 15% divor-
ciados e 5% viuvos. Um homem e escolhido ao acaso. Qual a probabi-
lidade desse homem:
Auto-avaliacao
O mais importante nesta aula e aprender a identicar se um dado pro-
blema de probabilidade se torna mais facil de resolver atraves do evento
complementar. Fique atento, a partir de agora, na hora de calcular uma
probabilidade! Caso voce nao tenha conseguido resolver algum exerccio,
releia a teoria, com calma, e tente novamente. Se necessario, solicite a ajuda
do tutor da disciplina.
65 CEDERJ
Aula 20 Regra da adicao
MODULO 2 - AULA 20
Objetivos
Nesta aula voce estudara outras propriedades das probabilidades. Vera
como a probabilidade da uniao de eventos se relaciona com as probabilidades
desses eventos. Pre-requisitos: aulas 14 a 19.
Introducao
Consideremos um experimento aleatorio com espaco amostral
= {a1 , a2 , ..., a12 } e os eventos
#A B = 9 = 6 + 5 2 = #A + #B #(A B) ,
A
a1 a3 B a11
a2
a5 a6 a8
a4 a7 a10
a9
a12
67 CEDERJ
MATEMTICA Aula 20 Regra da adicao
DISCRETA
Podemos generalizar esse resultado, obtendo a seguinte:
P (A B) = P (A) + P (B) P (A B) .
Prova.
Vamos escrever os conjuntos A B e B como unioes de conjuntos
disjuntos: A B = A (A B) e B = (A B) (A B). Entao, pela
propriedade 4, vista na aula 19, temos:
P (A B) = P (A) + P (A B).
P (B) = P (A B) + P (A B) P (A B) = P (B) P (A B)
Da, P (A B) = P (A) + P (B) P (A B).
A B A B
_ _
A B A B
A B
_ _
A B= A (A B) B = (A B) (A B)
Exemplo 46
Numa classe de 40 alunos, 22 sao homens e 15 sao louros. Entre os alunos
louros, 10 sao mulheres. Um aluno e escolhido ao acaso. Qual a probabilidade
de ser homem ou louro?
CEDERJ 68
Aula 20 Regra da adicao
MODULO 2 - AULA 20
Solucao: H M
17 5 0 10 8
Exemplo 47
Consideremos novamente o experimento de retirar uma carta de um baralho
de 52 cartas e observar a que sai. Vamos determinar a probabilidade de que
a carta retirada seja vermelha ou uma gura.
Solucao:
Sejam os eventos A: gurae B: vermelha. Queremos P (A B).
Temos:
# = 52
#A = 12 (4 cartas de cada naipe)
#B = 26 (13 cartas de ouros, 13 de copas)
#(A B) = 6 (3 guras de ouros, 3 guras de copas)
Logo, pela propriedade da adicao:
12 26 6 8
P (A B) = P (A) + P (B) P (A B) = + = .
52 52 52 13
Exemplo 48
Um numero do conjunto {1, 2, ..., 100} e escolhido ao acaso. Vamos determi-
nar a probabilidade desse numero:
2. ser multiplo de 5 ou de 6.
2. Sejam os eventos:
B: o numero retirado e multiplo de 5e
C: o numero retirado e multiplo de 6.
Queremos P (B C). Pela regra da adicao, sabemos que essa probabi-
lidade e igual a P (B) + P (C) P (B C). Observe que P (B C) ja
foi calculada no item a) (B C :o numero retirado e multiplo de 5 e
de 6). Vamos determinar as probabilidades dos eventos B e C:
B = {5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55, 60, 65, 70, 75, 80, 85,
90, 95, 100}
#B = 20 .
#B 20
Aqui poderamos ter usado a
Logo, P (B) = #
= 100
.
formula do termo geral de
uma PA, como zemos na C = {6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54, 60, 66, 72, 78, 84, 90, 96}
aula 19. Para determinar a
cardinalidade de B, a PA e #C = 16
de primeiro termo 5, razao 5
e ultimo termo 100. Para Portanto,
determinar a cardinalidade #C 16
de C, a PA tem primeiro P (C) = = .
termo 6, razao 6 e ultimo
# 100
termo 96.
Podemos, agora, calcular a probabilidade pedida:
20 16 3 33
P (B C) = + = .
100 100 100 100
CEDERJ 70
Aula 20 Regra da adicao
MODULO 2 - AULA 20
Exemplo 49
Consultando 700 alunos de uma universidade, verica-se que 250 cursam
licenciatura em Matematica, 210 cursam o bacharelado em Matematica e 290
cursam Computacao. Alem disso, como a universidade permite que um aluno
tenha mais de uma matrcula, ha alunos cursando mais de um desses cursos:
50 fazem, simultaneamente, Computacao e licenciatura; 60, Computacao e
bacharelado; 70 cursam licenciatura e bacharelado e ainda ha 20 deles que
sao alunos dos tres cursos. Um desses alunos e sorteado para representar a
universidade num evento. Determine a probabilidade desse aluno:
Solucao:
Vamos, primeiramente, organizar os dados fornecidos no enunciado num
diagrama, como zemos nas aulas 4 e 5.
C L
200 30 150
20
40 50
100
B 110
Sejam os eventos:
L: cursar licenciatura em Matematica
B: cursar bacharelado em Matematica
C: cursar Computacao
Como todos os alunos tem a mesma chance de serem escolhidos, os
resultados possveis sao equiprovaveis.
71 CEDERJ
MATEMTICA Aula 20 Regra da adicao
DISCRETA
Entao:
250 5
1. P (L) = 700
= 14
Resumo
Nesta aula aprendemos a calcular a probabilidade do evento uniao de
dois eventos dados.
Exerccios
(a) A B
(b) A B
(c) A (B C)
(a) P (A)
(b) P (A B)
CEDERJ 72
Aula 20 Regra da adicao
MODULO 2 - AULA 20
(a) P (A B)
(b) P (A B)
(c) P (A B)
(d) P (A B)
73 CEDERJ
MATEMTICA Aula 20 Regra da adicao
DISCRETA
6. Sejam A, B e C eventos associados a um certo experimento aleatorio.
Sabendo-se que
P (A) = P (B) = P (C) = 1/4
P (A B) = P (B C) = 0 e P (A C) = 1/8,
calcule a probabilidade de ocorrer pelo menos um dos eventos
A, B ou C.
P (A B) = P (B C) = 1
10
P (A C) = 16
Calcule a probabilidade de ocorrer cada evento abaixo:
(a) P (A)
(b) P (A B)
Auto-avaliacao
No exerccio 3, certique-se de ter compreendido bem claramente a
razao pela qual cada armativa e falsa. Para isso, relembre as propriedades
da probabilidade, vistas na aula 17. Use diagramas de Venn para ajuda-lo a
interpretar os enunciados dos exerccios. Caso sinta duvidas, solicite a ajuda
do tutor da disciplina.
CEDERJ 74
Aula 21 Probabilidade condicional e Regra da multiplicacao
MODULO 2 - AULA 21
Objetivos
Nesta aula voce vera que o fato de um evento ocorrer pode afetar a
probabilidade de ocorrencia de outro evento e aprendera a determinar essa
probabilidade. Pre-requisitos: aulas 14 a 20.
Introducao
Consideremos o experimento de extrair, ao acaso, duas bolas de uma
urna contendo bolas pretas e bolas brancas. Vamos analisar a diferenca entre
fazer a segunda retirada com ou sem reposicao da primeira bola.
Para xar ideias, vamos supor que a urna contenha 80 bolas pretas e 20
bolas brancas. Vamos retirar duas bolas, uma apos a outra e vericar suas
cores.
Sejam os eventos A: a primeira bola e pretae B: a segunda bola e
preta.
75 CEDERJ
MATEMTICA Aula 21 Probabilidade condicional e Regra da multiplicacao
DISCRETA 1 bola 2 bola
79
r B: 99 p probabilidade de ocorrer B
rre
oco sabendo que A ocorreu: 79
p 99
10 0
: 8
0
rA
b
re
or
oc
n
oo
co
rre 80 b probabilidade de ocorrer B
rA 1 B: 99
: 00 orr
er sabendo que A no ocorreu: 80
20 oc 99
b
Anal, qual o valor de P (B)? Mais adiante, na aula 22, veremos como
determinar a probabilidade de B.
O fato de a ocorrencia ou nao de um evento alterar a probabilidade de
um outro evento leva a caracterizacao de probabilidade condicional:
A A
B
B
BA
P (B) =
#B #(B A)
(a) (b) P(B/A) =
#
y #A
CEDERJ 76
Aula 21 Probabilidade condicional e Regra da multiplicacao
MODULO 2 - AULA 21
Temos, entao:
Exemplo 50
Um dado equilibrado e lancado duas vezes. O par de numeros da face de
cima e anotado. Sejam os eventos:
A: a soma dos numeros obtidos e 10
B: o primeiro numero do par e menor do que o segundo.
Vamos determinar P (A), P (B), P (B|A), P (A B) e vericar a relacao entre
essas probabilidades.
Solucao:
Vimos anteriormente que o espaco amostral desse experimento e for-
mado pelos 36 pares (i, j) obtidos fazendo i variar de 1 a 6 e j variar de 1 a
6. Temos tambem que e um espaco amostral equiprovavel, pois o dado e
equilibrado.
Temos:
A = {(4, 6), (5, 5), (6, 4)} e
B = {(1,2),(1,3),(1,4),(1,5),(1,6),(2,3),(2,4),(2,5),(2,6), (3, 4), (3, 5), (3, 6),
(4, 5), (4, 6), (5, 6)}
Assim, #A = 3 e #B = 15.
3 15
Logo, P (A) = 36
e P (B) = 36
.
Se A ocorre, sabemos que o par obtido e um dos que compoem A :
(4, 6), (5, 5) ou (6, 4). Apenas um deles (o par (4, 6)) pertence a B. Logo,
P (B|A) = 13 .
O evento A B ocorre somente se um par tem a soma dos elementos
igual a 10 e o primeiro elemento menor que o segundo. O unico par que
satisfaz a essas duas condicoes e o par (4, 6). Logo, P (A B) = 36
1
.
77 CEDERJ
MATEMTICA Aula 21 Probabilidade condicional e Regra da multiplicacao
DISCRETA
Podemos constatar, portanto, que
P (B A) 1
36 1
= 3 = = P (B|A)
P (A) 36
3
e que
P (B) = P (B|A) .
Exemplo 51
Um numero e escolhido ao acaso no conjunto {1, 2, 3, ..., 50}. Qual a proba-
bilidade desse numero ser par, sabendo-se que e um multiplo de 5?
Solucao:
Sejam os eventos:
A: sair numero par
B: sair numero multiplo de 5
Vamos resolver o problema de dois modos:
#A 5 1
= = .
#B 10 2
P (A B)
P (A|B) = ,
P (B)
CEDERJ 78
Aula 21 Probabilidade condicional e Regra da multiplicacao
MODULO 2 - AULA 21
Da,
#(A B) 5 1
P (A B) = = = e
# 50 10
#B 10
P (B) = = .
# 50
Logo,
5
50 5 1
P (A|B) = 10 = = .
50
10 2
A expressao da probabilidade condicional permite a obtencao de uma
importante relacao, conhecida como teorema da multiplicacao de
probabilidades:
P (A B) = P (A).P (B|A)
Exemplo 52
Um lote contem 80 pecas boas (b) e 20 pecas defeituosas (d). Duas pecas sao
retiradas ao acaso, uma apos a outra, sem reposicao. Qual a probabilidade
de ambas serem defeituosas?
Solucao:
O espaco amostral e = {(b, b), (b, d), (d, b), (d, d)}. A resolucao ca
mais simples se construirmos a arvore das probabilidades:
1 retirada 2 retirada
b
79
99
20
80 99
100 d
b
20 80
100 99
19
99
d P (d,d) = 20 . 19
100 99 79 CEDERJ
MATEMTICA Aula 21 Probabilidade condicional e Regra da multiplicacao
DISCRETA
Sejam os eventos:
A: primeira peca defeituosa
B: segunda peca defeituosa
Entao, queremos P (A B) = P (d, d).
Temos:
20 19 19
P (A B) = P (A).P (B|A) = . = .
100 99 495
Exemplo 53
No lancamento de um dado equilibrado, calcular as seguintes probabilidades:
3. obter mais do que 4 pontos, sabendo que o resultado foi mais do que 3
pontos.
Solucao:
Como o dado e equilibrado, os resultados sao equiprovaveis.
Sejam os eventos:
A: sair mais do que 4 pontos
B: sair numero mpar
C: sair numero maior do que 3
Entao temos:
CEDERJ 80
Aula 21 Probabilidade condicional e Regra da multiplicacao
MODULO 2 - AULA 21
Exemplo 54
1. Um casal tem dois lhos e sabe-se que um deles e homem. Qual a
probabilidade de que o outro seja homem?
2. Um casal tem dois lhos e sabe-se que o mais velho e homem. Qual a
probabilidade de que o mais novo seja homem?
Solucao:
O espaco amostral e formado pelos pares (h, h), (h, m), (m, h), (m, m),
onde representamos homem por h e mulher por m. Como sao resultados
equiprovaveis, cada um tem probabilidade 14 de ocorrer.
81 CEDERJ
MATEMTICA Aula 21 Probabilidade condicional e Regra da multiplicacao
DISCRETA
Resumo
Nesta aula aprendemos a determinar a probabilidade de um evento,
considerando que um outro evento, associado ao mesmo experimento, tenha
ocorrido. A probabilidade do evento B dado que o evento A ocorreu e dada
por
P (B A)
P (B|A) = .
P (A)
Vimos que ha duas maneiras de calcular a probabilidade condicional
P (B|A):
Exerccios
CEDERJ 82
Aula 21 Probabilidade condicional e Regra da multiplicacao
MODULO 2 - AULA 21
4. Num predio vivem 30 pessoas, das quais 14 sao homens. Seis homens
e doze mulheres trabalham o dia todo. Os demais moradores sao estu-
dantes. Uma dessas pessoas e escolhida ao acaso. Qual a probabilidade
dela ser:
(a) mulher?
(b) estudante?
(c) mulher e estudante?
(d) homem, sabendo que trabalha?
(e) estudante, sabendo que e mulher?
(a) P (S N)
(b) P (S N)
(c) P (N|S)
(d) P (N|S)
(e) P (S|N)
(f) P (S|N)
83 CEDERJ
MATEMTICA Aula 21 Probabilidade condicional e Regra da multiplicacao
DISCRETA
Auto-avaliacao
Voce deve comprender claramente o que ocorre quando um evento tem
sua chance de ocorrencia afetada pela ocorrencia de outro. Caso voce sinta
duvidas para resolver os exerccios, leia o resumo atentamente. Se necessario,
solicite a ajuda do tutor da disciplina.
CEDERJ 84
Aula 22 Eventos independentes e Regra da probabilidade total
MODULO 2 - AULA 22
Objetivos
Nesta aula voce aprendera a identicar eventos independentes um do
outro. Aprendera, tambem, como calcular a probabilidade de um evento a
partir de sua probabilidade condicionada a ocorrencia de outros eventos. Pre-requisitos: aulas 14 a 21.
Eventos independentes
Na aula 21 estudamos a probabilidade condicional, ou seja, a proba-
bilidade de eventos cujas ocorrencias sao afetadas pela ocorrencia de outro
evento. Dados dois eventos A e B, associados a um mesmo experimento, pode
acontecer de a ocorrencia de A nao alterar a probabilidade de B. Quando
isso acontece, dizemos que B e A sao eventos independentes.
Poderamos estabelecer a independencia de B em relacao a A, impondo
Essa relacao, porem, exige que P (A) (ou P (B)) seja nao-nula. O teo-
rema da multiplicacao de probabilidades fornece uma outra expressao, usando
a igualdade entre as probabilidades condicionais e absolutas:
Exemplo 55
Duas pessoas, A e B, e somente elas, estao tentando resolver um mesmo
problema, independentemente uma da outra. A probabilidade de A resolver
o problema e 3/4 e a probabilidade de B resolver e 1/2.
85 CEDERJ
MATEMTICA Aula 22 Eventos independentes e Regra da probabilidade total
DISCRETA
1. Qual a probabilidade de que ambas resolvam o problema?
Solucao:
Denotemos por P (A) e P (B) as probabilidades de A e B resolverem o
problema, respectivamente.
3 1 3 7
P (A B) = + = .
4 2 8 8
Exemplo 56
Uma moeda equilibrada e lancada 5 vezes. Qual a probabilidade de obtermos
cara nos 5 lancamentos?
Solucao:
Sejam os eventos:
Ai : ocorre cara no i-esimo lancamento (i = 1, 2, 3, 4, 5)
Como cada lancamento nao afeta os demais, os eventos sao indepen-
dentes. Logo,
5
1 1
P (A1 A2 . . . A5 ) = P (A1 ).P (A2 ). . . . .P (A5 ) = = .
2 32
Exemplo 57
Sejam A e B eventos associados a um experimento aleatorio. Suponha que
P (A) = 0, 4, P (A B) = 0, 7 e P (B) = p.
CEDERJ 86
Aula 22 Eventos independentes e Regra da probabilidade total
MODULO 2 - AULA 22
Solucao:
1. Queremos A B = , ou seja, P (A B) = 0.
Como P (A B) = P (A) + P (B) P (A B), queremos P (A B) =
P (A) + P (B). Logo, 0, 7 = 0, 4 + p p = 0, 3.
Exemplo 58
Retiram-se duas cartas de um baralho com 52 cartas. Vamos determinar a
probabilidade dessas duas cartas serem um as e um 10, em qualquer ordem.
Solucao:
Seja A o evento desejado.
Entao podemos dizer que A = B C, onde:
B: as na primeira retirada e 10 na segunda
C: 10 na primeira e as na segunda.
Os eventos B e C sao mutuamente exclusivos. Logo, P (A) = P (B) +
P (C). Temos que determinar P (B) e P (C). Podemos escrever:
B1 : as na primeira retirada
B = B1 B2 , onde
B2 : 10 na segunda retirada
C1 : 10 na primeira retirada
C = C1 C2 , onde
C2 : as na segunda retirada
87 CEDERJ
MATEMTICA Aula 22 Eventos independentes e Regra da probabilidade total
DISCRETA
Entao, aplicando a propriedade aditiva, obtemos
4 4 4 4 8
P (A) = P (B) + P (C) = + = .
52 51 52 51 663
Particao
1. Ai Aj = , para todo i = j
2. ki=1 Ai =
CEDERJ 88
Aula 22 Eventos independentes e Regra da probabilidade total
MODULO 2 - AULA 22
A1 A2
B 4
1 5
3
2
6
A3
P (B) = P (B A1 ) + P (B A2 ) + P (B A3 ) .
Entao,
3 2 2 1 1 3
P (B) = . + . + .0 = ,
6 3 6 2 6 6
o que corresponde ao valor esperado (visto que #B = 3 e # = 6).
De modo geral, temos o seguinte resultado, conhecido como teorema
da probabilidade total:
B = (B A1 ) ... (B Ak ) e
89 CEDERJ
MATEMTICA Aula 22 Eventos independentes e Regra da probabilidade total
DISCRETA
A gura a seguir ilustra essa situacao no caso k = 7:
A2 A3 A4
A5
A1 A7 A6
Uma outra maneira de resolver faz uso de uma arvore, na qual vamos
escrevendo as probabilidades envolvidas, conforme indica o diagrama abaixo:
1 bola 2 bola
80 . 79
p (P(B A) = P ( A) .P(B/A))
79 100 99
99
p
80
100 20
99 b
20 . 80
80 p (P(B A) = P ( A) .P(B/A))
20 100 99
99
100
19
99 b
Exemplo 59
Tres maquinas numa fabrica produzem um mesmo produto. A tabela abaixo
esquematiza a producao ao longo de um mes:
Solucao:
Sejam os eventos:
D: a peca e defeituosa
M1 : a peca foi produzida na maquina 1.
M2 : a peca foi produzida na maquina 2.
M3 : a peca foi produzida na maquina 3.
Queremos P (D).
Temos que {M1 , M2 , M3 } forma uma particao do espaco amostral asso-
ciado ao experimento extrair uma peca ao acaso e vericar a maquina que
a produziu. Pelo teorema da probabilidae total, podemos escrever:
P (D) = P (M1 ).P (D|M1) + P (M2 ).P (D|M2) + P (M3 ).P (D|M3) .
Logo,
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
P (D) = . + . + . = + + = .
2 50 4 50 4 25 100 200 100 40
91 CEDERJ
MATEMTICA Aula 22 Eventos independentes e Regra da probabilidade total
DISCRETA
Uma outra maneira de abordar o problema e contruir a arvore de
probabilidades:
b
1960
2000
m1
40 2000 . 40 1 = P (D/M1)
d =
2000 4000 2000 100
2000
b
4000 980
1000 1000
4000
m2
20
1000 1000 . 20 1 = P (D/M2)
1000 d =
4000 1000 200
4000
b
960
1000
m3
40
1000 d 1000 . 40 1 = P (D/M3)
=
4000 1000 100
1 1 1 1
Logo, P (D) = 100
+ 200
+ 100
= 40
.
Resumo
Nesta aula aprendemos a identicar eventos independentes e vimos o
teorema da probabilidade total. Esse teorema e util em problemas em que
e mais facil determinar as probabilidades condicionais de um certo evento
do que a sua probabilidade absoluta. Para isso, precisamos ter eventos que
formem uma particao do espaco amostral.
Voce ja deve ter notado que pode haver mais de uma maneira de se
interpretar e resolver um problema. A medida que avancamos na teoria,
vamos contando com mais recursos para enfrentar novas situacoes propostas.
CEDERJ 92
Aula 22 Eventos independentes e Regra da probabilidade total
MODULO 2 - AULA 22
Exerccios
93 CEDERJ
MATEMTICA Aula 22 Eventos independentes e Regra da probabilidade total
DISCRETA
6. Um grupo de 100 pessoas e classicado segundo a cor dos olhos e dos
cabelos, conforme indica a tabela:
(a) ruiva?
(b) loura e de olhos castanhos?
(c) morena e de olhos azuis?
(d) morena, sabendo que possui olhos azuis?
(e) morena ou de olhos azuis?
Auto-avaliacao
Caro aluno, esta aula exige um pouco mais de dedicacao e de tempo.
A resolucao dos problemas envolve o calculo de muitas probabilidades. Se
voce sentiu diculdades, va com calma. Leia atentamente cada enunciado
e identique todos os eventos envolvidos, destacando aqueles que formam
uma particao do espaco amostral. A arvore de probabilidades pode ajuda-
lo a compreender melhor a situacao descrita em cada exerccio. Caso seja
necessario, solicite a ajuda do tutor da disciplina.
CEDERJ 94
Aula 23 Teorema de Bayes
MODULO 2 - AULA 23
Objetivos
Pre-requisitos: aulas 14 a 22.
Introducao
Vamos retomar o experimento do exemplo 59, da aula 22. Relem-
brando: tres maquinas numa fabrica produzem um mesmo produto. Num
mes, as maquinas 1, 2 e 3 produziram, respectivamente, 2000, 1000 e 1000
pecas. Dessa producao, 40, 20 e 40 pecas, respectivamente, eram defeituo-
sas. Uma peca e retirada ao acaso, e constata-se que e defeituosa. Ela pode
ter sido produzida por qualquer uma das tres maquinas. Como calcular a
probabilidade de que ela tenha sido produzida pela maquina 1? Isto e, qual
o valor de P (M1 |D)?
Sendo, como antes, os eventos:
D: a peca e defeituosa.
M1 : a peca foi produzida na maquina 1.
M2 : a peca foi produzida na maquina 2.
M3 : a peca foi produzida na maquina 3.
Da denicao de probabilidade condicional, sabemos que
P (M1 D) P (M1 ).P (D|M1 )
P (M1 |D) = = .
P (D) P (D)
Logo,
1 1
. 2
P (M1 |D) = 2 50
1 = .
40
5
95 CEDERJ
MATEMTICA Aula 23 Teorema de Bayes
DISCRETA
Vamos generalizar o procedimento que usamos no exemplo anterior:
Seja {B1 , ..., Bk } uma particao do espaco amostral .
Seja A .
Suponhamos conhecidas as probabilidades P (Bi ) e P (A|Bi), para
i = 1, ..., k. Entao,
Mas,
A = (A B1 ) (A B2 ) ... (A Bk ) .
Logo,
P (A) = P (A B1 ) + P (A B2 ) + ... + P (A Bk )
= P (B1 ).P (A|B1 ) + P (B2 ).P (A|B2 ) + ... + P (Bk ).P (A|Bk ).
B1 B2 B3
B4
B7
B5
A
B6
CEDERJ 96
Aula 23 Teorema de Bayes
MODULO 2 - AULA 23
Exemplo 60
Numa faculdade, 45% dos alunos fazem licenciatura em Matematica, 35%
fazem Economia e 20% Administracao. Do total de alunos de Matematica,
Economia e Administracao, 40%, 20% e 50%, respectivamente, sao mulhe-
res. Um aluno e escolhido, ao acaso. Determine a probabilidade de cursar
Economia, sabendo que e uma mulher.
Solucao:
Sejam os eventos
L: ser aluno de licenciatura em Matematica.
E: ser aluno de Economia.
A: ser aluno de Administracao.
M: ser mulher.
Veja que, pelos dados do enunciado, temos P (L) = 0, 45; P (E) =
0, 35; P (A) = 0, 20; P (M|L) = 0, 40; P (M|E) = 0, 20 e P (M|A) = 0, 50.
Queremos P (E|M).
Sabemos que a probabilidade condicional e dada por
P (E M) P (E).(P (M|E)
P (E|M) = = ,
P (M) P (M)
P (M) = P (M L) + P (M E) + P (M A) =
= P (L).P (M|L) + P (E).P (M|E) + P (A).P (M|A) =
= (0, 45 0, 40) + (0, 35 0, 20) + (0, 20 0, 50) =
= 0, 35
0, 35 0, 20
P (E|M) = = 0, 20 .
0, 35
97 CEDERJ
MATEMTICA Aula 23 Teorema de Bayes
DISCRETA
H
0,60
L
0,40 0,45 x 0,40 = 0,18 = P (L M)
U
M
0,45
H
0,80
0,35
E
0,20
M 0,35 x 0,20 = 0,07 = P (E M)U
0,20
H
0,50
A
0,50
M 0,20 x 0,50 = 0,10 = P (A M)U
Logo,
P (E M) 0, 07
P (E|M) = = = 0, 2 .
P (M) 0, 35
Exemplo 61
Em certa comunidade, 1% da populacao tem uma doenca. Em alguns casos,
o exame realizado para detectar a doenca pode dar uma indicacao positiva
para uma pessoa que nao a possui. Sabe-se que a probabilidade de ocorrer
um resultado positivo quando a pessoa tem a doenca e 0,85 e quando nao
tem e 0,02. Uma pessoa dessa comunidade e escolhida ao acaso. Qual e a
probabilidade de a pessoa ser portadora da doenca, se o resultado do seu
exame for positivo?
Solucao:
Sejam os eventos:
S: o exame da pessoa escolhida dar positivo.
D: a pessoa escolhida ter a doenca.
Queremos determinar P (D|S).
Temos:
P (D) = 0, 01. Logo, P (D) = 0, 99.
P (S|D) = 0, 85
P (S|D) = 0, 02
CEDERJ 98
Aula 23 Teorema de Bayes
MODULO 2 - AULA 23
P (D) = P (S D) + P (S D) =
= P (D).P (S|D) + P (D).P (S|D) =
= (0, 01)(0, 85) + (0, 99).(0, 02) =
= 0, 0085 + 0, 0198 =
= 0, 0283
0,01 0,15
N
_
S D S 0,99 x 0,02 = 0,0198
0,02
0,99 _
D
0,98
N
P (D S) 0,0085
P (D/S) = = = 0,30035
P (S) 0,0283
99 CEDERJ
MATEMTICA Aula 23 Teorema de Bayes
DISCRETA
Resumo
Nesta aula apresentamos o Teorema de Bayes. Esse resultado analisa
a seguinte situacao: supondo que um certo efeito pode ter diferentes causas,
uma vez observado o efeito, qual a probabilidade de ter sido provocado por
uma determinada causa? E como se pensassemos de uma forma contrariaa
usual. Por considerar que o efeito em observacao ja ocorreu, o teorema de
Bayes tambem e conhecido como teorema das probabilidades a posteriori.
Exerccios
1. Sabe-se que 80% das pessoas que abrem crediario sao boas pagadoras.
Suponhamos que a probabilidade de um bom pagador possuir cartao
de credito seja de 0,9 e que um mau pagador tenha probabilidade 0,3
de possuir cartao de credito. Uma pessoa e escolhida ao acaso entre as
que abrem crediario. Calcule a probabilidade:
2. Paulo e Roberto criam caes. Paulo tem 3 vezes mais caes que Roberto.
Entre os caes de Paulo, 20% sao de raca e entre os de Roberto, 10%
sao de raca. Um cao e encontrado. Sabe-se que pertence a Paulo ou a
Roberto.
3. Foi realizado um teste para detectar uma doenca. Sabe-se que o teste
e capaz de descobrir a doenca em 97% das pessoas afetadas. Sabe-
se tambem que o teste, erroneamente, identica a doenca em 5% das
pessoas saudaveis. Alem disso, sabe-se que, quando aplicado a pessoas
que tenham algum outro tipo de doenca, 10% sao diagnosticados de
forma incorreta.
A populacao submetida ao teste era composta de 1% de pessoas afeta-
das pela doenca, 96% de pessoas saudaveis e 3% de pessoas apresen-
tando outras doencas.
CEDERJ 100
Aula 23 Teorema de Bayes
MODULO 2 - AULA 23
Uma pessoa dessa populacao e escolhida ao acaso e seu teste deu posi-
tivo, isto e, foi detectada a doenca. Qual a probabilidade de que ela
esteja realmente com aquela doenca?
Auto-avaliacao
Nao se preocupe se voce sentiu uma diculdade maior nesta aula. Para
ser compreendido e assimilado, o teorema de Bayes exige um pouco mais de
atencao do que o conceito de probabilidade. Se voce nao conseguiu resolver
os exerccios propostos, releia a aula, tentando entender passo a passo como
o teorema vai surgindo. Acompanhe atentamente a resolucao dos exemplos.
Nao e difcil, so diferente do raciocnio que vinha sendo aplicado nas aulas
anteriores. Se voce ainda car com duvidas, solicite a ajuda do tutor da
disciplina.
101 CEDERJ
Aula 24 Variavel aleatoria e Valor esperado
MODULO 2 - AULA 24
Objetivos
Nesta aula voce aprendera um conceito muito importante nos estudos
estatsticos: a variavel aleatoria, e sabera como calcular seu valor esperado. Pre-requisitos: aulas 14 a 22.
Variavel aleatoria
Os resultados de um experimento aleatorio podem ser numericos ou
nao. Experimentos como:
lancar uma moeda tres vezes e anotar a quantidade de coroas que ocor-
rem,
103 CEDERJ
MATEMTICA Aula 24 Variavel aleatoria e Valor esperado
DISCRETA
Exemplo 62
1. Experimento: lancamento de duas moedas e observacao do par ob-
tido.
Espaco amostral associado: = {(K, K), (K, C), (C, K), (C, C)}.
Um resultado numerico que podemos denir: contar o numero de
caras, isto e, fazer a seguinte associacao:
Pelos exemplos acima, voce pode notar que, a cada resultado, corres-
ponde um e apenas um valor numerico. Esse procedimento pode ser visto,
matematicamente, como a criacao de uma funcao. Tal funcao e chamada
variavel aleatoria.
Temos, entao, a seguinte denicao:
sao aquelas que assumem valores num subconjunto enumeravel de IR. Mais
particularmente, as variaveis que estudaremos assumirao apenas uma quan-
tidade nita de valores. Um conjunto e enumeravel
quando e nito ou quando
existe uma bijecao (relacao 1
Distribuicao de probabilidade para 1) entre ele e um
subconjunto do conjunto dos
numeros naturais. Um
Dado um certo experimento aleatorio, podemos interpretar os valores conjunto enumeravel pode
assumidos por uma variavel aleatoria como eventos numericos associados ter seus elementos listados
em sequencia:
aquele experimento. Vamos deixar isso mais claro, retomando o exemplo do {x1 , ..., xn } se nito ou
lancamento das duas moedas. Estamos interessados em contar o numero de {x1 , ..., xn , ...} se innito.
(C, C) 0
(C, K) 1
(K, C) 1
(K, K) 2
105 CEDERJ
MATEMTICA Aula 24 Variavel aleatoria e Valor esperado
DISCRETA
Sendo = {(K, K), (K, C), (C, K), (C, C)} equiprovavel, cada resul-
tado tem probabilidade 1/4. Podemos determinar a probabilidade de ocorren-
cia de cada evento numerico, a partir das probabilidades dos eventos do ex-
perimento:
P (X = 0) = P {(C, C)} = 1/4
P (X = 1) = P {(C, K), (K, C)} = 1/2
P (X = 2) = P {(K, K)} = 1/4
e construir a tabela:
X P
0 1/4
1 2/4
2 1/4
X : {x1 , ..., xn }
CEDERJ 106
Aula 24 Variavel aleatoria e Valor esperado
MODULO 2 - AULA 24
Exemplo 63
Retomemos os experimentos do exemplo 62, e vamos supor que os espacos
amostrais sejam todos equiprovaveis:
X evento probabilidade
0 {C, C)} P (X = 0) = 1/4
1.
1 {(K, C), (C, K)} P (X = 1) = 2/4
2 {(K, K)} P (X = 2) = 1/4
X P
0 1/4
Distribuicao de probabilidade da variavel aleatoria X:
1 2/4
2 1/4
X evento probabilidade
2. 0 {nao} P (X = 0) = 1/2
1 {sim} P (X = 1) = 1/2
X P
Distribuicao de probabilidade da variavel aleatoria X: 0 1/2
1 1/2
X evento probabilidade
3. 0 {2, 4, 6} P (X = 0) = 3/6
1 {1, 3, 5} P (X = 1) = 3/6
X P
Distribuicao de probabilidade da variavel aleatoria X: 0 3/6
1 3/6
6
media = k=1 k.P (k) .
Exemplo 64
Consideremos as famlias constitudas de tres lhos. Representando por h
a crianca de sexo masculino e por m a de sexo feminino, o espaco amostral
associado a essa observacao pode ser representado por:
CEDERJ 108
Aula 24 Variavel aleatoria e Valor esperado
MODULO 2 - AULA 24
Isso muitas vezes ocorre com o valor esperado de uma variavel aleatoria.
Como dissemos anteriormente, ele indica uma media dos valores observados,
se o experimento for realizado um grande numero de vezes.
Exemplo 65
Um jogador paga 1 real para jogar um dado. Se a face observada e 6, ele
recebe 10 reais (lucra 9, visto que ja pagou 1). Se sai qualquer outro numero,
ele nada recebe. Podemos denir a variavel aleatoria (X) que fornece o ganho
do jogador em cada partida:
109 CEDERJ
MATEMTICA Aula 24 Variavel aleatoria e Valor esperado
DISCRETA
Exemplo 66
Numa loteria, o jogador paga 1 real para marcar cinco algarismos quaisquer
numa cartela. O jogo paga 1.000 reais para o jogador que acerta os cinco
algarismos. Vamos encontrar o valor esperado de ganho para o jogador nesse
jogo.
1 99.999
(999) + (1) = 0, 99 reais
100.000 100.000
Resumo
Vimos que, dado um experimento aleatorio de espaco amostral ,
CEDERJ 110
Aula 24 Variavel aleatoria e Valor esperado
MODULO 2 - AULA 24
Exerccios
1. Uma urna contem 3 bolas brancas e 2 bolas azuis. Duas bolas sao
retiradas dessa urna, uma apos a outra, sem reposicao, e suas cores
sao anotadas. Seja a variavel aleatoria que associa a cada resultado
desse experimento o numero de bolas brancas observadas. Determine
a distribuicao de probabilidade dessa variavel.
unidades de aparelhos 0 1 2 3 4
probabilidade de venda 0,10 0,35 0,30 0,20 0,05
Auto-avaliacao
E importante que voce compreenda claramente cada uma das funcoes
denidas nesta aula: a variavel aleatoria e a distribuicao de probabilidade
dessa variavel. A partir desses conceitos foi possvel denir o valor esperado
da variavel. Esse valor fornece uma media dos valores que a variavel pode
assumir. Se voce sentir diculdade para resolver os exerccios propostos,
releia as denicoes e os exemplos resolvidos, com atencao. Se as duvidas
persistirem, solicite a ajuda do tutor da disciplina.
111 CEDERJ
Aula 25 Distribuicao binomial
MODULO 2 - AULA 25
Objetivos
Estudar a distribuicao de probabilidades de experimentos com apenas
dois tipos de resultados, realizados uma certa quantidade de vezes. Pre-requisitos: aulas 14 a 24.
Introducao
Vamos considerar experimentos aleatorios que apresentam dois resulta-
dos possveis aos quais denominaremos sucesso e fracasso.
Por exemplo:
3. Experimento: retirar uma bola de uma urna que contem 10 bolas, sendo
7 bolas brancas e 3 bolas nao-brancas, e observar se e branca ou nao.
sucesso: branca
fracasso: nao-branca
1
1. p = q = 2
2 4
2. p = 6
e q= 6
7 3
3. p = 10
e q= 10
113 CEDERJ
MATEMTICA Aula 25 Distribuicao binomial
DISCRETA
Vamos denir a variavel aleatoria
X P
0 p0
1 p1
2 p2
. .
. .
. .
n pn
SSS...S
F F
F...F
k vezes (nk) vezes
(ppp...p). (qqq...q)
k vezes (nk) vezes
ou seja, e pk .q nk .
CEDERJ 114
Aula 25 Distribuicao binomial
MODULO 2 - AULA 25
n
Conclusao: Como sao tentativas, temos:
k
n
p(k) = P (X = k) = pk q nk
k
n
A expressao pk q nk fornece o termo geral do desenvolvimento
k
do binomio (p+q)n . Por isso, essa distribuicao de probabilidade e denominada
distribuicao binomial.
Vamos retomar os experimentos do exemplo anterior:
Exemplo 67
Qual a probabilidade de, em cinco lancamentos de uma moeda equilibrada,
serem observadas exatamente tres caras?
Solucao:
Sendo X o numero de caras nos 5 lancamentos.
Em cada lancamento:
sucesso: cara p = 1/2
fracasso: coroa q = 1/2
Probabilidade pedida:
n
P (X = k) = pk q nk
k
5
P (X = k) = ( 12 )3 ( 12 )53
3
5! 1 1 10
P (X = 3) = . .
3!2! 23 22
= 32
Exemplo 68
Qual a probabilidade de, em dez lancamentos de um dado honesto serem
obtidos 5 ou 6 pontos em exatamente quatro das dez tentativas?
115 CEDERJ
MATEMTICA Aula 25 Distribuicao binomial
DISCRETA
Solucao:
Denimos a variavel aleatoria X = numero de vezes em que sao obser-
vadas as faces 5 ou 6, nos dez lancamentos. Queremos calcular P (X = 4).
Temos:
n = 10; k = 4; p = 26 ; q= 4
6
Entao
5
104
5
6
10 2 4 10! 2 4 40
P (X = 4) = = . =
4 6 6 4!6! 6 6 243
Exemplo 69
Uma urna contem dez bolas das quais sete, e apenas sete, sao brancas. Cinco
bolas sao retiradas, uma a uma, com reposicao. Qual a probabilidade de
serem retiradas exatamente tres bolas brancas?
Solucao:
Denimos a variavel aleatoria X= numero de bolas brancas nas 5 reti-
radas. Queremos calcular P (X = 3). Temos:
7 3
n = 5; k = 3; p = 10
; q= 10
Entao
3
53
3
2
5 7 3 5! 7 3 3087
P (X = 3) = = = = 0, 3087
3 10 10 3!2! 10 10 10.000
Exemplo 70
No lancamento de quatro moedas, de a distribuicao de probabilidade da
variavel aleatoria numero de caras.
Solucao:
Em cada moeda:
1
sucesso: cara p= 2
1
fracasso: coroa q= 2
CEDERJ 116
Aula 25 Distribuicao binomial
MODULO 2 - AULA 25
X (interpretacao) P
0 (nenhuma cara e 4 coroas) C4,0 .( 12 )0 .( 12 )4 = 1/16
1 (1 cara e 3 coroas) C4,1 .( 12 )1 .( 12 )3 = 6/16
2 (2 caras e 2 coroas) C4,2 .( 12 )2 .( 12 )2 = 6/16
3 (3 caras e 1 coroa) C4,3 .( 12 )3 .( 12 )1 = 4/16
4 (4 caras e nenhuma coroa) C4,4 .( 12 )4 .( 12 )0 = 1/16
Exemplo 71
Numa prova de 10 questoes objetivas, a probabilidade de que um aluno acer-
te uma pergunta qualquer, no chute, e 15 . Para ser aprovado, ele tem
que acertar pelo menos 6 questoes. Qual a probabilidade deste aluno ser
aprovado, apenas chutando as respostas?
Solucao:
Interpretemos o problema:
em cada tentativa:
- sucesso: acertar no chute; p = 1/5
- fracasso: errar ao chutar; q = 4/5
117 CEDERJ
MATEMTICA Aula 25 Distribuicao binomial
DISCRETA
Resumo
Na aula 17 vimos a distribuicao de probabilidade uniforme, denida
num espaco amostral equiprovavel. Nesta aula, vimos uma outra distribuicao
de probabilidade: a distribuicao binomial. Vamos listar suas caractersticas:
A probabilidade de ocorrerem
exatamente k sucessos nas n tentativas,
n
P (X = k), e dada por pk q nk .
k
Exerccios
1. Uma pesquisa indicou que, numa cidade, 75% dos automoveis tem se-
guro. Se 6 automoveis sofrerem um acidente, qual a probabilidade de
exatamente 2 deles terem seguro?
CEDERJ 118
Aula 25 Distribuicao binomial
MODULO 2 - AULA 25
5. 60% das pessoas de uma populacao tem olhos castanhos. Cinco pessoas
sao escolhidas ao acaso (pode-se supor sorteio com reposicao). Qual o
numero esperado de pessoas com olhos castanhos nas 5 selecionadas?
(Sugestao: Faca X = numero de pessoas com olhos castanhos nas 5
escolhidas. Forme a distribuicao de probabilidade de X, depois calcule
E(X). Comprove que E(X) = 60% de 5.)
Auto-avaliacao
Voce deve identicar claramente as condicoes nas quais podemos denir
uma distribuicao binomial. Para resolver os exerccios, podemos usar as
propriedades validas para as probabilidades, vistas na aula 17. Se voce sentir
diculdades, solicite ajuda do tutor da disciplina.
A distribuicao binomial.
119 CEDERJ
Para saber mais deste assunto ou entender melhor algum conceito visto,
indicamos uma bibliograa basica:
1. Mendenhal, W. Probabilidade e Estatstica. Rio de Janeiro: Ed. Campus,
vol.1, 1985.
2. Meyer, P.L. Probabilidade - Aplicacoes a Estatstica. Rio de Janeiro: Ao
Livro Tecnico, 1974.
3. Morgado, A.C.O. e outros. Analise Combinatoria e Probabilidade. Rio de
Janeiro: SBM - Colecao do Professor de Matematica, 1981.
4. Toledo, G.L. e Ovalle, I.I. Estatstica Basica. Sao Paulo: Ed. Atlas S.A.,
1978.
Solucoes de exerccios selecionados
Aula 14
Exerccio 1.
(a) Aleatorio (b) Determinstico (c) Aleatorio (d) Aleatorio
(e) Aleatorio (f) Aleatorio (g) Determinstico (h) Determinstico
(i) Aleatorio (j) Aleatorio
Aula 15
Exerccio 1.
121 CEDERJ
MATEMTICA Solucoes de exerccios selecionados
DISCRETA
Exerccio 2.
a) = {branca, preta}; # = 2
b) = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (1, 5), (1, 6)
(2, 1), (2, 2), (2, 3), (2, 4), (2, 5), (2, 6)
(3, 1), (3, 2), (3, 3), (3, 4), (3, 5), (3, 6)
; # = 6 6 = 36
(4, 1), (4, 2), (4, 3), (4, 4), (4, 5), (4, 6)
(5, 1), (5, 2), (5, 3), (5, 4), (5, 5), (5, 6)
(6, 1), (6, 2), (6, 3), (6, 4), (6, 5), (6, 6)}
c) = {0, 1, 2, 3}; # = 4
d) = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 12, 15, 16, 18, 20, 24, 25, 30, 36}; # = 18
e) = {4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}; # = 7
f) = {(h, h, h), (h, h, m, ), (h, m, h), (h, m, m), (m, h, h), (m, h, m), (m, m, h),
(m, m, m)}; # = 2 2 2 = 8
g) = {(A, B), (A, C), (A, D), (A, E), (B, A), (B, C), (B, D), (B, E)
(C, A), (C, B), (C, D), (C, E), (D, A), (C, B), (D, C), (D, E)
(E, A), (E, B), (E, C), (E, D)}
# = 5 4 = 20
Exerccio 3.
a) 6 6 = 36
b) 11 (as somas possveis sao os inteiros de 2 a 12)
c) 4 2 = 8 (4 tipos e, para cada tipo, duas possibilidades de Rh)
d) 2 2 2 = 8
Exerccio 5.
CEDERJ 122
Solucoes de exerccios selecionados
Exerccio 6.
Total de lancamentos do dado: 142 + 175 + 190 + 173 + 162 + 158 = 1000.
face numero de ocorrencias frequencia relativa
1 142 142/1000=0,142
2 175 175/1000=0,175
3 190 190/1000=0,190
4 173 173/1000=0,173
5 162 162/1000=0,162
6 158 158/1000=0,158
Exerccio 7.
Total de ocorrencias: 172 + 181 + 147 = 500.
face numero de ocorrencias frequencia relativa
1 172 172/500=0,344
2 181 181/500=0,362
3 147 147/500=0,294
Aula 16
Exerccio 1.
1. = {(K, K, K), (K, K, C), (K, C, K), (K, C, C), (C, K, K), (C, K, C),
(C, C, K), (C, C, C)}
A = {(K, K, K)}; #A = 1
B = {(K, K, K), (K, K, C), (K, C, K), (C, K, K)}; #B = 4
C = {(C, C, C)} #C = 7
D=
E = {(C, C, C)}; #C = 1
2. # = 36
A = {(2, 2), (2, 4), (2, 6), (4, 2), (4, 4), (4, 6), (6, 2), (6, 4), (6, 6)}; #A = 9
B = {(4, 6), (5, 5), (6, 4)}; #B = 3
C = {(2, 2), (2, 3), (2, 5), (3, 2), (3, 3), (3, 5), (5, 2), (5, 3), (5, 5)} #C = 9
D = {(1, 1), (2, 2), (3, 3), (4, 4), (5, 5), (6, 6)}; #D = 6
E = {(6, 6)}; #E = 1
123 CEDERJ
MATEMTICA Solucoes de exerccios selecionados
DISCRETA
3. = 52
A = {as de paus, as de ourosas de copasas de espadas}; #A = 4
B = {cartas pretas}; #B = 26
C = {cartas de paus}; #C = 13
D = {rei de ouros, rei de copas}; $D = 2
E = {valete de ouros, rei de espadas}; #E = 2
Exerccio 2.
(a) Eventos: , {a}, {b}, {c}, {a, b}, {a, c}, {b, c}, {a, b, c}.
(b) Se ocorrer o resultado {a} ocorrem os 4 seguintes eventos:
{a}, {a, b}, {a, c}, {a, b, c}.
Exerccio 4.
a) Ocorrer A ou ocorrer B: A B
b) Ocorrerem A e B: A B
c) Ocorrer A mas nao ocorrer B: A B
d) Nao ocorrer C: C
e) Nao ocorrer nenhum dos eventos A, B e C: A B C ou A B C
f) Ocorrer A mas nao ocorrer B nem C: A (B C) ou A (B C).
CEDERJ 124
Solucoes de exerccios selecionados
Exerccio 5.
1a. etapa semi-nal nal
j1 j3 j1 j5
j1 j7
j1 j2 j1 j8
j1 j4 j1 j6
j2 j3 j3 j5
j3 j7
j3 j4 j3 j8
j2 j4 j3 j6
j5 j7 j4 j5
j4 j7
j5 j6 j4 j8
j5 j8 j4 j6
j6 j7 j2 j5
j2 j7
j7 j8 j2 j8
j6 j8 j2 j6
Exerccio 6.
Total de ocorrencias: 850 + 1200 + 1350 + 980 + 620 = 5.000
Frequencia relativa de cada evento simples:
Entao:
125 CEDERJ
MATEMTICA Solucoes de exerccios selecionados
DISCRETA
Como A B = {e1 , e2 , e4 , e5 }, a frequencia relativa do evento A B e
igual a soma das frequencias relativas dos eventos simples que o constituem.
Assim, o valor pedido e 0, 170 + 0, 240 + 0, 196 + 0, 124 = 0, 73.
De modo analogo, temos A B = {e1 , e4 } e a frequencia relativa do
evento A B e 0, 170 + 0, 196 = 0, 366.
A frequencia relativa do evento complementar A e igual a 1 menos a
frequencia relativa do evento A. Esta frequencia e igual a 0, 170 + 0, 240 +
0, 196 = 0, 606. Logo, a frequencia relativa de A e 1 0, 606 = 0, 394.
Exerccio 7.
Construindo a arvore de possibilidades da pagina seguinte, obtemos:
(a) Resposta na propria arvore.
(b)
A = {(a, b, c, d), ((a, b, d, c), (a, c, b, d), (a, c, d, b), (a, d, b, c), (a, d, c, b)}
B = {(a, b, c, d), (a, d, c, b), (b, a, c, d), (b, d, c, a), (d, a, c, b), (d, b, c, a)}
Logo,
A B = {(a, b, c, d), (a, d, b, c)}
A B = {(a, b, c, d), (a, b, d, c), (a, c, b, d), (a, c, d, b), (a, d, b, c), (a, d, c, b),
(b, a, c, d), (b, d, c, a), (d, a, c, b), (d, b, c, a)}
CEDERJ 126
Solucoes de exerccios selecionados
1a. posicao 2a. posicao 3a. posicao 4a. posicao elementos de (item (a))
c d (a,b,c,d)
b
d c (a,b,d,c)
b d (a,c,b,d)
a c
d b (a,c,d,b)
b c (a,d,b,c)
d
c b (a,d,c,b)
c d (b,a,c,d)
a
d c (b,a,d,c)
a d (b,c,a,d)
b c
d a (b,c,d,a)
a c (b,d,a,c)
d
c a (b,d,c,a)
b d (c,a,b,d)
a
d b (c,a,d,b)
a d (c,b,a,d)
c b
d a (c,b,d,a)
a b (c,d,a,b)
d
b a (c,d,b,a)
b c (d,a,b,c)
a
c b (d,a,c,b)
a c (d,b,a,c)
d b
c a (d,b,c,a)
a b (d,c,a,b)
c
b a (d,c,b,a)
127 CEDERJ
MATEMTICA Solucoes de exerccios selecionados
DISCRETA
Aula17
evento probabilidade
1 60/300 = 0,2000
2 50/300 = 0,1667
3 75/300 = 0,2500
4 60/300 = 0,2000
5 30/300 = 0,1000
6 25/300 = 0,0833
{(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (1, 5), (1, 6), (2, 1), (2, 2), (2, 3), (2, 4), (2, 5), (2, 6),
(3, 1), (3, 2), (3, 3), (3, 4), (3, 5), (3, 6), (4, 1), (4, 2), (4, 3), (4, 4), (4, 5), (4, 6),
(5, 1), (5, 2), (5, 3), (5, 4), (5, 5), (5, 6), (6, 1), (6, 2), (6, 3), (6, 4), (6, 5), (6, 6)}
# = 36.
(a) A = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (2, 1), (2, 2), (3, 1)}
#A = 6 e P (A) = #A #
= 366
= 1/6
(b) B = {(1, 6), (2, 6), (3, 6), (4, 6), (5, 6), (6, 6), (6, 1), (6, 2), (6, 3), (6, 4), (6, 5)}
#B = 11 e P (B) = #B #
= 1136
Exerccio 4.
(a) P (A) = 1/15 + 4/15 + 3/15 = 8/15
(b) P (B) = 1/15 + 2/15 = 3/15 = 1/5
(c) P (C) = 5/15 + 3/15 = 8/15
(d) P (D) = 1
CEDERJ 128
Solucoes de exerccios selecionados
Aula 18
Exerccio 1.
a) 2 2 2 2 = 24 = 16
b) 6 6 6 = 63 = 216
c) 25 = 32
d) 6 6 6 2 = 432
e) 6 6 2 2 = 144
f) 52 51 = 2.652
g) 52 51 50 = 132.600
h) 525
129 CEDERJ
MATEMTICA Solucoes de exerccios selecionados
DISCRETA
(c) Neste caso, podemos ter: 1 pessoa com sangue tipo A e 2 nao; 2 pessoas
com sangue tipo A e 1 nao e as 3 com sangue tipo A. Fica mais simples calcu-
lar a probabilidade do evento complementar, pois o unico caso nao desejado
e as 3 pessoas nao terem o sangue tipo A. Veja que esse evento e impossvel,
pois so ha 2 pessoas com essa caracterstica. Logo, o evento dado e evento
certo e sua probabilidade e 1.
CEDERJ 130
Solucoes de exerccios selecionados
C6,0 + C6,1 = 1 + 6 = 7 .
Aula 19
131 CEDERJ
MATEMTICA Solucoes de exerccios selecionados
DISCRETA
Como existem 10 multiplos de 10 no conjunto dado (10, 20, 30, 40, 50,
10 1
60, 70, 80, 90 e 100), essa probabilidade e 100 = 10 . Entao a probabilidade
pedida e 1 10 = 0, 9.
1
Aula 20
Exerccio 1.
(a) A B = {3, 5, 6, 7, 8, 9, 10} {2, 4, 5, 6} = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}
(b) A B = {3, 5, 6, 7, 8, 9, 10} {2, 4, 5, 6} = {5, 6}
(c) A (B C) = {1, 2, 4} { } = {1, 2, 4} = {1, 2, 4} = A
Exerccio 2.
(a) P (A) = 1 P (A) = 1 12 = 12
(b) P (A B) = P (A) + P (B) P (A B) = 1/2 + 1/3 1/6 = 2/3.
CEDERJ 132
Solucoes de exerccios selecionados
Exerccio 3.
(a) Os eventos descritos sao complementares. Logo, a soma das suas proba-
bilidades teria que ser 1 (e nao 0,95).
1 5
(b) Se ela participa de 5 partidas, sua chance de ganhar e 10 .
(c) Os eventos descritos nao sao, necessariamente, complementares. E possvel
que o preco se mantenha.
(d) Como no item (b), a probabilidade e 16 16 = 36 1
.
(e) A chance de um aluno escolhido ao acaso pertencer a uma determinada
turma nao e, necessariamente, igual para todas as turmas: ela depende das
quantidades de alunos em cada turma.
(a) P (A B) = P (A B) = 1 P (A B) = 1 c.
(b) P (A B) = P (A) + P (A B) P (A B) = P (A B) P (A) =
P (A) + P (B) P (A B) P (A) = p(B) P (A B) = b c.
(c) Neste item usamos o resultado do item (b).
P (A B) = P (A) + P (B) P (A B) = (1 a) + b (b c) = 1 a c.
(d) P (AB) = P (A B) = 1 P (AB) = 1 [P (A) + P (B) P (AB)] =
1 (a + b c) = 1 a b + c.
Exerccio 5.
(a) Podemos escrever B = A (B A), onde os conjuntos A e (B A) sao
disjuntos. Logo, P (B) = P (A) + P (B A) P (A) = P (B) P (B A).
(b) Do item (a), temos que P (A) = P (B) P (B A). Como (P (B A)
0, P (B) P (B A) P (B). Logo, P (A) P (B).
133 CEDERJ
MATEMTICA Solucoes de exerccios selecionados
DISCRETA
conjuntos (C A) e A. Podemos, entao, escrever:
P (A B C) = P (A (A C)) + P (A C) + P (C (C A)) + P (B) =
1 1 1
1 1 1
4
8 + 8 + 4 8 + 4 = 18 + 18 + 14 + 18 = 58 .
Exerccio 7.
(a) P (A) = 1 P (A) = 1 1/5 = 4/5
(b) P (A B) = P (A) + P (B) P (A B) = 1/5 + 1/5 1/10 = 3/10
Exerccio 10.
(a) P (A B) = P (A) + P (B) P (A B) = 0, 30 + 0, 90 0, 20 = 1, 00.
(b) Nao, pois a probabilidade de ambos ocorrerem, simultaneamente, nao e
nula (P (A B) = 0, 20).
CEDERJ 134
Solucoes de exerccios selecionados
Aula 21
1/36
Logo, P (B|A) = 6/36
= 1/6.
135 CEDERJ
MATEMTICA Solucoes de exerccios selecionados
DISCRETA
(b) P (e) = 12/30
(c) P (m e) = 4/30
(d) P (h|t) = PP(ht)
(t)
= 6/30
18/30
= 6/18 = 1/3
P (em) 4/30
(e) P (e|m) = P (m)
= 16/30 = 1/4.
Aula 22
Exerccio 1.
(a) P (A B) = P (A).P (B) = pq (pois os eventos A e B sao independentes).
(b) P (A B) = P (A) + P (B) P (A B) = p + q pq.
CEDERJ 136
Solucoes de exerccios selecionados
Exerccio 3.
(a) Temos:
P (1) = x; P (2) = 2x; P (3) = 3x; P (4) = 4x; P (5) = 5x; P (6) = 6x. Pela
denicao de probabilidade, P (1) + P (2) + P (3) + P (4) + P (5) + P (6) = 1
21x = 1 x = 1/21.
Entao:
P (1) = 1/21; P (2) = 2/21; P (3) = 3/21; P (4) = 4/21; P (5) = 5/21; P (6) =
6/21.
(b) P (A) = P {1, 3, 5} = P (1) + P (3) + P (5) = 1/21 + 3/21 + 5/21 = 9/21.
(c) Seja o evento B = {3}. Queremos P (B|A). Temos B A = {3}. Entao
P (B|A) = P P(BA)
(A)
= 3/21
9/21
= 3/9.
(d)Sejam os eventos:
C = {4, 5, 6} e D = {2, 4, 6}. Queremos P (D|C). Temos D C = {4, 6} e
entao
P (D|C) = P P(DC)
(C)
= 10/21
15/21
= 10/15.
137 CEDERJ
MATEMTICA Solucoes de exerccios selecionados
DISCRETA
Como P (A C) = P (A).P (C), os eventos A e C sao independentes.
Como P (B C) = P (B).P (C), os eventos B e C NAO sao independentes.
Exerccio 7. Temos:
P (A) = 4/7; P (A) = 1 4/7 = 3/7
P (A B) = P {e1 , e3 , e4 , e5 , e6 , e7 } = 6/7; P (A B) = P {e3 , e5 , e7 } = 3/7
P (B|A) = P P(BA)
(A)
= 3/7
4/7
= 3/4
Como A B = , os eventos A e B nao sao mutuamente exclusivos.
Temos P (A B) = 3/7 e P (A).P (B) = 4/7.5/7 = 20/49. Entao os eventos
A e B nao sao independentes.
Aula 23
B (0,8)
B (0,2)
P (B C)
= 0, 72/0, 78 = 0, 92 = 92 .
P (C)
P (B C) P (B).P (C|B) 0, 8 0, 9
= = = 92 .
P (C) P (C) 0, 78
P (BC) P (B).P (C|B) 0,80,1
c) P (B|C) = P (C)
= P (C)
= 0,22
= 0, 36 = 46%.
Exerccio 2.
Paulo (P) ser de raca (R)
evento
Roberto (P ) nao ser de (R)
(probabilidade) (probabilidade) (probabilidade)
R (0,2) R P (0, 2 0, 75)
P (0,75)
P (0,25)
139 CEDERJ
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DISCRETA
Exerccio 3.
portador da doenca (D)
resultado positivo (+)
saudavel(S)
resultado negativo (-)
outra doenca (O)
(probabilidade) (probabilidade)
(+) (0,97)
D (0,01)
( -) (0,03)
(+) (0,05)
S (0,96)
( -) (0,95)
(+) (0,10)
O (0,03)
( -) (0,90)
Queremos
(+) (0,97)
B (0,95)
( -) (0,03)
(+) (0,00)
B (0,05)
( -) (1,00)
CEDERJ 140
Solucoes de exerccios selecionados
(C) (4/5)
R (1/2)
(C) (1/5)
(C) (2/5)
M (1/2)
(C) (3/5)
Aula 24
141 CEDERJ
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DISCRETA
Exerccio 2. Denimos a variavel aleatoria X: valor ganho em cada partida.
Vamos supor o dado equilibrado. Entao:
face observada ganho (X) probabilidade (P ) produto (XP )
1,2,3 -1 3/6 - 3/6
4 1-1=0 1/6 0
5 2-1=1 1/6 1/6
6 3-1=2 1/6 2/6
Entao o valor esperado e E(X) = 3/6 + 1/6 + 2/6 = 0.
Aula 25
Exerccio 1. Denimos:
Sucesso: ter seguro; p = 75/100 = 3/4.
Exerccio 2. Denimos
Sucesso: coroa; p = 1/2.
Exerccio 3. Denimos
CEDERJ 142
Solucoes de exerccios selecionados
Exerccio 4. Denimos
Sucesso: um homem de 50 anos viver mais 20; p = 0, 6.
Queremos P (X 4).
n
Sabemos que P (X = k) = pk q nk . Entao
k
P (X 4) = P (X = 4) + P (X = 5) + P (X = 6) + P (X = 7) + P (X = 8) =
8 4 4 8 5 3 8
= (6/10) (4/10) + (6/10) (4/10) + (6/10)6 (4/10)2 +
4 5 6
8 7 1 8
(6/10) (4/10) + (6/10)8 (4/10)0 =
7 8
64 .44 65 .43 66 .42 67 .4 68
= 70. 8 + 56. 8 + 28. 8 + 8. 8 + 1. 8 = 0, 826
10 10 10 10 10
Exerccio 5.
Sucesso: olhos castanhos; p = 60% = 3/5.
143 CEDERJ
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DISCRETA
X Probabilidade (P ) Produto (XP )
5
3 0
2 5 32
0 5 5
= 3.125 0
0
5
3 1
2 4 240 240
1 5 5
= 3.125 3.125
1
5
3 2
2 3 720 1.440
2 5 5
= 3.125 3.125
2
5
3 3
2 2 1.080 3.240
3 5 5
= 3.125 3.125
3
5
3 4
2 1 810 3.240
4 5 5
= 3.125 3.125
4
5
3 5
2 0 243 1215
5 5 5
= 3.125 3.125
5
CEDERJ 144
I SBN 85 - 88731 - 06 - 1
cdigo
de barras
9 788588 731066