A Transferencia
A Transferencia
A Transferencia
AABORDAGEM FREUDIANA
INTRODUO
o PROCESSO PSICANALTICO
(3)AIOO.qu~ni()oImejad()""plioi"ur,,"'tepelctn.bun=to,"'pttr.... qu.-havend()""tomad()
indep"ndmt! opo rompletodo o trotamento, <lO pacientos, mooiantQ""U prprio julgamen-
to. docidia m p"" algum. p""i\~o int.,medi'ria enln! viver um.o vida Iiv,e e uma vida de
absoluto ..ccti. mo (Id. Tbi,d, p.5<l7). Soja qual for a _olha, o onali.t. connrvar' oua
",_i~nci.lronquit.
estdio do que pr-consciente ou consciente, ao passo que o outro foi mantido
reprimido no estdio inconsciente. Por esse motivo, o conflito no pode ser condu-
zido a um desfechoU (1916-19170, p.505-5(6).
O paciente 56 pode se decidir verdadeiramente quando as foras antagl-
(aS que compem o conflito se encontrarem em condies de igualdade para que,
assim.. possam travar sua luta em um mesmo terreno. PlU'a Freud, ar reside a nica
tarefa que o tratamentoanallticopode realizar. Ocarninho consiste na "traduo
daquilo que inconsciente para oque consciente U(1916-19170, p.507). Este tra-
balho operaria uma retirada progressiva das brmr:iras (resistncias) que mantm as
represses, e que obstaculizamoocesso 005 conted06 reprimidos. medida que
se 5uspendl!lll oS represses, removem-se as pr-condies para o fonnoo dO!l
sintomas; desse modo, oconflitopatognioo setransfonnaem "confIitononnal",e
para este pode serfma1mente encontrado algum tipo de soluo.
A modificao psfquica fundsmental que o tratamentoelicin , poroonse-
guinte, proporcionar condies para que as foras psiquic~s pO!lsam, ento, con-
frontar-se diretamente e travar sua luta em um territrio idntico: o consciente.
Tomar consciente algo que, at ento, se encontrava inconsciente, remover repres-
ses e desfazer as barreiras psiquicas que impedem o ac:es.so ao material caHtivo,
preencher lacunas de memria de modo a facultar a tarefa de rememorao, todas
estas expresses podem ser usadas oom um mesmo sentido: marcar a especificidade
do trabalho de anlise. Elas descrevem o trabalho de liberao das ligaes anteri-
ormente interrompidas (por influncia dos processos repressivos) entre tendnci-
as contraditrias da mente que, de outro modo, no teriam como se enfrentar vis-Q-
vis. E provavelmente tendo como plano-de-fundo esta ooncepo que Freud tanto
insiste naquele ponto de que a anlise no acrescenta nada ao neurtico, mas
apenas o libera, isto , permite ao individuo realizar a plenitude de suas
potencialidades: "O neurtico realmente curado tomou-se outro homem,. embora,
no fundo, naturalmente permanea o mesmo; ou seja, tomou-se o que se teria torna-
do, na melhor das hipteses, sob as condies mais favor.veis. Isso, porm, j
muita coisa." (1916-1917a, p.5(8)
Oque Freud designa como "oonflito normal" ou '1uta mmnlll" concerne ii.
colocao, em um mesmo patamar psfquico, das foras que procuram manter a
anticatexia (ou seja, aquelas disposies antigas que, no passado, efetuaram a
represso) e as foras psquicas prontas a abandonarem a anticatexia (tendnci'
as surgidas recentemente, em funo inclusive do trabalho de anI.i.!e). O conflito
antigo, que levou ii. represso, desse modo revivido no processo analitico, e o
tipo de soluo que fora empregado l poca pode, ento, ser finalmente revisto e
at mesmo modificado. Sfl a deciso tomada anterionnente conduziu l doena,
cria-se a oportunidade de que, wna vezadotadoum caminho diferente, elfl poi'lsa
levar o indivduo ii. recuperao. Para tanto, contribui o fato de que se alteraram
significativamente 11.'1 drclUlStncias que imperavam a. pocaemque se efetuou a
re~uooriginal do conflito. Oegofrgil e imaturo, frente a. ameaa representa-
da pelas exigncias libidinais, pode mesmo no ter encontrado uma iMl1'da mai.!
vantajosa do que aquela que a represso oferecia. Mas, atualmente, tendo se
tomado mais forteecontando com a figura do analista como aliado, o ego pode
conduzir o conflito (ento revivido) na direode um resultado mais satisfatrio
do que aquele auferido no pa.~sado, que redundou em represso. Assim, se dese-
jamos propiciar condies favorveis paTa a obteno de um resultado diferente
para o conflito, temos que contar inclusive com o auxlio do lapso de tempo
transcorrido entre a emergt'!ncia das represses e a poca presente.
Percebe-se, tambm, que a preocupao que norteia o procedimento ana-
Utico no , primariamente, remover os sintomas, mas atacar suas causas. E a
origem das neuroses est nas disposies pulsionais, na ~ua intensidade relati-
va na constituio psquica do indivrduo e nos desvios que elas acabam tendo
que tomar no curso do desenvolvimento.
A prindpio, Freud pensava quea tarefa de substituio do que incons-
ciente pt'1o que se toma coIl.'lCiente resumia-se em descobrir (no sentido de desve-
lar, remover aquilo que encobre) n material incon~dente, e comunic-lo direla-
menleaopaciente. Todavia, logo perceberia que este mtodo induziria o analista
a inoorre. em um erro primrio, wna vez que
" ... ap6s ~II~O lapso d~ tempo, Illio podemos deixar d~ constatar qLl~
1!SSe:s pad~les st' comportam dewLlmeim muito pIlliarcom rtblo a n6s.
AcreditAvamos, paTa diteravtrdad~, qu~ mwfamO$ COlOCAdo em lermos
radonais, completamntte, a Sitllll40 aistmt~mtr~lls eO$ paci~Il'S, d~
modo quee:sta plld~sertrislllllizJl(Ja dl!imediato romosefoTllumasoma
IlrilmliCQ; tl40 obstllnte, a dl'Speito detlldoiS$(),algoparece illjiltrar-se
furtivo.meHle,algoqu~ l14ofCJill'V<ldo_col1ta_IIO$&l$OI!UI.Es&II1Ol1i
dadeil1esperadaaSSllmemuitasjormas( .. JConstalamos,pois,qu~ opad
mte,quedeverian4odesejarOIi/Tacois4sen4oencol1tracumasafdapara
seuspenososcoI1Jlitos,dl'Sl!l1l7Olvetspecialil1t!!'T~peJapt'SSOlldomdi
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