Caderno de Direito Civil CPI A
Caderno de Direito Civil CPI A
Caderno de Direito Civil CPI A
Indicao bibliogrfica
Manual de civil do Tartuce + curso completo do Tartuce.
Curso completo do Cristiano chaves
Guilherme Couto - editora mpetos - conceitos principais, apostilado, muito bom, pequeno
Carlos Roberto Gonalves mas com pouca jurisprudncia.
Cdigo civil interpretado a luz da CRFB Gustavo tepedino.
Banca de processo penal garantista, portanto buscar uma bibliografia
Jurisprudncia
STF
Informativo 864
Unio Estvel
Informativo 857
Alimentos
Informativo 853
Autonomia das Entidades Desportivas
Informativo 845
Direitos autorais
Informativo 840
Filiao
Direito Civil 2
Direito Civil
Nasce com a necessidade de adequar o ordenamento jurdico privado, vez que lei posterior no
revoga somente a lei anterior.
B) Segunda fase - fase liberal movimentos sociais de insatisfao - busca pelas garantias
individuais e poder poltico formalmente limitado - constituies liberais (positivao das liberdades e
direitos) - indcio do constitucionalismo moderno (constituio dos EUA e Frana - primeira gerao
de direitos fundamentais - o estado deve se abster e garantir tais direitos). Essa igualdade que foi tanto
almejada foi meramente formal. A partir disto comeou-se a ter uma tirania de um grupo em particular,
mais especificamente da burguesia. Aqui o juiz decide de acordo com a lei. Fase extremamente
positivista.
C) Terceira fase - fase social estado deixa de ser passivo - estado ativo e promocional atuando
nas relaes privadas para o bem estar social - ex.: dirigismo contratual - discriminaes positivas. Traz
os primrdios do positivismo jurdico. O estado pode agir de acordo com a lei e o cidado pode fazer
tudo que no seja vedado em lei - o princpio da segurana jurdica. Aqui buscou-se uma igualdade
material, buscava-se direitos sociais, de segunda gerao. Tratar as pessoas iguais de forma igual e os
desiguais de forma desigual, princpio de Rui Barbosa. Ficou conhecida por seu sucesso a constituio
alem que positivou um estado ativo. No contexto brasileiro um exemplo claro o ECA e o CDC. No
Brasil na dcada de 1930 tivemos a CLT, a primeira lei do inquilinato, o cdigo de menores, a lei da
terra, estatuo do ndio tambm, com intuito de espalhar a igualdade material; a constituio de 1946
como um todo. Aqui tambm o juiz vai decidir com base nas legislaes sociais. Fase extremamente
positivista.
O estado no pode ser um estado abstencionistas, deve ser ativo, promocional, buscando garantir
direitos, direitos sociais (a sade, direito ao trabalho), precisam ser estimulados pelo estado e
principalmente uma igualdade material.
Assumimos aqui a igualdade aristotlica de forma que deve-se tratar os iguais de forma igual e
os desiguais de forma desiguais igualdade material. No podemos dizer que o fornecedor de produtos
e servios est no mesmo patamar do consumidor. No se trata o idoso ou as crianas como se
estivessem na fase madura.
O estado comea a fazer aes afirmativas que visam garantir uma igualdade material por meio
de uma ao estatal.
Vai desigualar formalmente, para igualar materialmente. O CDC parcial, visando proteger o
consumidor. Assim como a CLT o faz com o trabalhador. Pode uma lei ser desproporcional para que
desiguale formalmente com intuito de igualar materialmente.
Aurelio afirma que o papel aceita tudo. Podem haver atos extremamente desumanos que so
legais, a exemplo disto ocorreu a segunda guerra mundial.
Em 1917, quando o CC de 1916 entrou em vigor, tnhamos leis esparsas que contemplavam
interesses diferentes.
Nesse momento nasce a crise do direito civil que decorre da era dos estatutos com vrias leis
esparsas, pois o Cdigo Civil que devia ser o centro do ordenamento jurdico perde sua importncia.
Direito Civil 3
Perdeu um pouco da sua identidade a partir do momento em que perdeu o seu protagonismo no meio
jurdico.
III da CRFB. Significa, segundo Kirste: o direito ao reconhecimento como uma pessoa
de direito.
2. Solidariedade Social tambm um dos objetivos da Repblica, conforme art. 3, I da
CRFB. Absorve o objetivo social da erradicao da pobreza.
3. Isonomia ou Igualdade presente no caput do art. 5 da CRFB. Segundo Aristteles e
Ruy Barbosa: A lei deve tratar de maneira igual os iguais e de maneira desigual os
desiguais.
Exemplo no caso concreto: A lei 8.009 de 1990 que dispe sobre a impenhorabilidade do bem de
famlia no seu art. 1 1 previa que o imvel residencial prprio do casal ou da entidade familiar
impenhorvel.
Percebe-se que aqui o legislador no abarcou os solteiros, vivos e divorciados. Levando isto em
considerao, o STJ editou a Smula 3642 em que passou a prever a proteo do bem de famlia, ou
seja, a impenhorabilidade do nico imvel, a estas outras pessoas, baseando-se para isto no princpio
constitucional da isonomia. Aqui houve uma releitura do Direito Civil a luz da CRFB. importante
salientar que o STJ no estendeu os conceitos de famlia para as pessoas solteiras, etc., o que foi
estendido foi a proteo do bem de famlia para tais pessoas. uma interpretao a luz do direito civil
constitucional. A lei 8.009/90, tem o intuito de proteger o direito social de moradia clusula ptrea.
Usando a isonomia do caput do art. 5 da CRFB. As normas de direito civil no podem afrontar o
dispositivo constitucional, isso no direito civil constitucional, mas apenas uma interpretao a luz do
direito constitucional. Verificando a legalidade ou no. O direito civil constitucional j preconiza que a
norma constitucional. Ele busca uma nova interpretao conforme a CRFB.
Ex.: Art. 5, LIV ningum ser privado de seus bens sem o devido processo legal. Se houver
uma apreenso de veculo sem que haja um procedimento, ser inconstitucional essa norma que o faa.
Exemplos no caso concreto: Casamentos de pessoas do mesmo sexo - o STF no permitiu tal
coisa, permitiu a unio estvel. O CNJ que estendeu uma converso da unio estvel para casamento e
casamento diretamente. H tambm uma ao em curso no STF questionando a competncia do CNJ
para tal. Precisamos reconhecer que aqui houve uma mutao constitucional, com uma alterao do
contexto da norma sem o seu texto. O texto constitucional prev casamento entre homem em mulher,
mas em nenhum momento diz que s dever ocorrer nestes casos.
Direito
Existem vrias acepes da palavra direito.
Ex.: questo previdenciria ao ingressar na carreira de acordo com o regime dela (pblico ou
privado) ser possvel saber quando vai poder se aposentar. Se muda a legislao previdenciria no
decorrer desse tempo, tem de se submeter a nova lei. Vez que no existir direito que s estaria
aperfeioado se cumprisse os requisitos como idade, entre outros. Se j possua todos os requisitos, mas
apenas no tinha feito o requerimento, h sim direito adquirido.
O direito potestativo aquele que atribui ao seu titular o poder em produzir efeitos jurdicos
(criar, modificar ou extinguir) to somente com a sua manifestao de vontade.
Por vezes essa manifestao de vontade tem de ser confirmada em juzo. Ex.: todos os defeitos
do negcio jurdico que geram a anulabilidade do negcio jurdico. Precisa que o juiz declare a
invalidade. Basta Produzir a vontade em juiz o para ser anulado.
Faculdade jurdica
Elemento do direito subjetivo. H faculdade de exerc-lo ou no.
No exige o comportamento de algum, mas somente a faculdade de exercer um direito seu. No
impe a ningum determinado comportamento.
Dever jurdico
Outro lado do direito subjetivo.
Se h possibilidade de exigir de algum um determinado comportamento, essa pessoa tem um
dever jurdico d cumprir o que a lei comina ou da vontade das partes.
Nasce da lei ou da vontade das partes, o dever de cumprir uma prestao.
Direito Civil 6
Direitos fundamentais
Podem ser subjetivos ou potestativos.
OUVIR 49 min
Dever fundamental
Para cada direito fundamental tem-se um dever fundamental. Se temos um direito propriedade,
aleguem tem de respeit-la. Ex.: art. 5, XXII e XXIII da CRFB. O ltimo um dever, o direito da
propriedade deve ser exercido com a observncias disso.
nus jurdicos
um comportamento no obrigatrio. Que se for praticado ou no s vai beneficiar ou prejudicar
o prprio titular.
O eu que tem o dever de provar as excludentes de ilicitude, arcando com sua omisso.
Poder jurdico
Nesse falamos no exerccio de um comportamento para beneficiar terceiro.
No direito subjetivo, beneficia o prprio sujeito.
Aqui um poder-dever. Ex.: poder familiar, implica a criao, cuidados. Tutores e curadores,
cuidar do patrimnio dos incapazes e da prpria pessoa tambm.
LINDB
Direito e Moral impem regras de conduta. A diferena entre eles que o direito tem uma sano
pelo descumprimento dessas regras der conduta, mas s o direito pode impor sano atravs do Estado
pelo descumprimento dessas regras. Logo, a moral mais ampla que o direito, vez que nem toda regra
de conduta em sociedade tem previso de sano pelo direito. Ex.: regras religiosas.
Direito Intertemporal
Vigncia (critrio temporal): o momento em que a lei existe formalmente, desde sua publicao
at sua revogao.
Uma norma pode ser vigente, mas no estar em vigor, no teria capacidade de produzir efeitos.
Art. 1 da LINDB:
Art. 1o Salvo disposio contrria, a lei comea a vigorar em todo o pas quarenta e cinco dias
depois de oficialmente publicada.
Vacatio legis
A contagem do prazo de 45 dias deve incluir o dia de incio e incluir o dia final, pondo em vigor
no dia subsequente de acordo com a Lei Complementar 95/98 no art. 8, 1:
Art. 8 A vigncia da lei ser indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razovel
para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a clusula "entra em vigor na data de sua
publicao" para as leis de pequena repercusso.
1 A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleam perodo de vacncia
far-se- com a incluso da data da publicao e do ltimo dia do prazo, entrando em vigor no dia
subsequente sua consumao integral.
O art. 2.0443 do CC prev que o CC entrar em vigor 1 ano depois aps sua publicao. Isto j
vem contradizendo a Lei Complementar 95/98, posto que esta prev que a contagem do prazo deve ser
feita em dias4.
1 Corrente (STJ) um ano at o mesmo dia correspondente do ano seguinte - Segundo o artigo
132, 35, do prprio CC caindo no dia 11/01/2003 dia em que comea a vigorar. Se cair no dia 29
de fevereiro, conta-se como em vigor no dia til subsequente que seria dia 01 de maro. Ainda que
represente ter mais ou menos de 365 dias de fato.
2 Corrente (Mario Luiz Delgado) 25/02/02 O cdigo teria desrespeitado a L.C. 95/98, que
prev, no seu art. 8 2, que a fixao da vacatio deve ser em dias. Pela idia de que a LC 95/98
hierarquicamente superior no seria aplicado o art. 2.044 do CC, devendo ser aplicado o art. 1 da LICC
diante da ausncia de vacatio expressa seria aplicado o prazo de 45 dias da publicao.
3 Art. 2.044. Este Cdigo entrar em vigor 1 (um) ano aps a sua publicao.
4 Art. 8, 2 da LC 95/98: As leis que estabeleam perodo de vacncia devero utilizar a clusula
esta lei entra em vigor aps decorridos (o nmero de) dias de sua publicao oficial.
5 Art. 132. Salvo disposio legal ou convencional em contrrio, computam-se os prazos, excludo o
3 Corrente (Leoni, Fbio Azevedo) 12/01/13 Aplica-se o prazo de um ano contado na forma
do art. 132 3 do CC, utilizando-se a regra do art. 8 da LC 95/98 1 ano da publicao cairia em
11/01/2003, entrando em vigor no dia subsequente, 12/01/2003.
Dessa forma o art. 8 da LC 95/98 pode ser compatibilizado com o art. 2.044 do CC, posto que,
contando-se 365 a partir do dia 11/01/12, o trmino se d no dia 10/01/13, entrando em vigor o novo
cdigo em 11/01/2003, no dia subsequente.
No direito sucessrio a lei que regula a que estava em vigor no tempo do bito. Podendo ser
atingido pelo Cdigo de 1916. *Copiar alguns prazos importantes aqui*
Repristinao
Conceito: ocorre quando h a retomada de vigncia de uma norma em razo da revogao da lei
revogadora. Uma norma pode perder o seu vigor, mas s perde sua vigncia quando revogada por outra.
Pressupe sempre 3 leis.
um fenmeno eminentemente legislativo.
Em regra, no possvel no Brasil.
Efeito repristinatrio
Ocorre quando h retomada de vigncia de uma norma em razo da declarao de
inconstitucionalidade da lei revogadora (em controle concentrado de constitucionalidade).
Ex.:
O efeito repristinatrio de uma lei a repristinao.
Caso concreto 4
Resposta oficial: OUVIR udio 1:14
6 Art. 6 A Lei em vigor ter efeito imediato e geral, respeitados o ato jurdico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada.
1 Reputa-se ato jurdico perfeito o j consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.
2 Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou algum por ele, possa exercer,
como aqueles cujo comeo do exerccio tenha termo pr-fixo, ou condio pr-estabelecida inaltervel, a
arbtrio de outrem.
3 Chama-se coisa julgada ou caso julgado a deciso judicial de que j no caiba recurso.
7 XXXVI - a lei no prejudicar o direito adquirido, o ato jurdico perfeito e a coisa julgada;
Direito Civil 9
O direito brasileiro aderiu situao subjetivista. Verificar se a lei nova atinge ou no essas
situaes jurdicas consolidadas.
O que acontece aplicar a lei hoje atingindo situaes anteriores. No direito civil no tem isso
de lei mais benfica, pois relao entre particulares. No vai ser mais benfica para um e igualmente
para outro.
Coisa julgada uma deciso jurdica definitiva da qual no cabe mais qualquer recurso. Coisa
julgada proveniente ao trnsito em julgado da ao. Coisa julgada definitiva. imutvel.
Ato jurdico perfeito aquele ato jurdico, comportamento humano voluntrio que cria efeitos
jurdicos. Contudo um ato que j criou seus efeitos que j foi consumado, j aperfeioado
totalmente. Produziu seus efeitos e se extinguiu ou ainda produz alguns de seus efeitos mesmo
extinto.
Direito adquirido aquele que j est incorporado ao patrimnio subjetivo do seu titular. Isto
significa dizer que no uma mera expectativa do direito. O indivduo j titular daquele
direito. Ex.: indivduo quando atinge a idade limite para se aposentar.
Caso concreto 2
Resposta oficial: a lei pode retroagir desde que no macule o ato jurdico perfeito, a coisa julgada
e o direito adquirido. No direito penal ou tributrio a lei no pode retroagir de forma a prejudicar o
indivduo. Contudo algumas decises judicial trabalham com a retroatividade da norma mais benficas
do direito civil. EX.: AC 34181/2009. Retroagindo a lei do dpvat para incluir aqueles que estavam em
julgamento durante o vigor na nova lei prevendo a reparao integral mesmo quando no souber quem
o causador do dano, visto que a seguradora no poderia ingresso com ao de regresso.
Graus de retroatividade
ADI 493 LER
Grau mximo: Aplicar a Lei Nova de maneira a atingir os efeitos produzidos e consumados sob
a vigncia de uma Lei Anterior. vedada no Direito Civil.
Quando a Lei Nova aplicada de maneira a atingir uma situao judicia j constituda e
consolidada pela evidncia da Lei Anterior.
Ex.: Observando o art. 52, 18 do CDC podemos fazer a seguinte comparao: Antes da lei que
de 1996 a multa era de 10%. No poder lei nova que cobra 2% de juros retroagir para atingir um
contrato firmado em 1995. OUVIR 1:23:00 at
Grau mdio: Aplicar a Lei Nova de maneira a atingir apenas os efeitos (ex.: pagamento de uma
parcela do contrato) ainda no consumados (efeitos pendentes) de um ato jurdico perfeito (ex.:
contrato) celebrado sob a gide de uma Lei Anterior. Tambm vedada no CC.
8 Art. 52. No fornecimento de produtos ou servios que envolva outorga de crdito ou concesso de
Grau mnimo: tambm vedada. Aplicar a Lei Nova de maneira a atingir apenas os efeitos
futuros de um ato jurdico constitudo sob a gide de uma Lei Anterior. Quando se fala em
futuro porque j estava em vigor a lei nova.
Ex.1: Bancos podiam cobrar antes a multa por atraso no pagamento de 10%. Aps o CC de 2002
instaurou o valor mximo de 2%. Isto gera muita confuso, pois, a Lei Nova no retroage em nenhuma
hiptese no Direito Civil, mesmo que seja mais benfica.
Na questo dos bancos (com contratos - atos jurdicos perfeitos) do primeiro exemplo veio o STJ
decidiu pela no da aplicabilidade do CDC que no possui qualquer norma intertemporal.
Existem situaes que ainda que esbarrem nas situaes jurdicas consolidadas, estar a lei nova
retroagindo. Isto ocorre em situaes existenciais, como Estatutos Jurdicos (alterou toda a
regulamentao do plano jurdico sobre aquela matria), plano de carreira. Cuidado com o direito
privado! A exemplo do estatuto do deficiente, instituio do casamento que incluiu a possibilidade de
divrcio. Lei urea tambm alterou o sistema patrimonial da poca quando aboliu a escravido. no
existe direito adquirido a estatutos jurdicos da categoria a que faz parte, por exemplo.
Por isso pode alterar o estatuto jurdico sem que se fale em direito adquirido.
Os segundos visam suprir lacunas no ordenemos (analogia, art. 4 LINDB). Esses mtodos de
integrao devem ser aplicados nessa ordem obrigatoriamente.
Cuidado com os costumes devem ser provados. O juiz s obrigado a conhecer a lei e no o
costume. A parte tem de provar a existncia do mesmo.
Caso concreto 3
Resposta: o art. 7, IV diz que o salrio mnimo no poder ser atrelado ao cumprimento de
obrigaes, contudo no pode ser utilizado como valor de indexao, valor que deve ser cumprido. Nada
Direito Civil 11
impede que haja uma obrigao de pagar 20 salrios mnimos, utiliza-se para o clculo, mas no como
critrio de indexao. Vai ser no tempo do dano ou no tempo do pagamento? A lei dizia que o salrio
mnimo era aquele vigente na data do pagamento. No pode a lei nova atingir o direito adquirido. Os
salrios mnimo seriam apurados na data do pagamento, ele j havia cumprido todos os requisitos.
PARTE GERAL
Ex.: Se o examinador no deixar claro que ele quer especificar algo assim no falar. Se ele
mencionar a diferena entre institutos com viso constitucional, devo discorrer sobre. Gustavo Tepedino
diz que o conceito de personalidade jurdica deveria estar intrinsicamente ligado pessoa humana, pois
est sempre ligada um indivduo. A seus levemente psquicos sem qualquer aptido para contrair
deveres e obrigaes. No seria a aptido genrica para contrair direitos e obrigaes, para ele isto seria
uma subjetividade e no personalidade. Seria aquilo que permite o indivduo (pessoa jurdica ou natural)
de ser sujeito de direitos e deveres. A questo dos entes despersonalizados fica resolvidas com esta
teoria, pois as pessoas e os entes teriam subjetividade, mas personalidade s o ser humano a atributos
inerentes personalidade humana. Numa viso jurdica civil-constitucional o termo personalidade
jurdica deve ficar restrito apena a atributos ligados a pessoa humana a atributos ligados a prpria
dignidade da pessoa humana. Enquanto que a aptido genrica para contrria direitos e obrigaes que
o conceito tradicional seria chamada de subjetividade.
Capacidade jurdica
a medida da personalidade jurdica e a maior ou menor extenso dos direitos de uma pessoa.
A capacidade jurdica de direito chamada de aquisio. Em regra adquirida com o nascimento,
que seria um sinnimo de personalidade jurdica.
A capacidade jurdica fato chamada de exerccio.
Direito Civil 12
Personalidade jurdica
Teoria Natalista - adquire-se personalidade jurdica com o nascimento com vida. Nascitura antes
do nascimento no pessoa. VISO S STF. Ele possui s expectativa de direito. Nascimento com
vida com o primeiro ingresso de ar nos pulmes. O STF entende que o CC adotou esta teoria.
Embora adote uma teoria ou outra, o nascituro j possui proteo constitucional. [Slides da
Silmara Juny de Abreu Chinelato. slide 4 tema 2]
Vide Jurisprudncia.
Lei de biossegurana trazia um dispositivo para usar embries acidentais para pesquisas de
clulas tronco. Os embries que sobram seriam utilizados para estudo, pois existe um prazo para utilizar
o embrio para reproduo assistida para garantir a segurana. Neste caso houve uma ponderao no
STF cuja deciso foi favorvel s pesquisas.
Antes a questo da deficincia era questo de discernimento para os atos da vida civil.
O art. 6 do Estatuto diz que os deficientes so plenamente capazes. A ideia dar dignidade ao
deficiente. No simplesmente a deficincia que faz o deficiente incapaz. O que o torna incapaz aquilo
que faz qualquer pessoa ser incapaz.
A lei vai trazer outra proteo, mas no o tornar incapaz.
Se ele for deficiente mental e faz um negcio jurdico o ato foi vlido. O que o tornar
relativamente incapaz a mesma coisa que qualquer pessoa faria.
O prdigo sempre existiu. Ele aquele que dilapida compulsivamente seu patrimnio sem deixa
reservas suficientes para sua prpria subsistncia. O prdigo precisa estar assistido para que seus
negcios jurdicos sejam vlidos. A interdicao do prdigo deve ser feita. Ele necessita de um curador,
se submetendo a um processo de interdicao. A interdicao parcial, pois o problema dele a dilapidao
do patrimnio, portanto no para praticar atos de disposio patrimonial, que sero assistidos pelo
curador para tornar os negcios jurdicos vlidos. Essa interdicao recai somente sobre atos der
disposio patrimonial. O prdigo pe livremente casar mesmo sem assistncia. O que o prdigo no
pode fazer celebrar um pacto antenupcial, para escolha e regime de bens. O prdigo no pode escolher
o regime. Deve ser o regime previsto em lei, o regime de comunho parcial de bens. No pode o
assistente ou o pai escolher o regime, muito menos o juiz. A curadoria do prdigo e para proteo, a lei
j protege. Art. 1.782 CC.
O testamento s produz efeitos depois da morte, portanto o prdigo pode celebrar testamento de
maneira vlida, pois ainda que seja um negcio jurdico seus efeitos s depois de sua morte.
Relativamente incapazes esto no art. 4. Ainda existe curatela e tutela. A curatela no mais
total, agora ser parcial, pois o juiz no momento de interditar algum ter de verificar para quais atos
aquele pessoa no tem capacidade de praticar. O juiz vai determinar a extenso da curatela. Ser um
corpo de mdicos de especialidades adequadas que vo verificar essa extenso. Verificar no caso
concreto. O interessado pode pedir que haja uma reviso na sua interdicao permitindo mais atos.
Incapacidade natural
Ainda que seja imperceptvel, mesmo que esteja de boa f o terceiro e o negcio jurdico no se
tornar em proveito para o incapaz, ele anulvel.
O STJ entende que invlido, pois a lei diz de forma clara no art. 171. Os efeitos da interdicao
so retroativos a data que se pode verificar a incapacidade. Para prestigiar o terceiro de boa f haver
direito de reteno do imvel at receber o valor de volta.
Direito Civil 14
OBS.: a maioria da doutrina entende que no confronto entre a proteo do incapaz a do terceiro
de boa f deveria se prestigiar a proteo do terceiro de boa f.
ndios que praticarem atos sem a resenha de um membro da Funai nulo. Isto para o ndio que
no est integrado na nossa sociedade considerado relativamente incapaz.
Temos morte real e morte presumida. A morte real pode ser constatada por meios fsicos (o
mdico pode constatar isso). A morte ocorre com a paralisao da atividade enceflica - art. 3 da lei
9.434/97.
A morte presumida pode ser com declarao de ausncia ou sem declarao de ausncia - art. 22
a 39.
A nica forma de se transferir os bens sem a vontade das pessoas com a morte.
No caso da Elisa samudio que no havia corpo, a morte presumida sem declarao foi pedida
pelos familiares dela sem que haja interferncias da vara penal nisto. A ao penal alm de independer
no interfere nesse pedido.
Se por um acaso a Elisa samudio retornar, o retorno do morto presumido, aplica-se por analogia
o art. 39 do CC. Regressando o ausente nos 10 anos seguintes abarrotara definitiva pode requerer os
bens ainda existentes ou sub rogados.
A constituio no equiparou a unio estvel ao casamento. O que foi feito foi o reconhecimento
da unio estvel como entidade familiar.
Se um dos pais no quiser emancipar, o entendimento que no pode o juiz suprimir a vontade.
S pode faz-lo quando o menor estiver celebrando casamento.
Os pais respondem subjetivamente pelos atos dos filhos. STJ: Na emancipao voluntrio no
exime os pais das das responsabilidades civis pelos atos dos filhos. Seria caso de responsabilidade
solidria. Nas outras modalidades de emancipao no cabem isso. Alm disto, caberia ao de regresso
nesses casos.
O STF previu ano passado que os pais so responsveis pelos atos dos filhos incapazes que so
deficientes tambm. Estendeu a norma do art. 973 e 932 responsabilizando os pais objetivamente.
Direitos da personalidade
Direitos da personalidade visam tutelar os aspectos fsicos psquicos e morais do ser humano.
Em ltima anlise a prpria dignidade da pessoa humana. Atributos fsicos: direito a vida, sade,
integridade fsica do corpo vivo e do corpo morto (vilependio ao cadver, a prpria sepultura em que se
encontrava); as partes destacadas do corpo (fios de cabelo, sangue, rgos, saliva - porque so aspectos
do ser humano).
Enunciado 1 do CJF - diz que ao natimorto merece direito aos direitos da personalidade, inclusive
quanto ao nome, imagem e sepultura. O livro de registro de bito o C. A lei 6.015/73 deveria prever
a possibilidade de colocar o nome na certido de bito do natimorto. Quando o direito da personalidade
violado cabe dano moral. Art. 138 calnia contra os mortos punvel. O sujeito passvel so os
parentes e no o morto que coisa e no pessoa (que o ttulo do captulo).
Caractersticas:
So direitos absolutos. - classificao da capaciadade de produo de efeitos. Pois so
oponveis erga omnes. S podem se relativizados quando estiverem um contra o outro.
So inatos. Desde o nascimento tem direitos da personalidade.
So vitalcios. Com o nascimento tem-se os direitos e s se perde com a morte.
So intransmissveis. Seja por ato inter vivos seja por causa mortis. No existe cesso
do direito de imagem, mas sim a cesso do exerccio do direito e imagem, algum pode receber
o benefcio econmico dos seus direitos.
Indisponveis ou irrenunciveis. Art. 11 CC - transplante de rgos para irmo com
exceo prevista na lei 9.434.
No se pode pr em risco seus direitos voluntrios. - Pode sofrer limitao voluntria desd que
atenda trs requisitos: essa expresso deve ser lida na forma do enunciado 4 e 139 do CJF. Essa limitao
no pode ser permanente, desde que no seja genrica, no pode atingir a dignidade do titular nem os
bons costumes. Ex.: realista show. Nem filmar em outro lugar e trazer para c.
Ex.1: pessoa com nome inscrito no SPC/SERASA indevidamente. Violou-se a honra objetiva.
Ex. 2: Pessoa que vai a uma concessionria comprar um carro. O gerente sabendo que o nome da
pessoa em questo est negativado, aos gritos expulsa ela com sua famlia. O direito da personalidade
violado foi a honra de forma subjetiva e objetiva.
O dano moral decorre in re ipsa, decorre do prprio fato. No se comprova o dano moral, mas
sim o fato ocorrido, a leso ao direito de personalidade.
A agresso precisa ser sempre relevante. Verificar:
Relevncia quanto ao direito de imagem;
Ver a explorao econmica da imagem e agresso.
Embargos infringentes 50/99. Vinculao errada de que s h leso quando houver leso honra.
Art. 20 CC a sublinhar se atingir a honra que est errado tem que ler na forma do art. 5, X a
honra e imagem so inviolveis. independente um do outro.
A lei de anistia traz previso indicando que aquele que foi vtima de tortura desde 1945 at 1988
tem direito a indenizao por danos morais. Decorre in re ipsa, provando o fato, por peitear a qualquer
tempo (posicionamento do STJ). O nascituro no ventre materno que sofreu tortura no ventre da me
tambm tem direito a indenizao. Aplicao da teoria confeccionista.
Exs.: 1) Joo saiu de casa para trabalhar e foi atropelado a caminho do trabalho, o motorista
estava numa conduo imprudente. Joo ingressou com ao de danos morais contra o caminhoneiro,
mas no curso do processo vem a falecer.
Podem os herdeiros pleitear o direito do pai, chama-se de sucesso processual. O CPC prev isto
(CPC/73 previa no art. 43).
2) Joo foi trabalhar e foi atropelado por um caminhoneiro. Joo foi para o hospital, melhorou.
Passou 1 ano e faleceu.
3) Joo morreu h 10 anos. Um desafeto dele escreve uma reportagem caluniosa que no
verdade.
Pelo dano reflexo sim, art. 12 do CC no pargrafo nico diz ascendente, descendente e cnjuge.
Para todos os direitos aplica-se esse artigo. Exceo do direito de imagem tem os herdeiros direito com
base no art. 20. A diferena entre eles que no vai at os colaterais este ltimo.
Essa legitimao das partes autnoma (qualquer um dos legitimados poder ingressar sozinho,
independentemente de outro, no precisa seguir a ordem de vocao hereditria) e ordinria (vai em
juzo em nome prprio, tutelar direito prprio, direito seu tutelar a memria do morto).
Se tiver um tom crtico - alguns autores entendem que no h motivo para o artigo 20 ser diferente
do art. 12. Da o rol do art. 12 e 20 seriam um rol exemplificativo. Qualquer um que comprove a
afetividade deveria ter direito de pleitear. Banca do mpe-rj.
Ausncia
Diferena entre decidir com equidade (com justia) e decidir por equidade (depende de previso
legal em que o magistrado est autorizado a fugir da legalidade estrita).
Ex.: nem sempre observara a ordem do curador previsto no CC. Pode ser que os pais sejam
curadores, mesmo que exista um cnjuge, pois pode o magistrado no caso se furtar da legalidade e
decidir por equidade.
No CC de 16 o ausente era um absolutamente incapaz. Bevilaqua afirma que o fez pois queria
forar uma curatela no do ausente, mas dos bens. No mbito e vigncia do CC de 16 pergunta-se se
vlido o ato praticado por ausente fora de seu domiclio? Se estava no rol de absolutamente incapazes,
seria nulo, contudo para Bevilaqua, o esprito era forar uma curatela dos bens que o ato praticado por
ele era invlido.
J se entendia no CC de 1916 que o ausente ento era incapaz apesar de inserido no rol do art. 3
do CC de 16 com o especfico propsito de forar uma curatela de seus bens. Localizao topogrfica
no influenciava no esprito da lei.
O CC de 2002 tirou a ausncia do direito de famlia e trouxe para a parte geral. Deveria estar na
parte de direito sucessrio.
Direito Civil 18
Silvio Capanema perguntava se era o curador era do ausente ou no em banca de prova oral.
O legislador presume a morte agora fins sucessrios e para casamento (do ponto vista
jurisprudencial).
Conceito
Caso concreto 1 tema 04: MARIA, diante do desaparecimento do seu cnjuge, CARLOS, ajuza
demanda requerendo a declarao de ausncia ao argumento de que CARLOS desapareceu desde
10/07/2002.
O Ministrio Pblico ao se manifestar sobre o pedido inicial, solicitou que a requerente
esclarecesse se pretendia dar prosseguimento na ao declaratria de ausncia. Isso porque, o que se
verifica, in casu, que a pretenso da autora consiste, na verdade, em obter benefcio previdencirio, e,
alm disso, o ausente no deixou bens.
Nada obstante o alerta do parquet, a autora solicitou e insistiu no prosseguimento da demanda,
quando ento o juiz de primeiro grau, aps o regular procedimento, prolatou sentena, julgando o pedido
procedente, para declarar CARLOS ausente, a partir da sentena.
Irresignada, a autora recorre postulando a retroao da data da declarao de ausncia para a
mesma data do desaparecimento (10/07/2002). Analise a pretenso deduzida por MARIA e diga se a
tese recursal merece acolhida. Fundamente.
Resposta que dei: Resposta: Se o caso em questo no se trata de morte de quem estava em perigo
de vida ou desaparecido em campanha ou feito prisioneiro (art. 7 CC) deve-se estabelecer o processo
para decretao de ausncia. Alm disso, a sentena in casu decretou a ausncia estabelecendo a
sucesso provisria. Procedimento esse que deve ser respeitado e no pode estabelecer data anterior
pela mera alegao da parte autora. Portanto, no merece acolhimento a pretenso deduzida por Maria,
vez que inclusive o membro do MP sinalizou que o nico objetivo da autora, ora recorrente o de
perceber benefcios previdencirios em nome de Carlos.
Resposta Oficial: o termo inicial da presuno de ausncia da sentena. Que possui natureza
constitutiva e no declaratria. Portanto vai produzir efeitos aps sua deciso.
Portanto, no possvel que s se tenha ausncia no caso de existncia de bens. Contudo o STJ
discorda disso, como tambm a doutrina contempornea, pois violaria o princpio da dignidade da
pessoa humana no art. 1, III da CRFB. Admitem a curadoria das pessoas sem bens, pois o instituo e
afeto a pessoa humana e no ao patrimnio, promovendo o a centralidade e a primazia axiolgica da
pessoa humana em decorrncia do art. 1, III da CRFB.
Nenhuma categoria jurdica um instrumento de proteo do patrimnio. Esse pensamento
tpico do pensamento burgus do CC de 1916. No CC de 2002 o instrumento jurdico e sempre um
mecanismo de proteo da pessoa humana. Apesar de existir imisso na posse dos bens isso no
descaracteriza a tutela da pessoa humana. Essa uma interpretao constitucional numa seara do direito
civil constitucional. Sendo afeto a hermenutica constitucional.
No seria possvel no caso em questo a declarao de morte presumida, pois no se respeita os
requisitos do art. 7 do CC.
Alm disso o CC distingue a morte presumida da presuno de morte. uma opo legislativa.
J no art. 6 s h morte presumida com declarao de ausncia uma atecnia. Se o ausente voltar 10
anos aps a sucesso defintiva ele no receber seus bens. O legislador no trabalha com a morte dele,
ele prev a possibilidade de que ainda esteja vivo.
Na AC 0000480-85.2007.8.19.0211, decidiu-se que falta interesse processual na pretenso de
declarao de ausncia de pessoa sem bens, alm de entender que os efeitos da sentena so produzidos
a partir da sentena judicial, extraindo que possui efeitos constitutivos.
Requisitos:
1. No presena no confundir com ausente. Alm desse requisito preciso que no esteja
presente no seu domiclio.
2. Noticia do paradeiro ex.: se algum faz um ano sabtico e deixa notcias, no presente,
mas h notcias.
3. Inexistncia de representante - legal ou convencional que queria, possa tenha poderes
para administrar os bens do ausente. Aqui no h necessidade de se indicar um curador, pois
o prprio indivduo o fez sendo desnecessrio que o juiz o faa.
4. Deciso judicial antes da deciso judicial existe apenas uma no presena, mas no um
ausente em seu sentido tcnico. A sentena na fase declaratria, tambm chamada de
curadoria, constitui uma nova qualidade jurdica para o no presente que ser publicizada
pelo registro civil de pessoas naturais. Embora a sentena no crie a no uma no presena,
constitui a condio subjetiva de ausente que at ento no subsistia.
Curatela
1 Fase
Legitimados
Se no houver cnjuge no sero os ascendentes, mas os pais, vez que a redao do art. 25, 1
do CC fala em pais expressamente.
Direito Civil 20
Curatela dativa indicada pelo juiz. No CPC diz-se que cabe ao curador cuidar dos bens publicar
a cada dois meses at o ausente retornar.
Sucesso Provisria
H prazo de 1 ou 3 anos nas circunstncias do ausente no deixar representante, o prazo de 1
ano, o termo inicial do prazo a arrecadao dos bens. Art. 26 do CC.
Se deixou representante que tenha poderes, queria e possa administrar os bens do ausente, no
cabe declarao de ausncia possvel a ensejar a sucesso provisria por outra pessoa que no seja ele.
Ter essa pessoa 3 anos para administrar os bens e passado esse prazo, abrir a sucesso provisria.
Nesse caos o procedimento j comea na sucesso provisria. No precisa nomear curador para os bens.
Art. 26 que se declare a ausncia essa expresso no significa dizer curadoria. O juiz declara
a ausncia na sucesso provisria que no significa iniciar a fase da curadoria, um procedimento no
est estritamente vinculado ao outro. Aqui somente no caso do indivduo ter desaparecido e existir um
representante com poderes, com intuito possibilidade de administrar os bens. Ficar o representante
por 3 anos, a partir do desaparecimento. A partir disso o interessado requer a sucesso provisria que
ter imisso na posse dos herdeiros.
O representante no poder continuar na administrao dos bens, vez que abrir a a sucesso
provisria quando ocorre a imisso na posse dos bens para os herdeiros art. 30 do CC.
No caso de inexistncia de representante, h pedido de curadoria de bens, no qual precisar ficar
1 ano na administrao dos bens existindo declarao de ausncia na primeira etapa e na sucesso
provisria para imisso na posse dos bens art. 30 CC.
Regra X Norma X
OUVIR 1:21:00
Legitimados
O benefcio previdencirio para ser requerido necessita que cumpra-se os elementos essenciais.
A doutrina e jurisprudncia vem no sentido a s conced-lo aps a decretao de ausncia com
declarao e morte presumida.
Direito Civil 21
Adquire-se a propriedade de bem imvel com o registro nos casos inter vivos. Contudo, o evento
causa Mortis tambm torna proprietrio, o registro imobiliria traz presuno relativa apenas. A
sentena na sucesso definitiva vai afastar essa presuno. Por isso recomenda-se que a sentena seja
levada ao RGI.
Sucesso Definitiva
Prazo de 10 anos do trnsito em julgado da sentena concedida no sucesso provisria.
Ausente possui 80 anos e h 5 anos no se tem notcias do seu paradeiro.
A ausncia mais uma causa aquisitiva da propriedade, imobiliria, inclusive. O registro ser
somente declaratrio.
Retornando o ausente OUVIR 1:30:00 se ele regressar at terminar o rapto de 10 anos aps a
sucesso definitiva, poder haver os bens no estado em que se acharem. Contudo se passar dos 10 anos
aps a sucesso definitiva no poder reaver seus bens.
Nessa fase adquire-se a propriedade definitiva, mas a condio ou a termo do ausente no voltar
at 10 anos seguir-nos a abertura da sucesso definitiva conforme o art. 39, caput do CC.
OBS.: nos 10 anos seguintes a aquisio da propriedade pelos herdeiros do ausente surge uma
propriedade temporria na modalidade resolvel para a doutrina majoritria, uma vez que subordinado
a uma condicao que seria o retorno do ausente em 10 anos. Porm, em caso de alienao a terceiro, no
poder o ausente que regressar reivindicar o bem, ou seja, no se aplica o art. 1.359, mas o art. 39 do
CC (efeitos ex nunc e no ex tunc).
Caso concreto 3 Tema 4: Maria, cnjuge e curadora dos bens de Caio, desaparecido h mais
de 15 anos, tendo sido declarada sua ausncia e j aberta a sucesso definitiva deste, pretende casar-se
com Carlos, divorciado.
Pergunta-se: Como voc a orientaria? A sentena que declara a ausncia presumida transita em
julgado? Na hiptese de se realizar o segundo casamento, qual prevalecer se o desaparecido reaparecer?
Resposta Oficial: parte o art. 1.571, 1 do CC extingue o casamento pela ausncia na sucesso
definitiva, por uma interpretao sistemtica com o art. 6 do CC. Se o ausente regressar, no haver
qualquer consequncia no Brasil. J que o primeiro casamento foi extinto. A sentena no transita em
jugulado, pois no h deciso de mrito no assunto. Na prtica, o cnjuge que no o ausente tem de
levar a sentena que declara a sucesso definitiva para o registro de seu casamento.
da pessoa jurdica o local onde fica sua sede. Em havendo filiais cada uma delas tambm poder ser
considerada como domiclio da empresa.
Do Domiclio
Domiclio exige a residncia (requisito objetivo) mais o nimo definitivo (requisitos subjetivo)
Da Pessoa jurdica
Decorre da unio de pessoas naturais ou da afetao de um patrimnio destinados a uma
finalidade especfica. OBS.: a pessoa jurdica pode derivar de outras pessoas jurdicas que tero pessoas
naturais em seu mbito ou da pura e simples afetao de um patrimnio para determinada atividade.
tambm um sujeito de direitos obrigaes.
No CC pode dividir as pessoas jurdicas em pessoas jurdicas de direito pblico e de direito
privado - art. 44. Que trabalharemos aqui.
As pessoas jurdicas de direito pblico interno so trabalhadas pelo direito administrativo. As
pessoas jurdicas da pessoa jurdica de direito externo so trabalhadas pelo direito internacional.
A constitucionalizao do direito civil tambm se aplica aqui. A pessoa jurdica em ltima anlise
visa atender s necessidades do homem. Analisar sempre os princpios da dignidade da pessoa humana,
da boa-f.
Numa viso civil-constitucional, a pessoa jurdica deve curvar-se ao princpio da dignidade da
pessoa humana desempenhar e atender a funo social no cumprimento das atividades para as quais
foi criada, dentro dos limites da razoabilidade sob pena de abuso do direito art. 187 do CC.
Caso das Associaes que so torcidas organizadas que foram extintas pelo cometimento de
inmeros ilcitos.
O CDC foi o primeiro a prever a desconsiderao quando houver pessoas jurdicas com mesmo
scio art. 28,2 CDC responsabilizando outra pessoa jurdica desde que do mesmo grupo
econmico.
Art. 28, 5 do CDC prev a desconsiderao quando de alguma forma for prejudicial aos
consumidores. O pargrafo 1 foi vetado um erro material, pois a doutrina percebeu que deveria ter
sido vetado ao invs do 5, pois as razes do veterano inerente a esse ltimo. O 1 dizia que quem
respondia prioritariamente era o scio gerente. O erro material no foi corrigido. Na jurisprudncia no
se aplica o 5 a no se na justia trabalhista. Resort morta a redao do 5 devido sua amplitude. Dava
ampla discricionariedade aos juzes para a desconsiderao desmotivando a criao de personalidade
jurdica.
Concorrncia desleal (art. 174 da CRFB e Lei 8884/94) Quando grandes complexos
empresariais podem aniquilar a micro e pequena empresa.
Proteo da pessoa com deficincia (Leis 10.048/00 e 10.098/00) impe a toda e qualquer
pessoa jurdica, de direito pblico e privado, adaptar as suas instalaes fsicas garantia de
acessibilidade. (sem subsdios).
Enunciado 286 CJF - encampado por Gustavo Tepedino diz que a pessoa jurdica no titular
de direito da personalidade. O que a pessoa jurdica possui uma subjetividade. Pessoa jurdica pode
sofrer dano moral?
1 corrente: Sim, Smula 227 STJ, na medida em que goza da proteo dos direitos da
personalidade, que uma vez violados ela tem proteo mediante dano moral.
2 corrente de Tepedino: ela s tem a subjetividade, que a aptido genrica de contrair direitos
e obrigaes. Tepedino diz que a pessoa jurdica no tem direito a dano moral e sim a danos materiais,
pois o primeiro apesar de estar na esfera dos direitos da personalidade tem consequncia patrimonial.
Para Tepedino qualquer violao a direitos de imagem, privacidade honra de uma pessoa jurdica
tem reflexo patrimonial. Se h um abalo na honra subjetiva de uma empresa, ela pode perder clientes,
assim possvel apurar patrimonialmente o dano sofrido. Ento, o dano no moral e sim patrimonial.
E as pessoas jurdicas sem fins lucrativos? Para Tepedino, neste caso, essas pessoas sofrem dano
institucional. No tem prejuzo pois no tem lucro. No fundo h questes no podem ser ligadas a
questo de pecnia. Como o caso do fluminense que deveria ser rebaixado e no foi por questes
tcnicas e sua honra foi abalada frente aos outros clubes.
Natureza Jurdica:
Teoria da Fico: A pessoa jurdica constitui uma criao artificial da lei, pois somente a
pessoa natural pode ser sujeito da relao jurdica e titular de direitos objetivos.
unem na busca de fins determinados, permitindo que eles participem da vida jurdica nas
mesmas condies das pessoas naturais.
Associao art. 53 CC
Conceito: Unio de pessoas naturais, organizada para atender a fins no econmicos, que
encontram limites no art. 5, XVII da CRFB, que afirma plena liberdade associativa para fins lcitos,
vedada a de carter para militar.
Como na sociedade so formadas pela unio de pessoas naturais. Nesta no h finalidade
lucrativa. Pode auferir o lucro, mas no ferir o lucro para seus membros, s para o seu prprio servio
prestado pela associao. Ex.: associao do clube de regatas do Flamengo.
lcito que a associao recuse novos associados, de que no seja desarrazoada. Negativa de
um novo scio por identidade de gnero, pode ser razovel se o fim se reverte somente para aquele
gnero caso contrrio no poderia negar.
Excluso e associado segundo o art. 57 do CC. Desde que haja previso ou justa causa garantido
o direito de defesa do indivduo nos termos do Estatuto. Prestigiando o devido processo legal com prazo
razovel da pessoa aparecer munida de sua defesa. Tem direito a comparecer do advogado, o que no
um requisito.
A justa causa tem que restar cabalmente demonstrada no processo administrativo para ocorrer a
excluso. requisito necessrio na dvida no exclui.
Deve ser convocada assembleia especificadamente para esse fim, e diante das provas colhidas no
procedimento, decidir sobre a excluso atravs do qurum indicado no Estatuto.
Direito Civil 26
Impugnao judicial Da deciso de excluso caber impugnao judicial pelo amplo acesso
justia art. 5 XXXV da CRFB. Pode o indivduo procurar o judicirio aps o procedimento interno
segundo princpio da inafastabilidade de jurisdio.
Os moradores de uma rua que no participaram de uma reunio para instalar uma cancela so
obrigados a contribuir para o custeio do meio? enriquecimento sem causa? No, pois teve uma causa,
mas no obrigao dele contribuir, pois ningum deve ser compelido a se associar.
Sociedades
Tem finalidade lucrativa. Seus lucros so auferidos para seus membros. Ex.: petrobras, recebe os
lucros equivalente as aes.
A diferena entre sociedade empresria e no empresaria que a primeira exerce atividade de
empresa, atividade organizada de bens e servios, com a organizao dos fatores. J a segunda no
exerce atividade empresarial.
A OAB veda a atividade empresarial - art. 16 do Estatuto da OAB.
Cooperativa tambm nunca sero empresa.
Regulamentada a partir do art. 981 do CC.
Fundaes
Conceito: Entidades criadas com bens livres que so afetados, por ato de vontade de seu titular,
instituio atravs de escritura pblica ou de testamento, para atender a uma finalidade especfica, que
poder ser religiosa, moral, cultural ou assistencial de acordo com o art. 62 nico do CC. (Redao
anterior Lei 13151/15).
A criao um ato complexo.
Instituio da fundao depende da aprovao de atos constitutivos, registro, alterao.
Art. 62-69 do CC.
Enunciado 8 do CJF permitindo que as fundaes busquem finalidades outras, desde que
afastado o carter lucrativo como educacional e ambiental. A fundao no pode ter finalidade
lucrativas no Brasil. Portanto o rol do pargrafo nico do art. 62 era meramente exemplificativo. A lei
13.151/2015 alterou esse pargrafo nico e acrescentou um rol maior. Continuaria a ser um rol
explicativo desde que no tenha fins lucrativos, apesar do rol ter sido alargado.
Quem elabora os atos o prprio instituidor, no entanto ele pode indicar um terceiro para realizar
isso, chamado de fiducirio. Esse ltimo pode ou no ter prazo para criao do atos constitutivo da
fundao.
Caso o fiducirio no o faa no prazo a contento, passa a ser do MP a atribuio dos atos
constitutivos. So aprovados em regra pelo MP, porm quando o MP for o responsvel por instituir os
atos, caber ao juiz fiscalizar. Observar arts. 62-69 e 764 e 765 do CPC.
Direito Civil 27
O registro dos atos constitutivos o evento em que se inicia a personalidade da Fundao. Apesar
da criao ser um ato complexo.
Alterao
Art. 67/68 do CC
Depende do quorum de 2/3 dos administradores, do respeito a finalidade da fundao. A
manifestao do MP em 45 dias objeto de uma alterao recente na lei 13.151/15, estabeleceu esse
prazo.
OBS: Podem assumir a natureza pblica ou privada vamos estudar as privadas e deixar as
pblicas para o Direito Administrativo.
Fiscalizao:
atribuio do ministrio pblico fiscalizar a finalidade da fundao. Atribuio do ministrio
pblico do estado em que estiver o ministrio pblico. Se estiver em vrios estados, os MPs de cada
estado vo fiscalizar, que podem atuar em litisconsrcio, mesmo que esteja presente nos 27 estados. No
Distrito Federal tem um ministrio pblico prprio, o MP DFT. art, 66, 1. Redao antiga alterada
pela ADI 9278 que declarou inconstitucional. materialmente inconstitucional o art. 66, 1 do CC na
ADI 2794/8. Porm a lei 13.151/15, expressamente corrigiu a distoro ao criar atribuio para o MPDF
e territrios. A atribuio do ministrio pblico e fixada pela CRFB que defino no art. 128, 5 que lei
complementar fixar as atribuies (LC 75/93) o CC de 2002 dispe de maneira diversa da lei de 93.
H reserva de lei, essa matria s pode ser tratada por lei complementar, lei ordinria no poderia versar
sobre isso, s a lei complementar mesmo sendo anterior prevalece por questo da reserva da matria.
REMISSAO ART. 128, 5 e ADI 9278. Enunciado 10 CJF.
Extino da fundao
Quando for alcanado o termo, se for fundao temporria ou se tornar ilcita, impossvel ou
intil a sua prtica conforme o art. 69 do CC.
O patrimnio da fundao deve respeitar em 1 lugar a vontade do instituidor. No havendo
previso cabe ao juiz destina-la a outra fundao que desenvolva a mesma ou semelhante atividade.
Para Caio Mario aplica-se por analogia o art. 61,2 do CC sendo a fazenda do estado a destinatria do
patrimnio da pessoa jurdica.
Ex.: quando a finalidade da fundao se extingue, a fundao extinta - art. 69 CC. No podem
os herdeiros do instituidor, noa podem pedir os bens da pessoa jurdica extinta da fundao, pois foi
destacado do instituidor. O juiz vai colocar em outra fundao com fim igual ou semelhante quela
extinta. Se no tiver para uma finalidade semelhante como erradicao ao vrus zika, poderia ir para um
assunto no ramo maior, como sade e se destinar para fundaes com fins de salvar gestantes.
Finalidades da fundao
Direito Civil 28
Enunciado 8 e 9 do CJF.
O CC tinha um rol menor que foi ampliado por alterao legislativa. O CJF disse que o rol era
meramente exemplificativo.
A lei 13.151/15 ampliou detalhadamente as atividades que a fundao pode desempenhar embora
continue a ser exemplificativo par ao CJF.
Teoria da aparncia
Conceito
Bem tudo que pode proporcionar satisfao s necessidades do ser humano. todo valor,
material ou imaterial que pode ser objeto de uma relao jurdica.
Criticam que deveria estar dentro do Direito das Coisas induz o lei a erro, pois trata de direito
real.
O livro acerca dos bens serve para classificar um bem, definir a sua espcie para ento aplicar-
lhe as regras jurdicas concernentes.
J no dirieto das coisas trata dos bens sob propriedade de algum como os direitos reais. No
classificar um bem, mas disciplinar como os bens se subsumem as pessoas.
Outra posio afirma que no h pessoa sem patrimnio.
O patrimnio faz parte da pessoa assim como a personalidade.
Coisa tudo aquilo que no seja o ser humano. Ex.: ar que respiramos que no se pode apropriar-
se
Bem seriam as coisas que admitem apropriao pelo ser humano. Ex.: mesa que possvel
apropriar-se.
Atualmente coisa bem podem ser utilizado no mesmo sentido.
Coisa patrimnio
Patrimnio o complexo de relaes jurdicas economicamente apreciveis de uma determinada
pessoa.
Patrimnio global so Todas as relaes jurdicas de uma pessoa de cunho patrimonial. Ex.: os
crditos, dbitos, os bens, etc. Quando a pessoa falece pelo princpio da saisine, no momento da morte
abre-se a sucesso em que transferisse o todo o patrimnio do de cujus aos herdeiros art. 1.784 do CC.
Sob o patrimnio recai o princpio da unidade patrimonial - uma pessoa s tem um patrimnio
seja pessoa jurdica ou pessoa fsica. O patrimnio nico no tempo e no espao. No importa o que
teve no passado ou ter no futuro, tudo ser somente um patrimnio. Apesar de existir um patrimnio,
pode ser que no haja bens. O direito processual civil diz que o devedor responde com o seu patrimnio
presente e futuro.
Direito Civil 30
No caso do casamento os bens do casal so divididos. A pessoa possui um patrimnio com bens
antes do casamento e quando se casa passa a possuir em seu patrimnio tambm metade dos bens que
adquiriu com seu cnjuge.
O patrimnio no poder ser um fim em si mesmo, passa a ser um meio para a persecuo da
dignidade humana.
O cdigo civil abandonou uma viso patrimonialista e adotou uma viso humanista preocupado
com a dignidade da pessoa humana, isonomia, boa f, chamado de despatrimonializao do direito
civil. Isso no significa dizer que o direito civil deixou de ser patrimonial, pelo contrrio, continuamos
a regular isto no direito sucessrio, direitos reais. O direito civil continua a ser um ramo eminentemente
patrimonial, mas o patrimonial a passa a ser um meio para a persecuo do mnimo existencial. Por isto
temos a proteo do bem de famlia reservando um mnimo de bens que no podem ser penhorados
ainda que seja para satisfazer um crdito de terceiro. Alm de bens inerentes para sua subsistncia.
Isso seria tambm o bice da prodigalidade positivado no art. 548 do CC. nulo a doao de
todos os seus bens desde que no interfira na sua subsistncia.
Alm do bem de famlia slide 3 e impenhorabilidade dos bens slide 3 tambm. Preocupados com
a Boa f, funo social.
Classificao de bens
Em prova discursiva quando se tratar de bem ou obrigao, necessrio discorrer sobre o que
bem e o que obrigao alm de suas classificaes.
Materiais ou corpreos
aqueles que podem ser percebermos pelo sentido humano.
Gases e eletricidade podem ser considerados semicondutores, mas a doutrina majoritria no faz
essa distino.
Imateriais ou incorpreos
Aqueles que no poder ser sentidos ou percebido. Ex.: direitos autorais, da personalidade como
um todo.
Direito Civil 31
Bens mveis
Ar. 82 84 do CC
A propriedade se transfere pela simples tradio do bem. Sem que haja necessidade de um
registro pblico, a no ser para efeitos frente a terceiros.
Somente nos bens de valor superior a 30 salrios mnimos deve ser feito o registor sob pena de
nulidade.
Prazo para usucapir menor em relao aos imveis (s 3 anos).
O cnjuge no depende da autorizao do outro para venda do bem.
Assim como os imveis se subdividem em espcies.
Ex.: um copo mvel por prpria natureza, pois pode ser deslocado no espao sem fratura ou
quebra, no sendo uma cesso.
Bens fungveis
Admitem substituio por outro mesmo que da mesma espcies, qualidade. Como o dinheiro que
o mais fungvel de todos os bens. Os lquidos, os gros. Precisam ser substitudos por outros da mesma
espcies, qualidade.
Alimentos so fungveis tambm, mas se for questo de obra de arte elaborada com legumes ou
frutas. OUVIR 00 parte 3 at 8 min. Dia 10.03
Bens infungveis
Bens imveis
Regime mais solene que o dos bens mveis. Advm da idade mdia onde dos bares feudais eram
mais poderemos que os reis, pois detinham as terras e das riquezas produzidas por elas.
S se consideram adquiridos os bens imveis quando do registro.
Direito Civil 32
Prazo de vcio redibitrio ou estimatrio de 1ano, j para mvel pode variar de 30 a 90 dias
(CC e CDC, ordem ao contrrio).
O cnjuge tem de ter a anuncia do cnjuge para a venda do bem.
(TABELA diferenas entre os tratamentos)
So ligados ao solo dele no podem ser separados sob pena de perda ou desvalorizao. Ex.:
vegetais, solo (o mais imvel de todos), minerais que se encontram no subsolo.
Acesso fsica
Ocorre na sucesso aberta. A herana um imvel, pois uma universalidade da qual a lei atribui
como imvel. Qualquer que seja a natureza dos bens que a integrem.
Se fosse uma herana de bens mveis e imveis, no poderia haver a partilha, pois seriam regimes
drenos diferentes. Atribui-se o regime de bem imvel, pois assim seria possvel partilh-los num mesmo
regime tendo em vista que so uma universalidade e bens, unificando o regime de herana.
A partilha tambm considerada de bens imveis. Os bens s se consideram bens mveis
novamente aps a homologao da partilha.
A cesso de direitos hereditrios s pode ocorrer mediante escritura pblica em funo disso.
Direitos reais que recaem sobre imvel consideram-se como bem imvel. Por isso uma hipoteca
tem de ser celebrada por escritura pblica. Ja o penhor que recai sobre o bem mvel um bem
considerado mvel. No caso da alienao fiduciria de imvel, hipoteca, anticrese.
Aplice cravados com a clusula de inalienabilidade eram considerados bens imveis, mas isso
foi revogado com CC de 2002.
Hoje, por disposio legal, somente os direitos das reais e a herana.
Indivisvel o que no admitem parcelamento. Os semoventes, por exemplo, se ele for divido,
como na compra de um pedao de carne de boi, perde a natureza de semovente, para ser mvel pela
prpria natureza. Uma obra de arte ou pintura, se cortar uma tela em dois pedaos perde a natureza
indivisvel e continua a ser um bem mvel. Quando divididos perde a natureza jurdica ou o valor
econmico.
A importncia dessa classificao para que discrimine o tipo de bem ao vend-lo. possvel
vender uma grande quantidade de bens d forma conjunta e no isoladamente.
Bem Principal:
O bem que existe por si s, abstrata ou concretamente.
Bem Acessrio:
Cuja a existncia supe a do principal, podendo ter existncia autnoma, mas tem ligao de
dependncia com o principal. E por isso segue sua sorte. (Princpio da gravitao jurdica). Art. 92 do
CC. Espcies:
Acesses (naturais e industriais);
Frutos (naturais, industriais e civis);
Produtos;
Benfeitorias (necessrias, teis e volupturias);
Pertenas.
Benfeitorias
Volupturia
Mudar o aquecedor do banheiro para a rea de servio. No pode levar o aquecedor junto.
No so indenizveis, mas podem ser destacadas (pelo possuidor de boa-f, o de m-f no pode)
se no ofender o bem principal.
Acesso
diferente da benfeitoria. a incorporao de um bem pelo outro. Slide 11. Em si um bem
acessrio.
Natural - decorre de eventos da natureza sem interveno humana. Ex.: aluvio, mineral, entre
outros.
Acesso artificial - decorre da atuao, do engenho humano. Ex.: plantaes e construes.
A relevncia de saber se um bem acessrio ou principal. Dizer que o bem acessrio segue a
sorte do bem acessrio. Isto significa dizer que o titular do bem principal ser o titular do bem acessrio.
o princpio da gravitao aplicado.
Frutos
Utilidades econmicas que so produzidas pela coisa periodicamente que podem ser retirados
do bem principal sem desfalcar sua substncia. Dividem se em frutos naturais, industrial e civil - vide
SLIDE 14. Dividem-se em percebidos, consumidos, estanques e percipienda.
Naturais chamados de frutas pelo popular. Dividem-se em Pendentes preso a coisa principal;
percebidos j foram destacados da coisa principal; Consumidos aos quais j deu-se destinao
econmica extinguindo para quem a detinha; Estantes j foram percebidos, mas aguardam a
consumao; Percipiendo - esperava-se colher, mas qualquer circunstncia no foram colhidos.
Se por ventura o fruto cair em terreno alheio ser desse ultimo. Se os frutos carem na calada,
pertence ao dono do bem principal, pois no invade propriedade alheia se p dono da obrigao principal
no colher os frutos da calcada, presume-se que foram abandonados que podem ser apropriadas por
qualquer um.
Precisa devolver os pendentes, mas no os percebidos durante o tempo da posse de boa f. J na
posse de boa f, tem de devolver os frutos pendentes e os percebidos (indenizao).
Civis representados por dinheiro que se renova ciclicamente extrados de uma coisa que no
dinheiro. Ex.: aluguel, foro produzido por algo que no dinheiro, no caso do aluguel origina-se do
bem imvel utilizado. Ex.: salrio um fruto civil produzido pelo trabalho que no dinheiro. Aqui
uma coisa produzindo dinheiro.
Juros e rendimentos no so frutos civis, pois so produzidos a partir do dinheiro. Significa
dinheiro produzindo dinheiro.
Direito Civil 35
Produto
Utilidade econmica retirados da coisa que interfere na real totalidade da coisa, no se renovam
automaticamente. Ex.: mina de outro ou carvo, que uma hora acabaro.
A percepo dos produtos leva extino da coisa principal. Ex.: petrleo tambm um produto.
OUVIR 57 min ate1:00 parte 3 dia 10.03
Ex.: Joo filho de Maria, esta doa sua fazenda para seu filho, mas o contrato de doao tem
reserva de usufruto (ao transferir a propriedade constituiu direito real sobre coisa alheia). No caso de
Joo descobrindo metais preciosos na fazenda, quem ter direito de perceber estes produtos? A unio,
mas o proprietrio da fazenda tem direito a perceber royalties. Quem ter direito a isto? Duas correntes
respondem isto (sem consenso):
1 interpretando o art. 1.394 do CC sustenta que o usufruturio teria direito os produtos tambm
(d uma interpretao extensiva), isto pois o usufruturio tem o benefcio econmico da coisa, da teria
direito aos frutos e produtos.
2 a interpretao do art. 1.394 CC deve ser restritiva. Tanto no direito real de usufruto, quanto
no de uso, s h direito de percepo dos frutos por parte do possuidor direto. Para esta corrente uma
restrio em favor do proprietrio.
As divergncias no direito civil esto se tornando diferena entre correntes clssicas e modernas.
Pertenas - art. 93 e 94 CC
Considerados no CC de 1916 como bens imveis pois integravam o bem imvel (chamados de
acesso intelectual)
So todos os bens que aderem, gravitam ao bem principal e servem para aformosear o principal.
Embora no incorporado coisa, servem, se modo duradouro, ao servio, aformoseamento do
outro.
Bens que mesmo sem no constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao
uso, ao servio, ou ao aformoseamento de outro. Ex.: elevador, coisas que o bem principal depende
dele. Aqui no se aplica a regra de gravitao. O bem acessrio no segue o principal. No parte
integrante do bem, ar condicionado, geladeira, fogo. Uma obra de arte tambm se encaixa aqui.
O STJ, por meio do REsp 1024394, entendeu que o imvel de pessoa jurdica em que reside
entidade familiar impenhorvel.
REsp. 439.920, Min. Castro Filho, 11.11.2003. O fato de o nico imvel residencial vir a ser
alugado no o desnatura como bem de famlia, quando comprovado que a renda auferida destina-se
subsistncia da famlia. - Impenhorabilidade do imvel alugado - Smula 486 - STJ REMISSO.
penhorveis a vaga de carro na escritura, desde que haja previso para venda de vaga em
conveno para terceiro. Ainda que seja a mesma matrcula. Escrita na escritura.
Inciso VII fala em imvel do fiador - qual o fundamento? A impenhorabilidade tutela em ltima
anlise a moradia. Direito social a moradia um direito prestacional de 2 gerao que depende da
atividade mediadora do Estado.
Castrar essa tcnica legislativa romperia o equilbrio do mercado despertando exigncia mais
custosas para as locaes residncias dificultando ou inviabilizando o acesso ao prprio direito de
moradia.
No RE 407688/SP, o STF, julgou isto, alegando a constitucionalidade garantia maior para o
locador incentivando o aluguel para dar acesso ao direito fundamental moradia. uma poltica
afirmativa legislativa dando maior segurana ao mercado imobilirio.
A renncia ao benfico de ordem clusula abusiva.
Conceito tradicional: Fato jurdico todo acontecimento, natural ou humano que cria, modifica
ou extingue relaes jurdicas. OUVIR 00 min at 9 min da parte 1 do dia 13.03
Fato jurdico lato sensu todo acontecimento natural ou humano que determina a extino ou
ao no mundo do direito. Admite tanto fatos da natureza com interveno do homem ou no. Ex fato
natural: nascimento, aniversrio de 18 anos, a morte. Divide-se em fato jurdico stricto sensu fato
humano.
Fato meramente material X fato jurdico: A diferena est na aptido de produo de efeitos
jurdicos e no na origem.
o acontecimento capaz de modificar. Ex.: testamento ele no mexeu na ordem jurdica, mas
produziu seus efeitos.
Conceito: O fato jurdico em sentido estrito todo acontecimento natural, sem interveno
humana, relevante para o direito. > So fatos da natureza, independem da vontade do homem.
Fato Natural ordinrio aquele fato jurdico que percebemos no dia a dia. Ex.: o nascimento,
morte natural, decurso do tempo (prescrio- de usucapio, por exemplo - e decadncia). No decorre
da interveno humana, decorre da natureza. Mesmo que haja um assassinato, a ao humana produz
efeito, mas o efeito mortis s ocorre pois um ser vivo que por natureza capaz de se exaurir. Se um
tiro fosse dado na pedra, ela no morreria.
Fato humano o ato. Podem ser a favor ou contra o direito (atos lcitos ou atos ilcitos). A
doutrina majoritria recusa incluir o ato ilcito na classificao dos fatos humanos de forma a separar o
Direito Civil 38
campo da licitude e ilicitude. Para a doutrina preponderante se divide em ato jurdico jurdico como o
lcito e o ato ilcito que viola o ordenamento positivo.
Fatos humanos decorrem das aes humanas tambm so fatos jurdicos que se subdivide em:
Ato jurdico em sentido amplo - espcie de fato jurdico em sentido amplo toda ao humana
voluntria lcita que produz efeitos na rbita jurdica. Divide-se em:
o Ato Jurdico em Sentido Estrito - aquele comportamento humano,
voluntrio, cujos efeitos decorrem da lei. Os efeitos no decorrem das
vontades das partes. Caio Mario: conduta humana meramente obediente
a ordem legal constituda que produz efeitos jurdicos ex lege.
Resumo: Conduta obediente a lei E Efeitos determinados pela lei
Ex.: Quando o pai reconhece seu filho, voluntrio. Contudo questo de prova: por atividade
cartorria reconhece a paternidade da criana, mas diz que no ir arcar com alimentos. No possvel
se eximir do dever de alimentos, pois quando se pai assume-se um vnculo de parentesco. Esse ato de
reconhecer a paternidade tem a natureza jurdica de um ato jurdico humano na modalidade ato jurdico.
Esse ato jurdico tem os efeitos determinado pela lei e no pelas partes, portanto no pode reconhecer a
paternidade e se eximir dos demais efeitos regulados pela lei.
Reconhecimento de paternidade por ao ainda h voluntariedade, mas no de forma
real, pois h uma substituio da vontade do pai, pela autoridade judiciria. Art. 185 CC
Classificam-se em:
Bilaterais - aqui duas ou mais pessoas manifestam suas vontades. A doao no um
negcio jurdico unilateral. Ele bilateral, mas na classificao de contratos ele unilateral.
Unilaterais - uma s pessoa manifesta sua vontade. Ex.: testamento, promessa de
recompensa. Pela manifestao de uma s pessoa j se vincula a vontade de 1 delas. O
testamento no precisa da aceitao dos herdeiros para se constituir, s requisito para a
transferncia do patrimnio.
Direito Civil 39
1 Corrente (Leoni e Guilherme Couto) H uma presuno de que o menor est sendo
representado pelo seus pais para os negcios pequenos, advm tambm do direito alemo.
2 Corrente (Pablo Stolze) Ato fato jurdico, dispensa anlise da capacidade e conscincia da
pessoa que exterioriza uma vontade, bastando apenas que exista a capacidade natural. O problema que
vrios autores como Tepedino dizem que o CC no acolheu o ato-fato jurdico.
3 Corrente (Zeno Veloso e Humberto Teodoro Jr) Trata-se de um ato socialmente aceitvel,
que no se enquadra no conceito de negcio jurdico. No ingressaria no campo jurdico, haja vista que
no pe em risco a harmonia da vida social. Na corrente 3 no entra sequer na seara do fato jurdico,
pois no h relevncia para o direito. No h Lesividade nesse ato social.
No h consenso. necessrio saber as trs.
Contrato de namoro no possui qualquer validada, pois a unio estvel e uma situao ftica.
Ato ilcito - continua sendo jurdico, apesar de ser ilcito. contrrio ao ordenamento jurdico.
Aparece no art. 186 do CC. Lembrar da posio do examinador da banca de penal que defende isso
na teoria do crime.
Os incapazes so representados pelos pais, tutores e curadores. Aqui incide a representao legal.
As pessoas jurdicas no possuem representantes, mas rgos, pois prevalece a teoria orgnica.
As pessoas jurdicas, poderem, contudo estabelecer representao voluntria, conferindo poderes
para que outras pessoas exeram a representao.
A representao voluntria surge da iniciativa, manifestao, do representado.
Negcio consigo mesmo ou contrato consigo mesmo art. 117 do CC mesma sano do
conflito de interesses. Ex.: compra e venda de imvel mediante atribuio de poderes para outrem o
faa; o representante, ele mesmo compra. Uma pessoa aparece nos dois polos. Num deles atua em seu
prprio nome, no outro, atua com poderes representativos. Prima facie, cabe anulao, mas pode-se
pensar num controle funcional, de forma a afastar a anulabilidade, num conflito meramente aparente
que no a soluo imediata da lei, mas pode o interessado arguir isso requerer tal controle ao
magistrado.
Direito Civil 41
Negcio jurdico
Critrios de interpretao
Teoria subjetiva savigny prioriza a manifestao da vontade na gnese do negcio jurdico.
O papel do intrprete vai ser buscar a vontade da parte.
Teoria da Confiana - art. 113 c/c art. 112 do CC e art. 138 do CC, mas o fundamento maior
o princpio da boa-f A declarao de vontade ir prevalecer sobre a efetiva vontade na medida em
que tenha suscitado legitima expectativa no destinatrio (verificada a boa-f objetiva). Antnio
Junqueira de Azevedo aborda o assunto.
Deslocou-se para esse entendimento, pois o negcio jurdico muito mais do que a mera
expresso da vontade, que ocupa uma posio secundaria.
Art. 539 do CC uma exceo do silncio representar uma manifestao legal em decorrncia
da previso legal. Aceitao presumida e no aceitao tcita, ocorre tambm na sucesso testamentria.
Escada Ponteana
Desenho/Esquema Professor.
Plano da existncia
Elementos de existncia - pode a manifestao de vontade ganhar diversas formas que recair
sobre um objeto (Direito, bem). O agente precisa ser pessoa - jurdica ou natural. Por vezes a lei exige
agentes especficos. Casamento entre pessoas do mesmo sexo foi considerado inexistente, postou eu a
alei exigia uma gente do sexo feminino e do sexo masculino. Se fossem do mesmo sexo, o negcio
jurdico era inexistente.
Direito Civil 43
Algo existe ou no existe pois assim percebido pelas pessoas, mas no que o ordenamento
jurdico assim o vincule.
Plano da Validade
Plano de validade tem requisitos. art.104 CC (c/c/ 112). Faltou s a manifestao de vontade
que precisa ser livre (caso contrrio estaria em erro - os defeitos do negcio jurdico esto no plano da
validade) e de boa f (caso contrrio pode ser um ato ilcito).
Agente capaz: Se a parte for incapaz deve estar devidamente assistida ou representada, caso
contrrio o ato invlido nulo ou anulvel.
Legitimado: pode o pai vender o nico imvel para algum sem consulta aos filhos? Pode, sim
se for capaz. No poderia vender a um dos filhos, sem autorizao dos outros, pois careceria de
legitimao pelos outros herdeiros art. 496 CC.
Objeto - art. 166, II CC combinar com o art. 104 CC.
Direito Civil 44
A invalidade do negcio jurdico pode ser nulidade absoluta (nulo) ou nulidade relativa
(anulvel).
A forma pode ser livre ou aquela prevista em lei.
Caso concreto
Resposta oficial: parte da doutrina rechaa a posio. Negcio jurdico inexistente, pois o que
no existe no pode sequer ser considerado negcio,
Plano da eficcia
O negcio existente vlido em regra eficaz, mas pode no ser quando ocorrer:
Ineficcia relativa para proteo de terceiros. Ex.: fraude a execuo, venda non
domino. uma tcnica de proteo de algum que alvo da tutela do ordenamento,
Ineficcia pendente ocorre na presena de condio suspensiva e termo inicial.
Negcio existente nulo em regra ineficaz. Contudo, o plano de edio um plano de aptido
terica para produo de efeitos. So raras as hipteses em que h a eficcia de ato invlido e inexistente.
Ex.: adoo a brasileira. contrato de trabalho nulo, produz todos os efeitos apesar da nulidades. Contrato
administrativo nulo que no observou os procedimentos licitatrios, obrigando a administrao pblica
a certas aes.
2. Princpio da conservao - Sempre que o juiz puder, ele deve, na medida do possvel, tentar
conservar o negcio invlido, ainda que eivado de alguma invalidade.
Obs.: Princpio tambm aplicvel quando cabvel aos atos jurdicos art. 185 do CC.
Ex.: art. 547 Doao com clusula de reverso - a doutrina chama de nulidade virtual.
Segundo o pargrafo nico no existe reverso em favor de terceiro. Ao invs do bem ir para o
donatrio, vai para terceiro. nulidade ou anulabilidade? nulidade, pois toda vez que a lei probe uma
conduta sem cominar sano por fora do art. 166, VII do CC.
Diante de uma invalidade, o juiz pode preservar o negcio jurdico. Existe o princpio da
conservao dos negcios jurdicos, sempre que o juiz puder ele deve tentar preservar o negcio jurdico,
ainda que invlido.
Isto deve ser feito de acordo com os institutos que o permitem:
Direito Civil 45
Ex.: unio estvel em comunho parcial de bens. Se dissolver a unio estvel no precisa dividir
o bem adquirido antes da unio, pois bem particular. Se por ventura quiser vender o bem durante a
relao, deve conseguir a outorga do cnjuge.
Isto aplicado ao cenrio do casamento, necessria a autorizao de acordo com o art. 1.647 CC
outorga conjugal ou uxria.
Art. 1.660, V frutos dos bens comuns e particulares se comunicam
Se no houver outorga e vender o bem, o ato anulvel no prazo de 2 anos a partir do termino
da sociedade conjugal. Contudo, pode ser confirmado de maneira expressa ou tcita pelas partes (Ex.
de tcita: vende-se o bem e deposita na conta conjunta na qual a parte que no concordou expressamente
utiliza dos valores provenientes da venda).
Direito Civil 46
O art. 421 traz disposio acerca da liberdade de contratar ser exercida nos limites em razo
da funo social do contrato, que matria de ordem pblica e no mera interpretao doutrinria,
est expresso no art. 2.035,n.
A funcionalizao do direito subjetivo uma matria de ordem pblica.
No direito inter partes o que limita a autonomia a boa f no art. 113,187,422 do CC, na
perspectiva do outro, internamente. Diferentemente da funo social do contrato que perante o outro.
Miguel Reale diz que a definio da no f objetiva como a minha atitude vai impactar no outro.
O que faria uma vontade perfeita? Uma vontade idnea, que constri o prprio direto conferido
pelo direito para que seja livre. Tambm precisa ser consciente, quando a divergncia real e interna
um defeito. Quando h essa divergncia chamamos de reserva mental de outro lado temos a reserva
declarada (ex.: pases signatrios podem fazer reservas expressas de no aderir determinado tratado;
ex.: usa a palavra ressalva ao invs de reserva: nos contratos de adeso quando no se concorda com
determinado item quando permitido num contexto negocial. Quando a ressalvo expressa no viola a
boa f); quando a reserva mental um problema, pois permito que o outro confie numa atitude questo
a vontade real. A reserva tratada como? O art. 110 do CC estabeleceu duas possibilidades: 1. A
reserva s conhecida do agente, mas declara sem querer de forma consciente, sabe que o que est
dizendo no verdade; s que o outro no sabe. No pode fazer estabelecer como defeito essa reserva,
pois estaria a proteger a torpeza do outro em funo da prpria reserva. Ela no altera a validade do
negcio jurdico. 2. A vontade foi expressa sede alguma forma, verbalmente, escrito, por algum meio.
A outra parte no tem legtima expectativa, pois ele sabia que no ocorreria. Uma corrente diz que isso
uma simulao, quando duas pessoas concordam que no aquilo verdadeiro, pois vo declarar assim
mesmo pois pretendem obter algo diferente daquilo. Simulao bilateral gera nulidade. A outra corrente
diz que diz que algo verdadeiro e o outro no sabe, essa verdade no existe. O negcio jurdico nunca
existiu, no negcio nem cabe nulidade.
A divergncia entre a vontade declarada pode ser um defeito ou no. Ter de ser verificado a luz
dos requisitos se h essa configurao ou no.
Divergncia entre a vontade real e a vontade declarada. No era o direito que objetivava adquirir
ou o dever que pretendia suportar.
Os defeitos do negcio jurdico invalidam o negcio, pois atinge a manifestao de vontade que
no seria livre ou no ser legtima. Nem sempre o comportamento ilcito.
Vcio do consentimento
h uma divergncia entre a vontade declarada e a real inteno.
Erro
erro sozinho - art. 138 CC - a falsa representao da realidade. A pessoa interpretou
de forma errada a realidade.
Na ignorncia no houve contato com o fato relevante, no houve nem uma formao
de falsa representao. H um desconhecimento.
O legislador no plano das consequncias trata o erro e a ignorncia da mesma forma.
A pessoa manifesta uma vontade que diverge da sua real inteno, pois ela est
enganada. Requisitos para que seja um erro e no um mero engano:
Direito Civil 49
O engano deve recair sobre circunstncias e aspectos relevantes do negcio jurdico. ERRO
SUBSTANCIAL, ESSENCIAL. Se houve um engano no tamanho do objeto comprado no erro do
ponto de vista do direito. Se o impacto for na esfera jurdica, h erro, mas se no for relevante no h
que se falar em erro. Hipteses do art. 139 do CC.
Erro quanto a natureza do negcio;
Erro quanto a identidade ou qualidade da pessoa;
Erro de direito quando for em relao ao motivo nico ou principal do negcio.
Exceo ao art. 3 da LINDB, no quer deixar de cumprir a lei, mas o negcio que s
foi praticado em razo de uma interpretao errnea da lei. Ex.: norma que legitima
um negcio e depois declarada inconstitucional. O separado convencional por total
de bens tem direito aos bens em funo a morte, mas no em vida. Mudou a
interpretao da norma. OUVIR 1:08:00 parte 1 dia 15.03.2017 art. 849 CC cai com
frequncia em provas objetivas
Art. 140 falso motivo as razes que levam alguma celebra um negcio podem ser
dvidas em causas e motivos. A diferena que as duas sero determinantes para
algum, mas ser notoriamente ou internamente determinante? O falso motivo um
problema interno de cada um, a no ser conforme o art. 140 que tenha sido expresso
como a razo determinante do negcio. Assim, as duas partes passam a ter aquilo como
elemento essencial do negcio. Transforma o motivo em causa determinante.
O erro precisa ser COGNOSCVEL. o conhecimento do erro pelo destinatrio. Ele ser possvel
para o destinatrio perceber que o a outra pessoa est em erro. Busca-se preservar a confiana.
destinatrio da manifestao da vontade que, mesmo percebendo que a autora estava em erro, silenciou
ao invs de adverti-la.
Falso Motivo: Art. 140 do CC - em regra no gera anulabilidade salvo quando a razo do negcio
estiver expressa e for determinante.
Princpio da conservao do negcio jurdico: Art. 144 do CC > A pessoa para quem dirigida
a vontade eivada de erro pode se oferecer para execut-la na conformidade da vontade real.
O erro no precisa ser mais ESCUSVEL - Enunciado 12 CJF o dispositivo adota o princpio
da confiana. necessrio saber se o destinatrio tem ou no possibilidade de conhecer o erro. Ainda
pode aparecer na jurisprudncia, mas no prevalece mais.
Ex.: o pai entrou com uma ao pedindo a restituio dos valores pagos em dois jogos de vdeo
games. Narrava na inicial que ao separar de sua esposa, ficou por culpa prpria do filho, queria recuperar
o amor dele de volta. Num determinado ano deixou que o filho escolhesse um presente de natal. A
criana escolheu um destinado para determinada plataforma.
Dolo
algum me ajuda a errar - O artifcio ardiloso empregado para enganar algum com
intuito de benefcio prprio necessrio a inteno de enganar o negociante. Pode se a outra
parte negociante ou at um terceiro. Pode ser omissivo e comissivo.
um erro qualificado pela m-f.
Caso concreto 1
Resposta: sem anulao. Assessorado por advogado, informao pblica, etc.
No adota a teoria da responsabilidade. No era escusvel.
Na teoria da confiana, essa uma informao importante.
Caso concreto 2
Resposta: falar das teorias.
Coao
A vontade foi forada para tal - a presso fsica ou moral exercida sobre o negociante
para obrig-lo a assumir uma obrigao que no defensiva vontade. Se a presso fsica for
irresistvel passa a ser hiptese de inexistncia do negcio jurdico, pois no houve
manifestao de vontade.
Direito Civil 52
Toda ao que leve um indivduo a realizar um negcio jurdico que sem essa coao
no o teria feito.
Diverge de leso e estado de perigo. Aqui no so levados em conta a questo
econmica.
Requisito:
o Relevante
o Dano iminente - a pessoa do negociante, sua famlia e bens. Poder estender isto a pessoa que
no seja da famlia, dependendo das circunstncias - art. 151, pargrafo nico.
o Pode ser exercida por terceiro - art. 154 CC9.
o Grave e capaz de gerar fundando temor;
o Atual e iminente;
o Recair sobre a prpria pessoa ou famlia ou bens.
Espcies:
Caso concreto 3
Resposta: a dvida lcita ou ilcita? Se for lcita, o inadimplemento existe. Diante disso
exerccio regular de direito, com possibilidade de negativao do nome dela. Se ameaar negativar com
base em dvida ilcita, no poderia negativar o nome.
Estado de perigo
9
Se o negociante beneficiado tinha ou devesse ter conhecimento da coao - O NJ anulado e ele
responde solidariamente perante o prejudicado por perdas e danos.
Se o negociante no tinha conhecimento - O NJ vlido - Princpio da conservao dos negcios
jurdicos. O que no afasta o dever do coator de indenizar o prejudicado por perdas e danos.
Direito Civil 53
Uma real necessidade - art. 156 CC conceito - requisitos o dolo de aproveitamento. Quando a
outra parte sabe e pretender lucrar com a situao de risco.
Requisitos:
OBS.: O juiz deve interpretar tais requisitos a luz da boa-f objetiva - art. 113 e 422 do CC.
Estado de perigo # leso - todos os dois so vcios de formao da vontade, essa necessidade est
presente na data em que foi celebrado do negcio jurdico, no pode ser auferido depois.
Buscar primeiro se era pra evitar dano a pessoa e se houve dolo de aproveitamento estado de
perigo. Caso contrrio leso.
O art. 157, 2 permite a reviso do negcio jurdico instituto que visa preservar o negcio
jurdico. Pode ser aplicada ao estado de perigo tambm.
Direito Civil 54
Leso
art. 157 - tambm tem uma pessoa em premente necessidade, que por inexperincia se obriga a
uma prestao desproporcional. Aqui no tem dolo de aproveitamento, ou seja, no necessrio que
a outra parte saiba da inexperincia. Aqui visa acabar com a irrazovel desproporo.
Tambm temos a onerosidade excessiva na origem aqui. 1 do art. 157 do CC. OUVIR 51 min
parte 3 15.03.2017
Art. 157,2 - interpreta-o no literal, no pode ser somente submetido a reviso por oferecimento
do ru, mas tambm a pedido do autor. Enunciado 149, 150, 290 e 291 do CJF.
Direito Civil 55
um vcio social - a conduta desleal de um devedor que, sabendo que no ter meios para
satisfazer os seus credores, resolve dilapidar intencionalmente o seu patrimnio. Previso no art. 158 e
seguintes. No um vcio de consentimento, mas um vcio social. Pode se dar em negcios gratuitos ou
onerosos.
EX: Marcelo credor de Gustavo da quantia de R$1.000.000,00. Sabendo que no pode pagar
vende um de seus imveis no valor de R$1.300.000,00 para Srgio e fica com outro utilizado como sua
nica moradia.
Se for quirografrios o
crdito cabe penhora sobre
todos os bens.
Se for crdito
hipotecrio, OUVIR 1:00 at o
final parte 3 dia 15.03.2017
Requisitos:
1) Insolvncia do devedor (eventos damni) quando j est insolvente, o ato do devedor agrava
a sua situao. O prprio estado de insolvncia j caracteriza a fraude, irrelevante a m f.
2) Conhecimento por parte do beneficirio ou adquirente (consilium fraudis) para o
beneficirio acidental para o adquirente essencial
3) Crdito pre existente a celebrao do negcio jurdico fraudulento -
4) Crdito quirografrios. s hipotecrios ou pignoratcio se exceder a garantia.
Direito Civil 56
No precisa ter ao de cobrana, de forma judicial, ela acontece independente disso. Basta que
exista o credito, independentemente dele ter sido cobrado ou no.
A segunda corrente diz que o efeito a ineficcia relativa do ato em face daquele que promoveu
a ao Pauliana e no conseguiria que outros credores que no fizeram nada atingissem esse bem antes
(gera um direito preferencial), cuja natureza declaratria.
Direito Civil 57
necessrio comprovar que a pessoa que adquiriu, sabia ou tinha possibilidade de saber da
insolvncia. No precisa que estejam em conluio.
Simulao
Princpio da conservao dos atos negociais esta presentes na redao do art. 167 do CC.
A invalidade pode ser total ou parcial. Pode ser possvel salvar o negcio.
Simulao absoluta:
Formada a partir de uma declarao de vontade voltada para no gerar efeitos jurdicos,
lesiva a direito de terceiro.
Ex.: transferncia patrimonial a uma amigo para prejudicar o cnjuge na partilha de bens,
mas o patrimnio continua sob domnio do alienante nada muda.
Fulmina-se de invalidade todo o ato.
Simulao relativa:
Direito Civil 58
Simulao inocente:
Ocorre quando no visa prejudicar a terceiros ou fraudar a lei;
No cdigo civil anterior este tipo era validado perdendo essa figura no atual cdigo.
No cdigo anterior o elemento lesivo integrava o tipo.
Consideraes:
A simulao causa nulidade do negcio jurdico
Na simulao relativa, pode-se permitir os efeitos do ato dissimulado se valido na
substncia e forma.
Os efeitos da simulao inocente no tem proteo so nulos, pois a inteno no
integra os elementos da simulao no CC atual.
Admite-se a alegao dos prprios simuladores em juzo resguardando o terceiro de
boa-f.
A reserva mental (verdadeira inteno) quando de conhecimento do outro contraente,
converte-se em simulao.
Nulidade e convalidacao
Simulao negcio jurdico nulo no cabe confirmao de negcio jurdico nulo a
vila,co de preceito der ordem pblica.
Negcio anulvel pode convalescer por duas razes: tempo (ratificao presumida) ou
confirmao tcita ou expressa.
ATO INEXISTENTE
Verificar-se existe como um negcio jurdico. No plano da existncia da escada ponteana.
Plano da existncia plano do ser, falta elementos essenciais fundamentais.
A inexistncia o no fato
Direito Civil 59
Plano da validade ajuste ao estabelecido por lei. Fato invlido pode decorrer d nulidade o
anulabilidade (invlido nulo ou anulvel).
Plano da eficcia cria, extingue, modifica ou substitui relaes jurdicas.
Alguns atos a lei preconiza uma essenciabilidade. Na compra e venda necessrio o registro no
RGI para que seja existente e se uma regra essencial, referente a existncia.
Que tipo de sentena se profere quando h ato inexistente? uma sentena de natureza
declaratria, pois no se cria um direito, j adveio inexistente. S h o reconhecimento dele. Efeito ex
tunc.
Sentena ato invlido natureza anulatria. Quando h possibilidade de resolver a nulidade.
Efeito ex nunc. Aqui constitui uma nova situao.
Sentena ato nulo natureza declaratria, nulo de pleno direito pois fere a ordem pblica. Efeito
ex tunc.
Teoria da nulidade. Um ato invlido pode ser nulo ou anulvel. Se for nulo a natureza da sentena
declaratria tambm. Se for anulvel a sentena tem natureza anulatria, pela nulidade relativa do ato
invlido.
Anulatria - prazo decadencial. Sentena com efeitos ex nunca. Arguida somente pelo
prejudicado, no pode ser declarada de ofcio.
Falta de vontade nulidade absoluta * boa parte da doutrina entende que est coao fsica no
est no campo da validade, mas da existncia.
Falta de consentimento nulidade relativa
Coao fsica vis absoluta a torna nulo o ato para essa doutrina existe vontade, mas vai se
analisar a qualidade dela // *boa parte da doutrina entende que esta coao fsica no est no campo da
validade, mas da existncia, pois no houve vontade.
Coao moral vis compulsiva torna anulvel o ato prazo de 4 anos a contar da celebrao
do ato (art. 1.560, IV do CC). Se a coao moral for comprovada durante certo decurso do tempo, pode
ser anulado o negcio segundo uma deciso.
Aquele que por ato ilcito causar dano a outrem tem o dever de reparar.
O dano do art. 927 diferente do art. 186 que tem natureza. Leso ao bem jurdico tutelado.
Qual o ressudaste da indenizao? o prejuzo efetivo, material, moral que merea uma
reparao pecuniria.
O ato ilcito pode ocorrer sem que haja responsabilidade civil o dever de reapario. Isso algo
raro. Como regra geral quando h reparao civil h ato ilcito, mas nem sempre quando h ato ilcito
h dever de indenizar.
Art. 944 do CC. 1 traz uma deferncia a. Exceo a restituio integral. A culpa pode
ser muito grave e o dano muito pequeno. Pela lei o juiz no pode aumentar a indenizao
para alm do prejuzo valorando a conduta. Na prtica o dano moral punitivo
exatamente isso. No momento da indenizao olha-se para o dano, para o tamanho do
prejuzo. Contudo, no dano moral punitivo, valora-se a conduta para aumentar a
indenizao. H quem defenda portanto que no h previso para essa indenizao
punitiva, somente para diminuir no caso do 1 do art, 944 do CC.
O STJ perpassou pelo tema e reconheceu a existncia do dano moral punitivo, mesmo
sem previso no texto legal.
Abuso do Direito
Direito Civil 62
Se o abuso de direito vier causar dano a algum pode gerar direito de indenizar, conforme art.
187 do CC quem comete ato ilcito advindo de um exerccio de direito, desrespeitando os limites
impostos pelo fim econmico ou social, pela boa-f, ou pelos bons costumes. c/c art. 927.
Natureza jurdica da palavra manifestamente (art. 187 CC) advrbio intensidade.
Conceito
O abuso do direito um desvio no exerccio de um direito que ocorre quando o titular excede
manifestamente os limites impostos pela boa-f, pelos bons costumes, pela funo social de dum direito.
O direito pode ser exercido de forma tica ou no, mas h um direito o que difere do ato ilcito
quando no h direito (TABELINHA).
H quem defenda que esta topograficamente no local errado, vez que abuso d direito e ato ilcito
no so a mesma coisa. Esses afirmam que o ato ilcito como elemento geral tem um elemento subjetivo
na valorao. J no abuso de direito no h necessidade de valorar a conduta de quem age de forma
antitica, uma anlise essencialmente objetiva.
Enunciado 37 CJF se o art. 187 diz para exercer de forma principiolgica atravs da boa-f,
entre outros, como isso se d do ponto de vista objetivo? Vai avaliar a conduta reputada como correta
em comparao com a prtica. Se estava diferente h violao da boa-f objetiva e no entra na seara
da boa-f subjetiva.
exatamente assim que ocorre no abuso de direito.
Ex.: direito de vizinhana aumentar o muro, exerccio do direito, mas no agiu com um fim
especfico, somente prejudicou o vizinho e h uma violao do direito de outro, gerando um dever de
indenizar.
Ex.: banco (REsp 250523) no pode se autopagar quando h um crdito com o correntista, ao
menos que haja previso em contrato.
Ex.: abuso de jornalista que revela informaes sigilosas.
Ex.: Acrdo do RS 70002257715 considerou abuso de direito negativao de dvida OUVRI
1:02:00 parte 1 dia 17.03.2017.
Ex.: A cobrana de um cheque prescrito um abuso de direito. O protesto ocorre para constituir
em mora, interrompe a prescrio da dvida e no do ttulo. ato abusivo pois tem o aspecto de coao.
H quem critica que isso demoniza o credor.
Ex.: atraso dos alugueres. Purga-se a mora, mas se isso for sucessivo, h um abuso do direito. A
reforma da lei de locaes estabeleceu o prazo para purgao da mora, 1 vez a cada 24 meses. Art. 63
lei 8.245/91.
possvel que haja o dever de indenizar sem um ato ilcito, h portanto uma responsabilidade
civil quando de um ato lcito tambm. H um aspecto moral aqui. Isso s ocorre quando a lei prever,
coisa que no existe na legislao. Art. 188 do CC.
A definio do instituo est no CP e no no CC. Arts. 23, 22 do CP: legtima defesa, estado de
necessidade e estrito cumprimento do dever legal.
Art. 167, CC aquele que tem menos relao com o fato OUVIR 1:25:00 at 1:30:00 parte 1 do
dia 17.03.2017 combinar o art. 188 com 929 do CC.
O dano sozinho no significa nada do ponto de vista da responsabilidade, por isso o ponto de
partida o ato ilcito.
Art. 930 do CC ter ao regressiva quanto a terceiro. OUVIR 1:36:00 at o final parte 1 dia
17.03.2017.
Caso concreto 1
Resposta: exerccio antitico do direto que no uma licitude, mas permite os direitos da
responsabilidade.
Direito Civil 63
Caso concreto 2
Resposta: responsabilidade civil por ato lcito, gerando dever de indenizar e ao de regresso.
Caso concreto 3
Resposta: a conduta objetiva inexistente. No se discute culpa, pois sequer houve conduta
objetiva. H uma no responsabilidade.
OBS.: locadora de imveis OUVIR 1:44:00 at o final parte 1 dia 17.03.2017.sumula 492 do STF
que atribui resposnabilidade a locadora, mas criticada, pois no h nexo causal e nem conduta
relevante para o resultado de forma que pudesse incorrer em culpa pelo evento danoso a locadora.
Temos de identificar a conduta relevante para o dano caso contrrio ser imputvel a querer um
o evento danoso, porque dano praticado sempre.
Consequncias
1. Tutela Reparatria quando ao exercer o direito, excedendo os limites, nasce uma tutela
reparatria. A vtima pode buscar essa indenizao.
2. Tutela Inibitria - para que o indivduo pare de efetuar aquilo, uma obrigao de no fazer,
para o sujeito no praticar mais aquela conduta abusiva.
3. Resoluo contratual o abuso do direito pode gerar uma forma de inadimplemento. Uma
violao positiva do contrato. Cumpre a obrigao sem observar os deveres da boa-f,
informao, etc.
A violao pode ferir os bons costumes tambm, mesmo que parea algo incomum. Ex.: um
condomnio pode entrar com uma tutela inibitria contra um condmino que nade pelado
constantemente na piscina da rea comum.
O CC deveria ter uma coeso principiolgica posto que cada livro foi criado por um doutrinador
diferente que pode ter vises contraditrias sobre o assunto.
1. Operabilidade
As normas devem ser elaboradas de modo que possam ser aplicadas no caso concreto, sem gerar
dvidas, incertezas, pacificando as relaes sociais, que o escopo primrio do direito civil.
Direito para ser executado direito que no se executa como a chama que no aquece
(Ihering).
2. Socialidade
O direito deve se preocupar no apenas com seu titular. O titular no deve se preocupar apenas
com seus interesses. O titular do direito ao exerc-lo deve otimizar a funo daqueles direitos.
Todo direito, pelo paradigma da Socialidade, funcional. Isto significa dizer que tem uma funo
a cumprir na sociedade.
Eticidade est ligada a boa-f objetiva, a socialidade est ligada a funo social. Seja funo
social dos contratos, seja funo social da propriedade.
Funo social passa a ser atributo das situaes jurdicas (contratos e propriedade).
Passa a limitar o exerccio dos direitos subjetivos (ao lado da boa-f), uma vez que se exercidos
manifestamente contrrio a funo socioeconmica constitui abuso de direito art. 187 do CC.
3. Eticidade
A tica deixa de ser um valor moral ou filosfico e passa a ser um valor jurdico.
Estar de boa-f objetiva estar num comportamento tico. Ser tico fazer o certo ainda que isso
lhe prejudique.
Boa f objetiva regra de comportamento tico a ser observada por todos nas relaes jurdicas
(Judith Martins Costa). No importa se houve m f ou no. Importa se houve ausncia de boa-f. o
comportamento tico padro.
O proprietrio de um imvel vendeu-o e o comprador que o adquiriu, por ter o terreno uma bela
vista sobre um vale muito grande, construiu ali uma tima residncia, que valia seis vezes o preo do
solo. A verdade que o vendedor gabou a vista, e, ento, fez a transferncia do imvel para o comprador
negcio acabado. Depois, o ex-proprietrio, o vendedor, que sabia da proibio da prefeitura
Direito Civil 66
Exemplo - (REsp 95539/SP) Casal vende uma casa S o homem assina a promessa. A
prefeitura embarga a obra do comprador mas aciona os antigos donos na justia (Marido e mulher) que
se defendem dizendo que venderam a casa posteriormente a mulher ingressa com ao anulatria
dizendo que no deu outorga contradio com o outro processo.
OBS: Diferena de Venire para o princpio de que ningum pode alegar a prpria torpeza. Nos
dois existe conduta posterior contraditria com a conduta anteriormente pratica. Mas no segundo h o
elemento anmico torpeza, dolo, malcia de quem praticou. Existe uma m f subjetiva.
Supressio
Conceito: quando o no exerccio reiterado de um direito por certo lapso de tempo gera a
expectativa legitima de que no ser mais exercido, sem que com isso fira a boa-f objetiva.
Exemplos no STJ: Condomnio rea comum. No poderia ter alegado usucapio pois no h
usucapio de rea comum.
rea comum. Prescrio. Boa-f. rea destinada a corredor, que perdeu sua finalidade com a
alterao do projeto e veio a ser ocupada com exclusividade por alguns condminos, com a
concordncia dos demais. Consolidada a situao h mais de vinte anos sobre rea no indispensvel
existncia do condomnio, de ser mantido o status quo. Aplicao do princpio da boa-f (suppressio).
Recurso conhecido e provido. Resp 214680
Surrectio
Conceito: o exerccio reiterado de um comportamento ao arrepio do convencionado ou do
ordenamento jurdico, gera a expectativa de que assim continuar a ser exercido, implicando em nova
fonte de direito subjetivo, estabilizando tal situao para o futuro, sob pena de ferir a confiana e a boa-
f.
Ex: Contrato acordado que o pagamento ser feito em dinheiro e pessoalmente no dia 10 de
cada ms. Durante 10 anos feito em cheque, pelo correio e no dia 15.
No caso do condomnio cuja posio consolidada do STJ est acima, a surrectio aquele direito
errado que passou a ser do condmino.
Tu Quoque
Tu quoque, Brutus, tu quoque, fili mili? At tu Brutus, filho meu?
Aquele que descumpre reiteradamente uma norma legal/contratual/convencional no pode em
momento posterior se valer/exigir a mesma norma sob pena de lesar a legtima expectativa gerada em
terceiros no momento do descumprimento da norma.
O que no razovel que se cobre a multa de uma hora para outra, quando nunca foi antes
cobrada.
Comportamentos contraditrios como no venire, mas em vez de dois comportamentos lcitos que
na confrontao tornam-se ilcitos aqui os dois comportamentos j so ilcitos.
Direito e o Tempo
Tempo como elemento de produo de efeitos jurdicos Fato Jurdico Natural Ordinrio.
Na usucapio temos o decurso de tempo (fato jurdico natural ordinrio) com o fenmeno
aquisitivo, pois aquele que possui o bem com animus domine por um tempo, etc adquire a propriedade.
Ex.: art. 1.238 CC usucapio extraordinrio.
Exceo: Corre usucapio apesar de no correr prescrio art.198, I (no corre prescrio
contra o absolutamente incapaz) c/c 1240-A Usucapio familiar.
Direito ao
Crdito
Direito da
Personalidade
Direito Civil 70
Prescrio
a perda de uma pretenso de exigir de algum (pessoa certa e determinada direito relativo)
um determinado comportamento (patrimonial).
um fato jurdico extintivo.
A origem da prescrio a violao de um direito subjetivo, poder que a lei confere para exigir
de outrem uma prestao.
Tem por objeto (controvrsia doutrinria, pode ser o prprio direito subjetivo. Tempos depois
dizia-se que ao para reclamao que prescrevia, mesmo essa sendo direito subjetivo pblico. O que
prescreve no ao, nem o prprio direito, mas a pretenso. Art. 189 do CC o direito positivo afirma
que se extingue a prescrio nos prazos do art. 205 e 206 do CC.
A prescrio se divide em exintiva (tratada como prescrio prescritiva disposta no art. 167 do
CC) e aquisitiva (extingue a pretenso no mesmo momento faz nascer um direito. Ex.: A usucapio.
Fica na parte do direito das coisas e no na parte geral. o mesmo instituto.
O direito subjetivo se divide em: Patrimonial (Ex.: direito ao crdito) e Extrapatrimonial (direitos
da personalidade).
De acordo com o art. 189 CC, o prazo comearia a fluir do momento em que a pretenso nasce
para o titular da pretenso. Com a violao do direito.
Se ocorrer uma causa suspensiva antes do incio do prazo, ela ser na verdade impeditiva que ir
esperar a situao cessar para comear a prescrio.
A tese da actio nata significa que o termo inicial do prazo prescricional no , necessariamente,
a violao do direito, mas o conhecimento dessa violao.
O STJ vem temperando a dureza do art. 189 partindo da premissa de que o prazo prescricional
somente pode ter incio quando o titular toma conhecimento da violao do seu direito.
Direito Civil 71
OBS: No art. 27, do CDC, existe acolhimento expresso da tese da actio nata. Traz o prazo
prescricional de 5 anos para reparar o fato do produto.
Caractersticas da Prescrio
OBS.: NCPC contagem de prazos processuais em dias teis. No se aplica aos prazos de
prescrio e decadncia, pois so prazos de direito material, continuam a ser contados em dias corridos.
Apesar da literalidade da lei, o juiz somente pode conhecer de ofcio a prescrio depois de
intimadas as partes depois de formalizado o devido processo legal.
Para maioria da doutrina no possvel o juiz reconhecer prescrio de oficio na sentena prima
facie. Para a doutrina necessrio ter o contraditrio das partes envolvidas.
Direito Civil 72
OBS.: O ru pode ter interesse que ao invs de ser reconhecida a prescrio, seja reconhecida
que est sendo cobrada uma dvida que j foi paga ou indevida, e pedir a improcedncia da ao, com
repetio de indbito em pedido contraposto.
Enunciado 295 da Jornada de Direito Civil Art. 191. A revogao do art. 194 do Cdigo Civil
pela Lei n. 11.280/2006, que determina ao juzo reconhecimento de ofcio da prescrio, no retira do
devedor a possibilidade de renncia admitida no art. 191 do texto codificado.
OBS.: Apesar de ser de interesse privado Os prazos prescricionais no podem ser modificados
pela vontade das partes. Art. 192 do CC.
Pois isso acabaria sendo uma hiptese de renncia antecipada.
4. Pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdio art. 193 pode ser alegada
em qualquer grau de jurisdio.
A prescrio pode ser alegada a qualquer tempo ou grau de jurisdio nas instancias ordinrias
(primeiro grau e segundo grau).
OBS: Somente possvel discutir prescrio nas instncias excepcionais quando houver
prequestionamento (debater e obter uma deciso judicial). STF e STJ
o Efeito Translativo (expansivo) Minoritrio Toda vez que um recurso atende aos pressupostos
recursais de admissibilidade, a instancia aberta - todas as questes de mrito so devolvidas
ao julgador mesmo aquelas ainda no decididas. AgRG no Resp 773655.
A lei vai trazer os fatos que obstam o curso do prazo prescricional, dependendo do momento da
leso do direito subjetivo do caso poder ser uma causa impeditiva ou suspensiva ou interruptiva.
o Causas Impeditivas o prazo no sai do zero, ele no se inicia. Art. 197 do CC.
No corre em funo de um relacionamento entre os envolvidos.
No momento em que o casal se separa, comea a correr a prescrio. Entre
companheiros corre? Problema em como comprovar a unio estvel.
1 corrente: A regra no protege os companheiros, pois a lei s fala sobre
cnjuge.
2 corrente: art. 226 da CRFB estende a famlia da unio estvel os efeitos da
famlia do casamento. Portanto, impede a prescrio a unio estvel tambm
para os companheiros.
Sem relao jurdica entre os envolvidos que se recomenda que no haja prescrio por uma
situao de fato.
Incapazes art. 3 - absolutamente incapazes.
Ausentes do pas servio da unio e servindo as foras armadas em tempo de
guerra.
Direito Civil 73
Causas Suspensivas/Impeditivas aspectos subjetivos (quando est ligado a algo subjetivo das
partes). Se o prazo j comeou a corrersuspenso; seno impeditivas - arts. 197, 198 e 199 do CC. Rol
exemplificativo.
Todas as causas suspensivas so extrajudiciais.
Retoma-se a contagem quando cessada a causa que a originou
Causas Interruptivas Aspectos objetivos art. 202 do CC (algum ato que foi praticado). Rol
exemplificativo.
Retoma-se a contagem com o trnsito em julgado (regra, pois a maioria das causas so judiciais).
Apenas duas so extrajudiciais: confisso de dvida e protesto cambirio (prazo volta a correr no dia
seguinte prtica do ato).
A prescrio pode ser interrompida por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a
citao, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual (art. 202, I do CC):
OBS.: Mesmo que o processo seja extinto sem resoluo do mrito. Smula 106 do STJ e Smula
268 do TST.
Contra non valentem agere non currit praescriptio (Nenhuma prescrio corre contra quem
no pode agir). Caio Mario
Possibilidade de o juiz admitir hipteses no previstas em lei.
Pessoas em coma ou AVC.
Pessoas com deficincia mental que no possa exprimir sua vontade.
Enquadradas no art. 4, III do CC
Correr a prescrio o contra os relativamente incapazes.
Juiz poderia determinar o impedimento/suspenso neste caso.
Questes Polmicas:
Direito Civil 74
Prazos ordinrios
No CC de 2002 passaram a ser de 3 anos e no mais de 20 anos como no CC de 1916.
Comentrios: 1 passo - verifica-se que a relao jurdica de responsabilidade civil. Art. 206
CC (l no 3, V estabelece o prazo de 3 anos).
2 passo prazo de 3 anos que se inicia da leso (12.08.1995) que ele era menor.
3 passo - Contudo, comea a contar da data do aniversrio de 16 anos (14.09.2006). Logo a ao
prescreveu em 14.08.2009 que exatamente 3 anos aps a o aniversrio de 16 anos.
Prescrio CC 1916
Art. 2.028 CC 2002 - Sero os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Cdigo, e
se, na data de sua entrada em vigor, j houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei
revogada.
Aplica-se o prazo da lei anterior quando na entrada em vigor do CC 2002 j houver transcorrido
mais da metade dos 20 anos. Valer os 20 anos.
Se for menos da metade de 20 anos (menos de 10 anos), valer o prazo da nova lei a partir de
2003 (vigncia do novo cdigo).
11.01.2003
Decadncia
a perda de um direito potestativo que no foi exercido no tempo previsto em lei.
Direito potestativo direito de exigir algo de algum sem possibilidade de contestao.
a perda de um direito que no foi exercido pelo seu titular no prazo previsto em lei (decadncia
legal), ou no prazo previsto pelas partes (decadncia convencional).
Primeiro deixa transcorrer o prazo da decadncia convencional (da garantia) para depois contar
o prazo da decadncia legal.
Direito Civil 77
Ttulo V Da Prova
PARTE ESPECIAL
Conceito:
Obrigao uma relao jurdica que vai se estabelecer entre dois ou mais sujeitos de modo que
um ou alguns deles devero satisfazer uma prestao em benefcio do outro. Seja uma prestao positiva
(dar e fazer) ou negativa (no fazer).
o liame que vincula o credor e o devedor. Pode ser subdivida em dbito (Shuld) e
responsabilidade (Haftung). Em regra, quem tem o dbito tem o dever de cumprir a obrigao, um
dever originrio. Esse debito gera tambm uma responsabilidade que s gerada (PRESSUPOSTO)
quando a obrigao no cumprida, ou seja, no automtica. A responsabilidade ser sempre
patrimonial e no pessoal, o patrimnio que vai responder pela obrigao.
Obrigao perfeita
Aquela em que esto presentes o dbito e a responsabilidade, sendo que tais elementos recaem
sobre o mesmo sujeito.
Obrigao imperfeita
Haver a presena de um elemento sem que haja a presena do outro, ou ainda, se ambos
elementos estiverem presentes (dbito e responsabilidade) os mesmos iro recair sobre sujeitos diversos.
Ex.: Fiana ele responsvel pelo cumprimento mesmo que no tenha constitudo o dbito. O
fiador s se tornar devedor primrio se assumir expressamente a condio de devedor solidrio ou
abdicar do benefcio de ordem (art. 827 do CC).
A renncia do fiador no pode ser inserida nos contratos de adeso art. 424 c/c 828 do CC.
Obs.: Contrato de Adeso - o contrato em que uma das partes no discute as clusulas dele, ou
aceita ou no.
Dec. Lei 911/69 c/c dec. 592/62 art. 11 e art. 5 LXVII da CRFB.
Em 2008 o STF RE 466 343 Controle de Convencionalidade a partir do momento que um
tratado de direitos humanos ingressa no nosso ordenamento jurdico todas as normas
infraconstitucionais devem se adequar a ele porque tem status de supra-legalidade. No sendo possvel
a priso civil baseada em deposito civil ou depsito judicial S.V. 25 STF.
O Pacto So Jose da Costa rica no extinguiu a priso civil do depositrio infiel. Ele posterior
a CRFB. A CF prev a priso civil do depositrio infiel. Pode um pacto revogar a constituio, ainda
mais uma clusula ptrea? No, mas por decreto legislativo o Pacto que versa sobre direitos humanos
ganha um carter supralegal.
O CC tambm prev a priso civil, mas ele como lei ordinria com certeza sofrer impacto do
Pacto. Fica o CC paralisado pelo Pacto, mesmo com a CRFB permitindo.
Subjetivo
So as figuras, o credor e devedor, as partes.
Objetivo
a prestao: dar, fazer ou no fazer.
A prestao a atividade do devedor que satisfazer o interesse do credor.
O objeto da prestao necessariamente ir consistir em uma:
Histrico
A obrigao dinmica, deve ser vista como um processo (serie de atos relacionados entre si)
que desde o incio caminha com uma finalidade: a satisfao da prestao.
No mais deve prevalecer a ideia formal de vinculo jurdico que subordina o devedor ao credor,
mas sim a noo relao jurdica voltada para o adimplemento de forma mais satisfativa para o credor,
e menos onerosa para o devedor parceiros de um bem comum.
Solidariedade mediante cooperao dos indivduos atravs do respeito da boa-f objetiva, funo
social do contrato e da dignidade de credor e devedor.
O ato ilcito tambm fonte das obrigaes. Caso ocorra, vai gerar responsabilidade.
Direito Civil 80
Obrigao de dar
Ela pode significar transferncia da posse, propriedade, ou restituio de uma posse que foi
transferida.
Direito Civil 81
Num contrato de compra e venda quem tem de cumprir uma obrigao de dar o vendedor e o
comprador tem a obrigao de dar uma quantia certa.
A tradio voluntaria. S com ela haver transferncia de propriedade, seja tradio real ou
ficta.
Ex.:
Art. 233 CC: A obrigao de dar coisa certa abrange os acessrios dela embora no
mencionados, salvo se o contrrio resultar do ttulo ou das circunstncias do caso. Abrange tambm
os acessrios, porque aplica a regra do princpio da gravitao jurdica mesmo que no conste no ttulo.
O acessrio sempre ir acompanhar o principal.
Ex.:
Ex.: peguei emprestado um carro, devo devolver o mesmo carro que peguei.
determinada pelo gnero e quantidade. O que falta nesta obrigao para que seja certa a
qualidade do objeto, a especificao do objeto.
H o momento da concentrao da obrigao (doutrina), vai concretizar aquilo que est abstrato,
incerto, numa coisa certa. Pois apenas neste momento possvel definir o que ser entregue.
Comum em contrato de licitao.
Art. 244 CC: Nas coisas determinadas pelo gnero e pela quantidade, a escolha pertence ao
devedor, se o contrrio no resultar do ttulo da obrigao; mas no poder dar a coisa pior, nem ser
obrigado a prestar a melhor.
O Cdigo opta que a escolha seja do devedor para facilitar o adimplemento.
Direito Civil 82
Levando em considerao uma prestao mdia sem que escolha o pior nem que esteja o devedor
obrigado a entregar o melhor.
Ex.:
Perda (gnero) perecimento a perda total do objeto ou perda parcial que a deteriorao.
Perda total com culpa O contrato vai se resolver art. 234 do CC. Pode pedir perdas
e danos.
Deteriorao com culpa O credor decide se resolve a obrigao ou fica com o bem
em ambos os casos tem direito perdas e danos (art. 236 do CC).
Depois da tradio:
Obrigao de Restituio
No importa se o foi antes ou depois da restituio quem sofre a perda o proprietrio que o
credor (dono) Res perit domino antes ou depois art. 238 do CC (quando fala tradio leia-se
restituio).
A obrigao de restituir se resolve sem perdas e danos caso no haja culpa. Se houver culpa, o
devedor responsvel ao equivalente que mais perdas e danos (art. 239) desembolsar o valor para
cobrir o bem que se perdeu.
OUVIR 26:19
Direito Civil 84
Cesso de crdito
Correlacionar com ttulos de crdito.
Conceito - negcio jurdico bilateral pela qual o credor transfere a outrem seus direitos na relao
obrigacional que pode ser tanto oneroso quanto gratuito e independe da concordncia do devedor.
Aquele que transfere o crdito o cedente, o terceiro que recebe o crdito o cessionrio e o devedor
o cedido. uma manifestao de vontades que pode ser parcial ou total. No h solidariedade s
cobrar a cota parte de cada um. As partes so livres para ceder qualquer tipo de crdito. Exceo:
natureza dos crditos que podem ser cedidos (alimentar - direito indisponvel); impossibilidade legal
(ex.: crdito penhorado - art. 298 CC.
O cedente deve ser titular desse crdito. Ex.: tutor no pode transferir o crdito de seu pupilo sem
autorizao judicial para a prtica do ato. Cnjuges no art. 1647
Classificao
1.2. Pro solvendo - Pode ser que as partes imponham a garantia da solvncia do devedor. Se o
devedor for insolvente o cedente responde perante o cessionrio. Art. 297 CC.
Deve-se observar as peculiaridades no tocante s formalidade. - art. 288 CC Quem seria esse
terceiro? OUVIR 13 min.
No necessria a anuncia do devedor, mas ele deve ter cincia da cesso de crdito, para
justamente saber a quem deve pagar. - art. 290 CC.
Art. 294 - execoes pessoais e do prprio crdito. As pessoais devem se aduzidas nonmoemento
em que for notificado. Ex.: vcio na manifestao de vontade
Se a obrigao j tiver sido paga, com o instrumento de quitao e tudo, o cessionrio OUVIR
21 min.
Assuno de dvida
Direito Civil 85
Conceito do CC: negcio jurdico bilateral pela qual o devedor com a anuncia expressa do
devedor ... terceiro .. os encargos obrigacionistas de modo que este assume sua posio na relao
obrigacional responsabilizando-se pela dvida que subsiste com seus acessrios. OUVIR 28 min.
A anuncia do credor pode ser expressa (art. 299, nico) ou tcita - art. 303 CC - Houve uma
transferncia tcita. O imvel vai ser levado a hasta pblica sendo o devedor ou o adquirente no polo
passivo.
Modalidades:
Modo de implementao
S vai ter assuno de dvida se aquele que assumir o polo passivo for solvente, caso contrrio
cai por terra a assuno de dvida (a validade) desde que houve ignorncia do credor.
Art. 300 - fala em garantia especiais - garantias pessoas (fidejussrias - fiador) e reais (um
imvel) passa pelo crivo do credor as garantias, isso razovel? Enunciado 352 e 422 do CJF. Art. 166
do CC.
Art. 302
O pagamento a nica hipotese onde encontramos o ato voluntrio do devedor. Temos o gnero
extino das obrigaes que pode ocorrer atravs do adimplemento das obrigaes manifestado atravs
do pagamento.
Direito Civil 86
O devedor quem deve efetuar o pagamento, pois se colocou voluntariamente no polo passivo
pela contraprestao, sinalagma.nao ns remete a figura esttica do credor, mas ele tambm participa
no processo, posto ambos pretendem o adimplemento da obrigao.
O principal interessado no pagamento o credor, mas pode haver um terceiro interessado (aquele
que pode a vir sofrer as consequencias do inaplemento obrigacional pelo simples fato de ter se colocado
como garante no vnculo jurdico). ainda terceiro interessado, aquele que indiretamente pode vir a
sofrer as consequencias da inexecuo da obrigao. H vnculo jurdico quanto vnculo econmico -
ex.: sublocatrios, terceiro adquirente do imvel hipotecado.
O terceiro interessado se subroga nos direitos e aes para poder executar o devedor. Art. 346
Pode o terceiro interessado perder o direito de reembolso - art. 305 e 306 CC. - no basta a
anuncia do devedor, ele deve comprovar que tinha meios de cumprir com o pagamento.
Terceiro interessado que efetua pagamento em nome do devedor, se ele efetuar o pagamento em
nome do devedor, no h direito de se subrogar e nem de reembolso. Se ele faz em nome do devedor
uma liberalidade, portanto no tem porque se subrogar nem porque pedir reembolso - art. 304, n.
REMISSAO para o 334
Parte final do nico do art. 304 - as partes j sinalizam no contrato se aceitam ou no pagamento
por terceiro no interessado.
Quem recebe o credor, mas nada impede que se faa representar por um tereiro por meio de
um contrato de mandato. Cabe ao devedor avaliar se o documento est cumprindo todos os requisitos,
caso em contrrio, ter de pagar novamente ao credor. Exceo: 1. quando o credor ratificar o pagamento
quanto ao terceiro que no estava autorizado ou de forma tcita; 2. Quando o devedor provar que o
pagamento reverteu-se em proveito do credor; 3. Art. 309 - credor putativo - aquele que se apresenta
sob uma cortina de fumaa, faz crer que o legitimado para encenar o instrumento da quitao, trabalhar
com a teoria da aparncia. Erro escusvel que qualquer conseguiria elidir. Ex.: OUVIR 17 min.
Art. 310 CC - incapaz receber o pagamento. Pode ser o relativamente ou o absolutamente, a lei
no especifica. Podemos linkar com o art. 309 tambm, o incapaz estar numa situao em que aparenta
ser o credor.
Objeto do pagamento
O credor no obrigado a aceitar pagamento diverso do pactuado ainda que mais valioso.
Objeto deteriorado - art. 235 - se deteriorado, pe o credor resolver a obrigao ou aceitar a coisa
abatido o preo. Questo da literalidade OUVIR 24 min at 45 min.
Direito Civil 87
Da quitao do pagamento
quando munido do recibo, o devedor possui presuno de pagamento efetuado. art. 212 CC.
Art. 321 - sem exibo ou ttulo perdido, o devedor dever requisitar ao credor uma exaltao para
inutilizar o ttulo sumido. Caso o ttulo continue a circular fazemos uma consignao em pagamento,
quando h dvida sobre que, o credor - art. 335, IV.
ART. 322 - presume-se que se aceitou a ltima prestao, as outras prestaes esto OUVIR 51
min.
REMISSAO art. 354 e 355 - aquela que corram juros mais altos por exemplo.
Art. 325, frete cabe ao devedor, caso das compras pela internet
Art. 324 -
Art. 331 c/C art. 134 - pela natureza do objeto, necessrio tempo para cumprir com a obrigao.
Pagamento antecipado - art. 333 at para poder habilitar o crdito num concurso de credores ou
falncia.
Dois tipos de mora - ex RE - a data clara, a mora automtica, o futuro certo. Exceo
Mora ex persona -
Consignao em pagamento.
Art. 345 CC
Quando houver mora do devedor pode ele consignar em juzo? Depende se ele tem interesse
ainda.
Dao em pagamento
Novao
Forma de extino da obrigao indireta, uma vez que a tutela de satisfao do credor primria
no foi atendida, mas por sua faculdade jurdica consente na realizao. Um novo vnculo obrigacional
que extingue o originrio.
E a obrigao natural? Dvida prescrita. Podemos falar em novao? Sim, apesar dadvida no
ser exigvel, as partes podem convencionar de tal modo.
Pode ser expressa ou tcita quando a nova obrigao for totalmente incompatvel com a anterior.
Direito Civil 89
Essa tutela no est plenamente satisfeita pois no est na ordem natural das coisas.
Estamos no campo da mora.
Inadimplemento absoluto
A exceo a perdas e danos que mesmo no comprovado o prejuzo, o devedor dever arcar
quando prevista no contrato a clusula penal compensatria que o substitutivo da perdas e danos - art.
408 CC
O inadimplemento absoluto pode ser parcial ou total. Ser total quando todas as parcelas oriundas
daquele contrato esto inadimplidas. Ser parcial quando algumas daquelas etapas previstas no contrato
no forem satisfeitas. Art. 389 c/C art. 389
As perdas e danos no esto adstritas a intensidade da culpa, mas pela extenso do dano. Art 389
c/C art. 402
Pode ser que esse atuar do devedor no tenha correspondido as expectativas do credor.
Mora
Ocorre quando o devedor deixa de satisfazer a obrigao, ou seja, ocorre o injusto retardamento
quer por parte do devedor, quer ir parte do credor, quando aquele no satisfaz e quando este no recebe
a prestao oferecida no tempo, lugar e forma convencionada. Art. 394 CC.
OUVIR 32 min.
Ocorre quando ele no cumprir a obrigao conforme o art. 394 do CC. S falamos em mora do
devedor quando este agir com culpa para ingresso na mora.
H uma presuno de culpa, mas esta relativa e cad a ele, devedor, provar que no agiu com
culpa no ingresso da mora, art. 396 CC.
Direito Civil 90
Terceiro requisito a interpelao - quando estivermos diante da mora ex persona que aquela
em que no se define um prazo ou um termo nas obrigaes sujeitas a condio. Na mora ex re, onde
o termo conhecido, no h necessidade em regra de notificacao, de interpretao do evadir, pois j
automtica. Exceo na venda sob reserva de domnio. Art. 525
Efeitos da mora
1. Indenizao dos prejuzos experimentados pelo credor. Devem ser comprovados por aquele
que alegam. Englobam as perdas e danos, juros, atualizao monetria e honorrios do advogado. Art.
395 CC. Ex.: cota condominial. Se no existir mais o interesse do credor, vamos trabalhar com perdas
e danos.
2. Perpetuao da obrigao - perdendo-se o objeto, sem culpa as partes voltam a status quo; caso
haja culpa resolve-se em perdas e danos. Tambm pode ocorrer caso fortuito ou fora maior, ocorrer
uma perpetuao da obrigao. Ex.: quando no ingressou voluntariamente na mora art. 399.
Purgao da mora
Dever do devedor de remediar a situao a que se deu causa. No confunde com a cessao da
mora - os efeitos so pretritos e futuros. Ex.: uma novao. Os efeitos da purgao da mora so futuros,
afasta-se os efeitos pretritos e o nico dever que restou foi o objeto da obrigao.
Art. 405 - contam-se os juros da mora desde a citao inicial. Qual mora? Os juros flui do termo,
da mora, da mora ex re. Na mora ex persona contam-se os juros desde a notificado. O artigo fala ento
da mora ex persona.
Os juros do art. 389 incidem pela demora do pagamento das perdas e danos.
Juros
Classificao
Nos juros compensatrios existem para promover a remunerao do credor pela privao do seu
capital ou ainda compens-lo pelo risco da no restituio desse capital. um aluguel do dinheiro.
Direito Civil 91
Juros moratorios so uma sano pelo retardamento do pagamento da dvida. Podem se OUVIR
1:23:00
Por mais que as partes possam convencionar sobre eles, no podem ultrapassar os percentuais
previstos em lei, posto que pessoas fsicas devem seguir o dispositivo legal.
As instituies financeiras esto adstritas ao CDC, segundo a ADIN 2595-1 e sumula 397 STJ.
Atentar tambm pela 283
O art.
DIA 04.02.2015 o STF se manifestou sobre essa ADIN no julgando o mrito se a instituio
pode capitalizar ou no.
Juros moratorios - penalidade pela morosidade do adimplemento, aplica-se o art. 406 - qual a
taxa? Selic ou CTN art. 161, 1
Enunciado 20 CJF entende que se aplica o CTN.
Art. 39,4 da lei 9.250/95.
STJ aplica a SELIC, a doutrina por segurana aplica o CTN.
Obs.: todo contrato exige no mnimo duas vontades. Contudo, temos o contrato consigo mesmo
ou auto contrato, s teria uma parte, voc mesmo. tudo menos contrato. Celebrado atravs de mandato
em causa prpria. S aparece uma pessoa, mas de fato existem duas partes. OUVIR EXEMPLO 10 min.
OBs.: no confundir parte com pessoa contratante, ex.: parte um dos polos do contrato. No
contrato de compra e venda h uma parte vendedora uma parte compradora. So dois polos do contrato.
Uma parte pode ser ocupada por vrias pessoas, ex.: OUVIR.
Todo contrato sem exceo tem pelo menos 2 partes, com cada uma delas emitindo vontade
prpria.
So regidos por princpios gerais ou princpios fundamentais dos contratos que so as regras
bsicas dos contratos.
Princpios Contratuais:
lei, forma contrataro. A autonomia da vontade s limitada pelo estado quando h mais relevncia
social e vulnerabilidade que gerou a mitigao da autonomia da vontade de forma quase absoluta. O
limite da liberdade de contratar a funo social do contrato.
1.1. Princpio da Funo Social do Contrato - como limitadora da liberdade contratual - art.
421 CC. No serve mais apenas aos contratantes. No pode o contrato prejudicar a sociedade e nem
produzir efeitos negativos na sociedade. Deve o contrato ser um polo gerador de riqueza. Tambm
para proteger o mais fraco, mas o objetivo nico proteger a sociedade como um todo. O CC e o
primeiro que expressamentepreve a funo social do contrato.
A nica crtica que o incio dizem liberdade de contratar, que segundo a doutrina diferente de
liberdade contratual. A primeira decidir se quer ou no contratar. J a segunda a liberdade de
estabelecer as condies do contrato. uma crtica procedente. A inteno do legislador e falar de forma
genrica. Seria melhor redigido se tivesse autonomia da vontade no lugar.
2. Fora obrigatria dos contratos ou imutabilidade dos contratos - vem desde Roma com o
pacta sunt servanda, ou seja, o contrato deve ser cumprido. Gera um vnculo jurdico, um liame que os
obriga a cumprir. A lei que garante a paz social.
O juiz do estado liberal no poderia interferir no contrato, somente poderia ser alterado por fora
das partes.
2.1. Mitigado pelas teoria revisionistas do contrato - pode ser por pelo menos a vontade de uma
das partes e at mesmo do juiz. Tambm conhecida como teoria da impreviso. O nosso cdigo fala
em onerosidade excessiva (art. 478). No texto alemo tem-se a teoria da pressuposio. Pode ser
chamada de teoria da quebra da base econmica do contrato por Lahrens - todo contrato repousa sobre
uma base econmica ou equao econmica. A economicidade um princpio dos contratos. Sempre
haver um benefcio econmico. Pelo princpio da boa f deve ser razoavelmente em cheque para que
no haja desequilbrio. No h contato cujas prestaes so absolutamente certas. No h previso
especfica do que uma onerosidade excessiva. Cabe ao juiz verificar no caso concreto se aquela
situao causou onerosidade excessiva a uma das partes, se no mais possvel suportar.
O cdc no art. 6 diz que um direito bsico do consumidor pedir a reviso das clusulas que se
tornarem excessivamente onerosas.
No art. 478 - fala em fatos imprevisveis e supervenientes, mas a doutrina fala somente em fatos
supervenientes, no precisa mais que ele seja imprevisveis. S precisa ser superveniente a celebrao
do contrato.
O cdc que de 1998 no art. 6 j prev j os fatos superveniente sem a questo da impreviso, e
o CC de 2002 vem trazendo esse requisito arcaico. A explicao advm de que o projeto do CC durou
27 para ser terminado, j o cdc foi para o congresso em 1989 e foi promulgado em 1998.
3.1. Exceo: Os contratos reais so: comodato (s nasce com a tradio), mtuo, depsito,
estimatrio (s surgiu com o cdigo de 2002 - ex.: costureira que vende ao lojista para revenda, que
deve pag-lo com base na estima dela) OUVIR 1:10:00 - nasce quando a costureira entrega a coisa.
Direito Civil 94
4.1. Exceo: Estipulao em favor de terceiro - seguro de vida por exemplo, o beneficirio e o
terceiro. Pode ser reclamado por quem no parte do contrato. No precisa nem saber que beneficirio.
Contrato com pessoa a declarar - aquele em que o contratante se reserva ao direito de indicar algum
para substitu-lo no contrato. No se confunde com a cesso que precisa de anuncia da outra parte.
O princpio da relatividade tambm est mitigado. Esses princpios perduram desde Roma, mas
foram temperados a nossa realidade atual.
5. Princpio da boa-f - no passado era subjetiva - tinha de estar no mago da pessoa, a inteno
de ser honesto de no causar dano terceiro, era mais uma regra tica do que jurdica. Transformou-se
em boa-f objetiva - no basta a inteno de no causar dano. um dever jurdico e no apenas tico,
tornou-se uma regra obrigatrio em que as partes devem observ-las no cumprimento e formao dos
contratos. Presente no art. 422 do CC. Por isso o juiz pode resolver um contrato modificado se verificar
que uma parte est agindo e m-f. A boa f passou a ser uma clusula geral dos contratos. Originou a
outros princpios que podem ser chamadas de figuras parcelares:
5.1. Princpio da lealdade: pode se arrepender de ter emprestado o apartamento, mas no deve,
pois deve tratar com lealdade.
5.2. Princpio da informao - informar a outra parte o seu real querer. Ex.: os riscos do produto,
como se proteger contra eles.
5.3. Princpio da preservao - as partes devem fazer tudo o que for possvel para preservar o
contrato, para fazer com que ele chegue ao fim e produza seus efeitos.
5.4. Princpio da cooperao - as partes devem cooperar para que o contrato produzam seus
efeitos.
5.5 Princpio da Confiana - no pode embutir na mente do outro uma certeza e depois tra-la.
Deve demonstrar sua intenao e depois cumpri-la. Aqui aplicamos o venire contra factum proprium,
surrectio, supressio, tu quoque. Elas nascem da violacao do princpio da confiana que deriva da boa-
f.
Trativas - hoje no pode mais interromp-la de pronto. Deve-se ter uma responsabilidade
contratual. Nas tratativas, age-se de maneira convincente e forma a levar a entender a outra parte a crer
que ir fechar o contrato e com isto em mente teve prejuzos, isto geraria perdas e danos.
1. Unilaterais ou bilaterais
- contratos unilaterais - s uma das partes assumem obrigaes. Uma credora e a outra
devedora. Ex.: doao pura, s o doador assume a obrigao. Comodato puro. Mandato puro, depsito.
- contrato bilateral - ambas as partes assumem obrigaes. H reciprocidade. Cada parte credora
e devedora. H uma prestao e contraprestao. Os romanos chamavam de contratos sinalagmaticos.
Ex.:.: compra e venda, locao, prestao de servio, empreitada, permuta, entre outros.
Essa classificaao importante, pois h regras que s se aplicam a contratos bilaterais. Exceo
de contato no cumprido - nenhuma das partes pode exigir obrigao da outra sem que esteja quite com
sua obrigao. A teoria dos vcios redibitorios, a evico.
Entre os bilaterais e unilaterais h uma zona cinzenta. Contratos bilaterais imperfeitos (doutrina
majoritria) ou Unilateral imperfeito (doutrina minoritria)- ex.: contrato de mandato remunerado, por
natureza unilateral, pois s o mandatrios tem obrigao, mas nada impede que se reajuste uma
remunerao ao mandatrios. Dai vira bilaterais, pois o contratante tem obrigao de pagar a
remunerao o mandatrios de cumprir o contrato. Contrato de depsito remunerado, por natureza e
unilateral, mas nada impede que as partes conviencionem uma remunerao ao depositario contrariando
a natureza do contrato, vira bilateral. Comodato remunerado com encargo.
Critrio quanto ao benfico economico perseguido pelas partes. No tem nada a ver com a
obrigao das partes.
Nos contratos onerosos comutativos aplica-se a teoria da onerosidade excessiva. J nos onerosos
Aleatrios no cabvel, no h necessidade do equilbrio.
Apartamento na planta comutativo, pois compra-se uma frao do terreno, mas a construo
futura.
Podemos perceber uma correspondncia a partir dessa classificao: Todo contrato bilateral
oneroso. Assim como a maioria dos contratos unilaterais so gratuitos a exceo do mtuo feneratcio
- que unilateral oneroso - emprstimo de dinheiro com juros. Sem juros unilateral gratuito. O
mutuante recebe os juros e o muturio o dinheiro emprestado. Se no houver meno de emprstimo
com juros, considera-se mtuo puro - emprstimo sem juros.
- contratos reais - depende da entrega do objeto do contrato ao outro contratante para existir. A
entrega da coisa ato de nascimento do negcio jurdico. Ex.: mtuo, depsito estimatrio, comodato,
??? OUVIR 42 min.
4. Quanto forma
- exceo - contratos solenes ou formais - tem previso legal que se descumprida torna o contrato
nulo por vcio. Ex.: compra e venda de imvel com valor acima a 30 salrios mnimos tem de ser por
escritura pblica. Doao de imvel. Qualquer contrato que importe a permuta de imvel acima de 30
salrios mnimos necessrio escritur6. a pblica sob pena de nulidade. Bens mveis qualquer que seja
o valor pode ser por instrumento particular ou verbal.
- contrato instantaneo - nasce e se exaure quase que ao mesmo tempo. Aquele que se exaure num
nico ato para exauri-lo. Dividem-se em:
Ex.: contrato de prestao de servios na academia. Contrato de prestao de servios das aulas
da emerj. Contrato de locao.
Onerosidade excessiva s pode ser aplicado a este ltimo tipo de contrato e nos de execuo
imediata diferida, para que seja possvel celebrar o contrato de forma que possa haver um fato
superveniente ao contrato. No contrato de execuo instantaneo imediato se exaure logo que
imediatamente, no h como ter um fato superveniente.
- contratos partidrios - as partes gozam da mesma liberdade para fazer proposta contraposta.
H possibilidade de negociar de forma igual.
Ele deve ser igual para todos. No h como controlar caso contrrio.
Os contratos martimos ainda soa comerciais, posto que o cdigo comercial ainda os prev.
Direito Civil 99
Indicao de bibliografia
Nelson rosenvald e Cristiano chaves
Paulo stolze e Rodrigo Pamplona
Princpio do relativismo
Estipulao contratual que o contratado ter de fazer em prol de algum que no faz parte da
relao jurdica.
possvel solicitar algo em troca do favor para terceiro? A doutrina diz que estes tipos de
contratos podem ser onerosos ou gratuitos, j o CC no to claro assim.
O terceiro estranho ao contrato afetado. Sendo esta uma exceo ao princpio do relativismo.
O terceiro pode cobrar tanto do estipulante quanto do devedor, caso previsto no contrato.
Como ele poderia ser oneroso? Oneroso em relao queima? Pode ser oneroso ou gratuito em
relao com o estipulante e o tereiro.
Em regra o contrato no vincula o terceiro (art.439 CC), exceto se ele anuir, se compromete com
o vnculo sem que faa parte do contrato, necessariamente.
No podemos falar de fiana aqui, pois o terceiro se compromete caso o devedor no cumpra
sua obrigao. J aqui ele se compromete diretamente, sem que o devedor tenha de cumprir.
S pode falar em responsabilidade solidria se houver estipulao em contrrio. Art. 265 CC,
Aqui desde o incio a pessoa deveria entrar na relao contratual, entrando no lugar do devedor.
Os efeitos so ex tunc. O devedor sai sem vestgio, portanto no h que se falar em responsabilidade
solidria em qualquer momento.
Como o terceiro aceita? Depende de como contrato o contrato aconteceu (expresso, aceitao
expressa, verbal, aceitao verbal.
O nome da clusula que prev a escolha de um terceiro para aquiete os direitos e assumir os
deveres.
PrAzo para avisar quem ficar no lugar do devedor. Art, 468 se no tiver outro estipulado.
prazo decadencial, que se houver passado, no h que se falar em terceiro na relao. Art. 470.
Vcios redibitrios
Algum vcio oculto que diminui o valor ou prejudica a utilizao da coisa recebida por meio do
contrato oneroso.
Vcio redibitrio X erro - no segundo adquiriuse uma coisa pensando em ser outra. No segundo
foi um erro interno. J no primeiro compra-se o que se objetiva, mas houve. Um vcio que diminui o
valor.
Evico
Quando um adquirente de boa f da posse ou propriedade da coisa que foi transferida por fora
de uma sentada judicial ou ato administrativo que concebeu direito anterior de terceiro , denominada o
evictor.
Fundamentos:
A funo social dos contratos no foi observada. A boa-f no foi observada. Princpio da
dignidade de da pessoa humana. Princpio da vedao ao enriquecimento sem causa.
Requisitos:
Direitos do evicto:
Espcies:
Prazo
Corrente Majoritaria: prazo decadencial srio e portanto no poderia ser. Precisa-se reparar
o prejuzo. Afirma que seria o prazo do art. 206,3, V fala no prazo de trs anos. Sustenta que se tem
aqui uma pretenso para execuo, logo o prazo seria prescricional.
Mesmo com tal clusula possvel buscar pelo menos o que foi pago pelo bem. Art. 449 CC -
sob pena de enriquecimento indevido.
Independentemente de clusula, no possvel arguir evico quando j sabia que a coisa era
alheia ou quando havia litgio. Recebe pelo menos o que pagou. Art. 457 CC.
Nas benfeitorias necessrias e teis - o terceiro ou alienante devem pagar por elas. art. 453 c/C
art. 1.219 CC
Nas benfeitorias volupatuaria - omisso legal - levanta a benfeitoria (tira a benfeitoria da coisa)
caso o terceiro noa quiser pagar,
Exceo do levantamento: prejuzo da coisa. O terceiro no seria obrigado a pagar por elas, pois
no pediu por tal coisa.
Meio de defesa pela qual a parte demandada pela execuo de um contrato pode arguir que deixou
de cumpri-lo pelo fato da outra ainda no ter satisfeito a prestao correspondente.
Esse argumento no pode ser de ofcio, cabe s partes arguir isto. Deve ser alegado na contestao
sob pena de precluso.
A alegao pode ser com base na recusa de cumprimento pelo devedor ou por motivo de caso
fortuito e fora maior.
Direito Civil 103
Requisitos:
No cdc no pode. Isto no pode acontecer, pois j h uma situao de desequilbrio e haveria a
destruio total do vulnervel consumidor. Sua uma clusula leonina.
Caso no haja mais condies, deve-se analisar a razoabilidade e situaes inviveis para o
particular. muito difcil abandonar a prestao, deve-se vislumbrar uma situao mpar.
Requisitos:
Direito Civil 104
2. Alterao da base econmica. Esse evento imps a uma ou ambas as partes condies
diferentes das antes pactuadas.
3. Onerosidade excessiva. Ficou caro demais para uma ou para as duas. No h que se falar em
enriquecimento de uma das partes. Nem sempre uma das partes tirou proveito disto, por muitas vezes
pode ter gerado para as duas.
Na teoria da impreviso pretende-se revisar o contrato que nasceu saudvel. J na leso o contrato
no nasceu saudvel, houve algum se beneficiando da outra parte, de uma urgncia,
deficincia/inexperincia, entre outros. A leso nasceu com o contrato. Nesta tambm pretende-se
dissolver o contrato e no revis-lo.
Na impreviso, pode surgir uma indenizao. O cumprimento possvel, mas deveras oneroso.
O cdc no fala em reviso do contrato, pode ser dissolvido ou revisado. No precisa que tenha
sido imprevisvel o fato, art. 6, V.
No art. 478 diz que a onerosidade ser a uma das partes. Isso um erro na viso da doutrina, pois
pode ser para as duas partes.
O art. 478 fala em poder pedir a resoluo do contrato, mas o 479 fala que pode pedir a reviso
do contrato. Opo do demandado.
O CC diz que a pessoa pode pedir o fim do contrato. O juiz poderia ponderar e ao invs de
resolver o contrato, poderia revisar o contrato, mesmo que no seja esse o pedido? Segundo a doutrina
poderia, pois quem pode mais pode menos. No estaria julgando fora do pedido, estaria reequilibrando
a situao. Utiliza a funo social do contrato. Enunciado 367 CJF.
FOTO 2
Foto 3
Fator eficacial pode ser o vencimento de um termo; condio resolutivo; frustrao da considero
suspensiva.
Frustrao da condio suspensiva - o contrato s ter eficcia para depois extingui-lo com o
advento do evento futuro.
Foto 2 celular.
Contratos em espcie
Conceito
Art. 503 - segundo tepedino quando a coisa for indivisvel, poder o comprador rejeitar a coisa
em sua totalidade.
Emptio spei - a pessoa se obriga pela existncia do objeto. ex.: o bem est sujeito ao acaso.
Emptio rei speratae - A pessoa se obriga pela quantidade.
Contrato de compra e venda o de as partes consignam a obrigadacao de dar coisa certa. Ato
posterior que a entrega da coisa que se d com a tradio (bem mvel) ou registro (bem imvel).
Somente com isto o adquirente se torna proprietrio da coisa. Antes disso s se tem uma promessa de
entrega da coisa. Res periti dominus - art. 502.
Se o alienante antes da tradio ou registro vende o bem para um terceiro. No h que se falar
em restituio da coisa. Isto anda mais do que uma obrigao de coisa certa que se resolve em perdas
e danos.
Consensual - as partes devem ser legitimadas. "consentimento emitido pelas partes, que deve ser
livre e espontneo, deve ainda recair sobre os demais elementos do contrato de compra e venda, quais
sejam a coisa e o preco. Em havendo um dos vicios do consentimento (erro, dolo, coao moral, estado
de perigo e leso), o contrato de compra e venda anulvel, conforme as regras que constam da Parte
Geral do CC (art. 171, II)." (tartuce p. 735).
Prazo de 2 anos, decadencial para pedir o desfazimento do ato. Segundo art. 179 CC.
necessrio contudo que haja prejuzo, no pode somente alegar ausncia do consentimento para
anular o negcio - art. 182 e 172 CC.
lcita a venda entre cnjuges desde que estejam, os bens, excludos da comunho.
Art. 499 cc.
Caso haja um dos cnjuges um filho fora de seu casamento. H que se verificar se no h fraude:
"Contudo, deve ser feito o alerta de que a compra e venda entre conjuges no poder ser celebrada com
fraude contra credores, fraude a execucao ou simulacao . No primeiro caso ser anulavel (art. 1 7 1 do
CC), no segundo sera ineficaz (art. 792 do CPC/2015, que corresponde" (tartuce, p. 746, 747)
OUVIR 42 min at 45
Coisa - bem corpreo ou incorpreo que detenha cunho econmico e que possa ser vendido.
Art. 484 CC - amostra uma pequena poro daquilo que se deseja alienar.
Prottipo- unidade do bem que se encontra em exposio. Ex.: t em exposio na loja da fast,
ponto frio.
Modelo - demonstrao do objeto em dimenses reduzidas. Ex.: maquete.
Cabe ao alienante a informao dentro da boa f objetiva. Deixando claro que em razo do
prprio produto as qualidades podem se variveis.
Art 500
Na segunda o que vale a metragem. O alienante especfica a medidas e extenso do bem a ser
comprado. O interesse do comprador na extenso.
Se a rea for menor, poder o comprador pleitear a complementao da rea, caso no seja
possvel, poder exigir a resoluo do contrato ou abatimento no preo. Se essa diferena no ultrapassar
1/20 (5%) da metragem no poder pleitear a resoluo do contrato, mas to somente o abatimento do
preo. Mesmo no ultrapassando, poderia o comprador resolver o contrato, somente provando que
aquela quantidade era determinante para sua inteno.
Se houver excesso, afim de se evitar o enriquecimento sem causa. Abre-se uma alternativa ao
comprador: ou complementa o peo ou devolve a rea maior, trabalhando com boa f.
J na segunda o que prepondera a coisa em si, por ela mesma. Ex.: a fazenda trs garas, o
apartamento 203. A metragem enunciativa e no definitiva para a concluso do negcio.
No h que se discutir a metragem aqui, pois no foi predominante para compr-lo.
Direito de preferncia
O alienante pode reservar para si o direito de exercer uma preferncia caso o adquirente queira
vend-lo a terceiro. Clusula de natureza obrigacional. Art. 518
Direito Civil 108
Art. 513, nico - gera uma expectativa por ser 2 anos. OUVIR 1:10:00
Clusula de retrovenda
O alienante em at 3 anos pode exercer o direito de recomprar o imvel. Se for exercido, submete
o adquiretente a sua vontade. dotado de eficcia real. uma propriedade resolvel, uma clusula
resolutiva.
Se alienado para terceiro, os efeitos so ex tunc. Clusula de eficcia real, efeito erga omnes.
Estar gravada no imvel.
Beneficia o alienante no prazo mximo de 3 anos. Direito potestativo. O preo deve ser atualizado
segundo a doutrina.
Venda a contento
Art. 509 - s houve transferncia de posse. A maioria da doutrina trabalha com moralidade e boa
f e moralidade.
Doacao
Negocio jurdico na qual uma pessoa, o doador transfere gratuitamente do seu patrimnio para
de outra pessoa (donatrio) bens ou vantagens em carter, a princpio (art. 547) definitivo.
Caractersticas:
1) unilateral - obrigaes somente para o doador que ele transferir o bem ao donatrio. O encargo
a foicinho tem natureza de nus e no de preo. Pode ser em proveito de terceiros.
3) formal - por ser uma liberalidade, exige a lei que seja feita por escritura pblica ou instrumento
particular, a exceo ao formalismo est no n do art. 541
Pode-se falar em promessa de doao? CORRENTES: majo- por ser uma liberalidade, uma ato
gratuito no caber ao donatrio exigir o objeto da doao. No pode ser entendido como um contrato
preliminar, pois estaria obrigando o contrato principal. Sustentada por tepedino. 2 corrente) quando
previsto encargo ou quando fizer parte em acordo de divrcio. STF e caio Mario na parte de divrcio.
3) resolve-se em perdas e danos prof. Venosa. 4) alm de ser eficaz e executvel, dotada de sequela
Direito Civil 109
atravs da demanda cominatoria. Paulo lobo e Arnaldo rizzardo - natureza contratual. A liberalidade
aferida na promessa e no na concluso.
Elemento objetivo - Animus donandi - vontade manifestada em vida. Entre vivos. Algo aps a
vida deve ser feito por testamento.
Modalidades de doao
Meritria - doa-se o bem ao donatrio em razo de algum mrito que est pessoa possua. Alguma
virtude. A ausncia do mrito no descaracteriza a doao, no suficiente para revog-la.
Remuneratria - art. 540 - alguma coisa que o donatrio fez ao doador, que por sua vez resolve
doar. Ela no se revoga, pois em tese houve uma prestao. No se revoga com ingratido. Aquilo que
exceder doao pura e nesta faixa pode ser revogada. No que for remuneratrio se submete aos vcios
redibitorios. Portanto no h que se falar em colao feita ao descendente ou ascendente art. 2.001 CC.
A pessoa tida como proprietria da coisa, mesmo que no tenha realizado o encargo. O ato
pleno e acabado desde sua configurao. Se por ventura o donatrio vender o bem, j proprietrio e
tem poder de dispor. O doador se contentar com perdas e danos - art. 1.360 e art. 160.
Doao conjuntiva
Art. 551 - As cotas so iguais, contudo o condomnio no nosso CC voluntrio, portanto passa
por aceitao do donatrio. Se por ventura h recusa, no afetar a parte do outro; ele ficar em
condomnio com o doador.
Art. 547 - no se transfere aos herdeiros. Nem a transferncia a um terceiro eleito. No pode
fideicomisso entre vivos. Art. 951. VER O QUE PERMITIDO. Nada impede que aliene a terceir,
contudo a periciadas resolvel. Aqui o tartuce pondera, pois passa o conhecimento da clusula ou no
do terceiro.
Doao universal
Art. 548 - nula. Interveno do legislador na autonomia privada.
Dignidade da pessoa humana X autonomia privada. Prevalece o primeiro.
Informativo 433 STJ - esse posicionamento no divrcio nulo, uma vez que motivado por razes
intempestivas.
Renda suficiente ou reserva de parte pode ser atravs de usufruto para no infringir a norma.
Aqueles que defendem ser possvel doar tudo ficando somente com o salrio, o fato de que o
emprego no absoluto. Pode ser demitido.
No precisa esperar a dissoluo da sociedade conjugal. Da leso e que comea a correr o prazo
RESP 408.296
Doao inoficiosa
Art. 549
RESP 112.254
Contrato de emprstimo
Pode se de coisa infungivel (comodato) ou de coisa fungvel e ainda consumvel que seria o
mtuo.
Caracterstica:
1) gratuito - somente o comandatrio obtm vantagens. No h contraprestacao ao comandante.
No h como estabelecer um encargo, mas no se traduz a contraprestacao que poderia ser at em favor
de terceiro.
Direito Civil 111
3) infungibilidade - se o bem tem de ser restitudo ao seu titular, necessariamente ele infungivel.
Art. 85cc decorre da manifestao de vontade.
4) temporariedade - o contrato nasce agora ser extinto, caso contrato seria uma doao. Pode ser
por prazo determinado (mora ex re) ou indeterminado (mora ex persona).
Teremos o aluguel pena segundo o art. 582. O valor da coisa que for arbitrado pelo comandante,
tambm no est adstrito ao valor de mercado. Ver CORRENTES.
RESP 1.1758.848
Contrato real
Contrato personalissimo - tem de ter confiana para celebrar o contrato. Art. 1.208 CC a
tolerncia no gera posse, somente.
Pode ser por via verbal ou escritura pblica, instrumento particular tambm. S para o tutor h
que se ter
Mtuo
Pode ser gratuito ou oneroso, conhecido como mtuo feneratcio - art. 591
Conceito: o contrato por meio do qual uma pessoa mutuante transfere a outra (muturio) a
propriedade de determinado bem fungvel e consumvel. Sendo obrigao do muturio restituir a coisa
no mesmo gnero, qualidade e quantidade.
Regra da res periti dominus.
Natureza real do contrato, s existe com a tradio. Celina Bodin diz que no mtuo feneratcio
h um acordo de vontades e estas por si s gerariam o vnculo.
No ser solene - art. 212 no possvel prova meramente testemunhal nos casos acima de 10
salrios mnimos.
Contrato de Mandato
Vem a representar outra pessoa na prtica de um ato jurdico ou no. Para assegurar o interesse
alheio, como se aquela pessoa o fosse.
Conceito: negcio jurdico por meio do qual uma pessoa recebe poderes de outra, para em nome
desta praticar um ato, ou um conjunto dele,s ou ainda administrar um interesse.
Art. 653 CC
atos do mandato
Existe mandato sem representacao? A representao sem mandato ocorre quando os pais
representam os filhos, inventariante representado o esplio. CORRENTES: 1) majo - no h mandato
sem representao, art. 653 - o prprio caput diz que ele age em nome de outrem, portanto representa
algum, ficando vinculado; 2) Orlando Gomes - art. 663 - pode praticar o ato sem a respeitaro, pois
ficaria pessoalmente obrigado. O que foi sinalizado foi a responsabilidade direta do mandatrios caso
haja em excesso aos poderes conferidos na representao. Rosenvald h mandato sem representao no
mandaro em causa prprias - art. 685 - revogvel, pois no rotativa o ato em benefcio de outrem,
mas em seu prprio benefcio.
Poderes - por meio da procurao tem-se o instrumento do mandato. Ato jurdico autnomo e
unilateral onde estaro os odores do mandatrio, que acaba por assegurar o terceiro tambm.
Art. 679 CC
OBs.: princpio da simetria da s formas. Art. 657, 655. Tambm para o substabelecimento.
OBs.4: responsabilidade: Como fica essa relao? necessrio saber se o substabelecimento foi
com reservas ou sem reservar. No primeiro o mandatrios ainda se reserva no direito de praticar o ato.
No segundo ele sai de cena. Se for sem reserva, cabe analisar quem indicou o substabelecido, se foi do
mandatante, o mandatrios nada tem a ver com essa indicao seguir com sua vida. Art. 45 NCPC.
Se o mandato sem reserva, mas foi mandatrios que indicou ou quando presente o substabelecimento
com reserva - art. 667, 2. - o mandatrios s responde se indicou pessoa inabilitada para prtica do
ato ou quando passou as instrues de forma equivocada, errnea.
Se houver proibio para substabelecer, e o mandatrios o fizer mesmo assim, art. 667,1 no
obriga o mandante salvo se vier a ratificar o ato. Isso no o impe a pagar pelos prejuzos.
Direito Civil 114
Aula 12
Posse: conceito, classificao, aquisio, efeitos, perda da posse, posse de bens pblicos,
Direitos das Coisas o ramo do Direito Civil que tem como contedo relaes jurdicas
estabelecidas entre pessoas e coisas determinadas ou determinveis (tudo aquilo que no humano).
H uma relao de domnio exercida pela pessoa (sujeito ativo) sobre a coisa. No h sujeito
passivo determinado, sendo esse toda a coletividade.
Pg. 936
Teoria Realista ou Clssica o direito real constitui um direito real imediato que a pessoa exerce
sobre a coisa, com eficcia contra todas (erga omnes). No direito pessoal h uma relao pessoa-pessoa
o que diferencia do direito real.
Apesar disto, afirma ainda o autor que h uma forte tendncia (ainda no confirmada)
Contratualizao do Direito Privado pela forte influncia do princpio da autonomia privada. Institutos
como: o penhor, a hipoteca e o compromisso de compra e venda registrado na matrcula do imvel
deixam de ser direitos reais e passam a ser considerados contratos.
Regncia do princpio da publicidade dos atos, atravs da tradio (bens mveis) e pelo
registro (bens imveis).
Posse
Conceito
Existe uma controvrsia doutrinria acerca de sua natureza jurdica se um fato ou um direito.
A segunda corrente a que prevalece, sendo a posse um direito. Sobre o assunto, podemos
relacionar com a teoria tridimensional do direito de Miguel Reale, na qual a posse o direito que nada
mais do que o fato, valor e norma.
Para esta teoria o locatrio, comodatrio, depositrio, etc, no so possuidores, pois no possuem
a inteno de ter a coisa para si.
No foi adotada pelo CC.
Teoria Objetiva ou Objetivista basta que a pessoa disponha fisicamente da coisa ou que tenha
mera possibilidade de exercer contato.
S tem o elemento Corpus, como elemento material ou objetivo que seria formado pela atitude
externa do possuidor em relao coisa, agindo este com o intuito de explor-la economicamente.
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exerccio,
pleno ou no, de algum dos poderes inerentes propriedade.
Arts. 1.196, 1.205 e 1.212: Considera-se possuidor, para todos os efeitos legais,
tambm a coletividade desprovida de personalidade jurdica.
Logo, a massa falida, o esplio, a sociedade de fato e o condomnio poderiam ser possuidores
tambm.
Critica o professor Tartuce a ausncia da funo social da posse na redao do art. 1.1196 CC.
Neste sentido, temos o Enunciado 492:
Diz ainda, o professor que o princpio social da posse est implcito nos seguintes arts. :
Art. 1.238, pargrafo nico, do CC - Reduz o prazo de usucapio extraordinria de quinze para
dez anos se o possuidor tiver estabelecido sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou
servios de carter produtivo.
Art. 1.242, pargrafo nico, do CC - O prazo para a usucapio reduzido de dez para cinco
anos, se os possuidores tiverem estabelecido no imvel sua moradia ou nele realizado i
nvestimentos de interesse social e econmico.
Conclui-se que a o CC adota a tese da posse-social tal como adota a Carta Magna a funo social
da propriedade, como reconhecido tambm pela jurisprudncia.
Deteno
O detentor tem a coisa apenas em virtude de uma situao de depedencia economcia ou de um
vinculo de subordinao.
No pode invocar em nome prprio as Aes Possessrias, s por meio da AUTOTUTELA,
agindo no interesse do possuidor Enunciado 493 (art; 1210, 1).
Exs: manobrista, ocupao irregular de rea pblica (jurisprudncia), dono de empresa
revendedora de veculos, motorista exceto quando houver comodato ou locao da coisa
(jurisprudncia), empregados em geral, diretores de empresa, bibliotecrios, viajantes em relao aos
monstrurios, soldado, detento e os menores quando usam coisas prprias.
A deteno pode se converter em Posse segundo o Enunciado 301:
A tena "uma mera situao material de apreenso fsica do bem, sem qualquer consequncia j
urdica protetiva".
Classificaes da Posse
Quanto relao pessoa-coisa ou desdobramento da posse
Leva-se em considerao o seu paralelismo art. 1.197 CC.
1. Posse direta ou imediata exercida por quem tem a coisa materialmente. Ex.: locatrio,
depositrio, comodatrio e usufruturio.
Direito Civil 118
2. Posse indireta ou mediata exercida por meio de outra pessoa, havendo exerccio de
direito, geralmente decorrente da propriedade. Ex.: locador, depositante, comodante e
nu-proprietrio.
Art. 1.197, caput remisso Enunciado 76 CJF: O possuidor direto tem direito de defender a
sua posse contra o indireto, e este contra aquele. Alude o professor Tartuce que tambm pode invocar
proteo possessria contra terceiros tambm.
Posse Violenta obtida por meio de esbulho, fora fsica ou violncia moral. Associada
tambm ao crime de roubo pela doutrina.
Obs.: A posse injusta violenta e a clandestina podem ser convalidadas dentro de 1 ano e
1 dia do esbulho. Quebrando assim o princpio da continuidade do carter da posse positivado
no art. 1.203 CC
2. Posse de m-f algum sabe do vcio que acomete a coisa, mas mesmo assim pretende
exercer o domnio ftico sobre esta.
Nunca possui um justo ttulo.
No perde o direito de ajuizar a ao possessria.
Exemplo de justo ttulo: contrato de locao ou de comodato. Enunciado 302.
OBS.: A boa-f no se confunde com os vcios da posse. O primeiro est no plano da inteno,
subjetivo, enquanto o segundo um critrio objetivo. Portanto, possvel que um possuidor de boa-f
possua uma posse injusta, se a adquiriu de quem a obteve pela violncia. Ex.: compra de um bem
roubado sem que se saiba que fora retirado de outrem com violncia.
Direito Civil 119
2. Posse sem Ttulo no h uma causa representativa, pelo menos aparente. A posse
qualificada como um ato-fato jurdico, pois no h uma vontade juridicamente relevante para
que exista um ato jurdico.
Ius Possidendi direito posse que decorre da propriedade. Neste h uma posse com ttulo
estribada na propriedade.
Ius Possessionis direito que decorre exclusivamente da posse. J neste h uma posse sem ttulo
(de propriedade) que existe por si s.
Quanto ao tempo
1. Posse Nova conta com at 1 ano.
Efeitos Materiais
Efeitos da posse quanto aos frutos
Os Frutos so bens acessrios que saem do principal sem diminuir a sua quantidade.
Conforme art. 95 do CC, os frutos e produtos no se confundem, posto que os frutos no geram
a diminuio do principal, o que ocorre com os produtos.
Direito Civil 120
Para saber se h direito aos frutos, deve-se verificar primeiro se a posse de boa-f ou m-f.
Art. 1.214. O possuidor de boa-f tem direito, enquanto ela durar, aos frutos
percebidos.
Pargrafo nico. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-f devem
ser restitudos, depois de deduzidas as despesas da produo e custeio; devem
ser tambm restitudos os frutos colhidos com antecipao.
Ex.: um locatrio est em um imvel urbano e, no fundo deste, h uma mangueira. Enquanto
vigente o contrato, o locatrio, possuidor de boa-f amparado pelo justo ttulo, ter direito s mangas
colhidas, ou sej a, percebidas. Se o contrato for extinto quando as mangas ainda estiverem verdes (frutos
pendentes), no podero ser colhidas, pois so do locador proprietrio. Se colhidas ainda verdes, devem
ser devolvidas ao ltimo, sem prejuzo de eventuais perdas e danos que couberem por este mau
colhimento.
Frutos Produtos
Bens acessrios que saem do Bens acessrios que saem do
principal sem diminuir a sua principal desfalcando
quantidade. sua essncia
Para Orlando Gomes, h um dever de restituio do possuidor pelos produtos retirados mesmo
que esteja de boa-f.
Mesmo que a restituio tenha se tornado impossvel, deve o possuidor indenizar a outra parte
por perdas e danos, j que quando retirados eles desfalcam a substncia do principal.
Desta forma, os problemas envolvendo os produtos devem ser resolvidos com as regras que
vedam o enriquecimento sem causa arts. 884 e 886 do CC.
Benfeitorias Frutos
So introduzidas na coisa Decorrem da Coisa
Benfeitorias Acesses
Incorporaes introduzidas em outro bem,
imvel, sem a interveno (sem a transmisso do bem,
So introduzidas na coisa
por meio de contrato ou outro negcio jurdico) do
proprietrio, possuidor e detentor.
Enunciado 81 do CJF aplica o direito de reteno tambm s Acesses conforme o art. 1.219 CC.
No que tange s benfeitorias do possuidor de m-f, aplicamos o art. 1.220 no tem qualquer
direito a reteno. Portanto h uma justaposio da boa-f objetiva em relao m-f subjetiva.
Responsabilidade na Posse
Segundo o art. 1.217, o possuidor de boa-f no responde pela perda ou deteriorao da coisa, a
que no der causa. Portanto possui uma responsabilidade subjetiva.
Segundo o art. 1.221, as benfeitorias se compensam com os danos, mas se no mais existia
quando a coisa se perdeu, no h compensao e nem indenizao. Norma lastreada na vedao ao
enriquecimento sem causa.
Direito Civil 122
Propriedade
Conceito: um direito subjetivo, na qual o titular exercita poderes de dominao sobre um objeto
sendo que a satisfao de seu interesse demanda um comportamento negativo da coletividade garantido
pela constituio federal.
Tartuce: "pode-se definir a propriedade como o direito que alguem possui em relao a um bem
determinado. Trata-se de um direito fundamental, protegido no art. 5.0, inc. XXII, da Constituio
Federal, mas que deve sempre atender a urna funo social, em prol de toda a coletividade. A
propriedade e preenchida a partir dos atributos que constam do Cdigo Civil de 2002 (art. 1.228), sem
perder de vista outros direitos, sobretudo aqueles com substrato constitucional."
Propriedade X Dominio
O direito de propriedade o elemento formal, direito subjetivo conferido a pessoa. J o domnio,
seria o elemento material, so os podres que se extraem do poder subjetivo (usar, gozar, dispor e reaver).
Atributos da propriedade
Tartuce: "a propriedade esta relacio- nada a quatro atributos, previstos no caput do art. 1 .228
do CC/2002, cuja redao a seguinte: "O proprietrio tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa,
e o direito de reave-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha"."
A partir deste conceito podemos trabalhar coma propriedade plena e propriedade limitada
(transferncia de parte dos poderes).
Tartuce: "Se tiver pelo menos um dos atributos, havera posse. Obviamente, os referidos atributos
podem ser distribudos entre pessoas distintas, ha- vendo a propriedade restrita. Justamente por isso, a
propriedade admite a seguinte classificacao :
Propriedade Plena ou A /odiai - o proprietario tem consigo os atributos de gozar, usar, reaver e
dispor da coisa. Todos esses caracteres esto em suas mao s de forma unitaria, sem que terceiros tenham
qualquer direito sobre a coisa.
Propriedade Limitada ou Restrita - recai sobre a propriedade algum onus, caso da hipoteca, da
servido ou usufruto; ou quando a pro- priedade for resolvel, dependente de condio ou termo (art.
1.359 do CC). Alguns dos atributos da propriedade passam a ser de outrem, constituindo-se em direito
real sobre coisa alheia. No ultimo caso, havendo a diviso entre os referidos atributos, o direito de
propriedade e composto de duas partes destacaveis:
a) Nua propriedade - corresponde titularidade do domin io, ao fato de ser proprietario e de ter o
bem em seu nome. Costuma-se dizer que a nua propriedade aquela despida dos atributos do uso e da
fruicao (atributos diretos ou imediatos);
Direito Civil 123
b) Domnio til - corresponde aos atributos de usar, gozar e dispor da coisa. Dependendo dos
atributos que possui, a pessoa que o detem recebe uma denominacao diferente: superficirio,
usufruturio, usurio, habitante, promitente comprador etc. Por tal divisao , uma pessoa pode ser o titular
(o proprietrio) tendo o bem registrado em seu nome ao mesmo tempo em que outra pessoa possui os
atributos de usar, gozar e at dispor daquele bem em virtude de um negcio jurdico, como ocorre no
usufruto, na superficie, na servido, no uso, no direito real de habitacao , no direito do promitente
comprador, no penhor, na hipoteca e na anticrese. Ilustrando de forma mais profunda, no usufruto
percebe-se uma diviso proporcional dos atributos da propriedade: o nu-proprietario mantem os
atributos de dispor e reaver a coisa; enquanto que o usufruturio tem os atributos de usar e fruir (gozar)
da coisa.".
Direito de usar a coisa - o proprietrio pode usar a coisa de forma facultada, no h prescrio
pelo no uso. No to ilimitado. Defende-se a propriedade conforme a funo social, boa f objetiva
e dependendo da orientao do plano diretor da regio, o proprietrio pode ser compelido a construir ou
edificar, sob pena do estatuto da cidade e planos diretos a quem est vinculado, sofrer punies, iptu
progressivo no tempo, entre outras. Se nenhuma suprir efeito, a mais gravosa se dar como a
desapropriao por interesse pblico. Art. 1.276 CC - aps trs anos pode arrecadar o municpio ou
Distrito Federal, caso o proprietrio tenha o interesse de abandonar (elemento subjetivo) o imvel
urbano e no esteja em posse de outrem. Essa presuno pode ser absoluta caso no haja pagamento de
taxas eferentes ao imvel e no se de destinao especfica a ele.
Direito de gozar - alm do uso, mas de explorar economicamente, de forma a perceber os frutos
(natural, industrial ou civil) inerentemente a ela.
Prof. Marco Aurelio: "no condomnio, o direito dos condminos e qualitativamente igual (todos
tem exclusividade do uso), mas pode ser quantitativamente diferentes (limitado pela frao ideial de
cada um)."
Perpetuidade - podemos ter copropriedade sem ter composse. A propriedade tem durao
ilimitada, indeferida. No se extingue em tese pelo no uso. Se perptua, no mbito do patrimnio
privado, no pode haver vcuos de titularidade daquela coisa. Art. 1.784 - princpio da saisine, para no
tere vacancia de bens.
Tartuce: "o direito de propriedade permanece independente- mente do seu exercicio, enquanto
nao houver causa modificativa ou extintiva, sejam elas de origem legal ou convencional.".
Absoluta - pois gera um efeito erga omnes, pois o rol do art. 1.225 seria taxativo na viso dele.
Tartuce: "Porem, existem claras limitaoes dispostas no interesse do coletivo, caso da funo social e
socioambiental da pro- priedade (art. 1 .228, l .o, do CC).".
Complexo - Tartuce: "por tudo o que esta sendo exposto, a propriedade e um direito por demais
complexo, paiiicularmente pela relacao com os quatro atributos constantes do caput do art. 1 .228 do
CC.".
Funo social da propriedade
Tartuce: "A norma civil codificada passa a consagrar expressamente a funo social, em um
sentido de finalidade, como princpio orientador da propriedade; alem de representar a principal
limitacao a esse direito.".
Art. 1.277 CC
Teoria dos atos emulativos - conceito? OUVIR 2 min parte 2. Para tepedino, se na anlise da
funo social, avalia-se que o o uso est de acordo, no mais necessrio a utilizao da teoria dos atos
emulativos. Exemplo art. 1.278 CC. A prpria teoria do abuso do direito consegue afastar est teoria,
posto que se est transcendendo aquilo que uso e gozo, abuso do direito. Esta consubstanciada no
art. 1.228, 2, CC.
A funo social da propriedade vista como uma clusula aberta. Art. 1.228, 1 CC. Isto facilita
o magistrado a ter maior liberdade interpretativa. Nada mais do que uma tcnica legislativa que
aumenta a liberdade do magistrado.
Direito Civil 125
"O art. 1 .228, 1 .0, do CC, acabou por especializar na lei civil o que consta do art. 225 da
Constituio Federal, dispositivo este que protege o meio ambiente como um bem difuso e que visa
sadia qua- lidade de vida das presentes e futuras geraoes. Esse o conceito de Bem Ambiental, que
assegura a protecao de direitos transgeracionais ou intergeracionais, particularmente para os fins de
responsabilidade civil, tratada na Lei 6.938/1981.".
"Insta verificar que alguns acrdao s mais recentes consideram a obrigao de recuperacao
ambiental uma obrigacao propter rem ou ambulatria, que segue a coisa onde quer que ela esteja (STJ,
REsp 1109778/SC,2.aTurma, Rel. Min. Herman Benjamin,j. 10.11.2009,DJe 04.05.20 11 ; e STJ, REsp
1 090968/SP, 1 .a Turma, Rei. Min. Luiz Fux, j . 15.06.2010, DJe 03.08.2010). ".
"Concluiu-se que quem no cumpre com essa funo social no tem o domnio, nao havendo
sequer legitimidade ativa para a ao reivindicatoria. A funcao social ganha um sentido positivo, pois
deve ser dada uma utilidade coletiva a coisa.".
Nosso sistema tambm complexo, comportando dois atos: obrigacional entre as partes (dar
coisa certa) e praticado entre o oficial de registro e a parte. Nosso registro goza de presuno relativa,
pois no temos segurana irrestrita quanto est titularidade. Cabendo ao lesado entrar com uma demanda
para desconstituir aquele registro e romper o direito subjetivo.
Exemplos: 1) no houve registro da primeira venda e o titular do bem de m-f vende novamente
o imvel. Ento, resta apenas ao primeiro adquirente resolver em perdas e danos com o titular do bem,
pois no houve obrigao de dar coisa certa.
3) OUVIR TBM
Art. 1.246 - Entende-se que o registro efetuado na data do protocolo - chamado de prenotao.
Aquisio por acesso - art. 1.248 CC - modo originrio de aquisio da propriedade que decorre
da unio material uma coisa a outra, ou seja, surge do exterior da coisa passando a integr-la fsica ou
juridicamente em carter definitivo. Quando essa unio ocorre por fatores humanos chamada de
acesso artificial, j quando oriunda de foras da natureza chamada de acesso natural.
No se confundem com os frutos que surgem de fora interna da coisa.
Tem sempre carter de novidade, introduzida em uma coisa j existente. A construo de uma
casa no benfeitoria, mas acesso.
Acesso por ilhas - que guas so essas? Se o rio for navegavel, as guas so pblicas, portanto
a ilha seria pblica. Trabalhamos com uma ilha que surge no curso do rio. Se o rio e no navegavel,
interpreta-se de acordo com a disposio do cdigo.
Art. 24 decreto 24643, se as guas forem navegais, poderia entrar para o domnio publico,
mediante prvia indenizao. Fica a cargo da conveniencia e oportunidade da administrao pblica.
Acesso por aluvio - art. 1.250 CC - acrscimo paulatino de terras que o rio deixa naturalmente
nos terrenos ribeirinhos (aluvio prpria), ou ento pelo desvio da gua destes (aluvio imprprio).
Desprendimento de recursos naturais vo sendo levados ao longo do rio, no se sabe quanto prejudica
um e favorece outro. No h enriquecimentos me causa, pois evento da mureta e no se sabe quantificar
quanto que cada um perdeu. Aqui no se fala em perdas e danos, indenizao.
Art. 16 e 17 cdigo de guas OUVIR 1:15:00 parte 3
Acesso por avulso - art. 1.251 CC - de forma abrupta, violenta de parcela visvel de terras que
pode identificar desde do primeiro momento quem perdeu e quem recebeu essa terra. por fora natural.
Neste caso fala-se em direito indenizatrio que somente poder ser exercido no prazo de 1 ano em que
a pessoa dever se manifestar nesse prazo decadencial para recuperar monetariamente essas terras. Por
mais que haja uma demanda, h uma faculdade para aquele que recebeu a terra. Temos de trabalhar com
boa-f.
Caso no haja condies para se indenizar, h como coordenar para que as partes fiquem em
copropriedade e quando for vendido, ou tiver condies de compr-lo o far. Assim no se perde o prazo
decadencial.
Acesso por lveo abandonado - art. 1.252 CC, art. 9 cdigo de guas - lveo a superfcie
que as guas cobrem sem transbordar para o solo natural e ordinariamente enxuto. Quando se fala em
lveo a margem do rio, a famosa beirinha.
Aqui ocorre a mudana no curso do rio, a parte que no h mais rio, pertencer aos ribeirinhos
das duas margens, respeitando-se obviamente a linha mdia do rio para dividir. Sem indenizao do
proprietrio da terra que o rio passou a cursar.
Art. 26, 27 do cdigo de guas. Se for da prpria iniciativa humana, do poder pblico, a parte
que virou terra ser domnio do poder pblico e a parte em que o rio passar a cursar ocupando as terras
de outros, caber a eles indenizao.
Usucapio
1. Introduo
Apesar de nas provas cobram bens imveis, pode se dar acerca de bens mveis tambm.
Conceito: modalidade de aquisio originria da propriedade ou de outro direito real sobre a coisa
alheia que consiste no exerccio da posse ininterrupta, sem oposio e com a inteno de dono, durante
o tempo previsto em lei.
Pode recair sobre outros direitos reais, como servido, direito de superfcie.
O caseiro (detentor) tem legitimidade para interpor usucapio, mas em seguida o polo ativo ser
corrigido.
2.1. Posse ininterrupta ou continua - sem intervalos, mas no quer dizer que no possa deixar o
imvel fechado e estar morando em outro local. Possuir no morar no bem, mas externar um dos
poderes da propriedade.
2.1.1. Causas que interrompem a usucapio - art. 1.244 c/c art. 202 CC
A) acesso das posses (inter vivos) - art. 1.243 CC - quando acrescenta as posses aos antecessores,
sucede-se algum na posse. um sucessor a ttulo singular ou universal? A ttulo singular recebe ttulos
especificados. Titular universal recebe todos os direitos. Nessa acesso de posses, o titular a nvel
singular, posto que no h como vender algo que no propriedade sua, mas cede-se direitos.
Quando recebe uma cesso, pode-se acordar se quer continuar com a posse para efeitos de
contagem. Caso seja injusta e de m f, pode o adquirente no continu-la, passando a continuar a partir
da sua cesso de direitos.
B) sucesso de posses (causas mortis) - art. 1.207 com ou sem vcios. possvel, se o possuidor
vier a falecer, os seus herdeiros herdam a sua posse e continua a contar o prazo.
Direito Civil 129
Quando se hoerda a posse, o sucessor recebe a posse a ttulo universal, integralmente, com todos
os seus vcios (sem uma posse injusta e de m-f ou no)
Oposio
Vai excluir de plano: possuidores diretos, detentores e no possuidora por ter a coisa por violncia
ou clandestinidade (art. 1.197 CC). Ex.: locao no tem animus - AP 2007.001.17903). O comodatrio.
Esse animus domini deve ser vivel. A inteno d ser dono jurdica e no apenas o desejo.
Art. 1833 e n do art. 191 da CRFB e sumula 340 do STF. Art. 102 CC.
Bens dominicais - bem que no est destinado ao uso pblico em geral ou a determinada
administrativa - pode incidir tutela possessria - pode gerar concesso de uso como direito real resolvel
para fins de moradia. MP 2.220/201. Contudo, no gera a posse da propriedade.
Com pensamento minoritrio temos Cristiano chaves, Nelson rosenvald, Marco Aurlio. Para
estes autores, os bens pblicos dominicais, como no esto destinados ao interesse pblico, no
cumprem a funo social da propriedade. Por isto, poderia se valer do art. 5, XXIII da CRFB para
prestigiar quem da melhor funo social para o bem pblico.
Bens pblicos podem ser de uso comum do povo, de uso especial e dominicais.
Bem de uma pessoa jurdica de direito pblico externo pode ser usucapido, desde que no esteja
afeto ao interesse pblico. Comprovar que o imvel no cumpria sua destinao pblica.
Espcie de bem dominical que pertenciam unio (art. 20, II) ou aos estados (art. 26, IV).
A terra devoluta pertencer ao poder pblico aps deciso judicial ou administrativa em processo
de discriminao previsto na lei 6.383/76. Temos de delimitar, demarcar as terras devolutas s depois
desse procedimento o bem ser considerado bem pblico.
2.5. Tempo
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A propriedade adquirida por uma questo fatica, mesmo que ainda no esteja registrado.
A sentena possui natureza declaratria, pois s declara que ele cumpriu todos os requisitos.
No h como um proprietrio que possui o imvel h mais de 30 anos, por exemplo, no pode
ajuizar sua reivindicao atravs de ao possessria porque no possui o ttulo. Caso seja esbulhado
ele entrar com uma ao publicitada.
Conceito ao publiciana
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Justo ttulo e algum instrumento seu de uma legitimidade, indique a boa f do possuidor. O justo
ttulo e a boa f esto ligados, pois quem tem o justo ttulo tem a presuno de boa-f.
Usucapio constitucional urbano - art. 183 da CRFB, art. 1.240 CC; art. 9 e 13 da lei 10.257/01
(10 anos)
Direito intertemporal
OUVIR1:24:00 parte 1
Teoria objetiva foi adotada no art. 1.198 e excepcionalmente a subjetiva em relao ao usucapio.
Direito de vizinhana
COPIAR SLIDE 2
O objetivo (finalidade) preservar a funo social da propriedade que s ser preservada se driver
em harmonia com seus vizinhos, quando isto ocorre? Quando no h interferncias nocivas. So
perturbaes ao suspeito, segurana e sade (3 S's).
A natureza jurdica do direito de vizinhana - tem natureza de obrigao propter rem que se
vinculam ao prdio. Recaem sobre o titular da coisa.
Vizinho para o direito so aplicados somente a pessoas de prdios vizinhos, titulares de prdios
vizinhos. Pode-se alegar que uma construo prxima que irregular, pode-se embargar a obra pois
afeta a segurana do direto de vizinhana.
Podemos fazer uma relao com atos abusivos, como a teoria dos atos emulativos do art. 1.228,
2 CC.
Podese pedir tambm uma indenizao caso gere dano do ato ilcito acerca do direito de
vizinhana.
COPIAR SLID 3 e 4
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Cabe aplicar a tolerncia nestes casos de obras envolvendo o interesse pblico, onde cabe at
indenizao caso haja algum dano.
3. rvores limtrofes
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Hiptese de condomnio necessrio, do art. 1.282 CC. Isto importa dizer que ambos concorrem
para manuteno da rvore.
Leitura art. 1.283 CC. Se cortar uma rvore, responder sobre os danos que disto decorrer.
4. Passagem forada
Conceito: direito de proprietrios de prdios encravados, no tem acesso a via pblica, nascente,
etc. H se pagar uma indenizao do dono do terreno vizinho , pois ser constrangido a permitir a
passagem. Basta que o acesso seja a p, ao menos que se comprove a necessidade do veculo.
Verificar-se a pesarem menos onerosa no contexto em que o imvel est encravado com mais de
uma possibilidade de passagem forada.
Estamos diante de uma desapropriao. Neste caso a desapropriao se d pelo estado atravs do
judicirio, mas no inerente ao interesse pblico.
Pode fazer um contrato, caso j possua a passagem, de servido de passagem. Se for registrado
em cartrio ir gerar um direito real com todas as suas obrigaes. Neste constitui-se direito real sobre
coisa alheia. um conceito mais especfico de passagem predial.
Antes do registro da servido de passagem s tem efeito inter partes, s com o registro gera
efeitos erga omnes e acompanha a coisa.
4.1.
Direito Civil 133
Pontos:
Condominio voluntario e necessrio. Do Condominio edilcio.
Direito Reais Limitados: direitos reais de gozo ou de fruio.
Conceito:
Quando mais de uma pessoa tem o exerccio de propriedade sobre determinado bem, com
natureza indivisvel (pro indiviso).
Na situao condominial vrios so os sujeitos ativos em relao ao direito de propriedade que
nico, o que justifica a utilizao dos termos copropriedade e compropriedade.
Teoria da Propriedade Integral ou Total quanto a estrutura: sobre toda a coisa, delimitada
naturalmente pelos iguais direitos dos demais consortes; entre todos se distribui a utilidade econmica
da coisa; o direito de cada condmino, em face de terceiros, abrange a totalidade dos poderes
imanentes ao direito de propriedade; mas, entre os prprios condminos, o direito de cada um
autolimitado pelo de outro, na medida de suas quotas, para que possvel se torne sua coexistncia
(Washington de Barros).
Classificaes:
Quanto Origem:
1. Condominio Voluntrio ou Convencional - decorre do acordo de vontade dos condminos,
nasce de um negcio jurdico bilateral ou plurilateral, como exerccio da autonomia privada.
Ex.: Alguns amigos compram um imvel para investimentos em comum. No silncio do
instrumento de sua instituio, presume-se que a propriedade estar dividida em partes iguais
(concursu partes fiunt). Destaque-se que o condomnio edilcio, via de regra, tem essa
origem, mas com estudo e tratamento em separado.
Leitura art. 1.314 CC: cada condomino tem a propriedade plena e total sobre a coisa, o que
limitado pelos direitos dos demais. Sendo assim, no cabe reintegrao de posse por um dos condminos
contra os demais, havendo composse. (Tartuce)
H presuno relativa ou iuris tantum de igualdade das partes ideias dos codminos art. 1.315
CC.
Presente dvida contrada por todos os condminos, sem se discriminar a parte de cada um na
obrigao, nem se estipular solidariedade, entende-se que cada qual se obrigou proporcionalmente ao
seu quinho na coisa comum (art. 1.317 do CC).
Alm disso, as dvidas contradas por um dos condminos em proveito da comunho, e durante
e la, obrigam o contratante. Porm, este tem ao regressiva contra os demais (art. 1.318 do CC).
Cada condmino responde aos outros pelos frutos que percebeu da coisa e pelo dano que lhe
causou. Art. 1.319 CC.
A todo tempo ser lcito ao condmino exigir a diviso da coisa comum, respondendo o quinho
de cada um pela sua parte nas despesas da diviso (art. 1.320 do CC). No sendo atendido esse direito
de forma amigvel, caber ao de diviso, que imprescritvel, como consagra a prpria norma, pelo
uso do termo "a todo tempo". Aplicam-se diviso do condomnio, no que couber, as regras de partilha
de herana (art. 1.321). No sendo possvel a diviso, cabe a alienao judicial da coisa, dividindo-se o
valor recebido na proporo das quotas de cada uma.
Eventualmente, podem os condminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo no
maior de cinco anos, suscetvel de prorrogao ulterior (1). Essa indiviso convencional no pode
exceder o prazo de cinco anos nas hipteses de doao e testamento (2). Havendo requerimento de
qualquer interessado e sendo graves as razes - o que constitui uma clusula geral a ser preenchida caso
a caso -, pode o juiz determinar a diviso da coisa comum antes do prazo (3).
Da Administrao do Condomnio
Leitura arts. 1.323 at 1.326 CC.
Art. 1.323 - O administrador age com mandato legal art. 653 CC.
Do Condomnio Necessrio
Envolve o direito de vizinhana.
Leitura dos arts. 1.327 a 1.330 CC.
A ao de fixao do preo da obra divisria pode ser proposta por qualquer um dos proprietrios.
A vedao do art. 1.330 CC mantm correlao direta com a vedao ao enriquecimento sem
causa.
Do Condomnio Edilcio
Regras bsicas
Utiliza-se ainda os termos condomnio em edificaes e condomnio horizontal (as unidades
esto horizontalmente umas paras as outras).
O STF concluiu pela no incidncia das regras relativas ao condomnio edilcio no tocante
cobrana de taxas de administrao para os condomnios fechados de casas, tratados como associaes
de moradores. (RE 432 1 06, l. Tunna, Rel . Min. Marco Aurlio, j. 20.09.2011).
O STJ segue o mesmo entendimento - REsp 1.280.871/SP e REsp 1.439.163/SP, 2. Seo, Rel.
Min. Ricardo Villas Bas Cueva, Rel. para acrdo Min. Marco Buzzi, j. 11.03.2015, DJe 22.05.2015,
publicado no seu Informativo n. 562.
O Condomnio se estrutura atravs da instituio (art. 1.332 do CC) e da constituio (art. 1.333
do CC).
A instituio o meio pelo qual o condomnio surge no mundo jurdico, atravs de um negcio
jurdico de incorporao seguindo o previsto no art. 1.332 do CC.
Para ser oponvel contra terceiros deve conveno ser registrada no RGI (art. 1.333, n. CC).
Contudo, mesmo sem o devido registro, ela eficaz para regular as relaes entre os condminos.
A jurisprudncia e doutrina afasta as convenes quando estas impem limites a quesitos que
no influenciam no sossego, insalubridade e nem periculosidade (Cesar Calo Peghini) conforme o
Enunciado 566 do CJF.
Natureza Jurdica
A doutrina majoritria entende o condomnio edilcio como um ente despersonalizado ou
despersonificado. DVIDA: Se um ente despersonalizado, como consegue contratar empregados,
pagar conta de luz e agir como pessoa jurdica?
De outro lado tem-se quem defenda que uma pessao jurdica, nesta esteira temos o Enunciado
90, 246 do CJF; para esta vertente o rol do art. 44 do CC seria exemplificativo (numerus apertus).
Esta segunda corrente aponta trs vantagens para tal reconhecimento que no vou elencar (vide
pgina 1101 do manual).
Direito Civil 137
Art. 496, CC Pai s pode dar um bem em garantia de divida de filho se o cnjuge e os demais
concordarem. Principio da igualdade da legitima dos herdeiros necessrios.
Compra e venda herdeiros tem que autorizar !!!
// - doao -554, CC adiantamento de herana. / no tem autorizao, mas depois irmo pode
brigar !
Condmino pode dar o bem na sua integralidade, com o consentimento dos demais. Pode agravar
apenas sua cota-parte. Art.1420, pg.2 do CC.
Pessoas casadas necessitam de vnia conjugal salvo na separao absoluta art.1647 I c/c art.
1649, CC.
Requisitos objetivos: Somente os bens alienveis podem ser objeto de direito real de garantia
art.1420 caput seunga parte. Ineficacia do contrato.
Bens que no podem ser objeto de garantia:
1. Bens pblicos afetados (uso comum do povo e de uso especial) art.100, CC
2. Bem deixado em testamento ou doao com clausula de inalienabilidade- art.1911, CC.
(so clausulas vitalcias no comunica em vida depois da morte ela herdeira se h bem
particular)
3. Bem decorrente de venda a non domino ex: principio da pos-eficacizao (Pontes de
Miranda) Bem que no do devedor ou do dador torna ineficaz a garantia se adquirir
posteriormente convalida o negocio art. 14020, pg. 1 CC.
4. Bens absolutamente impenhorveis art. 649, CPC e bens de famlia - art. 1 da lei 8009/90.
(Problema: ser que posso dar nico imvel residencial como forma de garantia? No deveria.
Mas se eu que sou a prpria devedora fao isso! STJ o bem impenhorvel no pode ser
dado em garantia, mas se devedor deu ele na garantia no pode reclamar).
Requisitos formais:
1. Especializacao art.1424, CC descrever minuciosamente os elementos da obrigao principal
2. Registro do contrato:
No casamento 1829.
Joao Maria
F 1 F2
Direito de famlia
Casamento
Evoluo histria (slide)
Antes de 1988 s era reconhecida famlia fundada no casamento. Filhos fora do casamento no
eram legtimos.
At 77 o casamento era indissolvel. O divorcio s surgiu em 77..
Art.226, CRFB/99 espcies de entidade familiar. Casamento/unio estvel/famlia
monoparental.
Princpio da solidariedade:
Solidariedade um primado tico, se preocupar com o prximo.
Afeto como valor constitucional.
com base no princpio da solidariedade que existe o direito a alimentos. Binmio: necessidade
e possibilidade. Art. 229, CRFB. solidariedade tanto dos ascendentes em relao aos descendentes
quanto ao contrrio.
STJ RESP 102819 Lei 8971/94 A norma prev alimentos aos companheiros de ordem
publica, o que justifica a sua retroatividade.
Formao de famlia
A formao bsica da famlia por meio do casamento.
Caractersticas do casamento:
1. Carter personalssimo e de livre escolha
2. Solenidade de celebrao
3. Diversidade de sexos
4. Inadmissibilidade de submisso a termo ou condio
5. Estabelecimento de uma comunho de vida
6. Natureza cogente das normas que o regulamentam
7. Estrutura monogmica
8. Dissolubilidade de acordo com a vontade dos interessados.
Casamento direto entre pessoas do mesmo sexo? CNJ autorizou. Polemica: CNJ tem atribuio
para isso? Mas permitido! tem juiz que no faz!
possvel pedir responsabilidade civil , indenizao em razo da traio ? depende. Tem que
provar que a traio ofendeu direitos da personalidade: honra, imagem, privacidade.
Deveres matrimoniais
Natureza jurdica
3 Corrente natureza mista ou ecltica !!! essa. Contrato especial de direito de famlia.
Capacidade matrimonial
Direito Civil 140
Maiores de 16 anos. autorizao dos pais, mesmo que s tenha guarda. 1517, CC
Art.1518, CC
Art.1520, CC
Causa suspensiva no gera nada nem nulidade nem anulabilidade gera apenas regime da
separao obrigatria de bens.
Sumula 377 -> bem se comunica se compra na constncia do casamento mesmo na separao
obrigatria ! mas comunica no casamento ! na unio estvel no comunica (o professor acha
que isso vai mudar).
Casamento
Eficcia do casamento
1. Pessoais
> Deveres conjugais - previstos no art. 1.566 CC - se descumpridos, gera a culpa. Est bem
sendo muito criticada pela doutrina que est em lado oposto da jurisprudncia.
1Corrente) Para a doutrina, quando h um trmino do relacionamento e a culpa vem em funo
disso. Isso estaria expondo a vida ntima do casal, mesmo colocando sobre sigilo, ter de trazer provas
testemunhais, que ir mitigar o segredo de justia. Para a doutrina a alegao de culpa inconstitucional,
pois fere o direito intimidade e privacidade no art. 5, X, alm da dignidade da pessoa humana.
Tal tese ganhou fora com a Emenda Constitucional 66 que trouxe o divrcio, que um direito
potestativo. Voc assume o seu direto e o outro somente ter de se submeter a ele.
2 Corrente) no inconstitucional. O segredo de justia seria suficiente. H questes
importantes que admitem a culpa.
I - efeito ao nome - seria o menos relevante. Quando h reconhecimento da culpa, abre
possiblidade que o cnjuge culpado perca o sobrenome. Logo, o inocente deve fazer um pedido ao juiz
de que este cnjuge culpado no utilize mais o nome do inocente. mitigado, pois o nome um direito
da personalize. E, toda vez, que o seu direito venha a ser violado, h um direito a uma tutela. Leitura do
art. 1.578 OUVIR 10 min at 12 parte 1.
II - alimentos - mais aceito na jurisprudncia. Existem dois tipos de alimentos em relao ao
cnjuge: civis ou cngruos (art. 1.694, caput CC) e os alimentos naturais ou necessrios (art. 1.694,2
CC). O primeiro serve para manter o padro de vida do alimentar-te. J os naturais so necessrios para
sua sobrevivncia. Logo, este ltimo o mais relevante. Os primeiros alimentos so dados para os
inocentes e os segundos o cnjuge culpado s poder ter acesso a este. Art. 1.704, n. Dependendo do
valor, no ser diferente. Essa culpa vai ser diferente. Se um pedido de divrcio vier cumulado com o
de alimentos, pode-se discutir a culpa. Visando um valor menor esses alimentos.
A doutrina que discute a inconstitucionalidade da culpa, sustenta que os alimentos no tem
correlao com culpa, mas a ideia de ter tido um relacionamento com uma pessoa em que houve um
projeto em comum que sustentar o pedido de alimentos. Para tal doutrina, seria comemore os alimentos
civis sem qualquer diferenciao.
Art. 1.566, I - fidelidade recproca - no pode acarretar danos morais. O dano moral, como
previso na CRFB, deve ser reparado integralmente, no importa que seja na relao patrimonial ou
familiar. Para tal, tem de ir alm, expor sua dignidade, expondo sua honra de forma grave. A simples
violao da fidelidade recproca no enseja danos morais.
II - vida em comum no domiclio conjugal - esse inciso interpretado de forma restrita, no
caracterizando necessidade para a adentrar a esfera conjugal. No obrigado a viver sob o mesmo teto,
seria uma ingerncia do estado na esfera privada de cada um. Quando o STF tratou da unio estvel,
sumulou o entendimento que para a unio estvel no necessrio viver sob o mesmo teto. Sumula 382
- " a vida em comum sob o mesmo teto, more uxorio, no indispensvel caracterizao do
concubinato".
III - mtua assistncia - pode ser tanto material quanto moral.
IV - o dever de paternidade no oriunda do casamento, mas pelo fato de ser pai ou me.
V - respeito e considerao mtuos - respeito bom comportamento no casamento.
Esses nscios podem ensejar os efeitos da culpa.
PACFICO - para o divrcio no vale mais isso. Basta dizer que no quer mais estar junto.
Direito Civil 142
> Fixao de Domiclio - art. 1.569 CC - com o casamento o casal passa a ter um domiclio
conjugal. Este ser do casal, mesmo que no residam sob o mesmo teto.
> Uso do Nome - quando faz a habilitao de casamento, responde uma ficha dizendo se quer
alterar o nome ou no. Art. 1.565,1 CC - antes era possvel suprimir, mesmo que o pargrafo fale me
acrescentar. Entendimento Pacfico na doutrina e jurisprudncia que pode suprimir tambm. STJ - RESP
662.799.
possvel alterar o nome aps a celebrao do casamentos? O STJ exige apenas que seja feito
atravs da via judicial, indo at uma vara de registros pblicos para tal. RESP 910.004 OUVIR 39 min
parte 1 - completar o RESP.
Para Rosenvald diz que no h problema em mudar o nome mesmo estando casada.
2. Sociais
> Constituio de uma Famlia - voc seu cnjuge so uma nova entidade familiar. O estado
no pode interferir na sua forma de comunho de vida, de como constituda no, de morar separado
ou no ter filhos. Art. 1.513 CC, art. 226 CRFB, pode campanha scio educativa,
> Incio de um Parentesco por Afinidade - art. 1.595 CC - no tem limites na linha ascendente
ou descendente. S h na linha colateral. Ele se extingue em relao aos irmos, mas quanto aos
ascendentes e descendentes nunca se extinguir, o que influir nos Impedimentos ao Casamento.
3. Patrimoniais
Divrcio
Antes no CC de 2002 era uma medida cautelar prevista no art. 888, VI do CC de 1916 que
visava afastar um cnjuge do domiclio conjugal. A finalidade era separar aqueles corpos.
Por ser medida cautelar tinha de se demonstrar o fumus boni iuris e o periculum in mora.
No h essa previso de forma nominal no CC de 2002.
possvel entrar com esse pedido hoje? Na lei maria da pena 11.340 ainda h previso para
separao de corpos em funo da violncia domstica.
E no caso de estarem separado de fato, mas no de corpos? OUVIR 1:00:00 parte 1.
possvel faz-la de forma incidental ou como preliminar? Pode ser incidentalmente num
processo de separao ou de um divrcio. Pode ser de forma antecedente art. 305 NCPC visando o
divrcio depois. No pode ser chamada de um procedido autnomo. Ser chamada de medida cautelar
inominada.
A EC 66 alterou a CRFB para trazer o divrcio como direito ps-gestao. O art. 226, 6 foi
alterado por ela. Logo o casamento civil pode ser dissolvido pelo divrcio. Portanto, no ser mais nos
termos da lei.
Antes da emenda havia o divrcio direto., que ocorria 2 anos antes da separao de fato. Havia o
divrcio por converso, antecedido por 1 ano aps a separao judicial.
A separao judicial poderia ser consensual ou litigiosa.
H um consenso de que a EC terminou com os requisitos temporais tanto para a separao judicial
quanto para o divrcio - Enunciado 515 do CJF.
Enunciado 517 - a emenda extinguiu os prazos do art. 1.580 do divrcio pro converso.
Com relao aos prazos no h que se obedecer mais nenhum.
I - falta de interesse - falta interesse utilidade. No h mais utilidade prtica para a separao
judicial. Poderia utilizar a separao de fato para tentar se separar e possivelmente voltar depois.
Tambm tem como recorrer separao de corpos.
II - no h mais discusso de culpa - o que no afasta os danos morais. Na constncia ou fora do
casamento.
No existe divrcio contencioso. Ele um direito postestativo. O que ocorrer um litgio quanto
aos bens, guarda dos filhos, entre outros fatores.
STJ j disse que dispensvel a audincia de conciliao no caso de divrcio. Se o pedido for s
de divrcio.
Art. 693 NCPC precisa de uma releitura com base nessas abstraes acima, posto que no h
litgio quanto ao divrcio.
Princpios
1. Liberdade de Escolha
No CC de 16 era o oposto. No havia como mudar o regime aps o casamento. Neste surgiu o
princpio da uicidade do regime de bens. O casamento s podia ter aquele regime de bens que no
poderia ser mudado, para tal teria que se separar e casar novamente
Hoje possvel mudar o regime de bens na constncia desse casamento. Art. 734 NCPC.
Art. 1.639 CC - requisitos:
I - Pedido Judicial - tem que haver tal pedido, no pode ocorrer de forma extrajudicial. S por
sentena.
Direito Civil 145
Pacto AnteNupcial
Vedao a violao norma imperativa de ordem pblica art. 1.655. STJ disse que no pode
afastar o cnjuge do casamento. Mesmo que no advento do pacto ele no era herdeiro necessrio pois
ainda no estavam casados.
S poderia pelo procedimento prprio que a deserdao.
Tambm no pode abrir de pronto aos alimentos. Art. 1.707 CC
Pode-se estabelecer uma clusula de pr-fixao dos danos, como uma clusula penal prevista no
pacto antenupcial. No se trata de danos morais, mas de cumprimento da clusula.
H possibilidade de alterar as clusulas do pacto durante o pacto? No h vedao legal expressa.
Desde que observado a escritura pblica por questo de paralelismo das formas.
Regimes em Espcie
Leitura do artigo.
Direito Civil 146
Inciso VI - relativizado, pois o provento do trabalho o que leva ao sustento da famlia. O salrio
impenhorvel, enquanto salrio, mas a partir do momento eu dispe do valor Pra se sustentar passa a
ser comunicvel. STJ disse que o cnjuge tem direito ao que recebido de um processo trabalhista que
envolve horas extras, posto que a famlia sofreu pela ausncia do cnjuge naquele tempo e no recebeu
em troca o equivalente. Logo os crditos trabalhistas, frutos do trabalho podem ser afetados. Dano
moral, indenizaes no so atingidas, pois so inerentes ao trabalhador. FGTS direito social do
trabalhador, portanto no tangvel, s se ele for utilizado para outra coisa. RESP 421.801; RESP
810.708 tem o pensamento mais para bem comum.
Imvel financiado antes do casamento? Parte paga antes do casamento e parte depois - art. 1.661
CC. No est atrelado alienao fiduciria. Somente ao financiado. Como interpretar? STJ: h
comunicabilidade, Apesar da causa ser anterior, h um esforo durante a sociedade conjugal. Verificar-
se-a a porcentagem paga durante o casamento. Ex.: carro que foi comprado antes e a entrega ocorre aps
o casamento. Apesar da tradio ser a transferncia da propriedade, a causa dade aquisio foi antes do
casamento, portanto no comunicvel.
Aquisio a ttulo oneroso da comunicabilidade, sem importar a quem esteja registrado o bem.
Os frutos do bem adquirido ou herdado antes do casamento. Se for aluguel, que fruto civil se
comunicam. Pode ser vedada, a comunicabilidade, por meio de pacto antenupcial os frutos.
A benfeitoria tambm se comunica, quando faz uma obra num imvel velho, reformando-o.
Este j foi o regime legal. At 1977. Com a lei do divrcio foi estabelecida tal regra.
Tudo se comunica - antes e depois.
O que no se comunica?
Art. 1.668.
III - aprestos so os gastos feitos com a celebrao do casamento.
A doutrina no chama dessa forma. A ideia um pacto para que os bens no se comuniquem. Na
lei regime da separao absoluta.
OUBIR 1:00:00 parte 2
Inciso I - A inteno do cdigo evitar uma confuso patrimonial ou confuso sangunea. Leitura
do art. 1.523 e 1.524 CC.
II - a doutrina fica inpolvorosa. Maria berenice critica pois o CC extrai violando a livre escolha.
Aps 18 anos h a plena capacidade e s se perde ela atravs de um processo de interdio. O
fundamento a proteo do patrimnio dos futuros herdeiros. Pois a chance de aps 70 anos da pessoa
estar no final de sua vida e quer casar. controverso, pois pode doao universal desde que garantido
o mnimo existencial e no pode casar. Viola o princpio da dignidade, intimidade e igualdade (pessoa
de 69 para 70 anos) CRFB; discriminao ao idoso previsto no Estatuto do Idoso.
Aqui no RJ e no STJ no houve reconhecimento de inconstitucionalidade deste inciso.
Para determinados atos necessrio a autorizao do cnjuge como requisito de validade. Caso
ele no de a outrora, cabe o suprimento da vontade por suprimento judicial. Art. 1648
Sem o consentimento ou suprimento judicial, o ato ser invalidado. A rt. 1649 CC - anulabilidade
- admite confirmao do cnjuge que no houvera autorizado que ter efeitos retroativos a data do ato.
H um prazo para alegar a anulabilidade, em at 2 anos. Caso no o fao dentro do prazo estabelecido
Direito Civil 148
em lei, ser convalidado. Prazo decadencial, cujo incio se dcom o fim da sociedades conjugal que no
se confunde com o casamento. Decorre da separao de fato.
Essa ao de anulabilidade s poder ser demandada pelo cnjuge a quem cabia conced-la ou por
seus herdeiros, uma ao personalssima.
necessrio outorga mesmo que o bem seja particular incomunicvel, comunho parcial de bens.
H interesse nos frutos.
Inciso I - alienar a ttulo gratuito ou oneroso. Gravar de nus reais : hipotecar, por exemplo
Na doao de bem imvel de um ascendente para descendente no precisa da autorizao do
cnjuge se o regime for de separao total.
Inciso II- nas aes reais precisa. No se sabe se nas aes possessrias precisa tambm. Talvez
sim, para pleitear as aes. No precisa de litisconsrcio.
Aval - obrigao cambiaria - gozam de autonomia que permite que a invalidade em relao a um
no atinja o outro. Quem se obriga no aval quem est assinando e no o outro ao que no outorgou.
Pode atingir pela autonomia e literalidade segundo a doutrina comercialista, DOUTIRNA
DIVERGENTE do entendimento do STJ. Enunciado 114 CJF.
Regras UE:
Efeitos sociais
1- Voce tem uma famlia.
2- UE emancipa? UE no tem nenhum documento para provar.
2 entendimentos:
a) Se voce tem UE reconhecida em cartrio, esse documento por escrito servir como
emancipao. (prevalece essa corrente).
No servir como emancipao se no tiver documento escrito.
b) No! No faz sentido exigir documento para dar a UE para caracterizar UE.
3- Parentesco com afinidade
Direito Civil 150
Efeitos pessoais:
1- Fixao de domicilio
CC no estabelece fixao de domicilio para os companheiros, s para os cnjuges.
Mas nada impede que exista sim
2- Uso do nome
Na escritura pblica pode. Informativo 506 //RESP 1206656
3- Deveres conjugais
Art.1724, CC
Lealdade/ assistncia / respeito / guarda e educao de filhos (independe de vinculo de UE e
casamento).
Efeitos patrimoniais
1- Alimentos
Companheiros tem direito art.1694, CC.
2- Regime de bens
Enunciado 115 presuno absoluta aquisio onerosa constncia UE.
Qual o regime de bens? Regime da comunho parcial -1725,CC
No preciso provar esforo comum.
Mas, se for decido outro regime de bens. Exceo: aplica-se o regime da separao legal
obrigatria para o companheirismo? Causas suspensivas art.1723, CC.
Mesmo que exista causa suspensiva consequncia separao legal obrigatria.
Pratica julgados em relao a idade (+70 anos)
a) no teria como aplicar por ausncia de previso de legal -
b) Aplica STJ majoritrio STJ
Enunciado 261, CJF
2008 --------------2009-----------------------2010---------------------------2015
Direito Civil 151
STJ retroage, mas no pode ter efeito retroativo do regime de bens segurana jurdica. No
esta na esfera de disponibilidade das partes retroagir o regime de bens.
Criticado pela doutrina porque a lei resguarda efeito de terceiros.
Regime parcial de 2008 a 2009
Regime separao absoluta de 2010 para frente.
Parentesco
Art.1594, CC
1- Linha reta
a) Descendetes
b) Ascendentes
Avo 2 gerao
P 1 gerao
X
F1 1 gerao
N 2 gerao
B 3 gerao
2- Linha colateral/transversal
Pai
1 2
XIrmao
Sobrinho (3)
2 grau: irmo
3 grau: sobrinhos, tios
4 grau: tios-avos, primos, sobrinho-neto
Voce no tem qualquer grau de parentesco com o filho do seu primo.
Poder familiar
Decorre da relao de parentesco pela filiao.
Poder familiar mais que poder DEVER.
Primazia do direito de criana e adolescente em detrimento do poder familiar.
Poder-dever - familiar
Autoridade parental (melhor nomenclatura - + moderna)
Art.6, VII, L.12318/10
Qual conjunto de deveres e obrigaes do poder familiar?
Art.227, CRFB/88
Princpio paternidade/maternidade
Art.1534, CC
1- Pais quem exercem poder familiar
2- Conceder ou no autorizao para casamento.
Consentir casamento decorre do poder familiar e no da guarda (exemplo prova pai separado).
3- Conceder ou no autorizao para viajar para exterior.
- no aplica se: art.83, do ECA>
a) se mora e quer ir para comarca contigua da residncia
no precisa de autorizao dos pais.
b)Criana acompanhada ascendente ou colateral >.
c) pessoa maior
4- Representante legal
art.1634, VI, CC
Caso: ficou com vizinha.
Qual ao? Antigamente era busca e apreenso (839, CPC)
Novo CPC - Medida cautelar inominada finalidade ser essa.
Suspenso
Art.1637, CC
E temporria.
Depende de ampla defesa e contraditrio, tem que ser feito por sentena.
Remisso art.1555 a 163 do ECA
Art.23 do ECA falta e carncia de recursos no constitui a perda do poder familiar.
O rol taxativo!
Destituio
muito comum quando se quer dar a criana em adoo.
Art.1638, CC
Sano / ampla defesa e contraditrio
1- Castigar imoderamente o filho
Art.18-A e 18-B do ECA que foi includo pela lei da palmada o castigo imoderado.
2- Abandono
STJ no deve reconhecer como destituio como primeiro passo. Abandono afetivo no deve
por si s ensejar destituio familiar.
3- Violar Moral e bons costumes, que afetem o exerccio do poder familiar.
Cuidado: prostituta mas ela boa mae e ai no enseja.
Guarda
Art. 1.583 - inserido dentro do captulo da proteo dos filhos, uma das espcies. Guarda.
Essa guarda vai justificar durante o tempo que fica com os pais. J que eles esto exercendo a
titularidade do pees familiar em conjunto. Se essa sociedade conjugal termina, os filhos precisam ter
acesso a ele - art. 227 CRFB que garante ao jovem o direito a convivncia familiar.
Vinculada proteo dos filhos. O poder familiar quando os pais esto separados, continua com
eles, ainda que no estejam mais juntos.
Eles exercem a guarda sem que tenham um pronunciamento judicial afirmando o poder familiar,
no h que ter uma deciso judicial neste sentido. No precisa falar que ela compartilhada, eles tm
uma guarda inerente ao poder familiar. Possui todos os direitos em relao aos filhos, caso no haja
quaisquer pronunciamento do poder judicirio, onde no houve conflito no momento do divrcio.
Numa outra situao, quando os pais esto em conflito, a lei estabelece algumas formas.
OBS.: Guarda Jurdica que dependem de uma deciso judicial para serem estabelecidas. Sempre
que houver conflito no exerccio do poder familiar, ele ser resolvido pelo poder judicirio - art. 1.791,
n. Art. 1.692 - sempre que houver divergncia em falco ao exerccio do poder familiar, o juiz ir
nomear um curador especial. Costuma ser exercido pela Defensoria pblica, o que no afasta a
interveno do MP. As espcies prevista pela doutrina no so aplicadas na prtica.
OBS.: Guarda Ftica - momento maior que a criana passa com um dos pais, ainda que
juridicamente a guarda seja exercida de forma compartilhada com os pais.
OBS.: Guarda a Terceiros - proteo aos terceiros. As formas so a guarda, tutela e adoo. A
guarda uma forma de regularizar uma situao fatica de quem est com a criana, mas no pai ou
me. Isto ocorre em situaes em que os pais no esto presentes ou precisam ser substitudos. A
proteo ser melhor dada ao menor, se ela for dada a um terceiro e no ao famlia, na colocao de
uma famlia substituta. A guarda de terceiro est presente no ECA. Tem uma forma provisria.
A fixao da guarda ter de ser feita por intermdio do poder judicirio. Ainda que tenha uma
forma de estabelecer sem que haja uma sentena, por meio das formas de autocomposicao, como a
conciliao e mediao. Art, 693 NCPC. A mediao. Recomendada quando h um vnculo anterior. O
papel do mediador apresentar as diversas solues possveis para o caso concreto. Ele fornece esse
instrumento. J o conciliador prope acordos. A mediao. Necessria em todas aes de famlia. Art.
1.584,1 CC.
A ideia do cdigo prever a guarda compartilhada como regra. Ainda assim a unilateral mais
utilizada. Doutrina e a jurisprudncia afirmam que com o tempo, a convivncia entre o ex casal se torna
mais consensual. Deciso do STJ de 13.07.2106 diz que a guarda compartilha negada se no houver
consenso entre os pais, quando h um desentendimento absurdo entre eles. Para evitar que um deles
pratique atos de alienao parental, por exemplo.
Direito Civil 156
Se o direito de visitao no for respeitados, aplica-se a multa em situaes extremas - art. 249
ECA, na esfera administrativa. Exemplo de impecilhos criados pelo outro para impedir a visitao do
pai. A posio do juiz ampliar o direito de visitao de quem est perdendo. O eca fixa uma medida
protetiva de acompanhamento psicolgico de quem est restringindo esse direito. Se caracterizar atos
de alienao partenalm tem-se as sanes previstas na lei 12.318/2010 - art. 2 necessria que seja
reconhecida se houver um laudo mdico reconhecendo isto, posto que uma sndrome. Art. 6 prev
sanes.
Filiao
Vinculam pas a seus filhos e est inserida entro da relao de parentesco.
Verifica-se tanto em relao ao pai quanto a me.
A jurisprudncia analisa tais questes mais em relao ao pai, mas tambm aplicada em relao
s mes.
1. Legal a art. 1.597 CC - filhos concebidos na constncia do casamento ou unio estvel. O fato
de advir o exame de DNA no afasta a presuno legal. Aqui a presuno relativa, salvo do inciso V,
cabe prova em contrrio, que pode se rum exame de DNA ou scio afetividade. Inciso I e II aborda
aspectos temporais. No inciso II conta-se a partir da separao de fato, posto que o fim da sociedade
conjugal.
Inciso III, IV, V tratam da reproduo assistida. Inciso III fala da inseminao homologa de
material gentico de ambos os cnjuges. Previso legal para uma paternidade pos mortem. Alguns
afirmam ser inconstitucional, por violar o princpio da paternidade responsvel. Claro que deve ter uma
autorizao expressa do marido falecido para a procriao pos mortem. Apesar da crtica no h deciso
alegando sua inconstitucionalidade. E os direitos sucessrios? No haveria problema para autorizar, mas
no tem direitos sucessrios, que nascem com o bito. Por fora do art. 1.798 CC
Inciso IV - trata dos embries acidentarei. A reproduo se deu de forma difente. Armazenou-
se o vulo fecundado. Logo teria direitos sucessrios. Mesmo que seja inserido no tero materno s
apos o evento morte. Aqui h uma possiblidade de vida. Vinculado ao prazo de peticao de herana. At
10 anos. Nascituro#Concepturo. O primeiro foi fecundado e est no ventre materno. O segundo, foi
fecundado, mas no est no ventre materno. Interpretao ampliaria do art. 1.798 CC.
Inciso V - a presuno absoluta. Com prvia autorizao do marido para que use material
gentico de terceiros. Questionaria-se eventual vcio de consentimento, mas no a paternidade, por ter
que ser expressamente autorizado.
A contestao da paternidade se d pela negatoria de paternidade. Art. 1.604 CC. Aps o registro
deve-se alegar erro ou falsidade do registro. uma ao personalssima - art. 1.601 CC, somente se ele
for falecido que os herdeiros poderiam continuar numa sucesso processual na ao. O STJ admite a
contestao pelos filhos em casos excepcionais. Em regra personalssima.
A ideia do erro a falsa percepo da realidade. No pode ele se valer da prpria torpeza.
STJ exige tambm que no haja scio afetividade. Ainda que saiba que o filho no era seu, ainda
que esteja em erro, a ao pode ser negada, j que acreditava que era pai.
A ressuno no ser afastada ainda que haja confisso de traio da me.
2. Biolgica ou Cientfica - o exame de DNA traz uma certeza quase absoluta. Afirma quem o
genitor. O fato de um exame de DNA no afasta uma paternidade scio-afetiva.
O teste vai afirmar quem o genitor, mas pode no afirmar quem o pai. OUVIR exemplo 2 min
parte 2 IMPRIMIR A LEI 8.560/92
Direito Civil 157
3. Socio-Afetiva - decorre da posse do estado de filho. Tem ded haver certo tempo decorrido.
Onde h um tratamento de filho, fama de filho e nome do filho s vezes. Na mesma situao incorre
quem registra e reconhece como seu filho sabidamente no ser seu, como na adoo a brasileira. No
pode ser desconstituda mesmo que queira. O afeto, o tempo passando, reconhecimento a situao de
filiao que gera essa filiao que pode at prevalecer sobre a verdade biologica.
Negatoria de paternidade pode ser desconstruda pelo pai? No.
J o filho pode desconstituir, posto que um direito imprescritvel, ainda que haja uma
discordncia. Neste caso prevalece a verdade biologica em estriamento da verdade scio afetiva. Isto
depende-se da vontade do filho. Pode ser feito simultaneamente no mesmo processo.
Multi-parentalidade.
No est no cdigo.
Conceito: possibilidade d estabelecer um vnculo de filiao com mais de duas pessoas.
No confundir com parentalidade homoafetiva. Quando h um casal homoafetivo porque
dependem daquela condio de casal homoafetivo. uma filiao homoafetiva normal.
Exemplo do reconhecimento de paternidade biologica, quando j h a paternidade scio afetiva.
A soluo pode ser diversa tambm. Podem exercer a paternidade conjuntamente. Podem estabelecer
uma multiparentalidade.
Novidade insurgindo nos tribunais, aceita gradativamente na jurisprudncia e na doutrina
tambm.
JULGADOS neste sentido 035278941.2013.8.19.0001 RJ, 642226.2011.8.26.0286 SP,
3895854.2012.8.16.0021 PR (caso apelido com a moa que faleceu e o filho foi criado pela tia).
uma exceo e deve ser bem especificado isto.
Alimentos: Tem direito a todos eles.
Sucesses: o filho ter direito a todos os direitos sucessrios.
Previdencirio: teria direito a tudo.
art. 1.607 - pode ser havido ou no fora do casamento. No h mais a questo dos filhos legtimos
ou ilegtimos. considerada inconstitucional.
Direito Civil 158
Nos casos de maternidade em que h a subtrao das crianas. Nos casos de trficos de crianas
h uma prevalncia do reconhecimento da me socio afetiva. uma opo da pessoa maior de idade ter
sua filiao reconhecida ou no.
Reconhecimento voluntrio
Art. 1.609 CC - irrevogvel. Ler hipteses.
O testemunho um ato de ltima vontade e pode ser revogvel caso haja mudana de ideia no
que tange o reconhecimento de patrimnio.
Art. 1.610 CC. Reconhecimento de filho, no h que ser revogado.
Art. 1.614 CC - o filho maior no pode ser reconhecido sem seu concedido. Prazo de 4 anos do
menor no prevalece, e sim o art. 27 ECA que prevalece.
Art. 1.609, pargrafo nico do CC - a lei permite que possa reconhecer o filho mesmo aps a
morte dele. No cabvel se aquele que est reconhecendo for beneficiado a herana.
Art. 1.615 CC - outros interessados na filiao. Ingressam na ao na qualidade de assistiremos
seja do autor, seja do ru.
Na inverso do nus probatrio s poder ter 1 suposto pai no caso de haver mais de um pai
possvel. Durante a ao de investigao de paternidade.
Exceo a regra de no ajuizar ao de paternidade em relao aos avs quando o filho faleceu.
A ascendncia biologica para todos os graus, claro que necessrio estabelecer primeiro o vnculo.
H um interesse no reconhecimento da identidade gentica (direito da personalidade) e tambm
patrimonial.
O sujeito que O guardiao, se ele vinculado ao inss pode colocar o menor como seu
dependentes? Sim, segundo a lei ele pode ser incluso. A guarda confere o carter de dependente,
inclusive em relao previdncia. uma questo controvertida no prprio STJ: costuma ser julgado
pela 5a e 6a turma do inss , se for regime estatutrio outra turma. Para a 3a sesso deve roevalecer o
art. 16,2 da 8.213/91. Havia essa previso do direito seu foi retirada do pargrafo. Foi excludo na
condio de dependente. Atravs de uma MP de 97. - ERESP 859277 3a sesso do STJ de 2013
No regime dos servidores pblicos, diferente. Apesar de muitos institutos serem parecidos.
Prevalece o ECA dando O carter de dependente a quem est sujeito a guarda - RMS 36034.
Adoo
STF - qualquer distino entre filho adotivo e no adotivo e entre o filho legtimo e no legtimo.
Antes da CRFB de 88 existia tal preconceito entre a adoo plena e adoo revogvel (pessoas
maiores de 18 anos poderia ser feita pro escritura pblica, estabelecia um vincula inter partes sem gerar
parentesco com a famlia do adotande, sem romper com os vnculos da famlia biologia, revogvel).
Direito Civil 159
Neste caso, quanto sucesso, dizia a lei que os parente biolgicos tem preferncia em detrimento dos
adotivos.
Esse vnculo seria precrio, prevalecendo a forma como a filiao foi estabelecida, concordando
ou no. Foi uma deciso por maioria.
Hoje a adoo dos maiores sempre plena e irrevogvel, somente pode ser feita mediante
procedimento judicial. Art. 1.619 CC. Permite aplicar o ECA no que couber. Tambm precisa consentir
com a adoa, j que precisa consentir com o reconhecimento tambm. Na adoo comum de menor,
Apesar dele ser o maior interessado, ele no integra como parte. J do amor ele vigora como parte do
procedimento.
STJ: no possvel deferir a adoo do maior sem o seu consentimento. Em regra os pais no se
insurgem, pois como maior de idade, no h mais que se falar em poder familiar. Informativo 558 da 3a
turma. RESP 1444747. De 2015
STJ negou a adoo quando o pai biolgico e scio afetivo se insurgiu no processo atravs de
uma oposio. Fugindo a regra RESP 73362.
O TJRJ tambm decidiu j nesta esteira quando houve uma relativizao da regra. AP
016481186.2011.8.19.0001.
Quem pode adotar? Qualquer pessoa maior de 18 anos pode adotar. Independentemente do seu
estado civil. Uma pessoa emancipada no pode adotar, posto que a lei exige o requisito idade no art. 42
do ECA.
A orientao sexual no enseja a improcedencia do pedido de adoo. Informativo 432, 4 turma
STJ. RESP 889852 antes do STF se pronunciar sobre a unio estvel das pessoas homoafetivas. Pode
adotar sozinho ou como casal.
Antes o procedimento nos casos de reproduo artificial de casal homoafetivo era feito atravs
de uma adoo daquele que no tem parentesco. Hoje h um esforo do CNJ de se registrar direto em
cartrio isto.
H tambm uma cautela dos pais na clnica de inseminao para evitar uma adoo brasileira.
A adoo conjunta prevista no art. 42,2 ECA, necessrio que o casal esteja em unio estvel
ou casamento. Se no curso da adoo, houve um divrcio ou separao, no obsta a adoo, ela j sair
com a questo de guarda definida - art. 42,4 eca.
Os ascendentes e os irmos do adotando, pois j existe um vnculo de apreenso suficiente para
resguardar os direitos do menor. Se necessrio ser feita uma guarda ou tutela. Sem que haja um
rompimento do vnculo com os pais. Evitando-se assim que haja uma confuso entre os parentescos.
Direito Civil 160
Exemplo: adoo STJ criana adotada de 9 anos que estava grvida por ter sido violentada pelo
pai, deferiu a corte que a criana nascida desse estupro fosse adotada pelos pais adotivos de forma que
fosse criada com a me como irmos. S colocar adoo STJ no Google.
Famlia anaparental
Entidade familiar que se constitui sem a presena de um ancestral em comum. Entre tio e
sobrinha, entre irmos.
Estabelecida como uma unidade familiar.
Uma familia anaparental postulando uma adoo foi concedida no RESP 1217415 informativo
500, 3 turma.
Pode-se dar em adoo uma criana que est para nascer. Contudo, a validade s ocorrer com o
nascimento da criana. Deve ser ratificado aps o nascimento. Art. 166,6. No se admite a adoo
intuito persona - a me no pode escolher, vai para o cadastro.
Efeitos da adoo
Carter irrevogvel art. 39,1 do ECA.
No pode restabelecer vnculos.
Sentena constitutiva - art. 47 ECA. Posto que constitui um novo vnculo. Efeito ex nunc, pois
estabelecido da sentena para frente. Exceo: adoo pstuma - art. 42, 6 ECA - um dos postulantes
falece no curso do procedimento, art. 47,7 - isto serve para dar legitimidade para suceder ao filho
adotivo.
O STJ permite uma adoo pstuma mesmo que no esteja em procedimento. Exige-se somente
a manifestao inequvoca. Caso de famlia anaparental. RESP 1217415 informativo 500, 3 turma.
STJ reconhece Mesmo que no haja procedimento algum. Era para ser um pedido de adoo pela
socioafetividade, mas como isto algo novo, utilizou-se o mecanismo da adoo pstuma para adotar a
criana - RESP 457635, 4 turma.
Estgio de convivncia
Existe danos morais por uma legtima expectativa quebrada por um dos adotandes.
Direito Civil 161
Dispensa-se as vezes o provou-o cadastro junto com o estgio de convivncia do art. 50,13
Inciso I - adoo unilateral - rompe somente um dos vnculos de parentesco ou do pai ou da me.
Inciso II - questo da famlia extensa ou ampliada.
Inciso III - STJ a respeito do cadastro - RESP
Direito Civil 162
O fato de ter um pai socio-afetivo que no afasta a obrigao do pai biolgico de fornecer
alimentos, direitos sucessrios, direito previdencirio. A tese que ser julgada hoje ser: no prevalece
uma tese nem outra. H uma possiblidade de se ter as duas.
necessrio que a paternidade socio-afetiva esteja registrada em certido. Como fica a situao
quando o pai abandona ou faz alienao parental? OUVIR at 6 min.
ALIMENTOS
Se insurge na questo do patrimnio mnimo para garantir a dignidade da pessoa humana. Os
alimentos servem para garantir o direito vida, sade, direito moradia (art. 6 CRFB) e outro direitos
fundamentais.
Calados na base da solidariedade familiar, ou seja, em primeiro lugar quem deve presta-los so
parentes: os cnjuges ou companheiros, a famlia.
Quanto aos alimentos dos menores: dever da famlia, da sociedade (colocao em famlia
substituta) e do estado.
Solidariedade familiar - art. 3, I CRFB que determina construir uma sociedade justa e igualitria.
Art. 227, caput CRFB quando se trata do menor. Art. 226, caput - a famlia e a base da sociedade e
merece uma proteo constitucional. Se dar tambm atravs dos alimentos.
Espcies de alimentos:
Quanto a fonte:
1. Do direito de famlia - direitos legais. Casamento, parentesco, unio estvel.
Direito Civil 163
2.Da resoonsabildaide civil - Do ato ilcito - algum causa um ato ilcito e causa uma
incapacidade a quem sofreu, dentre os danos quem ser condenado, dever pagar alimentos que
possuem natureza indenizatria.
Quanto a extenso:
1. Legais ou legtimos:
1.1. civis ou cngruos - garantem ao alimentando seu padro social de vida. O status que est
acostumado a viver. Art. 1.694 CC.
O STJ tem dois julgados no sentido das correntes 2 e 1. Informativo 420, 4a turma - RESP 775780
(2a corrente), herdeiro necessrio e alimentos j prefixados.
enunciado 343 CJF;
1 corrente - RESP 1354693 informativo 455 da 2 sesso os alimentos do cnjuge mesmo j
fixados de uma unio estvel, os alimentos no se transmitem, posto que so personalssimos. Aplica-
se tambm na seara do casamento.
Ainda no h garantia qual corrente ele adota. Posto que na adotou a 1a corrente numa situao
que no envolvia parentesco. S se pode dizer que esse posicionamento devido a ex cnjuge ou ex
companheiro.
4. Irrenunciabilidade - art. 1.707 CC 1 parte - at para seu prprio titular, no pode dispor dessa
prpria vida. No h sano para isto. CONTROVERSIA CC de 1916, os direitos aos alimentos estavam
em legislao esparsa. Tratando-se de alimentos devidos em razo de cnjuge e companheiros, estes
podem ser renunciados e podem se alvos de clusulas contratuais sobre este assunto. 1 corrente) Pela
interpretao literal do texto legal, seriam irrenunciveis. 2 corrente) MAJORITARIA - em relao aos
cnjuges, companheiros, por serem pessoas maiores, podem ser disponveis, pois h condio de avaliar
se h necessidade sou no de tais alimentos. RESP 701902 3 turma. Enunciado 263 III jornada CJF.
Essa renncia s possvel no momento em que se quebra o vnculo, como j dito no pode ser disposto
num pacto antenupciais, posto que ainda subsiste o vnculo. Sumula 336 STJ - decorar isto. Nas relaes
de parentescos no se discute isso.
7. Divisibilidade dos alimentos - mais de um obrigado a presta-los, iro pagar de acordo com sua
possiblidade. Art. 1.698 CC. Os alimentos em regra no so solidrios, posto que cada um concorre na
possibilidade de seus recursos.
Exceo: alimentos devidos ao idoso. Art. 12 Estatuto do Idoso (10.641/2003). A obrigao
alimentar e solidria, podendo o alimentando executar me favor dos dois.
CRITICA DOUTRINRIA: o menor no possui essa garantia. Ele no pode trabalhar sendo
menor de 16 anos. Para a doutrina, em razo da isonomia a solidariedade deveria ser estendida aos
menores. No estendida, pois ela no se presume. Ela decorre da vontade da lei ou disposio das
partes. Viola a isonomia material, posto que ambos so hipossuficientes.
JURISPRUDNCIA: no possui tal crtica.
O recurso ter efeito devolutivo e suspensivo. Tendo duplo efeito. A exceo a isto ocorre quando
a deciso for favorvel ao alimentando. Retroagindo a sentena a data da citao, respeitando a regra da
Irrepetibilidade. Art. 13,2 da lei 5.478/68.
possvel cobrar a diferena entre a sentena e o valor determinado na liminar que r menor que
na sentena. Art. 1.012,1,II NCPC.
Seria ento uma execuo provisria do valor determinado em liminar. Isto no pacifico.
muito controvertido.
Parente - REMISSAO art. 1.696 e 1.697 delimitam os parentes que devem prestar os alimentos.
Na linha reta no h qualquer limitao de grau, tanto para os ascendentes quanto para os descendentes.
Primeiro recorre-se aos ascendentes e depois para os descendentes. Nos colaterais s os irmos (no
importa se unilateral ou bilateral- de um dos pais ou dos dois pais). Entendendo minoritrio da Maria
Berenice diz que se os aportes do quarto grau tem o bnus da herana, e serem chamados a receber a
herana, eles podem participar contribuindo com os alimentos.
Filhos menores tem a necessidade presumida. At os 18 anos que deixa de ser presumida. A partir
desta idade, necessrio comprovar a necessidade para tal. At os 24 anos a idade limite para se pagar
obrigatoriamente os alimentos. Sumula 358 STJ portanto no h exonerao automatica da penso no
momento em que se atinge a maioridade.
Aqui o alimentando devem comprovar sua necessidade.
Alimentos gravidicos
Direito Civil 166
Lei 11.804/08
Titular dos alimentos: 1) nascituro - titular porque a finalidade dos alimentos gravidicos garantir
o direito vida do nascituro, para que possa nascer de forma saudvel, em razo da gestao. Art. 2 da
lei. - avalia-se a necessidade do nascituro. Com o nascimento em vida dele, esses alimentos gravidicos
se convertem em penso alimentcia - art. 6, pargrafo nico. A gestante passa a ter uma legitimao
extraordinria para pleitear direito alheio em nome prprio, posto que a titularidade seria a do nascituro.
Criticaria-se tambm pela redao do art. 2, pargrafo nico; 2) gestante - na prtica passa a ser mais
da mulher gestante, pois a mulher grvida tem com e registro para pode vigorar como parte processual.
O nascituro no possui personalize jurdica, ele possui um reflexo da natureza atravs da gestante. Art.
1 da Lei afirma que um direito da gestante.
Quem vai constar no polo passivo da demanda ser o suposto pai. Nada impede que tenha o
reconhecimento ded paternidade antes do nascimento de acordo com o art. 1.609, pargrafo nico.
Por conta da urgncia os alimentos so devidos do ajuizamento da ao. Ler as razes de veto.
Revogao do art. 9.
Precisa de indcios de paternidade e no prova disto. A prova concreta acarreta riscos vida do
nascituro.
Caractersticas:
1. A ao cabe em relao a cada um dos avs em separado
3. Complementar - ela complementa aquilo que os pais no podem prover sozinhos. Verifica-se
a possibilidade dos pais e do que eles pedem pagar. No se entra em discusso se os avs podem pagar
mais.
possvel a priso civil nesses alimentos? Enunciado 599 CJF - como se tratam de idosos na
maior parte das vezes, ter que ocorrer uma ponderao do meio coercitivo.
Cnjuges e companheiros
No h qualquer empecilho para alimentos em casal homoafetivo.
possvel cobrar alimentos e ex cnjuge, ex companheiro? Se for h pouco tempo, pode ser que
o fim do relacionamento seja a principal causa disto. possvel. No pode deixar passar muito tempo.
Entendimento da jurisprudncia. Principalmente se ainda no houve a partilha dos bens.
Alimentos compensatrias
Depende do doutrinador e do julgador.
1) Art. 4, n. Lei de alimentos - aqui no houve a partilha e pode-se auferir a renda pelos frutos
que os bens do por serem administrados por somente um dele, antes de terminar a partilha.
Representam uma ausncia de um bem que pertence a ele. A jurisprudncia fala disto, pois no cabe
priso civil para tal hiptese.
2) doutrina - STJ - quando h uma queda abrupta no padro de vida. No ser peridica. Tambm
no tem carter de alimentos a ideia compensar aquele cnjuge que ficou em extrema desvantagem.
Chama-se compensatrio pois tem o carter de indenizar.
A sentena que fica os alimentos no transita em jugulada, poder ser revista a qualquer tempo
em razo da condio financeira do devedor. Art. 15 da lei - CRTICA DO EXAMINADOR - ela
transita em julgado sim, pois h execuo definitiva de alimentos. Ela no faz coisa julgada material?
Faz sim! Art. 1.699 CC. Toda deciso de alimentos tem uma clusula rebus sic standibus - a deciso
vale enquanto a situao fatica permanecer a mesma. Fazendo ento uma coisa julgada. Isto tambm
criticado pelo examinador da banca. Ele diz que uma nova demanda, pois segundo as condies da
ao, so causada de pedir diferentes.
A priso no uma forma de cumprimento de sentena, no regime fechado. Fica em uma ala
fechada.
Tutela
Conceito:
Representa o pode conferido a uma pessao capaz para cuidar dos interesses de um menor e
administrar os seus bens.
um sucedneo do direito familiar. S advm quando o poder familiar no est presente. Fala-
se na colocao de uma famlia substituta. Apesar de no se equiparar ao poder familiar, se aproxima a
ele.
Natureza Jurdica
um poder jurdico, se assemelha a um mnus publico, uma vez nomeada deve ser exercida e
no necessariamente mediante uma remunerao.
Um exemplo fora da rea o do mesrio.
Objeto da Tutela
Art. 1.734 CC: As crianas e os adolescentes cujos pais forem desconhecidos, falecidos ou que
tiverem sido suspensos ou destitudos do poder familiar tero tutores nomeados pelo Juiz ou sero
includos em programa de colocao familiar, na forma prevista pela Lei no 8.069, de 13 de julho de
1990 - Estatuto da Criana e do Adolescente.
So os menores, as crianas sob risco tambm so colocadas sob sua proteo, como no art. 98
do ECA.
Espcies
1. Tutela Testamentria art. 1.729 CC os pais nomeiam conjuntamente um tutor na hiptese
em que vierem a faltar. Decorre do poder familiar (art. 1.634, VI CC).
Obs.: O CC veda o testamento conjuntivo art. 1.863 CC a doutrina afirma que somente para
a finalidade para nomeao de um tutor que poderiam fazer um testamento conjuntivo. uma exceo
a regra do art. 1.863 CC.
Deve constar em um documento escrito escritura pblica ou documento particular assinado por
pelo menos duas testemunhas.
O testamento vital produz efeitos atnes do bito e pode ser interessante para a nomeao de tutor.
Enunciado 528 CJF possui uma natureza jurdica de uma diretiva de antecipao de vontade verifica-
se uma situao em que poder a pessoa no conseguir mais manifestar sua vontade no futuro (devido
a uma doena degenerativa, entre outros), tomando providencias para quando advir o evento futuro.
Essa diretiva produz efeitos antes do bito.
Direito Civil 170
Para tal finalidade poderia ser possvel fazer um testamento vital? No possui previso legal,
alm de ser possvel fazer atravs de escritura pblica. Com isto em mente, no vedado utilizar deste
mecanismo para nomear tutor ao menor.
Mesmo que no esteja regulamentado, no quer dizer que est proibido.
2. Tutela Legtima art. 1.731 CC prevista na lei. Ideia de preferencia na ausncia dos pais e
de uma nomeao.
Crtica ao falar em parentes consanguneos, exerce-se uma discriminao perante aos outros
tipos de parentes. Conforme o disposto no art. 1.593 CC.
Inciso II at terceiro grau so os sobrinhos e os tios uma ordem preferencial, mas o juiz ir
analisar quem exercer melhor essa tutela.
O pargrafo nico do art. 37 do ECA pode ser afastado em favor do art. 1.731 do CC em funo
do caso concreto, em que a pessoa no possua condies de exercer sua vontade.
Essa nomeao do tutor deve seguir as regras do art. 28 e 29 do ECA de colocao em famlia
substituta, lembrando que dever o maior de 12 anos dever expressar seu consentimento, colhido em
audincia (2 do art. 28 do ECA).
3. Tutela Dativa - art. 1.732 do CC uma pessoa de confiana do juzo. Se houver irmos, a
ideia conferir o mesmo tutor para ambos (art. 1.733 CC).
Impedimento
No pode exercer a tutela ainda que no queira. art. 1.735 CC no inciso II h um claro conflito
de interesses do tutelado e do tutor (conflito e presumido). No toda e qualquer hiptese de conflito
que ira afastar. Remisso ao art. 1.751 CC c/c art. 197, III no corre prescrio entre tutelados e tutor
enquanto houver a tutela.
Pode ocorrer por ocasio da nomeao ou no curso da nomeao o juiz ir nomear outro
curador.
Escusas de Tutela
O tutor pode se escusar dela somente nas hipteses previstas em lei art. 1.736 CC.
Inciso I ou o homem casado tambm pode se escusar ou afastar essa hiptese (doutrina) de
escusa pelo fato de s ser casada, no afasta a possiblidade de ser tutora em funo do art. 5, I
(isonomia) e Enunciado 136 CJF.
Inciso II maiores de 60 anos, muitas vezes tem uma sade debilitadade e precisa de maiores
cuidados
Inciso V manter o tutelado o mais prximo de sua residncia.
um direito potestativo que pode ser alegado, na qual o juiz ir nomear outra pessoa e afastara
essa nomeao.
Deve se escusar no prazo decadencial e 10 dias art. 1.738 CC. art. 760 NCPC.
Exerccio da Tutela
Direito Civil 171
Extino da Tutela
Art. 1.763 CC so automticas.
Curatela
Tange aquele que no tem condies de praticar atos da vida civil.
O papel do curador para o menor de 16 anos ser o mesmo do tutor, portanto somente o ltimo o
exercer.
Sujeitam-se a curatela
Art. 1.767 CC remisso do art. 6 da Lei, c/c art. 84 e 85 da Lei:
Inciso I casos de coma, como a orto-eutansia (criticam-se isto OUVIR 1:16:00)
Inciso II revogado que deveria ser os excepcionalmente sem desenvolvimento mental
Inciso III permaneceram na redao.
Inciso IV -
1 do art. 85 tem direito a voto (a votar e ser votado) podero ter representatividade.
Ao de Interdio
Meio pelo qual afasta-se a presuno legal de capacidade.
O NCPC quando entrou em vigor revogou artigos que foram recentemente criados pelo Estatuto
do Deficiente.
Foto Celular
O art. 1.768 foi revogado pelo art. 1.072 NCPC passa a vigorar o art. 747 do NCPC com os
legitimados ativos impossibilitanto a possibilidade da prpria pessoa pedir sua curatela
(AutoCuratela). Tanto Jurisprudencialmente quanto doutrinariamente poder ser admitido tal
possibilidade, de forma a trazer benesses a vida do deficiente.
Direito Civil 173
possvel a AutoCuratela?
Resposta: A Autocuratela foi prevista no artigo 1.768, IV CC acrescentado pela Lei 13.146/2015
fundamentado na capacidade que o deficiente tem para os atos existenciais e nos limites do exerccio
dessa curatela (art. 6, 84, 85 Estatuto do Deficiente). Ocorre que o art. 1.768 veio a ser expressamente
revogado pelo NCPC (art. 1.072).
Portanto, no possumos mais uma autorizao legal expressa em tal sentido. Poder-se-ia afirmar,
no entanto, que o legislador ao revogar tal dispositivo no teve por inteno revogar a Autocuratela, j
que esta previso foi posterior ao NCPC.
O Estatuto o diploma mais recente, a diferena que o NCPC possuiu uma vacatio legis maior
que acabou revogando tal possibilidade.
Assim a mens legislatoris pela possibilidade da Autocuratela, posto ter sido esta a ultima
manifestao de vontade do legislador.
Fazer uma anlise com diferena entre existncia e entrada em vigor.
Legitimados
Art. 747 NCPC pode ser promovida (no mais uma obrigao).
O MP, apesar de ter legitimidade, deve ser exercida na forma do art. 1.748 CC -
subsidiaria, s na ausncia dos outros legitimados que poder agir.
O rol do art. 747 uma ordem preferencial, se o juiz entender que algum pode faz-lo ele ir
permitir.
Art. 751 NCPC Haver uma audincia de impresso pessoal ou audincia de justificao -
para passar para o juiz que a pessoa no possui condies.
Art. 753 NCPC antes o laudo apontava o grau da incapacidade (relativa ou absoluta) agora s
h incapacidade relativa. Determinar agora o grau de discernimento e em que momento em que houve
essa falta.
Art. 755 NCPC no mais declara, mas decreta a interdio, cujos efeitos so ex nunc.
3 - Deve ser registrada esta curatela.
Os negcios celebrados antes a sentea, podero ser questionados, embora os efeitos daquela
sendo ex nunc. A capacidade ainda pode ser questionada. Eles vo obedecer ao prazo decadencial
decorrente da anulabilidade.
Direito Civil 174
Art. 1.780 CC trazia a hiptese da curatela mandato revogada pelo prprio estatuto de
deficiente.
Exerccio da Curatela
Aplica-se analogicamente os limites para a Tutela.
Curatela do Nascituro
Art. 1.779 quando o pai estiver falecido e a mulher grvida curatelada sem poder exercer o
poder familiar. A curatela da me gestante sera estendida ao nascituro.
Art. 747 NCPC aplicado no caso da gestante perder o marido que era seu curador, obedecer-se-
a ordem deste artigo, de forma que ser nomeado novo curador para a gestante e o magistrado ir
estender seus efeitos ao nascituro e aps seu nascimento para ele como menor.
Levantamento da Curatela
Art. 1.756 CC s por determinao judicial.
Cuidado com o contrato de Mandato o advogado, por exemplo no pratica o ato pela pessoa,
ele somente auxilia (ideia emprestada por este instituto).
No termo eles iro estabelecer os limites dessa tomada de deciso 1 do art. 1.783-A.
O prazo de vigncia pode ser indeterminado ou no? Na Itlia possvel que seja indeterminado.
Na Frana s pode ser por 1 ano, prorrogvel por mais 1 ano por cada instrumento. Na ausncia de
clausula expressa o juiz poderia expressar que o fosse por 2 anos.
Quem indica o apoiador a pessoa com deficincia, no pode o juiz suprimir este ato de vontade.
3 - mais uma audincia de informao, onde o juiz vai avaliar, com a presena do MP e equipe
multidisciplinar. Os apoiadores sero ouvidos tambm e precisam concordar com isto.
A presena da assinatura dos apoiadores depender dos limites estabelecidos pelo Termo.
Direito Civil 175
A tomada de deciso apoiada ser para apenas alguns atos da vida civil, podendo exercer os atos
que no estejam no Termo, pois ele goza de presuno de capacidade plena sem a tomada de deciso.
No possui previso legal, mas ser necessrio o registro para que possa dar publicidade. Os
limites da eficcia e validade do termo ser estabelecido no prprio instrumento, no como no
casamento em que necessrio a outorga do cnjuge.
5 - pode e no que ele deve requerer essa contra-assinatura dos apoiadores. Para tal, faz-se
necessrio que ele tenha conhecimento desse termo de Tomada de Deciso Apoiada. Na Lei de Registros
Pblicos no h essa previso de que seja registrado.
Resciso o apoiado pode a qualquer tempo por fim ao termo, dando cincia aos apoiadores sem
a necessria interveno do juiz (9), o apoiador precisa da autorizao do juiz para tal (10).
Caso destitudo 1 pessoa, necessrio que haja no mnimo 2 e nesta esteira, de o qurum for
abaixo, dever o juiz nomear outro apoiador aps ouvir a pessoa apoiada.
Biotica e Biodireito
A Biotica estabelece limites aos exerccios dos avanos tecnolgicos.
O Biodireito o reflexo deste estudo com relao a normatizao destes limites (a necessitade de
faz-los).
Princpios:
1. Princpio da Beneficncia esses avanos tecnolgicos, cientficos devem ser sempre feitos
em beneficio do ser humano.
2. Princpio da Maleficncia s se admite se for algo bom para o ser humano. No pode
prejudica-lo quando estabelece uma pesquisa cientfica.
Em sentido contrrio:
Questo da legalidade, da separao dos poderes.
Sem que haja uma lei que autorize isto. No podendo haver ingerncia do Poder Judicirio.
Lei da Biossegurana
Constitucionalidade da Lei 11.105/2005 na ADI 3510 no informativo 508 do STF
Pode-se utilizar os materiais embrionrios clulas-tronco? Deve-se ter respeito a eles?
Art. 5 da Lei.
Mesmo para quem defende a teoria concepcionista, que depende da concepo, por conta disto
que o STF adotou a teoria natalista.
Utiliza-se o material gentico que no vida em si, pois fora do tero materno no h como se
desenvolver.
Aqui se tem uma doao temporria de tero. Isso viola a caracterstica da inviolabilidade dos
direitos da personalidade? No, temporrio, somente para a gestao.
A criana no ser filha de quem a gerir. O grau de parentesco ser de acordo com os genes. No
necessrio que seja parente para gerar a criana.
Transsexual
Pode hoje um homem gestacionar um feto. Para os olhos da sociedade e no registro civil ser
homem, mas biologicamente ser uma mulher.
Discute-se se possvel alterar o nome sem a cirurgia. O nome deve refletir a identidade social
da pessoa (principio da veracidade dos registros pblicos). Sem a cirurgia falta o fundamento. Comea
a surgir a desnecessidade da cirurgia para o exerccio da autonomia e liberdade para alterar o nome e a
designio do gnero sem qualquer discriminao.
A discriminao no pode ser no tocante a realizao ou no da cirurgia.
Segredo do Doador
A lei disse que esse segredo deve ser mantido como forma de proteger a intimidade e privacidade
do doador.
Vai de encontro com a ascendncia gentica art. 27 ECA.
Ponderando prevalece a ideia de justa causa para mitigar o anonimato do doador. Como justa
causa entende-se quando h necessidade de uma doena como um transplante de medula.
A simples curiosidade no enseja a mitigao da intimidade e privacidade do doador.
Testamento Vital
Enunciado 528 valido conforme uma disposio art. 25 CC
Aplica-se tambm a ortoeutansia, direito de ter uma morte digna. Isto no quer dizer causar a
morte, deixa-se morrer.
Direito Civil 178
Aula XX