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Fácil Viagem A Outros Planetas 1978 DR PDF

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Feil Vig

a em
a outros planetas
O ser vivo qualitativamente par prakrti (energia
antimaterial superior) . Sua identificao com a apar
prakrti (energia material inferior) a causa fundamental
de todas as misrias. Iludida por um tipo ilusrio de civili
zao , a entidade viva negligencia o tratamento adequado
para sua doena material . Sugerimos neste livro o trata
mento adequado para esta doena, e esperamos sincera
mente que o mundo civilizado tome proveito do mtodo
de bhakti-yoga prescrito aqui e alcance a perfeio mxima
da vida.
O Autor
OBRAS DE SUA DIVINA GRAA
A. C. BHAKTIVEDANTA SWAMI PRABHUPDA


O Bhagavad-gft Como Ele!:.
Srlmad-Bluigavatam (trinta volumes)
Citanya Caritiimrta (dezessete volumes)
Sr'i
Os Ensinamentos do Senhor Caitanya
Os Ensinamentos do Senhor Kapi/a (o Filho de Devahuti)
O Nctar da De vo o
O Nc tar da Instruo
Sri fsopanid
Fcil Viagem a Ou tro s Planetas
Conscincia de Krl'Ja, o Sistema de Yoga Mais Elevado
Kr"l}ll. a Suprema Personalidade de Deus
Perguntas Perfe itas, Respostas Perfeitas
Espiritualismo Dialtico - uma Viso Vdica
da Filosofia Ocidental ( trs volumes)
Os Ensinamentos Transcendentais de Pra/1lda Mahrja
Kff!Ja, a Fon te do Prazer
A Vida Vem da Vida
A Perfeio da Yoga
Alm do Nascimento e da Morte
A Caminho de Knrya
G ee tr-ga n (Bengali)
Rja-vidy: o Rei do Conhecimento
Elevao Conscincia de KrrJ
O Senh or Caitanya em Cinco Aspectos
Conscincia de Krrya:o Presente Inigualvel
Revista: De Volta ao Supremo

A CAPA

Depois que concentra a fora vital entre os olhos, o yogi


perfeito tem liberdade para se transferir morada espiritual
do Senhor Sri Krr:ia, a Suprema Personalidade de Deus.
TODAS AS GLRIAS A SR GURU E GA URNGA

Feil Viagem
a outros planetas
PELA PR TICA DA YOGA SUPREMA

EDIO REVISADA

Sua Divina Graa


A.C.BHAKTIVEDANTA
SWAMI PRABHUPDA
Fundador-crya da Sociedade
Internacional para a Conscincia de Krl?i:t

THE BHAKTIVEDANTA BOOK TRUST


Los Angeles . So Paulo . Bombaim . Londres . Mxico
Ttulo do original em ingls:
Easy J ourney to other planets

A Sociedade Internacional para a C onscincia de K'!


convida os leitoces interessados no assunto deste livro a
se corresponderem com sua Seccetaria.

So Paulo
Rua Pandi ealgeras, 54
01.525 Liberdade
-

Fone: 279-3497

Primeira edio em portugus ( 1975) : 50.000 exemplares

Segunda ed i o em portugus ( 1978) :150.00 0 exemplares


alemo 385 .000 exemplares
sueco 50.000 exemplares
i ngls 720.000 exemplares
j apon s 10.000 exemplares
francs 17 5 .000 exemplares
italiano 52.000 exemplares
hindi 25.000 exemplares
iugoslavo 20.000 exemplares
po laco 10.000 exemplares
checoslovaco 10.000 exemplares
russo 5.000 exemplares
suo 40.000 exemplares
castelhano 350.000 exemplares
Total de exemplares 2.032.000

Copyright 1975. Por Bhaktivedanta Book Trust


ISKCON DO BRASIL
e.e.e. 47 .096 . 698/0001-54
Todos os direitos reservados.
Dedicado aos
CIENTISTAS DO MUNDO
com as bnos de
SUA DIVINA GRAA
Sri Srimad Bhaktisiddhnta Sarasvati
Gosvmi Mahrja
meu mestre espiritual
NDIGE

Prefcio

1. Mundos antimateriais 3

2. Variedades de sistemas planetrios 43

O Autor 63

G !ossrio 67
A bhakti-yoga tornou-se muito fcil de praticar, e special
men te nesta era de fe rro , pela graa do prprio Senhor
KrQa em Seu aparecimento mais sublime, liberal e munifi
cente como o Senhor Sri C aitanya.
PREFCIO

Um ser vivo, e specialmente o homem civilizado , tem


um desej o natural de viver sempre feliz. I sto muito n atural
porque o ser vivo em seu e stado original tanto eterno quan
to alegre . No entanto , neste e stado de vida condicionado, ele
se envolve numa luta contra a repetio de nascimentos e mor
tes, no alcanando, por isso, nem a felicidade nem a imorta
lidade .
Ultimamente , o homem tem desenvolvido o desej o de
viaj ar a outros planetas. I sto tambm muito natural , porque
ele tem o direito constitucional de ir a qualquer parte dos
cus material ou e spiritual. Uma viagem desse tipo muito ten
tadora e excitante porque estes cus esto cheios de globos i
limitados de qualidades variadas, sendo ocupados por entida
des vivas de todos os tipos. Podemos satisfazer o desej o de vi
ajar a esses lugares por intermdio do processo de yoga, que
serve como um meio pelo qual podemos nos transferir a qual
quer planeta que queiramos - possivelmente a planetas onde
a vida sej a no apenas eterna e bem-aventurada, mas tambm
onde haj a variedades mltiplas de energias agradveis . Qual
quer pessoa que conseguir alcanar a liberdade dos planetas
espirituais j amais precisar regressar a e sta terra miservel de
nascimento, velhice, doena e morte .
C om nosso esforo individual podemos alcanar mui
to facilmente e sta fase de perfeio . Podemos simple smente
seguir, em nossa prpria casa , o mtodo pre scrito de bhakti
yoga. Sob uma orientao adequada, e ste mtodo simple s e
agradvel . Tentamos aqui infomiar s pessoas em geral, e aos
filsofos e religiosos em particular, sobre como pode uma pes
soa transferir-se a outros planetas atrav s deste processo de
bhakti-yoga - o mais elevado de todos os processos igui- .
cos .
MUNDOS
ANTIMATERIAIS
Pode ser que um dia a cincia materialista descubra fi
n almente o mundo antimaterial eterno que por tanto tempo
tem sido desconhecido para os polemistas do materialismo
gro sseiro Quanto atual concepo que os cientistas tm de
.

antimatria, o Times of lndia (27 de outubro de 1959) publi


cou a seguinte not cia :

-Estocolmo , 26 de outubro de 1959 - Dois


cientistas nucleares americanos receberam
hoj e o P rmio Nobel de Fsica de 1959 pela
descoberta do antiprton, provando que a
matria existe em duas formas - na forma
de partculas e de antip ar tculas So eles o
.

Dr. Emillo S egre , 69 anos, italiano de nasci


mento , e o D r . Owen Chamberlain, nasci
do em S o F rancisco . Segundo uma das
hipte ses fundamentais da nova teoria,
pode ser que exista um outro mundo, ou
um antimundo , composto de antimatria.
E ste mundo antimaterial consistiria de par
t culas atmicas e subatmicas que girariam
em rbitas opo stas quelas do mundo que
conhecemos. Se estes dois mundos se cho
cassem alguma vez, ambos seriam aniquila
dos num s claro ofuscante.

Nest a declarao , apresentan1-se as seguintes proposi


e s :
1- Existe um tomo ou partcula an t imaterial que se
compe das antiqu alidades dos tomos materiais.
2- H um outro mundo alm deste mundo material
do qual temos apenas ex perincia limitada.
3- Pode ser que num determinado perodo os mun
dos antimaterial e m aterial se choquem e um aniqui le o outro.

3
4 Fcil viagem a outros planeta s

Destes trs itens, ns, os estudantes da cincia testa,


podemos concordar plenamente com os itens nmeros le 2,
mas s podemos c oncorda r com o terceiro item dentro dos
limites da limitada definio cient fi ca de antimatria. A di
ficuldade est no fato de que a idia que os cientistas fazem
de antimatria e s ten de-se apenas a uma outra variedade de
energia material, ao passo que a antimatria verdadeira tem
que ser antimaterial, ou espiritual. Da forma como consti
tuda, a matria est sujeita aniquilao, porm, por sua
prpria natureza (no caso de ser desprovida de todos os
sintomas materi ais), a antimatria tambm tem que ser
desprovida da aniquilao. Se a matria destrutvel ou
separvel, a antimatria tem que ser indestrutvel e insepa
rvel. Tentaremos di scutir estas proposies segundo o
ponto de vista de escrituras autnticas.
As escrituras mais amplamente reconhecidas que h
no mundo so os Vedas. Os Vedas dividem-se em quatro
partes: Sma, Yajus, Rk e Atharva. O tema dos Vedas
muito difcil para um homem de compreenso comum.
Para efeitos de e lu c ida o , os quatro Vedas so explica
dos no pico h ist rico chamado o Mahbhrata e em de
zoito PurTJl1S. O Ramayl'}a tambm um pico histrico
que contm toda a informao necessria dos Vedas. As
sim, os quatro Vedas, o Ramyl)a original de Vlmiki, o
Mahbhrata e os Purl)as so classificados como litera
turas vdicas. Os Upani!;ads constituem partes dos quatro
Vedas, e os Vednta-stras representam a nata dos Vedas .
Para resumir t odas estas literaturas vdicas, o Bhagavad
gz1 aceito com o a essncia de todos os Upani!iads e a
explicao preliminar dos Vednta-stras. Pode-se ento
concluir que to somente com o Bhagavad-git podemos
tr a essncia dos Vedas, uma vez que falado pelo Senhor
Sri Kra, a Suprema Personalidade de Deus, que desce do
mundo antimaterial para este mundo material a fim de da
informao comple ta sobre a forma superior de energia.
No Bhagavad-git se descreve que a forma superior de
energia da Personalidade de Deus par prakrti. Recente-
Mundos antimateriais 5

mente os cientistas descobriram que h duas formas de


matria perecvel, porm o Git descreve mais perfeitamen
te o conceito transcendental de matria e antimatria em
termos de duas fomias de energia. Existe uma energia que
criou o mundo material e que, em sua forma superior,
tambm criou o mundo antimaterial (transcendental). As
entidades vivas pertencem categoria de energia superior. A
energia inferior, ou energia material, chaniada apar
prakrti. Desse modo, o Git apresenta a energia criadora em
duas formas, a saber: apar e par prakrti.
A matria em si no tem poder criador. Quando a ener"
gia viva a manipula, as coisas materiais so produzidas. Por
tanto, a matria em sua forma crua a energia latente do
Ser Supremo. Sempre que pensamos em energia, natural
que pensemos na fonte da energia. Quando pensamos elll
energia eltrica, por exemplo, pensamos simultaneamente
na central eltrica onde esta energia gerada. A energia no
auto-suficiente. Ela est sob o controle de um ser vivo su
perior. O fogo, por exemplo, a fonte de duas outras ener
gias, a saber: a luz e o calor. A luz e o calor no tm existn
cia independente quando esto fora do fogo. Similarmente,
as energias inferior e superior provm de uma fonte, qual
podemos dar qualquer nome. Esta fonte de energia tem que
ser um ser vivo <'._Om um completo sentido de tudo. Esse ser
vivo supremo Sr Kw:ia, a Personalidade de Deus, ou o ser
vivo todo-atrativo.
Nos Vedas, o ser vivo supremo, ou a Verdade Absoluta,
chamado Bhagavn - o opulento, o ser vivo que o ma
nancial de todas as energias. A descoberta das duas f ormas
de energias limitadas feita pelos cientistas modernos marca
apenas o comeo do progresso da cincia. Agora eles tm
que prosseguir e descobrir a fonte das duas partculas ou
tomos que chamam de material e antimaterial.
Como que se pode explicar a partcula antimaterial?
Temos experincia com partculas ou tomos materiais,
mas no temos experincia com tomos antimateriais.
6 Fcil viagem a outros planetas

Entretanto, o Bhagavadgtt (2.13) d a seguinte descrio


vvida da partcula antimaterial:

"Esta partcula antimaterial encontra-se dentro do cor


po material. Este corpo material transforma-se progressiva
mente da infncia adolescncia, da adolescncia juventu
de e velhice, aps o que a partcula antimaterial deixa o
corpo velho e inaproveitvel e aceita um outro corpo mate
rial."

Esta descrio de um corpo vivo confimia a descoberta


cientfica de que a energia existe em duas formas. Quando
uma delas, a partcula antimaterial, separa-se do corpo ma
terial, este torna-se intil para todos os fins. Como tal, no
resta dvida de que a partcula antimaterial superior
energia material.

"Portanto, ningum deve se lamentar pela perda da


energia material. Todas as variedades de percepo sensorial
nas categorias de calor e frio, felicidade e aflio, so seno
interaes da energia material que vm e vo como as mu
danas de estao. O aparecimento e o desaparecimento
temporrios d e tais interaes materiais confimia que o cor
po m ate r ial fomia-se de uma energia material, inferior
fora viva, ou a energia jiva. "
(Bg.2.14)

"Qualquer pessoa inteligente que no se perturbe com


a felicidade e a aflio, compreendendo que essas coisas so
diferentes fases materiais resultantes das interaes da ener
gia material, competente para recuperar o mundo antima
terial onde a vida eterna, plena de conhecimento pemia
nente e bem-aventurana."
(Bg.2.15)

Aqui se faz meno do mundo antimaterial, e alm dis


so se d informao de que no mundo antimaterial no h
Mundos antimateriais 7

flutuao "de estaes". Tudo ali perm anente , bem-aven


turado e pleno de conhecimento . Mas quando nos referimos
a este lugar como um "mundo", devemos lembrar que ele
tem forma, parafernlia e categorias que e sto alm de nos
sas experincias materiais.

"O corpo material destrutvel, e como t al mutvel e


temporrio . O mundo material tambm o . M as a fo ra vi
va antimaterial no de strutvel, e portanto permanente .
Desse modo, os cientistas peritos distinguem que as diferen
tes qualidades das partculas material e antimaterial so
temporrias e permanentes respectivamente ."
(Bg .2 . 1 6)

Os descobridores das duas fomrns de matria ainda tm


que descobrir as qualidades da antimatria. Porm, o
Bhagavad-git (2. 1 7) j d a seguinte descrio vvida des
sas qualidades . Os cientistas podero fazer mais pesquisas
baseando-se nesta informao preciosa.

"A partcula antimaterial mais sutil que a mais sutil


das partculas materiais. Esta fora viva to podero sa que
e spalha sua influn cia por todo o corpo material . C ompara
da com a partcula material, a partlcula antimaterial tem
urna potncia imensa, e conseqentemente no pode ser
destruda ."

Este seno o comeo da descrio que d o Git da


p artcula antimaterial . M ais adiante (Bg .2. 1 8) e sta part
cula explicada como se segue :

"A forma mais sutil da partcula antimaterial e st en


gaiolada dentro dos corpos materiais grosseiro e sutil . Em
bora o s corpos materiais ( tanto o grosseiro quanto o sutil)
estejam suj e itos de struio , a partcula antimate rial mais
sutil eterna. Portanto , devemos voltar nosso inte resse pa
ra e ste princpio etern o . "

A perfeio da cincia ocorrer quando os cientistas


materiais conseguirem conhecer as qualidades da partcula
8 Fcil viagem a outros planetas

antimate rial e conseguirem libert-la da associao com as


partculas materiais impermanentes. T al liberao marcaria
a culminao do p rogre sso cientfico .
H verdade p arcial na sugesto dada pelos cientistas de
que pode ser que tambm exista um outro mundo que con
siste de tomos antimateriais e que um choque entre os
mundos material e antimaterial resultar n a aniquilao de
ambos. H um choque que acontece continuamente : a ani
quilao das partculas materiais acontece a cada instante ,
e a partcula no material luta pela liberao . I sto se explica
no Glt (2.19) como se segue:

"A partcula no material , que vem a ser a entidade vi


va, exe rce influncia sobre a p artcula material e a faz traba
lhar . E sta entidade viva sempre indestrutvel . E quando
a partcula no material se encontra dentro do pedao de e
nergia material - conhecido pelos nome s de corpos grossei
ro e sutil - a entidade se manife sta como uma unidade viva.
No choque con tnuo entre as duas partculas , a partcula
no material j amais aniquilada. Ningum pode destruir
a partcula antimaterial em tempo algum - nem no pas
sado , nem no presente nem no futuro ."

por isso que pensamo s que a teoria que afirma que os


mundos material e antimaterial podero vir a se chocar, o
que re sultar na aniquilao de ambos o s mundos, s cor
reta dentro do contexto da definio limitada que os cien
tistas do para antimatria. O Git (2.21-22) explica a natu
reza da p artcula antimate rial que j amais pode ser aniqui
lada:

"A partcula antimaterial sutil e imen su rvel sempre


indestrutvel, permanente e eterna. Aps um detemlinado
perodo , ela se liberta do cativeiro material por intermdio
da aniquilao da p artcula material. E ste mesmo princpio
tambm atua em relao ao s mundos mate rial e antimaterial .
No se deve temer a aniquilao da partcula antimaterial,
pois ela sobrevive aniquilao dos mundos mate riais."
Tudo que criado aniquilado numa fase detemlinada.
Tanto o corpo material quanto o mundo ma teria! so criados,
Mundos antimateriais 9

e por isso e sto suje itos aniquilao. Entretanto , a part


cula antimaterial jamais criada , e conseqen temen te j amais
aniquilada. O Glt (2.20) tambm corrobora este fato:

"A partcula antimaterial , que vem a se r a for a vital ,


jamais nasce nem criada. Existe eternamente. No tem da
tas de nascimento nem datas de falecimento . No nem
repetidamente criada nem repetidamen te de struda. Existe
eternamente , e por isso a mais velha das velhas, e me smo
assim e st sempre fresca e nova. Apesar da partcula materi
al ser aniquilada, a partcula antimaterial j amais se afeta."

Tambm podemos aplicar este princpio ao universo


antimaterial , bem como partcula antimaterial. O universo
antimaterial existe em todas as circunstncias, mesmo
quando o universo mate rial aniquilado . I sto se r explicado
com mais de talhes po steriom1ente .

O cientista tambm poder aprender o seguinte com o


Git(2.30):
"O homem erudito que sabe perfeitamente bem que a
partcula antimaterial indestrutvel sabe que essa partcula
no pode ser aniquilada de forma alguma."

Pode ser que o cientista nuclear pense em aniquilar o


mundo material com armas nucleare s, mas suas armas no
sero capazes de destruir o mundo antimaterial . A partcula
antimaterial explicada mais claramente no texto que vai
a seguir (Bg. 2.23-25):

"Nenhuma arma material pode cort-la em pedaos,


tampouco pode o fogo queim-la. Tampouco pode a gua
ume dec-la, nem pode se r ela murchada, seca, nem se
evaporar no ar. Ela indivisvel, no inflamvel e insolvel .
Como eterna, pode entrar e sair d e qualquer e spcie de
corpo . J que invarivel por constituio , suas qualidades
so sempre fixas. Ela inexplicvel, porque se ope a todas
as qualidades materiais. O crebro comum no pode pensar
nela. imutvel. Portan to, ningum deve j amais se lamentar
por aquilo que um princpio antimaterial e eterno ."
10 Fcil viagem a outros -planetas

Assim, no Bhagavad-gita e em todas as outras literatu


ras vdicas aceita-se que a energia superior (princpio anti
material) a fora vital, ou o esprito vivo. Esta fora vital
tambm chamada o jiva _ No h nenhuma combinao de
elementos materiais que possa gerar este princpio vivo. Oi
to so os princpios materiais qu e so descritos como ener
gias inferiores, os quais vo a seguir: 1) terra, 2) gua, 3)
fogo, 4) ar, 5) ter, 6) mente, 7) inteligncia e 8) ego.
parte destes princpios encontra-se a fora viva, ou o princ
pio antimaterial, que descrito como a energia superior.
Estes princpios so chamados de energias porque so mane
jados e controlados pelo se r vivo supremo, a Personalidade
de Deus (Km1a).
Por muito tempo esteve o materialista limitado dentro
das fronteiras do s oitos princpios materiais supramencio
nados. Agora en co raj ado r ver que ele tem uma pequena
informao preliminar do princpio antimaterial e do uni
verso antimaterial. Esperamos que com o transcorrer do
tempo o materialista seja capaz de estimar o valor do mun
do antimaterial, no qual no h vestgios de princpios
materiais. claro que o tem10 "antimaterial" em si indica
que o princpio est em oposio a todas as qualidades
materiais.
N at uralme nte , existem os especuladores mentais que
fazem comentrios sobre o princpio antimaterial. Estes
especuladores mentais enquadram-se em dois grupos princi
pais, que chegam a duas concluses errneas diferentes. Um
dos grupos (o dos materialistas grosseiros) ou nega o princ
pio antimaterial ou s admite a desintegrao da combina
o material numa fase determinada (morte). O outro grupo
aceita que o princpio antimaterial est em oposio direta
ao p rinc pio material com suas vinte e quatro categorias.
Este gru p o conhecido como os snkhyas, que investigam
os princpios materiais e os analisam minuciosamente. Ao
fim de sua investigao, os srikhya{stas aceitam finalmente
um princpio no ativo transcendental (antimaterial).
Entretanto, todos estes especuladores mentais tm dificul
dades porque especulam com a ajuda da energia inferior.
Nenhum destes especuladores mentais aceita a infomia-
Mundos antimateriais 11

o da energia superior. Para se compreender a verdadeira


posio do princpio antimaterial, preciso elevar-se ao
plano transcendental da energia superior. A bhakti-yoga
a atividade mesma da energia superior.
D a plataforma do mundo mate rial no se pode avaliar
a verdadeira posio do mundo ant imaterial. O tentar faz
lo comparado tentativa de uma r que num poo procu
ra calcular a largura e profundidade do O ceano P acfico.
" duas vezes maior que este p oo?", pergunta ela. ''Trs
vezes maior? Quatro vezes maior?" bvio que imposs
vel fazer clculos de ssa maneira . M as o Senhor Supremo,
que controla tanto a energia material quanto a energia
antimaterial , desce por Sua mise ricrdia sem causa e nos d
informao completa do mundo antimaterial . A ssim,
podemos ficar sabendo o que o mundo antimaterial .
Somos informados de que tanto o Senhor Supremo quanto
as entidades vivas so antimateriais em qualidade. Desta
maneira, podemo s fazer uma idia do Senhor Supremo
mediante um estudo elaborado das entidades vivas. C ada
entidade viva uma pessoa individual . Por isso , o ser vivo
supremo tem que ser tambm a pe s soa suprema. Nas
literaturas vdicas se afirma corretamente que a pessoa
su p rema Kr11a. O nome "Kr11a", que indica o Senhor
Supremo, o nico nome verdadeiramente in te l ig v e l da
ordem mais elevada. Ele o controlador tanto da energia
material quanto da energia antimaterial , e a prpria palavra
"Kri:a" quer dizer que Ele o controlador supremo . No
Gftii (7.4-6), o Senhor confimia isto como se segue:

"Existem dois mundos - o material e o antimaterial .


O mundo material compe-se da energia qualitativa inferior
a qual se divide em oito princpios materiais. O mundo
antimaterial feito de energia qualitativa superior. J que
tanto a energia material qu an t o a en e rgia antimaterial
emanam da t ran sc en dnc ia suprema, a Personalidade d e
Deus. correto co nc l u ir que Eu (Senhor Krsna) sou a
. :
cau sa ltima de todas as cri a e s e aniquilaes "

Como as duas e nergias do Senhor (inferior e superior)


manifestam os mundos material e antimate rial , Ele cha
do a suprema ve rdade absoluta. O S enhor KrQ explica
12 Fcil viagem a outros planetas

isto no Glt (7.7) dessa maneira :

"Arjuna , e u sou o princpio mais elevado da transcen


dncia, e no h nada superior a Mim. Tudo que existe
apoia-se em Minhas energias, exatamente como prolas
enfiadas num cordo . "

Muito tempo ante s da de scoberta dos princpios de


antimatria e dos mundos antimate riais, o assunto foi deli
neado no Grt. O Grt em si indica que sua filosofia fora
anteriormente ensinada deidade que preside o sol, o que
d a entender que os princpios do Grt foram expostos
pela Personalidade de Deus muito antes da B atalha de Kuru
ke tra - pelo menos uns 120 .000 .000 de anos antes .
Agora , a cincia moderna acaba d e descobrir urna frao das
verdades que encontramos no Cita.
Tambm no GTt encontramos a hiptese de um uni
verso antimaterial . E por todos os dados disponveis de se
pre sumir sem a menor sombra de dvida que o mundo anti
material est situado no cu antimaterial , um cu que o
Gta menciona como saniitana-dhma, ou a natureza e terna.
Exatamente como os tomos mate riais criam o mundo
material, os tomos antimateriais criam o mundo antimate
rial com toda a sua parafernlia. O mundo antimaterial ha
bitado por seres vivo s an timateriais. No mundo antimaterial
no h matria ine rte . Tudo ali um prindpio vivo, e nessa
regio a Personalidade Suprema o prprio Deus. Os
habitantes do mundo antimate rial possuem vida e terna,
conhecimento eterno e bem-aventurana eterna. Em outras
palavras, eles tm todas as qualificaes de Deus.
O planeta mais elevado que h no mundo material cha
ma-se S atyaloka ou B rahmaloka. Seres dotados com os
talentos mais elevados vivem neste planeta. A deidade que
pre side B rahrnaloka Brahma, o primeiro ser criado ne ste
mundo mate rial . B rahm um se r v ivo corno tantos de ns,
mas ele a personalidade mais talentosa que existe no
mundo material. Ele no to tale ntoso ao ponto de estar
na categoria de Deus, porm est na categoria das entida
des vivas dire tamente dominadas por Deus. Tanto Deus
quanto as entidades vivas pertencem ao mundo antimateri-
Mundos antimateriais 13

al. Por conseguinte, o cientista prestaria servio a todos se


pesquisasse a constituio do mundo antimaterial - como
administrado , que forma tm as coisas ali , quem so as
personalidades que p reside m , e assim por diante . Das litera
turas vdicas , o Srmad-Bhgavatam trata elaboradamente
destes assuntos. O Git o estudo preliminar do SrTmad
Bhgavatam. Todos os homens do mundo cientfico devi
am estudar minuciosamente estes dois importantes livros
de conhecimento. Eles dariam muitas indicaes p ara o
progre sso cientfico e indicariam muitas novas descobertas.
Os transcendentalistas e os materialistas constituem
duas classes distintas de pessoas. O t ranscendentalista adqui
re conhecimento de escrituras de autoridade tais como o s
Vedas. A literatura vdica recebida d e fontes de autorida
de que esto na linha de suce sso discipular transcendental.
No Gt tambm se faz meno desta sucesso discipular
(parampar). KrI! diz no Cita que h centenas de milhare s
de anos atrs o Gt foi falado de idade que preside o sol ,
que p o r sua vez transmitiu o conhecimento a seu filho
Manu, de quem descende a atual gerao do H omem.
Manu , por sua vez , t ransmitiu este conhecimento transcen
dental a seu filho , o rei Ikvku , o qual o antepassado da
dinastia em que apareceu a Personalidade de Deus, S r!
Rma. Esta longa correme de sucesso discipular rompeu-se
durante o perodo em que adveio o Senhor KI! (h
5 .000 anos atrs) , e por e sse motivo Kr'.1 apre sentou o
Gt novamente a Arjuna, fazendo deste o prime iro discpu
lo deste conhecimento nesta era . Po rtanto, o transcenden
talista desta era encontra-se na linha discipu l ar que comea
a partir de Arjuna. Sem se incomodar com pe squisas mate
rialistas, o tran scendentalista adquire as verdades relativas
a matria e antimatria da maneira mais perfeita ( atravs
dessa sucesso discipular) e desse modo se poupa de muito
aborrecimento.
C ontudo , os materialistas grosse iros no cr em nos
mundos antimateriais da Personalidade de Deus. Eles so ,
portanto , criaturas infortunadas, apesar de serem s vezes
muito talentosos, educados e avanados sob outros aspectos.
Esto confundidos pela influ ncia da manifestao material
e desprovidos do conhecimento das coisas antimateriais.
14 Fcil viagem a outros planetas

Por isso, um bom sinal que os cientistas materialistas


estejam aos poucos progredindo em direo regio do
mundo antimaterial. Talvez at seja possvel que eles faam
progresso suficiente ao ponto de serem capazes de conhecer
os detalhes deste mundo antimaterial onde a Personalidade

de Deus reside corno a figura predominante e onde as


entidades vivas vivem com Ele e O servem. As entidades
vivas que servem Divindade so iguais a Ele em qualidade,
mas ao mesmo tempo so predominadas na qualidade de

servos. No mundo antimaterial no h diferena entre os


predominados e o predominador - a relao perfeita e
no tem vestgios de materialismo.
O mundo material de. natureza destrutiva. Segundo o
Git, h uma verdade parcial na hiptese do cientista
fsico de que os mundos material e antimaterial sero
aniquilados se acontecer de se chocarem. O mundo material
uma criao de modos mutveis da natureza. Estes modos
(gunas) so conhecidos como sattva (bondade), rajas
(paixo) e tamas (ignorncia). O mundo material criado
pelo modo de rajas , mantido pelo modo de sattva e aniqui
lado pelo modo de tamas . Estes modos so onipresentes no
mundo material, e, como tal, a cada hora, a cada minuto,
a cada segundo, acontece o processo de criao, manuten
o e aniquilao por todas as partes do universo material.
Brahmaloka, o planeta mais elevado do universo material,
tamb m est sujeito a estes modos da natureza, embora se
diga que, devido predominncia do modo de sattva, a
durao de vida neste planeta e 4.300.000 x 1.000 x 2 x
30 x 12 X 100 anos solares. Apesar desta l onga durao,
entretanto, Brahrnaloka est sujeito destruio. Embora
a vida em Brahmaloka seja fantasticamente comprida se
comparada com a vida na Terra, ela no passa de um raio se
comparada com a vida eterna dos mundos no materiais.
Conseqentemente, o orador do Git , o Senhor Sr! Krsna .
confirma a importncia do universo antimaterial que "
Sua morada.
O Senhor Ki:ia instrui que todos os planetas que
h dentro do universo material so destrudos ao final de
4.300.000 X 1.000 X 2 X 30 x 12 x IOO anos solares. E
todos os seres vivos que habitam esses planetas materiais
Mundos antimateriais 15

so destrudos materialmente junto com a destruio dos


mundos materiais. No entanto, a entidade viva constituci
onalmente uma partcula antimaterial . M as a menos que se
eleve regio dos mundos antimateriais por interm dio do
cultivo de atividades antimateriais, ela destruda materi
almente durante .a aniquilao dos mundos mate riais e se
sujeita a renascer numa forma material com o renascimento
de um novo universo material. Em outras p alavras, ela se
suj e ita s dore s de nascimen to s e mortes repetidos. S a s
entidades vivas que aceitam o servio amoroso Personali
dade de Deus durante a fase manifesta da vida material
que so indubitavelmente transferidas aos mundos antima
teriais depois de abandonarem o corpo material. S aqueles
que regre ssam a Deus por intermdio da prtica de ativida
des antimateriais que obtm a imortalidade .
Que so essas atividades antimateriais? Elas constituem
remdios. Quando um homem adoece , por exemplo, ele se
dirige a um mdico que pre screve rem dios os quais eventu
almente curam o p aciente sofredor. S imilam1ente , o mate
rialista e st aflito, de modo que devia consultar um mdico
transcendentalista perito . Qual sua aflio? Ele est
sofrendo as tribulaes de nascimento s, morte s , doenas e
velhices repetidas. Uma vez que concorde em se submeter
ao "tratamento de volta ao Supremo" , ele capaz de se
tran sferir ao mundo antimaterial onde h vida etern a em
vez de nascimento e morte .
A aniquilao do mundo material acontece de duas
maneiras. A aniquilao parcial ocorre ao fin al de cada
perodo de 4.300.000 X 1.000 anos solares , ou ao fin al de
cada dia de B rahmaloka , que o planeta mais elevado no
mundo material. Durante esse tempo de aniquilao parcial,
os planetas mais elevados tais corno B rahmaloka n o so
aniquilados, mas ao final de cada durao de 4.300.000 x
1.000 X 2 X 30 X 1 2 x 100 anos /)lares, toda a manife sta
o csmica fund0-se no corpo antimaterial de onde os
princpios materiais emanam, manifestam-se e fundem-se
aps a aniquilao . O mundo antimaterial , que se encontra
muito afastado do cu material, jamais aniquilado . Ele
absorve o mundo material. Pode ser que ocorra um "choque"
16 Fcil viagem a outros planetas

entre os mundos material e antimaterial, como sugerem os


cientistas, e pode se r que os mundos materiais sejam des
trudos, mas os mundos antimateri ais no so aniquilados.
O mundo antimaterial que existe eternamen te no se mani
festa para o cientista material. Ele s pode ter infonnao
deste mundo antimaterial at ao ponto de que os principias
de sua existncia so contrrios aos modos do mundo
material. Entretanto , s podemos conhecer todos os deta
lhe s do mundo antimaterial a p artir da fonte infalvel de
autoridades liberadas que tenham compreendido completa
mente a constituio do princ(pio antimaterial. Um discpu
lo submisso da Personalidade de Deus recebe e sta informa
o por intermdio da recepo auricular.
O conhecimento vdico foi de sse modo transmitido ao
corao de Brahm, o primeiro ser vivo na criao material.
Foi Brahm quem relatou este conhecimento ao sbio
Nrada Muni . S imilarmente , a Personalidade de Deus, S r
Ki:ia, falou o Bhagavad-git a Vivasvn , a deidade que
preside o sol; e quando a corrente auricular de sucesso
discipular rompeu-se , o Senhor Ki:ia repetiu o Git a
Arjuna no Campo de Batalha de Kuruketra. N e ssa altura,
Arj una assumiu o papel de discpulo e e studante a fim de
receber o conhecimento transcendental d a parte de S rI
K:i:ia. Visando a afastar todas as dvidas que possam ter
os materialistas grosseiros do mundo , Arjuna fez todas as
perguntas relevantes, e Krsna as re spondeu de modo que
qualquer leigo possa com p ;end-las. S aqueles que e sto
cativados pelo encanto do mundo material n o podem
aceitar a autoridade do Senhor Kri:ia. A pessoa tem que se
limpar completamente em hbitos e no corao antes que
possa compreender os detalhes do mu ndo antimaterial.
A bhakti-yoga uma atividade transcendental, detalhada e
cientfica, que tanto o nefito quanto o yogl perfeito
podem praticar .
O mundo material no passa de uma me ra repre senta
o sombria do mundo antimaterial , e as pe sso as inteligen
tes que so limp as em hbitos e no corao sero c apaze s de
aprender, em poucas palavras, to dos os detalhe s do mundo
antimaterial a partir do texto do Git, detalhe s e stes que
so realmente mais exaustivos que os de talhes materiais.
Mundos an timateriais 17

S o o s segu i n t e s o s de talhe s bsic o s :


A D e i d ad e que preside o mundo antimate rial S ri
Kri:i a , o qual e x i ste em S u a p e rsonalidade original , como
tam b m em Suas m u itas expan s e s plenri a s . S se pode
conhe c e r e s t a personalidade e S u as expan s e s ple nrias por
int erm d io de atividade s an timateriais, conhe cidas comu
mente como b hak ti-yoga, ou servio devocio nal . A Persona
lidade de D e u s a V e rdade S uprema e o princpio antima
terial comple t o . T anto o prin c pio lllaterial q u an t o o
princpio an timaterial eman am d a p e s s o a d ' E l c . E l e consti
tui a raiz d a rvore c omple ta . Q u an do se rcg<.1 " r a i z d e uma
rvore , o s g alho s e as folhas n u t re m - se a u t o n w ticame nte .
E da me sma form a , quando Sn Kfl) a , a Pe rsonalidade de
Deus, adorado , todos os detalhes do mundo m a t e r i al so
e sclare c i d o s , e o corao do devoto nutrido sem que ele
tenha que trab alh ar de urn a fo rm a materialista. E s t e o
segredo do Bhaga vad-glt.
O proce sso para se ingre ssar n o s mundos antimateriais
dife re n t e dos proce ssos materialistas. O se r vivo individual
pode muito facilmente entrar no mundo antimate rial ,
praticando atividades antimate riais e nquanto reside no
mundo material . M a s aque les que n a realidade so materia
listas grosse i r o s , que depe n dem da fo ra limitada do p e n sa
mento experime n tal , d a e specula o m e n t a l e d a cincia
materialista, tm grande dificuldade em e ntrar n o s mundos
ant imateriais. Pode ser que o mate rialista gro sse iro tente
se aproximar d o s mundos ant imate riai s , e sfo r ando-se com
n aves espaciais, satlite s , fo gue t e s , e tc . , o s qu ais ele lana
no e sp a o exterio r ; porm, com tais meios ele no pode nem
sequ e r se aproxima r dos plane tas materiais que e s to situa
dos n a s regi e s supe riores do cu mate rial , e isto para n o
fal ar d o s plane t a s situados no c u antimaterial, o qual se
encontra muito alm do u niverso mate r i a l . A t m e sm o o s
yogis q u e t m p o d e r e s msticos p e r fe i tamen te controlados
sentem grande dificuldade em ingre ssar ne ssa regio . Os
yogls superiores que controlam a partcula antimate rial
de n tro do corpo material mediante a prtica de podere s
ms t i c o s , podem a b andonar seus corpos mate riais vontade
e a qualqu e r mome nto que d et erminem e podem de sse modo
e n t rar n o s mundos an timate riais at rav s de uma via de
18 Fcil viagem a outros planetas

comunicao e spe cfica que l ig a os mundos material e anti


m ate rial. N o caso de serem ab solutamente cap aze s , eles
atu am de acordo com o mtodo pre scri t o , dado no G i t
( 8 . 24) :

"A quele s que compre en dem a t ranscen dncia podem


alcanar o mundo antimateri al , a b andonando seu s corp o s
m ateriais durante o pero do de uttaryw:za, i s t o , quan do
o sol e ncontra- se em seu c am inho se tentrional , ou durante
mome ntos auspiciosos em que as deidade s do fogo e da
refu lg ncia controlam a atmosfera . "

As diferentes deidad e s , ou poderosos funcionrio s


direto r e s , so nomeadas p ara atuar n a administra o d a s
atividades csmicas. A s pessoas tolas que n o conseguem
ver as complexidades da administrao csmica riem da
i d i a de que o fogo , o ar, a eletricidad e , o s dias, as noite s ,
e tc . , so manej ados pessoalmente p o r semideuse s . M a s os
yogs perfeitos sab em como satisfazer estes administradore s
invisveis d o s assuntos materiai s , e , ap rove it ando-se da b o a
vontade destes adm inistradores , abandonam seus corp o s
materiais vontade d u r a n t e m o m e n t o s oportunos arranj a
dos p ara se entrar no u n iverso antimateri al ou nos planetas
mais elevados do cu material . Nos planetas superiore s do
mun do material , os yogls po d e ro gozar de vidas mais
confortveis e mais agradvei s por cente n as de m i lhare s de
ano s , porm a vida n e sse s planetas superiore s n o eterna.
A queles que de sej am vida e terna ingre ssam n o universo anti
material atrav s de poderes m sticos durante determinados
momentos oportunos que so criados pelos semideuse s
administradore s . O s material i st a s gro sse iros que residem
neste planeta de stima cl asse ch amado ' T e rra" n o p o dem
ver e sses assuntos csmicos.

"A queles que no so yogls mas que mo rrem num


momento oportuno devido a pen it n ci as executadas ou ato s
piedosos ou sacrifci o s , caridade s . e t c . . podem elevar-se aos
p l a n e t a s supe riores ap s a m o rte , m as e s t o suj e itos a

reg ressar a este p l an e t a ( T e rra) . A p a rt i d a de l e s a c o n t e ce


Mundos antimateriais 19

num perodo conhecido como dhma , a metade do ms que


escura e sem lua, na qual o sol se encontra em seu cami
nho meridional . " (Bg.8 .25)
Em resumo , o Glt recomenda que se adote o processo
de servio devocional , ou as atividades antimateriais, caso se
deseje entrar no mundo antimaterial . Aqueles que adotam o
processo de servio devocional, que prescrito pelo trans
cendentalista perito , j amais se desapontam em suas tentati
va de entrar nos mundos antimateriais. Embora sejam mui
tos os obstculos, os devotos do Senhor K mia podem
s u pe r l o s facil me n te por seguirem rigidamente o caminho
-

delineado pelos devotos transcendentais. Tais devotos, que


so passageiros progredindo na viagem da vida em direo
ao reino antimaterial de Deus, jamais se confundem. Nin
gum se engana nem se desaponta quando adota o caminho
garantido da devoo para entrar no universo antimaterial.
Pode-se facilmente alcanar todos os resultados que se
consegue com os estudos dos Vedas , as execues de
sacrifcios, a prtica de penitncias e os oferecimentos de
caridades, atravs da simples execuo unilateral de servio
devocional, conhecido tecnicamente como bhakti-yoga.
Portanto , a bhakti-yoga a grande panacia para todos,
e tornou-se muito fcil de praticar, especialmente nesta era
de ferro, pela graa do prprio S enhor Kna em seu apare
cimento mais sublime , liberal e munificente como o Senhor
S ri Caitanya (1486-1 5 34) , o qual apareceu na Bengala e espa
lhou o movimento sankrtana - cantando, danando e glori
ficando os nomes de D eus - por toda a I1 dia. Pela graa
do Senhor Caitanya, pode-se aprender rapidamente os prin
cpios da bhakti-yoga . Assim, todas as dvidas no corao
ho de desaparecer, o fogo da tribulao material ser
extinto e a bem-aventurana transcendental se anunciar.
No Quinto Captulo do Brahma-samhit h uma descri
o do sistema planetrio variegado que se encontra dentro
do mundo material. Tambm se indica no Gt que h
sistemas planetrios variegados em centenas de milhares
de universos materiais, e que todos estes universos juntos
compreendem apenas uma frao (um quarto) da energia
criadora da Divindade. A maioria (trs quartos) da energia
criadora do Senhor manifesta-se no cu espiritual chamado
paravyoma, ou o VaikulJ{haloka . Essas instrues do
20 Fcil viagem a outros planetas

Brahma-sani h it e do Bhagavad-glt podero ser confirma


das finalmente pelo cientista m a te ri al me dida que ele fize r
investigaes sobre a e x i st nc i a do m u n d o an timate rial .
Alm di sso uma no tcia de um j o rnal de M a scou ,
,

datada d e 2 1 de fevereiro d e 1960 , dizia :

"Boris Vorontsov -Velianino , o renomado professor de


astronomia da Rssia , disse que deve have r um nmero
infinito de planetas no universo habitados por seres d o ta do s
de razo . "

E sta de clara o d o astrnomo russo confirma a seguin


te informao dada no Brahma-samhit:

yasya prabh prabhavato jagandanda-koti


kotisvaiesavasudhdi vibhti-bhinnam
tad brh.ma n ikalam anantam aiea-bh tam
go vindam di-pwu$ariz tam ahain bhajm i

Segundo esta c i t a o do Brahma-samhit, existem no


ape nas n m ero s infin i t o s d e planetas, como confirmou o
a st rnomo russo , mas tambm existem nmeros infinitos
de universos. T o d o s e s te s universos infinito s com seus
planetas i n finito s den tro deles e sto flutuando e so produ
zidos da re fulg n c i a B rahm an que emana do corpo transcen
dental de M ah -ViD U , o qu al adorado por Brahm, a
de i d ad e que preside o un i ve rso no qual residimos.
O a s tr n om o russo t ambm confirma que todos
os plane tas - que se c alcula serem n o menos que
1 00 . 00 0 . 0 0 0- so hab i t ados . No Brahma-samh it se indica
que em c ada um do s universos ( cuj o nmero infinito) h
nmeros infinitos de plane tas variegados.
O p o n to de vi s t a do ast r nomo foi apoiado pelo Profes
sor Vl adimir Alpatov , um bilogo, que afim10u que algun s
dos plan e t as supramencion ados tinham alcanado um
e st ado de desenvolvimento correspondente ao da T err a O .

artigo de Mascou continuava :

"P o d e se r que a vida , s i m il a r da Terra, floresa e m


t a i s plane t a s . O D ou t or em qu mica ,Nikolat J irov, ao abor-
Mun dos antimateriais 21

dar o problema d a atmosfera nos planetas , chamou a aten


o para o fato de que o organismo de um m arciano , por
exemplo , poderia muito bem adaptar-se existncia
normal com uma temperatura de corpo b aixa. Ele disse que
sen t ia que a composio gasosa da atmosfera de M arte era
bastante adequada p ara suster a vida de seres que tenham
se adaptado a ela."

N o Brahma-samhit se descreve a adaptabilidade de


organismos em diferente s varie dades de piam. tas como
vibhti-bhinnam , i. e . , cada um dos inumerveis planetas
que existem dentro dos universos dotado com um tipo
particular de atmosfera, e os seres vivos que vivem nesses
planetas so avanados em cincia, p sicologia, etc . , segundo
a superioridade ou a inferioridade da atmosfera. Vibhti
quer dizer poder especfico e bhinnam , variegado . O s
cientistas que esto tentando explorar o espao exterior
num e sforo de alcanar outros planetas me diante meios
mecnicos, tm de comp reender que os organismos que se
adaptam atmosfera da Terra no podem existir nas
atmosferas de outros planetas. Como tal, a tentativa de
alcanar a lua, o sol ou M arte ser um e sfo ro completa
mente ftil para o homem devido s atmosferas diferentes
que prevalecem nesses planetas, atmosferas e stas descritas
no Brahma-samhit como vibhti-bhinnam . Entre tanto ,
individualmente pode-se tentar ir a qualquer planeta que se
desej e , mas isto s possvel por intermdio de transforma
es p sicolgicas na mente ou por inte rmdio de pode re s
i gu ic o s A mente o ncleo do c o rpo m a teri al . O p ro c e s
.

so ev o l ucionrio g r a d u al do corpo m a teri al de pen de de


tran sform a es psicolgicas den t r o da mente . A t rans
fo rm a o da e strutura corprea de uma lagarta para a
de uma borboleta e , na cincia m dica moderna, a conver
o do corpo de um homem para o corpo de uma mulher
(ou vice-versa) dependem mais ou menos de transformaes
psicolgicas.
N o Bhagavad-git se diz que se hora da morte uma
pessoa concentra a sua mente na forma de Sri Kri:ia, a
Personalidade de Deus, e enquanto o faz abandona seu
corpo , ela entra imediatamente na existncia espiritual
22 Fcil viagem a outros planetas

do mun do antimaterial . I st o quer dizer que qu alquer pe ssoa


que treine a mente a voltar-se da matria para a forma e spi
ritual da Divin dade por interm dio da execuo das regras
prescritas d e servio devocional , pode alcanar facilmente
o reino de Deus no cu antimaterial . E quanto a isto no
h dvida.
E da mesma mane ira, se uma pessoa desej a entrar em
qualquer outro planeta do cu mate rial , ela pode ir at
e s te planeta Jogo aps abandonar e ste corpo ( i . e . , aps a
morte) . Assim , se uma pe ssoa quer ir lua, ao sol ou a
M arte , ela pode faz-lo simplesmente por executar atos
visando este fim. O Git (8 .6) confirma e sta declarao com
as segu intes palavras :

"Aquilo em que uma pessoa me dita hora da morte ,


abandonan do seu corpo ab sorta pensando assim , e ssa coisa
particular ela al can a aps a morte . "

A pe s ar de t e r levado u m a vida d e penitncias severas ,


Mahrj a Bharata pensou num veado no momento de sua
mo r te e de sse modo tornou-se um veado aps a morte .
Entretanto , ele re teve uma co scincia clara de sua vida
passada e realizou seu err o . E importante compreender
que nosso s pensamentos hora da morte so influenciados
pelos feitos que executamos durante nossa vida.
No Sr1mad-Bhgavatam ( 3 . 3 2) se de screve da seguinte
manei r a o processo p ara se entrar na lua :

"As pessoas de mentalidade mate rialista, que n o


tm informao do reino de D eus , andam sempre loucas
atrs da aquisio m aterial de riquez a , fama e adora o .
Pe ssoas e ssa espcie se inte ressam no bem-estar progre s
sivo de su a unidade familiar p articular , para sua prpria
satisfao pesso al , e dessa forma tambm se intere ssm no
progre sso do bem-estar social e nacional . Essas pessoas
alcanam os o bj etos que de sejam me diante atividades
m ateriai s . Elas se dedicam mecanicamente ao cumprimen
to ritualstic o de deveres pre scritos e conseqentemente
se sentem inclina d as a satisfaze r os pitrs , ou os antepassados
falecidos, e os semideuses controladore s por intermdio da
execuo de sacrifcios que as e scrituras reveladas prescre
vem . Viciados em tais atos de sacrifcios e observncias
Mundo s antima teriais 23

cerimoma1s, tais almas ingressam na lua ap s a morte .


Quando uma pessoa ento promovida lua, ela recebe a
cap acidade de desfrutar o beber de soma-rasa , uma bebida
celestial . A lua um lugar onde o semideus C andra a
deidade pre dominante. Ali, a atmosfera e os confortos da
vida so melhores e mais vantaj o so s que os daqui da Terra.
Se depois de alcanar a lua uma alma no utiliza a oportu
nidade para promover-se a planetas melhores, ela degrada
da e obrigada a regressar Terra ou a um planeta similar.
Entretanto , as pessoas materialistas, embora possam atingir
o sistema planetrio mais elevad o , so certamente aniqui
ladas no momento da dissoluo da manife stao csmica.
Quanto ao sistema planetrio do cu espiritual , h
planetas Vaikuntha ilimitados no paravyoma. Os Vaikunthas
so planetas e spirituais que constituem manife staes da
potncia interna do Senhor, e a propor o deste s planetas
para os planetas m ateriais (energia externa) no cu material
de trs para um . A ssim , o pobre materialista est atarefa
do fazendo ajustes polticos num planeta que to insigni
ficante na criao de Deus. Para no falar deste planeta
Terra, todo o universo com planetas inume rveis pelas
galxias comparado a um gro de semente de mostarda
num saco cheio de sementes de mostarda . M as o pobre
materialista faz planos para viver confortavelmente aqui
e deste modo desperdia sua preciosa energia humaqa em
algo que est condenado frustrao . Em vez de desperdi
ar seu tempo com especulaes de mercado , ele devia ter
buscado a vida de simplicidade e pensamento espiritual
elevado e desse modo se salvado da perptua agitao
materialista.
M esmo que um materialista queira gozar de facilidades
materiais de senvolvidas, ele pode transferir-se a planetas
onde poder experimentar prazeres materiais muito mais
avanados do que os que so disponveis no plane ta Terra .
Porm , o melhor plano preparar-se p ara regressar ao cu
espiritual aps abandonar o corpo. C ontudo , se uma pessoa
est resolvida a gozar de facilidades materiais, ela pode
transferir-se a outros planetas no cu material , utilizando
poderes iguicos. As divertidas naves espaciais dos astro
nautas no passam de meros dive rtimentos infantis e no
24 Fcil viagem a outros planetas

tm utilidade p ara este fim.


O sistema de atilga-yoga uma arte materialista em
que se controla o ar, transferindo-o do e stmago ao umbigo ,
do peito clavcula, e da aos globos oculares, e da ao
cerebelo, e da a qualquer planeta desej ado. O cientista
m aterial leva em considerao as velocidade s do ar e d a luz,
se bem que no tenha informao da velocidade da mente
e da inteligncia. Temos uma experincia limitada da velo
cidade da mente, porque numa questo de instantes po
demos transferir nossas mentes a lugares situados a centenas
de milhares de quilmetros de distncia. A inteligncia
ainda mais sutil . M ais sutil que a inteligncia a alma, que
no matria como a mente e a inteligncia, mas sim
e sprito, ou antimatria. A alma centenas de milhare s de
vezes mais sutil e mais poderosa que a inteligncia. A ssim,
podemos simplesmente imaginar a velocidade da alma
quando e sta viaj a de um planeta a outro . Desnecessrio se
torna dizer que a alma viaj a com sua prpria fo ra e no
com o auxilio de alguma e spcie de veculo material.
A civilizao bestial que come , dorme , teme e satisfaz
os sentidos tem desencaminhado o homem moderno,
fazendo-o e squecer-se de quo poderosa a alma que ele
tem . C omo j descrevemos, a alma uma centelha e spiritual
que muitas vezes mais luminosa, ofuscante e p oderosa que
o sol, a lua ou a eletricidade . A vida humana arruinada
quando o homem no compreende sua verdadeira identi
dade com sua alma . O S enhor C aitanya apareceu com Seu
discpulo Nitynanda para salvar o homem desse tipo de
civilizao desencaminhante .
O Srmad-Bhgavatam tambm descreve como os yog"is
podem viaj ar a todos os planetas que existem no universo .
Quando a fora vital elevada ao cerebelo h toda possibili
dade de que esta fora irrompa pelos olhos, narinas,
ouvidos, etc . , visto que estes lugares so conhecidos como
a stima rbita da fora vital . Mas o s yogis podem bloquear
estes orifcios mediante a completa suspenso de ar. O
yogi ento concentra a fora vital na p osio mediana, isto
, entre as sobrancelhas. Nesta posio , o yogT pode pensar
no planeta em que queira entrar aps aban donar o corpo.
Pode ento decidir se quer ir morada de KW). nos
Mundos antimateriais 25

Vaikunthas transcendentais dos quais no se ex1g1ra que


desa ao mundo material , ou viaj ar a planetas superiore s no
universo material . O yogl perfeito tem liberdade p ara fazer
qualquer uma dessas coisas.
Para o yogl perfeito que tenha obtido xito no mtodo
de deixar seu corpo com conscincia perfeita, transferir-se
de um planeta a outro to fcil como fcil para um
homem comum caminhar at a mercearia. C omo j se
discutiu, o corpo material no passa de uma mera cobertura
da alma e spiritual . A mente e a inteligncia so as cobertu
ras internas, e o corpo grosseiro (constitudo de terra, gua,
ar, etc.) o sobretu do da alma. C omo tal, qualquer alma
avanada que tenha se realizado por interm dio do processo
iguico , que conhea a relao entre matria e e sprito ,
pode abandonar a roupa grosseira da alma em perfeita
ordem e como bem desej ar . Pela graa de Deus, temos liber
dade completa. Como o Senhor an1vel conosco , podemos
viver em qualquer parte - sej a no cu espiritual , seja no cu
material , em qualquer planeta que desej emos. Entretanto , o
abuso dessa liberdade faz com que caiamos no mundo mate
rial e soframos as trs e spcies de misrias da vida condicio
nada. Em seu Parai'so Perdido , M ilton ilustra muito bem a
vida miservel no mundo material que alcanada por
e scolha da alma. Similarmente , por escolha, a alma pode
recuperar o p araso e regressar ao lar , de volta ao Supremo .
No momento crtico da morte , uma pessoa pode
colocar a fora vital entre as duas sobrancelhas e decidir
onde quer ir. S e reluta em manter alguma ligao com o
mundo material , ela pode , em menos de um segundo , alcan
ar o Vaikui:itha transcendental e aparecer ali completamen
te em seu corp o espiritual que se r adequado p ara ela na
atmosfera espiritual . Ela tem simple smente que desej ar
abandonar o mundo material , tanto na fom1a mais sutil
quanto na forma mais grosseira , e ento deslocar a fora
vital p ara a parte mais elevada do crnio e abandonar o
corpo a partir do orifcio no crnio chamado o brahma
randhra. Isto facil para uma pessoa que se aperfeioa
na p rtica da yoga .
26 Fcil viagem a outros planetas

claro que o homem dotado de liv re arbtri o , e ,


como tal , se ele no quiser se livrar d o mundo mate rial ,
poder gozar da vida de Brahma-pada (ocupao do posto
de B rahm) e visitar Siddhalok a , o s planetas dos se re s
materi almente pe rfeitos que tm plena cap acidade p ara
controlar a gravidade , o e spao , o tempo , etc. P ara poder
visitar e stes planetas superiore s n o universo material , no
nece ssrio aban donar a mente nem a intelig n cia (matria
m ai s sutil) ; s nece ssrio abandonar a matria mais
grosseira (o corpo mate rial) .
A s nave s e sp aciais feitas pelo homem ou outros arran
j o s dessa e spcie j amais conseguiro levar os se re s humanos
ao e sp ao exterior interplanetrio . N em sequer ir lua , fato
de que fazem tanta propagan da, po dem ele s , porque a
atmosfera nos sistemas planetrios supe riore s dife rente .
C ada planeta tem sua atmosfera p articular , e um a pes
soa que que r viaj ar a qualquer plane ta p articular dentro do
universo material tem que adaptar seu corpo mate rial
condio climtica desse plane ta. Por exemplo : se uma
pessoa quer viaj ar da I1 dia Europa , onde a condio
clim tica diferente , ela tem que mudar su a roup a em
conformidade com a con dio climtica de sse lugar . S imi
l armente , nece ssria uma mudana completa de corpo
p ara uma pessoa que queira ir aos planetas transcendentais
de Vaikunth a . C ontu d o , uma pessoa que que r i r aos plane
tas materiais supe riores pode manter sua roupa mais sutil
composta de mente , intelig n cia e ego , mas tem que deixar
sua roupa grosseira ( o corpo) feita de terra, gua , fogo , etc.
Quando se v ai a um planeta transce n dental , nece ss
rio mudar tanto o corpo mais sutil quanto o corpo grossei
ro, pois tem -se que alcanar o cu espiritual numa fonna
completamente espiritual. Esta mudana de roupa aconte
cer automaticamente hora da m orte se assim se desej ar.
Mas s podemos ter e ste desej o morte caso cultivemos
o desejo durante a vida. O n de e stiverem nossos te souros ,
a se encontrar igualmente o n o sso corao . Quando uma
pessoa pratica se rvio devocional , ela cultiva um de sej o
d e alcanar o reino d e Deus. O s de talhe s seguinte s deli
neiam uma prtica geral atravs da qual a pessoa pode
Mundos antimateriais 27

se preparar para uma fcil viagem aos planetas Vaikuntha


(an timateriais) o nde a vida livre de nascimento, velhice,
doena e morte.
Prtica geral (funes positivas) :
1 . O candi dato srio deve aceitar um me stre e spiritual
autntico de modo que sej a treinado cie n tificam e n te . C omo
os sentidos so materiais , no absolutamente po ssvel
compreender a transcendncia com ele s . Por isso , tem-se
que e spiritualizar os sen tidos me dian te o mtodo pre scrito
sob a o rientao do mestre espiritual .
2. Quando o discpulo tive r e scolhido um me stre e spi
ritu al autn tico , ele dever aceitar a devi d a iniciao de ste .
I sto pe um a m arca no comeo do treinamento e spiritual .
3 . O candidato deve e star preparado p ara satisfazer o
mestre e spiritual de todos os modo s . Um me stre espiritual
autntico que conhece ple n amente os mtodos da cincia
e spiritual , que e ru dito nas e scrituras e spirituais - como ,
por exemplo , o Bhagavad-git, o Vedn ta, o Srimad
Bhgavatam, os Upaniads, etc. - e que tambm uma
alm a realizada que tenha e stabelecido uma relao tangvel
com o S e nhor S upremo , o meio transp arente atrav s do
qual o candidato de sej o so conduzido ao caminho dos
Vaikunthas. D eve -se satisfazer o me stre e spiritual sob
todos os aspectos , po rque simplesmente com seus bons
votos pode um can didato progre dir maravilhosamente
pelo caminho afora.
4. O candidato inteligente faz perguntas inteligente s ao
me stre espiritual p ara limpar seu caminho de todas as incer
tezas. O mestre e spiritu al mo stra o caminho , n o cap richo
samente , mas de acordo com os princpios das autoridades
que tenham re almente atravessado o caminho . O s nomes
dessas autoridades vo revelados nas e scrituras, sendo preci
so simple smente segui-los sob a orien tao do me stre
e spiritual . O me stre e spiritual j am ai s se desvia do caminho
das autoridade s .
5. O candi d ato deve sempre te n tar seguir o s passo s dos
gran de s sbios que tenham praticado o mtodo e obtido
xito . Isto deve ser tomado como um lema n a vida. N o
se deve imi t-los superficialmente , mas deve -se , isso sim ,
28 Fcil viagem a outros planetas

segui-los sinceramente em termos do tempo e das circuns


tncias particulare s.
6 . O candidato deve e star preparado a mudar seus hbi
tos em termos das instrues contidas nos livros de autori
dade , e, para a satisfao do Senhor, deve e star preparado a
sacrificar tanto a satisfao dos sentidos quan to a abnega
o dos sentidos, seguindo o exemplo de Arjuna.
7. O candidato deve vive r numa atmosfera e spiritual.
8. Ele deve se satisfazer apenas com a quantidade de ri
queza que for suficiente p ara a sua manuteno . N o deve
tentar acumular mais riqueza do que sej a necessria p ara
se sustentar de uma maneira simples .
9 . Deve obse rvar os dias d e j ejum, tais como o dcimo
prime iro dia depois da lua crescente e o dcimo primeiro
dia depois da lua no quarto minguante .
1 0 . Ele deve mostrar re speito pela figueira-de-bengala,
pela vaca, pelo brhmana erudito e pelo devoto .
Estes so os primeiros passos que se d em direo ao
caminho do servio devocional. Gradualmente , tem-se que
adotar outros itens que so de carter negativo .
1 1 . Deve-se evitar ofensas quando se cumpre servio
devocional e quando se canta os santos nomes.
1 2 . Deve-se evitar associao extensiva com no devotos.
1 3 . No se deve aceitar discpulos ilimitados. I sto quer
dizer que um candidato que tenha seguido exitosamente os
p rimeiros doze itens pode tambm tomar-se um mestre
e spiritual ele mesmo, assim como um e studante toma-se um
monitor de classe com um nmero limitado de discpulos.
14. Ele no deve se fazer passar p or uma pe ssoa vasta
mente eru dita pelo simple s fato de cit ar declaraes encon
tradas em livros. Deve ter conhecimento slido dos livros
nece ssrios, sem conhecimento suprfluo de outros livros.
1 5 . Uma prtica regular e exitosa dos catorze itens
supramencionados capacitar o candidato a manter equil
brio mental mesmo em meio a grandes provaes de perdas
ou ganhos materiais.
1 6 . N a fase seguinte , o candidato no se aflige com a
lamentao nem com a iluso .
1 7 . Ele no depre cia a forma de religio ou adorao de
outra pessoa, tampouco deprecia a Personalidade de Deus
M undos antimateriais 29

ou Seus devotos .
1 8 . J amais tolera que s e blasfeme contra o Senhor ou
Seus devotos.
1 9 . E le n o deve se entregar discusso de tpicos
que tratem da relao entre homem e mulher ; tampouco
deve se dedicar a tpicos inteis relativos aos assuntos
familiare s de outras pessoas.
20 . N o deve infligir dor - nem no corp o , nem na men
te - em outros seres vivos, quem quer que sejam ele s.
Dos vinte itens acima, os trs p rimeiros itens positivos
so peremptrios e muito e ssenciais para o candidato s rio .
H quarenta e quatro outros itens que o candidato
srio deve seguir , mas o Senhor C aitanya selecionou cinco
como os mais importantes. Este s cinco itens foram e scolhi
dos devido s condies atuais da vida cvica. S o eles os
seguintes :
1 . Devemos nos associar com o s devo tos. possvel
que nos associemos com devo tos se os ouvimos atentamen
te , se lhes fazemos perguntas relevante s, se lhes fornecemos
alimentos e se aceitamos alimentos deles, e se lhes damos
caridade e se aceitamos qualquer coisa que ele s nos ofere
am .
2. Devemos cantar o santo nome do Senhor em todas
as circunstncias. O processo de cantar o nome do Senhor
um p rocesso de realizao fcil e barato . Podemos cantar
qualquer um dos inumerveis nomes do Senhor a qualquer
hora. Devemos tentar evitar de cometer ofensas. Dez so
as ofensas que se pode cometer enquanto se canta os
santos nome s, ofensas estas que devem ser evitadas na
medida do possvel . Devemos ten tar cantar os nomes do
Senhor em todos os momentos. O Senhor C aitanya
recomenda o cntico composto de dezesseis palavras
chamado o mah-man tra (ou o "grande cntico para a
liberao") como o m todo sublime nesta era para se a k an
ar os mundos antimateriais do reino de Deus. Na verdade ,
e ste cntico de dezesseis palavras s utiliza trs p alavras :
Hare , K!l}a e Rma. Hare significa a energia do Senhor, e
urna forma de se dirigir a e sta energia. Krsna e Rma so

os nome s do prprio Senhor. O mah-,,;a tra - HARE
Ki.3-A , HARE Kt:./A , KRSNA K i3-l':'I A , HARE
30 Fcil viagem a outros planetas

HARE/ HARE RMA , HARE RMA , RMA RAMA,


HARE HARE - pode se r ento a do can tad o ou re citado em
,

contas .
3 . Devemos ouvir os tpicos transcenden tais enuncia
dos no Bhagavad-gt. E ste processo de o uvir torn a-se
possvel atrav s de um program a de confer ncias dadas por
devotos autnticos e atrav s de tradues autorizadas do
Gfta.
4. D ev emo s fixar residncia em Mathur, a terra natal
do Senhor Krsna. Ou ento podem o s faze r n o sso lar igual
a M athur, instalando a Deidade d o Senhor de modo que
todos os membros da fam11ia A adorem depois de rece
berem a devida iniciao do me stre e spiritual .
5 . Devemos adorar a Deidade instalada com ateno
e devoo para que toda a atmosfera de nosso lar trans
forme-se na rplica da morada do Senhor. I sto se t o rn a
possvel p o r in term dio da orien tao d o m e stre e spiritual
que c onl1 ece a arte t ranscen d e n tal e que pode in dic a r ao
can didat o o m todo a de q ua d o .
Qual que r pe sso a em qualque r parte do mundo p o de
adotar os cin c o itens sup ramencionados . De formas que
qualquer pessoa pode se prep arar p ara regressar ao lar , de
volta ao Supremo , atrav s do simples m todo re conhecido
por autoridades do gab arito do S enhor Sr! C aitanya
Mahp rabhu , que adveio especificamente para salvar as
alm as c adas desta e r a .
Para m a i s detalhes sobre e ste assunto , deve-se ler litera
tura s como o Bhakti-rasmrta-sindhu de Rpa G o svml e o
Caitanya-caritmrta de Kr1.1adsa, bem como o G U e o
SrTmad-Bhgavatam.
Todo o proce sso para se transferir ao cu e spiritu al tem
como conseqncia a liquidao gradual da composio
material d as cobe rturas grosse iras e su tis da alm a e spiritu al .
Os cinco itens supramen cionados de atividades devo cionais
so to poderosos e spiritualmente que um devo to sincero
que os executa , m e smo que e stej a n a fase p reli inar , pode
fase de bhva (a prime ira
mu ito rap i d am e n te p romover-se
fase de amor a D e u s) , ou a emoo no plano e spiritu al que
transce n dent al s fune s mentai s . Uma absoro c omple
ta em bhva , ou amo r a Deus, capacita-n o s a n o s transferir
Mundos antimate riais 31

ao cu espiritual l ogo ap s deixarm o s o tabe rnculo mate ri


al . Quando um devoto alc ana a p e rfeio do amo r a Deus,
e st a perfei o o situa re almente n a plat aforma e spiritual ,
me smo que ele ain da conserve um corpo mate rial grosseiro .
Ele fic a como um fe rro em b rasa que , quando entra em
contato com o fogo , d e ixa na verd ade de se r fe rro e atua
como o fogo . E stas co isas tomam-se possve is atrav s d a
energia ine scrutvel e inconce bvel d o S e nhor, que a ci n cia
material n o tem o alcance para cal cular. Portanto , devemo s
n o s de dicar a o se rvio devocional c om f absoluta e nos
esforar para tornar no ssa f constante . Devemos tambm
bu scar a associa o com os devotos padro do S e nhor ,
associando-n os pessoalmente com eles ( se possvel) ou
pen san do nele s . Esta associao nos aj udar a de se nvolve r
o verdadeiro servio devocional ao Senhor, que far com

que todas as dvidas mate riais de sapaream como um claro


de relmpago . O candidato se n tir pe sso alme nte todas e ssas
dife re n te s fase s de re alizao e sp iritual , o que criar nele
uma crena firme de que e st fazendo progre sso p o sitivo a
caminho do c u e spiritual . Ento , ele h de se apegar sin ce
ramente ao S e nhor e a Sua morada. E sse o processo
gradual p ara se desenvolve r amo r l Deus, que de impor
tncia primordial p ara a forma humana de vida.
N a histria h casos de grandes personalidade s , incluin
do sbios e rei s , que alcanaram a p e rfeio atrav s de ste
processo . Alguns dele s obtiveram xito at por aderirem a
um nico item de servio devocional com f e perseve rana.
Abaixo vai um a lista de algumas de ssas personali dade s .
1. O imperador (M ahraj a) P arik it alcanou a platafor
ma e spiritu al pelo simple s fato de ou vir uma autoridade
como S ri S ukadeva Gosvmi falar.
2 . S ri S ukadeva Gosvmi alcanou a mesma pelo
simples fato de recitar lite ralmente a men sagem transcen
dental que re cebera de seu grande pai , S ri Vysadeva .
3. O impe rador Prahlda obteve xito e sp iritual pelo
fato de se lembrar do Senhor constantemente , de acordo
com as instru es dadas por S r N rada Muni, o gran de
santo e devoto.
4. Lakmjl, a deu sa da fortuna, obteve xito pelo
simple s fato de sentar-se e servir aos p s de ltu s do S e nhor.
32 Fcil viagem a outros planetas

5 . O rei Pthu obteve xito pelo simples fato de adorar


o Senhor.
6 . Akrra, o quadrigrio, obteve xito pelo simples fato
de can tar oraes para o Senhor.
7. Hanumn (MahvTra) , o famoso devoto no humano
do Senhor S rI Rmacandra , obteve xito pelo simple s fato
de levar a cabo as ordens do S enhor.
A rj una, o grande guerreiro , alcanou a mesma
perfeio pelo simples fato de fazer amizade com o Senhor,
que transmitiu a mensagem do Bhagavad-glt para esclare
cer A rj una e seus seguidore s .
9 . O imperador B ali alcanou suce sso p o r ter en tregado
tudo ao S enhor, incluindo seu prprio corp o .
E stes so nove modos p adro d e servio devocional ao
Senhor ; um candidato pode optar por adotar qualquer um
dele s , dois, tr s , quatro ou todos, confom1e ele queira.
Todos os se rvios prestados ao absoluto so absolutos em si
mesmos; no se pode encontrar - nenhuma das diferenas
materiais na plataforma espiritual . Na platafo rma e spiritual
tudo idntico a todo o resto , embora haj a variedade
transcendental . O imperador AmbarIa adotou todos os
nove itens supramencionados, e obteve xito perfeito . Foi
ele quem ocupou sua mente nos ps de ltus do Senhor,
sua voz em descrever os mundos e spirituais, suas mos
em limpar o templo do Senhor, seus ouvidos em ouvir
submissamente as palavras do Senhor S ri Kri:ia, seus
olhos em ver as Deidades do Senhor, seu corpo em
tocar nos corpos dos devotos, suas narinas em cheirar
as flores ofere cidas ao Senhor , sua lngua em saborear
o alimento oferecido ao Senhor, suas pernas em visitar
o templo do S enhor, e toda a energia de sua vida em
executar os servios do Senhor sem de modo nenhum
desej ar satisfazer os seus prprios sentidos. Todas essas
atividades ajudaram-no a alcanar a fase perfeita da
vida que anula todas as destrezas da cincia material .
Portanto, importante que todos os se res humanos
adotem e stes princpios de realizao espiritual p ara que
alcancem a perfeio da vida. A nica obrigao que um
ser humano tem de alcanar a realizao e spiritual .
I nfelizmente , na civilizao moderna, a sociedade humana
Mun do s antimateriais 33

e st demasiado atare fada a cumprir deve re s nacion ais. N a


realidade , o s deveres nacionais, o s devere s sociais e o s deve
res humanitrios s so obrigatrios p ara aquele s que no
tm deve re s espirituais. Logo que uma pessoa nasce nesta
Terra, ela tem no somente obrigae s nacionais, sociais e
humanitrias, mas tem tambm obrigaes para com os
semideuses que fornecem o ar, a luz , a gua, etc. Tem
tambm obrigaes p ara com os grandes sbios que deixa
ram atrs de si vastas minas de conhecimento para orient
la pela vida. Tem obrigae s par a com todas as e sp cie s de
seres vivos , para com seus antepassados , membros familiares
e assim por diante . Mas logo que a pessoa se dedica ao nico
dever obrigatrio - o dever da perfeio e spiritual - ento
ela automaticamente acaba com todas as outras obrigaes
sem ter que fazer e sforos separados.
Um devoto do Senhor n o j amais um elemento
perturbador na sociedade - pelo contrtri o , ele um grande
cabedal social . J que nenhum devoto since ro se sente
atrado por aes pecaminosas , logo que uma pessoa se
toma um devoto puro ela pode pre star um inestimvel
servio altrusta socie dade para a paz e prosperidade de
todos os interessados , nesta vida e na prxim a . M as mesmo
que um devoto assim cometa alguma ofensa , o prprio
Senhor a corrige rapidamen te. Um devo to no necessita
renunciar a tudo nem viver como um eremita. Ele, pode
perm anecer simplesmente em casa e executar servio
devocional com regularidade em qualquer ordem da vida.
E h casos n a histria de pessoa extreman1ente cruis que
se tornaram generosas pelo simple s fato de terem execu
tado servio devocional . O conhecimento e a abnegao
de um modo de vida inferior seguem-se automaticamente
na vida de um devoto puro sem que e ste tenha que
fazer e sforos e stranhos.
Esta arte e spiritual e cincia do servio devocional a
contribuio mxima dos sbios indianos para o resto do
mundo . Todas as pessoas interessadas na realizao de
Deus tm uma obrigao de aperfeioar sua vida, adotando
os princpios desta grande arte e cincia e distribuindo-a
ao resto do mundo que ainda ignora o objetivo ltimo da
vida. A sociedade humana e st destinada a alcanar e sta
34 Fcil viagem a outros planetas

fase de perfe io p or interm dio do desenvolvimento


gradual de conhecimento. No entanto , os sbios indianos
j alcanaram esta posio . Por que teriam outras pessoas
que esperar por milhares e milhare s de anos p ara alcanar
suas elevaes? Por que no lhes dar a infomiao imedia
tamente de uma m aneira sistemtica, de modo que p oupem
tempo e energia? Elas deviam tirar p roveito de uma vida
pela qual devem ter se e sforado durante milhes de anos
para poderem alcanar.
Um ficcionista ru sso est agora contribuindo com
sugestes para o resto do mundo , dizen do que o progre sso
cien tfico poder ajudar o homem a vive r para sempre .
claro que ele no cr num Ser Supremo que o criador.
C omo se mencionou , todo ser vivo eterno em forma, s
que tem que mudar suas coberturas externas, grosseiras e
sutis; e ste processo de mutao conhecido tecnicamente
como vida e morte . Enquanto um ser vivo tiver que assumir
os grilhes do cativeiro material , no have r alvio deste
processo de mutao que continua at na fase mais elevada
da vida material . Pode o ficcionista russo especular, como
os ficcionistas esto inclinados a faz-l o , mas as pessoas
m ais sensatas que tm algum conhecimento de lei n atural
no concordaro com a declarao de que o homem pode
viver para sempre neste mundo material .
Simplesmen te por estudar uma fruta, um n aturalista
pode ver o curso geral da n atureza material . Uma pequena
fruta se desenvolve de uma flor, cresce , permanece por
algum tempo num galh o , cresce completamente , amadure
ce , depois comea a degenerar dia a dia at que finalmente
cai da rvore e comea a se decompor na terra e por fim
se mistura com a terra , deixando atrs sua semente que ,
por sua vez , cresce e se transform a numa rvore e produz
muitas frutas na devida altura, as quais depararo com o
mesmo destino , e assim por diante .
Similarmente , um ser vivo (na qualidade de centelha
e spiritual , uma p arte do Ser S upremo) toma sua forma
orgnica no ventre de uma me logo aps o ato sexual .
C re sce pouco a pouco dentro do ventre , n asce , depois
continua a crescer, transform a-se numa criana, num
menin o , num j ovem , num adulto , num velh o , depois
Mundos antimateriais 35

finalmente s e dege n e r a e encontra a morte , apesar d e todos


os b on s vo tos e e sper an as enganadoras dos ficcionistas .
Por compara o , no h d ife rena en tre o homem e a
fruta. Da m e sm a fo r m a que a fruta, o homem pode deixar
atrs de si suas semente s - numerosos filhos - mas no
po d e exi stir e te rn ame n te dentro de seu corpo material
de vi d o lei da n atureza m a te ri al.
C om o pode algum ignorar a lei da natureza material?
Nenhum cientista material pode mudar as estritas leis da
n atureza , por mais presunoso que seja. Nenhum astrnomo
ou ci en t ist a p o de mu dar o curso dos planetas - eles podem
simplesmente manufaturar um reles planeta de brinquedo
qu e chamam de satlite. Pode ser que as crianas tolas
fiquem impre ssionadas com isso e dem muito crdito aos
inventore s dos satlites modernos, esputiniques, etc . ; mas
a p arte mais sensata da humanidade d mais crdito ao
criador dos satlites gigantescos, a saber : o sol, as estrelas
e os planetas que p ara o cientista material no tm fim.
S e o criador d e u m pe quen o satlite d e brinquedo encontra
se na Rssi a o u na Amrica, razovel que o criador dos
sat l i te s gigantescos e n c on tre-se no cu espiritual. Se
para um satlite de b r i n qu edo se r manufaturado e entrar
em rbita so necessrios tantos crebros cientficos, que
tipo de cre b ro sutil e perfeito ter criado galxias de
e stre l a s e as man tm em suas rbitas? At hoje a classe
ate sta no foi cap az de responde r a esta pergunta.
Os descrentes apre sentam suas prprias teorias da c ria
o que ge ralme n te re su l t am em declaraes tais com o :
" difcil de compre e n de r " ; "nossa imaginao no pode
conceb-l o , mas bem pos s vel " ; " incompreensvel" ;
e assim por diante . I sto s quer dizer que a informao
deles n o tem base em autoridades e no apoiada por
dados cientfic o s . Eles simp lesmente especulam. No Bha
gavad-gt, e n tretan to , p o demos dispor de informaes
autorizadas . O Git nos in forma , por exemplo, que dentro
do mundo material h se re s vivos cuj a durao de vida
cobre 4.300.000 x 1 .000 X 2 X 30 X 1 2 x 1 00 anos solares .
Ace itamos o G!t como autoridade porque este livro de
c onhe cimen to foi aceito como tal por grandes sbios da
India, como , por exemplo , Sankarcrya, Sr Rllrnnu-
36 Fcil viagem a outros planetas

j crya, Sn Madhvcrya, S rl C aitanya M ahprabhu e assim


por diante . O Gft indica que todas as formas componentes
no mundo material e sto sujeitas ao declnio e morte , sem
olhar a sua durao de vida.
Portanto, todas as formas materiais esto suj e itas lei
da muta o , embora a energia material se conserve poten
cialmente . Potencialmente , tudo etern o , mas no mundo
material a matria toma forma, permanece por algum tem
po , desenvolve-se at a maturidade , envelhece , comea a
degenerar-se e por fim desaparece novamente . isto o que
acontece com todos os objetos materiais. A suge sto dada
pelo m aterialista de que alm do cu material h "alguma
outra forma" que est alm dos limites de visibilidade e que
e stranha e inconcebvel, seno uma vaga indicao do
cu espiritu al. Entretanto , o princpio bsico do esprito
e st bem mais perto - pois funciona dentro de todos os
seres vivos. Quando este princpio e spiritual est fora do
corpo material , ento o corpo material no tem vida. O
princpio espiritual e st prese nte dentro do corpo de uma
criana, por exemplo, e por isso ocorrem transformaes
no corpo que fazem com que este se desenvolva. Mas se
o e sprito abandona o corpo, o de senvolvimento pra.
Esta lei pode ser aplicada a todo objeto material. A matria
se transfo rma de uma forma para outra quando est em
contato com o esprito . Sem o esprito , no h transfor
mao . Todo o universo se desenvolve dessa maneira. Ele
emana da energia da transcendncia por causa da fora
espiritual que Lhe pertence , e se desenvolve em formas
gigantescas como o sol , a lua, a terra, etc. Existem catorze
divise s de sistemas planetrios, e embora todos estes
sistemas planetrios tenham dimenses e qualidade s diferen
tes, o mesmo princpio de desenvolvimento vale para
todos. A fora espiritual o criador, e unicamente por
intermdio deste princpio espiritual que acontecem a
transformao , a transio e o desenvolvimento .
claro que a vida no gerada simplesmente de uma
reao material - como, por exemplo, uma combinao
qumica - tal como afirmam muitos tolos. A inte rao ma
terial posta em movimento por um ser superior que cria
uma circunstncia favorvel para acomo dar a fora viva
Mundos antimateriais 37

espiritual . A energi a superior m an ej a a mat ria de uma


maneira ade quada - da forma determinada pelo livre arb
trio do se r espiritual . Os mate riais de construo , por
exempl o , n o "re agem " automaticamente p ara assumirem
de repente a form a de uma residncia. C om seu livre arb
trio , o se r vivo espiritual manej a a matria ade quadamente
e de ste modo constri su a casa. S im ilarmente , a m atria
constitui apenas o ingrediente , porm o e sprito o cria
dor. S uma pessoa com uma base insuficiente de conheci
mento evita esta conclu so . N o devemos nos deixar iludir
simple smente pela forma gigantesca do universo mate rial .
Devemos, ante s , aprender a disce rnir a existncia da inteli
gn cia supre m a por trs de todas e stas manifestaes mate
riai s . O S e r Supremo , que a inteligncia sup rema, o cria
dor ltim o , S rI Kmia, a Personalidade de Deus to do-atra
tiva. Embora talvez no se tenha conhecimento disto , h
informaes precisas sobre o criador, dadas em lite raturas
vdicas tais como o Bhagavad-glt e e specialme nte o SrI
mad-Bhgavatam. O Glt nega te rn1inan temente que a vida
simple smente "acontea" por inte rm dio da feliz "inte ra
o de determinadas combinaes fsicas e qumicas . "
"Todos o s se re s , A rj una, vo dar n a n atureza q u e Me
pertence ao fin al do ciclo ; e n o comeo do prximo ciclo ,
Eu os lano . D e i tando a mo natureza que M e pertence ,
Eu lano repetidamente esta multido de se re s que de sam
parada, por estar sob o con trole da n atureza (prakrti) . So b
Minha orien tao , a n a tu reza (prakrti) d luz todas as
coisas, mveis e imv e i s , e de sta maneira, Arjuna, o
mundo gira. " (Bg.9 .7-8 , 1 0)
N estas p alavras, S ri Krna indica que Ele prprio o
controlador absoluto .
Quan do um satlite lanado no e sp ao exterior, pode
ser que uma criana n o compree n da que h c rebros cient
ficos que o controlam , porm um adulto inteligente com
pre ende que na Terra h crebros cientficos controlando o
satlite . S imilarmente , as pessoas pouco inteligentes; n o
tm informao do criador e de Sua morada e te rn a no
mundo e spiritual , que se encontra muito alm de nosso
alcance de visibilidade , mas n a re alidade existe um cu e spi
ri tual e planetas e spiritu ais que s o mais e sp aosos e maio
re s em nmero do que o s que h no cu mate rial . O G it
38 Fcil viagem a outros planet as

nos d informao de que o universo material constitui


apenas uma frao (um quarto) d a criao . Podemos encon
trar informao e xtensiva sobre e ste assunto no Srimad
Bhgavatam e em outras literaturas vdicas.
Se possvel gerar a energia viva no laboratrio do
cientista por interm dio da "inte ra o de de te rmin adas
combinaes fsicas e qumicas'', por que ento o s pre sun
osos cientistas m ateriais no con seguem m anufatu rar a
vida? Eles deviam saber de uma vez por todas que a fora
e spiritual dis tinta da mat ria e que nenhuma quantidade
de. aj u ste s materiais pode produzir tal energia. N o re sta
dvida de que atu almente o s russos e os ame ricanos e sto
muitssimo avanados em muitos departamento s da cincia
tecnolgica, porm ain da ign oram a cincia e spiritual . Eles
tero que ficar saben do da inteligncia superior para que
possam formar uma socie dade humana perfeita e progre ssi-
va.
O s russos n o sabem que o Srimad-Bhgavatam des
creve com a mxima perfeio a filosofia socialista. O
Bhgavatam in stru que toda a riqueza que existe - todos
os recursos n aturais ( agriculturais , minerais, e t c .) - cri a
da pelo criador ltim o , e por isso todo ser vivo tem o direi
to de partilhar desse s re curso s . D iz-se ain da que uma pessoa
s deve p ossuir a qu antidade de ri queza que for suficiente
p ara m anter seu corpo , e que se ela desej ar mais que i sso ,
ou se tomar mais que seu quinho , estar suj eita a punio .
Tambm se declara que os anim ais devem se r tratados como
n o ssos prprios filhos.
Acre ditamos que n o h nao sobre a Terra que possa
descrever o socialismo to bem como o Srimad-Bhgavatam .
S ser p ossvel tratar os sere s vivo s que so diferente s dos
sere s humanos como irmos e filhos quan do se tive r uma
i dia comple ta do criador e da ve rdadeira con stituio do
ser vivo .
O de sej o que o homem tem de se r imortal s se re aliza
n o mundo e spiritu al . C omo declaramos no come o de ste
ensai o , um desej o de se alcanar a vida e te rn a um sin al da
vida e spiritual adormecida . A civilizao humana devia vol
tar seu obje tivo p ara e ste fim . possvel que todos o s sere s
Mundos antimateriais 39

humanos se transfiram a e sse reino e spiritual por interm dio


do processo de bhakti-yoga , que descrito aqui. uma
grande cincia, e a India tem produzido muitas literaturas
cientficas por interm dio das quais p ossvel realizar a
perfeio da vida.
A bhakti-yoga a religio eterna do homem . Numa
poca em que a cincia material predomina sobre todos os
assuntos, incluindo os dogmas da religio, seria animador
ver os princpios da religio eterna do homem do ponto
de vista do cientista mode rno . A t mesmo o Dr. S. Rdh
krishnan admitiu na conferncia mundial de religio que
a religio no ser aceita n a civilizao moderna se no for
ace ita pela cincia. Em resposta, temos a satisfao de
anunciar aos amantes da verdade que a bhakti-yoga a
religio eterna do mundo e est destinada a todos os seres
vivos i relacionados eternamente com o Senhor Supremo.
S r1man Rmnujcrya define a p alavra santana, ou
eterno , como aquilo que n o tem comeo nem fim. Quan
d o falamos d e santana-dharma , religio e te rna, aceitamos
esta definio como verdadeira. Aquilo que n o tem come
o nem fim diferente de qualquer cois3 sectria que
tenha limites e fronteiras . luz da cincia moderna ser
possvel que vej amos o santana-dharma como a o cupao
principal de todas as pessoas do mundo - ou melhor, de
todas as entidades vivas do universo . A f religiosa no
santana pode ter um princpio nos anais do homem ,
porm no h origem histrica para o santana-dharma
porque este permanece eternamente com as entidades vivas .
Quando u m a pessoa preconiza pertencer a uma f p ar
ticular - hindu, muulmana , crist, budista, ou qualquer
outra seita - e quando ela se refere a um tempo e a uma
cir cunstncia particulares de nascimento , tais designaes
so chamadas no santana-dharma. Um hindu pode conver
ter-se num muulmano ou um muulm ano pode converte r-se
num hindu ou num cristo , e tc . , mas em todas as circuns
tncias h uma constante . Em todas as circunstncias, ele
presta servio aos outros. Um hindu , um muulmano , um
budista ou um cristo so em to.das as circunstncias servos
de algum . O tipo particular de f preconizada no
santana-dhanna. Santana-dharma vem a se r o campa-
40 Fcil viagem a outros planetas

nheiro constante do ser vivo , o unificador de todas as reli


gies. Santana-dhanna vem a ser o prestar servio .
No Bhagavad-g!t h vrias refe rncias ao santan a
dhanna . Aprendamos o significado de santana-dharma com
esta autoridade .
F az-se referncia palavra santanam no dcimo ve rso
do Stimo Captulo, em que o Senhor diz que o m anan
cial eterno de tudo e que por isso santanam. Nos
Upaniads se descreve que o manancial de tudo o todo
completo . Apesar de muitas emanaes do manancial t am
bm serem completas em si mesmas, o santana principal
no diminui em qualidade nem em quantidade . * Isto por
que a natureza do santana imutvel. Qualquer coisa que
se transfom1e sob a influncia do tempo e das circunstn
cias no santana. Por isso , qualquer coisa que se trans
forme , sej a l como for, quer em forma, quer em qualidade ,
no pode ser aceita como santana . Uma coisa que j amais
criada no pode se transfo miar em sua fomiao e qualida
de , muito embora Ele seja a fonte que semeia tudo.
O Senhor afirma que o pai de todas as espcies de
vida. Ele afinna que todos os seres vivos - sem olhar a
quem sej am ele s - so partes integrantes d'Ele . Conseqen
temente , o Bhagavad-gTt destina-se a todos eles. No G"it
h informao sobre esta natureza santana do Senhor
Supremo. Tambm h informao sobre Sua morada, que
e st muito alm do cu material , e sobre a natureza
santana dos se res vivos.
No Git, o Senhor Kmrn tambm nos informa que
este mundo material cheio de misrias que vm na forma
de nascimento, velhice , doena e morte . A t em B rahma
loka, o planeta mais elevado do universo material , esto
pre sentes est as misrias. s na prpria morada d'Ele que
h uma aus n c i a total de misria. Nessa morada no h
necessidade de luz do sol, da lua ou do fogo . Os pl:metas
ali so auto-luminosos , e a vida perptua, plena de conhe
cimento e bem-aventurana. isto que se conhece como
santana-dharm a . Por isso , conclui-se naturalmente que as
entidades vivas devem regressar ao lar, de volta ao Supremo,
p ara que gozem a vida no santana-dhama c om o santana
purua , ou o Purnottama , o S enhor S ri Kf1:1 Eles no

* Vej a Srf fsupanisad , Invoca o


Mundos antimateriais 41

devem permanecer aqui para apodrecer nesta mise rvel terra


de existncia material . H um pouco de felicidade na e sfera
material - at mesmo em B rahrn aloka - de modo que pla
nos e atividades visando elevao a planetas superiores
dentro do universo material so levados a cabo por seres
pouco inteligentes que se refugiam em semideuse s e s
obtm benefcios que tm um perodo limitado de durao .
Desse modo , seus princpios religiosos e os benefcios obti
dos desse s princpios so apenas temporrios . A pessoa inte
ligente , entretanto , aban dona todas as ocupaes em nome
da religio e se refugia na Suprema Personalidade de Deus,
e assim recebe proteo absoluta do Pai Todopoderoso .
Portanto , santana-dharma constitui o processo de bhakti
yoga , por interm dio do qual pode -se chegar a conhecer o
Senhor santana e Sua morada santana . s atrav s deste
processo que se pode regressar ao universo e spiritual para se
participar no gozo santana que ali prevalece .
A queles que seguem o santana-dharma podero daqui
por diante aceitar e sses princpios no e sprito do Bhagavad
glt . No h barreiras p ara uma pessoa que adota os princ
pios e ternos . A t as pessoas que so menos esclarecidas
podem regre ssar .ao S upremo. Esta a verso que o prprio
Senhor Supremo ensina no Bhagavad-git . Devemos dar
humanidade a chance de tirar proveito desta oportun idade .
Especialmente no momento atual , os homens mal orienta
dos e sto sofrendo na escurido do mate rialismo, e sua
assim chamada instruo os capacitou a descobrir a bomba
atmica. Conseqentemente , ele s e sto beira da aniqui
lao . O refgio do H omem est no santana-dharma, que
h de lhe ensinar o ve rdadeiro obje tivo da vida e que h
de lhe proporcionar uma fcil viagem aos planetas e spiritu
ais, onde ele poder se associar com a Personalidade de
Deus em plena bem-aven turana e conhecimento para todo
o sempre .
Variedades de sistemas
planetrias
N os dias atuais , em que os homens tentam ir lua, as
pessoas n o devem pensar que a conscincia de K rr:ia est
relacionada com algo fora de moda. Enquanto o mun do
progride para alcanar a lua , ns cantamos H are K -tl
Mas as pe ssoas no devem compreender m al e supor que es
tamos ficando para trs do avano cientfico moderno . J
passamos por todo o avano cientfico. No Bhagavad-glt
se diz que a tentativa feita pelo homem de alcanar plane
tas superiore s n o algo novo . N as manchetes dos jornais se
l "Primeiros Passos do Homem na Lua" , mas os reprtere s
no sabem que milhes e milhes de homens j for:im ali e
voltaram . Esta no a primeira vez . Esta prtica antiga.
No Bhagavad-glt se afirma claramente : "Meu querido
Arjuna, mesmo que voc v ao sistema planetrio mais
elevado , que se chama B rahmaloka, voc te r que voltar."
Por conseguinte , a viagem interplanetria no algo. n ovo :
conhecida dos devotos conscientes de K rsna.
Uma vez que somos conscientes de K rsna, considera

mos que o que K a diz a Verdade A b sl ta. S egundo a
literatura v dica, h muitos sistemas planetrios. O sistema
planetrio no qual vivemos chama-se Bhrloka. Acima deste
sistema planetrio encontra-se Bhuvarloka. A cima desse
e st Svarloka (a lua pertence ao sistema plane trio
Svarloka) . A cima de Svarloka encontra-se J analoka; acima
deste est M aharloka ; e acima deste est S aty aloka. Simi
l armente , existem sistemas planetrios inferiore s. Desse
modo , h catorze status de sistemas planetrios dentro
deste unive rso , sendo que o sol o planeta principal .
O sol descrito no Brahma-sarhhit:

yaccak$ure!fll savit sakalagrahr1rh


rj samasta sura milrttir ase!jatejf:z
yasyjiiay bhramati sarhbhrtaklacakro
govindam di puru$am tam aharh bhajmi

43
44 Fcil viagem a outro s planetas

"Eu adoro Govinda (K!gia) , o Senhor primordial, por


cuj a ordem o sol assume um poder e um calor imensos e
atravessa sua rbita. O sol , que o principal entre todos os
sistemas planetrios, o olho do S enhor Supremo ." (Bs . 5 .5 2)
Na re alidade , no podemos ver sem o sol . Podemos ter
muito orgulho de nossos olhos, mas n o podemos nem se
quer ver nosso vizinho pegado . As pessoas desafiam : "Voc
pode me mostrar Deus? " M as o que que elas p odem ver?
Que valor tm seus olhos? Deus no uma coisa b arata.
Sem o brilho do sol , n o podemos ver nada, isto para no
falar de Deus. Sem o brilho do sol somos cegos. noite
no podemos ver nada e desse modo usamos a ele tricidade
porque o sol no e st pre sente .
N o existe apenas um sol no universo, seno que exis
tem milhes de trilhes de sis . I sto tambm est declarado
no Brahma-samhit (5 .40) : yasya prabha prabhavato jaga
danda koti. A refulgncia corprea e spiritual da Suprema
Personalidade de Deus, Krsn a , chama-se o brahmajyoti , e
nesse brahmajyoti existem inume rveis planetas. D a mesma
forma que dentro do brilho do sol existem inumerveis
planetas, similarmente , n a refulgncia brilhan te do corpo de
Krsi:ia existem inumerveis planetas. Temos conhecimento
de muitos unive rsos, sen do que em cada universo h um sol .
De formas que h milhes e bilhes de universos e milhe s e
bilhes de sis e luas e planetas. M as Krna diz que se uma
pessoa tentar ir a um desse s planetas, ela simplesmen te des
perdiar seu tempo.
Agora que algum foi lua , que ganhar a sociedade
humana com isto? Se , depois de gastar tanto dinheiro ,
tanta energia e dez anos de esfo ro , vai-se lua e apenas se
toca nel a , qual o benefcio que se obtm com isso? Uma
pessoa pode ficar ali e convi dar seus amigos, mas me smo
que ela v e permanea ali , qual se r o benefcio? Enquan to
e stivermos neste mundo material , que r neste planeta, quer
em outros planetas, as mesmas misrias - n ascimento ,
morte , velhice e doena - nos acompanharo . N o pode
mos nos libertar delas.
Se fssemos viver n a lua - supondo que isto sej a poss
vel - mesmo que com uma mscara de oxignio, quanto
tempo poderamos permanece r ali? Alm disso , mesmo que
Variedades de sis t e ma s planetrios 45

tiv ssemos a oportunidade de pemianecer ali , que ganhar


amos? T alvez consegussemos uma vida um pouco mais
longa , mas no poderamos viver ali para sempre . I sto
impossvel. E o que ganharamos se vivssemos mais? Por
acaso as rvores n o vivem por muitos e muitos anos? Per
to de So F rancisco vi uma floresta onde h uma rvore
que tem 7 .000 anos de idade . M as qual o benefcio?
Se uma pessoa tem orgulho de permanecer em p num
lugar s durante 7 .000 anos, isto n o conta muito a favor
dela.
C omo uma pessoa vai at a lua , como ela regre ssa, etc . ,
uma longa histria, e tudo isto descrito n a literatura
vdica. No um processo muito recente . M as o objetivo
de nossa socie dade da conscincia de Kmia dife rente .
Ns no e stamos a fim de desperdiar nosso tempo precioso .
Kri:ia diz : "No desperdicem seu temp o , tentando ir a
este planeta ou quele plane ta. Que ganharo vocs? S uas
misrias materiais ho de acompanh-los aonde quer que
vocs forem ." Por isso , no Caitanya-caritamrta o autor
diz muito bem : "Neste mundo material h algum desfru
tando e algum que no est desfrutando , mas na realidade
todos esto sofrendo , embora algumas pessoas pensem que
e sto desfrutan do , ao passo que outras compreendem que
esto sofrendo ." Na realidade , todos e sto sofrendo .
Quem que neste mundo material no sofre d e doenas?
Quem que no sofre de velhice? Quem que no morre?
Ningum quer envelhecer nem sofrer de doenas, mas
todos tm que faz-lo . O nde , ento , e st o prazer? E ste
prazer completamente disparatado porque neste mundo
material n o existe prazer . N o passa de nossa imaginao.
No devemos pensar : "I sto prazer e isto sofrimento . "
Tudo sofrimento ! Por isso , no Caitanya-caritamrta se

declara : "Os princpios de comer, dormir , acasalar-se e
defender-se sempre ho de existir, s que existiro em
padres diferentes." Por exemplo : os americanos n as
ceram na Amrica como resultado de atividades piedosas
que executaram em vidas anteriores. Na ln dia , as pessoas
so muito pobres e esto sofrendo, mas embora os ameri
canos estej am comendo um timo po com manteiga,
ao passo que os indianos o comem sem manteiga, tanto
46 Fcil viagem a outros planetas

e stes quanto aquele s e st o no obstante comendo. O fato


de que a IJ. dia e st na misria no fez com que to da a popu
l ao morre sse por falta de alimento. A s qu atro e xigncias
corpreas p rincipais - come r , dormir , acasalar-se e defen
der-se - podem ser sati sfeitas em quaisquer circun stncias ,
quer tenhamos nascido numa condio mpia, que r numa
c on dio piedosa. O problema, entretan to , como livrar
se de ste s quatro princpios: nascimento , morte , velhice
e doena.
Este que o ve rdadeiro problem a . N o "o que
vou comer? " As ave s e as be stas n o tm problemas dessa
e sp cie . Pela m anh as ave s cantam ime diatamente : "j i !
j i ! j i ! j i ! " Elas sabem que te ro o que come r . N ingum
morre , e esta coisa chamada supe rpopula o n o existe ,
porque o arranj o de Deus prov s nece ssidades de todos.
Exi stem dife renas qualitativas , m as a finalidade da vida
no obter um gozo mate rial de qu alidade superior. O
problema verdade iro como livrar-se do nascimento, da
morte , da velhice e da doena. N o simple sme nte desper
diando tempo a viaj ar dentro deste unive rso que se pode
resolve r isto . M e smo que se for ao planeta mais elevado ,
e ste problema no poder se r re solvi do, pois a morte existe
em tod a a parte .
S e gundo a informao v dica, a durao de vida na
lua de 10 .000 ano s , sendo que um dia ali e quivale a seis
meses daqui. D este modo , 10.000 multiplicados por 150
anos vem a se r a durao de vida na lua. Entretanto ,
impossvel que os homens da Terra vo lua e vivam ali
por muito tem p o . De ou tro modo , toda a lite ratura v dica
seria falsa. Podemos tentar ir at l, mas no possvel vive r
ali . Este conhe cimento encon tramos nos Vedas . Por isso ,
no e stamos muito ansiosos por ir a e ste planeta ou que
le planeta. E stamos ansiosos por ir diretamente ao planeta
onde Ka vive . Kfl).a decl ara no Bhagavad-git : "Pode
se ir lua, ou pode -se mesmo ir ao sol ou a milhes e
trilhes de outros planetas; ou , se uma pessoa dema
siado apegada materialmente , ela p o de p e rmanecer aqui -
mas aqueles que so M e u s devotos viro a M im. " E s te o
nosso obj e tivo . A iniciao na conscincia de KrIJ ga
rante ao discpulo que ele poder ir por fim ao planeta
Variedades de sistemas planetrio s 47

supremo, K!J;laloka. N o e stamos trabalhando futilmente ;


tambm e stam o s ten t an do ir a outros plane tas, s que n o
estamos meran1en te de sperdiando tempo .
Uma pe ssoa sensata e inteligente no desej a ingre ssar
em nenhum dos planetas m ateriais porque em todos eles
exi s tem as quatro condies de misrias mate riais . C om o
Bhagavad-glt podemos compreender que me smo que in
gre s semos em B rahm aloka, o sistem a planetrio mais eleva
do de ste universo , os quatro princpios de misria e star'
pre sentes . Aprendemos com o Bhagavad-gi t que a dura o
de um dia em B rahm alok a e quivale a milhes de anos de
nosso clculo . I sto um fato .
Pode-se at mesm o alcanar B rahmaloka , o sistema
planetrio mais elevado , mas os cientistas dizem que p ara
faz-lo demoraria 40.000 anos velocidade de e sputinique .
Q uem e st preparado para viaj ar pelo e spao durante
40.000 anos? A literatura v dica d a entender que p o de
mos ingre ssar e m qualque r u m d o s planetas, contanto que
nos prep aremos p ara e ste fim . Se nos prep aram1os p ara
ingressar nos sistemas planetrios superiore s , os qu ais se
diz que so habitados por semideuse s , poderemos ir at l .
S imil armente , podemos ir at u m sistema planetrio infe
rior, o u , se desej amos, podemos perm anecer ne ste planeta.
F in almen te , se de sej amos, podemos ingre ssar n o plane ta da
S uprema Pe rsonalidade de Deus. tudo uma questo de
preparao . C ontudo , todos o s si stemas planetrios que
existem em nosso universo mate rial so temporrios . Pode
ser que a durao de vida em determinados planetas mate
riais sej a muito longa , mas todas as entidades vivas do uni
verso material esto eventualmente suj e itas aniquilao
e tm que de senvolver outros corpos novamente . Existem
diferente s tipos de corp o s . Um corpo humano exi ste
durante 1 00 ano s , ao passo que um corpo de inse to pode
existir por 1 2 ano s . De modo que a durao deste s diferen
tes corpos relativa . Entretanto , se uma pessoa entra no
planeta chamado Vaikunthaloka , o plane ta e spiritual , en to
ela alcan a a vida etern a , plena de bem-aventurana e co
nhe cimento . Se um ser humano tentar, e le poder alcan ar
e sta perfeio . Isto o Senhor declara no Bhagavad-gft ,
quando diz : "Q ualquer pessoa que saib a de fato a respeito
48 Fcil viagem a outros planetas

da S up rema Personalidade de D eu s p ode a t in gir M inha na tu


reza."
Muitas p e s so as afirmam : "Deus gran de " , m a s esta
expre sso uma expresso vulgar. p re ci s o que s a ib am o s
como Ele grande , e po de mo s saber disso a t r av s de uma
escritura autorizada. No Bhagavad-git Deus Se de screve .
Ele diz : "Quando E u apareo, nascen do t al qu al um se r
humano comum, isso na realidade transcenden tal . " Deus
to bond oso que aparece diante de ns como um se r
humano comum, mas Seu corpo no exatame nte como
um c o rp o humano . Esses p a t i fe s que no sabem nada a

respeito de K!i;ta j ulgam que K!q.a como um de n s . I sso


tam b m e st declarado no Bhagavad-glt (9 . 1 1) :

avajnanti mril mdh


mnum tanum sritam
param bhvam ajnanto
mama bhta-mahevaram

"Os tolos Me ri dicularizam qu an do Eu deso n a forma


human a . Ele s n o con he ce m M i nha n a t u re z a transce n d e n t a l
e M e u domn io su p remo so bre tu d o o q u e e x i s t e . possvel
que fi que m o s s abe n d o sobre K rIJa, c ont a n t o que leiam o s a
literatura c o r re t a sob a orientao corre t a . Se simple sme n te
soubermos qual a n ature z a de D eu s , ento , por compreen
dem1o s e st e nico fato , nos libertaremos. E m nossa condi
o humana, n o po ssvel que compreen damos a Suprema
Personali dade de Deus Absoluta comple tamente , mas com
a aj u d a do Bhagavad-glt ( as de c l a r a e s dadas pela Supre
m a Pe r so nalidade d e Deus) e d o mestre e spiri tu al , p o de re
m os conhec-L o tanto qu anto pe rm i ti r nossa capacidade .
Se pu de rmo s conhec -l o re alme n te , ento , ime diatamente
ap s d e i xarmos e s t e corpo . p o d e remos i n g re ssar no p l an e t a
d e D e u s . K r ? n a d i z : tya k t Jehmh p u n ar jamna 11a e t i mm
eti ka1111 teya : " U ma pessoa q u e t e m c o n h c c i m e n to n o
vol t a n ovame n t e a e s t e m u n d o m ate rial depois que ab an do
n a este corpo , pois en tra no mundo e spiritual e vem a
M im . " (Bg. 4.9)
O obj e t ivo de no sso movimento da consci ncia de
Variedades de sistemas planetrios 49

K rIJ.a p ropagar e sta avanada i dia cientfica s pessoas


em ger al , e o processo muito simples. Pelo simple s fato de
cant ar os santo s n omes de Deus - H are Krsna, H are Krsna,
Kri:ia K rl) a , H are H are/ H are R m a , H R ama, Iia
Rma, H are H are - a pe ssoa limpa a poeira de seu corao
e consegue compre e n der que parte integrante do Senhor
Supremo e que seu deve r se rvi -L o . Este processo muito
agradve l : can tamos o man tra H are K rsi:i a , danamos ritmi
camen te e comemos prasda gostosa . En quanto gozamos
desta vida, prep aramo-nos para entrar no reino de Deus em
nossa prxima vi da. I st o n o uma inveno - tudo isto
re al. Embora p are a uma inveno aos olhos de um leigo ,
K!na Se revela no ntimo de uma pe sso a que leva a re ali
zao de Deus a srio . T an to Krsna quanto o me stre espiri
tual aj udam a alma sin cera. O me stre esp iritual a mani
festao externa de Deus, o qual e st situado no corao
de todos como a Superalma. Para aquele que leva muito a
srio a comp reen so da Suprema Pe rsonalidade de Deus, a
Superalma presta auxi1io ime diato , dirigin do-o a um me s
tre espiritual aut n tico . D e ssa m ane ira, o candidato e spiri
tual recebe aux11io intern a e externamente .
S egundo o Bhgavata Pur!Ja , a Verdade S uprema re a
lizada em trs fase s . Prime iramente , h o B rahman impes
soal , o u Absoluto impessoal ; depois, o Paramtm-a , ou o
aspe cto localizado de B rahman . Pode -se considerar o
neutron do tomo como a repre sentao do Param atm a ,
que t ambm penetra o tom o . I sto est de scrito no
Brahma-samhit . Mas em ltima an lise compreen de-se que
o S e r D ivino S upremo a pessoa todo -atrativa sup rema
(KrI).a) com potncias plenas e inconcebveis de opulncia ,
fora, fama , beleza, conhe cimento e renncia. S ri R ma e
S ri Kmia exibem estas seis potncias comple tamente
qu ando de scem diante dos se re s humanos. S um grupo de
sere s humanos - os devotos imaculados - pode re conhe ce r
Kr1.i a baseado na autori dade de e scrituras reveladas , ao
p asso que os outro s se confun dem pela influncia da energia
material . A Verdade Absoluta , portan t o , a Pessoa A b so
l u t a que no t e m igual n e m concorrente . O s raios d o
B rahman impessoal constituem os raios de Seu corpo
transcendental , assim como o s raios do sol so emanaes
do sol .
50 Fcil viagem a outros planetas

Segundo o ViSIJU Pur(W, a energia material chama-se


avidy, ou nescidade , e se exibe n as atividades fruitivas de
gozo dos sentidos . M as apesar do ser vivo ter a tendncia a
se deixar iludir pela energia material e a cair em sua amia
dilha por causa do gozo dos sentido s , ele pertence energia
antimaterial , ou energia espiritual . Neste sentido , o ser vivo
a energia posi tiva, ao passo que a matria a energia nega
tiva. A matria n o se de senvolve a menos que e stej a em
contato com a energia espiritual ou antimaterial superior,
que diretamente p arte integrante do todo e spiritual . O
assunto desta energia espiritual exibida pelos seres vivos
sem dvida muito complicado p ara um homem comum, que
por isso se assombra com o mesm o . s vezes ele o compre
ende parcialmente com os sentidos imperfeito s , e s vezes
no consegue compreend -lo em absoluto . Portanto ,
melhor ouvir da parte da autoridade mxima, Sr! K!sna,
ou da parte de Seu devoto que O representa na corrente de
sucesso discipular .
Este movimento da conscincia de K mia est destinado
ao obj etivo de se compreen der Deus. O mestre e spiritual o
represen tante vivo de Kri:ia que aj uda externamente , e
Kri:ia como a Superalma ajuda in tern amente . A entidade
viva pode tirar proveito de tal orientao e fazer de sua
vida uma vida exi tosa. Pedimos que todos leiam a literatu
ra de autoridade para que comprendam e ste movimento .
Publicamos o Bhagavad-gt Como Ele , Os Ensinamentos
do Senhor Caitanya, o Srzmad-Bhgavatam, Kr$1J e o
Nctar da Devoo. Publicamos tambm nossa revista
De Volta ao Supremo todos os meses em muitas lnguas.
Nossa misso salvar a socie dade humana dos perigos
imprevistos de te r que encarnar novamente no ciclo de
n ascimentos e mortes .
Todos devem tentar ir te r com K rsi:i a. Publicamos um
artigo em nossa revista De Volta ao Supremo entitulado
"Alm do universo ." Este artigo descreve um lugar alm
deste universo de acordo com o conhecimento que e st no
Bhagavad-gt. O Bhagavad-glt um livro muito popular,
do qual h muitas edies n a Amrica e tambm muitas
na I1dia. C ontudo , infelizmente mui tos patifes tm vin
do ao O cidente para pregar o Bhagavad-git Ns os
Variedades de sistemas planetrios Sl

designamos como patifes porque eles so e nganadore s que


no do a ve rdadeira informao . Em nosso Bhagavad-gft
Como Ele , entre t an t o , a natureza espiritual de scrita
autorizadamen te .
Esta manifestao c smica chama-se natureza, porm
h uma outra natureza , a qua1 supe rior. A m anife stao
csmica natureza inferior, mas alm desta n atureza, que
manifesta e im anifesta, h uma outra natu reza que se
chania santana , eterna. fcil compreender que tudo que
se m anifesta aqui temporri o . O exemplo bvio disto
o no sso corpo . Uma pe ssoa que tem trinta anos de idade
no tinha seu corpo manife sto h trinta ano s atrs , e dentro
de outros cinqenta anos seu corpo se r novamente imani
festo. Esta uma lei concreta da natureza. Ela se manife sta
e aniquilada outra vez, assim como as ondas que surgem
no mar freqen temente e depois se afastam . No entanto , o
m aterialista s se importa com e sta vida mortal , que p o de
acabar a qualquer momento. Alm disso , da m e sma fom1a
que este corpo h de morre r , assim tambm todo o unive rso ,
e ste gigantesco corpo mate rial , se r aniquilado , e quer sej a
mos afortun ados ou de safortun ados , ne ste planeta ou em
outro plane ta, tudo acabar. Por que ento desperdiarmos
nosso tempo , tentando i r a um planeta onde tudo acabar?
Devemos tentar ir a K rr:ialoka. I sto cincia e spiritu al ;
devemos tentar compreend-la, e , ap s compreend-la ns
mesmos, devemos pregar e sta mensagem a todo o mundo .
Todos e sto na e scuri do . Apesar de no te rem conhe
cimento algum , as pessoas so muito orgulhosas. M a s ir
lua aps dez anos de e sfo ros e pegar uma pe dra e re tor
nar no avano de conhecimento . O s viaj ante s do e sp a o
e sto muito orgulhoso s : "O h ! eu toquei nela ! " M as o que
que ele s conseguiram? M e smo que fssemos capazes de
viver ali , no seria por muito tempo . Tudo se r destrudo
no fim .
Tente encontrar o planeta do qual j am ais se regre ssar ,
onde existe vida e terna, e onde se pode danar com Krr:ia.
Este o significado da conscincia de Krr:ia. Leve este
movimento a sri o , pois a conscincia de K r:ia nos d uma
oportuni dade de chegar at K rr:i a e danar com Ele etern a
mente . A literatura v dica d a entender que e ste mundo
52 Fcil viagem a outros planetas

materi al uma manife sta o de apenas um quarto da cria


o comple ta de Deus. A poro de trs quartos da criao
de Deus o mundo e spiritual . I sto ns vamos encontrar n o
Bhagavad-g! t . Kri:ia diz : "Este mun do mate rial seno
uma p arte fracion ada do todo ." Se olharmos at onde po
demos olhar - at o c u - nossa viso ainda fica confinada
dentro de um s u n iverso , e h unive rsos ilimitados agrupa
dos j untos dentro do que chamado o mundo material .
Alm desses grupos de nme ros ilimitados de unive rsos , h
o cu espiritual , de que tambm se faz meno no Bhaga
vad-gU. O Senhor diz que alm do mun do mate rial h uma
outra natureza , que eterna; n o se tem histria de seu
come o , e ela no tem fim . "Eterno" refe re -se quilo que
no tem fim nem come o. por isso que a religio vdica
chamada etern a , porque ningum cap az de remontar sua
origem . A religio crist tem uma histria de dois mil ano s ,
e a religio maometana tem u m a histria d e cinco m i l ano s ;
mas s e uma pessoa remontasse origem da religio v dica,
ela no encontraria seu comeo histrico . Por conseguin te ,
ela chamada a religio eterna.
Podemos dize r corretamente que Deus criou e ste mun
do material , o que indica que Deus existia ante s da criao .
Esta p rpria p alavra "criou" suge re que o Senhor existia
ante s da criao da manifestao csmica. Portanto , Deus
n o e st sob o controle da criao . S e Deus e stive sse sob
o controle da criao , como pode ria Ele criar? Ele seria
ento um dos obj e to s desta criao mate rial . Deus n o e st
sob o controle da criao ; Ele o criador, e por isso Ele
e terno.
Existe um cu e sp iritu al onde h inume rveis planetas
espi rituais e inumerveis entidades vivas e spirituai s , mas
aqueles que no e sto aptos a vive r nesse mundo e spiritual
so enviados a e ste mun do mate rial . A mesma idia
exp re ssa no Paraso Perdido de Milton . A ceitamos este
corpo material voluntariamente , m as na re alidade som os
almas espirituais que no deviam t -lo aceitado . N o
po dem os de terminar quan do e como o ace itamos. Ningum
po de determinar a histria de quan do a alma condicionada
aceitou o corpo m aterial pela prime ira ve z . Existem
8 .400.000 formas de entidades vivas - 900 .000 e spcies
Variedades de sistemas planetrios 53

de entidades vivas encontram-se dentro da gua , e 2.000 .000


de e spcies de vi da encontram-se en tre as plantas e os vege
tai s . Infelizmente , nenhuma unive rsidade instrui e ste conhe
cimento v dic o . M as e stes so os fatos. Que o botnico e o
antroplogo busquem e re alizem uma inve stigao sobre a
c on cluso v dica . claro que a teoria de D arwin da evolu
o da matria o rgnica muito p reeminente nas institui
e s eruditas . Mas o Bhgavata PurtJ.a e outras e scrituras
autorizadas de magnitu de cientfi c a descrevem como as
entidades vivas em diferentes form as de corp o evoluem ,
uma ap s a outra . Esta n o uma idia re cente . M a s o s
e ducadore s s do nfase teoria d e D arwin , embora
n a lite ratura v dica tenhamos muitssimas informaes
a re speito das condi e s de vida ne ste mundo material .
S omos nada mais nada menos que uma poro fraci
onada de todas as entidade s vivas nos muitos unive rsos
do mundo mate rial . A queles que se encontram no mundo
material e num corpo mate rial e sto condenado s . Por exem
plo : a populao na priso condenada pelo gove rn o , mas
o nmero de prisioneiros constitui apen as uma frao de
toda a populao . N o que toda a populao vai p ara a
cadeia. Algun s , que so desobe diente s , so confinados
na priso . S imilarmente , as almas condicionadas que
e sto neste mundo mate rial constituem ape n as uma fr a o
de todas as e n tidades vivas na cri ao de D e u s ; e como
desobe deceram a D e u s , n o se man tive ram fiis o rdem de
Km1a, fo ram postas n e ste mun do m ate rial . Algum que
sej a sensato e c u ri os o deve ten tar compreende r : "Por que
fui psto nessa vida condicionadfi? N o desej o sofre r . "
Existem tr s espcies de sofrimento , que incluem as
misrias prprias do corpo e da mente . No H ava, em frente
a minha casa, um homem mantinha alguns animais e ave s
com a finalidade de lev-los para serem abatidos. D e i o
seguinte exemplo a meus discpulo s : "Esse s animais
encontram-se ali , e se voc s lhe s disserem : 'Oh ! meus
que ridos animais , por que voc s esto a p arados? Vo
embora ! O seu de stino o matadouro ! ' , eles n o pode ro
ir. Eles no tm inteligncia . "
S o frimento sem c onhec imento , sem rem dio , vida
animal . Uma pessoa que no capaz de compreender que
54 Fcil viagem a outros planetas

e st sofrendo e que pensa que e st numa tima situao


financeira tem conscincia animal , e n o conscincia huma
na. O ser humano deve ter conhecimento do sofrimento das
trs e spcie s de mis rias de ste planeta . D evemos compre '
e nder que sofrem o s quando nascem o s , sofremos quando
morremo s , sofremos qua n do envelhecemos e sofremo s
quando a d o e ce m o s e devemo s te r a curiosi dade d e saber
,

como podemos evitar o so frime nto . Este que o ve rda


deiro trab alho de inve stiga o .
Temos sofrido desde que nascemos. Enquanto bebe ,
o ser humano fica ape r tado no ab dmen da m e numa
bolsa herme ticamente fechada duran te nove m e se s . Ele
n o pode n em se que r se mexe r , h in setos que o mordem
sem que ele possa prote star . Depois que a criana sai ,
o sofrimento con tinu a. N o re sta dvi da de que a me
cuida do filho com muito c arinh o , m as mesmo assim ele
chora porque e st sofren do . Os pe rcevej o s o mo rdem ou
ento ele se nte dore s no estm ago ; a criana chora mas a
me no sabe como apazigu -l a . Ela comea a sofre r a
partir do ve ntre de sua me . Ento , aps o seu n ascimen
to , medida que vai crescendo , ela sofre mais . N o quer ir
e s col a , mas o b rigada a i r . N o que r e studar , mas o
profe ssor p assa-lhe tarefas . Se analisarmos nossa vida,
veremos qu e um a vida cheia de sofrimento. Por que
ento viemos aqui? As almas condicionadas nlfo so
mui to brilhan tes. Devamos nos in dagar : "Po r que e stou
sofren do? " Se h um rem dio , devemos tirar proveito dele .
Estamos ligados eternamente ao Senhor S upremo , mas
de uma m aneira ou de outra agora e n contramo-nos conta
minados m ate rialmente . Por isso , devemos adotar um
p roce sso p ara re gre ssar n ovamente ao mundo e spiritual .
E ste proce sso de unio cham a-se yoga . A ve rdadeira
tr adu o da p alavra yoga "mais ' ' , que justame nte o
opo sto de me n o s . No momento atual e stamos menos
D e u s , ou me n o s o S u p re m o . Se nos fize rmo s mais - liga
dos - en t o no ssa forma humana de vi d a se aperfe ioar.
D u r ante a n os sa v i da temos que p raticar a nos aproximar
de s se pon to de p e r fe io , e h ora da m o rte , qu a n d o
aban d o n a rmos e s te corpo material , e ssa pe rfe i o t e r
que se r realiz a d a . No momen to da morte , pre ciso e star
Variedades de sistemas planetrios 55

preparado . Os estudantes, por exempl o , p rep aram-se duran


te oito anos na escola, e o teste final de sua educao o
exame . Se passam no exame , eles conseguem um diploma.
S imilarmente , no tema da vida, se nos preparamos p ara o
exame hora da morte e passamos nesse exame , ento
somos transferidos ao mundo espiritual . hora da morte
tudo examinado .
H um provrbio bengali muito comum que diz que
tudo que se faa visando perfeio ser posto prova no
momento da morte . O Bhagavadglt descreve o que deve
mos fazer na altura de nossa morte , quando e stivermos
abandonando este corpo . Sr! Kmi.a fala o s seguintes ver
sos para o dyna-yogl (me ditador) :

yad akarafn veda-vida vedanti


visanti yad yatayo vita-rg/:l
yad icchanto brahmacaryafn caranti
tat te padafn saflgrahei:za pravak$ye

sarva-dvrtJi safnyafnya
mano hrdi-nirndhya ca
mrdhny dhytmana/:l pr1Jam
sthito yoga-dhrai:zm

"As pessoas eruditas nos Vedas , que pronunciam o omkra


e que so grandes sbios na ordem renunciada, entram no
B rahman . Uma pessoa que desej a alcanar tal perfeio
pratica o celibato . Agora vou explicar-lhe e ste processo
atrav s do qual pode-se alcanar a salvao . Uma pessoa
que est situada em yoga desapega-se de todas as ocupaes
sensuais. Fechando todas as portas dos sentidos e fixando a
mente no corao e o ar vital na parte superior da cabea, a
pessoa se estabelece em yoga . " (Bg. 8 . 1 1 - 1,2) No sistema de
yoga e ste processo chama-se pratyhra , que significa, em
linguagem tcnica , "o oposto " . Agora os olhos se ocupam
em ver a beleza mundana, de modo que temos que afast
los de desfrutar esta beleza e nos concentrar em ver a
beleza interior. I sto se chama pratyhra. Similarmente ,
temos que ouvir o som orhkra em nosso ntimo .
56 Fcil viagem a outros planetas

om ity ekkaram brahma


vyharan mm anusmaran

yal:i prayti tyajan deham


sa yti paramtim gat im

"Aps se situar praticando e st a yoga e vibrando a s11aba


sagrada o rh , a combinao suprema de letras, se a pessoa
pensar na forma da Suprema Personalidade de Deus e
abandonar seu corpo , ela alcanar com toda a certeza os
planetas espirituais." (Bg. 8. 1 3) De ssa maneira , temos que
parar com as atividade s externas de todos os sentidos, e
devemos concentrar a mente em visnu mrti , a fomia do
S enhor Yi!fu . Esta a perfeio da yoga . A mente muito
tu rbule n t a e por i ss o temos que fix-la no corao . Quando
,

a m e nte se fixa dentro do corao e o ar vital se transfere


parte superior da cabea, pode-se alcanar a perfeio da
yoga .
En to , o yog'i pe rfeito determina aonde dever ir. Exis
tem inumerveis planetas materiais, e alm deste s planetas
h um mun do espiritual . Os yog'is re cebem e sta infomia
o das escrituras v dicas. Ante s que eu chegasse aos Esta
dos Unidos, por e xemplo , li descries de ste pas em livros.
S imilarmen t e , p o demo s encontrar nas escrituras v dicas
um a descrio dos planetas superiore s e do mundo e sp iri
tual . O yogI sabe de tudo ; ele pode se transferir a qualquer
planeta que queira , sem necessitar do auxflio de uma n ave
e spacial .
H muitos anos que os cientistas materiais vm ten
t an d o , ho de continuar tentando por cem ou mil anos
e

mai s , porm j amais chegaro a nenhum planeta. Pode ser


que um o u dois homen s consigam alcanar algum planeta
por inte rm dio de um proce sso cientfico , mas este no
o processo ge r al . O processo aceito geralme nte para
se transferir a ou tro s planetas a prtica do sistema de
yoga , ou o sistema jffttna. O sistema bhakti, entretanto ,
no feito para que nos tran sfiramos a algum planeta
mate ria l . Aqueles que se de dicam ao servio devocional de
K!I).a, ou o S enh o r Supremo , no esto interessados em
n e nh um dos plane tas de ste mundo material , porque sabem
qu e em qualquer que sej a o planeta ao qual nos elevam1os,
Variedades de sistemas planetrios 57

vamos ainda assim encontrar os quatro princpios da exis


tncia material . A durao de vida em alguns planetas
muito maior do que a durao de vida nesta Terra, mas
existe a morte . Aquele s que so conscientes de Krsna ,
entretanto , transcendem esta vida material d e nascim ei o ,
niorte , doena e velhice .
Vida espiritual que r dizer aliviar-se deste incmodo e
misria. Portanto , as pessoas que so inteligentes no ten
tam elevar-se a algum planeta deste mundo material . Os
homens esto tentando alcanar a lua, e, apesar de ser
muito difcil conseguir entrar nesse planet a , se conseguir
mos entrar realmente , o perodo de nossas vidas aumenta
r. claro que isto no se aplica vida neste corpo. Se
fssemos entrar na lua com este corp o , com certeza mor
reramos instan taneamen te .
Quando se entra num sistema plane trio , deve-se ter
um corpo adequado para este planeta. C ada planeta
habitado por entidades vivas com corpos adequados para o
planeta. Por exemplo : podemos entrar na gua com e ste
corp o , mas no podemos viver ali . Pode ser que permane
amos ali por quinze ou deze sseis horas, ou talvez por
vinte e quatro horas , mas isto tudo . No entanto , os
animais aquticos tm corpos p articulares, adequados
p ara viverem toda a sua vida na gua. S imilarmen te , se
tirarmos um peixe da gua e o colocarmos na terra ,
ele morrer instantaneamente . A ssim como compreende
mos que at mesmo neste planeta h diferente s e spcies
de corpos para se vive r em lugare s particulares, da mesma
forma, se quisermos ingre ssar em outro plane ta, teremos
que nos preparar para conseguir um corpo adequado .
Uma pessoa que se transfere e cuj a alma transmigra
para a lua por interm dio deste processo iguico , conse
gue uma longa durao de vida. Nos planetas superiores,
seis dos nossos me ses equivalem a um dia. De formas
que os sere s em tais planetas vivem por 1 0 .000 anos.
Esta a descrio dada na literatura vdica. Assim, no
resta dvida de que podemos conseguir uma durao de
vida muito longa, mas no obstante existe a morte .
Aps 1 0 .000 ou 20 .000 anos, ou mesmo aps milhes
de anos ( no importa) , vem a morte .
Variedades de sistemas planetrios 59

e sistemas alfan degrios . preciso se qualificar para se ir a


outros plane tas .
As pessoas consciente s de K ri:ia no esto inte re ssadas
em nenhum planeta temporrio , mesmo que sej a um plane
ta que oferea uma longa durao de vida. Se hora da
morte o yogT puder pronunciar "om a forma concisa da
",

vibrao transcendental , e ao mesmo tempo mam


anu smaran , lembrar-se de Kmia, Visnu , ele alcanar a
perfeio . O obj e tivo de todo o sistema de yoga concen
trar a mente em Visnu . Os irnpersonalistas imaginam que
vem a fomia de Vil) U , ou o Senhor , mas aqueles que
so pe rsonalistas no imaginam - eles vem realmente
a forma do Senhor Supremo . De qualquer modo , quer a
pessoa concentre sua mente atrav s da imagin ao , quer
vej a re almente , ela tem que concentrar sua mente na forma
de Visnu . Mlim significa ao Supremo Senhor Vis1:rn. Qual
quer pessoa que abandone e ste corpo e concentre sua mente
em Visnu ingre ssa no reino espiritual aps abandonar seu
corpo. A queles que so yogTs de verdade no desej am entrar
em nenhum outro planeta, porque sabem que existe vida
temporria nos planetas temporrios, e por isso n o
e sto interessado s . Isto inteligncia.
Segundo o Bhagavad-glt , as pe ssoas que se satisfaze1n
com felicidade temporria, vida temporria e facilidade s
temporrias no so inteligente s . A n tavat tu phalam te$am
tad bhavaty alpa-medhasam : "Uma pessoa cuj a substncia
cinzenta muito escassa se interessa p or coisas temporri
as." (Bg. 7 . 23) E sta a verso do Srlmad-Bhagavad-g7t.
Se eu sou eterno , por que me inte ressaria por coisas imper
manentes? Quem quer a existncia impermanente?
Ningum quer isso . Se e stamos vivendo num apartamento e
o dono da casa nos pe de para desocup-lo, en tristecemos,
mas no entristecemos se nos mudamos para um apartamen
to melhor. E sta en to a nossa inclinao . No desej amos
morrer porque somos eternos.
A atmosfera material e st nos rouban do nossa e te rni
dade . O Srlmad-Bhgavatam diz : "O sol diminui nossa
durao de vida, de sde o momento em que nasce at o
momento em que se pe . Dia a dia perdemos a durao
de nossas vidas. Se o sol nasce r s S :30 da manh, s
58 Fcil viagem a outros planetas

N a realidade , no estamos suj e itos morte . I sto


afirmado no comeo do Bhagavad-glt ( 2 . 20) : na hanyate
hanyamne iar"ire. Somos almas espirituais, e portanto
somos eternos. Por que , ento , deveramos nos sujeitar
morte e ao nascimento? inteligente pensar assim. A s
pessoas que so conscientes d e Ki:ia so muito inteligen
tes porque no e sto interessadas em conseguir promoo
a nenhum planeta onde haj a m orte , mesmo que em tal
planeta a durao de vida sej a longa. Elas querem, ante s ,
obter u m corpo igual a o corpo d e Deus. livarah paramah
km:iah , sac-cid-nanda vigrahah. (B s. 5 .1) O corpo de Deus
sac-cid-nanda. t significa eterno e cit significa pleno
de conhecimento . A nanda significa pleno de prazer.
C omo declaramos em nosso panfleto " K rn a , o re ser
vatrio de prazer" , se nos transferirmos ao mundo e spiri
tual , ao planeta de K IJ ou a qualquer outro planeta
e spiritual , ento obteremos um corpo similar ao corpo de
Deus : sac-cid-nanda - e terno , pleno de conhecimento
e pleno de bem-aventurana. Assim, as pe ssoas que tentam
ser conscientes de Kmia tm um o bje tivo na vida diferente
do objetivo das pessoas que tentam promover-se aos plane
tas melhores que existem neste mun do material . O Senhor
Kmia diz (Bg. 8 .1 2) : mrdhny dhytmanaf.z pr1Jam
sthito yoga-dhra(lm : "A perfeio da yoga tran sfe rir
se ao mundo espiritual . "
A alma e spiritual uma partcula diminuta que se
encontra dentro do corpo e que no podemos ver. Pratica
se o sistema de yoga para se elevar a alma at a parte supe
rior da cabea. E sta prtica acontece enquanto a pessoa
vive , e a pessoa alcana a perfeio quando consegue se
colocar na p arte superior da cabea e da fazer a travessia.
Ento ela pode se transferir a qualquer um dos planetas
superiore s que quise r . Esta a perfeio do yogl.
Se o yogl tiver a curiosidade de ver a lua, ele poder
dize r : "A h ! Deixe-me ver como a lua . Depois vou me
transferir a plane tas superiores'', assim como o s viaj antes
que vo Europa, C alifrnia, ao C anad ou a outros
p ases sobre a Terra. Uma pessoa pode se transferir a
muitos planetas por interm dio deste sistema de yoga ,
mas a qualquer parte que for encontrar sistemas de visto
60 Fcil viagem a outros planetas

5 :3 0 da tarde te remos p e r di d o doze ho ras da durao de


nossas vi das. J amais conseguiremos este tempo de volta.
Se d is serm o s a algum cientista : "Dou-lhe doze milhes
d e cruzeiro s . Por favor, devolva-me estas doze horas",
ele responder : "No, no possvel." O cientista no
po d e r faz -lo . Por isso , o Bh.gavatam diz que a durao
de nossas vidas diminui de sde o nascer do sol at o pr do
sol.
O t e m p o chamado kla - passado , presente e futuro.
O que agora pre sente , amanh se r passado ; e o que
ag o ra futuro , amanh ser presente . Por m, c s t e s passado,
presente e fu tu ro so o passado , p resen te e fu t u ro do corpo.
N o pertencemos categoria do passado , p rc se n t e e futuro .
Pert e n cemos c a te go ri a da eternidade . Por conseguinte ,
devemos nos pre o cupar em como alcanar ou como nos
elevar plataforma da e ternidade . D evemos utilizar a
con sci n cia desenvolvida do se r humano , n o nas propen
se s a n im a i s ( come r , dorm i r , acasalar-se e defende r-se) , mas
s i m na bu sca do c am i n h o precioso que nos ajudar a obter
e s t a vi d a de eterni dade . D i z- se qu e o sol est tirando a
d ur a o de nossa v i d a - a cada minuto , a cada hora, a cada
dia - mas se nos de dicarmo s aos tpicos de Uttama-slo ka,
os t p i co s d o Senhor , e ste tempo n o pode r ser tomado.
O tempo qu e u m a p e sso a dedica a um templo da conscin
cia d e Kr:m a n o pode se r tomado . Passa a ser uma van
t ai;em - um mai s , no um menos. Quanto ao corpo , a
dura o da vi d a p o de ser tomada; por mais que se tente
mant - l a int a c t a ningum pode faz-lo. Mas a e ducao
e spiritual que re ce bemos na conscincia de Krry.a, esta
o sol no pode tirar : ela s e torna uma vantagem slida.
C antar Hare KrJ.la, Ha re Kri:ia, K rr:ia Kri:ia, Hare
H are/ H are R m a , H are Rma, Rama Rama, H are Ha r e
u ma coisa muito fcil de fazer. O tempo que gastamos
c an t ando n o pod e ser tirado como o tempo que perte n ce
ao corpo . H c i n q e nt a anos atrs eu era um j ovem, mas
e s te t e mpo foi tomado e n o pode se r restitudo. O conhe
c i m ento espiritual que rece b i de meu mestre espiritual ,
e n t re tan to , n o poder ser tomado , sen o que ir comigo.
Me sm o de pois que e u abandonar este corp o , e ste
c o n h ec i m e n to vir comigo ; e se alcanar a perfeio nesta
Variedades de s iste mas planetrios 61

vida, e nto vai me levar p ara a morada e t e rn a .


T an t o o mun do mate ri al quanto o mundo e spiritual
p e r tencem a Krsna. N s n o somos p rop rie t rios de n ada.
Tudo prop rie dade do Senhor S u p remo , assim como tudo
que existe no Estado pertence ao gove rno , que r e stej a na
priso , quer fora da priso . A vid a con dicionada assim
como viver numa priso neste m u n do m aterial. Um p risio
neiro no p ode mu d ar livremente de uma cela p ara outra.
N a vida livre pode -se ir de um lar para o u tro , mas n a vida de
priso no se p o de faze r isto ; tem-se , isso sim , que permane
cer na prpria cela. T o dos e sses planetas s o como celas.
E stamos ten tan d o ir lua, mas n o algo p rtico de se r
feito atrav s de meios mecnico s . Q u e r sej an10 s ame rican o s ,
indian o s , ch ineses ou russos, re cebemos e ste plane ta p ara
nele vive rmo s . N o podemos deix-lo - embora haj a
milhe s e b ilhes d e planetas e embora tenham o s mquinas
com as quais p o demos deix-lo - po rque e stamos condi
cionados pelas leis d a natu rez a , as leis de D e u s . Um homem
que colocado numa cela dete rminada n o p o de mu dar
vontade sem a au toridade superior . Krsna diz no Bhagavad
g7t que no deve m o s tentar mudar de urn a cela p ara outra.
I sto n o vai fazer ningum feliz . S e um prisioneiro pensa :
"Estou nesta cela - mas vou pedir ao carcereiro para
mudar de cela e a serei feliz " , e sta uma idia e rrada.
Uma p essoa n o pode ser feliz e n quanto se en contra confi
nada por trs d as pare des da priso . E s t amos ten tando se r
felizes mu dan do de celas - do capitalismo para o comunis
mo . D evam o s o bj e tivar nos livrar deste " i sm o " e d aquele
"ismo " . Temos que mudar comple tamente deste "ismo"
de materialismo , e a poderemos se r fe lize s . E ste o p ro
grama da conscincia de Krna.
R e cebemo s conselho da Pessoa Suprema. Ele Jiz :
"Meu querido A rj una, voc pode se elevar ao s i s t e ma
plan e trio m ais e levado , que se cham a B rahmaloka e que
de sej vel po rque ali a vida muito longa . " N o p o demos
nem sequer calcular a durao de meio dia ali . E st alm
de nossos clculos matemticos. M as at em B rahni aloka
e xiste a mo rte . Por isso , Krsna diz : "N o desperdice seu
tem p o , tentan do ele var-se o'u' t ransfe ri r-se deste planeta
para aquele plane t a . "
62 Fcil viagem a outros planetas

As pess o a s q ue t e n h o v i s t o na A m r i c a e s t o mu ito
i n q u ie tas. E l a s m u da m de u m a p a r t ame n t o para o u t r o apar
t am e n t o , o u d e u m p a s para o u t ro p a s . Esta i n qu ie t u de
existe porque escamas buscando nosso lar ve rdade i r o . Se
formos deste lugar p ara aquele lugar no vamos conseguir a
vida eterna. A vi da e te rn a com Ki:ia. p or isso que
K!i:ia diz : "Tudo Me pertence , e Eu possuo a morada super
excelente , que se chama Goloka Vndvana." Algum que
queira ir at e ssa morada tem simplesmente que se tornar
consciente de K ri:ia e tentar compreender como K ri:ia
aparece e desaparece , qual Sua posio constitucional ,
qual nossa posio constitucional , que relao temos com
Ele , e como viver . Tentem simplesmente compreender e stas
idias cientificamente . Tudo na conscincia de Krsna
cientfico . No falso , caprichoso , sentimental , fantico ou
imaginativo. verdade , fato, re alidade . Temos que compre
ender Ki:ia de verdade .
Temos que abandonar e ste corpo , voluntaria ou invo
luntariamente . Chegar o dia em que teremos que nos sub
meter s leis da natureza e abandonar este corpo. A t mes
mo o pre sidente Kenne dy em seu cortej o teve que se sub
meter lei da natureza e trocar seu corpo por um outro
corpo. Ele no pde dize r : "Oh ! eu sou o pre sidente ; sou
o senhor Kennedy . N o posso fazer isto ." Ele foi obrigado
a faz-lo. assim que a natureza funciona.
N ossa consci ncia humana desenvolvida tem como
objetivo compreender como funciona a n atureza. Alm
da conscincia humana, h conscincia nos ces, nos gatos,
nas lagartas, nas rvore s , n as aves , n as bestas e em todas as
as outras espcies. M as no estamos destinados a viver
com esta conscincia . O Srlmar.1-Bltiiga vatam d i z que a p s
muitos e muitos nascime n tos a l c a n a m os a fo rm a h u m a n a
de corpo . Agora no d e ve m o s u t i l i z - l a mal . P o r favor,
utilizem esta vida humana p ara dese n v o lve r a conscincia
de Kri:ia e sej am felizes.
O AUTOR

Sua D ivina Graa A . C . Bhaktivedanta Swami


Prabhupada apare ceu neste mundo no ano de 1 896 em
C alcut, n dia. Ele se encontrou pela p rime ira vez com
seu mestre e spiritual , S rl la Bhaktisiddhnta Sarasvafi
Gosvmi , em C alcut no ano de 1 92 2 . Bhaktisiddhnta
S arasvafi , um preeminente erudito devocional e o fun
dador de sessenta-e -quatro Gaudiya M athas ( institutos
vdicos) , gostou deste jovem e ducado e convenceu-o
a dedicar sua vida a ensinar o conhecimento v dico . S rlla
Prabhupda tornou-se seu discpulo e onze anos mais tarde
( 1 93 3) em Allahabad tornou-se seu discpulo iniciado em
carter formal.
No prime iro encontro que tive ram em 1 92 2 , S nla
Bhaktisiddhnta S arasvati T hkura pe diu que S rT la
Prabhupda difundisse o conhecimento v dico atravs da
lngua ingle sa. Nos anos que se seguiram, S rlla Prabhupda
e screveu um comentrio sobre o Bhagavad-gt, ajudou a
Gaudiya M atha em seu trabalho e , em 1 944 , sem ajuda de
ningum, dava incio a uma revista quinzenal em ingl s ,
redatando-a, datilografando os manuscritos e revisando a s
provas. Ele prprio distribua os exemplares individuais
gratuitamente e lutava para manter a publicao . De sde
ento , a revista continua sendo publicada ininterrup
tamente ; agora no O cidente os discpulos de S rila
Prabhupda continuam a public-la em dive rsas lnguas .
Reconhecendo a erudio filosfica e a devoo
de S rl la Prabhupda, a S ociedade Gaudi:ya Vair:iava
honrou-o em 1 94 7 com o ttulo "Bhaktive danta" . Em
1 950, aos cinqenta e quatro anos de idade , S nla
Prabhupda re tirou-se da vida de casado , e quatro anos
mais tarde adotou a ordem vnaprastha (retirada) da
vida a fim de dedicar m a i s te m p o a se u s e s t u do s e e se ri tos .

63
64 Fcil viagem a outros planetas

Srl l a Prabhupda viajou para a cidade santa de Vmdvana,


onde viveu de maneira muito humilde no templo me dieval
histrico de Rdha-Dmodara. Ali ele se dedicou durante
vrios anos a e studar profundamente e a escrever. Aceitou
a ordem renunciada da vida (sannysa) em 1 95 9 . Em
Rdha-Dmodara, Snla Prabhupada comeou a trabalhar
na obra-prima de sua vida : uma traduo em muitos
vol umes com comen trios aos dezoito mil versos do
Simad-Bhgavatam (Bhgavata-Purlfa) . Escreveu tambm
o Facil viagem a outros planetas.
Aps publicar tr s volumes do Bhgavatam, S rl la
Prabhupda foi p ara os Estados Unidos em 1 965 , para
cumprir a misso de seu me stre espiritual . Desde e ssa
poca, Sua Divina G raa tem escrito cerca de quarenta
volumes de tradues , comentrios e estudos sumrios
autorizados sobre os clssicos filosficos e religiosos da
fodia.
Quan do em 1 965 chegou pela p rimeira vez cidade
de Nova York num navio de carga, Srila Prabhupda no
tinha praticamente um tosto . Foi s depois de quase um
ano de muita dificuldade que ele fun dou a Socie dade
I nternacional para a C on scincia de K ri:ia em j ulho de
1 966. Sob sua orientao cuidadosa, dentro de uma dcada
a S ociedade desenvolveu-se numa confe derao mundial
de quase duzentos sramas, escolas, templos, institutos
e comunidades rurais.
Em 1 96 8 , Siila Prabhupda criou Nova Vrndvana ,
uma comunidade vdica expe rimen tal nas colinas d a
Virgnia O cidental . Inspirados pelo xito de Nova
V rndvana, agora uma prspera comunidade rural com
mais de mil acres , seus discpulos desde ento tm fundado
dive rsas comunidades similares em todo o mundo.
Em 1 97 2 , Sua Divina G raa introduziu o sistema
v dico de educao primria e secundria no Ocidente ao
fundar a primeira e scola Gurukula em Dallas , Texas.
A escola comeou com tr s crianas em 1 9 7 2 , e no comeo
de 1 975 j tinha 1 5 0 crianas matriculadas. A tualmente ,
h dive rsas outras escolas Gurukula em vrios pase s, inclu
sive no B rasil.
Sri1a Prabhupda tambm inspirou a construo de um
O Autor 65

grande centro in ternacion al em S rl dhma M ypura na


B e n gala Ocidental , fo d i a , onde se pl anej a tambm construir
um I n stituto de E studo s V dico s . O magnificente T emplo
de K m1 a-Blarama e a C asa I n te rnacional de H spede s ,
em Yrn dvan a , Ii. dia, so dois proj e tos similare s . Nestes
'
centros os ocidentais pode r o vive r de modo a obter a
prime i ra e x p e r i n c i a da c ultu r a v d i c a .
N o e n tan to , a contrib uio m a i s sign ificat iva de S rTla
P r ab h upda se u s l ivros. A l t ame n te re spe i t a d a pela
c om uni dade acadmica, dada a sua autoridade , profun di
dade e clareza, estes livros so usados como livros didticos
n ormativos em nume rosos cursos unive rsit .- io s . Os e scrito s
de S ril a Prabhupda tm sido t raduzidos p ara mais de
vinte l nguas . E stabelecida em 1 9 7 2 e xclu sivame nte p ara
publicar as o b ras de S u a D ivin a G raa, a B haktive danta
B ook T rust torno u-se assim o maior publicador mundial
de livros no campo da religio e da filosofia in dian as .
O ltimo proj e t o desta e ditora a publica o da o b ra
mais recente de S rll a P rabhupda : deze sse te vo lume s
de traduo e comentrio - comple tados p o r S rT ia
Prabhupda em apenas dezoito mese s - ao clssico
religioso bengali SrT Caitanya-caritmrta.
S rTla Prabhupda sempre viaj o u por todas as p arte s
do mundo , dando confe r ncias so b re a conscincia de
K r? n a e aj u dando seu s discpulos na administra o da
S o c ie dade e no fome nto de novo s proj e to s . Ele sempre
e screve u prol ificame nte , e suas o b ras constituem uma
verd adeira biblioteca de filoso fi a , religio , lite ratura e
cultura v dicas .
GLOSSRIO
A ar pralq: ti - energia inferior ou material.
Astga-yoga - a arte materialista atr avs d a qual se centro-
.

lam os ares do corpo para se poder transferir a


qualquer planeta que se desej e .
A vidy - nescidade .
Bhagavn - o opulento , o ser vivo que o manancial de
todas as energias.
Bhakti-yoga - servio devocional amoroso a Km.ia - a ativi
dade da energia superior.
Bhva - apego , a fase anterior ao am o r a Deus.
Brahm - o primeiro se r vivo no mundo material criado , a
deidade que preside este universo.
Brahman - refulgncia que eman a do corpo transcendental
do Senhor Kmi.a.
Brahmajyoti - a refulgncia corpre a espiritual de Kmia.
Brahma-pada - ocupao do posto de B rahm.
Brahma-randhra - orifcio situado na parte superior do
crnio . Elevando a fora vital at o brahma
randhra, um yogl pode deixar os corpos grosseiro
e sutil e alcanar os planetas Vaikuntha transcen-

dentais.
Dhuma - quinzena escura e sem lu a . Aqueles que morrem
durante este perodo oportuno para a morte
podem elevar-se a planetas superiores, apenas para,
aps a morte , voltarem novamen te ao planeta
Terra.
Gw:ias - os modos da natureza.
Hare - uma forma de se dirigir energia do Senhor_
Jiva - o e sprito vivo , ou fora vital.
Kla - tempo etern o .
Par prakft i - forma superior d e ene rg ia que cria o mundo
antimaterial .
Paravyoma - o variado sistema pl anetrio espiritual que
compreen de a m aior parte ( trs quartos) da
energia criadora do Senhor Supremo. Tambm
chamado Vaikut:1{haloka.
Pitrs - antepassados falecidos.

67
68 Glossrio

Prathra - o processo at rav s do qual se fe cham todas as


portas do s sentidos e se fixa a me nte n o co rao
e o ar vi tal na parte superior da c abea, estabele
cendo-se assim e m yoga.
Rajas - o m o do material da paixo .
Sanatana - eterno , aquilo que n o tem nem comeo nem
fim.
Sanatna-dhama - a n ature z a eterna, o cu antimaterial que
se e nc on t ra alm do unive rso mate rial .
Santana-dhanna - a n atu re z a eterna do se r vivo : pre star
servio.
Silkhyas - e spe cul a d ore s que examin am minucio same nte os
princpios materiais com anlise s e sntese s .
Sattva - o modo material d a b o n d ade .
Satyaloka - o plan e ta mais elevado do mundo mate rial .
Tambm chamado B rahmal oka .
Siddhaloka - plane tas de sere s materialmente p e rfe itos que
tm plenas c ap ac id ad e s de controlar a gravi d ade , o
espao , o tempo , e tc .
Soma-rasa - uma bebida celestial que se bebe n a lu a .
Iamas - o modo material da ign o rn c ia .
Uttaryana - pe r o do em que o sol passa em direo ao lado
se te n t rio n al , e m que as deidades do fogo e da
refulgncia con trol am a atm o sfera, o momento
op o rtuno para pe sso as que compreendem a trans
cend n cia ab andonarem seus c o rpos mate riais
e alcanarem o mu ndo an timate rial .
Vaikur.ihaloka - Veja Paravyoma.
Vibhti-bhinnam - dote variado especfico pelo qual cada
plane t a tem sua prpria atmosfera, tornando
n ecessria a tra n sform ao corprea ou p sicolgica
p ara que o o rgan ism o de um planeta se adapte
vi da emou tro p lan e ta .
Viumiirti - a fo rm a d e V i i:iu .
O BHA6AUAD-61TA
Gama Eh
A voz da sabedoria parece falar em muitas lnguas,
atravs de muitas eras - do chins de Lao-ts ao ingls
de Shake speare , do arbico de M aom ao alemo de Hegel .
Voc ficaria um tanto de sanimado se tentasse encontrar
a Verdade Absoluta lendo tudo que h p ara ler.
M as, e se um livro dissesse tudo - tudo que voc
sempre quis saber sobre a C riao csmica, os mistrios
do Tempo, as influncias do Karma, o Eu inte rior, e o
Ser Supremo , Deus?
E se este livro fosse o mais renomado guia sobre o
e spiritualismo do mundo , uma traduo repleta de
ilustraes e de leitura muito acessvel - o B hag av a d gi t?
-

O BHAGAV AD-G iT COMO ELE - 822 pginas, 44


ilustraes coloridas, traduo para o portugus e coment
rios extensos de Sua Divina Graa A .C . Bhaktivedanta Swam1
Prabhupda.
Um lanamento da B haktivedanta Book Trust .
Rua Pandi Calgeras , 54 - 0 1 .5 2 5 - Liberdade - Fone : 2 79-349 7
CENTROS DA I S KCON N O BRASI L.:

Se vo c t am b m quiserpraticar bhakti-yoga
faa uma visita in formalou e s c re v a p e din do mais
informaes a qualquer um dos nossos centros
no B rasil. Damos aulas gratuitas todos os
di as s 1 9 :00, e aos do m i ngos celebramos um
fe stival transcenden tal s 16 :00 - com aulas de
de te atro ,
yoga e filosofia o riental , peas
danas, msica o ri en tal e um delicioso banquete
vegetariano - tudo de graa.

So Paulo
R ua Pandi C alge ras , 54
O 1 .5 25 - Libe rdade
Forre : 279-3497
Rio de Janeiro
E s t ra d a Velha da T ij uca , 1 02
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Belo Horizonte
Rua A r ax 9 1
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F one : 44 2- 1 8 1 0
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Rua Alvaro A dorno, 1 3
B rotas - 40 .000
F one : 244- 1 07 2
Recife
R ua Le onardo Arco Ver d e , 2 1 1
B airro M adale na -5 0 .000

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