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Abstract:
This article presents the main difficulties faced by Science teachers in the Public
Education System in the State of Paraná when working with experimental activities
combined with theoretical classes. The goal is to help government officials and
teachers to reflect about possible solutions to the difficulties mentioned in this study.
The research was developed with the participation of only one Science teacher, in
three classes of 7th grade students from Elementary School at Colégio Estadual
Antonio e Marcos Cavanis, in Castro, Paraná (of a total of 105 students). The
methodology was developed in three phases: experimental activities (developed
between teacher and students); developing of experiments and the construction of
anatomical models by students. After the evaluation, the results of the research
indicated lack of time to carry out the experimental activities, students indiscipline,
precarious materials, lack of appropriate space and human resources, among the main
difficulties.
Introdução
O ensino de Ciências, em sua fundamentação, requer uma relação
constante entre a teoria e a prática, entre conhecimento cientifico e senso
comum. Estas articulações são de extrema importância, uma vez que a
disciplina de Ciências encontra-se subentendida como uma ciência
experimental, de comprovação científica, articulada a pressupostos teóricos, e
assim, a idéia da realização de experimentos é difundida como uma grande
estratégia didática para seu ensino e aprendizagem. No entanto, não deve ser
encarada como uma prática pela prática, de forma utilitária e sim uma prática
transformadora, adaptada à realidade, com objetivos bem definidos, ou seja, a
efetivação da práxis. (KOVALICZN, 1999).
Especialistas em didática das ciências com freqüência fazem
críticas ao trabalho com experimentação, sobretudo, ao que é desenvolvido
nas escolas. Apesar das literaturas contrárias ou favoráveis, todas apresentam
em comum a idéia de que as atividades experimentais, quando se destinam
apenas a ilustrar ou comprovar teorias anteriormente estudadas, são limitadas
e não favorecem a construção de conhecimento pelo aluno. O fato ocorre
especialmente quando a maior parte do tempo dedicado às aulas em
laboratório é para a manipulação de aparatos e realizações de medições, tais
como pipetar, calibrar instrumentos, preparar soluções, entre outros, práticas
essas que pouco contribuem para o relacionamento do aluno com a sociedade.
Segundo Delizoicov e Angotti (1991, p. 22): “Na aprendizagem de
Ciências Naturais, as atividades experimentais devem ser garantidas de
maneiras a evitar que a relação teoria-prática seja transformada numa
dicotomia”.
Arruda e Laburu (1998) compartilham dessa idéia quando afirmam
da necessidade de ajustar a teoria com a realidade, sendo a ciência uma troca
entre experimento e teoria, onde não há uma verdade final a ser alcançada,
mas somente a teoria servindo para organizar os fatos e os experimentos,
adaptando a teoria à realidade.
As atividades práticas que requerem do aluno uma atitude
mecânica nas etapas iniciais e o envolvimento cognitivo somente na fase final
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duas horas-aulas (tempo mínimo necessário na maioria das vezes para uma
aula em laboratório), e que as turmas em geral são numerosas (36 alunos), e
ainda, se dividirmos cada turma em dois grupos e utilizarmos uma hora-aula
para a realização da mediação didática, o professor terá usado todas as aulas
de Ciências da semana (três horas-aulas semanais), geralmente na abordagem
de um único tema em uma aula experimental.
Esta colocação ressalta que, para poder cumprir com o
planejamento curricular e ainda organizar as atividades experimentais, o
professor deve ter um bom cronograma, além do bom senso, para não se
dedicar somente a atividades experimentais, relegando a um segundo plano os
demais conteúdos teóricos, muitos deles fundamentais, no ensino de Ciências.
É oportuno lembrar ainda, que para realizar atividades
experimentais o professor de Ciências necessita conhecimentos técnicos
prévios e estar apto a manipular diversos tipos de vidrarias, equipamentos,
reagentes, substâncias tóxicas e contaminantes. Sabe-se que muitos na
graduação, nem sempre foram adequadamente preparados para exercer
atividades em laboratório, já que muitas vezes apenas participou das aulas
práticas de forma passiva.
Uma vez formado, já em sala de aula, esse professor tenderá a
reproduzir as atividades experimentais que aprendeu, inclusive debatendo-se
na transposição didática, isto é, tornar o conteúdo com um nível de
entendimento compatível com a idade cognitiva dos alunos.
A partir destas reflexões, este artigo apresenta os resultados da
pesquisa realizada no decorrer do Programa de Desenvolvimento Educacional –
PDE no Paraná, em 2008, sobre atividades experimentais em laboratório de
Ciências, com a finalidade de verificar a viabilidade da realização de atividades
experimentais e as dificuldades que o professor de Ciências enfrenta para sua
realização em laboratório. Além do professor de Ciências, a pesquisa envolveu
alunos das 7ª séries do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Antonio e
Marcos Cavanis do Município de Castro- PR.
Metodologia
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Resultados e discussão
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3. Material:
a) Permanente:
- microscópio,
- bisturi ou lâmina de barbear,
- tesoura,
- lâmina e lamínula.
b) Descartável
- lâmina de barbear,
- bandeja de isopor,
- jornal,
- coxa de frango crua.
4. Procedimento:
- Os membros de cada equipe deverão pegar na coxa do frango e observar a consistência, cor
e localização dos tecidos.
- Observar o tecido que está sob a pele (aspecto de massa gelatinosa e transparente) e retirá-
lo puxando com as mãos (tecido conjuntivo frouxo).
- Retirar a pele e procurar a camada de gordura. Observar.
- Observar o feixe de tendões localizados na parte inferior da coxa, puxá-los e observar.
- Retirar a carne da coxa com o auxílio de uma lâmina de barbear e separar cada um dos tipos
de tecidos encontrados.
- Separar o osso, quebrá-lo com cuidado e observar seu interior.
5. Conclusão
6. Comentários ao professor:
- Alguns alunos poderão sentir repulsa pelo material e será preciso incentivá-los a participar
da prática.
- Partir a lâmina em duas partes para evitar machucados( cortes) nos alunos.
Fonte: BARROS, C.(1984); CRUZ, D.(1990); LOPES, P.C.(1996) ; LOPES, S.; MACHADO, A. (1995).
Adaptação: BUENO, R. (2008).
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3. Material:
a) Permanente
- Béquer
- espátula
b) Descartável:
- copos descartáveis
- tiras de glicofita.
- alimentos variados (bolacha, salsicha, maisena, arroz cozido, batatinha cozida)
4. Procedimento:
- cada aluno coleta sua saliva em copo descartável (tipo cafezinho) e deposita algum dos
alimentos triturados contendo amido. Verificar com a tira de glicofita
5. Conclusão
6. Comentários ao professor:
Essa atividade mostra que amilase salivar atuando sobre o amido contido nos alimentos e a
glicofita indica o teor de açúcar.
Fonte: BARROS, C.(1984); CRUZ, D.(1990); LOPES, P.C.(1996); LOPES, S.; MACHADO, A. (1995).
Adaptação: BUENO, R. (2008).
2. Assunto: Digestão
3. Material:
a) Permanente
- gral e pistilo,
- béquer (02 por equipe)
b) Descartável
- grãos de café (inteiros e moídos)
- papel filtro cortado em tira
- água quente e fria
4. Procedimento:
Divida o grupo em 05 equipes, cada equipe encarregada de uma tarefa.
Equipe 1: Coloque 03 grãos de café em cada béquer, em um deles coloque água fria e no
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Equipe 2: Coloque 03 grãos de café cortados pela metade, em cada béquer, e em um deles
coloque água quente e no outro coloque água fria. Aguarde.
(con
t.)
(co
nt.)
Equipe 3: Coloque 03 grãos de café quebrados em várias partes, em cada béquer, coloque
água fria em um deles e no outro coloque água quente. Aguarde.
Equipe 4: Moa bem os 3 grãos de café e coloque metade dele em um béquer e a outra
metade no outro béquer. Coloque água fria em um deles e no outro coloque água quente.
Aguarde.
Equipe 5: Coloque um pouco de café moído em dois béqueres e em um deles coloque água
quente e no outro coloque água fria. Aguarde.
Cada equipe coloca a tira de papel filtro em cada um dos béqueres e analisa o resultado.
5. Conclusão:
6. Comentários ao professor:
- Essa prática reforça a importância da mastigação e a influência da temperatura na absorção
dos nutrientes. As tiras de papel filtro fazem o papel do intestino delgado e por analogia os
alunos têm uma aprendizagem mais significativa sobre digestão.
- O café em grão é encontrado em lojas de produtos naturais.
Fonte: As autoras
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modo a facilitar a compreensão por parte dos alunos, e também para utilizar
materiais disponíveis e acessíveis, que possam gerar questionamentos e
reflexões sobre o assunto estudado, e não uma atividade experimental
espetacular somente, ou impactante.
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Conclusão
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Agradecimentos
Aos alunos que participaram da pesquisa, a direção e equipe
pedagógica, sempre comprometida com a boa formação dos alunos, pelo
espaço cedido; aos colegas pelos incentivos e a Secretaria de Estado da
Educação do Paraná pela oportunidade.
Referências
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