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Antropologia Da Dança

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OLIVEIRA, Victor Hugo Neves de.

Antropologia-Dança: Uma Discussão


Epistemológica. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba. Departamento
de Artes Cênicas (DAC/UFPB). Professor Adjunto da Universidade Federal da
Paraíba. Dramaturgo, Coreógrafo, Bailarino.

RESUMO: Este artigo busca estabelecer um estudo em torno das relações


estabelecidas entre antropologia e dança. Parto da questão “que tipos de
relações a antropologia estabeleceu ao longo dos tempos com a dança” para
pensar novas possibilidades de interação entre estas disciplinas. Para tanto,
busco traçar um panorama histórico sobre a dança como objeto antropológico e
propor uma nova perspectiva de se pensar a dança no ambiente das ciências
sociais. A esta nova perspectiva, eu denomino de antropologia-dança. A
antropologia-dança representa uma maneira misturada de compor formas (de
pensar e mover) que derivem tanto de concepções da dança como área de
conhecimento autônomo quanto da antropologia. A ideia é de que o corpo na
pesquisa se encontre, simultaneamente, no texto e fora do texto. Afinal, a
pesquisa etnográfica torna-se dispositivo para a composição coreográfica.
Assim, se enquanto antropólogo busco analisar danças e compor etnografias,
enquanto dançador busco analisar os materiais antropológicos e compor
coreografias. Esta proposta teórica, acerca da ideia da antropologia-dança, foi
amplamente desenvolvida em minha tese de doutorado intitulada Dançando com
Gonçalo: uma Abordagem de Antropologia-Dança. E, por isso, me utilizo do
arcabouço teórico explorado nesta pesquisa, das anotações e observações
sobre as danças produzidas em meu campo de pesquisa e também do
experimento coreográfico desenvolvido a partir das minhas etnografias para
fazer um convite: Vamos conversar sobre Antropologia-Dança?

PALAVRAS-CHAVE: Antropologia-dança, Experimento coreográfico, Etnografia,


Cultura.

ABSTRACT: This article seeks to establish a study around established


relationships between anthropology and dance. I start from the question "what
kinds of relations anthropology has established over time with dance" to think
about new possibilities for interaction between these disciplines. To do so, I try to
draw a historical panorama about dance as an anthropological object and
propose a new perspective of thinking about dance in the social sciences. To this
new perspective, I call it anthropology-dance. The anthropology-dance
represents a mixed way of composing (thinking and moving) that derive both from
conceptions of dance as an area of autonomous knowledge as well as from
anthropology. The idea is that the body in the research is simultaneously in the
text and outside the text. After all, ethnographic research becomes a device for
choreographic composition. Thus, if as an anthropologist I seek to analyze
dances and compose ethnographies, as a dancer I seek to analyze
anthropological materials and compose choreographies. This theoretical
proposal, about the idea of anthropology-dance, was extensively developed in
my doctoral thesis titled Dancing with Goncalo: an Approach to Anthropology-
Dance. And so, I use the theoretical framework explored in this research, the
notes and observations on the dances produced in my fieldwork and also the
choreographic experiment developed from my ethnographies to make an
invitation: Let's talk about Anthropology-Dance?
KEYWORDS: Anthropology-dance, Choreographic experiment, Ethnography,
Culture.

O artigo aqui proposto busca analisar a ideia da dança como contexto.


Um contexto que se relaciona com os diálogos estabelecidos entre
tradição e inovação. Um contexto plural.
Por isso, ao longo deste artigo, não me preocupo com a questão: o que é
dança.
Os sentidos da dança variam.
E a definição da dança como fenômeno cultural não pode ser dada a priori.
É uma definição que deve ser construída a partir das relações que são
estabelecidas entre pesquisadores e pesquisados no campo da experiência
etnográfica.
Por este motivo, desejo investigar, os fatores que produzem a dança e os
fatores que a dança produz na esfera da vida social para compreender os
sentidos atribuídos à dança em diferentes contextos.
Por este mesmo motivo, busco refletir sobre quem dança, de que modo
as pessoas dançam, quem aprecia a dança, de que modo as pessoas apreciam
a dança e, sobretudo, o que as pessoas estão fazendo, a partir do seu ponto de
vista, quando aos meus olhos dançam?
A meu ver, o interesse por estas questões pode revelar alguns
comportamentos de dança. E, a partir destes comportamentos podemos
investigar o que as pessoas fazem e como elas compreendem [ou pensam que
compreendem] o que fazem.
O interesse deste texto forma-se, portanto, a partir da dança e das
narrativas sobre a dança como fenômeno cultural.
Entretanto, se por um lado, esta pesquisa busca compreender a dança
como cultura a partir de uma abordagem antropológica; por outro lado, ela busca
fazer um caminho diferenciado e inverso.
Desejo, através deste projeto, organizar ideias e roteiros de dança a partir
de trabalhos etnográficos.
O problema central deste artigo encontra-se, portanto, na questão: como
construir a partir do trabalho etnográfico um empreendimento que se baseie
numa construção corporal e coreográfica da experiência?
Deste modo, este projeto representa um esforço em fazer com que a
etnografia se transforme em dança. O objetivo é partir dos escritos etnográficos
para compor a partir deles roteiros coreográficos.
O que desejo não é tornar a experiência etnográfica em algo corporificado.
Mas, dançado.
Uma dança que se baseie nas histórias inseridas nas pesquisas de
campo, organizadas em entrevistas, observações participantes, diários da
experiência, etc.
Desta maneira, o projeto aqui proposto se justifica por criar pontos de
contato entre duas áreas de conhecimento extremamente relevantes para
compreensão do homem e suas práticas culturais: a dança e a antropologia. E,
com isso, modela novas possibilidades de discussões epistemológicas.
Assim, se por um lado, este projeto busca aproximar os estudantes e
pesquisadores de teatro e dança, interessados nas questões do corpo em cena,
de abordagens de interpretações antropológicas. Por outro lado, ele gera um
ambiente de pesquisas artísticas, a partir dos materiais organizados durante as
pesquisas de campo.
Me utilizo, portanto, do lugar da pesquisa de campo para o
desdobramento das questões performáticas. E, é aí, que se encontra a grande
relevância do projeto proposto.
Parto, portanto, da hipótese de que as etnografias podem ser encenadas
e podem ser estruturadas como roteiros dramatúrgicos. E, a partir disso, elaboro
uma provocação antropológica sobre a estruturação das experiências em campo
de pesquisa como arranjos ficcionais: construídos e modelados.
A ideia da etnografia como uma possibilidade de arranjos ficcionais não é
nova.
A obra de Geertz (1989) já defendia a associação da etnografia com a
ficção, ou seja, com um conceito de narrativas organizadas. O autor utilizava a
etimologia da palavra ficção, fictio, para indicar que o fato da etnografia ser como
uma ficção não queria dizer que as etnografias fossem falsas e não-fatuais, mas
construídas e modeladas.
Além de Geertz, outros autores, afirmaram o espaço da ficção dentro da
experiência etnográfica. James Clifford (2008) considerou a prática etnográfica
como um lugar de cruzamento criativo, uma prática organizada em torno de uma
ficção que é o campo. Eduardo Viveiros de Castro (2002) identificou uma espécie
de jogo de ficção etnográfica no fazer antropológico. Roy Wagner (2012)
reconheceu a relevância dos antropólogos investirem a imaginação no trato com
o mundo da experiência vivida e Strathern (2013) caracterizou a revelação dos
diferentes contextos que operam a narrativa etnográfica como uma ficção
persuasiva.
A diferença que se estabelece entre mim e estes autores é a cena.
Busco propor a partir deste projeto, investigações onde as ficções que são
as etnografias sejam encenadas e/ou dançadas.
Procuro estimular a organização das etnografias como representações
cênicas.
Não apenas identifico as etnografias como ficções, mas proponho que
elas criem encenações.
As etnografias são, portanto, o ponto de partida para as composições
cênicas e coreográficas que se pretendem elaborar a partir deste artigo.
O esforço está em representar coreograficamente as situações
etnográficas.
Um esforço que denomino de antropologia-dança.
O desafio, portanto, é estruturar mais do que uma antropologia da dança.
E, sim uma antropologia com dança: uma antropologia-dança.
O que desejo com este projeto é colocar a dança em relação com a
antropologia e problematizar o lugar de objeto que historicamente a ela foi
delegado.
Deste modo, penso numa etnografia da dança que articule sistemas de
organização de pensamentos tanto artísticos, quanto antropológicos; assim
como, penso num processo de composição em dança baseado na experiência
etnográfica e em perspectivas artísticas. Afinal, além de entrevistas,
observações participantes e narrativas organizadas a partir das danças, a
investigação aqui proposta opera com laboratórios de movimento que envolvam
aspectos de composição e decomposição, estratégias de elaboração
dramatúrgica, atualização dos fatores expressivos de execução do movimento a
partir dos textos e organizações de pensamentos sobre a cena.
A busca é pela produção de etnografias que partam da dança.
Mas, igualmente, pela produção de danças que partam das etnografias.
Desta forma, a partir da experiência que se vive em trabalho de campo,
sigo a sugestão de James Clifford (2008) de elaboração de uma etnografia
surrealista para questionar o lugar teórico do dualismo estabelecido entre
pesquisador/pesquisado e realizar uma etnografia cujo potencial criativo se
estabeleça na procriação de híbridos.
Um híbrido que batizo de antropologia-dança.
A dança como objeto de estudo antropológico tem encontrado
abordagens distintas ao longo dos tempos. Em verdade, a área da antropologia
da dança se define como campo de estudos entre os antropólogos a partir dos
anos 1960; entretanto, vale ressaltar que antes disso a dança já era utilizada
como objeto nas pesquisas antropológicas.
Um dos primeiros a fazer referência à dança foi o britânico Edward Evan
Evans-Pritchard, quando publicou em 1928 o texto intitulado “The Dance” na
revista Africa. Outros fundadores da antropologia social britânica como Radcliffe-
Brown, Malinowski e Raymond Firth fizeram igualmente referências à dança em
seus trabalhos.
Do outro lado do Atlântico, a maior representação do culturalismo, Franz
Boas trata a dança em seu livro “Primitive Art”. Sua filha, Franziska Boas que era
bailarina e terapeuta, organiza em 1942 o primeiro simpósio sobre a dança numa
perspectiva antropológica. No mesmo período, o casal Margareth Mead e
Gregory Bateson se interessam pela dança em suas análises fotográficas dos
balineses.
Na França, a dança é discutida nos trabalhos dos africanistas Marcel
Griaule e Michel Leiris e nos trabalhos de sul-americanistas Roger Bastide e
Pierre Verger. Esta sensibilidade francesa pela dança talvez seja proveniente do
interesse que os fundadores da Escola de Sociologia Francesa, Émile Durkheim
e Marcel Mauss, possuíam por esta arte.
É interessante observar, portanto, que o pensamento que se constrói
sobre a dança na perspectiva antropológica é o mesmo pensamento que se
constrói acerca do conceito de cultura.
Me parece, como aponta Oliveira (2016) que estes encontros entre dança
e cultura podem ser organizados, a partir das relações estabelecidas entre dança
e antropologia, ao longo dos tempos, em três empreendimentos epistemológicos
simplificados: i) o primeiro momento consiste na utilização da dança como
elemento capaz de ilustrar e comprovar determinadas teorias e generalizações
[dança e cultura]; ii) o segundo momento caracteriza-se por um enfoque da
dança, como fenômeno cultural ou um tipo de atividade social, cujas
particularidades devem ser observadas e analisadas por consistirem em
instrumental precioso para a pesquisa antropológica [dança na cultura]; iii) o
terceiro momento revela uma abordagem interdisciplinar, no processo de análise
do comportamento humano, agregando dança e antropologia como áreas de
conhecimento autônomas e afins [dança como cultura].
O primeiro momento pode ser compreendido como um exercício de
pesquisa que utiliza a dança para a comprovação de determinadas leis e
generalizações. Nestes estudos, a motivação para a observação da dança
encontra-se vinculada à investigação de rituais e, por isso, o que se busca é
exemplificar e ilustrar uma qualidade de comportamento representativa dos
estágios evolutivos do desenvolvimento intelectual humano.
Dentre os representantes dos estudos antropológicos que abordam dança
e cultura, com enfoque numa evolução de prática unidimensional, ou seja, a
partir de uma perspectiva evolucionista, encontra-se a figura de Sir. James
Frazer (1982) que insere o pensamento sobre dança em um esquema de
estágios de desenvolvimento unilinear das ações humanas. Entretanto, a grande
dificuldade desta forma de pensar a dança como um todo monolítico é que esta
proposta cria comparações e falsas dicotomias a partir de uma ideia baseada em
danças simples e complexas, ou ainda primitivas e não-primitivas como sugere
Hanna (1987). Além de não complexificar a questão do estudo da dança como
conhecimento.
O segundo momento pode ser apreendido a partir do compartilhamento
de parâmetros que situam a dança na cultura, ou seja, através de uma análise
da dança como um tipo de atividade social [tanto quanto a política, por ex.].
Um problema derivativo desta abordagem da dança na cultura é que se
estimula uma preconcepção da hegemonia da antropologia sobre a dança
[enquanto campo de saber]; outro problema é a atenção privilegiada que se dá
à manifestação da dança e seus objetivos na cultura em detrimento da vivência
da dança pelos indivíduos que se manifestam através da dança.
Como expoente desta abordagem destaca-se a figura de Franz Boas, que
adotou a questão da variabilidade cultural para analisar a dança na cultura. A
influência de Boas inaugura a possibilidade de se analisar a dança no contexto
do relativismo cultural.
O terceiro momento pode ser representado como a justaposição entre
dança e cultura, através do qual se percebe dança como cultura. Além disso,
compreende-se um modelo de competências epistemológicas distribuídas que
permite o estabelecimento de trocas e intercâmbios entre dança e antropologia
a partir de um aspecto interdisciplinar.
O enfoque desta abordagem antropológica da dança, que aqui eu nomeio
de antropologia-dança, não se encontra preso a um projeto de conhecimento
que busca explicar o contexto de produção da dança, mas se liberta para
aprofundar possibilidades de justapor contextos.
A precursora de uma abordagem da dança como cultura foi Gertrude
Prokosch Kurath [considerada como fundadora da etnologia da dança], ao
publicar o artigo Panorama of Dance Ethnology, no Current Anthropology (1960),
a autora deixa clara sua posição ante a necessidade de se reconhecer o estudo
etnográfico da dança como um ramo da Antropologia.
Em suas pesquisas, Gertrude Kurath analisava o perfil e o conteúdo da
dança a partir de parâmetros organizadores da ação corporal e, por isso,
aconselhava que o interesse antropológico pela dança se estabelecesse a partir
de um estudo sobre o agenciamento dos dançarinos no espaço, o estilo de
movimento do corpo, a estrutura do conjunto da dança e a descrição dos
fenômenos apreendidos nestas três esferas, inaugurando, com este
empreendimento o interesse pelas relações coreo-sociais.
Percebe-se, portanto, nas investigações propostas a partir da década de
1960, uma consideração e um reconhecimento dos elementos da dança como
conteúdos fundamentais da etnocoreologia o que inaugura os estudos da dança
como cultura e configura novas formas de relacionar antropologia e dança.
Inspiro-me, portanto, nas abordagens antropológicas sobre a dança
desenvolvidas a partir da década de 1960. Entretanto, o diferencial deste projeto,
é a revelação da própria etnografia como roteiro da cena. Este projeto de
pesquisa, portanto, procura analisar os movimentos corporais como montagens
e desmontagens socialmente construídas. Mas, para além desta análise, busco
aqui, encarnar a própria pesquisa sobre dança. Parto do conceito de Le Breton
(2006) de que nossa existência é corporal e de que isto transforma o corpo em
condição primeira de nossas relações com o mundo para pensar a dança e a
antropologia nas manifestações corporais diversas.
A antropologia-dança nasce, portanto, como uma proposta de diminuir
desigualdades e assimetrias entre dança e antropologia como áreas de
conhecimento. O objetivo é fazer com que à dança não seja atribuído unicamente
um valor de objeto de pesquisa. Afinal, se existe a dança observada em campo,
há igualmente a dança estabelecida como área de saber e conhecimento.
Por isso, durante o desenvolvimento de minha tese de doutorado em
Ciências Sociais na Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UniversitéParis-
Nanterre (2012-2016), busquei desenvolver uma metodologia de pesquisa que
pressupunha a organização da experiência etnográfica sobre a dança: a
produção de diários de campo, o desenvolvimento da observação participante,
a realização de entrevistas. Entretanto, para além disso, busquei organizar a
experiência etnográfica em formatos cênicos, estruturando em minha tese um
procedimento experimental que envolvia: pesquisas de movimento, através de
laboratórios de corpo; organizações dramatúrgicas e roteirização de cenas;
visionamento de vídeos e sistematização das experiências; produção de
narrativas e situações ficcionais a partir da pesquisa etnográfica, etc.
O resultado foi a execução de uma performance intitulada “As histórias
que eu ainda não contei”. Uma performance que me possibilitou ingressar em
circuitos de discussões epistemológicas por efetivar a transformação das minhas
etnografias em processos de encenação através da dança.
O meu corpo situou-se, simultaneamente, no texto e fora do texto. E, a
experiência de etnografar a dança se tornou em si mesma uma experiência,
potencialmente, coreográfica. Afinal, movimentos vistos foram experimentados,
gestos observados foram reproduzidos, coreografias filmadas não apenas foram
registradas em escritos e sistematizadas em esquemas como também
aprendidas, ensaiadas e atualizadas em estúdios de dança e salas de ensaios.
Em minha tese, a pesquisa etnográfica sobre dança ofereceu a
possibilidade de revelar dados não ao pesquisador, mas no pesquisador.
Pesquisar danças, em minha pesquisa, também tornou-se uma forma de
fazer danças. Um novo modo e uma nova possibilidade de compreensão sobre
a dança e a cultura, através dos processos criativos e poéticos. O que intitulei de
antropologia-dança.

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