Mesa Farta Pretagô: Afrotempos: Criação e Deslocamentos Em, Do Grupo (Porto Alegre, Brasil)
Mesa Farta Pretagô: Afrotempos: Criação e Deslocamentos Em, Do Grupo (Porto Alegre, Brasil)
Mesa Farta Pretagô: Afrotempos: Criação e Deslocamentos Em, Do Grupo (Porto Alegre, Brasil)
Mesa Farta
Imagem 1 – Da esquerda para a direita: Manuela Miranda, Bruno Fernandes, Laura Lima, Silvana Rodri-
gues. Registro do processo de criação de Mesa Farta, grupo Pretagô. Casa de Cultura Mário Quintana,
Porto Alegre-Brasil. Dezembro de 2019. Fonte: Foto de Anelise De Carli.
Exu matou um pássaro ontem com a pedra que só jogou hoje: afrofutu-
rismo, desordem e recomeço
Imagem 2 – Kyky Rodrigues (substituindo Silvana Rodrigues). Fonte: Foto de Thalles Matos.
Imagem 3 – Rasgando os contratos. Da esquerda para a direita: Camila Falcão, Laura Lima,
Bruno Fernandes, KyKy Rodrigues. (2023). Fonte: Foto de Thalles Matos.
Imagem 4 – Da esquerda para a direita: Silvana Rodrigues, Laura Lima, Manuela Miranda, Bruno Fer-
nandes, em Mesa Farta (2020), grupo Pretagô. Teatro Renascença, Centro Municipal de Cultura Lupicí-
nio Rodrigues, Porto Alegre-Brasil. Fonte: Foto de Anelise De Carli.
Imagem 5 – Da esquerda para a direita: Manuela Miranda, Bruno Fernandes, Laura Lima, Silvana Rodri-
gues, em Mesa Farta (2020), grupo Pretagô. Teatro Renascença, Centro Municipal de Cultura Lupicínio
Rodrigues, Porto Alegre-Brasil. Fonte: Foto de Anelise De Carli.
[...]
Na primeira resposta
Os bico já se assusta
Imagem 6 – Manuela Miranda (ao centro) como Medeia, Laura Lima (à esquerda), Silvana Rodrigues (à
direita). Mesa Farta (2020). Fonte: Foto de Anelise De Carli.
Tentar fugir das estatísticas das mortes coloca como desafio uma espé-
cie de invenção constante para a pessoa negra lidar com essa regra. A sensa-
ção de “escapar a todo instante” dos métodos de opressão carrega inclusive
uma capacidade de romper com o que se é para forjar um outro eu, capaz
de triunfar ante a sentença mortal. Ao longo do espetáculo, vemos corpos
brancos que despencam do teto em direção ao chão. A metáfora aqui apon-
ta para uma radical provocação: e se a colonização violentasse pessoas bran-
cas? E se o mundo fosse antibranco? Ao mesmo tempo, os corpos que des-
pencam do teto afirmam que um futuro para pessoas negras vivas, não abar-
caria a branquitude. Uma imaginação radical negra que existe por sobre o
corpo branco. Em Mesa Farta, esse afrotempo, a queda do corpo branco se
faz.
Imagem 7 – Silvana Rodrigues (ao fundo), Manuela Miranda (de costas). Mesa Farta (2020).
Fonte: Foto de Anelise De Carli.
Considerações Finais
Notas
1
Mais informações podem ser obtidas em https://www.grupopretago.com.
Acesso em: 02 jun. 2023.
Referências
Este texto inédito também se encontra publicado em inglês neste número do pe-
riódico.