A Cultura Da Graviola PDF
A Cultura Da Graviola PDF
A Cultura Da Graviola PDF
A CULTURA DA GRAVIOLA
" edljo
l'inIpr&Ssao (I995) 5000e~~res
:l- impressAo (2002) 500 exempllfes
3' itnpress30 (2004) 1 000 e~emplares
~'impresslo (2006) 1 000 exemplales
5' impresslo (2008) 1 000 exltmp(ares
ISBN 85-65007-591
1 GrawlU _ CullNO 2 GraIIIOII _ Prou:.Io I Silva. Euz~ Mtodrado
d. 11 EmIn~. CenIro de PeaquoU ~ dOI c."..oos (P\.touIh.
DF) 111 TUuIo IV. sen. coe 634 .,
C Embo"epaSPI 1995
Autores
Patrus Ananias
Ministro do Desenvolvimento
a
Social e Combate Fome
E_
5ilv;o eras/ana
Diretor-Presidente da
APRESENTAO
o mercado in/ormacional brasileiro carece de in-
formaes, objetivas e didticas, sobre a agricultura:
o que, como, quando e onde plantar, dificilmente
encontram respolla na livraria ou banca de jornal
mais prxima.
A Coleo Planlar veio para reduzir esta carn-
cia. levando a pequenos produtores , sitiantes,
chacareiros. donas-de-casa, mdios e grandes pro-
dutores, inclusive, informaes precisas sobre como
produzir hortalias, frutas e gros, seja num peda-
o de lerra do s;t;o, numa rea maior da fazenda,
num canto do quintal ou num espao disponvel do
apartamento.
Em linguagem simples, compreensvel at para
aqueles com pouco hbito de leitura, oferece infor-
maes claras sobre lodos os aspectos relacionados
com a cultura em foco : clima, principais varieda-
des, poca de planNo, preparo do solo, calagem e
adubao, irrigao, controle de pragas e doenas,
medidas preventivas, uso correto de agroqumicos,
cuidados ps-colheita, comercializao e coeficien-
tes tcnicos.
O Servio de Produo de lnformao-SPI, da
EMBRAPA, deseja, honestamente, que a Coleo
Plantar seja o mensageiro esperado com as respos-
tas que voc procurava.
Lucio Brunale
Gerente-Geral do SPl
Sumrio
Origem e histrico
Botnica
Clima e solo
A gravioleira a mais tropical das
anonceas, vegeta muito bem em climas com
temperaturas variando de 21C a 30C.
Altitudes de at 1.200m e precipitaes
superiores a 1.000mm anuais no parecem
ser problema para a gravioleira, desde que
no ocorram durante a frutificao. A geada
e as grandes oscilaes de temperatura so
os fatores climticos que mais limitam o
18
cultivo da graviola, que no suporta quedas
sbitas de temperatura a menos de l2 0 C.
exatamente na regio quente e mida do
semi-rido nordestino do Brasil e, sobretudo
com o uso da irrigao, que a graviola vegeta
e produz muito bem.
Em relao ao solo, a gravioleira
pouco exigente quanto ao fator fertilidade,
uma vez que mesmo nas areias quartzosas
nordestinas - solos pobres e cidos - seu
desenvolvimento notvel. Graas a seu
sistema radicular abundante, a gravioleira
adapta-se muito bem a diferentes tipos de
solo, embora requeira solos ricos em matria
orgnica, bem drenados e com pH
ligeiramente cido de 6.0 a 6.5. Apesar de
no possuir um sistema radicular com raiz
pivotante longa, semelhana de outras
fiuteiras, a gravioleira prefere os solos mais
profundos e de boa aerao, isto , sem
encharcamento.
19
Escolha da variedade
"
pomar de plantas dotadas de caractersticas
agronmicas desejveis.
No Nordeste brasileiro predomina a
gravioleira nordestina ou crioula de frutos
cordiformes (em forma de corao)
pesando entre 1,5 e 3,0 kg, com polpa mole,
doce a sub-cida . As gravioleiras
colombianas Morada, Lisa e Blanca
introduzidas pela EMBRAPAlCPAC em
1981, so excelentes. Dentre as trs, a
Morada a melhor, com rendimento de at
40 kg de polpa por planta/ano obtidos de
frutos grandes (3 a I Okg), de forma redonda
a cordiforme, polpa firme e sabor sub-cido
a cido. Outra caracterstica muito
importante da Morada sua menor
suscetibilidade ao ataque das brocas do
fruto e do tronco em relao aos outros
tipos. A Morada , assim, um dos tipos de
gravioleira mais indicados para explorao
comercial, no s por sua elevada produo,
22
como pela sanidade e qualidade de seus
frutos.
Propagao
-Garfo ou
Enxerto
A B c
Fig. 6. Enxertia.
Instalao do pomar
Preparo do solo - esta operao
compreende as mesmas etapas
recomendada s para outras espcies
frutiferas perenes. O desmatamento, o
encoivaramento e a queima dos restos de
madeira constituem, em linhas gerais, as
primeiras etapas da instalao do pomar.
A arao, a gradagem e a correo
do solo na profundidade de 30cm devem
33
ser feitas antes das chuvas, ou seja, dois a
trs meses antes do plantio. Todavia, antes
da arao e gradagem, deve-se analisar o
solo para determinar seu teor de
macronutrientes e de alguns micronutrientes,
bem como seu pH nas camadas de 0-30cm
e 30-60cm de profundidade. muito comum
a recomendao de cultivos anuais - a soja,
por exemplo - durante pelo menos dois
anos, antes do plantio das gravioleiras. Esta
recomendao baseia-se no argumento de
que o solo assim cultivado fica mais fcil de
preparar, alm de enriquecer-se com alguns
elementos quimicos. A infestao de ervas
daninhas, entretanto, um fator negativo
neste caso.
Quando o pomar irrigado, a anlise
do teor de CI, Ca, Mg, K, Na, sulfato e
bicarbonato, presentes na gua, bem como
de seu pH e de sua condutividade eltrica
(que depende dos sais presentes),
34
fundamental para o projeto de irrigao.
Deve-se tambm proceder localizao dos
canais de irrigao e ao estudo
altiplanimtrico (topografia do terreno)'da
rea, de modo que as curvas de nvel sejam
corretamente traadas.
Espaamento - O espaamento para
gravioleiras varia de 4m x 4m (625 plantas!
ha) at 7m x 7m (204 plantaslha). Contudo,
a deciso quanto ao espaamento pode
tornar-se um tanto complexa, uma vez que
ir depender de uma srie de fatores tais
como o tipo de gravioleira a ser plantada, a
topografia e fertilidade da rea, o tipo de
plantio - consorciado ou no, definitivo ou
temporrio - os tratos culturais e, finalmente,
as condies climticas da regio. Os
plantios quadrangular, retangular e triangular
so aptos a atender s peculiaridades desses
fatores. Quando o terreno topografica-
mente plano, recomenda-se o espaamento
35
quadrangular de 6m x 6m. Se a rea for um
pouco acidentada, o espaamento triangular
da r melhor resu ltado, sobretudo porq ue
contribui para evitar 05 problemas de eroso
que costumam ocorrer nesse tipo de terreno.
Em solos fne is, principalmente os
ricos em matria orgnica, as graviole iras
apresentam desenvolvimento vegetativo
exagerado, razo pe la qual o espaamento
no deve se r inferior a 7m x 7m. Se,
entretanto, o produtor pretender um plantio
mai s den so, ter que fazer poda s de
formao a fim de ev itar problemas nos
tratos culturai s.
Do ponto de vis ta econmico , o
sis tema de consorciao outro fator
imponante, quer se trate de fruteiras de ciclo
curto, como o mamoeiro, ou perenes, como
o coqueiro. No Nordeste brasi leiro, mai s
precisamente na Fazenda Bom em Trairi ,
Cear, em condies de so los tpicos de
36
areia quanzosa, as graviolcirns so plant3das
em 9 linhas no esp3amento de 6m )( 6 m,
eonsorciadas com coqueiros no espaa-
mento de SOm){ 6m ( Fig. 7).
Na s condioes do trpico mido.
onde a precipitao e a umidade relati va so
elevada s. so reco mendados os
espaamentos de 6rn x 6m e 7m )( 7m. em
pl3ntio denominado hexagonal ou em fonna
de tringu lo equi l:itero.
Coveamento e plantio - Antes da
abertura das covas , preciso fazer a
marcao das linhas de plantio. Nesta
operao podem ser utilizados diferentes
tipos de material - arames, cordas ou mesmo
madeira. Uma forma simples de estabelecer
um plantio triangular (tringulo equiltero),
aps decididas as distncias, o emprego
de uma corda fina com argolas nas pontas,
que sero presas nos piquetes firicados no
local exato das covas (Fig. 8).
Feita a marcao, as covas so
abertas com enxado, cavadeira ou furadeira
de trator. Esta ltima apresenta maior
,
/
,~ COROA ......
PIOUETE ARGOLA
CONSTRUO DO TR1GUlO
Fig. 8. Corda e argola para marcaio das linhas de plantio.
38
~
vu
rendimento por dia de trabalho, embora
provoque uma compactao tipo "espelha-
mento" no perfil da cova que pode dificultar
o crescimento radicular da gravioleira.
O tamanho das covas de 60 x 60 x
60cm e devem ser abertas e adubadas de
um a dois meses antes do plantio. Em geral,
invertem-se as camadas de solo da superficie
e do fundo para o enchimento da cova.
Acrescenta-se metade do calcrio
dolo mtico e esterco curtido camada
superior que colocada no fundo, e a outra
metade do calcrio mais o adubo mineral
camada do fundo que, agora, fica por cima.
Este esquema tem sido usado com bons
resultados nas condies de cerrado
(Fig.9).
O plantio deve ser feito no incio das
chuvas, com mudas selecionadas, bem
desenvolvidas e preparadas em sacos de
polietileno. Para evitar o destorroamento do
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solo, corta-se e retira-se o fundo do saco
antes de coloc-lo na cova recm-aberta. Em
seguida, j estando assentado dentro da
cova, o saco deve ser cortado lateralmente
e removido, deixando-se o topo do torro a
cerca de 2cm acima do nvel do solo.
Comprime-se um pouco a terra em volta do
torro procurando no enterr-lo demais a
fim de que o colo da muda no fique abaixo
do nvel do solo.
Protege-se a muda recm-plantada
com cobertura morta a fim de manter a
umidade do solo sua volta. Para tanto,
usam-se palha de arroz, capim seco, palha
de milho ou mesmo bagao de cana. Se no
houver sistema de irrigao ou se ocorrer
veranico extemporneo, convm fazer uma
bacia de uns I Ocm de altura nas bordas num
raio de 30-40cm do tronco de cada planta,
colocando sobre ela a cobertura morta. A
umidade das regas semanais melhor retida
41
pela ao da bacia e da cobertura morta,
assegurando assim o pegamento completo
das mudas enquanto as chuvas no voltam.
Ventos fortes durante o perodo de
plantio geralmente so prejudiciais ao bom
estabelecimento da muda. A fim de contornar
este problema, convm amarrar a muda num
tutor ou estaca enterrada perto do tronco.
Tratos culturais
43
nos sacos de plstico. A segunda adubao
feita na cova durante a instalao do pomar.
Faz-se a terceira durante o estgio juvenil
de crescimento da planta. A quarta, ou
adubao de produo, feita quando as
plantas j so adultas.
Com exceo da adubao no viveiro,
as demais devem ser feitas com base na
anlise de solo e/ou foliar. Para tanto,
procede-se a coleta e preparao das
amostras de solo, retiradas das camadas de
O a 30cm e de 30 a 60cm de profundidade,
em diversos pontos da rea de plantio.
Misturam-se, em seguida, todas as amostras
retirando-se dessa mistura uma nica
amostra, com cerca de 300g, que enviada
ao laboratrio
A anlise foliar presta-se observao
e correo dos nveis nutricionais da planta.
feita de maneira quase idntica para a
maioria das fruteiras perenes. As amostras
44
de folhas no devem ser retiradas de plantas
em que tenha sido aplicado fungicida
recentemente ou que tenham tomado chuva
no dia anterior. Devem ser retiradas de plantas
com a mesma idade, vigorosas e sadias.
Devem ser coletadas quatro folhas adultas
(8 a 9 meses de idade) da poro mdia e
cobrindo todos os lados de 25 plantas do
mesmo tipo de gravioleira, num total de 100
folhas, para cada 5ha de plantio. Estas folhas
devem ser acondicionadas, de preferncia,
em sacos de papel.
Como a adubao da gravioleira tem
incio no viveiro, preciso ter muito cuidado
para no provocar queimaduras nas folhas
em consequncia do excesso de adubo. O
principal elemento nesta fase de adubao
o nitrognio (N) e deve ser aplicado em
pequenas quantidades (5g de sulfato de
amnio/planta) a cada 45 dias, fazendo-se
uma rega logo de imediato. O fsforo (P) e
45
o potssio (K) j se encontram incorporados
ao substrato atravs do cloreto de potssio
e do superfosfato simples. Em geral, os
micronutrientes so supridos pelo esterco
do substrato, principalmente se for de origem
avcola.
A adubao da cova deve basear-se
na anlise de solo do pomar. A frmula
sugerida a seguir tem dado bons resultados
nas condies de cerrado: 600 a 800g de
superfosfato triplo + 50 a 80g de cloreto de
potssio + 200g de calcrio dolo mtico na
parte superior da cova e 15kg de esterco de
curral curtido + 200g de calcrio dolomtico,
na parte inferior (Fig. 9).
Embora sejam escassas as
informaes disponveis sobre nveis de
nutrientes e adubao da graviola nas fases
de crescimento e produo, alguns estudos
tm mostrado resultados muito interessantes.
Um estudo de dois nveis de macro-
nutrientes (Tabela I) em folhas de gravioleiras
46
de quatro meses de idade, usando tratamento
completo (normal) e deficiente em soluo
nutritiva, chegou aos seguintes resultados:
TABELA I. Nveis de macronutrientes em folhas
de gravioleira.
Nvel N p K Ca Mg
Nonnal 1,76 0,9 2,60 1,70 0,20
Deficiente 1,10 0,11 1,26 1,08 0,08
1m 1m
Elementos
"
qumicos em reas irrigadas. Dentre os
produtos qumicos disponveis, os
fertilizantes podem ser aplicados via gua
de irrigao reduzindo o custo da mo-de-
obra empregada na adubao e melhorando,
inclusive, a eficincia do prprio adubo.
Dentre estes, o nitrognio considerado o
mais adequado para este tipo de aplicao
sendo a uria a fonte de nitrognio mais
apropriada para essa finalidade.
Vale salientar que na fertinigao - ou
fertilizao via gua de irrigao - os
nutrientes incorporam-se imediatamente ao
solo facilitando a absoro pelas razes, o
que aumenta sua eficincia. Alm disso,
como a irrigao localizada e apenas parte
do solo explorada pelas razes das plantas,
as dosagens tomam-se mais concentradas
do que no processo de adubao tradicional
em que toda a rea da projeo da copa -
atingida. Recomenda-se, por isso, muito
60
cuidado no clculo das dosagens de
fertilizantes a serem aplicados via gua de
irrigao, pois a rea de distribuio do
adubo definida pela irrigao localizada
poder ser menor do que a definida pelos
mtodos tradicionais . Uma dose de
determinado fertilizante, que seria normal
no processo tradicional, pode tornar-se
excessivamente concentrada na irrigao
localizada e produzir o desequilbrio
qumico do solo, com conseqncias
danosas para a planta.
A qualidade da gua tambm um
fator importante na irrigao. A presena de
clcio na gua de irrigao, por exemplo,
pode representar um fator limitante
aplicao de fsforo via irrigao, dada a
possibilidade de entupimento dos condutos
e emissores em conseqnc"ia da
precipitao do clcio junto com o fosfato .
A presena de outros elementos, como o
61
sdio , pode acelerar o processo de
salinizao do solo, se houver fonnao de
lenol fretico raso, que pode acontecer
quando as irrigaes so excessivas e no
se dispe de sistema efetivo de drenagem
interna da gua irrigada. A presena de boro
e de cloro podem, por sua vez, constituir
ameaa de fitotoxicidade. No Nordeste
brasileiro, esses elementos costumam causar
danos fisiolgicos gravioleira quando esto
presentes na gua de irrigao em teores
acima de 80ppm e 2meq/l (80mg do
elemento por litro de gua), respectivamente.
Qualquer que seja a metodologia de
aplicao de gua adotada, importante ter
presente que o manejo adequado de um
sistema de irrigao representa a garantia de
que a planta receber a quantidade de gua
adequada no momento certo. Alm disso,
importante saber que ocorrero reflexos
diretos na economia de energia, no uso
62
~
vu
eficiente da gua fornecida e na reduo
dos riscos de salinizao do solo, onde a
qualidade da gua for limitante.
"
encontram na planta e no cho. As flores e
os frutinhos sadios devem ser pulverizados,
a cada dez dias, com os inseticidas Dipterex
PM 80% ( base de Trichlorfon) ou
Lebaycid CE 50% ( base de Fenthion) nas
concentraes de 0,20% e 0,15%,
respectivamente.
- Broca-da-semente (Bephratelloi-
des maculicolis) - esta praga muito
importante no Nordeste brasileiro,juntamente
com as brocas do tronco e do fruto .
tambm conhecida como perfurador dos
frutos, vespa da graviola ou, simplesmente,
vespinha do fruto da gravioleira (Fig. 14). O
inseto adulto pe os ovos sobre a casca dos
frutos pequenos e, uma vez eclodidos, as
larvas penetram na polpa indo alojar-se no
interior das sementes, onde completam seu
desenvolvimento. As galerias observadas na
polpa dos frutos correspondem aos
orificios de sada dos adultos. Os frutos
pequenos, com cerca de I em de dimetro e
68
Fi&- 14. Adultos da broca'b.. m.nt. da gra"ioItira.
78
Tal informao necessana devido
especificidade dos herbicidas em relao aos
tipos de erva, ou seja, de folha larga e folha
estreita. Os chamados herbicidas de pr-
emergncia devem ser aplicados com
cuidado, dada a possibilidade de que
produzam efeito fitotxico nas gravioleiras
jovens recm-plantadas.
Vrios herbicidas usados nos
pomares de diferentes fruteiras tambm
podem ser empregados nos de gravioleiras,
dependendo das ervas daninhas ocorrentes
e da idade da planta. A partir do primeiro
ano do plantio, recomenda-se a aplicao
de paraquat (Gramoxone a 1,5-2,0 litros/ha)
e glifosato (Roundup na base de 1,0-1,5
litros/ha) nas linhas de plantio, mantendo-se
a roagem nas entrelinhas. A aplicao de
herbicidas deve ser feita em horas de menor
intensidade de vento, a fim de evitar o
contato do produto com a folhagem nova
79
da gravioleira. Esto disponveis no mercado
barras laterais tratorizadas para aplicao de
herbicidas sob a copa, com um sistema de
proteo que evita o contato do produto
com as folhas da fruteira.
Um mtodo bastante usado em
fruticultura o de cobertura morta ou
mulching, que permite o controle parcial das
ervas e a manuteno da umidade em volta
das plantas. Este sistema usado nos dois
primeiros anos de plantio a fim de propiciar
melhor desenvolvimento da muda. E preciso,
porm, ter muito cuidado ao se usar o
mulching em terrenos arenosos, dada a
tendncia das razes se concentrarem na
superficie do solo. As plantas, por sua vez,
tombam facilmente, na hiptese de
ocorrncia de ventos fortes.
M6clia
"
"
74,8
10
13
1M
10,1
22.0
26,2
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88
59,1
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78 ,0
73,7
157 a 203
171 a 192
163 a 200
Colheita e armazenamento
Composio do fruto
Processamento e uso
na agroindstria
93
e a atemoya, a graviola presta-se bem
industrializao em virtude de seu sabor
agridoce e do aroma agradvel de sua polpa.
As etapas iniciais dos fluxogramas de
processamento da polpa e do nctar da
graviola assemelham-se bastante. Todavia,
por sua demanda e importncia no mercado,
sobre o nctar da graviola que se
encontram maiores informaes.
O processamento do nctar da
graviola inicia-se com as operaes de
pesagem, lavagem com sorbato de potssio
a 0,50% e seleo dos frutos. Para acelerar
o processo de amadurecimento, os frutos
devem ser c1imatizados por 72 horas em
cmara de maturao contendo o gz azetil ,
mantida a 16C de temperatura e 80% de
umidade relativa do ar. O tempo necessrio
ao amadurecimento da graviola , em mdia,
de quatro dias. Uma vez amadurecidos, os
frutos so novamente selecionados e, em
seguida, descascados e despolpados.
94
Para despolpar a graviola utiliza-se
uma despolpadeira dupla acoplada a um
tanque de recepo da polpa. Na fazenda
Bom, dados de uma despolpadeira desse
tipo (marca Centenrio) regi stram o
rendimento de 10 toneladas de polpa em oito
horas de trabalho (Fig. 17). A polpa obtida
recebe os ingredientes para calda nas
seguintes propores: I kg de polpa, 5 litros
de gua, O,9kg de acar e O,2kg de cido
ctrico.
Devido a seu alto teor de celulose
(1,8%), a polpa da graviola de difcil
digesto. Seu aproveitamento no preparo de
sucos, sorvetes e xaropes antiescorbticos
e diurticos , entretanto, excelente. Alm
da polpa, as folhas, a casca do tronco e as
sementes da gravio la , tambm, so
importantes pois contm certos alcalides
como a anonina e a muricina que podem ser
utilizados na produo de inseticidas.
95
Fig. 17. DespoJpad~ira de gnviola.
Mercado
98
Coeficientes de produo
DiKriminalo Unido
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Plantio H.. U2 31.64
Replantio H.. 02 .."
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1. 1. Tno louultu ..is
Capina meclnica
ApliQIo de herbicida
T<
H~
!H2
4.52
7'-36
27. 12
Poda de limpe... H~ 4. ~2 45 .20
1.1. AdulJafAe H~ 4.51 ].6.16
I.l. T .. toI fI_.no.
PulvcrizaJo Th 16 9.42 150.72
U.
.............
Irrip~o
H~ 2 ' .S2 '.0<
1.5. CoIhra (5 11tuo)
I.'. T .... porte miemo
H
H ", 02
9.42
4S .20
47.10
,. h.....OJ
1. 1. Ftrtiliu .. ca
O., 4S.00 22.ro
Cakirio cIoIomitico (anal. solo)
EsICf(l
Gesso (anal . solo)
:'
k,
' .0
250.0
9.42
O.OS
47 .10
12.50
Um. k, 250.0 0.34 U.OO
S~. simplel 250.0
'',""
0.36 90.00
Cloreto de K 300.0 0.3 1 93.00
Adubo foliar CAB2 (IS tlplanl.) '.0 U.07 7.35
1.1. Dtftllliv.. (li de soIuIo)
Dimetoalo (3 pulveriz.)
Cupnvil (2 pulveriz.)
,
k,
' .0
" .0
10.31
6.S9
41.24
91.U
Glirosale
Decis (6 pulYCriz.)
EspaIhanlc ade.ivo
,, '.0
' .0
20
1.S3
39.68
2.38
31.6S
74.36
7.14
102
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