Cultura Do Cupuacu
Cultura Do Cupuacu
Cultura Do Cupuacu
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O Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA
Centro de Pesquisa Agroflorestal da AmuOnla Oriental - CPATU
A u
Editor Responsável
Carlos M. Andreotti , M. Sc., Sociologia
Produção Editorial
Textonovo Editora e Serviços Editoriais Ltda .
São Paulo, SP
Ilustração da capa: Alvaro Evandro X. Nunes
Lúcio Brunale
Gerente-Geral do SPI
Sumário
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Clima e solo . ....... . .. . ... .. ... . ....... . ... 13
T'I pos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Propagação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Plantio ...... ... .... . .. . ... . . .. ....... . .. . ... 27
Tratos culturais . .... . ... ... ......... ... ..... 31
Adubação ...... . . . .... .. . . . . .. .. . . .. . . . .... 34
Controle de pragas e doenças . ............ . 36
Floração e frutificação ..... ......... . . .. . . 43
Colheita . ... . ... .. .. . . .. ... .. . ... . ...... . . .. 44
Beneficiamento . .. ... ... . . .... . .. .......... . 45
Consorciação .. ..... ..... . . ... . . .. ... . .. . . . . 46
Composição do fruto e da semente . . .. .. . . 50
Fabricação de cupulate ... . . .... ....... . . ... 51
Coeficientes de produção . ..... .. . . . . ...... 55
Introdução
O cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflo-
rum) é uma das mais importantes fruteiras da
Amazônia. Em cultivos racionais, o porte do
cupuaçuzeiro varia de 4 a 8m de altura,
atingindo até 18m, quando encontrado
espontaneamente nas áreas de mata do sul e
nordeste da Amazônia Oriental e nordeste do
Maranhão. A espéc ie atualmente está
disseminada em toda a Bacia Amazônica
brasileira e dos países vizinhos.
O cupuaçuzeiro pertence à família
Sterculiaceae, a mesma do cacau. Suas semen-
tes podem ser aproveitadas na fabricação de
chocolate em pó e em tablete e, talvez por isso,
é confundida, por muitos, com aquela espécie.
São utilizadas, também, pela indústria de
cosméticos na fabricação de cremes para pele.
O fruto é do tipo drupáceo ou bacáceo (que
tem bagas), de forma alongada e com as
extremidades arredondadas (Figs. 1, 2 e 3). A
casca (epicarpo) é rígida e lenhosa, recoberta
9
de 9 a 62 unidades) por fruto, são superpostas
em cinco fileiras verticais e envolvidas por uma
polpa branco-amarelada, delicadamente fibrosa,
de sabor acidulado e d e cheiro agradável. Essas
sementes têm dimensões variáveis, com médias
de 2,6cm de comprimento, 2,3cm de largura e
O,9cm de espessura.
Tipos
Em populações nativas de cupuaçuzeiros
podem ser encontrados diferentes tipos que são
agrupados em função do formato do fruto ou
da presença ou ausência de sementes. Os tipos
mais conhecidos são os seguintes:
. cupuaçuzeiro-de-fruto-redondo - é o
tipo mais comum da região. Os frutos têm o
15
formato extremamente arredondado, apre-
sentam casca de 6 a 7mm de espessura e peso
médio de 1,5kg;
. cupuaçuzeiro-mamorana - seus frutos
têm as extremidades alongàdas e a espessura
da casca varia de 7 a 9mm; esse tipo produz os
maiores frutos, cujo peso pode variar de 2,5 a
4,Okg; e
. cupuaçuzeiro-mamaú - é conhecido
como cupuaçuzeiro-sem-semente. O formato do
fruto é semelhante ao redondo e não possui
sementes envolvidas pela polpa. A espessura
da casca varia de 6 a 7mm e o peso médio é de
cerca de 1,5kg.
Propagação
Nos cultivos racionais, em pomares de
sítios e quintais, os tipos mais utilizados são os
que produzem sementes - redondo e
mamorana - , pois possibilitam a produção
mais rápida de mudas.
16
A propagação também pode ser feita por
enxertia, utilizando tanto o método de garfagem
como o de gema ou escudo, quando o objetivo
é propagar plantas que apresentam
características altamente valorizadas, como
tamanho de frutos e produtividade. A enxertia
é o único processo utilizado na produção de
mudas de cupuaçuzeiros do tipo sem sementes.
Propagação por sementes - tanto no
estado nativo quanto nos cultivos racionais, é
comum encontrarem-se plantas de cupuaçuzeiro
de alta a baixa produtividade. A prática mostra
que, para a produção de mudas, devem ser
utilizadas sementes provenientes de plantas com
boa produção, porte baixo, frutos grandes e
isentas de doenças.
Seleção das sementes - as sementes de
cupuaçu variam de tamanho, peso e forma. As
maior~s e as mais pesadas são as que
normalmente produzem mudas mais vigorosas,
devendo ser rejeitadas as pequenas e murchas.
Esse processo de seleção só deve ser realizado
17
após a retirada da polpa que envolve as
sementes.
Quando heneficiadas adequadamente e
colocadas para germinar em condições
f~lvoráveis, as sementes de cupuaçu apresentam
taxas de germinação de até 9R(Yo. As sementes
grandes c mais pesadas, emhora não garantam
maior percentagem de germinação, são
indicativos de bom crescimento em altura das
mudas. Assim, a separação das sementes em
diversas classes de peso ou tamanho é prática
importante no processo de propagação da
, . . .
especle. pOIS concorre para a maior
uni f(xmidade das Inudas no viveiro.
Preparo das sementes - preferen-
cialmente as sementes para a produção de mudas
de cupuaçuzeiro devem ser beneficiadas
manualmente, com o auxílio de uma tesoura,
pois desse modo é possível retirar
cuidadosamente a polpa que as envolve. A
máquina despolpadora tamhém pode ser
utilizada, apesar de provocar danos mecânicos
18
e deixar maior quantidade de resíduos de polpa
envolvendo as sementes. o .que pode provocar
a fermentação e. conseqUentemente, a morte do
emhrião.
O processo de heneficiamento cornpleta-
se com o esrregamento das sementes em areia
branca e, em seguida, a lavagem para remoção
dos restos de polpa. Essas sementes podem ser
submetidas a secagem superficial, em local bem
arejado, por período não superior a 24 horas ou
semeadas imediatamente em sementeiras
(canteiros) ou em sacos plásticos.
Conservação das sementes - após o
despolpamento, as sementes perdem o poder
germinativo rapidamente, mas, se conservadas
no fruto, sua viabilidade pode ser preservada
por períodos de dez a doze dias, com perda
mínima da capacidade de germinação.
As sementes despolpadas podem ser
conservadas entre camadas de serragem curtida,
ligeiramente umedecida, ou de pó de carvão
19
vegetal. Nessas condições, elas iniciam o
processo de germinação, e é comum o apare-
cimento da raiz, ou melhor, da radícula, em
aproximadamente seis a oito dias. Esse estágio
de evolução inicial da mudinha facilita a
semeadura, por permitir a correta colocação das
sementes no substrato.
Tipos de semeadura - a semeadura pode
ser feita de duas maneiras. Na primeira, as
sementes são colocadas para germinar em
sementeiras ou canteiros convencionais e, no
estágio de plântulas, transferidas para sacos
plásticos. Na outra, a semeadura é feita com
sementes pré-germinadas e consta de duas
etapas:
Plantio
Preparo da área - o cupuaçuzeiro requer
sombreamento na fase de planta jovem mas,
quando adulto, suporta sombreamento parcial,
que possibilita seu cultivo em áreas de sub-
bosque ou em consórcio com outras espécies
arbóreas.
O cultivo em sub-bosque permite reduzir
os custos com o preparo da área, aproveitando-
se as capoeiras abandonadas, com altura de mais
27
( ,' j .
'I "'·.
• .' J
.'
.
~ . "I;
.
Tratos culturais
Adubação
Em cultivos racionais, o cupuaçuzeiro
requer três adubações anuais, todas realizadas
na época chuvosa. A primeira deve ser feita logo
no início do período chuvoso, a segunda no meio
dessa estação, e a terceira, antes do final das
chuvas.
34
Na fase de crescimento do cupuaçuzeiro,
recomenda-se adubar com a fonnulação NPK
(nitrogênio, fósforo e potássio) 12-12-12 mais
Mg (magnésio). A Tabela 1 apresenta as
dosagens a serem aplicadas.
Tabela 1 - Doses de NPK 12-12-12 + Mg a serem
aplicadas na fase de crescimento do cupuaçuzeiro.
Doses (grama/planta/ano)
Ano 18 28 38 Total
1° 30 30 40 100
2° 45 45 60 150
3° 60 60 80 200
4° 90 90 120 300
Floração e frutificação
A floração e a frutificação do
cupuaçuzeiro podem ocorrer simultaneamente
entre os meses de novembro e março. O período
de floração, que coincide com o de menor
incidência dê chuvas, inicia-se em junho e pode
estender-se até o mês de março, com pico entre
novembro e janeiro. A frutificação ocorre entre
43
novembro e junho, atingindo o máximo entre
fevereiro e março, mas a presença de fruto
temporão pode ocorrer até julho.
Colheita
Os frutos atingem o ponto ótimo de
colheita (coletam-se os frutos que caem
naturalmente no solo) entre quatro e quatro
meses e meio após o início da floração. A
maturação do fruto é facilmente reconhecida
44
pelo cheiro agradável e forte que exala,
característico do cupuaçu.
A partir da primeira frutificação, desde que
tenham sido executadas todas as práticas
agrícolas recomendadas, ocorrem aumentos
gradativos da produção de frutos, que se
estabiliza a partir do décimo ano.
A produção de frutos por planta é bastante
variável e pode chegar até quarenta unidades.
A produção média estimada é de cerca de doze
frutos por planta, em cultivos implantados em
solos de baixa fertilidade.
Beneficiamento
o beneficiamento dos frutos do cupua-
çuzeiro consiste na extração da polpa que
envolve as sementes. Esse processo pode ser
feito manual ou mecanicamente.
Geralmente os frutos são beneficiados
manualmente, por indústrias caseiras e sor-
veterias. Para a execução dessa operação,
utilizam-se tesouras domésticas comuns. Os
45
frutos são quebrados e são eliminadas,
inicialmente, a casca e a placenta. Em seguida,
com a tesoura, é feita a extração da polpa que
envolve as sementes.
No processo mecanizado, os frutos são
lavados e quebrados manualmente para a
remoção das sementes com a polpa que, em
seguida, são colocadas em máquinas despol-
padoras, para a separação desses dois com-
ponentes do cupuaçu.
O mercado prefere a polpa beneficiada
manualmente, de consistência mucilaginosa
(viscosa), já que a extraída por processo
mecanizado normalmente é liquefeita, o que a
toma inadequada para a fabricação de certos
tipos de doces.
Consorciação
O cupuaçuzeiro pode ser cultivado a pleno
sol, mas o ideal é o sombreamento provisório,
nos dois primeiros anos após o plantio definitivo
no campo. As plantas assim cultivadas
46
'~,- ..
..:1.· I"
,
·-'·"~···'.....:)-'
"/'
47
g; Tabela 3 - Espécies recomendadas para sombreamento provisório do
cupuaçuzeiro.
FONTE: VENTURIERI, G.A . Cupuaçu: a espécie, sua cultura, usos e processos. 1993 .
108p.
I Sugestão da EMBRAPAICPATU para cultivos com cerca de 319 plantas enxertadas.
Tabela 4-Culturas perenes utilizadas para consorciação com
cupuaçuzeiro no Pará.
FONTE: VENTURIERI, G.A. Cupuaçu: a espécie, sua cultura, usos e processos. 1993 .
~ 108p. I Calculo da EMBRAPA/CPATU para plantas enxertadas.
<O
Composição do fruto
e da semente
Na Tabela 5, mostra-se a composição
centesimal média do cupuaçu.
Tabela 5 - Composição centesimal do fruto do
cupuaçuzeiro (%) I
Método 2 Polpa Semente Casca Placenta
Manual 40,61 17,44 40,58 1,37
Mecânico 35 ,51 16,72 47,02 0,75
Média 38,06 17,08 43,80 1,06
I Médias calculadas com base nos dados de diversos autores
,' I'"
em pó e 140/0 de manteiga; ou 35% de cupulate
em tabletes do tipo meio-amargo; ou 380/0 de
cupulate em tabletes com leite ou 32% de
cupulate em tabletes do tipo branco.
Semente. de cupuaçu
rec'm-de.polpodol
( l.000kg)
FermentoçOo
(+ lOIuçOo de açúcOf)
I
- - - --'--
Secagem
(perde + 60'11. de Ogua
395kg de lemente
I
Oe.coscomento
(Perde 9,5")
Amendoo
(3OOkg) J
I'Ienaogem
(3OOkg)
I I
Torta
(Rendimento 10,5") Manteiga de cupuoçu
1000g (Rendimento 13,6")
I
Moagem
(I05kg) .
Flg. 5. Fluxograma do
PO de cupuoçu processo de fabricação do
(I05kg) + 1""
deQÇúcar cupulate em pó, com
I
Chocolate em pO perdas e rendimento final.
(tl8Okg)
Fonte: EMBRAPA/CPATU
54
Coeficientes de produção
Na Tabela 7, são apresentados alguns
coeficientes técnicos para a implantação de lha
de cupuaçuzeiro.
Tabela 7 - Coeficientes técnicos para a implan-
tação de I ha de cupuaçuzeiro.
ões
Número de sementes semeadas para mudai:
Para espaçamento de 8 x 8m triangular 250
Para espaçamento de 6 x 6m triangular 450
Para espaçamento de 8 x 8m convencional 240
Para espaçamento de 6 x 6m convencional 405
Para espaçamento de 24 x 24m consorciado 110
Para espaçamento de 18 x 18m consorciado 200
Para espaçamento de 12 x 12m consorciado 220
Quantidade de mudas):
•
Cultivo no espaçamento 8 x 8m em triângulo 215
Cultivo no espaçamento 6 x 6m em triângulo 380
Cultivo no espaçamento 8 x 8m convencional 200
Cultivo no espaçamento 6 x 6m convencional 350
Cultivo consorciado no espaçamento 24 x 24m 95
Cultivo consorciado no espaçamento 18 x 18m 168
Cultivo consorciado no espaçamento 12 x 12m 190
(Continua)
55
Tabela 5. Continuação
Operações Quantidade
Preparo da área
Broca ou roçagem(d/h) 10
Derrubada (d/h) 8
Queimada (d/h) 2
Coivaramento (d/h) 7
Limpeza de área antes ocupada com cultura 14
anual (d/h)
Marcação das covas (d/h) 2
Abertura das covas (d/h) 6
Adubação das covas (d/h) 3
Preparo das sementes (d/h) I
Semeadura (d/h) 0,5
Manutenção da sementeira ~lI~~II~~~tJtlj~f~jj~~~~jjr~it~~!
Preparo de sombreamento (d/h) 2
Irrigação (d/h) I
Preparo das mudas
Preparo do su bstrato (d/h) I
Preparo dos sacos com substrato (d/h) 2
Preparo do sombreamento (d/h) I
Repicagem das plântulas (d/h) I
Arrumação das mudas (d/h) I
Monda (d/h) 10
Irrigação (d/h) 6
Adubação (d/h) I
Controle de pragas e doenças (d/h) 4
(Continua)
56
Tabela 5. Continuação
Operações Quantidade
Propagação vegetativa
Preparo dos porta-enxertos (d/h) 2
Corte dos ponteiros selecionados (d/h) I
Enxertia (d/h) 2
Preparo dos sacos com substrato par 2
transplantio (d/h)
Plantio (d/h) 2
Preparo do sombreamento (d/h) 4
Coroamento (d/h) 10
Roçagem (h/t) 6
Cobertura morta (d/h) 10
Poda (d/h) 27
Aplicação de herbicida (dlh) 8
Adubação (d/h) 14
Irrigação (d/h) lO
Controle de pragas e doenças (d/h) 16
Desbaste de frutificação (d/h) 18
Colheita (dlh) I
Seleção dos frutos para comercialização (dlh) I
Insumos'
Frutos (unidade) 15
Sacos plásticos de 17 x 28cm (unidade) 400
Esterco de curral (litro) até o 50 ano 30.000
Cama de aviário (litro) até o 50 ano (alternativa) 9.400
Superfosfato triplo (kg) 40
(Continua)
57
Tabela 7. Continuação
Operações Quantidade
NPK (12-12-12) até o 4° ano (kg) 2250
NPK (15-15-23+Mg) no 5° ano (kg) 200
Torta de mamona do 2° ao 5° ano (kg) 650
Farinha de ossos do 2° ao 5° ano (kg) 650
NPK (10-28-20) 2° ao 5° ano (kg) 800
Sulfato de amônia para viveiro (kg)
Superfosfato triplo para viveiro (kg) I
Cloreto de potássio para viveiro (kg) I
Calcário para viveiro (kg) I
Magnésio para viveiro (kg) I
Enxofre para viveiro (kg) I
Zinco para viveiro (kg) I
Boro para viveiro (kg) I
Inseticidas até o 5° ano (I itro) 5
Fungicidas até o 5° ano (litro) 15
Fita plástica para enxertia (rolo) I
Combustível para trator e equipamentos (litro) 15
I Total estimado para 60% de emergência e sobrevivência na
sementeira.
2 Total acrescido de 50%, com estimativa de sobrevivência no viveiro e
replantio no campo.
J Para maior densidade de plantio por hectare .
58
,
Endereços Uteis
A cultura do alho
As culturas da ervilha e da lentilha
A cultura da mandioquinha-salsa
O cultivo de hortaliças
A cultura do tomateiro (para mesa)
A cultura do pêssego
A cultura do morango
A cultura do aspargo
A cultura da amexeira
A cultura da manga
Propagação do abacaxizeiro
A cultura da abacaxi
A cultura do maracujá
A cultura do chuchu
Produção de mudas de manga
A cultura da banana
A cultura do limão Tahiti
A cultura da maçã
A cultura do mamão
A cultura do urucum
A cultura da pimenta-do-reino
A cultura da acerola
A cultura da castanha-do-brasil
60
Coleção Plantar
Próximos lançamentos
A cultura da pupunha
A cultura do açaí
A cultura da goiaba
A cultura do mangostão
A cultura do guaraná
A cultura do dendê
A cultura da batata-doce
A cultura da graviola
61
Impressão: EMBRAPA-SPI