Manual de Organica I-Uem
Manual de Organica I-Uem
Manual de Organica I-Uem
QUÍMICA ORGÂNICA I
MANUAL DE APOIO
Prof. Dr. François Munyemana e dr. Óscar Nhabanga
23-01-2012
Quem tiver curiosidade a respeito de vida e dos seres vivos precisa de ter noções básicas da
Química.
Os povos da antiguidade:
Sabiam fermentar o suco de uva e produzir o vinho
Produziam vinagre por fermentação do vinho
Extraíam a gordura e o azeite dos animais e vegetais
Utilizavam corantes extraídos de vegetais
Os antigos egípcios usavam compostos orgânicos (anil e alizarina) para tingir
tecidos
H3O
sabao acidos gordos
Em 1828: Friedrich Wohler efectuou a síntese da ureia a partir dum composto
inorgânico
calor H 2N NH2
NH4 NCO C (ureia)
O
Em 1845: Kolbe realizou a síntese do ácido acético (a partir dos seus elementos)
2 C + 2 H2 + O2 CH3COOH
Começou assim a queda da teoria da força vital e rápidos progressos em síntese
orgânica seguiram.
Abandonou-se definitivamente a ideia de que os compostos orgânicos deveriam
sempre se originar do reino vegetal ou do reino animal. Em consequência,
Desde o fim do século passado até hoje, a Química Orgânica teve uma
evolução muito grande: por exemplo, o número de compostos orgânicos
conhecidos (quer extraídos da natureza, quer sintetizados pelo homem)
eram em 1880, cerca de 12 000 compostos e actualmente são cerca de 8
000 000 compostos.
Com o seu desenvolvimento, a Química Orgânica acabou se subdividindo
e dando origem a mais ramo da ciência: a Bioquímica (que estuda as
substancias mais intimamente ligadas à vida dos vegetais e animais, como
por exemplo, os alimentos, as vitaminas, as hormonas, os ácidos
nucleícos, etc)
E da Bioquímica surgiram outros ramos da ciência e tecnologia:
A Biologia Molecular e Biotecnologia.
Muitas vezes formados por ligações Formados por ligações covalentes (ou
iónicas (ou pelo menos com acentuado pelo menos, com carácter covalente
carácter iónico) dominante); o carbono está no centro da
classificação periódica dos elementos e
da escala das electronegatividades.
Fórmula molecular
C normalmente tetravalente C
H monovalente H
O bivalente O
N trivalente N
As ligações covalentes representam-se convencionalmente por um traço
que representa par de electrões ou dubletos compartilhados.
H
H
:
H:C: O:H H C OH
:
H
H
CADEIAS CARBÓNICAS:
Classificação:
1) C C C 2) C C C C
homogenea C
quanto a
I.
natureza 1) C C C O C C C
heterogenea 2) C N C
C
Normal (continua)
quanto a C C C
distribuicao
II.
dos
carbonos
C C C
Ramificada
C
Insaturada
2)
C C C
H H
H H
2)
H H H
H C C C O H CH3CH2CH2OH
H H H
De álcool propílico
H Cl H H Cl
Ex.:
H
C H CH2
= representa-se por
H H
C C H2C CH2
H H
Ciclopropano
H H
H C C H H2C CH2
= representa-se por
H C C H H2C CH2
ciclobutano
H H
Vai se por vezes mais longe na simplificação, aplicando esta forma de proceder a todos os
carbonos, quer se encontram numa cadeia cíclica, quer numa cadeia alifáctica.
Cl
H3C CH2
CH3CHClCH2CH3 = =
CH
CH3
Cl
H2C C CH CH2 =
CH3
H 3C
CH2CH3
(CH3)2NCH2CH3 = N = N
CH 3
Fórmulas tridimensionais:
H H Br
H C ou H C ou H C etc.
Br H H
H Br H
Nesta representação, as ligações que se projectam para cima da face da folha de papel são
indicadas por uma cunha ( ), as que estão atrás do plano do papel são indicadas por uma
cunha tracejada ( )
4- Cadeias carbónicas
Os átomos de carbono ligam-se entre si, formando cadeias como no exemplo abaixo:
I.a. natureza
Heterogena (Heterociclica) O
Saturada
I.b. saturacao
Insaturada
II. Aromáticas
II.a. Mononucleares
H H
H H
C
C C
H H
N H H
C C
N
H
H H
ex. de composto H
heterociclico Composto
insaturado Heterociclico
saturado
H H
H H
H C H C
H H H
H
H C C C C C C H
H H
H C H H H H
H
Primario
Quaternario Terciario
Secundario
As características estruturais que possibilitam a classificação dos compostos com base em sua
reactividade são chamadas de grupos funcionais.
Um grupo funcional é a parte da molécula onde ocorre a maioria das reacções químicas. É a
parte que determina, efectivamente as propriedades químicas do composto ( e também muito
Orgânica I UEM FaCiDeQ Página 13
propriedades físicas). Por exemplo, o grupo funcional de um alceno é a dupla ligação carbono-
carbono: as reacções químicas dos alcenos são principalmente as reacções químicas da dupla
ligação carbono-carbono.
alcino C C H C C H
(etino)
Areno
(Hidrocarboneto
Aromático)
(benzeno)
Aldeído O O O
H3C C
C C R C
H (etanal) H H
Cetona H3C C CH3 R C R'
C C C
O O
O (propanona)
Anidrido do ácido O O O
carboxílico C H3C C R C
O O O
C H3C C R' C
O O O
Anidrido acético
Cloreto de ácido O O O
carboxílico C H3C C R C
Cl Cl Cl
Cloreto de etanoílo
Amina NH2 Primária CH3NH2 (metilamina) R NH2
NH H3C N CH3
H
(Secundária) (dimetilamina)
H3C N CH 3
N
H3C
terciária
(trimetilamina)
amida O O O
C H3C C C
NH2 NH2 R NH2
O Etanamida O
C C
N N R'
H R H
O O
R'
C N C N
R R''
Nitrilo ou Cianeto C N H3C C N R C N
Etanonitrilo ou
acetonitrilo
Isonitrilo ou
N C H3C N C R N C
isocianeto
H3C N R N
C N
O O
O Nitrometano
Tiol SH CH3SH R SH
Metanotiol
Tioéter ou H3C S CH3 R S R'
Sulfeto Dimetil sulfeto
C S C
:
Sulfóxido :
:
:O: :O: :O:
:
:
:
Dimetilsulfóxido
O
Sulfonas O O
:
:O: 2
H3C S CH3 R S R
2
C S C
O O
:O: Dimetilsulfona
:
O CH3CH2SO3H
Ácido Sulfónico R SO3H
Ácido etanosulfónico
S OH
Apresentam duas ou mais vezes a mesma função (duas ou mais vezes o grupo funcional).
Ex.
O
O
C C diacidos
HO OH
H2C CH CH2
triois ou trialcoois
OH OH OH
1,2,3-propanotriol
Ex.
O
4-Hidroxi-2-butanona
NH2
acido 2-amino-butanoico
Ou acido α-amino-butanóico
S N
O
:
Nomenclatura dos Compostos Orgânicos
1 Met Metano
2 Et Etano
3 Prop Propano
4 But Butano
5 Pent Pentano
6 Hex Hexano
7 Hept Heptano
8 Oct Octano
9 Non Nonano
10 Dec Decano
20 Icos Icosano
30 Triacont Triacontano
prefixo + il(o ou a)
CH3CH2 etila
CH3CH2CH2 n-propil
CH3CH2CH3
CH3CHCH3 isopropil (i-pr)
ex.
6 5 4 3 2 1
CH3CH2CH2CH2CHCH3 2-metil-hexano
CH3
1 2 3
CH3CHCH3 metil-propano (isobutano)
CH3
1 H3C 2 3
H3C C CH3 2,2-dimetil-propano (neopentano)
CH3
CH3
7 6 5 4 3 2 1
CH3 CH2 CH CH CH CH CH3
CH2CH3
8 7 6 5 4 3 2 1
CH3 CH2 CH2 CH CH C CH2CH3
CH CH3 CH2CH3
H3C CH3
3,3-dietil-5-isopropil-4-metil octano
molecula CH2CHCH3
1 2 3
Exemplos:
CH3
1 2 3 4 5 6
CH3 CH CH CH2 CH2 CH CH2 CH
CH3
CH3 CH3 CH2 CH2 CH2 CH3
7 8 9 10
2,3dimetil-6-(-2-metil-propil) decano
CH3 CH3
9 8 7 6 5
CH3 CH2 CH2 CH2 CH CH CH CH3
4 3 2 1
CH2 CH2 CH CH3
CH3
2-metil-5-(1,2dimetil-propil)-nonano
H3CH2C CH CH3
14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1
CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH3
CH2
HC
H3C CH3
8-(1-metilpropil)-6-(2-metilpropil)-tetradecano
e nao
6-(2-metilpropil)-8-(1-metilpropil)-tetradecano
Se duas cadeias laterais diferentes tiverem nomes formados com as mesmas letras, terá
prioridade o que apresentar o primeiro índice diferente mais baixo.
A presença de vários grupos ramificados idênticos indica-se por meio de um prefixo
multiplicativo: bis, tris, tetraquis, pentaquis, etc.
CH CH2CH3
H3CH2C CH3
4-etil-5,6-bis(1-metilpropil) dodecano
CH2CH2CH2CH3
CH3
3C 4C
metil-ciclopentano
1-ciclopropil-butano
2. Por cicloalcanos substituídos com grupos alquil, numere os substituintes do anel nos
pontos de substituição, de forma a obter a menor soma de números:
Ex.
CH3
CH3
1 1
2 2 6
6
e nao 5
3 3
5
4 CH3
4 CH3
(soma = 1+5)
(soma = 1+3 )
1,5-dimetil ciclohexano
1,3-dimetil ciclohexano
2 1
CH2CH3 CH2CH3
3 5 2
1
e nao
4 5 4 3
1-etil-2-metil ciclopentano 2-etil-1-metil ciclopentano
CH3 CH3
2 1
CH2CH3 CH2CH3
3 5 2
1
e nao
4 5 4 3
1-etil-2-metil ciclopentano 2-etil-1-metil ciclopentano
2 1
e nao
1 2
Br Br
Nomeados segundo regras semelhantes às dos alcanos, usando-se o sufixo –eno no lugar
de -ano.
1) Determinar o nome básico seleccionando a cadeia mais longa que contém a dupla
ligação e mudando o final do nome do alcano, de idêntico tamanho para eno.
2) Numerar a cadeia de modo a incluir ambos os carbonos da dupla ligação; e começar a
numeração a partir da extremidade da cadeia mais próxima da dupla ligação. Indicar a
localização da dupla ligação usando-se o número do primeiro átomo da dupla ligação
como prefixo.
CH3 CH3
1 2 3 4 1 2 3 4 5 6
CH2 CH CH2 CH3 CH3 C CH CH2 CH CH3
Se houver mais de uma ligação dupla, indique a posição de cada uma e use um dos
sufixos –dieno, trieno etc.
ex.
H3C
No caso dos cicloalcenos, a numeração é feita de tal modo que a ligação dupla receba os
números mais baixos possíveis. Não é necessário incluir no nome a posição da ligação
dupla porque ela estará sempre entre C1 e C2.
CH3
6 6 H3C
CH3 1 5
5 1 5 1
4
4 2 4 2 2
3
3 3
1-metil-ciclohexeno 1,4-ciclohexadieno 1,5-dimetilciclopenteno
1
6 2
5 3
H3C
4 CH3
3,5-dimetilciclohexeno
No caso dos compostos com uma dupla ligação e um grupo álcool, o carbono ligado ao
grupo álcool recebe o número mais baixo.
1 CH3
CH3
2
5 4 3 2 1
CH3 C CH CH CH3
3
OH
4-metil-3-penteno-2-ol 2-metil-2-ciclohexeno-1-ol
Reacções Orgânicas
Muitas reacções orgânicas se passam com a formação dum intermediário altamente, que
resulta da hidrólise ou da heterólise duma ligação ao carbono.
. .
Homolise C + Z
C:Z
A:B A
.
+ B
.
(um e- para cada fragmento)
C + :Z
C: + Z
carbanioes
:
:CH2 N N: CH2 N N: :CH2 N N:
:
II III
I
hibrido de ressonancia de diazometano com as 3 estruturas I, II e III
ceteno
CH2 C O
calor ou
CH2 N N: CH2 + N2
:
luz UV
metileno
calor ou + :N N:
CH2
:CH2 N N:
luz
ceteno
luz UV + CO
CH2 C O CH2
1,2-dimetil ciclopropano
C
:CH2 + C C C C
H2C C
C
H2
(metileno-singleto: adicao electro-
filica estereoselectiva)
. CH . C
2 + C C C C
.
H2C C
CH2.
(metileno-tripleto: adicao
radicalar nao
estereoespecifica)
Quando um electrão de alta energia atinge uma molécula orgânica, ele arranca um
electrão de valência da molécula, produzindo um catião-radical porque a molécula
perde um electrão e adquire carga positiva; radical porque a molécula agora tem um
número ímpar de electrões.
e-
RH RH + e-
molecula organica catiao-radical
CH3 + H
m/z=15
e- H
:
CH4 H:C:H
.
H
m/z=16 CH2 + 2H
(iao molecular,M )
m/z= 14
ex.
s+ s-
H3C Cl
H O
O
CH3 C
H C C H
H
Cl
O efeito +I aumenta
-CH3< -CH2CH3 < -CH2CH2CH3
Aplicações:
Estabilidade de intermediários de reacções: estabilidade de carbocatiões.
H
R'' R'
R C R C R C
R' H H
terciario secundario primario
O cloro induz uma modificação na hidroxila, puxando o par electrónico, o que torna mais fácil a saída de
H.
O efeito +I tende a diminuir a acidez, visto que o Hidrogénio ácido fica preso.
O
CH3 CH2 C
O
Resumo: R C : a - R exerce -I, acidez aumenta
b - R exerce +I, acidez diminui
OH
NOTA: Não confundir uma flecha dupla: que indica o fenómeno de ressonância; e as duas
flechas : que indicam uma reacção reversível.
A molécula de benzeno não é representada correctamente por nenhuma das duas formas canónicas
descritas acima; na verdade, a molécula fica num estado intermediário entre as duas formas canónicas,
e esse é denominado híbrido de ressonância: nesta representação, as duplas ligações deslocalizadas,
isto é, estão distribuídas por todo anel.
Às vezes, a ressonância envolve a participação de pares electrónicos livres, como existem, por exemplo,
no oxigénio, no nitrogénio.
:
:
Efeito mesómero (efeito M) é a atracção ou repulsão dos electrões π das ligações duplas ou triplas.
Este efeito é uma simples consequência do fenómeno de ressonância. Ele divide-se em:
ex. :O
O
H2C CH C
CH2 CH C
H
H
CH2 CH
O
O O
C O, C , C , C N, NO2
R C ,
OH OR
ex.
:
:
(A) (B)
-NH2 tem efeito +M, pois está fornecendo electrões ou aumentando a densidade electrónica do:
CH2 CH
ex.
Amino: NH2 ou NHR ou NR2
hidroxi: OH
alcoxi: OR
Certos radicais orgânicos não reagem (ou então reagem muito lentamente) em condições nas quais
deveriam reagir simplesmente por estarem bloqueados por radicais volumosos em sua vizinhança. Por
exemplo, na vizinhança quando os radicais R1 e R2 são muito grandes, eles impedem ou dificultam as
reacções do grupo carboxilo. ( COOH . )
COOH
R2
- Cedência de electrões:
ex.
2+
R3N: + M
3+ R3N. + M
Neste grupo estão incluídas as reaccoes de oxidacao e de reducao para além das
reaccoes com a cedência de um electrão e também possível a cedência de 2
electrões.
Reagrupamento de ligações:
. .
Cl Cl Cl + Cl
Permuta homolítica (radicalar). P.ex.:
.
Cl . + H R H Cl + R
R Cl R + Cl
I + R Cl R I + Cl
B H + IA (BI = base)
BI + H A
..
.. . . .
.. .
+ .
..
. . . .. .
Ar H + HNO 3 Ar NO 2 + H2 O
N
O
N OH
(1) HBr H + Br
Ex.2.
CH3
CH3
H2O
H3C C Cl + 2 H2O
:
H3 C C OH + H O H + Cl
CH3
CH3 H
(Dissolução do álcool tert-butílico numa solução aquosa concentrada de ácido clorídrico levando à
formação do cloreto de tert-butilo: reacção de substituição).
Mecanismo:
CH3 H
CH3
+ H2O
:
C OH + H O H
:
H CH3
CH3
(2)
H3C C + H2O
H3C C O H
:
CH3 CH3
CH3 H CH3
(2)
H3C C + H2O
H3C C O H
:
CH3 CH3
CH3 CH3
CH3 CH3
cloreto de ter-butilo
O estudo do mecanismo, ou seja, do andamento da reacção é muito importante, visto que permite
entender melhor a reação global, visualizando suas etapas mais fáceis e mais difíceis. Pelo mecanismo,
entendemos por exemplo, porque certas reaccoes orgânicas desviam-se do seu curso, dando
subprodutos.
O estudo dos mecanismos da reacção, leva-se muito em conta a cinética e os valores termoquímicos de
cada etapa; leva-se também em conta a variação energética do andamento de cada etapa da reacção.
Lembremos que:
a) Os números de oxidação (valências) usuais dos elementos químicos que aparecem com mais
frequência nos compostos orgânicos são:
No CH4 : X + 4(+1) = 0, x= -4
X varia de -4 a +4: mostrando que o carbono comporta-se como elemento electronegativo e como
elemento electropositivo. Este tipo de cálculo permite determinar o NOX global do carbono no
composto; para conhecer o NOX de um determinado átomo de carbono, isoladamente dentro de uma
cadeia carbónica, atribui-se os seguintes valores a cada uma das quatro ligações que partem do átomo
do carbono considerado.
0: às ligações com outros átomos de carbono (pois na valência C-C, o par electrónico é repartido por
igual)
+1: a cada ligação com elementos eletronegativos (halogénios; oxigénio, enxofre, nitrogénio, fósforo,
etc), pois são elementos mais eletronegativos que o carbono.
-3 -3
-3 -1 -1
H H H H H H H
H C C C H H C C OH H C C Cl
H H H H H H H
-3
-2
+3
+2
+1
H O
O
0 H +4
Carga Formal:
H C N
Nitrometano
Para expressar os cálculos de uma maneira geral, podemos dizer que a carga formal de um átomo é
igual ao número de electrões de valência em um átomo neutro e isolado, menos o número de electrões
do átomo na molécula considerada:
H :
O
:
:
::
CH3NO2 = H :C : N
:O:
:
H
:
Para o Nitrogénio:
atomo C N O
:
:
:
:
:
O:
:
estrutura C C C N N N O O
:
:
4 3 2 3 2 1
Nr. de ligacoes 3 4 3
2 1 2 3
0 1 0 1
pares isolados 0
+1 0 -1
0 -1
Carga formal +1 0 -1 +1
Ácidos e Bases:
A molécula ou ião que se forma quando um ácido perde o seu protão é a base conjugada do ácido: Cl- é
base conjugada de HCl. A molécula ou ião que se forma quando uma base recebe um protão, é o ácido
conjugado da base:
H2SO4
H3O NH4 H2O
Forcas do acido:
HCl
HSO4
H2O NH3 OH
Forca da base:
Cl
ordem oposta
Os ácidos diferem entre si quanto à doação de protões. Ácidos mais fortes como HCl reagem quase que
completamente com a água, ao passo que ácidos mais fracos, como o ácido acético (CH3COOH) reagem
apenas parcialmente. A força de um dado ácido em solução aquosa é definida pela expressão
padronizada para a constante de equilíbrio, Keq:
HA + H2O A + H3O
H3O A H3O A
Keq=
H2O HA Ka = Keq H2O = HA
H2O 15.74 OH
HCN 9.31 CN
HF 3.45 F
HCl -7.0 Cl
base mais
acido mais fraca
forte
Def. de Lewis: ácido é todo o aceitador de um par de electrões e base é todo o doador de um par de
electrões.
:
s s H O H + Cl
:
Cl H + :O H
H
H
ac. de Lewis base de Lewis
F F
:
B + :O CH3 F B O CH3
F F F CH3
CH3
+ :N CH3 Cl Al N CH3
Al
Cl Cl CH3 Cl CH3
OH
O
H3C C CH3CH2OH
OH
2+ +
alguns catioes: Li , Mg , Br
BASES DE LEWIS
: :
: :
CH3CH2OH CH3OCH3 CH3C CH3 C CH3
H
alcool eter
aldeido cetona
:O : :O :
: O:
CH3
: :
C CH3C OCH3
CH3 C
: :
OH
Cl
ac. carboxilico ester
cloreto de acido
: :
:O :
:
H 3C N CH3 CH3SCH3
:
CH3CNH2 H 3C
amida sulfeto
amina
Relação estrutura e acidez: a capacidade do átomo para reter o par de electrões parece depender de
diversos factores, entre quais se incluem:
a) Electronegatividade
b) O tamanho
Assim em determinada fila do quadro periódico, a acidez aumenta à medida que cresce a
electronegatividade: check it
H HCl
H OH HF H SH
Acidez: H CH3 H NH2
F SH Cl
CH3 NH2 OH
basicidade :
Numa determinada coluna, a acidez aumenta com o tamanho: check it
HOH H SH H SeH
HBr HI
Ac: HF HCl
basicidade: F Cl Br I OH SH SeH
Efeito de hibridação:
Acidez relativa dos hidrocarbonetos:
HC CH > H2C CH 2 > CH 3 CH 3
ESTADO DE TRANSIÇÃO
Variações de energia potencial na passagem das moléculas dos reagentes às dos produtos:
estado de transição no topo da bossa de energia.
H H
H
+
. H C H X H C. + HX
H C H X
H H
H
produtos
estado de transicao
7. Ligações Químicas
Ligação iónica (ou electrovalente): formada pela transferência de um ou mais electrões de
um átomo para outro, a fim de criarem-se iões.
Uma fonte destes iões é uma reacção entre átomos de electronegatividade muito diferente.
A electronegatividade mede a capacidade de um átomo atrair electrões. Na classificação
periódica, a electronegatividade cresce quando se avança numa fila da esquerda para a
direita: Li Be B C N O F e diminui quando se desce por uma coluna vertical.
F
Cl electronegatividade
Br desce
I
Exemplo de formação de uma ligação iónica é a reacção entre átomos de lítio e os de flúor:
-
+
Li . + . Li + : F
F
: :
: :
:
:
:Cl: + :Cl: :Cl:Cl: ou Cl Cl
Cl2 . .
H
H
: :
CH4 + 4H .
H :C: H ou H C H
C
H
H
São estruturas de Lewis aquela que mostram somente os electrões de camada de valência.
Em certos casos, formam-se ligações covalentes múltiplas:
Ex.
:
:N::N: ou :N N:
NH4 H :N: H ou H N H
H
H
dipolo electrico
: μ= e*d
Onde: μ momento de dípolo
e- carga (uec: unidades electrostáticas)
d- distância em cm.
A unidade mais utilizada é o debye: D
D=3.33*10-30Cm (coulomb-metro)
H Cl
Moléculas polares e apolares: uma molécula será polar se o centro de carga negativa não
coincidir com o centro de carga positiva.
CH3Cl
:
:Cl:
C
H
H
H μ=1.87D
CCl4
centro de
cargas positivas
:
:Cl:
C
:Cl
:
Cl:
:
:Cl:
:
μ=0
:
s
O
s s
H H
:
momento
dipolar
resultante
:
H
H μ=185D
O COOH CH2CH3
C Br
NH2
NH3
C H
C O
H Cl
H C H H C H
H H
H C H
DDT
s
Cl
s s
Cl C Cl
H
s
Cl s
Cl
Não polar
Hs
s
O Os
C
s
CH2
Cl
s
s
Cl
Polar
s s ?
H3C Cl + Na + OH
s
CH3 da primeira molécula deverá reagir com o ião negativo OH da segunda substância:
Pode também se prever que a reacção entre duas substâncias apolares será difícil e lenta:
Interações dipolo-dipolo
Forças de Van der Waals
Ligações de Hidrogénio
Forças dipolo-dípolo: quando uma substancia é polar, suas moléculas se comportam como
dípolos eléctricos.
Há então atracção mútua entre a extremidade positiva de uma molécula e a extremidade
negativa de outra molécula.
Por ex, no HCl, o Hidrogénio relativamente positivo, de uma molécula é atraído pelo cloro,
relativamente negativo de outra molécula.
Forças de Van der Waals: são forças fracas que atraem entre si as moléculas apolares. Elas são,
em geral, dez vezes mais fracas que as forças dipolo-dipolo e resultam da indução eléctrica que
as electrosferas dos átomos de uma molécula exercem sobre as outras moléculas.
Pontes de Hidrogénio: são atracções fortes aparecem entre o átomo de Hidrogénio e átomos
fortemente electronegativos, especialmente F, O e N.
H F H F
H O H O
H H
H N H N
H H
H
H N H O
H H
CH3CH2OH O CH2CH 3
Órbitais atómicas: chama-se orbital, a região do espaço onde com maior probabilidade, se pode
encontrar o electrão. Existem diferentes tipos de orbitais, com diferentes tamanhos e formas,
dispostas à volta do núcleo de modo bem determinado.
O tipo de orbital ocupada por determinado electrão depende da energia desse electrão.
As formas das orbitais e a sua posição relativa são factores responsáveis pelo arranjo espacial
dos átomos na molécula e em parte pelo comportamento químico que ela apresenta.
1S 2S
px
X X
X
12
6C
19
2p F 2p
16
8 O 2p
9
2s 2s 2s
1s 1s 1s
Orbitais moleculares
Quando as orbitais atómicas se sobrepõem, combinam-se para formar orbitais moleculares
(OM). As orbitais moleculares correspondem a regiões do espaço que envolve dois ou mais
núcleos e onde se podem encontrar electrões. Como as orbitais atómicas, as orbitais
moleculares podem conter até dois electrões, se os spins estiverem emparelhados.
Quando orbitais atómicas de mesmos sinais de fase interagem, combinam-se para formar
uma orbital molecular ligante.
() ()
Ymolec. ligante
Y1s Y1s orbital molecular ligante
YA YB = Y
Uma orbital antiligante tem energia mais elevada que a de uma orbital ligante. A densidade
de probabilidade electrónica na região entre os núcleos é pequena e nesta região há um
nodo (-) região onde Y=0. Assim, os electrões numa orbital antiligante não ajudam a manter
os núcleos reunidos. As repulsões internucleares tendem a fazer um afastar-se do outro.
A energia dos electrões numa orbitalmolecular ligante é menor que a
energia dos electrões nas respectivas orbitais atómicas separadas. A
energia dos electrões nas respectivas orbitais atómicas separadas.
O número de orbitais moleculares é sempre igual ao número de orbitais
atómicas de onde provêm. A combinação de duas orbitais moleculares-
uma ligante, a outra antiligante.
Dois modelos foram desenvolvidos para descrever a formação de ligações covalentes: a teoria da ligação
de valência e a teoria das orbitais moleculares.
Cada um tem os seus pontos fortes e fracos, os químicos utilizam um ou o outro, dependendo das
circunstâncias.
Segundo a teoria da ligação de valência, uma ligação covalente ocorre quando dois átomos se
aproximam um do outro de modo que uma orbital de um dos átomos, ocupada por um único electrão,
se sobrepõe a uma orbital do outro átomo, também ocupada por um único electrão. Os electrões, agora
emparelhados nas orbitais sobrepostas, são atraídos pelos núcleos dos dois átomos e, deste modo,
ligam os átomos um ao outro.
H + H H H
1s 1s molecula de H2
No HF por exemplo, a ligação covalente envolve a sobreposição de uma orbital 1s do hidrogénio (não
direccional) com uma orbital 2p do flúor (direccional) e se forma ao longo do eixo da orbital p.
F F
H + H
1s 2p HF
As ideias fundamentais da teoria de ligação de valência podem ser resumidas da seguinte maneira:
1. As ligações covalentes são formadas através da sobreposição de orbitais atómicas, cada uma
com um electrão de spin oposto ao do outro.
2. Cada um dos átomos ligados conserva as suas próprias orbitais atómicas, mas o par de electrões
das orbitais sobrepostas é compartilhado por ambos os átomos.
3. Quanto maior for o grau de sobreposição das orbitais, mais forte é a ligação.
A ligação H-H tem simetria cilíndrica.
H . .H
Ligações deste tipo, que são formadas pela sobreposição frontal de duas orbitais atómicas ao
longo de uma linha que une os núcleos, são denominadas: ligações sigma (σ).
Orbitais Moleculares de H2
As ideais centrais da teoria das orbitais moleculares podem ser resumidas do seguinte modo:
Átomo de Carbono
Hibridação no carbono
Hibridação é a mistura de orbitais de subníveis diferentes do mesmo nível (nível de valência), resultando
as orbitais denominadas orbitais híbridas.
promocao de 1 e-
promoção
sp3 109o28'
3
sp
3 sp3
sp
Hibridação sp3
4 orbitais Híbridas sp3
As orbitais sp3 de dirigem para os vértices de um tetraedro.
120o
Hibridação sp2
Três orbitais sp2
H
3 HC CH
sigma sp s
H C H
H
p p
sp
sp
Molécula tetraédrica
Quatro ligações σ (s-sp3)
CH3-CH3
Possui seis ligações sigmas (σ) (s-sp3)
Uma ligação σ (sp3-sp3)
H2C CH2
HC CH
Orgânica I UEM FaCiDeQ Página 62
Duas ligações π
Duas ligações σ: (sp-s)
Uma ligação σ: sp-sp
hibridizado sp
hibridizado sp2
Duas ligações π,
Duas ligações σsp-sp2
Quatro ligações σsp2-s
F. Geral:
CnH2n+2
Onde: n= número de C; 2n+2=n0 de hidrogénios, são por vezes representados pelo símbolo RH
(n=1) CH4: metano é o mais simples deles. Pelo aumento de n, obteremos as fórmulas de uma família
de compostos: uma série homóloga, cada membro difere do próximo membro de uma unidade
constante: o grupo –CH2-.
1. Alcanos normais
2. Alcanos ramificados
Nomenclatura: (introdução e conceitos)
b) Isomeria óptica
H
3-metilhexano (d, l, dl).
Carbono que possui4 grupos diferentes ligados a ele.
C X C H
Redução dum haleto de alquilo RX (X= Cl, Br, ou I) para alcano pode efectuar-se de
vários modos:
Pelo hidrogénio molecular em presença dum catalisador (Pd)
Pd
RX + H2 RH + HX
Ex.
Pd
CH3Br + H2 CH4 + HBr
RX + Mg RMgX
Mg
CH3CH2Br CH3CH2MgBr
Br H
b)
RX + Mg RMgX
2 C X C C
RX + Mg RMgX
RMgX + R'X R R' + MgX2
R
Li CuX
RX RLi R Cu Li
dialquilcuprato(I)
de litio R R'
R'X
Acoplamento de haletos de alquilo com compostos organometálicos.
Ex.
CH2CH3
Li CuI
CH3CH2Cl CH3CH2Li H3CH2C CuLi
CH2CH3
R CH CH R' + H2 R CH2CH2R'
C COOH C H
Ex.
NaOH
RCOOH RCOONa + H2O
NaOH
RCOONa RH + Na2CO3
NaOH
CH3COOH CH3COONa
NaOH
CH3COONa CH4 + Na2CO3
DEGRADAÇÃO DE DUMAS
O CaO
R C + NaOH RH + Na2CO3
fusao
O Na
(cal sodada = mistura de NaOH + CaO)
Ex.
O CaO
H3C C + NaOH CH4 + Na2CO3
fusao
O Na
SÍNTESE DE Kolbe
electrolise
2 RCOO Na R-R
C O CH2
A redução total de aldeídos e das cetonas, pode efectuar-se por diversos modos; em
especial o agente redutor pode ser um metal, como Zn, em meio ácido: redução de
Clemmensen.
Obtenção Industrial:
O petróleo e o gás natural são as principais fontes dos alcanos.
Solubilidade: de acordo com a regra empírica; polar dissolve polar; apolar dissolve
apolar; os alcanos são solúveis em solventes apolares como o benzeno, éter,
clorofórmio, etc. e insolúveis em água e outros solventes pronunciadamente
polares. Consideremos como solventes, os alcanos líquidos dissolvem compostos de
baixa polaridade, mas não os de alta polaridade.
ESTRUTURA
H H
a frente do plano
no plano
atras de plano
Todos os ângulos são iguais: 109028’
CONFORMAÇÕES
Os grupos unidos por ligações simples C-C são capazes de rotação livre à
temperaturas próximas ou superiores à temperatura ambiente.
Os diferentes arranjos espaciais dos átomos que resultam das rotações de grupos
em torno de ligações simples são denominados conformações e a análise (o estudo)
das mudanças energéticas que a molécula sofre à medida que os grupos giram em
torno de ligações simples é chamada: análise conformacional.
H H
H
Projeccao de Newman
H
H
H
H H H v a cao
H obser
H
H C C H
2 1
perspectiva H H
H 0o
H
H H
H H
Projeccao de Newman
CH3
*
CH3CH2CH2 C CH2CH3
H
Carbono assimétrico ou quiral.
Propriedades químicas
Reactividade: inércia frente a vários reagentes químicos.
Ligações C-C e C-H muito fortes e portanto difícieis de cindir.
Se tiverem de se cindir, implica o processo de ruptura homolítica como
consequência de reacções através de radicais a temperatura elevada ou pela acção
de radicais UV.
(excepções: reacções com ácidos fortes chamados superácidos)
Reactividade: X2 , Cl2>Br2
Ter.>sec.> prim>CH3-H
Cl
produtos
Cl2 CH3CHCH 2Cl
CH3 CH CH3 CH3 C CH3 + + policlorados
luz CH3 23%
CH3 CH3
48% + HCl
29% cloreto de t-But cloreto de
isobutilo
Br
Br2 CH3CHCH 2Br
CH3 CH CH3 o
CH3 C CH3 +
luz, 127 CH3
CH3 CH3
>99%
Cl2
CH3CH2CH2CH3 CH3CH2CH2CH2Cl + CH3CHClCH 2CH3
luz, 25o
cloreto de n-butilo cloreto de
S-Butilo
Equivalente a 28%/72%
Mecanismo de halogenação
(2) X + RH R + HX
(3) R + X2 RX + X
(4) X + X X2
(5) R + R R R
Ex
C4H10 C4H8 + H2
alcano alceno
CH3CH2CH2CH3 CH3CHCH 3
CH3
Ciclização (e desidrogenação):
+ 4 H2
CH3CH2CH2CH2CH2CH3
CH3
+ 4 H2
CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH3
ALCENOS
Isomeria:
a. Isomeria de cadeia:
CH3
b. Isomeria de posição:
H H
H Br
C C C C
Cl Br
Cl H
cis-1,2-dicloroeteno trans-1,2-dibromoeteno
H H H
H H CH3
C C C C C C
H H3CH2C H
CH 3 H CH3
H3C Br H3C Cl
C C C C
H H
Cl Br
Z-1-bromo-1-cloropropeno E-1-bromo-1-cloropropeno
CH3> H
Br > Cl
CH3
3-metil-pent-1-eno * carbono assimétrico (quiral)
o Dextrógiro
o Levógiro
o Racémico
Estrutura
H H
C C 118o
o
H 121 H
C sp2,
A molécula é planar,
Rotação em volta da ligação dupla impedida
(barreira energética 293Kj).
PROPRIEDADES FÍSICAS
H3C H C2H5 H
C C
C C
H H H H
. μ=0.35D μ= 0.37D
H3C H H3 C H
C C
C C
H3C H H CH3
.μ 0 μ=0
Cl Cl H Cl
C C C C
H H Cl H
Cis trans
.μ=1.85D μ=0
p.eb 60oC p.eb 48oC
p.f -80oC p.f -50oC
Preparação
Preparação geral:
eliminacao eliminacao
C C C C C C
adicao adicao (compostos
menos
Comp. saturados saturados)
Reacções de Eliminação
CH3CH CHCH 3
H H
produto principal
+ H2O
CH3 C C CH3
CH3CH2CH CH2
H OH
menos hidrogenado
R' R' H
R C OH > R C OH > R C OH
R'' H H
terc. sec. prim.
2. Desidrohalogenação (desalidrificação) de haletos de alquilo
base
CH C C C
calor (-HX)
X
Bases:
CH 3CHBrCH 3 + NH 2 CH 3CH CH 2 + NH 3 + Br
Caso de dupla polaridade de eliminação: regra de Saytzeff aplica-se.
CH3CH CHCH 3
OH prod. princ.
CH3CH2CHBrCH 3
CH3CH2CH CH2
Zn + ZnX2
C C C C
acetona
X X
Zn
CH3CHClCHClCH 3 CH3CH CHCH 3 + ZnCl2
4. Desidrogenação de alcanos
cat + H2
C C C C
calor
H H
Cr 2O5.Al2O5
CH 3CH 2CH 2CH 3 o CH 3CH CHCH 3 + outros butenos +
500 (cis e trans)
+ H2
II. Reacções de adição:
Hidrogenação de alcinos
Pd ou Ni-B(P3) R R
R C C R + H2 C C
H H
cis-alceno
H R'
Li ou Na
R C C R' C C
NH3 H
R
trans-alceno
Propriedades físicas
C C + A B C C
A B
a. Hidrogenação catalítica
H H
H
H
R H R
R C C
C C + H2 H H
R' R'
R' R'
" cis-adicao" ou "adicao Sin"
Ex.
Pt
CH3CH2CH CH2 + H2 CH3CH2CH2CH3
25o
b. adições electrófilas
principal propriedade química dos alcenos é a reacção de adição
electrófila.
C C + B: C C
ataque nucleofilo
1. adição de Halogénos
C C + X2 C C
alceno X X
vic-dihaleto
Mecanismo: “ trans-adição”
Br2 em CCl4
CH3CH CH2 CH3CHBrCH 2Br
1,2-dibromopropano
Br
C C + Br Br C C + Br
Br Br
C C C C
Br
Br
CH3CH2CH2Br (A)
CH3CH CH2 + HBr
CH3CHBrCH 3 (B)
produto princ.
Em presença dum composto susceptível de produzir radicais com facilidade (ex. peróxidos com a
forma RCOOOCOR).
Adições não seguem a regra de Markovnikov.
H
HCl CH3 CH CH2 + Cl
CH3 CH CH2
Cl
CH3 CH CH3 CH3CHClCH 3
carbocatiao sec. mais estavel prod. formado
Cl
CH3 CH2CH2 CH3CH2CH2Cl
carbocatiao prim.
menos estavel
R CO O O CO R 2 CO2 + 2R
2) Iniciação da reacção:
R + HBr RH + Br
R'CH2CH2Br (A')
R' CH CH2Br
ou + HBr + Br
R'CHBr CH2
R'CHBrCH3 (B')
(A) o radical secundário é mais estável do que (B), radical primário, e consequentemente, a
reacção conduz ao derivado halogenado (A’) em vez de (B’).
estabilidade de radicais:
terc.>sec.>prim.> CH3
Mecanismo de Oxidação suave: com KMnO4 ou OsO4: sin hidroxilação (diois “cis”)
C C Na2SO3 ou
NaHSO3
+ piridina C C C C
O O H 2O
Os O O OH OH
Os
O O O + Os
O
ROOR CH3CH2CH2Br
adicao anti-Markovnikov
CH3 CH CH2 + HBr
ausencia
de CH3CHBrCH 3
peroxidos adicao Markovnikov
3. Adição de ácido de sulfúrico
C C + H2SO4 C C
H OSO3H
hidrogenosulfato
de alquilo
Ex.
H
C C + H2O C C
H OH
Ex.
CH3
CH3
H CH3 C CH3
CH3 C CH2 + HOH o
250
OH
alcool t-butilico
5. Formação de Halidrinas: adição de ácidos hipocloroso (HOCl) e hipobromoso (HOBr) “ac. Hipo
haloso”
X OH
Ex.
(Cl2 , H2O)
CH3 CH CH2 CH3CHOHCH 2Cl
(propilenocloridrina)
1-cloropropan-2-ol
H2O
+ C6H5CO3H C C C C
C C
ou O2 do ar/ cat.
O HO OH
epoxido diol
ii.
a frio
CH2 CH2 + KMnO4 CH2 CH2
OH
OH OH
etilenoglicol
+ oxidante C O + C O
C C
HO
2 acidos
C O
R'' acido
Ex 1.
O O
MnO4 H
CH3CH CHCH 3 2 CH3C 2 CH3C
calor
O OH
Ex 2.
1) KMnO4, H2O
O
calor + CO2 + H2O
CH3CH2CH CH2 CH3CH2C
2) H OH
:O O:
C C
: O: :O: :O :
: :
O
: :
:O Ozonideo
: :
Monozonideo
:
O O
:
:O O: Zn, H2O
C O + C O + Zn(OH)2
:O : aldeidos e/ cetonas
Ex.
CH3 CH3 O
1) O3
CH3 C
CH3 C CH CH3 H3C C O +
2) Zn, H2O H
Acetona etanal
Combustão:
O2, calor
n CH2 CH2 CH2 CH2
Pressao n
polietileno
n C 6H 5 CH CH2 CH CH2
C 6H 5 n
poliestireno
H H H H
C C C C
H H
1,3-butadieno
2. Dienos isolados: ligações duplas separadas umas das outras por mais duma ligação simples.
3. Dienos acumulados: contém ligações duplas acumuladas e são também chamados de alenos.
CH2 C CH2
1,2-propadieno (aleno)
CH3CH2CH CH2
calor calor
CH3CH2CH2CH3 CH2 CH CH CH2
cat. cat.
CH3CH CHCH3
Br2
CH2 CH CH CH2 CH2 CH CH CH2 + CH2 CH CH CH2
Br Br Br Br
adicao 1,2 adicao 1,4
HCl
CH2 CH CH CH2 CH2 CH CH CH2 + CH2 CH CH CH2
H Cl H Cl
adicao 1,2 adicao 1,4
Nestas reacções, o produto de adição 1,4 obtém-se frequentemente em maior abundância. Mas se
tomamos o caso dum dieno isolado como 1,4-pentadieno, na adição de Br2 as ligações duplas reagem
independentemente umas das outras como se pertencessem a moléculas diferentes.
Br2 Br2
CH2 CH CH2 CH CH2 CH2 CH CH2 CH CH2
Br Br
Br Br Br Br
peroxidos
n CH2 CH CH CH2 CH2 CH CH CH2
n
1,3- butadieno
borracha sintectica ou
bura polibutadieno
CH3
peroxidos
n CH2 C CH CH2 CH2 C CH CH2
n
CH3 borracha natural ou
2-metil-1,3- butadieno cis-poliisopreno
isopreno
ALCINOS
Hidrocarbonetos acetilénicos, Fórmula geral CnH2n-2, caractertizados pela presença duma tripla ligação:
C C
Dividem-se em:
H C C R
R' C C R
H C C H CH3 C C H H3C H 2C C C H
etino propino but-1-ino
(acetileno) (metilacetileno) (etilacetileno)
CH 3
CH3 C C CH3
but-2-ino CH3 C C CH CH 3
(dimetilacetileno) 4-metil-pent-2-ino
CH3
CH3
2,2-dimetil-hex-3-ino
Estrutura de acetileno:
H C C H
180o
Acetileno
PREPARAÇÃO
CaCO 3 CaO
Calcario (cal viva)
2500o
3 C + CaO CaC2 + CO(g)
forno carbeto de calcio
electrico
to + Ca(OH)2
CaC2 + 2 H 2O H C C H
ambiente
C C Ca2+
1500o 3 H2
2 CH4 H C C H +
CHX CHX
derivado de dihalogenado vicinal
CH2 CX2
derivado de dihalogenado geminado
Ambos dão:
C C
Ex.
2 NaNH 2
CH 3 CHBr CH 2Br CH 3 C CH + 2 NaBr + 2 NH 3
KOH e NaNH2 podem provocar isomerização por deslocamento da tripla ligação ao longo da
cadeia.
KOH provoca um deslocamento da ligação tripla para o centro da cadeia.
NaNH2 provoca um deslocamento da ligação tripla para a extremidade da cadeia.
X X
+ 2 Zn C C + 2 ZnX2
C C
X X
Ex.
NaNH2 RX
H C C H H C C Na H C C R
alcino terminal
NaNH2 R'X
H C C R NaC C R R' C C R
alcino substituido
o Através de organomagnesianos:
R'MgX RX
H C C H H C C MgX H C C R
alcino terminal
R''MgX R'X
H C C R R C C MgX R' C C R
alcino substituido
Propriedades químicas
H
Na ou Li, NH3
(1) C C C C trans
H
H2
(2) C C C C cis
Pd ou Ni-B(P-2)
H H
Ex.
H2 H2
CH3 C C CH3 CH3 CH CH CH3 CH3CH2CH2CH3
Pt Pt
but-2-eno n-butano
H2 H H
C2H5 C C C2H5 C C
Ni-B(P-2) C H C2H5
hex-3-ino 2 5
cis-hex-3-eno
b) Adição de Halogénios
X X X X
X2 X2
C C C C C C
X2 = Cl2, Br2 X X
Br Br
Br2 Br2
CH3 C C H CH3 C CH CH3 C C H
Br Br Br Br
Ex.
Br2(1 mol)
CH3CH2CH2CH2C CCH2OH CH3CH2CH2CH2CBr CBrCH2OH
CCl4, 0oC
(80%)
H X H X
Cl
HCl
CH3 C C H CH3 C CH2 HCl CH3 C CH3
Cl Cl
C C
H O
cetona ou aldeido
O H O H
H
C C C C + H
H H H O
HgSO4
H C C H + H2O C C H C C
H2SO4 H
OH H
H
enol acetaldeido
O
HgSO4
H3 C C C H + H2 O CH3 C CH2 CH3 C CH3
H2SO4
OH acetona
Com KMnO4 básico, há quebra oxidativa do mesmo modo que nos alcenos.
1) KMnO4
o
OH ,25 2
CH3 CH2 C C CH2 CH3 CH3CH2COOH
2) H
ac. propionico
1) KMnO4
o
OH ,25
CH3CH2CH2CH2C CH CH3CH2CH2CH2COOH + CO2
2) H ac. pentanoico
III. Reações de ácido-base (característica de alcinos terminais)
R C C H R C C + H
Hidrogenio labil
O hidrogénio lábil está predisposto a ruptura heterolítica com a
formação dum carbanião e um protão. Isto faz lembrar o
comportamento de hidrogénio “ funcional” dum ácido (Ka é fraca 10-
22
).
C C H + M C C M + H
NH3(liq)
R C C H + Na R C C Na + 1/2H2
eter
R C C H + NaNH 2 R C C Na + NH3
R C C Na + HOH R C C H + NaOH
b) Alquilação
R' X
R C C Na R C C R' + NaX
c) Halogenação
R C C H + HO Br R C C Br + H2O
R'
R' HOH
+ C O R C C C OH
R C C Na
-OH
R'' R''
Os alcinos terminais sofrem uma reacção de acoplamento (dimerização) quando tratados com sais de
cobre e aminas.
NH3
R C C H + CuCl R C C C C R
O2, CH3OH (diino)
Ex.
NH3
CH3 C C H + CuCl CH3 C C C C CH3
O2, CH3OH
hexa-2,4-diino
Br Br
alceno vermelho incolor
(b)
Descoloração duma solução aquosa diluída, neutra, de permanganato de Potássio, a frio (teste de
Baeyer). Teste igualmente positivo no caso de alcinos e aldeídos.
p.ex.
O3 H2O
CH3 CH2 C C CH3 CH3CH2COOH + CH3COOH
pent-2-ino ac. carboxilicos
Ag HNO3
CH3CH2C C H CH3CH2C C Ag CH3CH2C C H + Ag
but-1-ino ppt but-1-ino
alcino terminal
Ag
CH3 C C CH3 nao ha reaccao
but-2-ino
(os alcinetos de metais pesados têm tendência a explodir, quando se deixam secar. Devem,
por isso, destruir-se, quando ainda húmidos; para tanto, tratá-los com ácido nítrico, a
quente. O ácido mineral forte regenera o ácido fraco, o alcino).
HIDROCARBONETOS ALICÍCLICOS
Cicloalcanos: saturados
Ex. cicloalcanos:
Ciclohexano Metilciclohexano
Cicloalcenos:
ciclobuteno
ciclopenteno ciclohexeno 3-etil ciclopenteno
Obtenção industrial
o
Ni 150-250 C
+ 3H2
25 atm
benzeno ciclohexano
OH OH
o
Ni 150-200 C
+ 3 H2
15 atm
fenol ciclohexanol
Preparação:
-reação de um derivado dihalogenado nos dois extremos da cadeia com o sódio ou zinco:
CH2
Br CH2 (CH2)nCH2Br + Zn (CH2)n + ZnBr2
CH2
+ 3 H2 Ni
Propriedades químicas
1. Hidrogenação:
20oC
CH 2 CH 2 + H2 H 3C CH 3
Ni
80oC
+ H2 H3 C CH2 CH3
Ni
180oC
+ H2 H3C CH2 CH2 CH3
Ni
2. Reagentes electrófilos:
+ Br Br BrCH2CH2CH2 + Br BrCH2CH2CH2Br
H
KMnO4/H2O OH
ciclobutilenoglicol
OH
H
Cadeia aberta=659
CONFORMAÇÕES DO CICLOHEXANO
H H
H
H H
H H
H H H H
Ha Ha Ha Ha
He He
He
He He axilacao He
Ha Ha
Ha Ha
He He He
He do anel
He He
Ha Ha Ha Ha
CICLOHEXANOS SUBSTITUIDOS:
H CH3 (a) H H
H
H H
H H H
H H
H H
H CH3 (e)
H
H H
H
H H
H H
(2) mais estavel 1.8 Kcal/mol-1
menos estavel (1)
1 H
3
H H
H H H
H 2 H
H H
H CH3
H 4 5 H H
H 6
H H
H H
interacao 1,3-diaxial
Em geral, a interação repulsiva é menor quando os grupos são equatoriais do que quando são
axiais.
Nos derivados do ciclohexano, com substituintes alquil mais pesados, a tensão provocada pelas
interações 1,3-diaxial é ainda mais pronunciada.
H H H
H
H
H
H H H
H oscilacao H
H H
H H
H do anel
H H
H H
H H
ter-butilciclohexano
ter-butilciclohexano axial
equatorial
H H H H H CH3
H H
H H
H H
H COOH COOH H
H COOH
COOH H
H H
H H
Br H
OH HO
H Br
trans-1,2-dibromociclopentano cis-1,2-ciclopentano-1,2-diol
H H
H H3C
CH3 H
CH3 CH3
cis-1,3-dimetilciclopentano trans-1,3-dimetilciclopentano
H
CH3
CH3
CH3
oscilacao H CH3
H3C
H
do anel
H
H
axial-equatorial
equatorial-axial
CH3 (a)
H
H3C
(e)
H
H
CH3
(e)
H CH3 (a)
trans-1,3-dimetilciclohexano
Um dos mais importantes sistemas bicíclicos é o biciclo [4.4.0] decano, composto usualmente
identificado pelo seu nome comum: decalina:
10 2
9 1 3
8 4
6
7 5
Os átomos de carbono 1 e 6 são átomos de carbono cabeças de ponte.
H
H
H
p.e. 1950C
cis-decalina
H H
p.e. 185.50C
H
H
trans-decalina
H
H
H
H
H
H
H H
H
H H
H
H
H
H
IMPORTÂNCIA
Na natureza existem principalmente os compostos cíclicos com anéis de cinco e seis carbonos
que são os mais estáveis: ocorrem nos petróleos de base nafténica e em essências de plantas e
vegetais (cfr. terpenos).
O ciclohexano é usado como solvente para tintas e vernizes, na extracção de óleos essenciais
dos vegetais e principalmente na produção de ácido adípico e da Hexametilenidiamina que são
matérias-primas na fabricação do naílon.
4
5
3
6 1
2
biciclo[2.2.1] heptano
norbornano
8
4
7 5 3
4
5
3
1
1 6 2
6
2
biciclo[2.2.2] oct-2-eno triciclo[2.2.1.02-6] heptano
Nomes triviais: para haletos simples: palavra cloreto, brometo, etc. seguidas do nome do
radical orgânico.
Ex.
Cl
CH3CH2CH2CH2Br CH3CHCH 3
CH3
CH3CH2 C CH3
I
iodeto de tert-pentilo
2-iodo-2-metil butano
Propriedades físicas:
Os haletos mais simples (CH3Cl, CH3Br, C2H5Cl, …) são gases, os de massa molecular
intermédia são líquidos, e os de massa molecular elevada são sólidos.
Os haletos são incolores, tóxicos, de cheiro característico, insolúveis em água e solúveis
em solventes orgânicos.
Em virtude de terem maior peso molecular, os haloalcanos tem pontos de ebulição
consideravelmente mais altos do que os alcanos com o mesmo número de átomos de
carbono.
Para dado grupo alquilo, o ponto de ebulição aumenta com o peso atómico do halogénio,
quer dizer, o fluoreto apresenta o ponto de ebulição mais baixo que o respectivo iodeto.
Para um dado halogénio, o ponto de ebulição aumenta com o número de carbonos.
Como no caso dos alcanos, a ramificação do grupo alquilo envolvendo ou não o carbono
a que se liga o halogénio, faz baixar o ponto de ebulição.
Ocorrência e preparação
HX ou PX3
ROH RX
SOCl2
ROH RCl
Ex.
HX ou PX3
CH3CH2CH2OH CH 3CH2CH2Br
ou
alcool n-propilico NaBr, H 2SO4(quente) brometo de n-propilo
PBr3
CHCH3 CH CH3
OH Br
1-fenil etanol 1-bromo-1-fenil etano
P + I2
CH3CH2OH CH3CH2I
iodeto de etilo
Ex.
CH3 CH3
Cl2, calor
CH3 C CH3 CH3 C CH2Cl
ou luz
CH3 CH3
neopentano cloreto de neopentilo
Br2 , refluxo
CH3 CH2Br
luz
HX
C C C C
H X
4. Por adição de halogénios a alcenos e alcinos
X2
C C C C
X X
X X
5. Por escâmbio de haletos:
acetona
R X + I R I + X
1. Substituição nucleófila
R X + :Z R Z + :X
2. Desalidrificação: Eliminação:
base
C C C C
H X
eter
R X + Mg RMgX
anidro
Organometálico:
R
Li CuX (dialquil cuprato I
R-X R-Li R CuLi de litio)
2+ -
RX + M + H RH + M + X
Ex.
Mg D2O (CH3)3CD
CH3 3CCl (CH3)3CMgCl
Zn, H+
CH3CH2CHCH3 CH3CH2CHCH 3
Br H
Br
Na, CH3OH
Br
Substituição nucleófila
R:W + :Z R:Z + :W -
substrato nucleofilo produto grupo despedido
(nucleofogo)
HO + CH3 Br CH3OH + Br
A reacção é claramente heterolítica: o ião hidróxido traz consigo o par eletrónico necessário à
construção da ligação com o carbono: o carbono perde um par de electrões e ganha outro par.
Os reagentes nucleófilos são reagentes básicos, ricos em electrões que tendem a atacar o núcleo
de carbono.
+ H 2O R:OH (2)
- R'COO:R (8)
+ R'COO
+ :NH3 R:NH2 (9)
R:NHR' (10)
+ NH2R'
:
R
(1), (2) são álcoois e (3) éter: são nucleófilos oxigenados.
[(9): amina primária, (10): amina secundária, (11): amina terciária]: nucleófilos azotados.
A velocidade duma reacção química se pode exprimir por um produto de três (3) atores:
A informação mais valiosa acerca de uma reacção é possivelmente a que se obtêm pelo estudo do
efeito das variações de concentração sobre a respectiva velocidade.
Ex.
CH3Br + OH CH3OH + Br
Se a reacção resultar do choque entre um ião hidróxido e uma molécula de brometo de metilo,
deve esperar-se que a velocidade dependa das concentrações de ambos estes reagentes. Se se
dobrar qualquer delas- a concentração de OH- : [OH-] ou [CH3Br], a frequência dos choques
deve duplicar e duplicará também a velocidade de reacção se qualquer das concentrações for
reduzida a metade, a frequência de colisões e consequentemente a velocidade devem reduzir-se a
metade. Verifica-se que, de facto, assim é:
V=K[CH3Br][OH-]
CH 3 CH 3
H 3C C CH3 + OH H 3C C CH3 + Br
Br OH
Tal como anteriormente duplica, se duplicamos [RBr], a velocidade duplica; se reduzirmos [RBr]
para metade a velocidade diminui para a metade. Porém, se dobramos [OH-], ou se reduzimos
[OH-] para metade, não há variação na velocidade. A velocidade da reacção é independente da
[OH-].
V depende só da [RBr]:
V=K[RBr],
Diz-se que a reacção do brometo de metilo segue uma cinética de segunda ordem, visto que a
velocidade depende das concentrações de duas substâncias.
Os estudos cinéticos da S.N realizada nos anos 1930-1940 em diversos substratos indicaram o
seguinte:
Os substratos primários reagiam, tal como o metilo segundo uma cinética de 2a ordem.
CH3x>prim.>sec.>terc.
A medida que se prossegue ao longo da série CH3, prim, sec., terc., a reatividade
primeiramente decresce, passa por um mínimo (normalmente no sec.) para finalmente
crescer.
O mínimo situa-se precisamente no ponto da série onde a cinética muda de 2a ordem para
1a ordem.
Em 1935, Hughes e Ingold pegaram nestas duas séries de factos: ordem cinética e
reactividade relativa e sobre elas construíram uma teoria geral da substituição alifáctica
nucleófila: a pedra angular de tal teoria era isto: que a substituição alifáctica nucleófila
pode operar-se por dois mecanismos diferentes. Estes mecanismos designam-se: SN2 e
SN1.
SN2cresce
SN2 contra SN1: RX=CH3X prim. sec. terc.
SN1 cresce
A reacção SN2: mecanismo e cinética.
- -
CH3Br + OH CH3OH + Br
V=K[CH3Br][OH-]
H H
H - H s-
s Br-
OH- H C Br HO C Br HO C H
H H H
SN2: substituição nucleófila bimolecular: o termo bimolecular usa-se aqui para indicar
que o passo determinante da velocidade implica o choque de duas partículas, ie, reacção
SN2: cinética da 2a ordem.
C6H13 C6H13
H C Br H C OH
CH3 CH3
(-)-2-bromooctano (-)-octan-2-ol
C6H13
C6H13
NaOH HO C H
H C Br
SN2
CH3
CH3
C6H13 C6H13
C6H13 H
H C Br HO C Br HO C H Br-
OH
CH3 CH3 CH3
CH3W>prim.>sec.>terc.
Ex.
-
R-Br + Cl - R-Cl + Br
H CH3 CH3
H
Br > H3C C Br H3C C Br
H C Br > H3C C >
H H CH3
H
metilo etilo isopropilo tert-butilo
As diferenças de velocidades entre duas reações SN2 são devidas principalmente a fatores
estéreos e não a fatores polares.
CH3 CH3
-
H3C C Br + OH- H3C C OH + Br
CH3 CH3
V=K[RBr]
Passo(1), lenta:
CH3 CH3
CH3 CH3
carbocatiao
Passo(2), rápida:
CH3 CH3
H3C C + OH H3C C OH
CH3 CH3
A velocidade do processo global é determinada pela cisão lenta da ligação C-Br, que forma o
carbocatião; uma vez formado, o carbocatião reage rapidamente produzindo o resultante.
A velocidade do passo (1) não depende de [OH-]. O passo individual, de cuja velocidade
depende a velocidade global duma reacção de vários passos, denomina-se passo limitante da
velocidade.
A velocidade da reacção é determinada pela rapidez com que o haleto de alquilo se ioniza; daí
que só depende da concentração do haleto de alquilo.
C2H5 C 2H 5
H2O
C6H13 H b
a
C
X b
CH3
a C6H13
C6H13
H OH
C
HO C H
CH3
CH3
Inversão Enantiómeros retenção
O reagente nucleófilo ataca tanto (a) a retaguarda (b) a frente do carbocatião. O ataque pela
retaguarda no entanto predomina.
Ao contrário de SN2 que se processa com inversão total, uma reacção de SN1 produz
racemização.
Terc.>sec.>prim.> CH3+
CH3 H H
CH3
CH3 C W > CH3 C W > CH3 C W > H C W
CH3 H H
H
V.Rel.: > 106 1.0 <10-4 <10-5
a) Cinética da 2a ordem
c) Ausência de rearranjo
a) Cinética da 1a ordem
b) Racemização
c) Rearranjo
d) Ordem de reactividade:
Terc.>sec.>prim.>CH3W
1) Substrato
2) Nucleófilo
(1) Substrato: consiste em duas partes, o grupo alquilo e o grupo que se despede.
O grupo que se despede tem pouco efeito sobre qual dos dois mecanismos
SN2 ou SN1 é predominante.
SN2cresce
SN2 contra SN1: RX=CH3X prim. sec. terc.
SN1 cresce
(2) Nucleófilo: a diferença principal entre os mecanismos SN2 e SN1 está em
quando é que se dá a participação do nucleófilo: no passo limitante de
velocidade em SN2, mas depois do passo limitante de velocidade em SN1.
Terc.> Sec.>Prim.>CH3+
G C C G
G cede e- G casa e-
dispersa a carga e intensifica a carga
estabiliza o catiao desestabiliza o catiao
H H R' R'
H C R C R C R C
H H H R''
Catião metilo catião prim. catião sec. catião terc.
CH3 CH3
C2H5O-
CH3 C CH2Br CH3 C CH2OC2H5
SN2
CH3 CH3
CH3 CH3
C2H5OH
CH3 C CH2Br CH3 C CH2CH3 + alcenos
SN1
CH3 OC2H5
-
CH3CH2CH2 X CH3CH2CH2 + X
Rearranjo
CH3CH2CH2 CH3CHCH 3
catiao prim cat. sec
H H
H
H
H Z
:Z
CH3CHCH 3 CH3CHCH 3
H
cat. terc.
cat. prim
CH 3 CH 3
rearranjo
CH 3 C CH CH 3 CH 3 C CH 2 CH 3
H cat. terc.
cat. sec
CH3 CH3
CH3
cat. terc
cat. prim
TRANSPOSIÇÃO DO HIDRETO
H
C C C C C C
H H
R
C C C C C C
R R
Mecanismos: E2 e E1
C C + :B C C + H:B + :X
base iao haleto
H X alceno protonada
base
haleto de alquil
Ex.
1.
H
KOH(alc.)
CH3 CH2 C CH2Br CH3 CH2 C CH2
H H
but-1-eno (unico produto)
H H H
but-1-eno but-2-eno
19% 81%
(produto que se forma
em maioir quantidade)
regra de Zaitsev
Reacções E2:
A reacção envolve um único passo: a base arranca um hidrão ao carbono;
simultaneamente separe-se de um ião haleto e forma-se a ligação dupla. No estado de
transição há duas ligações a cindirem-se: C-H e C-X.
X
+ C C + H:B
C C :X
H
:B
Mecanismo:
s
C 2H 5 O H H
C2H5O H H
C C
H CH3
C C CH3 s
H H Br
H Br
estado de transicao
H CH3
C C + C2H5OH + Br
H H
V=K[CH3CHBrCH3][C2H5O-]
Reatividade no caso de SN1 ou SN2: (nestas reações SN1 e SN2, a ligação carbono-
halogénio é cindida no passo limitante da velocidade).
Orientação e reatividade
A desalidrificação produz frequentemente uma mistura de alcenos isómeros.
Verificou-se que em geral há efetivamente um isómero que predomina: a orientação
da eliminação pode se prever com base na estrutura molecular:
O alceno dissubstituido:
CH3 C C CH3
Tem preferência sobre o monossubstituido :
CH3 CH2CH CH 2
O alceno trissubstituido tem preferência sobre o dissubstituido.
Br H CH3 CH3
KOH(alc.)
CH3CH2C CH3 CH3 C C CH3 + CH3 CH2C CH2
71% 29%
CH3
Estes factos foram observados pela primeira vez pelo russo Saytzeff que em 1875,
formulou uma regra que se pode resumir nos seguintes termos: na desalidrificação, o
produto de reação que se forma de preferência é o alceno que tiver maior
número de grupos alquilo ligados aos átomos de carbono da ligação dupla.
R2C CR2 > R2C CHR > R2C CH2 , RCH CHR > RCH CH2
Terc.> sec.>prim.
H H
carbocatiao
H :B
V=K[RX]
Reatividade: terc.>sec.>prim.
E2 contra E1
a reactividade cresce na E2 e na E1
A reatividade cresce na E2 em resultado principalmente da maior estabilidade
dos alcenos, muito mais ramificados, que se formam.
A reatividade na E1 cresce devido à maior estabilidade dos carbocatiões que
se formam no passo limitante de velocidade.
E2 contra SN2
E1 contra SN1
X
C C C C
S H S H
E :Z
:Z E
Eliminacao aumenta
RX= Prim. Sec. Terc.
substituicao aumenta
R X + Ag R + Ag X
HALETOS DE ARILO
Preparação:
CuCl Ar Cl
Ar N2
CuBr Ar Br
I
Ar I
(cfr. Aminas)
2. Halogenação:
X2 + HX
Ar H Ar X
ac. de Lewis
Reacções: a reacção típica dos haletos de alquil: substituição nucleófila, ocorre com extrema dificuldade
nos haletos de arilo, excepto caso de certos processos industriais onde se usa condições extremamente
enérgicas, todavia, se o anel aromático estiver ligado além do halogénio, a outros grupos sacadores de
electrões como –NO2 , -NO, e –CN, em posição orto e para relativamente à do halogénio, a substituição
nucleófila produz-se com facilidade.
As reacções dos haletos de arilo, não activadas com bases fortes ou a temperaturas elevadas, elas tem
lugar através da formação de benzino (tem aplicação crescente em síntese orgânica).
Ar X + :Z Ar Z + :X
Ar deverá possuir grupos com forte tendência a sacar electrões em posição orto ou para ou em
ambas, relativamente a X.
Cl OH
Cl OH
NO2 NO2
p-cloronitrobenzeno p-nitrofenol
Cl OH
NO2
NO2
o
Na2CO3(aq) , 130 C
NO2 NO2
2,4-dinitroclorobenzeno 2,4-dinitrofenol
NO2 NO2
2,4,6-trinitroclorobenzeno 2,4,6-trinitrofenol
(ac. picrico)
Cl NH2
anilina
Cl NH2
NO2
NO2
o
NH3 , 170 C
NO2 NO2
2,4-dinitroclorobenzeno 2,4-dinitroanilina
NO2 NO2
2,4,6-trinitroclorobenzeno 2,4,6-trinitroanisole
Cl
Cl :
(1) + :Z Z lento
Cl
Z
:
(2) rapido
Z + :Cl
I
O carbono intermediário(I) é um híbrido de II, III e IV; e representa-se por uma única estrutura V.
Z Cl
Z Cl Z Cl
H H :
:
: IV
II H III
Z Cl
. .
. .
.. .
.. . ..
Z C Cl
Z Cl
. .
. .
.. .
.. . ..
Aromática: composto tetraédrico
Reactividade:
Cl
Z Cl
Z Cl
:Z .. .
.. . .
s . .. ..
.. . .. ..
. . . ..
carbaniao
estado de transicao
carga negativa completa
carga negativa em for
macao
.. .
+ :Z .
.. .
. . . ..
G
G
+ :Z Ar:Z + :X
Ar-X
base forte
Anel não activado para o deslocamento biomolecular.
Ex.
F Li
H2O
+
Li
fluorobenzeno fenil-litio
bifenilo
Br H2N
3-bromo-4-metoxibifenilo 2-amino-4-metoxibifenilo
Mecanismo:
X NH2
NH2 NH2
NH3 NH3
X X
(2) + X
:
benzino
I
NH2
(3) NH2
adicao
:
II
NH3
(4)
+ NH2
:
II
Cl NH2
NH2
NH2
+
NH3
47% 53%
Interpretação:
NH2
Cl NH2
NH3 NH2
NH2
NH3
NH2
NH3
H2N
H H
H
H
H
CH3
isopropilbenzeno dimetilbenzeno
tolueno (cumeno) (ortoxileno)
CH2
difenilmetano
1,2,3-trifenilpropano
Bifenilo
naftaleno antraceno
fenantreno pireno
C6H5
Radical fenilo
Radical alquilo: se supressão dum H da cadeia lateral.
Ex.
Tolueno:
Radical arilo
CH3
radical orto-cresilo
Radical alquilo
CH2
radical benzilo
B
orto meta para
Ex.
Cl Cl
Cl Cl
o-diclorobenzeno m-diclorobenzeno p-diclorobenzeno
(orto- diclorobenzeno) (metadiclorobenzeno) (para-diclorobenzeno)
ALQUILBENZENOS
CH3
CH3 CH2CH2CH3
CH2CH3 CH2 CH
CH3
C2H5
CH3
CH3
CH3
CH3
CH3 CH3
CH3
o-xileno m-xileno p-xileno p-etiltolueno
CH2
C2H5
2-metil-3-fenil
m-etil-i-propilbenzeno pentano difenilmetano
CH CH2
CH2CH2
Difeniletano Estireno
CH2 CH CH2 C CH
Alilbenzeno fenilacetileno
CH3
C CH CH3
2-fenil-but-2-eno
Estrutura do benzeno:
Em 1865, Kekulé:
Estrutura com 3 ligações duplas fixas, mas esta estrutura não explica a razão de o benzeno não
dar reacções de adição como os alcenos.
H
H
C H
C C
C C
H C
H
. . ..
.
.. .. ou
. .
Híbrido de ressonância
C C C C C C
Daí a reactividade do anel aromático, por Ex. reage dando substituições de preferência, e as
reacções de adição (como é o caso dos alcenos).
Este caráter é presente também em toda a estrutura cíclica insaturada conjugada com o número total
de electrões deslocalisados igual a 4n+2 (n=0,1,2,3,….) regra de Huckel.
Propriedades físicas
Os compostos aromáticos são compostos orgânicos que contêm um anel de be
nzeno nas suas moléculas ou
que possuem propriedades químicas idênticas às do benzeno.Estes compostos
são não saturados
(apresentam ligações duplas e triplas), no entanto eles não tomam facilmente p
arte em reações de adição.Em seu lugar, eles sofrem uma substituição electrófi
la.
Como compostos de baixa polaridade, apresentam basicamente as mesmas
características dos demais hidrocarbonetos. Os pontos de fusão dos aromáticos
são relativamente mais elevados que os equivalentes alicíclicos, devido ao
fato de as moléculas aromáticas serem planas, o que permite uma melhor
interação intermolecular. Em um dialquil-benzeno, os isômeros apresentam
pontos de fusão diferentes. Verifica-se experimentalmente que os pontos de
fusão dos derivados crescem na seguinte ordem: orto < meta < para. Esse fato
constitui um caso particular do efeito da simetria molecular sobre as forças
cristalinas. Quanto mais elevada for a simetria de um composto, tanto melhor
será a ordenação segundo uma rede cristalina e por isso tanto mais alto será o
ponto de fusão e mais baixa será a solubilidade. veja, por exemplo, os pontos
de fusão dos isômeros do xileno (dimetil-benzeno):
Orto-xileno: -25o C
Meta-xileno: -48o C
Para-xileno: 13o C
Propriedades Químicas:
Mecanismo geral:
H
sp3 X
H
X
s+ s_
+ X Y + H
H + Y H Y
H H H
X
X
X
a) Halogenação
FeX3
+ X2 (Cl2 , Br2) + HX
Mecanismo:
Cl
Cl
Cl Cl Fe Cl H
+ + FeCl4
Cl
Cl
+ HCl + FeCl3
Cl Cl
Cl
H H
H
b) Nitração
NO2
H2SO4
+ HNO3 + H2O
nitrobenzeno
O
O
O -H2O
H N
H O N H O N
O O O
H
iao nitronio
+ NO2
H H H
-H
NO2
c) Sulfonação
SO3H
+ H2SO4 + H2O
Ác. Benzenossulfónico
Mecanismo:
SO3 SO3H
-H H3O
+ H2O
CH2CH3
AlCl3
+ CH3CH2Cl
Etilbenzeno
O
O C R
AlCl3
+ R C
Cl
Mecanismo:
Cl Cl
Cl Al + ClCH2CH3 Cl Al Cl + CH3CH2
Cl Cl
Catião etilo
O Cl
Cl
+ Cl C Cl Al Cl + R C O R C O
Cl Al
R
Cl Cl
Ião acilo
O
O
C
R C
R
+ R C O H -H
Br
calor ou luz
CH2CH2Br
2-bromo-1-feniletano
Mecanismo radicalar
Alílico, Benzílico > terc. > sec. > prim.> CH4, Vinílico.
91%
9%
H H
Para: 37%
Orto: 59%
NO2
NO2 NO2
HONO2
NO2
meta: 93%
Br2 HONO2
+
FeBr3 H2SO4
NO2
Br
NO2
HONO2 Br2
H2SO4 FeBr3
NO2
Reacções de oxidação
O O
1) O3
3 C C
2) H3O (Zn)
H H
ac. benzoico
COOH
CH2CH2CH3
KMnO4 (acido)
+ 3 H2O + 3 CO2
ou K2Cr2O7 (ac.)
ac. benzoico
+ 3/2 O2 6 C + 3 H2O
Isto faz com que a queima dos hidrocarbonetos benzénicos produza chama luminosa e
fuliginosa (a fuligem é formada de partículas de carbono).
Por exemplo:
HNO3
TNT (explosivo)
H2SO4
NO2
NO2 NH2
HNO3 reducao
H2SO4 Fe + HCl
C12H25 C12H25
C12H25
NaOH
H2SO4/SO3
SO3H SO3Na
ac. p-dodecil p-dodecil-benzeno-sulfonato
benzeno sulfonico de sodio (detergentes)
6 3 6 3
10a (4a)
10(4a)
5 4 5 10 4
Naftaleno antraceno
3
4 2
9 10
5
8 10(10a) 1 1
6
7 5a
2
4a
7 10
6 5 4 3 8 9
Fenantreno
Naftaleno. Estrutura
1.424 A 1.365
A
1.393A 1.404 A
8 1
9(8a)
7 2
6 3
10(4a)
5 4
naftaleno
CH3
NH2
CH(CH3)2
3-isopropil-1-metilnaftaleno α-naftilamina
1-naftilamina
Reacções do naftaleno
1) Oxidação e redução
a) Oxidação
O
CrO3
CH3COOH
(18-20%)
10-15oC
O
1,4-naftoquinona
COMPOSTOS CARBONÍLICOS
Aldeídos e Cetonas
Funções Aldeído e Cetona têm mesmo grupo funcional.
R R''
C O C O C O
R'
H
Aldeído grupo carbonílico Cetona
Onde R: alquilo ou H
R’ e R’’≠H
Nomenclatura:
Sistema IUPAC: nomeiam-se os aldeídos alifácticos por substituição da terminação O do
nome do alcano correspondente por al (grupo carbonilo ocupa a posição no1: final da
cadeia). Ex:
O
H3C C
H Aldeído acético ou acetaldeído(o ácido acético CH3COOH)
O O
O
R C R C
H OH
H3C CH2 C
H Aldeído propiónico ou propionaldeído (do ácido propiónico:
CH3CH2COOH)
O O
C Cl C
H H
Benzaldeído p-clorobenzaldeído
CH3
OH
O O
C C
H H
o-hidroxibenzaldeído o-tolualdeído
As cetonas:
Também a partir do hidrocarboneto correspondente seguido da terminação –ona e numerar a
cadeia de maneira a dar ao carbono carbonílico o menor número possível; este número indica a
sua posição. Ex:
O O
Propanona butanona
O O
CH3
H3C CH2 CH2 C CH3 H2C CH CH C CH3
Pentan-2-ona 3-metilpent-4-en-2-ona ou
3-metil-4-penteno-2-ona
Podem igualmente enumerar-se os 2 radicais R’ e R’’ e fazê-los seguir da palavra cetona.
Outras cetonas são designadas de preferência por nomes consagrados pelo uso.
O
O
CH3 C
CH3 C CH3
Acetona Acetofenona
O
CH3 C CH2 CH2 CH3
C
O
Metilpropilcetona Benzofenona(difenilcetona)
PROPRIEDADES FÍSICAS
Formaldeído é um gás mas todos os outros aldeídos como as cetonas são líquidos a temperatura
ordinária ou sólidos se o seu peso molecular for elevado.
Primeiros termos são solúveis em água, a partir de C5 esta solubilidade é quase nula.
O grupo carbonilo é um grupo polar, confere aos aldeídos e cetonas a natureza polar, pontos de
ebulição mais altos que outros compostos apolares de massa molecular relativa comparável.
Não há ligações pontes de hidrogénio intermoleculares, tem pontos de ebulição mais baixos que
os álcoois e ácidos carboxílicos de massa molecular semelhante.
Características estruturais
120O
Z
1200 C O
120O
R
O carbono carbonílico é hibridizado sp2, os três átomos unidos a ele dispõem-se em ângulos de
120o.
Polarização do grupo carbonilo:
s s
C O
PROPRIEDADES QUÍMICAS
Reactividade geral
H s s
ataque pelos acidos
O
e pelos nucleofilos
C C
Reacção muito característica dos aldeidos e cetonas é a adicao nucleófila à dupla ligação Carbono-
oxigénio. Pode ocorrer de dois modos gerais:
Nu
R'
Nu :
C OH C OH
R R'
R
Mobilidade dos H situados na posição α do grupo carbonilo que permitem a sua substituição.
As reacções efectuam-se quer por intermédio do enol.
CH C C C
OH enol
O
Quer por intermédio do ião enolato que resulta da libertação de H lábil em α por uma base:
B: H
C C C C C C
O O O
iao enolato
O R
OH
HCN
R C R' C cetocianidrinas
R'
CN
CN COOH
HCN HCl
CH3 CH2 C CH3 CH3 CH2 C CH3 aquec. CH3 CH2 C CH3
O OH OH
α-Hidróxiácidos
CN
H2SO4(conc.)
CH3 CH2 C CH3 CH3 CH C COOH
aquec.
OH CH3
Ácido α,β-insaturado
HCN CH3
CH3 CHO CHOH C N CH2 CH C N
3
2 CO
OH O
Na
HC
R C + NaHSO3 l
NaSO3 C R
H RCHO + NaCl + SO2 + H2O
H
Exemplo.
HO OH OH
NaHSO3 NaCN HCl
C6H5CHO C6H5 C SO3Na C6H5 C CN C6H5 C COOH + NH4
H2O H2O Ref.
H H H
67%
C O + H2N A C N A + H2O
C O + H2N OH C N OH + H2O
Hidrazina Hidrazona
Fenilhidrazona
2,4-dinitrofenilhidrazona
semicarbazida Semicarbazona
f) Reacção com aminas primárias (com otenção de iminas, chamadas bases de Schiff)
O N CH3
eter
CH3 C + H2N CH3 CH3 C + H2O
Na2SO4 H
H
acetaldimina
CH3 CH3
O
H2CO3
CH3 CH C + H N CH3 C CH N
H 0o
H2O
C + RMgX C R C R
O OMgX OH
5. Adição de água
C O + H OH C OH
São instáveis, excepção: metanal nas soluções aquosas, formol está na forma de hidrato; o cloral
( CCl3CHO) possui igualmente um hidrato estável.
6. Adição de álcoois (formação de acetais)
Aquecimento com um álcool em presença de HCl anidro transforma-se em Hemiacetal e acetal.
OR
HCl
C O + R OH C OR + H2O
Acetal
1a FASE DA REACÇÃO:
R R R
R''OH
H
C OH C OH
C O
R' R' R'
H
R R
OR'' OR''
C C + H
R' OH R' OH
2a FASE:
R R
OR'' R OR''
H OR''
C C + H2O
C
R' OH R'
R' OH2
Acetal (cetal)
RESUMO:
ROH
ROH + C O RO C OH RO C OR
H
Hemiacetal ou hemiacetal acetal ou cetal
7. Redução
a) Redução a álcoois
H2 , Ni ou
C O C OH
Pt ou Pd
1. LiAlH4 ou NaBH4
C O C OH
2. H
A redução de aldeídos dá álcoois primários e de cetonas dá álcoois secundários.
b) Redução a Hidrocarbonetos
b.1) redução de Clemmensen, para compostos sensíveis às bases
Zn(Hg) , HClconc.
C O C H
8. Reacção de Cannizzaro
Aldeídos sem H α, em alcali concentrado transformam-se em álcool e sal de ácido.
Exemplo:
60% KOH
2 C6H5 CHO C6H5COO K C6H5CH2OH
+
(80-90%)
9. Oxidação
O H H
O
C C C C
KO ONa
OH OH
Solução B: CuSO4
Solução A + Solução B = reagente de Fehling e apresenta cor azul intensa.
O Licor de Fehling comporta-se praticamente como uma solução de CuO que é uma solução
azul-escura: em presença de um redutor descora e aparece um precipitado vermelho-tijolo. De
Cu2O.
O
O reagente + Cu2O
+ R C
R C de Fehling OH
H
Ppt ver. Tijolo(marron)
reagente aldeido
precipitado vermelho-tijolo
de Fehling
reagente cetona
de Fehling sem mudanca
O O
Reagente + Ag
R C + R C
de Tollens
H ONH4 Ppt
Reagente aldeido
de Tollens precipitado de prata
Reagente cetona
nao ha reaccao
de Tollens
+ OH C CH + H2O
C C
O H O
C CH + C O C CH C O
O O
H2O
C CH C O C CH C OH + OH
O O
Aldol
H O
H CH2 C CH3 CHOH CH2 CHO
CH3 C +
H
O
3-Hidroxibutanal (β-aldol)
O OH O
O
PREPARAÇÃO
A. PREPARAÇÃO DOS ALDEÍDOS
Al(i-Bu)2H H3O
R C N RCHO
O
LiAl(OEt)2H2 H3O
R C RCHO
NR'2
H3O
RMgX + HC(OCH2CH3)3 RCH(OCH 2CH3)2 RCHO
a. Reacção de Gattermann-Koch
AlCl3
ArH + CO + HCl ArCHO
Cu2Cl2
b. Reacção de Gattermann
ZnCl2 H3O
ArH + HCN + HCl ArCHO
CHO
NaOH(aq)
+ CHCl3
R R
(Fenóis) o-Hidroxi-benzaldeído
(salicilaldeído)
d. Reagente N,N-dimetilformamida/ cloreto de fosforila(reagente de Vilsmeier)
O POCl2
HCON(CH3)2 + POCl3 H3C N C Cl
H
CH3
O POCl2
H2O
ArH + H3C N C Cl ArCHO
H
CH3
HgSO4
R C CH R C CH3
H2SO4(aq)
O
6. Adição de reagentes organometálicos a ácidos e seus derivados
O
O H3O
R C + R'2Cd R C R'
Cl
O
O o
-78 C H3O
R C + 2 CH3Li R C CH3
OH
O
H3O
R C N + R'MgX R C R'
O
H3O
R C(OEt) 3 + R'MgX R C R'
7. Rearranjo de Hidro-peróxidos
CH3 CH3
O O
O O
p-benzoquinona Antraquinona
C. Produção Industrial
1. Oxidação de Hidrocarbonetos
CHO
o
500 C
CH3 + O2 + H2O
MoO3
KMnO4 R
R2CHOH C O
(ou Cu/300oC)
R
Nomenclatura
HO
ácido butanoico ou ácido butírico
HO
HO
HO
2
Cl H
3 1
H COOH
ácido trans-3-clorociclobutanocarboxílico
5 4 3 2 1
HO CH 2 CH 2 CH2 CH 2 COOH
Δ γ β α
Ácido-5-hidroxipentanóico ou δ-hidroxivalérico
COOH
COOH
COOH
NO2
COOH
Ácido 1-naftóico
HOOC
Ácido 2-naftóico
CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS
O O
C C
: :
O H O H
I II
Daqui resulta que um ácido é muito mais fortemente ácido do que um álcool e muito menos cetónico do
que uma cetona.
H
O O
+ HOH R C + H O H
R C
OH O
Ião carboxilato ião hidrónio
PROPRIEDADES FÍSICAS
Os ácidos carboxílicos são substâncias polares.
Podem formar pontes de hidrogénio fortes entre si e com água: encontram-se em grande parte
sob a forma de um dímero cíclico, intervindo duas ligações de H recíprocas.
O OH
R C C R
HO O
Como resultado, os ácidos geralmente tem pontos de ebulição altos (superior a dos álcoois de
mesmo peso molecular) e aqueles de baixo peso molecular apresentam solubilidade apreciável
em água. Os quatro (4) primeiros são miscíveis com água em todas as proporções mas à medida
que as cadeias de carbonos aumenta, a solubilidade em água diminui, tornando-se praticamente
nula a partir de C9.
PROPRIEDADES QUÍMICAS
1. Acidez dos ácidos carboxílicos
Os ácidos carboxílicos estão dissociados em solução aquosa segundo o equilíbrio:
H
O
: :
R COOH + HOH R C + H O H
:
O
Anião carboxilato ião hidrónio
G C
O
G C
O
Exemplo1:
ÁCIDO Ka(10-5)
CH3COOH 1.8
CH2ClCOOH 155
CH3CH2COOH 1.4
CH3CH2CH2COOH 1.6
CH2ClCH2CH2COOH 3.8
CH2ClCH=CHCOOH 126
Exemplo 2:
Cl Cl H
Cl H H
-1 -2
Ka= 2.0*10 3.32*10 1.5*10-3
H C COOH
H
Ka= 1.8*10-5
Também o efeito decresce à medida que aumenta o número das ligações σ entre o grupo
“retirador” de electrões e o grupo carboxilo.
Cl Cl
-2
Ka=1.47*10 Ka=1.47*10-3
H3CO OH
COOH COOH
-5
Ka: 3.3*10 2.6*10-5
Com o grupo “NO2” em para, os efeitos indutivos e de ressonância são importantes para a
estabilização do ião carboxilato.
2 CH3COOH + Zn (CH3COO)2Zn + H2
CH3COOH + KOH CH3COOK + H2O
ONa
OH
H2O C + H2O
C
+ NaOH
O
O
ONa
OH
H2O C + H2O + CO2
C
+ NaHCO3
O
O
Pode-se portanto usar testes de solubilidade para distinguir os ácidos carboxílicos dos
álcoois e fenóis quando todos são insolúveis em água.
Os ácidos carboxílicos insolúveis em água se dissolvem em solução aquosa de
NaOH e em solução aquosa de NaHCO3.
Os fenóis insolúveis em água somente se dissolvem em NaOH(aq) mas (excepto
nitro fenóis) não se dissolvem em NaHCO3(aq).
Exemplo:
H2O
H3C OH + NaOH H3C O Na + H2O
No caso dos ácidos alifácticos de cadeia comprida (C15 a C18) os sais de sódio, potássio ou lítio constituem
os sabões.
O anião RCOO- [por exemplo: CH3(CH2)14COO- ] contêm duas partes: o radical alquilo R, devido a sua
constituição hidrocarbonada, é insolúvel em água: é a parte “Hidrofóba” do ião; o grupo polar –COO-
pelo contrário possui uma afinidade natural para a água: é a parte Hidrofila.
2. Redução a álcoois
RCOOH + LiAlH4 RCH2OH
3. Descarboxilação
O
C H + CO2
C C
OH
b) Método de Kolbe:
O
electrolise + NaOH
CH3CH3 + CO2 + H2
2 CH3 C
ONa
X
Onde: X2 = Cl2 ou Br2
OH Z
Onde:
Z= Cl – cloreto de ácido
Z=OOCR – anidrido
Z=N – amida
Z= OR’ – éster.
O O
SOCl2 + SO2 + HCl
R C R C
OH Cl
O O
PCl3 + H3PO3
R C R C
OH Cl
O O
PCl5 + POCl3 + HCl
R C R C
OH Cl
OO
O O
+ R' C R C C R' + Na Cl
R C
Cl O
ONa
Os anidridos cíclicos frequentemente são preparados por simples aquecimento do ácido dicarboxílico
aproprpiado (aplicável a formação de um anel a 5 ou 6 membros).
O
O
C
H2C OH
300oC
O + H2O
CH2
OH
C
O
O
Anidrido succínico
O O
C
OH
230oC
O
OH
C
O
O
Reacção geral:
O O
H
R C + R'OH R C + H2O
OH OR'
O
O
H
+ CH3CH2OH CH3 C OCH2CH3 + H2O
CH3 C
OH
O O R
OH O
H + H2O
R CH CH2CH2C OH
Γ β α
Γ (γ)-hidroxiácido γ-lactona
OH O
O + H2O
H
R CH CH2CH2CH2C OH R
- δ γ β α
- δ- hidroxiácidos δ-lactona
O
O
SOCl2 R'OH
R COOH R C R C OR' + H2O
Cl
O O O
NH3
R C R C R C + H2O
OH O NH4 NH2
O O
OH
N H + H2O
NH2
O O
Imida
Conversão em lactamas
NH2 C
O NH + H2O
R CH
R CH (CH2)n C
(CH2)n
OH
R C
R= alquilo ou arilo
Nomenclatura: os nomes dos derivados de ácido obtêm-se quer do nome trivial, quer do nome da IUPAC
do ácido carboxílico correspondente.
Exemplo:
O
CH3C COOH
OH
Ác. Etanoico
CH3C C
Cl Cl
Cloreto de etanoilo
O
O
CH3C
O
O
CH3C
O
O
Anidrido etanóico
O O
CH3C
NH2 NH2
Acetamida Benzamida
Etanamida
O O
CH3C
OC2H5 OC2H5
Etanoato de etilo
As amidas tem pontos bastante altos porque as moléculas se podem ligar extensamente umas às outras
por ligações de H intermoleculares:
H R
O
N H O H
R N
Os cloretos de acilo tem cheiro pronunciado, irritante, devido em parte ao hidrolisarem-se facilmente
com a produção do ácido carboxílico e de HCl.
Nu Nu
R' H
C O + Nu: C O C OH
R' R'
R
R R
H Nu
R
C O + :Nu H C O
L R
L
O
O
R C + :Nu H R C Nu H
Cl Cl
O O
+ Cl R C + HCl
R C
Nu H Nu
O O
R R
O + O
..
Nu H
R Nu H
R
O O
O
R
O
O H O
R + R
R Nu Nu OH
O
OU
O + O
..
Nu H
R R Nu H
O O
O O
O O
R + R R + R
Nu H O
Nu OH
O
O O R O O
R R O R R
Cl S R R OR' NH2
O
1. Conversão em ácidos:
O O
R + H2O R
Cl OH
2. Conversão em anidridos:
O O O
R + R R O + Cl
Cl O O
R
4. Conversão em amidas
O O
R R + NH4Cl
+ NH3(exc)
Cl NH2
O O
R + NH2R(exc) R + RNH3Cl
Cl NHR
O O
R + NHR2(exc) R + R2NH2Cl
Cl NR2
Cl SR'
6. Conversão em cetonas:
O C
AlCl3
R
R C +
Cl
O
O
R C + R2Cd 2 R C R
Cl
7. Conversão em aldeídos
O O
Pd(s)
R C + H2 R C
Cl H
8. Reacção com carbaniões
O O O
C R''
O
O + H2O 2 RCOOH
2. Conversão em ésteres:
O
R O O
+ R
O + R'OH R
OR' OH
R
O O
OR'
O + R'OH
OH
O O
O O
O
OH
calor
+ R'NH2 N R'
O
NHR'
O O
O Imida
4. Conversão em cetonas:
O
O
R AlCl3 R
+ RCOOH
O +
O
O
+ R'OH
+ OH R
R
O
OR'
R + R''OH R + R'OH
OR' OR''
3. Conversão em amidas:
O
O R''
R'' + R'OH
+ HN R
R
R'' N (R''/R''' pode ser H)
OR' R'''
5. Redução
O
Ni
H2 RCH2OH + R'OH
R +
OR'
O
RCH2OH + R'OH
R + LiAlH4
OR'
OR'
6. Reacções com Carbaniões: Condensação de Claisen
O
RCHC OR'
1) NaOC2H5 + R'OH
2 RCH2C OR'
C CH2R
2) H
O
1. Hidrólise:
O
H2O
R'
+ R COOH + R' NH2
R C H
N R''
R''
O
H2O
R' R COO + R' NH
R C + OH
N R'/R'' pode ser H R''
R''
3. Conversão em imida:
NHR
calor
N R
OH
O
O
4. Conversão em aminas:
O
R C + RCH2NH2
LiAlH4
NH2
O
Br2 , OH
R C R NH2 + CO3
NH2
(degradação de Hoffmann)
O O
HONO
R C R C + H2O + N2
NH2 OH
ÁCIDOS CARBOXÍLICOS
Obtenção Industrial:
b) A partir do acetileno
O
H2O, H2SO4 O2 , Mn2+
CH CH CH3 C CH3COOH
HgSO4
H
Cl HO COOH
Cl OH
CH3 C C
3 Cl2
Cl 3 HOH OH
-3 HCl -3 HCl - H2O
cloreto de benzilidino
ÁCIDO FTÁLICO:
A partir de o-xileno ou naftaleno por reacções de oxidação catalítica:
OH
O2 O
ou
V2O5 OH
xileno naftaleno
O
PREPARAÇÃO:
b) Oxidação de alquilbenzenos:
KMnO4
Ar R ou ArCOOH
K2Cr2O7
Exemplo:
O
K2Cr2O7 , H2SO4(quente)
O2N O2 N
OH
KMnO4(conc.)
R CH CH R' RCHO + R'CHO
RCOOH R'COOH
Mg CO2 H3O
RX RMgX RCOOMgX RCOOH (ArCOOH)
2. Hidrólise de Nitrilos
H ou OH NH3
R C N Ar C N + H2O R COOH +
O + 2 H2O 2 RCOOH
R C + H2O RCOOH
-HCl
Cl
5. Reacção de “Halofórmio”
O O
O HCl
X2 , OH R C + NaCl
R C
R C OH
O Na
CH3
6. Síntese malónica
COOC2H5
COOC2H5 COOC2H5 RX
Na Na CH R CH
CH2 COOC2H5
COOC2H5 COOC2H5
H2O COOH
RCH2COOH + CO2
R CH
COOH
Álcoois:
Fórmula geral: R-OH
OH é o grupo hidroxilo e R é radical alquilo e pode ser uma cadeia aberta ou
cíclica.
R'
R C OH
H
c) Álcoois terciários: -OH ligado ao C terciário
R'
R C OH
R''
2) Segundo o número de grupos hidroxilos.
a) Monoálcool ou monol: apresenta 1 grupo hhidroxilo.
Ex. HO
Nomenclatura
PROPRIEDADES FÍSICAS
Propriedades Químicas:
s s s
C O H
RO H RO + H
Labilidade do hidrogénio funcional
Observa-se em meio básico ou ainda com metais muito electropositivos.
RO + BH
RO H + B
ROH R + OH
Possível em meio ácido e depois de protonação do oxigénio.
H
ROH R O H R + H2O
H
Consequência: álcoois são capazes de atuar como ácidos (doadores de
protões) e como bases (receptores de protões): são anfóteros.
CH3 CH3
K
CH3 C OH CH3 C OK
CH3 CH3
Álcool t-butílico t-butóxido de potássio
ROH + HX RX + H2O
REACTIVIDADE DE ROH: alílico, benzílico > terc. > sec. > prim. > metanol.
A reacção pode ser catalisada ainda mais eficazmente pela solução de cloreto de Zinco (catalisador:
ácido de Lewis).
2+ RCl
Zn ZnOH R + Cl
R O H R +
R OH
Zn
Nestas condições:
Esta reacção constitui: teste de Lucas: é um meio de caracterização analítica das três classes de álcoois
(a esterificação reconhecida pelo aparecimento de uma turvação: o cloreto não é solúvel).
C
: C C C C C
R
:
R
R
Ex.
CH3 CH3
H3C CH3
H
CH3 C CHOH CH3 + CH3 C CH CH2
C C
CH3
H3C CH3
CH3 prod. princ
MECANISMO:
terciário CH3
2) Transposição de Hidreto:
C C C C C C
:
H
:
H
H
MECANISMO:
- H2O rearranjo
CH3 CH2 CH2 CH2OH2 CH3 CH2 CH CH2
Carbocatião primário
H
CH3 CH2 CH CH3 CH3 CH CH CH2
Carbocatião secundário
HCl CH3
CH3 C C CH3 C C CH3 e nao CH3 C C CH3
H OH Cl H H Cl
(migração de hidreto)
CH3 H
CH3 H
Cl CH3
CH3 H
Álcool neopentílico
(migração do metilo)
C CH C C + H2O
OH
B) Desidratação intermolecular
C OH + HO C C O C + H2O
Ex.
Al2O3
CH3CH2OH H2C CH2 + H2O
H2SO4
CH3CH2OH H2C CH2 + H2O
170oC
H2SO4
CH3CH2OH H3C CH2 O CH2 CH3
o
+ H2O
140 C
NB:
H2SO4
CH3CH2OH CH3CH2OSO3H + H2O
temp. ambiente
4. Oxidação
H
O C O + H2O
C
OH
O
O O
RCH2OH R C H RCOOH
O R C R' + H2O
R CHOH R'
OH OH O
K2Cr2O7 H2O
CH3 C CH3 CH3 C CH3 CH3 C CH3
H2SO4
H OH
R
KMnO4
R C OH nao ha reaccao
neutra
R
Mas devido a sua grande facilidade de desidratação, há formação de alceno que pode oxidar-se pela
forma normal.
Clorosulfato de alquilo
RX + POX3 + HX
ROH + PX5
O O
C2H5OH
H3C S Cl H3C S OC2H5 + HCl
O O
FENÓIS
NOMENCLATURA:
OH
OH OH
Fenol o-hidroxitolueno m-hidroxitolueno p-hidroxitolueno
OH
OH
.β-hidroxinaftaleno α-hidroxinaftaleno
(2-hidroxinaftaleno) (1-hidroxinaftaleno)
CLASSIFICAÇÃO:
OH
OH
OH
Catecol (pirocatecol) resorcinol
OH OH
OH
CH3 OH
Hidroquinona
Trifenóis: 3 OH
OH
OH OH
HO OH
OH HO OH OH
Pirogalol (ác. pirogálico)
Propriedades físicas
Ex.
O
CH3
o-metoxifenol (p.eb. 205oC)
O O H O O H
CH3 CH3
p-metoxifenol (p.eb. 243oC)
Propriedades Químicas
Reactividade:
Em relação a polarização das duas ligaões C-O e O-H e com a presença de dois dubletos
não compartilhados sobre o oxigénio.
:
:O H
s s
ou s
: :
O
ataque pelas bases
H
facil ArO
dificil substituicao de OH
facil substituicao de H
Ataque pelos electrófilos
Reacções:
Ex.
OH + NaOH O Na + H2O
O2N NO2
H2SO4
OH + 3 HNO3 + 3 H2O
NO2
NO2
HNO3 (dil.)
OH OH + O2N OH
20oC
40% 13%
b) Sulfonação:
OH
H2SO4
OH SO3H
15-20oC
HO
OH
H2SO4
H2SO4
OH SO3H
15-20oC 100oC
HO3S
H2SO4
OH
100oC
HO3S
Ác. P-fenolsulfónico
c) Halogenação
OH
OH
Br Br
Br2 , H2O
Br
2,4,6-tribromofenol
OH
OH
Br2 , CS2
0oC
Br
p-bromofenol
OH
CH3 CH3
HF
+ CH3 C Cl CH3 C OH
CH3 CH3
Reacção de Friedel-Crafts não se pode efectuar com os fenóis sem proteger o grupo OH
porque a formação de complexo do fenol com o ácido de Lewis:
C6H5OH + AlCl3 C6H5OAlCl2 + HCl
R
RX
AlCl3 +
R
Anisol
OCH3 OCH3
OCH3
O
COR
R C
Cl
+
AlCl3
COR
Os fenóis tratados com FeCl3 dão colorações diversas (violeta, azul ou verde) devido a
formação de complexos. Estas reacções utilizam-se para reconhecer os fenóis.
CHO
NaOH(aq.)
+ CHCl3
Salicilaldeído (o-hidroxibenzaldeído)
125oC
+ CO2
4-7 atm
OH OH
OH OH
O H
H
+ C +
H
H
CH2
OH OH O O OH
O O .2
OH O O
fenol (incolor) hidroquinona (incolor) quinona (amarela) complexo vermelho
Tendo mesmo grupo funcional –OH, eles tem muitas propriedades semelhantes:
Formação de ligações de H
São ácidos fracos mas os fenóis são mais ácidos do que os ácidos
São também bases fracas
A grande diferença é nas reacções implicando a ruptura da ligação C-OH, que é muito fácil por
catálise ácida para os álcoois mas difícil no caso dos fenóis.
:
O H + H2O
H
O carbono positivo do catião fenilo deveria ser hibridizado sp e linear, esta geometria é
impossível no ciclo.
+ NaOH(aq.)
R
R
Insolúvel em água solúvel
OH
+ NaHCO3(aq.) insoluvel
R
Formam complexos corados com FeCl3 (as cores vão de verde ao vermelho).
Identificam-se também através dos produtos de Bromação e por certos ésteres
e éteres.
Análise espectroscópica:
IV (infravermelho): banda forte e larga devido a distensão da ligação O-H na mesma
região (3200-3600 cm-1) que os álcoois; distensão da ligação C-O forte e larga acerca de
1230 cm-1.
RMN1H: absorção pelo protão do grupo OH fenólico δH varia de 4-7ppm ou 6-12 ppm no
caso de ligações de hidrogénio intramoleculares.
RMN13C: C-OH dos fenóis exerce o efeito usual de um substituinte electronegativo.
PRODUÇÃO INDUSTRIAL
fusao
SO3Na + 2 NaOH ONa + Na2SO3 + H2O
350oC
Fenolato de sódio
(processo antigo)
O2 H3O
+ CH3 C CH3
CH3 CH3
cumeno hidroxiperóxido do
Cumeno
350oC
Cl + 2 NaOH (aq. 10%) ONa
200 atm
OH + NaHCO3
ONa + H2O + CO2
PREPARAÇÃO:
OH
N2 HSO4
H2O, H3O
+ N2
calor
Cl
Cl
Hidrogenossulfato m-clorofenol
de m-clorobenzenodiazónio
SO3 Na ONa
OH
NaOH, H2O H2O
300oC
3. Formação de ésteres:
O
CH3CH2COCl
OH O MgBr
CH3MgBr
+ CH4
4. Formação de éteres
NaOH(aq.)
CH2Br + HO CH2OCH2
NaOH(aq.)
OH + CH3OSO2OCH3 OCH3 + CH3OSO3 Na
R OH
parte apolar parte polar
R O H
H
H
O
parte apolar
soluvel soluvel
(hidrofoba)
Insoluvel O
CH3CH2CH2CH2CH2CH3 H H
(hexano apolar)
HO OH
O D-(+)-glucose
Mas além das três (3) principais, existem outros com aplicação mais limitada.
oxo OH
R CH2 CH2OH
Adição Markovnikov
1)Ziegler-Natta reducao
Craque Gorduras
Petroleo CH2 CH2 CH3(CH2CH2)nCH2OH
2) ar
E cadeia contínua
fermentacao pela
Oleo fusel Acucares
(mistura de alcoois primarios) levedura da cereja
Zimase
C6H12O6 2 C2H5OH + 2 CO2
etanol
A invertase ou zímase são duas enzimas que catalisam essas reacções; são produzidas pelo
microorganismo saccharomyces cerevisae, encontrado no fermento ou levedura de cerveja. Após a
fermentação, o álcool é destilado, obtendo-se o álcool comum a 95 (96) graus (Gay-Lussac) que
corresponde à mistura de 95% (96%) de etanol e de 5% (4%) de água, em volume.
Qualquer que seja o método empregado, o etanol obtém-se inicialmente em mistura com água; esta
mistura concentra-se depois por destilação fraccional.
Sucede, porém, que o componente de p.eb. mais não é o etanol (78.3oC) mas sim um azeótropo
binário que contém 95% (96%) de álcool e 5% (4%) de água (p.eb. 78.15oC), como azeótropo que é,
origina um vapor com a mesma composição, e não pode, por isso, concentrar-se mais por destilação
por mais eficaz que seja a coluna de fracionamento utilizada.
O etanol puro conhece-se por álcool absoluto (anidro) “ mais caro”: para a sua produção, tira-se
partido da existência de outro azeótropo, desta vez um azeótropo ternário de p.eb. 64.9oC : 7.5% de
água, 18.5% de álcool etílico e 74% de benzeno (destilar o álcool comum com o benzeno, o qual arrasta
consigo os 5% de água existente no álcool comum).
Álcool desnaturado ou desnaturado é o álcool comum ao qual são adicionadas substâncias de cheiro e
sabor desagradáveis (80 desnaturantes legais nos EUA: metanol, a gasolina super,…): isto é feito para
que o álcool industrial (que sofre impostos mais baratos) não seja desviado para a fabricação de bebidas
(que usa álcool sujeito a impostos mais altos).
Em certas aplicações especiais têm de se remover mesmo os mais insignificantes vestígios de água que
se encontram no álcool absoluto comercial: consegue-se isso por tratamento do álcool Mg metálico que
converte a água vestigial em Mg(OH)2 insolúvel. A separação efectua-se seguidamente por destilação.
Obtenção industrial:
OSO3H OH
CH3 CH3
CH3
H (alc. terc)
CH2 + H2O CH3 C CH3 CH3 C CH3
CH3 C H
OH2 OH
H2O
CH3CH2OH (alc. prim)
CH2 CH2 + H2SO4 CH3 CH2OSO3H
Preparação:
I. A partir dos alcenos:
1. Hidratação:
H OH
H
+ H2O C C
C C
2. Hidroboração-oxidação
H2O2
2 C C B 2 C C
C C + B2H6
OH
3 OH
CH3 CH3
B2H6 H2O2
CH3 C CH CH2 CH3 C CH2 CH2 OH
OH
CH3 CH3
3,3-dimetil butan-1-ol
3. Oximercuriação-desmercuriação
C C + H2O + Hg(OAc)2 C C
OH HgOAc
Oximercuriação
OH HgOAc OH H
Desmercuriação
A reacção é rápida
Produz rendimentos elevados
É altamente regio-selectiva, corresponde a adição de água segundo a regra de Markovnikov,
Os rearranjos são raros devido a formação do intermediário cíclico ião mercúrio:
2+
Hg
Ex.
OH
Hg(OAc)2 NaBH4
CH3(CH2)3CH CH2 CH3(CH2)3CH CH3
H2O
4. Hidroxilação de alcenos:
KMnO4
C C (diol. cis)
C C sol. neutra
OH OH
OsO4
C C (diol. cis)
C C ou OsO4/H2O2
OH OH
R X + OH R OH + X
NaOH(aq.)
CH2Cl CH2OH
R' R'
R'' R''
H
R C OMgX R C OH
R MgX + R' C O
O
H RCH2CH2OH
R MgX + RCH2CH2OMgX
2. Redução de cetonas
H
CR2 O R2CH2OH
[H]: H2, Pt, NaBH4 ou LiAlH4
H
C C LiAlH4
C C
O
OH
Estrutura-Nomenclatura
F. geral: R-O-R
R= radical alquilo ou arilo
Nomenclatura :
a) IUPAC: designadas como alcoxialcanos, alcoxialcenos e alcoxiarenos.
Termo OXI ligado ao prefixo do número de C do radcal menor e em seguida, o nome
do hidrocarboneto que gerou o outro radical. ---OXI---
Ex.
CH3CHCH2CH2CH3
H3CO CH3
OCH3
2-metoxipentano p-metoxitolueno
As designações da IUPAC são raramente usadas para éteres simples, são mais
usadas para éteres de estruturas mais complexas e para compostos com mais de
uma ligação éter.
b) Éteres frequentemente atribuídos nomes comuns: designação usual: palavra éter
seguida dos nomes dos grupos ligados ao hidrogénio com terminação ICO. Éter---ico
O
C2H5OC2H5
Éter dietílico éter difenílico
(ou simplesmente éter etílico) (ou simplesmente éter fenílico)
CH3 CH3
CH3 H
Éter metil-t-butílico éter isopropil fenílico
OCH3
Anisol
PROPRIEDADES FÍSICAS
110o O
momento dipolar resultante
R
Ex. μ = 1.18 D no caso do éter etílico. Ângulo das ligações C-O-C≠180o.
Os p.eb. são aproximadamente iguais aos dos alcanos de massa molecular relativa
comparável mas muito menores que os dos álcoois isómeros (não há ligações por
pontes de H nos éteres).
Ex.
nome condensada p. eb. (oC) m. molecular
Butano-1-ol CH3CH2CH2CH2OH 118 74
Éter dietílico CH3CH2OCH2CH3 35 74
pentano CH3CH2CH2CH2CH3 36 72
H R R H
PREPARAÇÃO:
1. SÍNTESE DE Williamson
2. Oximercuriação-Desmercuriação
NaBH4
C C + ROH + Hg(OAc)2 C C
ou Hg(OOCCF3)2 OH
OR HgOAc
C C
OR H
Éter
Ex.
CH3 CH3
Hg(OOCCF3)2 NaBH
4
CH3 C CH CH2 + CH3CH2OH CH3 C CH CH3
OH
CH3 CH3 OC2H5
+ HX
ROR' HX RX + R'OH R'X
ArOR + HX RX + ArOH
EX.
Brometo de isopropilo
OH
HI 57%
OCH3 + CH3I
120-130oC
Em contacto prolongado com o ar, a maioria dos éteres alifáticas transforma-se em peróxidos
instáveis.sendo presentes em baixas concentrações, estes peróxidos são muito perigosos, pois podem
originar explosões violentas durante as destilações que normalmentr se seguem às extrações com éter.
A presença de peróxidos é indicada pela formação de uma cor vermelha, quando se agita o éter com
uma solução aquosa de sulfato de ferro (II) e amónio e de tiocianato de potássio; o peróxido oxida o ião
ferro (II) para ião ferro (III), o qual, por sua vez, reage com o ião tiocianato com formação de um
complexo de cor vermelha sanguínea característica.
(n-3)
peroxido + Fe2+ Fe 3+
Fe(SCN)n n=1 a 6
Um deles consiste em tratar o éter com soluções de ião ferro (II) (que reduz os peróxidos).
ÉTERES CÍCLICOS
O O O
1,4-dioxano furano tetrahidrofurano
C2H5 C2H5
O
:
R Mg X
:
O
C2H5 C2H5
O
O
O
ISOMERIA OU ISOMERISMO
Isomeria plana
É aquela onde os isómeros apresentam fórmulas planas diferentes, os casos mais comuns de
isomeria plana são:
Isomeria de cadeia (ou de núcleo)
Isomeria de posição
Isomeria de compensação ou metameria
Isomeria de função ou funcional
Tautomeria
ciclopentano
metil-ciclobutano
b) Isomeria de posição: ocorre quando os isómeros tem a mesma cadeia carbónica mas
diferem pela posição de radicais ou de ligações duplas ou triplas.
Ex1.
C3H8O
CH2 CH2 CH3 CH3 CH CH3
OH OH
Propan-1-ol propan-2-ol
Ex2.
C4H8
CH2 CH CH2 CH3 CH3 CH CH CH3
But-1-eno But-2-eno
Ex2.
C4H11N
CH3 N CH2 CH2 CH3 CH3 CH2 N CH2 CH3
H H
Metil-propilamina dietilamina
Álcoois e éteres:
Ex.
C2H6O
CH3 CH2 OH CH3 O CH3
Álcool: etanol éter: éter dimetílico
Álcoois aromáticos, éteres aromáticos e fenóis:
C7H8O
OH
CH2OH OCH3
CH3
Aldeídos e cetonas:
C3H6O
O CH3 C CH3
CH3 CH2 C
H O
O
O
CH3 CH2 C
CH3 C
OH OCH3
Aldeído e enol
Cetona e enol
Ex1. Equilíbrio aldo-enólico:
H O H OH
tautomeria
H C C C C
H H
H
H
Etanal etenol
tautomeros
aldeido enol
tautomeros
cetona enol
Ex.
Cl H
Cl
H
C C
C C
H Cl H Cl
Os compostos cíclicos apresentam um anel ou núcleo que é um polígono plano ou reverso. Conforme as
ramificações (ou os substituintes) estejam acima ou abaixo desse polígono podem surgir casos de
isomeria cis-trans.
H H H H
No isómero Trans: os dois átomos de cloro estão de lados opostos do plano que divide a molécula ao
meio.
Isomeria óptica
Luz polarizada
Quiralidade
Subst6ancias opticamente activas
Poder rotatório específico
Carbono assimétrico
Enantiômeros
Diastereómeros
ISÓMEROS ÓPTICOS:
São compostos que parecem ter estrutura e propriedades físicas idênticas, tais como ponto de
fusão e solubilidade mas estes pares de compostos são diferenciados apenas pelo facto de em
solução, eles desviarem o plano da luz polarizada de um mesmo ângulo, embora em sentidos
opostos.
Enantiômeros e Diastereómeros.
o Os enantiômeros são estereoisómeros que são imagens (especulares um do outro ) um
do outro num espelho plano.
o Os diastereómeros são estereoisómeros que não são imagens um do outro num espelho
plano (que não são imagens especulares um do outro).
ESTEREOQUÍMICA
É a parte da química que trata das estruturas tridimensionais das moléculas (arranjo
dos átomos no espaço).
Estereoisomeria: é um aspecto da estereoquímica.
CH3 CH3 H H
HO C H H C OH I C Cl Cl C I
H H
OH OH
Propano-2-ol
Sobreponíveis: não há enantiômeros, moléculas são aquirais.
a
a
b b
d c d
c
COOH HOOC
H OH HO H
CH3 CH3
HOOC COOH
H OH HO H
H3C CH3
H H
* *
C2H5 C CH2OH CH3 C COOH
CH3 OH
2-metilbutan-1-ol ácido láctico
H H
* *
C2H5 C CH3 C CH3
Cl D
Muitas mas não todas as moléculas que possuem centros quirais são quirais.
Há moléculas que contém centros quirais e, no entanto são aquirais. Ex. compostos mesógiros.
Há moléculas quirais que não tem nenhum centro quiral. Ex. alenos, espiranos, bifenilos opticamente
activos.
Toda a molécula quiral possui a particularidade de ser opticamente activa ou ainda dotada de poder
rotatório que quando atravessada por um feixe de luz polarizada plana, provoca uma rotação do plano
de polarização desta luz.
Se a rotação do plano de polarização for para a direita, (ou seja no sentido do movimento dos ponteiros
do relógio, a substância diz-se dextrógira) (do lactim: dexter=direita).Rotação: d ou (+);
Se a rotação for para a esquerda ou seja no sentido contrário ao do movimento dos ponteiros do
relógio, a substância designa-se levogira (do lactim: laevus=esquerda) (simbolo: l ou (-)).
CH3
H C OH
COOH
(+)-2-metil-butan-1-ol
(-)-2-metil-butan-1-ol
(±)-2-metil-butan-1-ol
[α]D25=+3.12o
Onde:
D- indica o comprimento de onda da luz utilizada na medida (risca D do sódio, 589.3 nm).
(a) (b)
Fig. 01
(a) Luz ordinária
(b) Luz polarizada em plano. Direcção de propagação da luz é perpendicular ao plano da página;
projecção das vibrações no plano da página.
Na luz ordinária, as vibrações produzem-se em todos os planos.
A fig. 01, representa esquematicamente a projecção das vibrações- todas elas perpendiculares à
direcção de propagação sobre um plano perpendicular à linha definida pelo observador e pela fonte
luminosa.
Na luz polarizada em plano, ou planipolarizada, as vibrações produzem-se apenas num destes possíveis
planos.
A luz ordinária converte-se em luz planipolarida ao passar através de uma lente de um material
designado polaroide ou, mais classicamente, através de dois blocos de calcite (CaCO3 em determinada
forma cristalina), dispostos de certa maneira, a que se dá a designação de prisma de Nicol.
A substância opticamente activa é toda aquela que produz rotação do plano da luz polarizada.
Os enantiômeros de uma substancia quiral têm propriedades físicas idênticas, excepto o sentido da
rotação do plano de polarização da luz polarizada. (a rotação específica).
Tem propriedades químicas idênticas, excepto quando reagem com outros compostos opticamente
activos.
Polarímetro: aparelho (dispositivo) usado para se medir o efeito de luz plano polarizada.
H Cl Cl H H Cl Cl H
Cl H H Cl H Cl Cl H
I II III IV
22 = 4 estereoisómeros.
Os estereoisómeros que não são imagens um do outro num espelho plano chamam-se
diastereómeros.
Ex2.
H Cl Cl H H Cl Cl H
H Cl H Cl Cl H
Cl H
I II III IV
O composto mesógiro é aquele cujas moléculas, não obstante possuírem centros quirais, são
sobreponíveis às respectivas imagens num espelho plano.
Os diastereómeros têm propriedades químicas semelhantes (e mesma família), mas não idênticas.
I e II são enantiômeros
B C B
C alenos
C C C C C C
A D D A
HOOC ON
NO2 COOH2
bifenilos
opticamente
activos
COOH NO2
O2N HOOC
DESIGNAÇÃO DA CONFIGURAÇÃO R e S
Se, observando esta face e procedendo do primeiro grupo para o segundo e deste para o
terceiro na sequência, a vista se desloca no sentido do movimento dos ponteiros do
relógio, a configuração diz-se R (latim: rectus= direito) e no sentido contrário ao do
movimento dos ponteiros dum relógio, a configuração denomina-se S ( latim: sinistre=
esquerdo).
I C Cl Cl C I
H H
Br Br
H H
I Cl Cl I
R S
REGRAS DE PRECEDÊNCIA
Cl H
H C SO3H H3C C Br
I D
(2) Se a ordem de precedência entre dois grupos não poder decidir pela regra (1), será
determinada por uma comparação semelhante dos átomos seguintes nos grupos (e
assim sucessivamente caminhando do centro quiral para fora). Isto é, se dois átomos
ligados ao centro quiral forem iguais, comparamos cada um dos átomos ligados a
estes primeiros átomos.
Ex. no cloreto de sec. butilo em que dois dos átomos ligados ao centro quiral são átomos
de C:
Cl
No 3-cloro-2-metilpentano:
H3C HC C CH2CH3
H3C Cl
No 1,2-dicloro-3-metilbutano
H3C HC C CH2Cl
H3C Cl
A C
A C
C A equivale a C A
A C
Ex. De gliceraldeido:
C O
H C OH C O C
CH2OH C O O
C
equivale CH
HC
C
Ex. 1-amino-1-fenil-2-metilpropano
C CH(CH3)2
NH2
H H
CH CH2 equivale a C C C
C H
C CH3
CH3
2
CH2CH3 CH2CH3
4
H C CH2CH2CH3 H3C C CH2CH2CH3
1
CH3 3 troca 1: H
1 H3CH2CH2C
CH2CH2CH3
3
H3C C CH2CH3
2
H3C H CH2CH3
troca 2: H4
O grupo da quarta prioridade fica para trás (no fundo), trocas pares.
HOH2C C H H C CH2OH
CH2CH3 CH2CH3
(R)-(+)-2-metil-1-butanol (S)-(-)-2-metil-1-butanol
CH2OH CH2OH
R S
CH3 CH3
ClH2C H
H CH2Cl
C C
C2H5 C2H5
(R)-(-)-1-cloro-2-metilbutano (S)-(+)-1-cloro-2-metilbutano
Não há correlação necessária entre as identificações (R) e (S) e o sentido da rotação da luz plano
polarizada.
Em presença dum composto desconhecido como o Químico Orgânico procede para responder à
pergunta: que composto é este?
Encontramos alguns dos métodos de que ele se serve para realizar as várias operações:
Os aparelhos não so ajudam o Químico orgânico a fazer o que ele faz, mais rapidamente, como também
lhe permitem, o que é mais importante, fazer coisas que não era possível realizar antes:
A Absorvância num certo comprimento de onda é definida pela equação: Aλ=log(IR/IS). este
gráfico é denominado espectro de absorção.
Na figura 13.3 aparece um espectro de absorção típico, o do 2,5-dimetil-2,4-hexadieno. O
espectro tem uma ampla banda de absorção na região entre 210 e 260 nm. A absorção é máxima
em 242.5 nm. É este o comprimento de onda que se identifica, usualmente, na literatura química
por λmáx.
Além de dar o comprimento de onda máximo de absorção, os químicos também costumam dar
outra grandeza que indica a intensidade da absorção, a chamada absortividade molar ε*.
A=εCl ou ε
Quando os compostos absorvem luz no UV ou no visível, os electrões são excitados dos níveis de
energia electrónica mais baixos para os mais altos.
Por isto, os espectros no visível e no UV são chamados, muitas vezes, espectros electrónicos.
O espectro de absorção do 2,5-dimetil-2,4-hexadieno é um espectro electrónico típico, pois a
banda (ou pico) de absorção ‘e muito larga. A maior parte das bandas de absorção na região do
visível ou do UV são largas, pois cada nível de energia electrónica estão associados os níveis de
vibração e de rotação. Assim, as transições dos electrões podem ocorrer a partir de um entre
vários estados de vibração e de rotação de um nível de energia electrónica para um entre diversos
estados de vibração ou de rotação do nível mais elevado.
A conjugação de ligações múltiplas provoca a absorção da luz nos comprimentos de onda
maiores.
Quanto maior for o número de ligações múltiplas conjugadas de um composto, maior será
o comprimento de onda em que o composto absorve luz.
Ex. energia relativa das orbitais π do eteno e do 1,3-butadieno.
HOMO: orbital molecular ocupado mais alto
LUMO: orbital molecular desocupado mais baixo
A diferença energia entre os orbitais moleculares HOMO e LUMO nos dois compostos se reflecte
nos respectivos espectros de absorção.
Λmáx.=171 nm do eteno e λmáx.=217 nm do buta-1,3-dieno.
pi4
orbitais moleculares
pi (LUMO) anti-ligantes
pi3 (LUMO)
excitacao
energia
pi2 (HOM O)
orbitais
pi (HOMO) moleculares
ligantes
CH2=CH2 pi1
CH2=CH-CH=CH2
O ESPECTRO DO INFRAVERMELHO
Vimos que quando um composto absorve radiação nas regiões do visível e do UV, os electrões
são excitados dos orbitais moleculares de energia mais baixa para os de energia mais alta.
Os compostos orgânicos também absorvem energia electromagnética na região do infravermelho
(IV) do espectro. A radiação infravermelha não tem energia suficiente para provocar excitação
dos electrões, mas faz com que os átomos, ou grupos de átomos, dos compostos org. vibrem com
maior rapidez e com maior amplitude em torno das ligações covalentes que as unem. Estas
vibrações são quantizadas e, quando ocorrem, os compostos absorvem energia IV em certas
regiões do espectro.
Os espectros do infravermelho operam de maneira semelhante aos espectrômetros de visível e
UV. Um feixe de radiação IV passa pela amostra e é constantemente comparado a um feixe de
referência, à medida que a frequência da radiação incidente vai sendo alterada. O espectrômetro
plota os resultados na forma de um gráfico que mostra a absorção em função da frequência ou do
comprimento de onda.
A localização da banda (ou pico) de absorção no IV pode ser especificada em unidades
relacionadas com a frequência, pelo número de onda (ν) medido em inverso de centímetro (cm-1)
ou pelo comprimento de onda (λ) medido em micrómetros (μm: nome antigo de mícron μ). O
número de onda é o número de ciclos da onda em cada centímetro da trajetória do feixe de luz, e
o comprimento de onda é a distância entre duas cristas sucessivas da onda.
(com λ em cm) ou ν= (com λ em μm)
Nas vibrações, as ligações covalentes se comportam como se fossem pequeninas molas unindo os
átomos. Quando os átomos vibram, so podem oscilar com certas frequências, como se as ligações
fossem “afinadas”. Por isto, os átomos ligados covalentemente tem certos níveis de energia
vibracional, isto é, os níveis são quantizados. A excitação de uma molécula de um nível de
energia vibracional para outro só acontece quando o composto absorve radiação IV com uma
energia particular, o que significa, com um certo comprimento de onda ou uma certa frequência
(pois ΔE=hv).