Ficha de Leitura Do Livro Pedagogia Do Oprimido
Ficha de Leitura Do Livro Pedagogia Do Oprimido
Ficha de Leitura Do Livro Pedagogia Do Oprimido
FICHA DE LEITURA
DISCIPLINA DIÁTICA: FUNDAMENTOS DA PRÁTICA DOCENTE
SÍNTESE DO LIVRO
Em seu primeiro capítulo que tem como título “justificativa da pedagogia do oprimido”,
Freire discute o processo de desumanização causada pelo opressor a seus oprimidos. Ele
relata, que a forma de imposição que o opressor envolve o oprimido, e faz com estes sejam
menos, ou seja, veja-se em condições onde ele precise do seu usurpador. Neste capítulo
Paulo Freire desenvolve dois conceitos importantes: a revolução de contradição. Para ele
uma revolução no campo da opressão, por buscar mudanças daqueles que dominam, acaba
gerando novos opressores e oprimidos. Já na contradição o opressor se reconhece como o
tal e o oprimido consegue vê-se subjugado por outro. É a contradição que gera a
consciência. Mas a autor adverte que o processo de desintoxicação da opressão deve
acontecer de maneira cuidadosa para que os opressores não venham a ser novos oprimidos.
O processo de liberdade deve ser vista e sentida por ambas as partes. A libertação do estado
de opressão é uma ação social, não podendo portanto, acontecer isoladamente. O homem é
um ser social e por isso, a consciência e transformação do meio deve acontecer em
sociedade.
Em todo o contexto de seu livro, o autor busca mostrar como a educação no Brasil produz
um fetiche social, reproduzindo a desigualdade, a marginalização e a miséria. Ele coloca
que o ensinar a não pensar é algo puramente planejado pelos que estão no poder, para que
possam ter em suas mãos a maior quantidade possível de oprimidos, que se sentindo como
fragilizados, necessitam dos que dominam para sobreviverem. Mas como poderá o homem
sair da opressão se os que nos “ensinam” são também aqueles que nos oprimem? No
desenvolver de seu livro, Paulo Freire procurar conscientizar o docente dom seu papel
problematizador da realidade do educando.
AUTORES CITADOS
• Paulo Freire
• Francisco Weffort
• Rosa Luxemburgo
• Georg W. F. Hegel
• Karl Marx
• G. Lukács
• Erich Fromm
• Albert Memmi
• Simone de Beauvoir
• Reinhold Niebuhr
• Karl Jaspers
• Jean Paul Sartre
• Edmund Husserl
• Pierre Furter
• Álvaro Vieira Pinto
• Lucien Goldman
• André Nicolai
• José Luís Fiori
• Louis Altgusser
• Frantz Fanom
• Reuben Osborn
• Buber Martin
• Che Guevara
• Mikel Dufrene
• John Gerassi
CITAÇÃO DAS IDEIAS MAIS IMPORTANTES DO LIVRO E QUE VOCÊ QUER DESTACAR
• “Quem, melhor que os oprimidos, se encontrará preparado para entender o
significado terrível de uma sociedade opressora? Quem sentirá, melhor que eles, os
efeitos da opressão? Quem, mais que eles, para ir compreendendo a necessidade de
libertação? Libertação a que não chegarão pelo acaso, mas pela práxis de sua busca;”
• “Os oprimidos, contudo, acomodados e adaptados, “imersos” na própria engrenagem
da estrutura dominadora, temem a liberdade, enquanto não se sentem capazes de
correr o risco de assumi-la.”.
• A pedagogia do oprimido, como pedagogia humanista, terá dois momentos distintos.
O primeiro em que os oprimidos vão desvelando o mundo da opressão e vão
compromentendo-se na práxis, com a sua transformação; o segundo, em que ,
transformada a realidade opressora, esta pedagogia deixa de ser do oprimido e passa
a ser pedagogia dos homens em processo de permanente libertação.”.
• “Por isto é que, somente os oprimidos, libertando-se, podem libertar os opressores.
Estes, enquanto classe que oprime, nem libertam, nem se libertam.”.
OBSERVAÇÕES
Pedagogia do Oprimido busca explicar a situação da maioria das pessoas/alunos e dá-nos
possibilidades de mudar esse contexto através do dialogo, através da libertação.
É dito que, primeiramente, precisamos nos perceber no mundo, perceber a situação em que
estamos inseridos, mas só isso não basta. É necessário também percebermo-nos como
agentes de nossa própria história, e não como objetos criados e manipulados pela elite do
país.