Curso de Gravaçao para Iniciantes Versão 2 PDF
Curso de Gravaçao para Iniciantes Versão 2 PDF
Curso de Gravaçao para Iniciantes Versão 2 PDF
Não deixe de prestigiar meu blog! Há 5 anos falando sobre mixagem, gravação e produção
independente!!!
www.palcokh.blogspot.com
Olá! Meu nome é Rafael “O KH” Dantas, trabalho com música desde os 15 anos. Criei essa
“apostila” justamente para ajudar você que está iniciando ou pra
você que sempre busca se aprimorar. Aqui serão sanadas muitas
dúvidas sobre o maravilhoso mundo da gravação digital totalmente
voltada para “home Studio” Não vou perder tempo explicando
“origens das coisas” fiz esse curso justamente com um propósito:
você aprender a gravar, mixar e finalizar o cd em casa. Há
muitos livros por aí , cursos em vídeo e outras apostilas, mas são
poucas que detalham o “básico” para se gravar “usando o que tem
por enquanto”. O básico você aprenderá aqui, já o intermediário e profissionalização depende
de muito estudo. A música é sempre um batalha incansável! Essa é a Segunda Versão da
Apostila com maiss conteúdo e até tirei algumas coisas por serem “desnecessárias” para você
que está começando a gravar! Por isso não abordo coisa do tipo grave com equipamento X! O
que mostro é como gravar usando do equipamento mais simples ao mais profissional.
Como ela se trata de gravação independente em casa eu abordo mais coisas “do que há para
gravar em casa” como violão e voz, guitarra, teclado, baixo, loops e samples. Essa apostila é
totalmente dedicada a gravação em casa independente e pra quem começar a pensar em
montar um estúdio!
1)Para melhor proveito, procure estar conectado a internet: pelo simples motivo de se
aparecer alguma palavra que não esteja explicada aqui, procurar saber o que é.
2)Todas as fotos pode ser ampliadas: basta apenas clicar nas bordas e aumentar.
Quando se fala em “gravar” a primeira coisa que se vem a cabeça é pegar um microfone, uma
programa de gravação e ver se ficou bom nas “caixinhas do computador” e isso é coisa mais
normal do mundo pois é a ingenuidade. Quando comecei a gravar tive com o primeiro e único
objetivo as minhas músicas e por isso fiz isso também! Com o tempo a medida que se
aperfeiçoamos vamos aprendendo entender melhor a coisa. Quando comecei a gravar não tinha
“o volume” de informações na internet que há hoje e por isso acho que começar a aprender “a
gravar e mixar” hoje em dia está bem mais fácil. Claro que poder fazer um “curso” é bem
melhor pois nada substitui a performance de um “engenheiro ou produtor” ao vivo lhe
explicando! Porém pra começar a gravar você deve primeiro saber como “ligar cada coisa no
computador” além de saber como “ouvir” o que você está fazendo.
Monitoração
Em informática é muito comum confundir termos iguais. “Monitor de vídeo” é o que mostra o
que estamos fazendo “dentro do computador” e o “Monitor de áudio” reproduz o som que
estamos ouvindo dentro do computador. Podemos chamar o “monitor de áudio” de “caixas”,
“falantes”, “speakers” ou seja tudo que a se refere a “saída do som” vindo do computador. Os
“gamers” por exemplo, geralmente colocam em seu computador um sistema “surround”
completo para “sentir a emoção” de estar dentro do jogo (eu por exemplo, jogo a série
Battlefield com todo som que possuo) e sem querer eles compram muitas vezes “ótimos sistema
de reprodução de som” que poderiam perfeitamente servi para “monitorar” uma mixagem e isso
praticamente sem querer, tudo porque ele quer “mais realismo” possível.
O certo é pra quem começa a gravar era comprar um monitor ativo como esse:
Claro que aí temos um problema: monitores profissionais custam de R$800 a R$ 1200 o par!
Por isso muitas vezes se você tiver em casa um aparelho de som, com caixas com uma resposta
de 20 Hz a 20 kHz (porém geralmente a resposta fica entre 120Hz a 18 kHz) pode substituir o
monitor por algum tempo (pois eles não mostram o som real e você terá que testar em vários
aparelhos até achar o som ideal)
Figura:Aparelho de som Radio, CD, AUX e MP3
Porém se você tem 1000 reais na mão e que quer gravar ou melhorar seu equipamento esqueça
essa história de comprar microfone, ou um equipamento externo (como um compressor) ou um
mixer. Você tem que ter o básico: uma placa de som para gravar e um monitor de referência
real! Esse é o ponto de partida para gravar! O resto você pode comprar com calma.... Tenha o
básico primeiro!
Passivas: são alimentadas por algum amplificador (potência ou aparelho de som). Algumas
precisam ligar alguma fonte de “reprodução” (como um aparelho de som somente para gerar a
saída auxiliar) e outras basta apenas “ligar direto” nelas.
Basta você colocar a saída da sua placa de som no AUX do aparelho de som.
É obvio que esses aparelhos são feitos para reproduzir o som porém as caixas do aparelho
geralmente “enganam nosso ouvido”. Por isso entenda que suas caixas foram feitas somente
para escutarmos nossa música no dia.
O problema é que dependendo o “tipo de potência” da caixa você pode desembolsar de R$650 a
R$1800 numa potência!!! Por isso se você comprar um monitor passivo procure saber a melhor
potência “custo x benefício”.
Monitorando através de “caixas ativas”
Apesar de serem “caras” são mais baratas do que você comprar “um monitor passivo e uma
potência.
1)Tweeter: é o falante feito para freqüências agudas. Geralmente seu padrão de freqüência é 3 –
20 kHz ou ainda 6 – 20 kHz porém ainda depende muito do tipo e do fabricante. Possuem o
tamanho de 4 a 6 polegadas.
2)Speaker: o falante normal geralmente fica em torno de 100 Hz – 10 kHz ou talvez menos.
Novamente depende do tipo e do fabricante, porém geralmente ela feita para tocar as
freqüências “principais”. Geralmente possuem o tamanho entre 8 – 12 polegadas.
3)Woofer: é um falante suspenso feito para gerar os graves. Geralmente ele é feito para gerar
entre 20 – 120 Hz, porém isso seria um “imenso falante de 15 ou 18 polegadas”. Os Woofer
usados em monitores de áudio são menores, geralmente do tamanho de um “speaker’.
O Crossover é feito para tocar todas as freqüências de uma vez. Num carro ele é apenas “um
módulo de divisão” em estúdios e sonorização é usado o “rack” mesmo como esse:
Figura:Crossover
Claro que se você monta um “par de monitores” não vai colocar um “crossover” (a menos que
que queira) e daí vem 3 problemas:
A) As caixas de som tem que ser “construídas” de acordo para que tudo fique flat.
B)Você precisa calcular a “saídas dos falantes” e comprar uma potência de acordo com as
caixas.
C)Não é qualquer caixa que funciona. Você tem que projetar a mesma. As frequências precisam
casar em flat (ou seja tudo igual).
D)Os falantes podem custar de R$80 a R$400 dependendo a marca.
Então é por isso que meu conselho é que você compre ao menos que entenda de eletrônica ou
tenha alguém para fazer esses monitores.
Gravação
Agora que você sabe um pouco sobre a “monitoração e a reprodução” do som chegou a hora de
entendermos o que é necessário para gravamos com qualidade em casa ou pelos com o
“mínimo de qualidade”. Claro assim como anteriormente teremos que ver primeiramente alguns
“termos técnicos.
Behringer Xeny302 (mesa de som de um canal) R$210 a R$260. Varia o preço dependendo a
quantidade de canais.
Hoje em dia muitas coisas gravam e geram som via USB. Basta apenas pesquisar! A para todos
os gostos e bolsos!
Cabos
as placas on board (vem junto com a placa mãe) e as off boards (as que colocamos na placa mãe
estilo Creative SB Audigy) aceitam somente I/O no formato P2 o chamados “plugs pequenos”.
A maioria dos instrumentos e mesas de som possuem somente a entra P10 (plug grande ou plug
banana). Os microfones usam o plugin XLR (balanceados) e os plugins RCA (que são de
entradas auxiliares como CD/DVD) quase não usados em instrumentos. A minha sugestão é que
você tenha os cabos abaixo:
1) Cabo P2
2) Cabo P10
3) P2 com P10
4) P2 com P1 em Y
7)Cabo RCA
Você pode fazer isso, desde que tenha um ferro de solda, mas aconselho como você vai usar
para gravar, para evitar “ruídos” compre os prontos de fábrica ou peça para uma eletrônica fazer
de confiança.
Ligando ao computador
Existem 4 tipos de placas de som:
1)Onboard: essa é a “placa de som” presente no seu computador quando você o compra.
Apesar de “todo avanço” que temos hoje em dia sua função continua basicamente em
“reproduzir” o som e não é muito aconselháveis para gravação, pois primeiramente como você
irá conectar “alguns equipamentos” se alguns deles “ter uma sobre carga” a chance de mandar
sua “placa mãe” pro espaço é bem grande! Já vi muito disso acontecer...
2)Off board ou “padrão Sound Blaster”: por muitos anos as placas de som Creative SB
(Sound Blaster) foram o “padrão de placas de som” do mercado (ainda hoje sua versão
avançada Audigy é uma das mais vendidas) e assim como a “Xerox’ empresta seu nome para
gente saber o que é uma “fotocópia” ou a “OMO” empresta seu nome para sabermos o que é
“sabão em pó” a “Sound Blaster” é o nome mais difundido quando queremos dizer que uma
placa de som “não profissional” é offboard ou seja que se “coloca a parte” no computador como
uma placa de vídeo. Existem vários tipos elas reproduzem com ótima qualidade (Audigy por
exemplo tem até saídas para surround) e você tiver um “bom equipamento” externo de
gravação terá ótimos resultados porém na hora de usar os “plugins” a coisa complica pois
geralmente eles nunca “soam” depois de passados como “ouvimos” antes de passar os mesmo.
A figura abaixo (clique para ampliar) mostra em detalhes como é I/0 (saídas e entradas) de uma
placa de som. Esquema é padrão e pode variar de placa para placa.
Foto: ligações de uma placa de som estilo Off Board (Sound Blaster) ou Onboard
Line In – Nessa entrada você pode colocar quase todos os equipamentos: amplificadores,
guitarra, rack de efeito, mesa de som. Porém como as placas amadoras são muito frágeis em
volumes altos aconselho a comprar um Direct Box: O preço varia de R$ 30 a R$200. Uma de
suas vantagens é que ele também cria um “aterramento artificial” assim podendo eliminar ruídos
que te atrapalha.
Line out – Essa saída (sua placa de som tiver) serve para colocar um amplificador de entrada
com maior potência, é a saída de som da placa mãe “não amplificada”. Por exemplo uma mesa
de som para tocar o som que sai do computador ou amplificador para fazer a mesma potência.
Não ligue a caixa de som ou um aparelho de som com entrada “aux in” que o volume saíra
baixo.
Speker out – Essa saída serve para ligar as caixas de som ou para fazer o som sair em um
aparelho de som. Não use nada amplificador, deixe isso para o line out pois essa é saída é
amplificada e causa danos ao amplificador e a placa de som
Midi in/Joystick In - Essa entrada/Saída serve para você colocar um cabo midi para teclados ou
periféricos que se comunicam via MIDI. Porém devido a entrada USB muita gente usa “cabos
midis” adaptados pelo fato que “comunica” com o computador em tempo real.
3)Placas de som Offboard profissionais: são mais caras que as placas de som normais porém
além de reproduzir com fidelidade, gravam da mesma maneira e passam os plugins também.
Existem vários modelos tipos como mostra a tabela abaixo (preços de agosto de 2013)
Como você pode ver quanto mais coisa precisa mais cara a placa se torna!Porém a uma dica: a
conversão por exemplo da M-Audio 2496, Delta1010, Profire 2626 praticamente é a mesma
com a mesma qualidade! O que difere elas é o “processamento simultâneo” e as “saídas e
entradas” e por isso muitas vezes se você compra uma placa do mesmo fabricante cujo o mesmo
possua mais linhas “placas de som profissionais” com mais “custo beníficio” terá no final o
resultado bem próximo de uma placa do mesmo fabricante mais cara! Particularmente nunca vi
diferença numa gravação de uma M-Audio 2496 a uma Delta 1010. O que diferencia mesmo é a
qualidade de “equipamentos de entrada”.
Foto: placa de som profissional com entrada RCA
Placa USB são a mais usadas em home studios atualmente justamente por esse 3 motivos:
A)São alimentadas por USB dispensando assim fontes. Como a placa é “externa” você não terá
problema com ruídos vindo de um “computador mal aterrado” e como ela já tem “phantom
power” 48V embutido basta colocar qualquer microfone ou D.I (sem precisar de bateria) sem se
preocupar.
C)Custo e benefício: elas tem o mesmo som de uma placa profissional on board. A única
desvantagem é que quanto mais canais, mais cara ela custa. Por exemplo, a Focusritte Siffire 6
tem 2 entradas custa R$600. Já a Focusritte Siffire 56 de 8 entradas custa R$4000!
Porém há um problema: a conversão de um modelo para outro pode variar. Pro exemplo, a M-
Audio “Fast Track” tem conversão 24/48 kHz e já a “Fast Track Pro” tem 24/96 kHz e essa é
única desvantagem em relação as “placas de som profissionais off board” pois seu chipset não
muda (é só comparar a tabela no item 3).
Se você tem o equipamento agora tem que saber onde colocar o mesmo!Para um estúdio
existem algumas “regras” para ter um bom ambiente para gravar e mixar.
Montando um ambiente
Montar um ambiente para gravar não é fácil pois requer alguém com conhecimento, materiais
de isolamento e espaço vital. Por isso, vamos fazer o seguinte: vamos ver como transformar o
seu quarto “num pequeno ambiente” de gravação!
2)Observando o espaço.
Imagine que a figura abaixo seja o seu quarto ou sala onde você vai instalar o seu “estúdio
caseiro” . Se você já imaginou, pense no que “há dentro desse quadrado” e o que você pode tirar
para ganhar mais espaço. Geralmente quando se monta a “sala” se parte do princípio
primeiramente onde irá ficar o computador e onde você posicionará para gravar.
Figura:Home Studio
B)Essas 4 placas separadas “igualmente” são de espuma ou fibra com uma camada de pano por
cima. Isso garante que as freqüências na hora mixagem “venham pra frente” e não fujam pra
trás.
C)O chão é de carpet pois madeira puxa agudos e pedra puxa graves!
Mais alguns exemplos (tirados da internet)
4)Mas não tenho dinheiro para isso....
Quem não tem cão, “caça com gato” como diz o ditado popular...E por isso que a figura abaixo
mostra alguns truques úteis pra quem gravar e não tem ambiente...
1)as setas vermelhas indicam a “ação da reverberação” dentro do quarto/sala. Como não há uma
redução da mesma muitas você fica a mercê da sorte mesmo: seu ambiente pode ter um reverb
muito bom ou muito ruim!
2)Para amenizar o efeito desse “reverb natural” existe alguns truques: coloca-se um tapete no
chão (cobertor vale também) e um colchão no canto do quarto. Na hora de gravar a voz, guitarra
ou violão (se forem microfonados) ele reduzirá o efeito do reverb nessa área.
3)Como mostra a figura da cantora, para diminuir a ação do reverb pode se fazer essa “parede
móvel” de várias maneiras, porém o melhor mesmo ainda é aqueles “separadores de ambiente”
como mostra a figura 3B ou ainda o chamado “Box Voice” (figura 3C) porém é necessário fazer
um teste pois não é todo microfone que funciona isso. Outro equipamento bem importante é o
“anti puff” que filtra dos os “sss” e puf´s do microfone.
4)Muitas vezes lugares inesperados podem oferecer timbres interessantes como mostra as
figuras 4A e 4B: o amplificador entre a geladeira e a porta ou cantar dentro do armário. E não é
só coisa de amador: muito estúdio usa esses métodos para conseguir novos timbres.
5)Por último o melhor lugar (que eu considerado) para gravar back vocal (por misturar reverb
natural com um chorus natural) o banheiro! Isso quando ele é de azulejo (outro material pode
ser ótimo para gravar voz). Guitarras também são uma boa pedida.
Equipamentos
Você já deve ter lido em um monte de site ou revistas que produtores e músicos preferem
valvulados ou preferem transistorizados (na verdade aparelhos com C.I ou seja circuito
integrados), mas qual diferença profunda entre os dois?
A válvula toda vez que recebe uma “carga de volume” distorce porém ao mesmo tempo
expande o som por isso não se nota sua distorção em sons altos mantendo o som natural isso
estamos falando em equipamentos de gravação tais como compressores e equalizadores.
Quando se fala em Guitarra, baixo ou teclado daí é outra questão. Na verdade em qualquer
equipamento valvulado a válvula funciona em “estágios”, todo equipamento valvulado tem
umas 8 válvulas com estágios divididos até chegar na distorção.
Foto: Válvula.
Já os Circuito integrado (C.I) (alguns com chip) também chamados de “transistorizados” toda
vez que você aumenta o volume do som ele irá depender do seu C.I para manter o som natural
passando disso ele distorce e fica incompreensível, isso porque não há nenhuma válvula para
expandir o som quando chega ao máximo. Porém os que possuem CHIP conseguem manter o
som natural devido a vários processo “matematicamente” elaborados e muitos já não devem
nada ao som de válvula. Ainda existem os transistorizados com estágios de válvula, como a
maioria dos pré amplificadores hoje em dia, o som depois de um certo estágio passa as válvulas.
O preço varia, mas os valvulados chegam a ser 60% mais caros.
Foto: C.I
B)Vintage X Atual
Vintage é o termo usado para identificar quando um equipamento ou instrumento é “antigo com
qualidade”. Muitas vezes um equipamento vintage tem um som bem melhor do que um
equipamento moderno, porém esses vintage costumam serem raros e caros. Os atuais além de
serem melhor com custo x benefício possuem saídas importantes como as “digitais” além de
entradas USB. Com avanço dos plugins cada vez mais realistas, possivelmente categoria
equipamento+software irá dominar o mercado.
C)Instrumentos.
Infelizmente aqui e única regra é: instrumentos caros de primeira linha sempre são
melhores!Porém muitos de linha inferior devem muito pouco aos de primeira, isso é uma
questão de erro e acerto. Por exemplo, muitas guitarras e baixos podem ter seu som totalmente
modificado mudando apenas seus captadores, amplificadores podem ser simulados com plugins
stand alone ou pedaleiras, teclado simples com entrada/saída MIDI podem controlar plugins
VSTi, enfim, uma série truques que estão espalhados pela net.
D)Microfones
Procure um microfone que seja compatível com seu ambiente. A maioria dos estúdios
caseirosse usam os cardióides (Shure SM58, R$ 300) e Hipercardióides (Behringer C1U, R$
300). Da mesma forma ter um “filtro anti pop” ajuda bastante também. Meu conselho é que
você compre um Beringer B2 (R$ 400) que possue 3 formas de núcleo (Cardiod, Omni e
Bidirectional). Pra quem está com pouca grana o Behringer XM8500 (R$ 140) é uma boa
pedida.
Figura: microfones
Os microfones mudam de “cardióide” (a parte onde o som é captado) depende o modelo que
comprar cada um tem uma função específica. Procure saber baixando ou pegando informações
do modelo na internet ou direto de uma loja de instrumentos musicais.
Foto: Microfone B-1, violão com Pré amp – Behringer Mic 200 e Direct Box
Lógico que o “microfone e o violão” podem ser substituídos por demais instrumentos.
Capítulo 03
Programas DAW e Plugins
Pra começa, DAW (Digitação Audio Workstation) aqui no Brasil tem vários significados:
programa multipista (que era o que eu conhecia até saber que o termo correto era DAW),
programa de gravação, programa de gravação de estúdio, etc....
Essa postagem vou fazer justamente para os que me perguntam como funciona uma DAW,
porém vou lembrar você que você deve escolher seu(s) programa(s) e estuda - ló bem.
2) Posso fazer numa DAW o que faço com uma mesa de som?
Sim. Basicamente tudo. O rack de uma mesa (onde contém o compressor, crossover,
equalizador, etc..) pode ser substituído por plugins.
8) Master e Buss
Você irá ouvir muito sobre isso... Master é seção principal de plugins, bus são alguns pistas que
usam um plugin em comum. Por exemplo, no master vai um limiter no bus vai um reverb.
9) Qualidade de som.
A qualidade de som nada tem haver com o programa ou com os plugins. A qualidade som vem
da placa de som.
Sony Sound Forge: o mais usado do mundo, muito fácil de aprender e manipular.
Prós: rápido de entender e sair trabalhando.
Contras: não roda todos os plugins VST, não possue analisador de espectro próprio, não há
como colocar plugins em cadear (um atrás do outro) sem que você faça um parâmetro para isso
sendo que a maioria das vezes dão algum tipo de problema.
Figura: Wavelab 8
A I/O(input e output ou seja entrada e saída) auxiliares são como “racks” de plugins. O nome
disso vária de programa para programa:
No Vegas/Acid são conhecidas como “Aux Bus”, assim como no Cubase aparecem abaixo da
tela, porém o Vegas/Sonar há opção de plugin padrão na própria pista (geralmente são Noise
Gate, Eq, Compressor). No Sonar seu nome é “buss” aparecem do lado da trilha e no mixer, e
no Fruit Loops, aparecem do lado mixer com números (1,2,3,4). Geralmente um Plugin de EQ
é padrão nos auxiliares.
Foto DAW Acid 6.0 (Note que o master está em vermelho e o AUX em azul e as pistas em rosa)
Foto DAW Sonar XL (Note que o master está em vermelho e o BUSS em azul e as pistas em rosa)
Pistas (track)
Como numa mesa de som , em uma DAW nós especificamos onde iremos gravar/tocar um
instrumentos. Na pista podemos colocar efeitos, mas geralmente aqui só deixamos um
equalizador paramétrico e algum efeito (colocar reverb aqui não é muito bom somente se
auxiliar não tiver um).
Master
O master é a seção que controla todo som. Geralmente não colocamos nada nele, ou apenas
algum plugin de limiter.
A tabela abaixo explica melhor o que é pista, auxiliar e master.
Assim como os efeitos em racks, pedais e gabinetes os plugins foram criado justamente para
fazer o mesmo processo porém digitalmente. A diferença brutal entre um plugin e uma unidade
de efeito é que quando usamos um “rack de reverb” por exemplo, ficamos dependente apenas da
conversão A/D (Analógico/Digital) onde esses valores já definidos manualmente pelo mesmo,
já um “plugin de reverb” irá acrescentar o efeito na nossa trilha “matematicamente” ou seja,
usará dados programados para processa-lo por isso ficará totalmente dependente do computador
e placa de som que você possue. Uma desvantagem é que por mais que aperfeiçoem os plugins,
eles ainda não conseguem imitar uma válvula. Vou detalhar melhor cada um deles.
Os plugins DX foram desenvolvidos pela Microsoft para dar suporte aos programas de áudio
com o auxílio do Direct X. A vantagem deles que os mesmos são mais leves de rodar que o
VST e o RTAS em tempo real, mas a desvantagem é que sua conversão não é exata. Muitas
vezes o som que fica na trilha não é o mesmo que você ouviu no Aux em tempo real.
Os Plugins VST/VST2/VST3 foram desenvolvidos pela Steinberg são superiores aos plugins
DX, pois usam a partes do computador para processá-lo. A vantagem é que sua conversão é
exata, a desvantagem dependo o computador que está usando ele irá “travar” quando você rodar
a trilha em tempo real (dependendo o número de plugins)
Os Plugins RTAS foram também desenvolvidos pela Steinberg e são considerados os melhores
por fazer tudo em tempo real, porém só funcionam em Pro tools.
Os plugins DXi foram desenvolvidos pela Microsoft. São instrumentos sampleados para deixar
a trilha MIDI com ar de instrumentos real. Sua desvantagem é que poucas plataformas aceitam
roda-los e os timbres ficam inferiores ao VSTi.
Os Plugins VSTi foram desenvolvidos pela Steinberg. São instrumentos sampleados para
deixar a trilha MIDI com ar de instrumentos real. Sua vantagem em relação ao Dxi é mesma
coisa que o plugin VST em relação DX, incluindo suas desvantagens.
Vale a pena lembrar que geralmente quando se instala um plugin, o mesmo tem a opção para
roda-lo em todos esses formatos.
Importante!!
Essa apostila não ensina você a mexer numa DAW específica! Apenas mostra como todas
funcionam no básico!!!
Escolha sua DAW e estude ela bem. Pra quem não sabe o que escolher eis uma classificação
que fiz por “grau de dificuldade”.
Midi
Midi é um meio de “comunicação” digital em tempo real que pode ser desde um teclado, um
mixer, um painel de luzes ou uma pedaleira. Em meados dos anos 80 a Roland inventou o
padrão GM (General Midi) onde e o primeiro sintetizador Jupiter -6 (lendário por ter sido usado
por Vangelis e várias bandas de synthpop). Em meados de 1991 a Roland fez novamente um
revolução, criando o padrão GM/GS e assim nascia o “rack” Sound Canvas com 128 timbres
(desde piano,órgão, sopros, guitarra, baixo, cordas) e 4 kits de bateria. Depois a maioria dos
teclados começou a ser fabricado seguindo a mesma regra porém alguns “timbres” mudavam de
teclado para teclado. Hoje em dia temos o padrão GM2 ( a evolução da general midi) e o XG
(inventado pela Yamaha, totalmente compatível com GM/GS).
A eficiência da produção
Assim que os teclados Roland, Korg, Yamaha, Ensoniq e Cassio começaram a oferecer o padrão
GM em meados da década de 1992, os fabricantes pegaram a tecnologia das “baterias
eletrônicas” e dos “sintetizadores” e reuniram num único instrumento. Para os estúdios foi uma
“mão na roda” pois partes antes que demoravam 3 dias pra gravar, muito processos já podiam
ser encurtados. Por exemplo, a bateria, o baixo, órgão, pianos e orquestra. Muitas vezes todo
processo era feito no teclado e cabia somente ao vocalista colocar a voz e ainda hoje em dia é
muito usado quando se precisa de um resultado rápido e eficiente.
Podemos usar um teclado GM com cabo MIDI para controlar em “tempo real” um VSTi ou
ainda podemos usar um “Midi Controller” que é um teclado “escravo” somente com a finalidade
de reproduzir o som do plugin.
Figura: M-Audio Axiom
Definindo os instrumentos
Quem grava em casa geralmente faz com loops, MIDI ou VSTi a bateria e os teclados,
preferindo colocar o baixo, a guitarra e o violão com instrumento real. Claro se a pessoa for um
tecladista irá preferir fazer tudo no teclado. Um outro processo interessante seria gravar a
bateria real como metrônomo e depois “reforçar” o bumbo e a caixa com “samples” embora
esse um processo mais usado em grandes estúdios. A seguir vamos ver os tipos de gravação que
se pode fazer com MIDI, VSTi e Loop.
1)Direto do teclado
Lógico que pra isso ou você é um “tecladista”, ou tem nação de teclado. A maioria dos músicos
preferem fazer primeiramente a música com o “seqüenciador do teclado” e depois passar “pista
por pista” na DAW, assim ele imitará a gravação “padrão” de uma banda. Após isso os mesmo
irá definir se haverá ou não processos de equalização, compressão ou efeitos.
A principal vantagem do piano roll é que você não precisa saber “teoria para desenhar” as notas
(claro que você terá que ter ouvido) pois todos os desenhos são “matemáticos” e na própria
planilha mostra a duração das notas. Vamos entender melhor:
1)Para fazer um “tempo completo” apenas bata na mesa desse jeito: Com a mão erguida você
diz “1”, ao bater na mesa você diz “É” e volte (deixando a mão erguida Pronto! Você tem um
tempo!
Para contar 4 tempos é só fazer a mesma coisa:
A semi breve é a maior das durações. Ela dura os 4 compassos inteiros do som.
A partir da Semi Colcheia seu solfejo pode começar a complicar. Aconselho fazer o movimento
bem devagar.
E por último a FUSA. Que são 8 notas num compasso só.
Claro, aqui só mostrei o “básico”. Ainda há outras figuras de tempo como você pode ver na
tabela abaixo:
Agora tente “desenhar a introdução” da famosa “Smoke on the Water” em um Piano Roll
(fazer no fruit loops e colar aqui)
3)Partituras
Pra quem conhece será fácil assimilar e se você não conhece.... Sugiro estudar sobre o assunto!
(Afinal, no mundo da música quem não sabe ler partitura é analfabeto e quem não sabe seguir
metrônomo é manco). A verdade é que as partituras te dão “um novo leque” para fazer música.
Muitas quando não consigo executar um coisa “manual” sempre ocorro a elas! E sempre
funciona. Guitarristas e baixista também podem apelar para um programa que leia “tabulatura”
como o Guitar Pro para “acertar a música” ou colocar um instrumento que não toca, como piano
ou sopro.
Figura:tela do Band-In-A-Box
Agora essa a parte da nossa apostila em que você junta tudo do outros capítulos para tentar
gravar e reproduzir uma música. Primeiramente suas primeiras gravações nunca saem boas e
daqui há um ano possivelmente você a achará um lixo (mesmo os outros tendo gostado) e isso
deve ao fato que seu ouvido aprimora, você se torna mais perito em diferenciar sons “bons e
ruins” e claro devido a troca de equipamento mas por enquanto agora só grave e veja o
resultado que vai sair! Em gravação a prática e o ouvido são os dois fatores principais!
Importante: tenha pelo menos o domínio “básico” da DAW que escolheu! Como por
exemplo colocar as pistas, o buss e o master!!!
AD & DD
Muitas vezes você está lendo uma matéria numa revista/site, ou está olhando as especificações
de um novo produto de áudio e dá de cara com esses dois termos “AD e DD” e afinal o que é
isso?
A guitarra vai nos pedais que vai no amplificador que o som do mesmo sai no microfone que
grava no seu computador que vai para sua DAW.
Até aí uma coisa bem básica mas até agora não foi explicado o porque da sigla “AD”. Para você
entender melhor vamos ver a figura abaixo:
1) Essa é onde de som formada pela guitarra, os pedais e o amplificador ou seja um som
“análogo”. A onda som naturalmente que você ouve em seu quarto, no palco ou no estúdio será
sempre assim.
2)Já essa onda é A/D (analog to digital). Essa é a onda formada do som captado pelo microfone
e convertendo no seu gravado em sua DAW. As onda digitais “deixam quadradas” as ondas
análogos na conversão para bits/samples.
A principal diferença entre uma “placa estilo off board ou onboard” e uma profissional é
justamente essa conversão. Quanto melhor, mais o som saíra “redondo” (sem precisar de um
conversor A/D).Até aí seria fácil pois bastava comprar uma placa de som boa e que o problema
estaria resolvido. Porém estúdios de gravações usam muitos equipamentos de conversão para
“D/D” (digtal to digital) que deixam as ondas assim:
Todo som análogo gravado em um computador ou mesa digital é transformado em bits. Toda a
qualidade e a “fidelidade” do mesmo é transformado em Sample Rating.
Normalmente o “nascimento” da gravação digital está filiado ao nascimento do CD em meados
de 1983. O som do CD se ao mesmo tempo “tornou a gravação mais barata” por outro lado tirou
muita fidelidade de sons análogos que se ouvia nos LP (discos de vinil). Já com a chegada do
DVD (em meados de 2000) e do seu substituto “que-não-emplaca” Blue Ray (2005) ouve um
acréscimo de fidelidade graças ao aumentos dos bits e dos samples.
Se ficarmos explicando desde o princípio essa história teríamos que resumir um “capítulo
inteiro” por algo que não é nosso objetivo. Por isso olhe a tabela e compare os bits/sample de
cada tipo de mídia:
Depois dessa teoria vamos para prática! Primeiramente aqui fiz uma introdução como
“configurar" sua DAW para gravar. Aqui uso como exemplo o Sony Acid e o Cakewalk
Sonar. Normalmente as outras DAW não fogem a essa regra.
Latência e dropout
Antes continuar, você deve saber das 3 coisas que enchem o saco de quem grava com uma
DAW:
Latência: Lembra do famoso vídeo do “Sanduíche” que aconteceu com uma nutricionista
cearense em 2005 e virou hit no You Tube? Foi ocasionado por erro de latência. Isso é como
um delay: se cria através do tempo de atraso de um sinal. Para resolver isso você deverá ter um
domínio da sua DAW na parte de “configuração” para saber onde é o menu de “latency”.
Geralmente deixa-lá em “auto” ou 128 ms resolve o problema. Porém há um detalhe: a
maioria das DAW se configura automático a latência da placa de som e muitas vezes você
precisará mudar manualmente.
Dropout: para que vai começar não se preocupe que esse é o pesadelo mais comum de quem
trabalha com áudio. Todo mundo dá uma explicação “super detalhada” sobre dropout mas a
verdade é que: dropout é quando a DAW não consegue tocar e gravar ao mesmo tempo porque a
memória estendida e a CPU do computador estão esgotados! Você perceberá isso quando o
campo “CPU” da sua DAW (procure se localizar onde é) chegar em 90% ou 100% que dizer
que o computador está “estagnado” (devido a várias coisas que você está fazendo ao mesmo
tempo) ou plugin é tão “pesado” que seu computador não tem como roda-lo. E novamente por
isso digo quanto melhor a placa de som, menos consumo de CPU você terá!
Para mostrar como vou mostrar com várias placas de som, vou demonstrar aqui usando a
DAW Sony Acid 7.0, uma Focusrite Saffire, uma M-Audio Jamlab (ambas USB), uma antiga
Criative PCI (ainda com chipset Ensoniq) e uma SoundBlaster Audigy 2.7 (PCI). A partir desse
exemplo, você deve achar na sua DAW algo parecido. Geralmente não há segredo, basta apertar
o "record" e determinar para qual placa vai o som como no Acid. Primeiramente você deve
procurar como está programada as placas na DAW para isso vá em
OPTIONS - PREFERENCES - AUDIO DEVICES
Importante!
No caso de usar o Acid ou Vegas tenha certeza que na opção "Audio Device" esta selecionado a
opção "Windows Classic Driver" pois senão na hora de gravar não irá aparecer todas as placas
de som disponíveis!
Como você pode ver aqui irá aparecer as placas e os ajustes de latência. A maioria das DAW
tem a função "ajustar automático a latência" porém muitas também usam direto os ajustes do
driver de som ASIO como o caso do Fruit Loops. Note que no caso do meu computador a
DAW está me informando que tenho disponíveis as placas de som que já mencionei além do
driver ASIO.
Assim quando está tudo configurado basta ajustar numa nova pista:
1)Aqui iniciamos uma nova pista chamada "teste".
3)Para selecionar a placa que você gravar basta apertas no Nº1 da pista. Na verdade ele se
refere que ela está pronta para gravar na 1ºPlaca (no caso a Audigy).
4)Para direcionar aonde você que o playback seja reproduzido, basta fazer mesma coisa
no "master" da DAW.
Agora vamos ver o mesmo caso, porém na DAW Sonar (que serve de base também para o
Cubase, Encore, Reaper e Pro Tools) que nesse caso é muito mais simples que as
DAW da Sony. É só ir no menu
AUDIO - OPTIONS
Se estiver faltando alguma placa, aperte o botão "Wave Profile" (na general) para ele tentar
escanear a placa, Caso o problemas permaneça vá no menu "Drivers" e veja se a placa não está
desabilitada! Após isso reinicie o programa.
No caso do Sonar é bem mais simples que o Acid/Vegas:
1.Fonte de ruídos
Ruídos podem vir de vários lugares: o microfone do bumbo que está pegando o “click” do
pedal, a guitarra que está mal aterrada e o músico ainda acrescenta “distorção” na mesma, o
amplificador do baixo que está com algum transistor queimado, o ambiente mal isolado ou
isolado demais, o vocalista que inventou de gravar com o microfone em punho, a tecladista que
deixou as unhas comprimidas demais e agora toda as notas saem “pianíssimo”, o computador da
gravação que não está aterrado, o horário (uso excessivo de coisas ligadas), a mesa de som que
está com “knobs” velhos demais (o fósforo dentro deles está gasto e qualquer “fade” faz ruído e
pode acontecer com todos os equipamentos), violão que está trastejando, e mais um monte de
fatores. Porém de todos eles o maior causador de ruídos são os cabos. Quando um cabo de
som está com defeito, é impossível fazer alguma coisa (muitas vezes locais mal aterrados
podem se salvar usando corretamente o noise gate) pois o problema está na origem do som. A
maioria das gravações são “vítimas” desse mal.
Sempre é bom revisar todos os cabos, pelo menos a cada 3 meses.
2. Som branco
Você já deve ter falado em “som branco” (white noise) e “som rosa” (pink noise) e qual a
diferença entre os dois? Nenhuma.
Os dois significam um “ganho de amplitude” indetectável para o ouvido humano (somente
osciladores e plugins analyser enxergamos os mesmos). Na prática, toda vez que gravamos
uma pista, e acrescentamos outra para continuar gravando, geramos um som branco. (ou seja o
acréscimo de pistas: bateria, baixo, guitarra, teclado, voz) e dependendo como está a qualidade
da gravação ele amplia para um som positivo (muitos plug-ins como o Waves Noise é usado
para esse princípio) dando um aumento significativo no som porém também pode ser negativo
(gravação com ruídos). Você não perceberá na hora, mas quando finalizar o seu CD será toda a
diferença entre ele ficar “transparente” ou “abafado”. O processo que o CD usa para tentar
“reproduzir” digitalmente esse ruído chama-se Dither.
3.Ambiente
Durante muito tempo, engenheiros de som defendiam ambientes abertos. Depois mudaram para
defesa de ambiente fechados e agora, todos chegaram num consenso:
O ambiente pode inferir em gravações de microfone (por exemplo adicionar um reverb extra)
porém quando temos ruídos nas gravações o maior fator é o ambiente externo. Eu não lembro
qual o artista, mas eu sei que eu estava ouvindo um CD dele e numa determinada música você
escuta um “vrumm” numa parte que só toca o baixo e a bateria. Fui pesquisar na internet e li um
artigo que no estúdio onde eles gravaram fica do lado de uma highway (alto estrada) e
possivelmente esse era o ruído de algum carro ou caminhão. Possivelmente não mexeram
porque o ruído casou com a música.
Também é sempre bom checar como está a parte física da máquina, verificar se o computador
está bem aterrado e se não ruídos elétricos na rede. Meu conselho é sempre colocar um filtro
de linha entre o estabilizador e a tomada. Procure ver quais são os horários que possuem
maior consumo de energia em seu bairro, pois ruídos elétricos não há como limpar numa
gravação (voltarei a esse assunto adiante).
4.Noise Gate
Sem duvida, uma das maiores invenções de estúdio. O popular NS ou Gate faz com que o ruído
do instrumento seja “neutralizado” quando o mesmo está em repouso. A maneira mais simples
de detectar se um cabo está corrompido ou se sua energia está com problemas é usar um gate
fazendo o seguinte. O gate padrão é - 32 “threshold” e uns 10 de “decay”. Se você continuar
ouvido ruídos em repouso vá aumentando de 5 e 5 (39, 25, 20) o “threshold” . Se chegar em –
10 dB e há ainda algum “ruído” você pode ter a certeza que algo está errado no cabeamento,
energia ou instrumento.
5.Ajuda do equalizador
Você já deve ter visto em plugins de equalizador paramétrico um “preset” chamado “cut hum in
50 - 60 Hz” mas você sabe o por quê? Pois aqui está a maioria dos ruídos elétricos da música.
Cortando aqui, você tem a garantia que ruídos elétricos não apareçam no master depois entre 10
– 16 kHz, claro que isso resolve o que for “bem leve”.
6.Horários
Você já notou que em entrevistas os músicos famosos sempre falam em gravar mais na parte da
noite depois das 22:00, madrugada ou ainda em períodos pela manhã das 04:00 às 09:00?
Coincidência? Será por que todos são madrugadores de tanto fazer show? Na verdade que
determina isso é o produtor por um simples motivo. Nesses horários as pessoas estão dormindo
ou acordando, e assim além do barulho externo não existir as quase não há uso de aparelhos
eletrônicos que podem poluir com ruídos elétricos (o chamado tráfego de eletricidade). Faça um
teste: tente gravar das 10:00 às 14:00 e das 18:00 às 20:00 para você ver como a rede elétrica
por mais filtrada que seja sempre fica com ruídos.
7.Nobreak ou estabilizador?
Outro item bem discutido. Alguns acham que é melhor o “estabilizador” porque o mesmo não
tem bateria e não “gera” harmônicos nas gravações. Outros preferem “No break” justamente
para garantir segurança ao seus equipamentos. Na minha opinião você tem que testar para
descobrir. O importante é não gerar ruídos.
E novamente para “minimizar” a polêmica a tabela abaixo mostra como geralmente gravo
minhas músicas. Porém essa é minha maneira de gravar. Deixe seu ouvido encontrar a sua.
A)Energia elétrica
É a causa mais comum de "ruídos" quando usamos o compressor e não adianta tentar reduzir
com plugins. O bom é deixar tudo em 110 Volts (pois é difícil baixar disso), todos os
equipamentos bem aterrados, usar filtros e estabilizadores e claro gravar num horário fora de
pico (como das 18:30 às 21:00).
C) O desempenho do computador
Consumo de "memória" pode acabar com suas gravações e mixagem. Tenha seu computador
sempre "limpo" para usar nos seus trabalhos. Aprenda a “otimizar” o sistema!
Eu não sei o que você quer fazer mas sei por onde você pode começar. Quando se faz uma
música a maioria das pessoas baseia-se em
introdução-parte1-refrão-parte2-refrão-fim
não porque é uma regra e sim porque esse é o princípio da música contemporânea e é o que
você ouve desde que nasceu. A maioria dos trabalhos mesmos com músicos bons soam como
"amador" não por causa da gravação em si e sim por falta de estrutura e é por isso que o
produtor se encarrega dessa parte. Mas quem não tem produtor e quer fazer seu som soar legal,
basta pegar uma música que você goste e copiar sua "estrutura de gravação" (não estou falando
em cover ou plágio e sim de quantas estrofes e refrãos ela tem, aonde é posicionado seus
arranjos, onde vai aquele riff chamativo).
você perguntar a um engenheiro de som como começar a gravar, possivelmente ele irá dizer
"deixe tudo quente"! Em outras palavras é gravar na "faixa - amarela" do meter, entre a verde e
a vermelha ou seja, mais ou menos entre - 3dB ou - 2.5 dB.
Notas:
A) A maioria dos equipamentos de gravação/reprodução profissional trabalham com “Master
Volume” e “Gain”. Muitas vezes para obtermos um som real é necessários “dosar” os dois sem
criar “clip” (passar de 0 dB).Normalmente o volume passa primeiro para "power amp" então o
gain passado para o "pré-amp".
B) Nos amplificadores de guitarra para obter um ótimo som limpo, basta deixar o ganho baixo e
aumentar o "master". Para obter uma ótima Distorção, abaixe o master e aumente o "Gain".
Level
Este termo é usado para descrever a magnitude do som em referência a algo arbitrário. Mais
especificamente, o uso de SPL (nível de pressão sonora) para descrever as ondas sonoras. SPL é
um termo calculado a partir do registro da pressão de som em RMS de uma boa medida
relacionada a um valor de referência. Basicamente, o que significa que criar uma escala de
medida com zero de partida com o menor limite da audição humana. A escala de SPL é
mostrada em dB e vai até 130 dB (bem, o infinito, mas o que for), que é o limite da dor para o
ouvido humano.
Loudness
Loudness, embora semelhante ao volume e nível, é o que uma função que faz um “super
volume” ( muito comum em aparelhos de carro). Este é o primeiro dos nossos termos de
terminologia que realmente envolve sons que não somos capazes de ouvir em uma frequência
do mesmo nível.O “loudness” é diferente porque é só percebido quando nós nos movemos essa
frequência para cima ou para baixo. O gráfico seguinte mostra o nível que o ouvido humano
"pensa" (sua audição) e como vocês podem ver, não é correto, na maioria das vezes. As
freqüências mais baixas, como o baixo em 40-220 Hz, precisa de mais pressão do som para nós
acreditarmos que é igualmente o mais alto que o som em 1 kHz.
Faça como um "grande produtor" escolha o melhor take! Sabe o que é "Overdub" ou Dobra?
Esse é o maior segredo dos grandes estúdios, usado há anos.
Você já notou porque antigamente uma gravação brasileira era tão diferente de uma estrangeira?
Isso porque o brasileiro como gosta de fazer "tudo rápido e barato" não dobrava! Hoje em dia
onde um som pode ser "copiado e colado" as dobras rolam soltas porém o melhor ainda é
"gravar tudo manualmente" e é necessário um cuidado na hora de dobrar: suas frequências e as
fases tem que ser diferentes a cada dobra para não entrar em conflito! Aprenda a usar o
“metrônomo” para isso!
Capítulo 06
Compressão
Nesse capitulo vamos ver os tipos de compressão que existe. Compressor ou Compressão é
ação de “comprimir o som” afim que o mesmo se torne mais “audível”. Porém existe nesse
efeito os “prós” e “contras”.
Tipos de compressores
Noise Gate – O Noise gate ou NS é um efeito criado na década de 80 para resolver um dos
pesadelos dos produtores de gravação: ruídos antes e após a trilha. Usado para tudo porém ele
“não elimina ruídos onde a trilha está gravada” apenas deixa em silêncio um instrumento
quando não estiver sendo usado e as pausas da mesma.
Prós – É obrigatório seu uso para deixar em silêncio tudo que não estiver sendo usado.
Contras – Pode causar “pump” (efeito de ficar pulando o som como um cd riscado), mal usado
tira completamente um som de fase além de atrasar o mesmo.
Compressor – Os compressores são usados para deixar picos forte e fracos todos no mesmo
volume.
Limiter – São considerados “super compressores” pois tem a função de “normalizar”o volume
da música.
Prós - Abre o som e o deixa audível.
Contras – Mal usado “destrói” a música!
1)Entendo o efeito
Como você já deve ter "lido e visto" por aí:
Release:o inverso o tempo compressor ou seja o tempo que ele leva pra deixar de
comprimir. se o release for lonog, haverá redução de ganho mesmo após o volume
estar abaixo do threshold.
Ratio:define em quanto "dB" será aplicado ao compressor. Por exemplo: 6:1 quer
dizer que se há entrada (input) for igual a -6 db a saída (output) será
acrescentando com +1 db.
porém hoje em dia muitos periféricos e plugins tem um monte de coisas a mais! Não é
toa que nos livros de mixagem que leio o autor sempre recomenda procurar pra começar
"um compressor com essas características descritas acima". Muitos comandos hoje em
dia são assim:
1)Threshold (limite) ativa o efeito após determinado dB. O efeito é sempre iniciado
quando baixamos ele para -2 dB. Antes disso o efeito é quase imperceptível.
4)Ratio (tamanho)
Determina o tamanho do som do efeito sobre o som natural. Ele calcula o valor que o
“threshold” terá no som final. Por exemplo, se o ratio for 2:1 quer dizer que o
‘threshold” irá acrescentar +1 dB no som final. Voltaremos nisso quando estudarmos
“cálculos de compressão” nesse capítulo.
5)Gain (ganho)
Define o ganho total do volume.
Normalmente ele vem num “comando separado” e quanto mais “curva” for a forma dele
chamamos de soft kness que quer dizer que o som não saíra tão “aspero”. Quanto mais
“quadrado” for a forma chamamos de hard kness e pode causar algum “desagrado” no
som.
Fórmulas
Para saber o valor final num limiter basta usar a fórmula (threshold + out x 0,18).
Essa fórmula eu fiz para saber quanto estava saindo na minha compressão. No caso da
figura acima (que é um pluginWaves Ll2):
- 10 (threshold) + (-0,2) out X 0,18 = + 1.7 dB
Isso quer dizer que nosso "som final" terá somado ao "som sem compressão" +1.7 dB.
Porém dependo o valor de "release" e "atenuação" ou "ratio" que você use essa variação
pode ser pra mais ou pra menos.
Quando trabalhos com compressores que contenham "ratio" a fórmula é bem simples:
se o valor for 2:1 quer dizer que a cada - 2 dB na entrada (input) irá acrescentar +1 dB
na saída (output). o valor for 4:1 teremos - 4 dB na entrada e +2 de saída, ou podemos
usar a seguinte fórmula: valor de entrada X 1 (ou ratio que você escolher) / 2 =
resultado do som do efeito na saída.
Nesse caso o ratio (da figura acima) está ajustado em 2:1 isso quer dizer que na saída
final teremos:
2 X 1 /2 = + 2db
Quando compressar?
O problema de compressar é justamente saber quando. A maioria dos artigos que leio
sobre assunto deixam claro uma coisa. Quanto menos compressar melhor. Isso deve-se
ao fato que como ainda vamos usar a compressão no "aux/buss" e ainda ao finalizar a
música (afinal o limiter é o "rei" dos compressores) o melhor mesmo é compressar se
for necessário.
Abaixo vamos ver alguns instrumentos:
Voz
A)Tenha certeza que a trilha está limpa. Para isso é bom passar o “noise gate” num
valor perto de – 20 dB para o mesmo “limpar” pontos de respiração e ruídos gravados.
Vamos ver a figura abaixo:
Essa linha “vermelha” simula o ruídos de uma gravação de voz. As formas em “azul”
significa um som (vamos supor o canto). Se não houve limpeza ou não gravar limpo o
som com a compressão ficará “mais denso” junto com os ruídos:
Esse “ruído” poderá não ser audível com os outros instrumentos, mas irá atrapalhar toda
mixagem!!!Isso vale também para os demais instrumentos da música.
c)na mixagem sempre comece com um parâmetro “leve” como 3:1 e vá aumentando
conforme a necessadidade. O attack pode ser rápido (como 0.5 ms) e o release pode ser
em torno de 0.4 ms.
Bateria
A)Em batidas leves pode se usar um “soft kness” nas bruscas e com muita variação um
“hard kness”.
B)Também pode se começar em torno de 4:1.
C)Para o bumbo e a caixa é interessante usar junto um “noise gate” pesado (em torno de
-10 dB) pois asssim destaca bem as batidas.
D)O attack pode ser em 20 ms e release pode ser até em torno de 250 ms.
E)Sempre é necessário dar um checada nos microfones, lembrando que são os mesmo
que captam o som da bateria.
Instrumento em geral
Pode deixar o release e o attack no “modo automático” se não tiver, colocar ambos em
0.5 ms. Comece com 5:1.
Capítulo 07
Equalização
Tradicionais ou Fixed EQ: Os equalizadores tradicionais (fixed eq) altera o som pelos botões
low (grave) mid (médio) e high (agudo) encontrados nas mesas de som, amplificadores (baixo e
guitarra), stacks, racks e nos aparelhos de som caseiros mais caros. Sua melhor vantagem é que
você consegue chegar no som que quer apenas girando o botão (knob), mas assim como o
equalizador gráfico puxa várias freqüências juntos.
Foto: Fixed EQ
Atenção!!!
Não caia nessa de ficar aumentando as freqüências numa mixagem! Você aumenta o volume da
gravação, mas mata a dinâmica! Muitas vezes é melhor gravar um pista no volume perto de pico
(tipo – 0,2 dB) e com as freqüências aumentadas (tipo 200 Hz + 1 dB, 1 kHz + 2 dB, 5 kHz +6
dB) e depois diminuir o que precisa na mixagem. Em mixagem é sempre melhor cortar do
que aumentar! Porém... Há casos que só aumentando resolve certos conflitos.
1.Tenha sempre músicas como referência. Procure ouvir várias e tomar como ponto de partida
de seu som.
3.Regiões
São onde se original as freqüências. De 20 Hz a 20 kHz.
Acima da cabeça: sentimos as freqüências muitas altas (10 – 20 kHz) como se fossem um
“enxame de abelhas”.
Entre o abdome e as partes intímas: sentimos os médios graves (300 – 800 Hz) como
se fizéssemos “abdominais”
Abaixo dos joelhos: sentimos os graves (40 – 300 Hz) como se “pisássemos em piso de
madeira”
Abaixo dos pés: sentimos os sub graves (20 – 40 Hz) como se estivéssemos num meio
de um “terremoto”
A figura abaixo onde atinge cada instrumento na região de um equalizador de 20 Hz a
20 Khz.
Capítulo 08
Efeitos
Efeitos de Ambiente
Reverb
O mais famoso dos efeitos e primeiro a ser criado. Usado para simular ambientes.
Prós – Corrige a maioria dos defeitos de gravação como distância entre um instrumento e outro,
brilho no vocal, aumenta o campo estéreo.
Contras – Afasta o som original do falante (o famoso cantando no banheiro), tira o som de sua
fase.
Efeitos de Modulação
Chorus – Muito usado nos anos 80, para simular duas linhas de sons atuando em conjunto, Cria
sons até de 90º.
Prós – Ótimos para reforçar o sinal de quase todos os instrumentos e a voz. Ótimo resultados
quando combinado com reverb ou delay.
Contras – Deixa o som fora de fase. O exagero pode embolar os sons.
Trêmulo – Muito usado na Surf Music justamente para imitar a ação da alavanca de uma
guitarra. Primeiro efeito de modulação criado, pai do chorus sendo uma variação do mesmo,
porém é somente usado em instrumentos, na voz é muito pouco usado.
Prós – Ótimo pra criar sons exóticos.
Contras – Deixa o som fora de fase. O exagero pode embolar os sons.
Phaser – Nasceu a partir do Chorus cria sons até 180º. Muito usado no funky e nas músicas do
rock progressivo. Na voz um de seus maiores usuários foi Ozzy Osbourne.
Prós – Ótimo pra criar sons exóticos.
Contras – Deixa o som fora de fase. O exagero pode embolar os sons e incompreensível.
Flanger – Nasceu a partir do phaser e cria sons até 360º (dá até pra criar efeito de helicóptero).
Muito usado por vários músicos do metal, rock e baixistas. Na voz é usado para criar camadas e
um dos lados.
Prós – Ótimo pra criar sons exóticos.
Contras – Deixa o som fora de fase. O exagero pode embolar os sons e incompreensível.
Efeitos de harmonia
Auto tune – O mais famosos efeito de voz, foi criado como “rack” pela Antares e logo virou
plugin. Alem de ser um efeito muito para corrigir imperfeições na voz serve também para alterar
a mesma.
Prós – Corrige imperfeições, ótimo para criar frases finais com vibrato tanto para voz como para
instrumentos.
Contras – Em exagero fica ridículo, não corrige desafinações intensas como a maioria das
pessoas pensam.
Harmonist – Criado primeiramente em sintetizadores, depois em racks de efeito para guitarra e
depois para voz. Harmonist tem a função de fazer um escala “soar em acordes, tríades ou
tretades”, ou seja quando você toca uma nota na verdade está tocando um acorde. Em
instrumentos é muito usado em solos rock e nos solos sertanejos, na voz conseguimos criar um
“corô” apenas partindo de uma única voz, som foi usado na voz de no megahit Believe e hoje
em dia é muito usado em todos os tipos de estilos.
Prós – Rápido para criar 2º e 5º voz partindo da original e incrementar solos.
Contras – Mal usado deixa o som cafona
Chegou a hora de você tentar “mixar” sua primeira música. Muitas vezes não é as gravações que
nos dão “um nó na cabeça” e sim a mixagem pois a maioria dos iniciantes cometem os seguintes
erros básicos:
6)Use os ouvidos!!!
Acredite ainda são a maior ferramenta numa mixagem!!!
02)Camadas de Volume
Quando se fala em volume é o “volume da pista” onde você gravou e todo o resto.
O grande segredo para um “grande volume” é simplesmente o equilíbrio. Você precisa definir
quem terá menos ou mais destaque na música. Quando os volumes estiverem no lugar distribua
o pan para cada instrumento. Na música moderna há um regra básica para o bumbo, a caixa
e o baixo devido a sua “força”: eles sempre tem que estar no meio! Ao menos que você dobre e
distribua as dobras para cada canal.
Essa figura acima mostra como se comporta o volume numa mixagem no estilo “POP”
Volume1
Nesse nível mais na “frente” vai o que é destaque na música. Nesse caso a voz, a caixa e a
guitarra. Claro que a voz sempre é mais destacada, a guitarra conduz a parte rítmica e caixa
chama a “atenção” do ouvinte (principalmente acompanhada de um reverb)
Volume2
Esse nível também pode ser considerado a “cama” da música, ou seja aquela parte onde dá vida
a mesma. O teclado dependo o timbre (como strings ou órgão) pode ir até no volume 3. Já o
bumbo em muitos heavy metal (como em Rising Force de Yigie Malmsteen) pode ir no volume
1 também. Juntamente aqui temos um dos pratos (crash por exemplo) e o baixo (para o corpo do
bumbo). O Tom 3 que é o mais agudo vai aqui também numa virada. Se for 4 tons o último
pode ir no volume 1.
Volume3
Nesse nível geralmente vai o prato de condução (ride) e o xipo (hi hat) porém eles podem variar
muito de nível dependo o estilo musical (o xipo em músicas como hip-hop, funk, jungle, techno
pode estar no volume 2). Aqui temos mais um tom, geralmente o 2.
Volume4
No último nível geralmente se encontra o início da virada (a primeira batida do tom1), efeitos
como reverb ou ainda dobras. Nesse nível até uma “duplicação das trilhas” ajuda empurrar a
música pra frente.
Efeitos como trovões, badalar de sinos, gritos, explosões ficam geralmente a um nível acima do
volume 1, geralmente no início das músicas.
03) Pan(ing)
O pan define para qual lado vai o instrumento gravado. O Pan também é o que deixa o som
“homogêneo” assim evitando “conflitos no campo estéreo”. Existe uma regra “não oficial” para
fazer um bom pan: instrumentos com mais força (bumbo, baixo, caixa) no centro; instrumentos
mais agudos (xipo, pratos, piano solo) mais a direita; instrumentos mais graves (surdo, synths,
piano rítmico), voz pelo campo todo (a esquerda, no centro e a direita). Porém existem outras
formas. Veremos isso adiante.
04)Equalização
Como explicamos detalhadamente no capitulo 6 geralmente a equalização numa mixagem tem
que ser algo “cirúrgico” ou seja, apenas para destacar os “melhores sons” e não tentar “corrigir”.
Você deve saber como se comporta cada instrumento em todas as freqüências porém não
existe uma regra em “cortar” ou “aumentar” e sim fazer isso quando aparecer uma necessidade.
Quando você colocar uma música pra tocar e coloca um “analisador de espectro” geralmente ela
tem essa forma, mudando mais o “final” e o “começo”. Toda música possue um “low end”
(final grave) perto de 25-40 Hz e um “high end” perto de 12 – 20 kHz. Você também pode notar
que a partir de 320 Hz ela vai “despencando” isso pelo fato que a “força” de toda música está
nos graves, a parte “sonora” nos médios e a parte de “brilho” no agudos.
O “buss” dessa música foi feito assim: A)bateria, B)baixo, C)guitarras e D) voz. Se
pudéssemos pegar e “separar” no analisador esses buss eles ficariam assim:
A todos que começam a gravar ou que já estão gravando aconselho a ler a “bíblia da gravação e
mixagem” que se chama a “Arte da mixagem” por David Gibson (responsável por livros, DVD
e cursos abordando todo tipo de estilo) pois na minha opinião não existe melhor forma didática
de como se tornar um bom profissional em mixar. Eu tenho o vídeo do livro e a cópia do livro
no meu celular e muitas vezes estou vendo e revendo os dois.
Nesse livro contém a melhor explicação sobre “mixagem” que já de cara te descomplica e torna
ela bem simples. E quanto mais simples no início mais fácil de aprender!
A)Volume
Primeiramente você tem que separar as sessões. Ou seja, construir os “Buss”
Aqui geralmente não vai ainda nenhum efeito, somente o compressor no “Buss”. O volume dos
instrumentos depende muito do estilo que você irá fazer ou como você quer que a sua música
saia (conforme mostrado anteriormente em camadas de volume).
A)Sempre tenha uma música ou mais como referência
A melhor coisa para se fazer uma boa mixagem é pegar uma música que você gosta ou acha
bem Não precisa ser exato construída e num papel colocar tudo que ela contém: quais as coisas
que vão nas “camadas de volume”, o que vai no lado esquerdo/direito, o que vai no centro, qual
os efeitos que ela use., apenas tente adivinhar e colocar na sua mixagem! Tenha em mãos
músicas do estilo que está gravando e também ouça as que não são.
D)Dobre!
Quer deixar a voz mais densa? Ou guitarra mais pesada? Ou qualquer outra parte, DOBRE!
Basta apenas “duplicar” as pistas e definir outros valores, como a tabela abaixo:
Obs:
Sony Acid, Fruity Loops e Sony Vegas são DAW que usam valor de volume em dB.
Pro Tools, Sonar e Cubase são DAW que usam o valor de volume em MIDI.
Controles de grave,médio e agudo refere-se a um equalizador Fixed ou seja aquele encontrado
em mesas de som e amplificadores cujo o som se modifica pela ação dos Knobs.
Esses valores podem funcionar ou não em sua dobra.
Isso é muito útil seja para aumentar o volume, mudar o pan ou posição de um efeito.
B)Pan
Muita gente prefere também ao definir o volume já definir o PAN logo em seguida, porém isso
quando se tem a “linha principal” ajustada no campo estéreo que nosso caso é a VOZ (poderia
ser um instrumento solo também como guitarra, violão, piano ou sax).
“Pan” (panning) nada mais é do que colocar o som do direito e lado esquerdo. O pan
geralmente funciona por números: 0 para indicar que o som está todo lado esquerdo, 64 para
indicar que o som está no meio e 127 para indicar que está todo do lado direito, isso é uma
herança do sistema MIDI que funciona com posicionamento de som no campo estéreo dessa
maneira. Não existe uma regra onde colocar cada instrumento no pan, o que existe é um
consenso. Muitos produtores preferem colocar sons forte ou graves do lado esquerdo deixando
os fracos e agudos para o lado direito, mas maioria faz o posicionamento como se fosse uma
banda ao vivo no palco.
Foto: posicionamento da banda Jerry & Croa.
Já outros preferem colocar o plugin de acordo com o destaque de cada instrumento, o chamado
Pan Dinâmico.
C)Equalização
A equalização na mixagem deve servir mais de um “auxiliar” do volume. Por exemplo, vamos
supor que você ache que algum instrumento ficou abafado, sem vida ou afastado dos demais
sons. Você pode usar o equalizador para tentar “colocar” o mesmo no lugar (aumentando ou
diminuindo) mas lembre-se que o mesmo não poderá corrigir “erros de gravação ou timbres” ele
apenas irá “destacar ou afastar” o som que queira.
Sweep: muitas vezes quando não encontramos o que está nos “atormentando” ou o timbre
correto de um instrumento, vale a pena pegar um equalizador paramétrico e “varrer as
freqüências com um “alto Q” e um “baixo Q.
D)Efeitos
Esse critério é puramente “criativo e pessoal”. Apesar de todo mundo “inventar uma regra” a
verdade que para efeitos “não existem regras”. Muito iniciantes (também fiz essa) tem mania de
achar que o “reverb” é solução para colocar a “voz na frente” (isso era comum na década de
1970 ao final da década de 1980) porém o que deixa a “voz” na frente é uma combinação de
“duplicação e compressão” (pelo menos quando gravamos em casa) e também colocar efeitos
depende muito do estilo também por isso veja alguns exemplos:
1)o sertanejo de “Zezé di Camargo, Chitãozinho & Chororó e Leandro e Leonardo” em suas
vozes sempre há um “longo reverb” assim como na voz da cantora “Adele” ou nas músicas
heavy metal da banda “Twisted and Sisters”.
2)A voz de “Chorão” do “Charlie Brown Jr.” possui muitas camadas de delay. A voz de Katy
Perry possui camadas de “harmonizer”.
3) O efeito que Ed Van Halen no primeiro disco da banda Van Halen em 1979 que ele usou nas
músicas “Eruption, Ain´t Talk ´Bout Love e Atomic Punk” que eram a combinação “exagerada”
de Ecoflex (delay) e Phaser e que já existiam há uma década mas como alguns guitarristas do
anos 70 como Joe Perry declararam que não usava essa combinação por ser “muito cafona”. Isso
prova que muitas vezes um “efeito que não é comum” pode virar um sensação da “noite pro
dia”.
4)Phil Collins nos anos 80 usava uma caixa eletrônica 808 combinada com bastante reverb com
noise gate.
5)David Gilmour e The Edge são conhecidos pelo “exagero belo” de delays em suas guitarras.
Nas caixas de som (figura 2) o som vem da frente e atinge nosso ouvidos. Já nos fones (figura
1) ele fica em “torno da nossa cabeça” como se estivesse dentro dela. Embora fones sejam bons
para gravar (essenciais na verdade) em mixagem eles só servem para definirmos o pan, pois
nos engana seja no volume ou na equalização. Os guitarristas costumam dizer que se o som
“que ouvimos” nos fones de ouvidos fossem reproduzidos e gravados seus problemas com
equipamentos caíram pela metade! A verdade que o som realmente foca melhor, pois no
fechamos “para o mundo lá fora” e temos um som em particular sem nenhum obstáculo. Enfim
se você quer mixar com fones compre aqueles de DJs pois eles sempre “mostram” todas as
freqüências. Esses fones variam de R$150 a R$400.
F)Faça pausas!
Quanto mais se trabalha com o ouvido, mais você o estressa. A audição assim como os
“neurônios” são duas coisas que quando se perde não há como recuperar. Por isso é
aconselhável a cada 1 hora de mixagem uma pausa de 10 minutos. Muitas vezes se você parar
por uma hora, quando começar de novo ouvirá coisas que não tinha percebido.
G)Mute
Para os produtores e engenheiros de som esse é o “botão mágico” por uam razão simples:
muitas vezes quando não se sabe o que está acontecendo numa música basta apertar o “mute” e
desligando em “seqüência” as pistas até achar qual está dando conflito. Funciona sempre!
Capítulo 10
Finalizando a música!
Efeitos do master
Isso é uma coisa de se experimentar. O objetivo do plugin aqui é deixar a música dinâmica.
Por isso já vi vídeos (que estão até no youtube) mostrando o produtor colocando 7 ou 10 plugins
em “cadeia” cada um fazendo uma função diferente para deixar a música comercial. Muitas
vezes quando a música está bem equilibrada e dinâmica apenas 1 de “limiter” é suficiente.
No meu caso eu prefiro usar 5 ou um “multi plugin” como Izotope Ozone ou IK Multimedia T-
racks. Os plugins separados que uso geralmente são esses (pois muitas só isso resolve)
A figura acima mostra que nenhum som passará depois de 31 Hz e acima de 12 kHz. Isso
geralmente é figura por exemplo de um bumbo eletrônico (como o do hip hop), claro que no
meio disso ainda há pequenos ajustes no equalizador.
B)Stereo Enhancer
Faz com que o som soe 3D. Parece não ser muito significativo, mas ele foi inventido com esse
seguinte propósito:
Figura:estéreo puro
Quando o som soa sem o stereo enhancer ele apenas tem o lado esquerdo (FL) e lado direito
(FR). Isso era assim até que o periférico foi inventado em meados dos anos 80. Ele tem a função
de “aparentar” ao nosso ouvido que o som está vindo de todas as direções sem precisar
necessariamente ser “surround” (que usa caixas para isso). Como a figura abaixo:
O problema que ele não é muito fácil de lidar no início e que você acha lindo em casa
pode soar bem “fraco e sem vida” em outro aparelho. Por isso suas dosagens tem que
ser bem “meopáticas”. Um plugin para isso é o Waves Shuffler S1.
Figura: Waves Shuffler S1
C)Dynamic Compressor
O compressor “multibanda” é um equalizador que “equaliza e comprime” ao mesmo tempo. No
master ele pode ajudar a trazer mais pra frente harmônico e freqüências escondidas. Porém
assim como o compressor, pode trazer ruído indesejáveis. Um plugin para isso é o Waves
C4.
D)Limiter
Como falado anteriormente no capítulo 5, o limiter é um “supercompressor” feito justamente
para finalizar a música. Porém vamos ver no próximo capítulo como ele funciona.
Figura: Waves L2
O analisador de spectro (spectrum analyser) e analisador de estéreo (stereo analyser)
Geralmente o plugin final de um cadea no master é um analisador. Esse plugin serve para
podermos “enxergar” quais as freqüências que nossa música está agindo e também comparar ela
em relação a uma música comercial. Já o “analisador de estéreo” permite vermos se nosso
“balanço” está “correto” ou algo está “fora da fase” (o que pode impedir o funcionamento da
música).Vamos conhecer como funciona um analisador nesse caso o “Waves PAZ Analyser”
um dos mais usados:
Vamos supor que você esteja tocando a música completa (com todas as pistas) e deixa-se em
“solo” o bumbo, a caixa e o baixo. Possivelmente no analisador você veria esses instrumentos
com mais intensidade na “Parte A”. E se você desse um “solo” na guitarra, teclado e voz,
possivelmente veria eles atuando mais na “Parte B e C”. E pra finalizar se você desse um solo
no “Xipo” veria ele atuar mais na “Parte C”.
A maioria dos analisadores de spectro não são muitos diferentes desse, porém há analisadores
de estéreo (também chamados de "estereômetro" ou "galvanômetro") mais simples e efecientes
como o “Roger Nichols Inspector” além que o mesmo é “gratuito”.
Figura: Plugin Roger Inspector XL
Se seu som estiver com “esse espectro” pode ter certeza que seu “pan” está legal!
Capítulo 11
Mas o que é masterização?
Muitas vezes você ouve um amigo seu músico dizer: a música ta legal, mas vou mudar o
master! Mas como assim mudar o master se isso é “faltamente mudado” e muito arriscado de
mudar.Master na verdade é o processo de “normalização, panorama e intensidade” de um
CD\DVD inteiro. Se não fosse assim ele ficaria como a maioria dos CDs amadores que
ouvimos: uma música alta, depois outra mais baixa e assim por diante.
Porém a maioria usa o termo “master” para deixar a música num padrão “comercial” (que são as
músicas que você ouve na rádio, na internet, no celular, na TV) quando não se faz um cd inteiro.
Tipos de masterização
Obs: esses nomes foram “definidos por mim” mas o sentido é o mesmo
Como se faz
Simplesmente pega toda música e de um render!!!
Prós:basta ajustar o som “inteiro” como você quer e fazer o master. Economiza tempo em
ajustes finais e entrega do trabalho.
Contras: se você não tiver um computador com uma “super CPU” (como I5, I7, Turion ou
Xenon) poder haver “atrasos na conversão”. Se sua placa de som não for boa pode causar “delay
ou flaging” na música sem contar que torna os plugins das pistas quase nulos.
Figura:Master inteiro
Master por aux/buss (compbuss ou pré-master)
Muitos engenheiros preferem dar um “render nas pistas” e reajustar a música (se for preciso)
apenas usando seu áudio contido no respectivo “Buss”. Esse processo é usado bastante em
gravações de rock pesado devido as “dobras” que a música possue.
Como se faz
1)De um render apenas no “Buss” das pistas numa nova pista (lembre de deletar as pistas
antigas).
Contras: Se sua placa de som não for boa pode causar “delay ou flaging” na música sem contar
que torna os plugins das pistas quase nulos. As novas pistas podem precisar de “pequenos”
ajustes que podem ser “fatais” para acabar com a mesma.
Figura:Pré-master
Master Comum
Esse master usado em estúdios profissionais especializados nisso. Geralmente o produtor
entrega as músicas prontas para o engenheiro de som e o mesmo as padroniza.
Como se faz
1)De um render em toda música sem efeitos no master. Sempre quente (-2 dB) e sem que a
mesma de “clips”.
Prós: economiza tempo. Ajustes aqui requerem cuidados. Pode mudar totalmente a
característica da música.
Contras: Ajustes aqui podem dar totalmente errados! Pode mudar totalmente a característica da
música. : Se sua placa de som não for boa pode causar “delay ou flaging” na música. Precisa de
conhecimento melhor em “dither”.
Figura: master
Plugin de Limiter
Agora vamos voltar para último plugin da cadeia que vimos no capitulo anterior.
A maioria dos plug-ins “limiter” sempre tem a mesmas funções. Alguns podem ter um “ajuste
mais fino” outros podem ser mais simples, mas geralmente possuem esses comandos:
Threshold (limite)
Ele funciona basicamente como o compressor. Quanto menos “teto” você colocar, mais “força”
terá na saída. Quando você coloca um teto “muito baixo” (a começar por – 18 dB ou antes)
provavelmente você escutará que o “som” não sai mais. Isso porque a “força de saída” é tanta
que como não há mais nada para “compressar” ela cancela a fase dos canais. Se você não
consegue um som alto com pelo menos -12 dB algo está errado na mixagem.
3)Bits e Shapes
Sem dither o pink noise fica “magro” e com dither ele fica “forte”, mas o que é essa
alteração em perto de 14 kHz? Quando eu li sobre alteração me lembrei de uma dica que
tinha lido num outro livro: para deixar os instrumentos mais reais de destacados,
aumente +6db entre 14-15 kHz. E isso que o dither faz nessa área: trazer um pouco mais
os instrumentos para frente. Tudo que envolve equalização no dither chama-se shape.
Na linguagem da mixagem muitas vezes os bits são referidos como wordlenght
(tamanho da palavra) para simplificar o termo. Exemplo
Todo plugin e periféricos que trabalham com dither, possuem a opção “bits”
(wordlenght) e “shape”. Bits significa a quantos bits você quer que o dither seja feito
(16, 18, 20, 24) e shape significa a área que ele vai ser mais forte ou fraco a partir de 2
– 4 kHz (área com maior adição) 10 – 22 kHz. O gráfico abaixo mostra um shape de um
dither.
Plugins como o Waves Final 5 possue esse shape bem visível, mas a maioria dos
plugins não, por isso fique atento aos comandos, pois eles alteram sempre o som!
4)Passando dither no CD
Alguns engenheiros afirmam que se fosse pegar uma gravação de 32 bits float há 48
kHz é o ideal para fazer o dither, pois no CD ele irá converter para 16 bits/44 kHz (que
e a metade desse valor), outros dizer que 24 bits/44 kHz já bastam mas porém isso
depende da placa de som. Você deve testar a capacidade da placa! Pois não adianta você
ter uma placa de 16 bits e gravar a 24 bits (ele não tem capacidade pra isso) assim como
ter uma 24 bits e tentar gravar a 32 bits float. O certo é ver qual a capacidade máxima de
sua placa de som e sempre procurar gravar com ela.
08)Re - dither
Um problema muito comum na DAW, a truncagem. O pior problema do DSP (digital
signal processor) é que como é tudo matemático ele gera um som diferente do som puro
que é gravado pois precisa filtrar o mesmo digitalmente. Por exemplo, há 44 kHz temos
44.000 samples por segundo (88.200 samples stereo) e quando acrescentamos apenas +1
dB de ganho no sinal, ele vai multiplicando esse ganho em “cada sample”e por isso todo
DSP exige “repetições” seja filtros (filters), EQ ou compressão em pequenas doses.
Quanto mais se limpa, mais o som vem pra frente. Se um periférico (DAW, Mixer) foi
feito para trabalhar apenas em 16 bits, 32 bits (ou mais) pode ter um valor insinicativo
pra o mesmo. Os bits sempre depende do wordlenght interno que o periférico permite
por isso vá dosando tudo com muita calma!
B)Procure fazer projetos com 24 bits e guardar nesse formato. Quando for passar para
CD ele automaticamente fará com que o wordlenght vá para 16 bits pois é o seu
máximo.
C)Wordlenght costuma acrecentar efeito muitos mais que qualquer DSP principalmente
quando passa de 24 bits para 16.
D)Para toda música, existe um tempo de “shape”. Por exemplo, um shape transparente
não é aconselhável para um rock pesado.
F)O dither sempre acontece em conversões. Por exemplo de 24 bits/48 kHz teremos
uma truncagem para 16 bits que não pode ser ouvida.
G)Dither não é algo obrigatório!Se você converter o áudio direto para MP3 por
exemplo, não precisa de dither, aliás, pode até prejudicar o som.
Como se faz
1)Converta sua música inteira (no padrão Master Ineteiro) num CD ou toque a mesma e grave
num reprodutor/gravador de áudio (como um ADAT, MD, Outro computador, outra placa de
som)
2)Reproduza a música no aparelho gravado e passe passe num amplificador ou mesa de som,
sempre em volume quente (- 2 dB). Você pode até mexer nas freqüências para ver se o som
encorpa mais.
Contras: Ajustes aqui podem dar totalmente errados! Pode mudar totalmente a característica da
música. Se sua placa de som não for boa pode causar “delay ou flaging” na música
Figura:re master
Capítulo 12
Dicas de informática para gravação
Vamos falar sobre o que acontece na memória do seu computador quando você grava. Essas
dicas podem ser usadas para qualquer programa. Um dos piores problemas encontrados quando
gravamos ou mixamos que os plugins consomem memória RAM além de consumo de CPU do
computador. Nessa próxima postagem tentaremos deixar seu computador mais leve para gravar
Windows XP
Iniciar -» Programas -» Acessórios -» Ferramentas de Sistema -» Limpeza de disco
Windows 7
Iniciar ->> Todos os Programas Acessórios -» Ferramentas de Sistema -»
Limpeza de disco
Windows 8
Iniciar ->> Configurações ->> Liberar espaço em disco
Pronto, agora você verá quais as tarefas que estão mais consumindo memória. Clicando em
“Finalizar tarefa” você irá matar a tarefa liberando memória. Na aba CPU você verá quanto de
memória de CPU ela está consumindo. Você deve fazer uns testes para ver qual tarefa da para
encerrar mas aqui vai um aviso: dependendo a tarefa nome usuário/ SYSTEM que você matar,
irá reiniciar o Windows, porém não se preocupe que o mesmo volta ao normal após reiniciar.
Outra dica: clicando na tarefa com o botão direito do mouse você pode definir a prioridade.
Programas com muito uso de memória pode deixar definidos como em tempo real.
3)Multiprocessamento
Como gravar áudio “básico” não requer muito de computador um “dual core” (2 núcleos)
praticamente roda quase todos os plugins atuais. Claro que um 4 ou 8 núcleos irá funcionar bem
melhor. O certo aqui é definir para onde vai “cada tarefa” em cada núcleo. Para isso faça o
mesmo processo do item anterior e ao invés de definir prioridade procure por definir afinidade.
3)Internet
A internet rouba muitos processos do computador, quando gravar procure deixar o modem
desligado. Se possível tenha um computador só para gravar e outro só para internet ou ter 2 HD
evitando num deles o acesso a internet.
5)Limpeza e temperatura
Leve o seu computador numa assistência e peça para fazer um limpeza e aproveita para verificar
a temperatura. Computadores com a CPU em torno 42º não trabalham direito.
Chegando ao fim dessa apostila vamos falar um pouco, como se produzir e se divulgar por conta
própria!
3)Supreenda o público
É a tática mais manjada da música há muito tempo... Porém ainda funciona muito bem
quando usado de forma correta. Muitas vezes quando alguém fala "agora a banda vai tocar uma
música própria" o público meio que se desliga da apresentação, porém ser você tocar sua música
primeiro e depois anunciar que a música é de autoria sua você pegará o público de surpresa. A
glória total é quando você esquece de dizer que a música era da banda e alguém depois do
show chega e fala: "Uau! De quem era aquele som que vocês tocaram?"
4)Auto estima
Talvez o fator mais importante dos músicos de sucesso!Você tem que saber que há pessoas
que te elogiam, pessoas que te criticam positivamente, pessoas que te criticam negativamente,
pessoas invejosas e pessoas que querem te destruir!Evite pessoas frustradas com a música (tem
de pencas por aí) que pra fazer sucesso precisa de pistolão, jabá, que tem muita gente no ramo,
etc... Alguns pontos são verdade mas o que você de ter é determinação pois como disse o
produtor Carlos Eduardo Miranda (do Astros do SBT) na revista Bizz "fazer sucesso é como
jogar videogame você tem várias fases e chefões para passar".
E não ache que você está livre da "depressão musical" isso acontece com todo mundo
inclusive até pra quem tem fama, a questão é quando isso te acontecer, ouça uma música
positiva como "Tente outra vez" do Raul Seixas.
Aprenda separar "o que presta e o que não presta" e tenha bastante humildade para ouvir a
todos.
5)Grave u CD, divulgue para todos
O primeiro CD sempre é complicado de gravar....O pior problema é que isso custa dinheiro...
Mas tenho uma ideia sobre como divulgar um CD e ainda ganhar um troco em cima disse.
Essa ideia eu copiei de uma banda de baile que gravei no Rio Grande do Sul. Eles gravaram
somente a voz o resto era tudo MIDI ou seja puro playback e ainda as músicas eram todas cover
e eles colocavam pra vender esses cds no shows que faziam e pessoal os comprava a um preço
acessível como 5 reais mas a capa era uma foto da banda feita com xerox colorido e o cd não era
prensado. É uma ideia válida e que funciona bem quando usado com criatividade.
Porém isso é somente uma ideia, você tem que pensar em uma e colocar em prática. A
quantidade de música para um "CD de divulgação" pode ser 5 (está de bom tamanho) ao
invés de 10. É melhor fazer 5 bem feitas do que 10 meia boca!
Se for colocar um "côver" faça uma versão sua da música, funciona muito bem também.
7)Crie um blog
Dispensa comentário, um blog abre vários caminhos quando bem feito. Sempre mantenha o
atualizado, pois você não sabe quem o visita. Quem sabe pode ser um empresário?
Depende de você
Muita coisa evoluiu de 1990 pra cá na música e nas gravações. Antigamente e não faz muito
tempo, as bandas conseguiam computador com uma mesa de som ligado no mesmo gravando as
músicas pelo gravador de voz do Windows!Faziam CD e vendiam e muita gente ainda faz isso
usando outros programas como Sound Forge. Muitos ainda usam o antigo MD e depois passam
tudo para o computador. A questão da gravação é resolver os “conflitos” de frequência para seu
som sair alto e limpo, por isso é necessário você escutar muito o que gosta para ter noção do que
fazer. Somente que tiver equipamentos caros poderá gravar e queimar o CD, a maioria que não
tem que aprender a “dar um jeito” para o seu som sair legal pra isso é só seguir esse curso ou
ainda procurar ajuda na internet em vários fóruns sobre home Studio.