Contestação Célio
Contestação Célio
Contestação Célio
I –SÍNTESE DA DEMANDA:
(iv) que por conta da colisão ficou afastada do trabalho por 4 dias;
II - DA CONTROVÉRSIA FÁTICA
Assim sendo, verifica-se que quem deu causa ao acidente foi a autora,
tendo em vista que ao conduzir sua moto em alta velocidade impossibilitou
sua parada, ocasionando o acidente, sendo que o Requerido, Sr. Célio
2
jamais fez a conversão sem sinalizar ou sem ter olhado anteriormente,
agindo de forma prudente, respeitando as leis de Trânsito.
“Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo,
dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Com isso, pode-se afirmar, com plena segurança, que o Requerido não
pode ser responsabilizado pelo acidente tratado na presente demanda, pois
se trata, à toda evidência, de acidente de trânsito ocorrido por culpa
exclusiva da condutora da moto AKH 9532, razão pela qual faltam os
requisitos essenciais de configuração da responsabilidade civil do
III – PRELIMINAR
3
vislumbrando, em toda a peça inicial, sequer indício de comprovação de
quaisquer das afirmações ali contidas.
IV – DO DIREITO
4
No entanto, quando já havia atravessado mais da metade da pista o
Requerido chocou-se com a moto da Requerente, que era conduzido em
alta velocidade, razão pela qual o Requerido não havia notado sua
presença, pois no momento em que começou a passagem da Rua
Desembargador Motta, o condutor do veículo, Sr. Célio, ao ver a moto
conduzida pela requerente não conseguiu frenar o seu automóvel (em razão
da alta velocidade da moto), ocasionando o acidente.
Assim sendo, verifica-se que quem deu causa ao acidente foi o Stª. Wania,
tendo em vista que ao conduzir sua moto em alta velocidade impossibilitou
sua parada, ocasionando o acidente, sendo que o Requerido, Sr. Célio,
jamais fez a conversão sem ter olhado anteriormente, e também sinalizado,
agindo de forma prudente, respeitando as leis de Trânsito
5
Verifica-se, portanto, que o ato ilícito foi cometido exclusivamente pela
requerente, na medida em que trafegava em alta velocidade, não
respeitando as regras de direção defensiva, violando o artigo 28 do Código
Nacional de Trânsito:
“Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo,
dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do
trânsito”.
Por sua vez, o Requerido cumpriu com todas as suas obrigações e agiu no
sentido de preservar a sua segurança e de outrem, uma vez que sinalizou
antes de fazer a conversão, só prosseguindo somente após verificar que
nenhum outro veículo se aproximava.
Como resultado, por restar claro que o Requerido agiu conforme a Lei e
conforme o que se espera levando-se em consideração o mínimo da
razoabilidade, não há que se falar em responsabilidade do Requerido sobre
os danos reclamados pela Requerente, pois a culpa pelos danos foi da
condutora da moto, exclusivamente, razão pela qual deve ser excluída
qualquer espécie de responsabilidade do Requerido, nos termos dos julgado
abaixo colacionado:
“ Apelação cível. Ação de indenização por ato ilícito causado em acidente de veículo.
Inocorrência. Vítima imprudente que deu causa ao acidente. Ingresso em avenida
preferencial sem adotar as devidas cautelas. Ausência de culpa por parte do réu. Ausente
está seu dever de indenizar. Culpa exclusiva da vítima caracterizada. Recurso não
provido. (Órgão Julgador: 15ª Câmara Cível; Comarca: Porecatu; Processo: 0286644-4;
Recurso: Apelação Cível; Relator: Paulo Habith; Julgamento: 05/04/2005; Dados da
Publicação: DJ: 6853)” (grifo nosso)
6
Dessa maneira, evidente a culpa exclusiva da vítima de forma que a
presente ação deve ser julgada totalmente improcedente, excluindo-se
qualquer responsabilidade do Requerido em arcar com qualquer espécie de
indenização.
7
culpa de ambas as partes no momento de fixação dos valores a serem
pagos.
1
in `Curso de Direito Civil Brasileiro: Responsabilidade Civil´, 7º vol, São Paulo: Saraiva, 1993, pág. 29
2
in `Direito Civil — Responsabilidade Civil´, vol. IV, São Paulo, Saraiva, 1986, pág. 18
8
do comportamento ou da atitude do réu, o pedido de indenização
formulado por aquela, deverá ser julgado improcedente” (grifo nosso).
Assim, no caso em tela, considerando que não foi o Requerido que deu
causa ao acidente, é de se afastar o pedido de indenização proposto pela
requerente, o qual é notadamente absurdo.
VIII - DO PEDIDO
3
in `Obrigações`, Forense, Rio de Janeiro, pág. 362
9
Por último, protesta-se pela produção de prova documental e o depoimento
pessoal da Requerente.
Nestes Termos.
Pede deferimento.
10