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Petição Inicial - Ação de Reparação de Danos

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Acadêmica: Amanda Gomes Severo – 7º Matutino

Excelentíssimo Juiz de Direito da _ª Vara Cível da Comarca de Londrina/PR

ROBERTO TAYLOR, brasileiro, casado, empresário, portador do RG nº


657939292-PR e CPF nº 49039290-96, endereço eletrônico robervaltaylor@gmail.com,
residente e domiciliado na Rua Amor Perfeito, 34, bairro Cidade Velha em Londrina/PR, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência através do advogado abaixo assinado,
instrumento de procuração em anexo, com escritório profissional á Rua AB, 02, onde recebe
intimações, propor Ação de Reparação de Danos em face de ALCEU TAVARES, brasileiro,
casado, agricultor, portador do RG nº 8695943-5 PR e CPF nº 503.204.904-09, endereço
eletrônico alceu_ig@hotmail.com, residente e domiciliado na Rua dos Tadeus, 56, bairro
Vila Alegre em São Miguel do Iguaçu/PR e MARIA DA PENHA, brasileira, casada,
costureira, portadora do RG nº 1024055-87 PR e CPF nº 321.098.765-09, endereço
eletrônico mariamaria@terra.com.br, residente e domiciliada na Rua dos Pinhos, 67, bairro
Floresta em Foz do Iguaçu/PR, o que faz com fundamento no artigo 186 e 927 do Código
Civil e artigo 36 do Código de Trânsito Brasileiro, pelos motivos de fato e direito adiante
expostos:

1. Dos fatos

No dia 04 de fevereiro de 2020, o requerente estava trafegando em seu automóvel


Fiat Siena, ano 2016, cor prata de placas ACV-4657 de Londrina/PR, pela BR 277, KM 643,
na altura do Hotel Rafain Ltda, chegando à cidade de Foz do Iguaçu/PR quando teve a
frente de seu automóvel cortada pelo veículo Fiat Siena, ano 2015, cor preta, de placas
ADR-2345 de Foz do Iguaçu/PR.

O veículo de propriedade do requerido Alceu Tavares era conduzido por Maria da


Penha no momento do fato que estava vindo em rua vicinal e paralela à BR 277 e adentrou
na mesma sem os devidos cuidados necessários, em retorno proibido, vindo a fechar a pista
na frente do automóvel do requerente de forma a causar o acidente.

Em razão do acidente, o autor sofreu lesões corporais e foi atendido no Hospital


Ministro Costa Cavalcante, tal serviço custou o montante de R$12.500,00 (doze mil e
quinhentos reais).
Em relação ao veículo, o autor buscou as oficinas especializadas conforme os
orçamentos que estão em anexo, sendo o menor deles o de R$19.500,00 (dezenove mil e
quinhentos reais) na AutoFoz Veículos Ltda.

Diante dos fatos expostos, é de urgente resolução da presente demanda, tendo em


vista que os direitos do autor da presente ação foram violados.

2. Do direito

Conforme determinam os artigos 186 e 927 do Código Civil, aquele que por ação ou
omissão violar direito e causar dano a outrem comete ato ilícito e tem o dever de repará-lo,
independentemente de culpa.

Tendo em vista que por imprudência da requerida Maria da Penha foram causados
danos ao autor é de sua responsabilidade reparar todos os danos causados à ele.

Bem como, a forma com que a ré agiu está em desconformidade com o artigo 36 do
Código de Trânsito Brasileiro que diz que quando o condutor for ingressar numa via, deverá
dar preferência aos veículos e pedestres que nela estejam transitando.

Foi demandado a presente ação perante aos dois réus tendo em vista a
responsabilidade aquiliana que consiste no dever comum de cuidado que quando
inobservado gera dano a outrem, mas sua proteção não está resguardada por qualquer
contrato.

A jurisprudência pátria tem decidido da seguinte forma acerca do assunto conforme


decisão judicial abaixo:

Ementa: ACIDENTE DE TRÂNSITO. ALEGA O RECLAMANTE QUE TRANSITAVA


EM VIA PREFERENCIAL COM SUA MOTOCICLETA, SENDO INTERCEPTADO PELO
VEÍCULO DE PROPRIEDADE DA RECLAMADA. SOBREVEIO SENTENÇA DE
PROCEDÊNCIA QUE CONDENOU AO PAGAMENTO DE R$ 4.400,00 DE INDENIZAÇÃO
POR DANOS MATERIAIS E R$ 3.000,00 DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
INSURGÊNCIA RECURSAL DA RECLAMADA. ALEGA, NOS TERMOS JÁ EXPOSTOS NA
CONTESTAÇÃO, QUE O VEÍCULO DE SUA PROPRIEDADE ESTAVA NA CASA DA MÃE
DE SEU CONCUBINO E QUE O SR. JOSÉ FRANCISCO, SEM AUTORIZAÇÃO, UTILIZOU
O BEM, DEVENDO SER AFASTADA A CONDENAÇÃO DA RECLAMADA. HÁ
ENTENDIMENTO CONSOLIDADO NESTA TURMA RECURSAL DE QUE O
PROPRIETÁRIO DO VEÍCULO RESPONDE SOLIDARIAMENTE PELOS DANOS
CAUSADOS PELO CONDUTOR DO VEÍCULO QUE PROVOCAR ACIDENTE DE
TRÂNSITO. SOMENTE A COMPROVAÇÃO DA INEXISTÊNCIA DE CULPA IN ELIGENDO
OU VIGILANDO DO PROPRIETÁRIO DO VEICULO É QUE SE AFIGURA POSSÍVEL O
AFASTAMENTO DA RESPONSABILIDADE CIVIL. OCORRE QUE TRATAM-SE DE
MERAS ALEGAÇÕES DE QUE TERCEIRO, SEM AUTORIZAÇÃO, RETIROU O CARRO
DA GARAGEM, POIS A CHAVE ESTAVA NA IGNIÇÃO. DEVIDO AO GRAU DE
PARENTESCO A PROPRIETÁRIA DA GARAGEM EM QUE O VEÍCULO ESTAVA
ESTACIONADO FOI OUVIDA COMO INFORMANTE. ALÉM DISSO, MESMO APÓS O
OCORRIDO, NÃO FORA SEQUER REGISTRADO BOLETIM DE OCORRÊNCIA PARA
RELATAR A SUBTRAÇÃO INDEVIDA E NÃO AUTORIZADA DO VEÍCULO. RECLAMADA
QUE NÃO CUMPRIU O ÔNUS DA PROVA QUE LHE INCUMBIA, NOS TERMOS DO ART.
333, INCISO II, DO CPC. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. CONDENO AO
PAGAMENTO DOS S NA CONTESTAÇÃO, QUE O VEÍCULO DE SUA PROPRIEDADE
ESTAVA NA CASA DA MÃE DE SEU CONCUBINO E QUE O S (TJPR - 1ª Turma Recursal
- 0032075-59.2013.8.16.0182/0 - Curitiba - Rel.: Fernando Swain Ganem - - J. 11.09.2015).

Com relação ao Dano Moral, a Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso V,
assim preleciona: “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem”, tendo em vista que o acidente causou
dissabor e intranquilidade ao autor podendo até mesmo causar-lhe traumas, bem como, por
conta de suas lesões em razão de tal acidente, vêm perante ao Poder Judiciário requerer a
condenação solidária dos réus ao pagamento de R$20.000,00 (vinte mil reais), a título de
danos morais, por ser de direito.

3. Dos pedidos

Posto isto requer:

a) O recebimento da petição inicial, designando audiência de


conciliação/mediação, com a citação dos requeridos para que nela compareçam e
contestem no prazo de 15 dias à contar do ato, sob pena de revelia.
b) Ao final, a procedência do pedido para condenar os requeridos ao pagamento
dos prejuízos causados, condenando-se ainda ao pagamento de danos morais no montante
equivalente a R$20.000,00 (vinte mil reais), acrescidos de juros e correção monetária até o
efetivo pagamento.
c) A condenação dos réus ao pagamento das custas processuais e honorários
advocatícios de sucumbência.
d) Provar o alegado por meio de depoimento pessoal dos réus, oitiva de
testemunhas e juntada de documentos.

Dá-se a causa o valor de R$32.500,00 (trinta e dois mil e quinhentos reais).

Nestes termos, pede deferimento


Local, data
Advogado, OAB xx.xxx

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