PARH Sao Jose PDF
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MAIO 2010
CONSÓRCIO
ECOPLAN - LUME
-- Contrato Nº 043/2007 - IGAM--
Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce e dos Planos de Ações de Recursos Hídricos para as Unidades de
Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos no Âmbito da Bacia do Rio Doce
MAIO 2010
ÍNDICE
LISTA DE QUADROS............................................................................................................. 2
LISTA DE FIGURAS............................................................................................................... 3
LISTA DE SIGLAS .................................................................................................................. 4
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................... 5
2. DIAGNÓSTICO SUMÁRIO DA UNIDADE DE ANÁLISE ........................................... 8
2.1 Caracterização Geral da UA São José ......................................................................... 8
2.2. Caracterização Físico-Biótica da UA São José .......................................................... 10
2.2.1 Situação e Acesso ............................................................................................... 10
2.2.2 Rede Hidrográfica .............................................................................................. 10
2.2.3 Solos ................................................................................................................... 12
2.2.4 Geologia ............................................................................................................. 13
2.2.5 Hidrogeologia ..................................................................................................... 15
2.2.6 Suscetibilidade à Erosão ..................................................................................... 16
2.2.7 Produção de Sedimentos..................................................................................... 20
2.2.8 Uso e Ocupação dos Solos ................................................................................. 21
2.2.9 Áreas Legalmente Protegidas ............................................................................. 23
2.3 Caracterização Sócio-Econômica e Cultural da UA São José ................................... 27
2.4 Saneamento e Saúde Pública da UA São José ........................................................... 31
2.5 Situação Atual dos Recursos Hídricos na UA São José ............................................ 34
2.5.1 Disponibilidade Hídrica...................................................................................... 34
2.5.2 Usos das Águas................................................................................................... 37
2.5.3 Quantidade de Água - Balanços Hídricos........................................................... 40
2.5.4 Qualidade de Água ............................................................................................. 42
2.5.5 Suscetibilidade a Enchentes................................................................................ 44
2.6 Prognóstico ................................................................................................................ 45
3. O COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA RIO SÃO JOSÉ ....................................... 48
4. OBJETIVOS E METAS .................................................................................................... 50
4.1. Metas para a Bacia do rio Doce ..................................................................................... 50
4.2. Metas Específicas para a UA São José ...................................................................... 56
5. INTERVENÇÕES RECOMENDADAS E INVESTIMENTOS PREVISTOS ............ 66
6. CONCLUSÕES E DIRETRIZES GERAIS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PARH
.................................................................................................................................................. 77
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 80
LISTA DE QUADROS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE SIGLAS
1. APRESENTAÇÃO
A etapa mais robusta de elaboração do PIRH Doce, no que diz respeito ao volume de
informação processado, corresponde ao diagnóstico da bacia, finalizado e entregue aos órgãos
gestores no final de 2008. As informações aqui contidas refletem, portanto, a realidade da
época, tendo sido utilizadas, predominantemente, informações secundárias plenamente
consolidadas constantes de fontes oficiais. Algumas complementações foram realizadas entre
a entrega do diagnóstico e a montagem do PIRH e dos PARH’s, como, por exemplo, as
relacionadas com o setor primário a partir da publicação do Censo Agropecuário ano base
2006.
O uso de informações secundárias consolidadas permite identificar precisamente
fontes e resultados, conferindo maior solidez ao processo analítico e a própria discussão e
avaliação dos resultados obtidos. Por outro lado, os mesmos dados podem não permitir uma
identificação das peculiaridades dos municípios da bacia por serem apresentados de forma
agrupada. Portanto, as ações propostas no PARH necessitam de uma análise mais detalhada
quando da aplicação dos recursos do Plano.
É importante destacar, no processo de desenvolvimento do PIRH Doce e Planos de
Ação de Recursos Hídricos, a ação do Grupo de Acompanhamento Técnico – GAT, grupo
formado por representantes das nove Unidades de Análise e dos órgãos gestores deste
processo, estes últimos representados pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM,
Agência Nacional de Águas – ANA e Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos – IEMA/ES.
A UA São José ocupa área total de 9.743 km², sendo composta pela sub-bacia do rio
São José propriamente dita, que ocupa área de 2.406 km², pela sub-bacia do rio Pancas, com
área de 1.181 km², pela região hidrográfica do Barra Seca, que ocupa 4.268 km², além da área
de drenagem de outros rios de menor porte (ex: Rio Bananal), a chamada área incremental,
que corresponde a 1.888 km² (Figura 3).
As áreas incrementais foram agregadas à referida UA para atendimento ao TDR
(caso região hid. Barra Seca) e aos propósitos de elaboração do plano de bacia. O Quadro 1
demonstra as áreas ocupadas por cada componente da UA São José.
Quadro 1 – Detalhamento das áreas dos componentes da UA São José
Rio Componente da UA São José Área de Drenagem (Km²)
Rio São José 2.406,67
Rio Pancas 1.181,44
Incremental Rio Barra Seca 4.267,73
Incremental (Rios Bananal, São João Pequeno, Mutum Preto, etc) 1.887,97
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Datum: South American 1969 Limite da Bacia Hidrográfica do Rio São José
Bacia Incremental
Fonte:Cartas Topográficas - adaptado
Bacia do Rio Pancas Figura 3 - Delimitação da U.A. São José X delimitação
Elaboração: Consórcio
Ecoplan - Lume Bacia do Rio São José das bacias hidrográficas dos rios São José e Pancas
18°45'0"S
Figura 4 - Hidrografia da UA São José
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Projeção Cônica Conforme de Lambert
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Federal Datum: South American 1969
Limite da UA São José Hidrografia Principal Fonte:IBGE - adaptado
Elaboração: Consórcio
Mancha Urbana Hidrografia
ES-164
BR-101
Ecoplan - Lume
Próximo à cidade de Linhares, situada na região do baixo curso do rio Doce, ocorre
um notável complexo lacustre composto por dezenas de lagoas de barragem natural que se
formaram por processos de represamento do curso fluvial pelos sedimentos marinhos e/ou
fluviais do canal principal rio Doce, durante a última grande glaciação (15.000 – 18.000
A.P.). Distribuídos em domínios geomorfológicos distintos, estes corpos lacustres podem ser
agrupados em lagoas internas e externas. As lagoas externas possuem cerca de 1 a 10 km de
comprimento, e estão localizadas entre o platô terciário e a planície costeira quaternária. As
lagoas internas, de maiores dimensões, como Lagoa Juparanã, Lagoa Grande, Lagoa Nova,
estão localizadas sobre os tabuleiros da Formação Barreiras, preferencialmente na margem
esquerda do rio Doce, sendo limitados pela planície aluvial deste rio.
A lagoa Juparanã, localiza-se no município de Linhares, conta com área aproximada
de 63 km², perímetro de 103 km, 26 km de extensão e 4 km de largura, profundidade média
de 13 m e máxima de 20 m. Seus principais tributários são os rios São José e São Rafael. É a
maior lagoa do Espírito Santo em extensão, a segunda maior em área e em volume de água
doce do país. Pelo fato da lagoa Juparanã receber mais água do que perde por evaporação,
necessitando de um emissor, o rio Pequeno, com aproximadamente 7 km de extensão, conecta
a lagoa ao rio Doce e apresenta fluxo bidirecional dependendo do nível hidrológico entre os
dois corpos hídricos.
2.2.3 Solos
Os solos são apresentados de forma sucinta a seguir, pela relação entre os processos
erosivos e a qualidade e a quantidade de água superficial. A UA São José apresenta,
basicamente, três grandes classes de solos. Os Latossos vermelho-amarelos formam a classe
predominante, seguidos dos argissolos amarelos e dos gleissolos háplicos (
Figura 5).
Os Latossolos Vermelho Amarelo são solos profundos, acentuadamente drenados,
com horizonte B latossólico de coloração vermelho amarela, ocorrendo principalmente nos
planaltos dissecados. São formados de rochas predominantemente gnáissicas, leuco e
mesocráticas, sobretudo de caráter ácido, magmáticos charnoquitos, xistos e de depósitos
argilo-arenosos.
Os Argissolos Amarelo são solos minerais não hidromórficos e profundos,
apresentando um maior teor de argila no topo do horizonte B, influenciando o comportamento
desses solos quando utilizados com agricultura, pois diminui a percolação d’água e dificulta a
penetração das raízes das plantas cultivadas. Ocorrem próximo ao litoral do estado do Espírito
Santo, nos tabuleiros, e são muito utilizados em silvicultura, principalmente com plantio de
eucaliptos. O relevo onde ocorrem varia de plano e suave ondulado a ondulado, e, por isso,
tem sua susceptibilidade à erosão reduzida para nula/ligeira.
O Gleissolo Háplico é formado por solos minerais, hidromórficos, mal drenados,
pouco profundos, originados pela deposição recente de materiais finos. Esses solos
desenvolvem-se sobre a sedimentação holocênica nas planícies alagáveis, com aporte
freqüente de matéria orgânica em superfície, originada a partir da decomposição de restos
vegetais. São encontrados na extensa área entre a BR 101 e o litoral.
2.2.4 Geologia
Grande parte da UA São José constitui-se basicamente, de corpos granitóides de
idades e composições diversas (FPg5, NPg2 e NPg1), geralmente foliados a gnáissicos,
intrudidos no embasamento mais antigo (Complexo Nova Venécia - NPnv), aproveitando a
zona de cisalhamento ali desenvolvida (Figura 6). De maneira restrita, são encontrados
gnaisses do Complexo Jequitinhonha (NPje) no extremo noroeste da unidade.
A porção leste da UA São José constitui-se de quatro Unidades Cenozóicas: o Grupo
Barreiras (Cgb), que ocupa uma expressiva área no Estado do Espírito Santo, constituindo-se
na unidade litoestratigráfica sedimentar com maior distribuição areal na parte continental da
Bacia Sedimentar do Espírito Santo; o Quaternário Costeiro (CQc), constituídos por depósitos
de planície de inundação, depósitos de brejos e pântanos; os Depósitos Aluvionares (CQa),
compostos por areias, cascalhos, siltes, argilas e termos mistos, com ou sem contribuição
orgânica, depositados em ambiente fluvial ao longo de calhas, planícies de inundação e
terraços lagunares; e as Coberturas Terciárias (CT), constituídas de eluviões e coluviões
eventualmente associados a sedimentos aluvionares de canais suspensos, que se apresentam
em graus variados de laterização. Observa-se uma forte concordância entre a ocorrência dos
argilossolos e a Formação Barreiras, assim como dos Gleissolos com os sedimentos
quaternários.
2.2.5 Hidrogeologia
Cerca de 56% da UA São José situa-se sobre os sistemas aqüíferos das rochas
cristalinas, cujo substrato são rochas granitóides de composições diversas. Os outros 44%
assentam-se sobre sistemas aqüíferos granulares (Figura 8).
O sistema aqüífero desenvolvido em rochas cristalinas ocorre em todas as unidades
de análise da bacia do rio Doce, correspondendo a 69% da área total da bacia. Uma grande
diversidade de tipos litológicos, de origem plutônica e metamórfica, de diversas unidades
estratigráficas compõe esse sistema aqüífero. Geralmente são rochas maciças, de porosidade
primária inexpressiva, onde a circulação e o armazenamento de água subterrânea estão
associados à porosidade secundária, traduzida por fraturas, fendas e diáclases desenvolvidas
durante os processos tectônicos que atuaram sobre essas rochas.
O desenvolvimento das zonas aqüíferas nessas litologias depende da interação de
vários fatores como geomorfologia/topografia, tectônica e litologia. De modo geral, as zonas
de mais alto grau de fraturamento, topograficamente mais rebaixadas e com boas condições
de recarga, são as que oferecem melhores condições hidrogeológicas.
O sistema aqüífero granular, associado ao Grupo Barreiras, se comporta como um
aqüífero livre, eminentemente transmissor de água, tendo os rios e as fontes difusas aflorantes
ou sob o mar como seus principais exutórios. A alimentação do sistema se processa
basicamente através da precipitação pluvial. A morfologia do terreno, com superfície
conformada por tabuleiros, e a presença de sedimentos arenosos facilitam a infiltração das
águas de chuva.
A análise dos dados de uso do solo na UA São José indica que, no ano de 2006, a
área ocupada com lavouras permanentes era de mais de 166 mil hectares, e a área ocupada
com lavouras temporárias passava de 19 mil hectares. As culturas de maior destaque são o
café, o mamão, a cana-de-açúcar e o milho. Os dados de rebanhos também apontam
crescimento significativo, principalmente na criação de aves, ovinos e bovinos.
Cabe, portanto, a adequação das práticas agropecuárias às características naturais da
UA, visando garantir a manutenção do ambiente e, consequentemente, assegurando a
continuidade das atividades agrícolas na região.
A localização geográfica desta unidade, próxima à foz do rio Doce, tem reflexos na
distribuição tanto das fitofisionomias naturais quanto das tipologias de uso antrópico (Quadro
5 e Figura 14). Desta maneira, pode-se observar que as Formações Pioneiras, que recebem
influências marinhas e fluvio-marinhas representam cerca de 5% da área total, enquanto a
formação florestal chega a cerca de 17%. Pode-se afirmar, diante dos resultados do
mapeamento, que as florestas estão, em geral, mais fragmentadas que as Formações Pioneiras,
pois possuem o tamanho médio de seus fragmentos e desvio padrão menores.
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Os dados sobre a Floresta Ombrófila Densa, entretanto, indicam que esta possui
fragmentos maiores que os da Floresta Estacional Semi-Decidual, de acordo com as leituras
de média e desvio padrão.
Outra classe que possui uma presença relativamente expressiva na unidade do São
José é a de Floresta Ombrófila Densa, que corresponde a 14% da área da UA, seguida das
Formações Vegetacionais Secundárias, que ocupam cerca de 7% da área total.
As classes Agropecuárias possuem o mesmo padrão, e é possível constatar que existe
a predominância destas classes preenchidas por fragmentos florestais.
A imagem classificada do uso do solo na UA São José (Figura 15) confirma a
predominância da atividade agropecuária na UA. O predomínio de solos agricultáveis
(latossolos, argilossolos e gleissolos), o processo de ocupação histórico do litoral brasileiro e
o fator locacional, próximo aos mercados consumidores explicam esta predominância.
Sooretama destaca-se positivamente na conservação das APPs, enquanto que São Domingos
do Norte tem os piores índices.
Quanto à proteção das APPs tipo encostas, a situação é ainda pior, com apenas 13%
dos estabelecimentos declarando a preservação das encostas. No município de Alto Rio Novo
não há nenhuma declaração de preservação ou conservação de encostas e em Marilândia
apenas 1% dos estabelecimentos levantados declararam respeitar a preservação destas áreas.
Quadro 7 – Preservação das encostas nos municípios com sede na UA São José
Município Proteção e/ou Conservação de Encostas
Águia Branca 12%
Alto Rio Novo 0%
Colatina 19%
Governador Lindenberg 28%
Jaguaré 21%
Linhares 9%
Marilândia 1%
Pancas 4%
Rio Bananal 9%
São Domingos do Norte 29%
São Gabriel da Palha 3%
Sooretama 27%
Vila Valério 24%
Média 13%
Fonte: Censo Agropecuário 2006
Dos 13 municípios que possuem suas sedes inclusas na UA São José, 9 estão
totalmente inseridos na UA. O maior município em termos de população e área é Linhares,
que concentra mais de 70% da população na UA São José. Aproximadamente 28% da área do
município de Linhares está na UA Santa Maria do Doce.
O município de Colatina apresenta situação semelhante, ficando dividido entre essas
duas UAs. Dos municípios inseridos totalmente na UA, o maior em termos de área é Pancas, e
em número de habitantes é São Gabriel da Palha.
Sobre a distribuição da população na UA São José (Quadro 9), observa-se que a
população urbana representa 2/3 da população total da UA, o que pode ser explicado pela
quantidade de sedes na Unidade, bem como a presença de municípios de porte expressivo,
como Linhares.
Também é necessário que se atente para a eficiência do uso da água nos sistemas de
abastecimento público. Sistemas mais eficientes reduzem as retiradas de água em pontos
concentrados, além de postergar investimentos na ampliação de sistemas de captação. As
sedes municipais da UA São José apresentam volumes consideráveis de perda nos sistemas de
abastecimento, uma vez que muitas companhias de saneamento estipularam o teto de 200
litros/ligação x dia como meta a ser atingida na redução de perdas. A perda máxima
observada na UA ocorre na cidade/sede de Colatina, com índice de perdas de 567,34
litros/ligação x dia, seguido das cidades de Rio Bananal, São Gabriel da Palha e Linhares
(Quadro 12).
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vazão MLT
60 vazões mínimas
50 48,0
45,1 44,8
40
vazão (m³/s)
32,9
30
22,5
19,3
20 18,2
16,8
14,6
13,7
10
0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
A sub-bacia do rio São José também registra anos onde as precipitações são bastante
superiores à média anual, o que pode ser aferido a partir da observação na variação das vazões
médias ao longo dos últimos 40 anos (Figura 21). Os anos de 1979 e 1985 registraram picos
de vazão que superaram a marca de 55 m³/s, superando em mais de 100% a vazão média
80
vazão média anual
vazão MLT
vazão mínima anual
70
Linear (vazão média anual)
Linear (vazão mínima anual)
60
50
vazão (m³/s)
40
30
20
10
0
1972 1977 1982 1987 1992 1997 2002
ano
Quadro 18 - Uso de água subterrânea nos municípios com sede na UA São José
Município Poços Comuns Poços Artesianos, Semi-Artesianos ou Tubulares Cisternas
Águia Branca 22% 21% 54%
Alto Rio Novo 31% 2% 56%
Colatina 32% 13% 52%
Governador Lindenberg 43% 2% 64%
Jaguaré 75% 5% 86%
Linhares 48% 26% 76%
Marilândia 38% 13% 50%
Pancas 22% 9% 34%
Rio Bananal 30% 21% 58%
São Domingos do Norte 39% 8% 73%
São Gabriel da Palha 32% 19% 81%
Observa-se o predomínio absoluto dos poços comuns e das cisternas, com pequena
participação de poços perfurados, o que tanto deve ser devido à baixa produção dos aquíferos
graníticos, quanto a maior produção a baixa profundidade dos aqüíferos granulares.
79%
Figura 23 – Estimativa da composição percentual de retirada de água na UA São José
Quadro 19 – Tipos de irrigação utilizados nos municípios com sede na UA São José
Aspersão (outros Localizado Outros Métodos de
Aspersão (pivô
Inundação Sulcos métodos de (gotejamento, Irrigação e/ou
central)
Município aspersão) microaspersão, etc.) Molhação
Estabele- Área Estabele- Área Estabele- Área Estabele- Área Estabele- Estabele-
Área (ha) Área (ha)
cimentos (ha) cimentos (ha) cimentos (ha) cimentos (ha) cimentos cimentos
Águia Branca 1% 1% 88% 85% 9% 9% 6% 3%
Alto Rio Novo 58% 55% 25% 15% 17%
Colatina 1% 1% 3% 69% 63% 30% 27% 8% 6%
Governador Lindenberg 1% 76% 57% 53% 42% 1% 0%
Jaguaré 1% 8% 64% 47% 40% 40% 6% 4%
Linhares 4% 7% 1% 1% 1% 32% 47% 24% 49% 35% 6% 1%
Marilândia 1% 64% 58% 47% 41% 2% 1%
Pancas 2% 1% 2% 1% 1% 42% 76% 51% 5% 2% 15% 3%
Rio Bananal 1% 1% 0% 3% 67% 64% 33% 31% 2% 1%
São Domingos do Norte 97% 88% 5% 9% 1% 0%
São Gabriel da Palha 77% 79% 16% 16% 12% 5%
Sooretama 1% 6% 81% 76% 22% 18% 2% 1%
Vila Valério 0% 1% 0% 3% 86% 77% 19% 17% 6% 2%
Total/média 1% 2% 0% 0% 0% 12% 72% 56% 30% 28% 6% 2%
Fonte: Censo Agropecuário 2006
Consumo
consumo
consumo
consumo
consumo
consumo
consumo
retirada
retirada
retirada
retirada
retirada
retirada
retirada
retorno
retorno
retorno
retorno
retorno
retorno
retorno
Rio Pancas 0,017 0,003 0,014 0,003 0,002 0,002 0,016 0,008 0,008 0,025 0,020 0,005 0,008 0,007 0,002 0,509 0,102 0,408 0,579 0,142 0,437
Rio São José 0,302 0,060 0,241 0,001 0,001 0,001 0,039 0,020 0,020 0,048 0,038 0,010 0,264 0,211 0,052 0,695 0,139 0,556 1,349 0,469 0,880
Região da Barra Seca 0,405 0,081 0,324 0,001 0,000 0,000 0,055 0,027 0,027 0,118 0,094 0,024 0,063 0,050 0,012 3,849 0,770 3,079 4,490 1,023 3,467
Total 0,724 0,144 0,579 0,005 0,003 0,003 0,110 0,055 0,055 0,191 0,152 0,039 0,335 0,268 0,066 5,053 1,011 4,043 6,418 1,634 4,784
Tanto no ponto situado no rio Pancas quanto nos pontos do rio Doce, observa-se o
crítico quadro bacteriológico das águas, refletido nas contagens de coliformes termotolerantes
superiores ao padrão da legislação. Este fato explica-se pelo aporte de esgotos sanitários
brutos nos cursos d’água.
2.6 Prognóstico
16,000
14,000
12,000
8,000
Dessedentação Animal
6,000 Irrigação
4,000
2,000
0,000
2006 2010 2015 2020 2025 2030
No cenário atual, estima-se que apenas a sub-bacia do rio Pancas apresente saldo
hídrico negativo em situação de escassez (as retiradas de água superam a vazão outorgável),
com o rio São José e o Barra Seca apresentando saldos hídricos de pequena monta.
Entretanto, caso se confirme a elevação das demandas de irrigação nas três sub-
bacias, a situação poderá tornar-se ainda mais crítica, visto que todas estas apresentarão saldos
hídricos negativos em 2030 (Quadro 24).
Notadamente no caso da região de Barra Seca, o saldo negativo projetado é elevado,
exigindo intervenções estruturais de maior porte.
Figura 29 - Saldos hídricos para o cenário tendencial 2030 na UA São José segundo a
modelagem
O CBH Rio São José, criado de acordo com a Lei Estadual de Recursos Hídricos Nº
5.818, de 31/12/1998 e sua correspondente Resolução Nº 001, de 30/11/2000 sob forma do
Decreto Estadual nº. 1934-R, de 10 de outubro de 2007, publicado no Diário Oficial do
Estado do Espírito Santo do dia 11/10/2007, é um órgão colegiado, tripartite e paritário, de
caráter consultivo e deliberativo, integrante do Sistema Integrado de Gerenciamento dos
Recursos Hídricos do Estado do Espírito Santo – SIGERH/ES, de atuação no âmbito da Sub-
bacia Hidrográfica do Rio São José.
Composto por representantes dos segmentos usuários de recursos hídricos, sociedade
civil organizada e poder público, obedecendo ao disposto na Lei Federal 9.433/97, Lei
Estadual 5.818/98, Resolução 05 de 10 de abril de 2000 do Conselho Nacional de Recursos
Hídricos - CNRH e Resoluções 01 de 30 de novembro de 2000 e 02 de 18 de dezembro de
2001 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH, que criam diretrizes para
formação e funcionamento de Comitês de Bacias Hidrográficas.
O CBH São José é constituído por 12 membros titulares, devendo cada titular ter um
suplente, de acordo com a seguinte composição:
I. 04 representantes dos poderes públicos executivos e seus respectivos suplentes.
II. 04 representantes dos usuários e seus respectivos suplentes:
¾ 01 representante de Abastecimento Público de água e/ou tratamento e
esgotamento sanitário;
¾ 01 representante de Indústria, captação e diluição de efluentes industriais
¾ 01 representante do setor de Turismo / Lazer e Pesca
¾ 01 representante do setor de Irrigação e Uso Agropecuário
III. 04 representantes da sociedade civil organizada e seus respectivos suplentes:
¾ 01 representante de Entidade Associativa de Usuários
¾ 01 representante de Entidade de Classe
¾ 01 representante de Associações Comunitárias
¾ 01 representante de Organizações Não Governamentais
Poder Público
Prefeitura Municipal de Mantenópolis
IEMA - Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídrico
Prefeitura Municipal de São Gabriel da Palha
Prefeitura Municipal de Águia Branca
Prefeitura Municipal de Alto Rio Novo
Incaper
Floresta Nacional Goytacazes (ICMBIO)
Sociedade Civil
Instituto Pró-Rio Doce
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mantenópolis
Instituto Biolago
Casa Polonesa
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
São Gabriel da Palha e Vila Valério
Lions Clube de Mantenópolis
Colônia de Pescadores Z6
Caboclo
Bernardo
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Linhares
Usuários
Cesan – Companhia Espírito Santense de Saneamento
Linhagua Mineração Ltda
Parque da Ilha Agroturismo
Frucafé Mudas Plantas Ltda
Univest – União das Indústrias de Vestuário e Lavanderias de São Gabriel da Palha
Mineração Pancieri
Associação dos Pequenos Agricultores do Córrego Três Pontões
4. OBJETIVOS E METAS
Uma das fases do Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce é o
estabelecimento de metas que demonstrem a realidade desejada para a bacia, isto é, “a bacia
que queremos”. A partir desse desenho, devem ser fixados os objetivos e as metas do plano,
em consonância com as necessidades e possibilidades da bacia, trazendo o desejo para um
nível de possibilidade mais próximo, ou seja, “a bacia que podemos”.
No presente projeto, a delimitação do cenário ideal (“a bacia que queremos”) foi
realizada a partir das contribuições do GAT, muitas delas expressas nos próprios Termos de
Referência, das análises evolutivas das informações coletadas no diagnóstico e na leitura dos
planos e programas governamentais para a região da bacia.
A BACIA QUE QUEREMOS
A partir das manifestações dos comitês de bacia constantes nos Termos de
Referência, pode-se montar um quadro referencial dos desejos da bacia, entendidos a partir da
expressão dos problemas e de algumas soluções já indicadas por estes atores. O quadro a
seguir agrupou estas manifestações em grandes grupos, mantendo o destaque para algumas
situações particulares.
Manhuaçu
Piracicaba
Caratinga
Maria do
Antônio*
São José
Guandu
Piranga
Suaçuí
Desejo
Santo
Santa
Doce
Gestão integrada de recursos hídricos,
X X X
incluindo outorga e sistema de informações
Gestão integrada de resíduos sólidos X X X X X
Tratamento de efluentes urbanos, rurais e
X X X X X
industriais
Ordenamento da ocupação territorial X X X
Desassoreamento dos rios X X X
Descontaminação dos recursos hídricos X X
Infraestrutura com qualidade ambiental X
Proteção e recuperação de áreas de preservação
X X X X X X
permanente
Proteção e recuperação de áreas erodíveis e
X X X X X X
degradadas
Aplicação das leis a partir de uma estrutura de
X X X X
fiscalização, controle e orientação
Zoneamento ecológico-econômico X
Convivência com as cheias e programa de
X X X X
prevenção de enchentes
Apoio ao pequeno produtor rural X X
Solução do conflito pelo uso da água na
X X
irrigação
Convivência com a seca X X
Apoio ao uso de tecnologias limpas X
Avaliação criteriosa da implantação de
X X
hidrelétricas
Avaliação criteriosa da atividade de mineração X X X
Avaliação criteriosa da silvicultura X X
Manhuaçu
Piracicaba
Caratinga
Maria do
Antônio*
São José
Guandu
Piranga
Suaçuí
Desejo
Santo
Santa
Doce
Avaliação criteriosa da cafeicultura X
Avaliação criteriosa da siderurgia X
Programa de educação ambiental X X X X X
Programa de mobilização ambiental X X X X
Plano de desenvolvimento da bacia X X
* Não houve manifestação do CBH Santo Antônio no momento da consolidação do TDR, não sendo computados os desejos
neste quadro. Para esta UPGRH, foram consideradas as manifestações dos membros do GAT, bem como os resultados das
reuniões públicas
No Quadro 26, estas questões referenciais são apresentadas de forma sucinta, bem
como a situação atual e tendencial sem gestão e os objetivos gerais a serem observados na
definição das metas e dos programas, subprogramas e projetos.
A partir das questões referenciais, foram estabelecidas as metas para o PIRH Doce.
Na definição e organização das metas, adotou-se a metodologia do Marco Lógico (logical
framework), na qual a meta é o objetivo superior, que pode ou não ser atingido no horizonte
do plano, mas o PIRH contribuirá inegavelmente para a obtenção deste resultado. O PIRH e
os PARHs devem estabelecer objetivos mais imediatos, dentro de seu horizonte de
planejamento, que contribuam efetivamente com o atendimento da meta, mas cuja obtenção
está ou podem estar sob a gestão do arranjo institucional proposto. .
Assim, as metas apresentadas dividem-se em metas superiores, que não depende
apenas da atuação do arranjo institucional, e metas atingíveis no âmbito do plano, sendo que
para estas serão apresentados os programas necessários, sendo que estes apresentam as
informações básicas necessárias para a sua implantação, como responsáveis, cronogramas e
custos, dentre outras. Em alguns casos, foram propostos subprogramas e projetos, quando a
meta a ser atingida necessitaria de ações subordinadas ou prévias, de maior ou menor
complexidade e médios ou curtos prazos de execução, respectivamente. Os subprogramas e
projetos estão sempre vinculados a um programa, e, embora possam ser executados de forma
isolada, a sua realização integrada visa obter melhores condições de implementação dos
programas, bem como a elevação de sua eficácia.
O Quadro 27 apresenta as metas e sua hierarquia, definida a partir de sua relevância,
quanto à solução da questão referencial, e urgência, para permitir o atingimento das metas no
menor prazo possível. No Quadro 27, as metas superiores são apresentadas no início de cada
grupo das sete questões referenciais, sendo seguidas das metas atingíveis no horizonte do
PIRH e dos PARHs.
Quadro 27 – Classificação das metas para a bacia do rio Doce quanto a sua relevância e urgência
Meta nº Descrição Relevância Urgência Nota Hierarquia
1 Até o ano de 2030, as águas superficiais da bacia do rio Doce terão qualidade da água compatível ou melhor do que a classe 2 em toda a extensão da bacia
1.1 Articulação entre atores do setor de saneamento Alta Alta 6 1
1.2 Articulação com as concessionárias dos serviços de saneamento operacional Alta Alta 6 1
1.3 Mapeamento de áreas produtoras de sedimentos concluído Média Média 4 3
1.4 Monitoramento da produção de sedimentos na bacia Média Baixa 3 4
1.5 Diagnóstico analítico dos efluentes das pequenas e micro empresas urbanas concluído Média Baixa 3 4
2 Até o ano de 2030, não são observados conflitos pelo uso da água, sendo que a demanda atual e futura projetada é atendida pela vazão de referência atual ou suplementada pela implantação de medidas estruturais e não estruturais que elevem este valor de referência até o mínimo suficiente para atender àquelas demandas.
2.1 Inventário de locais para barramentos concluído Média Média 4 3
2.2 Análise de viabilidade de obras de regularização concluída Média Baixa 3 4
2.3 Regularização de poços concluída Alta Média 5 2
2.4 Diagnóstico do uso da água subterrânea concluído Alta Média 5 2
2.5 Revisão das vazões referenciais concluída Alta Média 5 2
2.6 Estratégias de redução de perdas definidas Media Média 4 3
2.7 Estratégias de aumento de eficiência do uso da água na agricultura definidas e implantadas Média Média 4 3
2.8 Difusão de tecnologias implantada Média Média 4 3
2.9 Estratégias de convivência com a seca definidas e implantadas Média Média 4 3
2.10 Prioridades e de linhas de financiamento definidos - Média Média 4 3
3 Até o ano de 2030, as perdas de vidas humanas na bacia devidas às cheias são reduzidas a zero e as perdas econômicas são reduzidas a 10% do valor atual, com ações locais para combater as enchentes de origem convectiva e com ações regionais, para combater as cheias de origem frontal.
3.1 Modernização de estações concluída Alta Alta 6 1
3.2 Sistema de alerta operacional Alta Alta 6 1
3.3 Mapeamento de áreas críticas de deslizamento concluído Média Média 4 3
3.4 Sistema de alerta simplificado implantado Média Média 4 3
3.5 Modelo hidrológico de cheias definido Alta Média 5 2
3.6 Mapeamento de áreas inundáveis concluído Alta Média 5 2
3.7 Critérios para Planos Diretores Municipais definidos Alta Média 5 2
3.8 Inventário de locais de barramentos de contenção ou laminação concluído Média Média 4 3
3.9 Análise de viabilidade de obras de contenção ou laminação concluída Média Baixa 3 4
3.10 Alternativas de contenção ou laminação apresentadas Média Baixa 3 4
3.11 Projeto Básico e EIA das obras de contenção ou laminação contratados - Média Baixa 3 4
3.12 Inventário de locais de controle de cheias concluído Média Baixa 3 4
3.13 Análise de viabilidade do controle de cheias concluída Média Baixa 3 4
3.14 Alternativas de controle de cheias apresentadas Média Baixa 3 4
3.15 Projeto Básico e EIA das obras de controle de cheias contratados Média Baixa 3 4
3.16 Zoneamento territorial da bacia do rio Doce concluído Média Média 4 3
3.17 Articulação entre Defesa Civil e comitês da bacia do rio Doce Alta Alta 6 1
Até o ano de 2030, os índices do esgotamento sanitário nas áreas urbanas e rurais, do esgotamento pluvial das cidades com mais de 5.000 habitantes e de recolhimento, tratamento e destinação final de resíduos sólidos são iguais ou superiores aos valores médios dos estados em que cada sub-bacia está localizada. O abastecimento de água atinge a 100%
4
dos núcleos residenciais. Em 2020, a redução da carga orgânica dos esgotos sanitários é da ordem de 90% e existem aterros sanitários e unidades de triagem e compostagem em toda a bacia.
4.1 Apoio aos planos municipais de saneamento Alta Alta 6 1
4.2 Articulação com as concessionárias dos serviços de saneamento operacional Alta Alta 6 1
4.3 Informações sobre saneamento consolidadas- Alta Média 5 2
4.4 Estudo de viabilidade de tratamento e destinação final de resíduos sólidos concluído Alta Média 5 2
4.5 Estudo de viabilidade da expansão dos sistemas de abastecimento de água, de tratamento de esgoto e coleta, tratamento e destinação de resíduos sólidos ao meio rural concluído Média Baixa 3 4
Até o ano 2030, a bacia do rio Doce apresenta uma elevação do número de unidades de conservação efetivamente implantadas e manejadas, atingindo um patamar de 10% de seu território com restrição de uso para conservação e preservação ambiental. O grau de conservação das áreas legalmente protegidas é suficiente para contemplar a totalidade dos
5
biomas de interesse, bem como buscar a formação de corredores ecológicos eficientes para a dispersão e conservação das espécies de fauna e flora identificadas como de importância e relevância para a bacia.
5.1 Diagnóstico da implantação das atuais Unidades de Conservação concluído Média Média 4 3
5.2 Proposição de novas Unidades de Conservação apresentada Alta Média 5 2
5.3 Proposição de uma política de incentivo à criação de novas Unidades de Conservação apresentada Média Média 4 3
5.4 Diagnóstico da situação das APPs na bacia concluído Alta Média 5 2
5.5 Proposição de plano de recuperação de APPs concluída Média Média 4 3
5.6 Estudo de viabilidade para recuperação de APPs e formação de corredores ecológicos concluído Média Média 4 3
6 Até o final de 2011, a bacia do rio Doce apresenta um arranjo institucional de gestão integrada dos recursos hídricos, com todos os instrumentos de gestão definidos e implantados.
6.1 Arranjo institucional implantado Alta Alta 6 1
6.2 Sistema de informações implantado Alta Média 5 2
6.3 Cadastro de usuários concluído Alta Alta 6 1
6.4 Cadastro de poços concluído Alta Alta 6 1
6.5 Definição de usos prioritários e insignificantes concluído Alta Alta 6 1
6.6 Rede de estações fluviométricas e pluviométricas ampliada Alta Alta 6 1
6.7 Rede de amostragem operacional Alta Alta 6 1
6.8 Critérios de outorga publicados Alta Alta 6 1
6.9 Critérios de outorga revistos Média Baixa 3 4
6.10 Proposta de enquadramento aprovada Alta Média 5 2
6.11 Proposta de cobrança avaliada Alta Média 5 2
6.12 Valores referenciais de cobrança pelo uso da água definidos Alta Média 5 2
6.13 Implantação plena da cobrança pelo uso da água Alta Alta 6 1
6.14 Aprovação dos planos de investimentos Alta Alta 6 1
7 As ações previstas no PIRH Doce estão implantadas de acordo com os cronogramas e os custos previstos, sendo que o arranjo institucional e os recursos disponibilizados são suficientes para a obtenção de níveis satisfatórios de eficiência da gestão integrada dos recursos hídricos.
7.1 Programa de comunicação social apresentado aos Comitês Alta Média 5 2
7.2 Programa de educação ambiental apresentado aos Comitês Alta Média 5 2
7.3 Programa de capacitação apresentado aos Comitês Alta Média 5 2
7.4 Monitoramento do tratamento de efluentes de empresas urbanas Alta Média 5 2
7.5 Monitoramento da implantação das ações selecionadas para aumento de disponibilidade hídrica Alta Média 5 2
7.6 Monitoramento da ocorrência de cheias e de seus efeitos Alta Média 5 2
7.7 Monitoramento da universalização do saneamento na bacia Alta Média 5 2
7.8 Monitoramento da implantação de unidades de conservação e recuperação de APPs Alta Média 5 2
7.9 Atualização do PIRH e dos PARHs Alta Baixa 4 3
Ação acessória Ação de pequena importância Ação desejável Ação importante Ação essencial
No rio Pancas, a classe 1 deve ser observada no trecho superior da sub-bacia; no rio
São José, esta classe deve ser mantida a montante da cidade de Águia Branca.
As ilustrações a seguir (Figura 30, Figura 31 e Figura 32) contêm uma avaliação
preliminar das possibilidades de enquadramento dos rios São José, Pancas e Barra Seca.
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! Diluição de Efluentes
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! Irrigação !e
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! Não Informado
! Recreação; Paisagismo; Urbanismo
Hidrografia Projeção Cônica Conforme de Lambert
Hidrografia - Proposta Enquadramento: Datum: South American 1969
Classe 1
Fonte:IGAM e IEMA - adaptado
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Datum: South American 1969 Limite da Bacia Hidrográfica do Rio Pancas
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Classe 1
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Projeção Cônica Conforme de Lambert Classe 2
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Datum: South American 1969
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Limite da Bacia Hidrográfica do Rio Barra Seca
Como meta de longo prazo, inserida fora do âmbito de controle direto do Sistema de
Gestão de Recursos Hídricos, pode-se colocar:
¾ Em 20 anos (ou no ano de 2030), não são observados conflitos pelo uso da
água, sendo que a demanda atual e futura projetada é atendida pela vazão de
referência atual ou suplementada pela implantação de medidas estruturais e
não estruturais que elevem este valor de referência até o mínimo suficiente
para atender àquelas demandas.
As metas de gestão deverão incluir:
Dentro de uma visão de gestão integrada de recursos hídricos, as metas podem ser
reescritas, trazendo para o âmbito de ação dos comitês de gerenciamento de bacias
hidrográficas:
É preciso destacar, neste momento, que o Plano de Ação não pode ser assumido
como um plano autônomo, independente da execução físico-financeira do Plano de
Investimentos do PIRH propriamente dito. O Plano de Ação nada mais é que o
desdobramento do PIRH, com uma interface de alocação de recursos e execução de serviços
vinculada aos limites geográficos da UA. Ou seja, o acompanhamento da execução do Plano
de Ação, aqui descrito, não prescinde do acompanhamento do PIRH, que contém,
efetivamente, o plano de execução financeira do Plano Integrado de Recursos Hídricos,
considerando a bacia do rio Doce como um todo.
Os Planos de Ação da Bacia do rio Doce, na sua concepção geral, foram
contemplados como ações e programas para toda a bacia. Isto se faz, num primeiro momento,
pela constatação de que muitos dos problemas constatados na bacia possuem abrangência
regional, embora alguns fatores que causam comprometimento da qualidade ambiental
possam apresentar um componente localizado bastante intenso. Cita-se, como exemplo, o fato
das retiradas para irrigação se concentrarem predominantemente na porção capixaba da bacia.
Embora o programa que trata deste tema deva centrar sua ação neste local, todas as outras
porções da bacia devem, não obstante, ser impactadas positivamente por este programa.
Outro motivo importante para se conceber os Planos de Ação como desdobramentos
do PIRH diz respeito ao seu aspecto gerencial. A estrutura de coordenação, acompanhamento
e fiscalização dos planos deverá estar apta a abarcar todo o esforço físico e financeiro das
ações concebidas, independente das particularidades regionais.
Os comitês das bacias afluentes, por sua vez, possuem um papel importante no
acompanhamento e viabilização das demandas regionais, embora não devam, por si só,
considerar o gerenciamento como atividade singular no âmbito de cada sub-bacia.
Dentro desta visão, existem muitos dos programas do PIRH que, por força de seu
escopo, são essencialmente ações de ampla abrangência na bacia.
As ações na bacia foram propostas com base em sete questões referenciais:
I. Qualidade da Água
II. Quantidade de Água - Balanços Hídricos
III. Suscetibilidade a Enchentes
IV. Universalização do Saneamento
V. Incremento de Áreas Legalmente Protegidas
VI. Implementação dos Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos
VII. Implementação das Ações do PIRH Doce
Dentro destas questões referenciais, os itens VI - Implementação dos Instrumentos de
Gestão de Recursos Hídricos; e VII - Implementação das Ações do PIRH Doce, possuem um
nítido caráter hierárquico superior, na medida em que organizam, consistem, implementam e
coordenam vários esforços de gestão dos recursos hídricos, com abrangência sobre toda a
bacia do Doce. Os programas que atendem a estas questões referenciais são:
• P61 - Programa de Monitoramento e Acompanhamento da Implementação da
Gestão Integrada dos Recursos Hídricos na Bacia do Rio Doce
• P62 - Programa de Monitoramento RH - Qualidade e Quantidade;
• P71 - Programa Comunicação do Programa de Ações
• P 72 - Programa Educação Ambiental
• P 73 - Programa Treinamento e Capacitação
Dito isto, pode-se considerar que todas as outras ações (programas, sub-programas e
projetos) em maior ou menor grau, são passíveis de terem ações específicas em cada bacia
afluente. Estas ações foram, posteriormente, espacializadas de acordo com a peculiaridade de
cada Unidade de Análise, conforme o Quadro 29.
Santa Maria
Manhuaçu
Piracicaba
Caratinga
Programas, sub programas e projetos do PIRH Doce
São José
Guandu
Antônio
do Doce
Piranga
Suaçuí
Santo
P 11 - Programa de saneamento da bacia
P 12 – Programa de Controle das Atividades Geradoras de Sedimentos
P 13 – Programa de apoio ao controle de efluentes em pequenas e micro
empresas
P 21 - Programa de Incremento de Disponibilidade Hídrica
P 22 - Programa de Incentivo ao Uso Racional de Água na Agricultura
P 23 - Programa de Redução de Perdas no Abastecimento Público de Água
P 24 - Programa Produtor de Água
P 25 - Programa Convivência com a Seca;
P 25.a - Estudos para avaliação dos efeitos das possíveis mudanças
climáticas globais nas relações entre disponibilidades e demandas hídricas
e proposição de medidas adaptativas
P 31 - Programa Convivência com as Cheias
P 41 - Programa Universalização do Saneamento
P 42 - Programa de Expansão do Saneamento Rural
P 51 - Programa de Avaliação Ambiental para definição de áreas com
restrição de uso
P 51.a - Projeto Restrição de uso das áreas de entorno de aproveitamentos
hidrelétricos
P 52 - Programa de Recomposição de APPs e nascentes
P 52.a – Projeto de recuperação de lagoas assoreadas e degradadas
P 61 - Programa de Monitoramento e Acompanhamento da Implementação
da Gestão Integrada dos Recursos Hídricos na Bacia do Rio Doce
P 61.1 - Sub-programa Cadastramento e manutenção do cadastro dos
usuários de recursos hídricos da Bacia
P 61.2 - Sub-programa Fortalecimento dos Comitês na Bacia segundo o
arranjo institucional elaborado no âmbito do plano e objetivando a
consolidação dos Sistemas Estaduais de Gerenciamento de Recursos
Hídricos.
P 61.3 - Sub-programa Gestão das Águas subterrâneas
P 61.4 - Revisão e Harmonização dos Critérios de Outorga
P 61.a - Projeto Desenvolvimento de um Sistema de Informações sobre
Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce
P 61.b - Projeto Proposta de Enquadramento para os principais cursos
d’água da bacia
P 61.c - Projeto Diretrizes para a Gestão da Região do Delta do Rio Doce,
assim como da região da Planície Costeira do Espírito Santo na bacia do
Rio Doce
P 61.d - Projeto - Consolidação de mecanismos de articulação e integração
da fiscalização exercida pela ANA, IGAM e IEMA na bacia
P 61.e - Projeto Avaliação da aceitação da proposta de cobrança
P 62 - Programa de monitoramento dos Recursos Hídricos – qualidade e
quantidade
P 62.1 - Sub-programa de levantamentos de dados para preenchimento de
falhas ou lacunas de informações constatadas no Diagnóstico da Bacia
P 71 - Programa Comunicação do Programa de Ações
P 72 - Programa de Educação Ambiental
P 73 - Programa Treinamento e Capacitação
Legenda:
Ação acessória ou sem significado para a unidade de análise
Ação de pequena importância para a unidade de análise
Ação desejável para a unidade de análise
Ação importante para a unidade de análise
Ação essencial para a unidade de análise
A questão do uso do solo e carreamento de sedimentos aos cursos de água pode ser
considerada problema importante na bacia. A degradação do solo, a sobre-exploração e o uso
de tecnologias altamente impactantes associadas aos solos erodíveis e ao relevo declivoso, faz
com que vários programas estejam afetos ao disciplinamento do solo na bacia. São estes:
• P12 - Programa de Controle de Atividades Geradoras de Sedimentos
• P24 - Programa Produtor de Água
• P51 - Programa de Avaliação Ambiental para Definição de Áreas com
Restrição de Uso
• P52 - Programa de Recomposição de APPs e Nascentes
Os programas acima listados, de maneira indelével, são aderentes a quaisquer das
nove sub-bacias afluentes, sendo sua aplicação diferenciada resultado de avaliações
particularizadas ou de pactuação de aplicação de recursos, entre os membros do Comitê.
Ainda neste grupo, de abrangência geral na bacia, embora voltado para a questão do uso da
água e controle de efluentes, encontra-se o programa P13 - Programa de Apoio ao Controle
de Efluentes em Pequenas e Micro Empresas.
Da mesma forma, um dos problemas mais constantes na bacia do Doce, representado
pelas cheias do curso principal e cheias nos seus principais tributários, notadamente onde
existem núcleos urbanos instalados, possui abrangência geral no âmbito da bacia, sendo
objeto de um programa onde várias ações já se encontram em andamento: P31 - Programa
Convivência com as Cheias.
No tocante aos programas relacionados ao tema quantidade de água, entretanto, o uso
dos recursos hídricos passa a constituir especificidades onde é possível definir prioridades de
ação na bacia. Sobre este tema, a UA São José apresenta um prognóstico muito preocupante
de conflitos pelo uso da água, pois os resultados dos modelos hidrológicos indicam saldos
hídricos nulos ou negativos nos períodos de escassez. No caso da irrigação, deverão ser
consideradas ações de redução e controle de retiradas agrícolas. A região capixaba da bacia do
rio Doce, da mesma forma, tem sido confrontada nas últimas décadas com períodos de
estiagem que causam prejuízos à agropecuária e exercem forte pressão sobre os mananciais da
região. Deste modo, os programas que são afetos mais fortemente a estas regiões são:
• P21 - Programa de Incremento de Disponibilidade Hídrica
• P22 - Programa de Incentivo ao Uso Racional de Água na Agricultura
• P25 – Programa de Convivência com a Seca;
Dentre os programas que podem ter seus componentes perfeitamente
individualizados entre as sub-bacias, encontram-se aqueles que podem ser expressos por
indicadores municipais precisos, extraídos de dados oficiais e que traduzem uma realidade
conhecida.
Inicialmente, cita-se o P11 - Programa de Saneamento da Bacia, que visa à redução
da carga orgânica dos esgotos sanitários das sedes municipais da bacia do rio Doce, de forma
a atingir os requisitos das classes de enquadramento e cumprir as exigências da legislação,
tendo como meta reduzir em 90% a carga orgânica dos esgotos sanitários até o ano de 2020
(baseada na CIPE Rio Doce).
Os investimentos foram definidos com base em custos unitários, per capita,
considerando a população do município. Quando não discriminados, o custo total refere-se a
investimentos informados pelo prestador do serviço de saneamento (Quadro 30).
O programa se dará pela implantação e/ou complementação das redes de coleta, para
atingir a universalização do atendimento; e implantação e/ou complementação das unidades
de tratamento de esgotos sanitários urbanas.
Ainda na questão do saneamento, o P41 - Programa Universalização do Saneamento
trata de questões mais abrangentes, envolvendo um conjunto de serviços, infraestruturas e
instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, manejo de
resíduos sólidos e limpeza urbana e manejo das águas pluviais e drenagem urbana. O P42 -
Programa de Expansão do Saneamento Rural atende a mesma lógica.
A Política (art. 9º) e o Plano de Saneamento Básico (art. 19), instituídos pela Lei
11.445/2007, são os elementos centrais da gestão dos serviços municipais de saneamento.
Conforme essa lei, a boa gestão é objeto das definições da política de saneamento básico
formulada pelo titular dos serviços e engloba: o respectivo plano; o estabelecimento das
funções e normas de regulação, fiscalização e avaliação; a definição do modelo para a
prestação dos serviços; a fixação dos direitos e deveres dos usuários, inclusive quanto ao
atendimento essencial à saúde pública; o estabelecimento dos mecanismos de controle social e
do sistema de informação; dentre outras definições.
No presente momento, o que se deseja como meta é implementar, na sua
integralidade, os planos municipais de saneamento na Bacia. Os investimentos foram
definidos com base em custos unitários, per capita, considerando a população do município
(Quadro 31).
Sede Municipal R$
Rio Bananal/ES 50.000,00
São Domingos do Norte/ES 50.000,00
São Gabriel da Palha/ES 50.000,00
Sooretama/ES 50.000,00
Vila Valério/ES 50.000,00
Total 850.000,00
A Unidade de Análise São José pode ser caracterizada por alguns aspectos básicos
que definem sua relação de uso com os recursos hídricos, decorrentes de aspectos
fisiográficos e sócio-econômicos da região.
A irrigação é o principal uso consuntivo, representando 79 % do total das retiradas.
Considerando as disponibilidades, os balaços hídricos, tanto na sub-bacia do São José quanto
nas sub-bacias dos rios Barra Seca e Pancas, mostram uma situação de estresse hídrico,
provocando situações de conflitos de uso. Notadamente na sub-bacia do Pancas, já se
observam hoje saldos hídricos negativos, da ordem de 0,08 m³/s, que tendem a se agravar no
futuro, caso não sejam adotadas medidas de aumento de disponibilidade hídrica e controle dos
usos da irrigação, tal como já está sendo implementado atualmente pelo Pode Público, no
Espírito Santo.
Para o futuro, caso se mantenham as taxas de crescimento do uso da agricultura
irrigável, se projetam saldos hídricos negativos também para as sub-bacias do São José e
Barra Seca.
Desta forma, considera-se importante o início de ações de gestão no sentido de se
estudar e planejar intervenções estruturais na forma de barragens, explotação de águas
subterrâneas e aduções da calha do rio Doce, bem como controle e racionalização das
retiradas.
Igualmente, como forma de dar início a um processo de incremento de oferta hídrica
através de regularização das vazões em micro-bacias que tiveram seu sistema natural alterado,
é possível introduzir ações de renaturalização, pela construção de “barraginhas” e outros
dispositivos que promovem a infiltração da água no solo. A recuperação de Áreas de
Preservação Permanente – APPs, como a recuperação de mata ciliar e vegetação de topo de
morros também é um importante aliado neste processo.
No atual cenário, a qualidade da água também é uma questão a ser abordada pelo
presente Plano. A contaminação sanitária, notadamente nos núcleos urbanos, assoma como o
fator que mais constantemente ultrapassa os valores permitidos pela legislação, referente ao
parâmetro coliformes totais. Os outros parâmetros afetados dizem respeito à turbidez e
fósforo, relacionados com a erosão do solo e contaminantes dos insumos agrícolas utilizados
na agricultura (pesticidas e adubos).
Desta forma, as ações de controle de qualidade da água devem estar centradas em
duas ações distintas: (i) coleta e tratamento de esgotos, bem como disposição adequada dos
resíduos sólidos, e (ii) controle da erosão, no caso do aporte de contaminantes de origem
difusa no meio rural.
Em todas estas questões, também é necessário que se promova um processo de
discussão da regulação do saneamento nas cidades da bacia, como forma de tornar as ações de
saneamento propostas neste plano integrantes de um processo de planejamento maior,
envolvendo também o abastecimento de água e a drenagem pluvial nas cidades. Neste caso, a
adoção dos Planos Municipais de Saneamento pode contribuir sobremaneira para dotar a
cidades de um instrumento de planejamento que projete soluções para o futuro.
Especificamente quanto ao abastecimento de água, as cidades de São Gabriel da
Palha, Rio Bananal e Linhares possuem volumes de perda superiores à meta estipulada de 200
L/lig. x dia, enquanto que para outras sedes urbanas não se dispõe de estatística disponível.
A questão das enchentes também deve ser considerada como um ponto importante
sobre o qual o PIRH Doce deve abordar e propor soluções, uma vez que as cidades da bacia
podem sofrer com inundações em períodos de precipitações intensas ou prolongadas, como já
ocorreu em períodos recentes. Tanto os Planos Municipais de Saneamento quanto as
iniciativas de planejamento constantes no Plano de Convivência com as Cheias podem dotar
as cidades de instrumentos para atenuar os danos com as cheias.
Neste ponto, há que se considerar que na UA o Plano de Ação correspondente se vale
de iniciativas governamentais que impulsionam as iniciativas propostas para um ambiente de
plena realização. O programa Espírito Santo Sem Lixões, por exemplo, pode canalizar e servir
de base para os processos de gestão necessários à plena efetivação das medidas propostas. A
implantação de ações de coleta e tratamento de esgoto, neste caso, podem se beneficiar deste
ambiente nitidamente pró-ativo para as questões de saneamento. Cabe ao CBH São José, neste
momento, secundar estas iniciativas, incorporando-as aos esforços já existentes na região.
Os resultados das ações de saneamento nas cidades, caso bem conduzidas,
apresentam resultados imediatos, diminuindo sobremaneira a contaminação por coliformes e
DBO sobre os rios e cursos d’água próximos às cidades da bacia.
O controle do aporte de sedimentos e contaminantes associados, oriundos das
atividades agrícolas, entretanto, costuma apresentar resultados somente a longo prazo, em
função da ampla área de origem e da dificuldade de se implantar práticas conservacionistas
baratas e eficientes no meio rural. Usualmente, os resultados são mais eficientes quando
tomados como integrantes de um processo de gestão de micro-bacias. Neste caso, haveria a
conjugação de esforços no sentido de se diminuir o processo de erosão do solo, associado à
recuperação de nascentes, áreas de preservação permanente e mesmo, em determinados casos,
implantação de Unidades de Conservação. O efeito, neste caso, da melhoria da qualidade
ambiental da micro-bacia, se daria não só sobre a qualidade da água, como também sobre o
aumento da vazão regularizada, diminuindo os efeitos da sazonalidade dos recursos hídricos.
Por todo o exposto, é possível afirmar que a UA São José possui distintos desafios
para a implantação das metas específicas da Unidade. Inicialmente, é preciso resolver as
questões de disponibilidade hídrica da bacia, para o qual existem soluções tecnológicas
viáveis e plenamente difundidas na região. Também é necessário investir no saneamento, na
coleta e tratamento de esgotos e disposição adequada dos resíduos sólidos.
Concomitantemente, mas com resultados a serem observados a longo prazo, é necessário
desenvolver ações demonstrativas de recuperação de micro-bacias, envolvendo recuperação
de áreas degradas e a renaturalização, objetivando não só a redução de sedimentos e
contaminantes, mas também com reflexos sobre a vazão regularizada.
Também se faz necessário dotar a bacia com instrumentos de planejamento, tais
como os Planos Municipais de Saneamento, agregando e coordenando as diversas ações
propostas.
Por fim, é preciso destacar uma ação de âmbito geral, mas que possui reflexos
importantes sobre a Unidade, que trata do esforço no sentido de se identificar com maior
precisão o setor irrigante, tido como o maior tomador de água na bacia, conhecendo os
sistemas de captação e irrigação utilizados, os volumes retirados e a eficiência de rega, bem
como os mananciais utilizados. Não menos importante, se faz necessário o adensamento da
malha de monitoramento da qualidade de água na bacia. Estes conhecimentos serão de grande
valia para as etapas de revisão do plano.
Não estão listadas no rol de ações acima descritas as iniciativas de outros programas
do PIRH Doce que, apesar de terem ação específica na Unidade, são de caráter geral e
abrangente, não podendo, portanto, ser desmembradas em componentes individuais, tais como
o Programa de Comunicação do Programa de Ações, o Programa de Educação Ambiental e
o Programa de Treinamento e Capacitação. Esta diferenciação é muito importante para a
unidade do PIRH Doce, conforme já referido
Ao final do período de aplicação do PIRH Doce, portanto, o que se deseja para a UA
São José, em grandes temas, é:
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