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A Implementação Das Novas Qualificações Do Ensino Baseado em Padrões de Competência

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Assane Calisto Uitrosse- Doutorando em Inovação Educativa

Faculdade de educacao e comunicacao de Nampula


Endereco: assaneuitrosse@gmail.com
22/08/2018

A implementação das novas qualificações do ensino baseado em


padrões de competência (Caso do Instituto Agrário de Lichinga).
1.Resumo
Este artigo intitulado por “a implementação das novas qualificações do ensino baseado
em padrões de competência” (Caso do Instituto Agrário de Lichinga). Tem como
objectivo analisar a implementação das novas qualificações fazendo uma avaliação
interna e externa. Optou-se por uma abordagem metodológica qualitativa com
raciocínio indutivo e usou como recurso, a revisão de literatura de alguns autores que
referenciam aspectos ligados ao tema, apoiada pelas técnicas de observação e análise
documental, também contou com a experiência do autor porque faz parte da instituição
pesquisada.
Ao concluir os resultados mostraram queo processo de avaliação deste novo modelo de
ensino e da aprendizagem é realizado através de procedimentos externos e internos.A
avaliação interna do processo de ensino e de aprendizagem, responsabilidade da
instituição realizada de forma contínua, cumulativa e sistemática, tendo como um de
seus objetivos o diagnóstico da situação de aprendizagem de cada formando, em relação
à programação curricular prevista e desenvolvida em cada nível ou qualificação.Esta
permite informações específicas que refletem o seu próprio trabalho e a realidade dos
seus formandos. A avaliação externa é um dos principais instrumentos utilizados pelo
organismo da administração da qualificação para a implantação dos padrões de
competência e buscando aferir o desempenho dos formandos os requisitos da
qualificação.
Palavras-chave: avaliação interna, externa, competência, qualificações.
1.1Abstract
This article entitled "the implementation of the new qualifications of teaching based on
standards of competence" (Case of the Agricultural Institute of Lichinga). It aims to
analyze the implementation of the new qualifications by making an internal and external
evaluation. We chose a qualitative methodological approach with inductive reasoning
and used as a resource the literature review of some authors who refer aspects related to
the theme, supported by the techniques of observation and documentary analysis, also
had the experience of the author because it is part of the institution. In concluding the
results showed that the evaluation process of this new model of teaching and learning is
carried out through external and internal procedures. The internal evaluation of the
teaching and learning process, the responsibility of the institution carried out in a
continuous, cumulative and systematic way, having as one of its objectives the
diagnosis of the learning situation of each trainee, in relation to the curricular
programming planned and developed at each level or qualification. This allows specific
information that reflects your own work and the reality of your trainees. The external
evaluation is one of the main instruments used by the management body of the
qualification for the implementation of the standards of competence and seeking to
gauge the performance of the trainees the requirements of the qualification.
Key words: internal, external evaluation, competence, qualify

1.2 Introdução
O processo avaliativo visa à obtenção de informações relevantes, tendo como ponto de
referência as competências. Ela possibilita delinear as características primordiais que
regulam os critérios de desempenho visando ao seu constante aperfeiçoamento. Ela
contribui efetivamente como suporte a um processo ético, educativo e contínuo de
mudanças. A avaliação está, portanto, vinculada à qualidade, podendo possibilitar que a
comunidade acadêmica desenvolva uma cultura de avaliação.A avaliação envolve,
assim, a permanente sistematização dos procedimentos adoptados, a deliberação de um
cronograma de acções a serem desenvolvidas e a elaboração de relatórios periódicos que
representem o conjunto das relações e práticas do quotidiano dos actores envolvidos no
processo avaliativo, redefinindo estratégias com vistas ao constante aperfeiçoamento da
Instituição
Cervo e Brian (2002,p.83) afirmam que o objectivo geral é que determina com clareza e
objectividade o propósito da realização da pesquisa. Nesta pesquisa apresenta-se o
seguinte objectivo geral: Analisar a implementação das novas qualificações fazendo
uma avaliação interna e externa.
Lakatos e Marconi (1992) afirmam que o objectivo específico é a operacionalização ou
acção concreta do objectivo geral. Nesta pesquisa apresenta-se os seguintes objectivos
específicos:
 Descrever os procedimentos da avaliação interna e externa
 Identificar os factores que contribuem para a qualidade de avaliação
 Perceber como é feita a certificação da qualidade
Quanto ao objectivo geral e a natureza do tema é uma pesquisa qualitativa. Portanto
trata-se de um estudo descritivo-interpretativo com enfoque indutivo. Vilelas
(2009,p.106) afirma que a pesquisa qualitativa visa a interpretar como as pessoas dão
sentido as suas próprias experiências e o meio real que elas vivem. Isto significa que a
abordagem qualitativa faz uma descrição interpretativa de uma determinada realidade
social.
2. A avaliação interna
Segundo o PIREP (2008 c, p.) a qualificação Profissional é a preparação de uma pessoa
a fim de aprimorar suas habilidades e especializando-se para tornar-se um profissional
apto a disputar vagas de emprego, ocupar uma vaga e ter capacidade para executar sua
função com qualidade e eficiência. Assim o ensino técnico profissional os niveis de
ensino estão subdivididos em qualificações. No nível básico encontramos certificado
vocacional 1 e 2, no nível médio encontramos certificado vocacional 3, 4 e 5. Assim
significa que temos 5 niveis ou qualificações.
De acordo com o PIREP (2008c, p.11) aCompetência é um conjunto de qualidades
pessoais intrínsecas e interligadas (conhecimentos, habilidades e atitudes) usadas de
forma interligada e necessárias para atingir um resultado ou desempenho
predeterminado numa certa situação. Neste contexto o Instituto Agrário de Lichinga
através das respectivas qualificações tem o papel de garantir que até no fim de cada
módulo o formando tenha a tal competência requerida.
O Padrão de competência é um conjunto de enunciados que descrevem exactamente em
termos de resultados concretos o nível de habilidades e conhecimentos necessários para
uma determinada pessoa desempenhar as funções ou realizar tarefas de um posto de
trabalho específico ou de uma ocupação profissional determinada. Neste contexto O
instituto Agrário através dos conteúdos existentes nos módulos deve garantir que o
formando atinja um padrão mínimo recomendável pelo organismo de administração da
qualificação.
Segundo PIREP(2008a, p.13) para que ocorra o processo de avaliaçao interna do
ensino baseado em padrões de competência cabe o formador /avaliador conhecer os
resultados de aprendizagem nos módulos a leccionar; Precisa-se que haja a planificaçao
da avaliaçao; Seleccionar os instrumentos de avaliação de acordo com o proposito que
se pretende alcançar num determinado módulo; Colecta de evidências; Julgamento das
evidencias; Decidir se os padrões de competencia foram atingidos e registar as decisões.

Os dados documentais que esta instituição apresenta, mostra-nos que ela tem 48
formadores dos quais 7 são mulheres e os restantes 41 homens, destes apenas 1 uma
mulher e 9 homens é que tem formçao para o ensino baseado em padrões de
competencia, no ano inicio da implementaçao deste modelo de formaçao apenas foram
abrangidos 14 formadores, mas devido as transferências no ambito de mobilidades de
quadros ficaram 10 formadores, os outros não tem a formaçao. Neste contexto os
formadores sem formaçao não tem habilidades suficientes para familiarizar-se e ter um
alcance consistente dos resultados de aprendizagem neste modelo de ensino. Assim o
PIREP (2008) afirma que é essencial que o avaliador antes da leccionação esteja
familiarizado com os módulos que constituem uma determinada qualificação. Cabe o
instituto ou centro profissional providenciar uma formação para equipar os
avaliadores/formadores com um conhecimento relevante e um entendimento profundos
do módulo. Neste contexto é obrigatório que todos os avaliadores/ formadores sejam
submetidos a uma formação antes de aplicar as avaliações sumarias para qualquer
módulo. Mas por outro lado o PIREP seja o causador da existencia de formadores sem a
formaçao a leccionar modelos de ensino que requer uma formaçao adequada.
O PIREP (2008 a, p.23) afirma que os instrumentos de avaliação são produzidos
centralmente pelo organismo de administração da qualificação. Neste contexto cabe o
formador /avaliador ler e examinar cuidadosamente antes de fazer um plano de
avaliação detalhado para cada módulo pelo qual é responsavel. Recomenda-se que os
planos sejam preparados em consulta com todo grupo de disciplina vocacional e com os
formadores de habilidades genéricas. Todos cuidados deverão ser tomados em conta o
prazo da verificaçao interna e das datas provisórias para a verificação externa a serem
determinadas. É Possivel o formador/ avaliador propor ou sugerir um instrumento de
avaliaçao formativa, mas que ajude a atingir os padrões exigidos pelo orgão de
administração da qualificação. Nesta instituição pesquisada existem dados documentais
que evidenciam que existem 22 docentes provenientes de instituições de ensino superior
não vocacionados para o ensino de docentes do ensino Técnico profissional, portanto
trata-se de formadores sem formação psico-pedagógica e ainda sem treinamento para o
ensino deste modelo. Assim torna dificil o processo de planificação de aulas para este
tipo de docentes e como consequencia dão aulas apenas com o plano analitico e não o
plano de aulas diario. Quando se fala de instrumentos de avaliação eles recorrem aos
instrumentos de avaliaçao não reconhecidos pelo organismo de administração das
qualificações e não compativeis com os resultados de aprendizagem, criterios de
desempenho e o contexto de aplicação.Portanto o PIREP(2008) recomenda quena
escolha de qualquer instrumento (formativa ou sumeativa) o avaliador deve certificar se
o instrumento é apropriado ou adequado para o propósito. Se ele permite aos formandos
a produção de evidências sufucientes das suas habilidades, conhecimentos, atitudes e
entendimento especifico do módulo. Se gera uma evidencia que pode ser medida com os
padrões especificos do modulo. Se os guiões e os esquemas de correcção dão acessoria
suficiente e apoio para permitir o avaliador fazer decisões da avaliação fiável, aplicável,
praticável e exequível.
O PIREP(2008) afirma que para os propósitos da avaliação sumativa, os formadores/
avaliadores devem usar somente os instrumentos validados pelo organismo de
administração da qualificação. Assim a escolha destes instrumentos sempre antes da
aplicação. Nesta ordem de ideia a instituiçao depara-se com formadores que tentam
violar os principios de aplicação dos instrumentos de avaliação sumativa, fazendo
sempre uma constante alteração, para dificultar os estudantes no alcance dos resultados.
Ora vejamos, se numa determinada qualificação de um determinado módulo aparece
que a avaliação sumativa deve ser num campo de horticolas onde o formador podera
questionar oralmente o estudante sobre os procedimentos executados até ao cresimento
de uma determinada cultura, o formador deve seguir as normas, mas pode dar
oportunidade o formando escolher uma outra cultura que não esteja catalogada na
avaliação sumativa. Mas alguns para prejudicar ou porque talves vem uma facilidade no
formando, mudam constantemente alegando que querem tornar a avaliação sumativa
mais consistente.
De acordo com o PIREP (2008c, p.16) cabe o formando gerar e colectar evidências que
satisfazem todos os requisitos do módulo. Para isso é necessario que o programa de
aprendizagem desenhado permita uma oportunidade ampla da colecta desta evidência e
uma conclusão do processo dentro do prazo e dos recursos disponíveis para o módulo.
Neste contexto qualquer evidência adicional ou transcritas da evidência oral recolhidas
deverão ser anotadas e incluídas no portfólio da avaliação de cada formando. Neste
aspecto encontramos formadores que por falta de experiência e conhecimentos sobre
como funciona este modelo, não conseguem em cada fase da actividade do estudante
recolher as evidencias requeridas, o que torna dificil depois o formador apresentar
evidências consistentes no portfólio de cada estudante.

O PIREP (2008 c, p.25) diz que depois da colecta de todas as evidencias apropriadas o
avaliador tem de decidir se o formando providenciou evidencia suficiente para
confirmar que ele/ela teve o sucesso escolar dos resultados de aprendizagem ao padrão
exigido. O formador/avaliador tem de fazer o seu julgamento tomando em consideração
os requisitos dos resultados de aprendizagem e de desempenho no contexto de aplicação
e da evidencia. Os registos continuos (avaliações formativas) indicando o sucesso
escolar, devem ser mantidas pelo avaliador para os propósitos de tomada de decisão no
fim do programa do módulo. Muitos formandos saem lesados por causa da rigidez que
estes formadores colocam sobre os resultados de aprendizagem, os testes tornam duros e
as vezes ultrapassam as exigências minimas do padrão que se pretende alcançar.

Segundo o PIREP (2008 c, p.18) afirma que colectadas todas as evidências e o avaliador
tenha feito o seu julgamento baseando-se nesta evidencia, contra cada resultado de
aprendizagem; o avaliador tem de tomar uma decisão de que o candidato atingiu ou
ainda não os padrões estabelecidos na especificação do módulo como um todo. Um dos
aspectos a descatar é a não existência da nota mínima que feita da seguinte maneira: Se
um estudante consegue atingir o padrão estabelecido no modulo pelo organismo de
administraçao da qualificaçao, este alcança (A) e se um outro estudante não consegue
atingir o padrão estabelecido, este não alcança (NA). Estes formadores sem formação
até colocam as notas de forma quantitativa nos testes dos formandos, algo que não é
recomendavel neste tipo de modelo. Neste modelo não aceita colocar as notas de forma
quantitativa, aceita apenas qualitativa alcançou ou não alcançou. Assim depois da
avaliaçao precisa-se dar feedback aos formandos. O PIREP(2008) afirma que os
formadores /avaliadores devem providenciar assessorial aos formandos acerca do seu
desempenho na avaliação. O feedback é particularmente valioso quando os formandos
não atingem os resultados de aprendizagem pretendidos, eles devem ser ditos
explicitamente onde enfrentam os problemas e devem ser dadas como concerta a estes
problemas. Este feedback deve ser claramente escrito na capa de frente do instrumento
de avaliação e o resultado incluido:

 Alcançou (A)
 Alcançou depois da primeira reavaliação (AR1)
 Alcançou depois da segunda reavaliação(AR2)
 Não alcançou (NA)

De acordo com o PIREP (2008, p.25) a avaliação interna no ensino baseado em padrões
de competência põe a maior responsabilidade da avaliação no avaliador. Embora muito
devera ser feito no desenho dos instrumentos de avaliação pelo organismo da
administração de qualificações para garantir maior fiabilidade das decisões de
avaliações, haverá momentos no entanto onde o julgamento dos avaliadores ira variar.
Neste contexto o avaliador pode ficar cansado e ser menos rigoroso com a correcção de
grandes números de testes. O avaliador pode julgar o formando pela maneira de vestir
ou tomada de considweraçao do género, origem, orientação sexual ou religiosa de um
determinado formando durante a avaliacao. Estes factores não tem nada a ver com os
padrões de competência exigidos e não devem afectar a avaliação.

A verificação interna
De acordo com o PIREP (2008 a, p.25) éda responsabilidade do verificador interno
assegurar a precisão e fiabilidade das avaliações e de julgamentos da avaliação entre os
avaliadores dentro de uma instituição de ensino. Desta forma a verificação interna
constitui um dos elementos de garantia de qualidade que é gerida pela
instituição.Através deste sistema a instituição devegarantir que os instrumentos de
avaliação usados, sejam validos, praticaiveis e economicamente eficientes. Os
resultados sejam consistentes entre avaliadores quando mais de um avalidor avaliar o
mesmo módulo. Os procedimentos de avaliação e de registo sejam observados; a
evidência da avaliação esteja disponível para a verificação externa.
De acordo com o PIREP (2008a, p.26) a nível do programa existem três etapas para o
processo de verificação interna:
 Etapa de pre-leccionação
 Etapa de leccionação
 Etapa da revisão do fim do programa
A etapa de pré-leccionação exige que a equipe do programa confirme todos os arranjos
e recursos de avaliações propostas sejam satisfatórias e que todas acções exigidas pela
anterior revisão do fim do programa tenham sido concluidas. Nesta fase cabe a equipa
do programa emendar e rever casonecessário o plano de verificação interna pela duração
do programa. Este Plano deve indicar as actividades propostas de amostragem feitas
pelo verificador interno, reuniões da equipa e actos da verificação externa. Esta pré-
leccionação quase não acontece para alguns profissionais por falta de experiência, são
muito poucos os profissionais que se apresentam nas reuniões de equipa, por isso
quando um verificador interno vai observar as fichas que devem ser preenchidas no
ambito da pré-leccionação encontram-se em branco, porque o avaliador ou formador
não tem a nocao de preenchimento destas fichas.
Durante a leccionação do programa, os verificadores internos devem tirar uma amostra
dos procedimentos de avaliação e serão acolhidas reunies de equipa a ambos actos da
verificação interna. O verificador interno deve preencher o formulário IV2 após cada
actividade de amostragem. Este formulário permite que o verificador interno forneça
feedback aos avaliadores e regista detalhes de qualquer acção necessária antes da
verificação externa. Este trabalho do verificador interno muitas vezes apenas fica
arquivado na pasta do módulo, o avaliador por falta de conhecimento sobre a
importância da verificação interna, vem as recomendações
O PIREP (2008) recomenda que a revisão seja feita no fim do programa para ver se o
avaliador pode ainda melhorar. A revisão feita no fim do programa visa a melhorar a
qualidadede provisão e avaliaçao e assegura que todos os assuntos pendentes sejam
levantados pelos verificadores internos tenham sido ou serão resolvidos antes da
administração seguinte do programa.
Assim a verificaçao interna é um elemento importante na garantia da qualidade da
provisão dentro da instituição do ensino técnico profissional. Todos os membros do
pessoal tem um papel na garantia de verificação interna eficaz. Se um sistema de
verificação for bem concebido, o pessoal bem formado na operação do sistema de
verificação e os registos bem guardados, a verificação interna torna-se parte natural da
ministração do programa.
3. A avaliação externa
De acordo com o PIREP (2008b, p.18) No processo de verificação externa, o verificador
externo tem a tarefa de verificar se todas as evidências estão disponíveis para todos os
formandos que completaram a avaliação. Se todos os instrumentos de avaliação estão
disponíveis; Se os instrumentos de avaliação usados são aceites ou válidos e
apropriados; Se as especificações dos testes e as directrizes estão disponiveis, se a
verificação interna teve decisões da avaliação foi completada de forma correcta ou
incorrecta. Esta verifica o desempenho de todos envolvidos do processo. Neste contexto
é importante que a instituição de ensino assegure na verdade de que as avaliações
internas foram feitas consistentemente. Dai que a verificação externa é que vai nos
revelar os procedimentos correctos ou incorrectos da verificação interna, o que implica
a não certificaçao do formando. Portanto a falta de verificação interna ou insatisfatória,
o resultado pode ser que a certificação do formando não proceda ou a situação do
programa seja revisto pelo organismo de administração da qualificação. A verificação
externa feita nesta instituição depara-se com a não reconhecimento de alguns
instrumentos de avaliação, o que tem causado aos estudantes certos transtornos como a
repetição massiva do módulo para a sua validação e a sua posterior certificação.
Assim a verificação externa é o processo pelo qual o organismo de administração da
qualificação assegura que todos os padrões nacionais sejam aplicados em avaliações
levadas acabo pelas instituições do ensino técnico profissional que leccionam este
modelo. Neste contexto a verificação externa constitui uma medida de controlo de
qualidade usada para confirmar que cada instituição de ensino oferecendo qualificações
que são avaliadas internamente tenha levado acabo a avaliação de acordo com os
requisitos das especificações do módulo. A verificação externa assegura que os
avaliadores das instituições de ensino estão avaliar formandos justamente e
consistentemente, segundo os padrões estabelecidos em cada modulo. Assegura também
que as decisões da avaliação tenham sido internamente verificadas.
O PIREP (2008 c p.32) afirma que por forma a assegurar que as novas qualificações
sejam bem concebidas, leccionadas e avaliadas a padrões de competência aceitaveis, o
organismo de administração das qualificações identificou os seguintes elementos chaves
de controlo de qualidade: Validação de todas as novas qualificações
vocacionais;Aprovação para oferta de qualificações específicas;A verificação interna da
avaliação interna;Controlo de qualidade na avaliação externa ;Monitoria dos elementos
de controlo de qualidade.
Face ao exposto, verifica-se o contraste entre o institucional normativo e o
efectivamente praticado. Tal discrepância configura um distanciamento entre o ideal
(norma) e o real (prática). No que se refere ao processo avaliativo externo é notória a
total diferenciação entre a realidade ilusória estabelecida por leis, manuais, estatutos,
regulamentos e a realidade concretizada através da aplicabilidade prática na avaliação
interna.A avaliação interna adoptada na instituição tem impacto direto e indireto no
processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma, torna indispensável um
aperfeiçoamento constante em busca de novas técnicas e metodologias mais eficientes e
eficazes através do melhor planeamento e implementação cuidadosa.Nesse sentido, a
avaliação externa possui a sua importância ao fornecer subsídios para a análise da
instituição. Utilizando esses resultados unidos à autoavaliação da instituição e às
avaliações dos formandos realizadas pelos formadores, onde será possível identificar
problemas e contradições da instituição, buscando soluções em conjunto, pois,
compreendemos que essas duas formas de avaliação institucional, interna e externa,
podem cooperar entre si na construção de uma qualidade maior à educação do país.
4.Bibliografia
Cervo & Bervian (1989), Introdução à Metodologia do Trabalho Científico: elaboração
de trabalhos na Graduação. 2ª Ed. São Paulo. Atlas.
Lakatos & Marconi (1992) Fundamentos de metodologia científica. 5ª Ed. São Paulo:
Editora Atlas.
MINED (2008) Regulamento das escolas e institutos do Ensino Técnico Profissional.
Maputo: MINED/DINET
PIREP(2008a) Manual de formação do verificador Interno. 1ª Edição. Moçambique-
Maputo: PIREP.
________________(b)Manual de formação do verificador externo. 1ª Edição.
Moçambique-Maputo: PIREP.
__________________(c)Directrizes e Regulamento da avaliação. 1ª Edição.
Moçambique-Maputo: PIREP.
Vilelas, J. (2009). Investigação: o processo de construção do Conhecimento1ª edição.
Sílabos.

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