Gestão de Conflitos, Negociação E Comunicação
Gestão de Conflitos, Negociação E Comunicação
Gestão de Conflitos, Negociação E Comunicação
COMUNICAÇÃO
1
Sumário
INTRODUÇÃO................................................................................................. 3
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 26
1
NOSSA HISTÓRIA
2
INTRODUÇÃO
3
levando o colaborador, insatisfeito, a mudar de setor ou mesmo de empresa por não
suportar o clima de tensão que se instala. Contrariando esta ideia, porém, os conflitos
podem ser encarados como propulsores de mudanças, tanto individuais como
coletivas, pelo fato de proporcionarem o debate de ideias, solucionando problemas
de forma criativa.
4
GESTÃO DE CONFLITOS
Considerando que uma equipe é composta por pessoas com níveis distintos
de educação, que trabalham juntas, tomam decisões e visam à consecução de
objetivos, o conflito é inevitável. Pode-se definir a palavra conflito, grosso modo, como
discordância de ideias ou diferentes interpretações a respeito de um mesmo tema.
Os conflitos surgem à medida que os membros de uma equipe começam a se
relacionar, entrando em choque com diferentes valores, crenças, vivências e metas.
No mundo corporativo, por causa da competitividade acirrada, o conflito é
frequentemente caracterizado por lutas, discussões agressivas, contrariedade e falta
de harmonia. Martinelli e Almeida (2008) pontuam que o conflito pode ter como causa
a divergência de interesses, de necessidades e de opiniões, ou ainda se originar de
forma amigável, não conotando aos participantes um conflito, e sim uma negociação,
o que é um dos melhores recursos e o mais utilizado para a solução de um conflito.
Robbins (2009, p. 326) define conflito como sendo “um processo que tem início
quando uma das partes percebe que a outra parte afeta, ou pode afetar, de modo
negativo, alguma coisa que ela considera importante”. Para o autor, há três escolas
de pensamento em relação ao papel dos conflitos nas organizações. A primeira,
tradicional, revela que o conflito deve ser sempre evitado, já que indica que algo não
está funcionando bem na organização. Para a segunda, adepta da visão das relações
humanas, o conflito é algo natural e inevitável em qualquer grupo, podendo até
mesmo se converter em algo positivo. A terceira, chamada de visão interacionista,
além de aceitar o conflito, o encoraja, defendendo a ideia de que ele é necessário
para o desenvolvimento do grupo, pois acredita-se que um grupo pacífico pode vir a
tornar-se estático, inerte a mudanças e inovações. A ordem é encorajar os gestores
a manterem um nível constante de contestação para que o grupo seja ativo, criativo
e autocrítico.
Tipos de Conflitos
O conflito pode se dar entre duas ou, mas partes seja individual ou em grupo.
Montana (2005) propõe os seguintes tipos de conflitos:
5
1- Intrapessoal: Aquele que ocorre com a própria pessoa.
4- Intergrupal: Aquele que ocorre entre grupos (ocorre quando temos dois ou
mais grupos com um problema a ser resolvido).
6
Um conflito pode ser construtivo à medida que, entrando os membros de uma
equipe em discordância sobre determinado ponto, cheguem a um consenso que gere
alguma mudança positiva. Através da discussão, o grupo tem a possibilidade de
expandir seus conhecimentos a respeito de determinado assunto e, em conjunto,
buscar alternativas criativas para a solução de problemas e fortalecer a habilidade de
trabalhar em equipe. Por outro lado, quando não há confiança, há o rompimento de
relações e impera o individualismo, ou seja, um conflito pode ser considerado
destrutivo. Neste cenário, os colaboradores sentem-se desmotivados e insatisfeitos.
O conflito passa a ser mais importante do que a tarefa a ser executada.
7
importante, dois dos mais importantes dos líderes dessa equipe divergem de um
ponto, há entre os demais membros quem defenda a posição de um e há outros que
defendem a posição do outro. Se não houver maturidade em ambos os líderes, o
projeto naufragará, pois haverá uma total fragmentação da equipe. Tal situação
também é observada em partidos político-partidários. Como muitos dos interesses
são individuais, é bem provável que quando há mais de dois caciques o conflito surja,
pois os interesses passam a ser de muitos, e nunca em prol de um projeto de ideal
político que busque a transformação de algo para melhoria de vida da sociedade;
8
Formas de Gerenciamento de Conflitos
9
Acomodação ou suavização: o objetivo é a coexistência pacífica e
identificação de interesses em comum, destacando- -se as diferenças e semelhanças.
Compromisso: ocorre quando cada uma das partes dá algo e ganha algo de
valor. Nenhuma das partes fica satisfeita, dando margem a futuros conflitos.
10
do gestor. Esta técnica é absolutamente nociva, já que através dela os colaboradores
geram sentimentos de vingança e ressentimentos entre si e não ocorre um consenso,
muito menos uma alternativa de solução criativa para o problema.
11
Visões de Robbins Esse autor conceitua três visões que lidam com os conflitos.
Vejamos:
• Visão Tradicional: esta abordagem dizia que todo conflito era ruim e que,
portanto, deveria ser evitado. O conflito era visto como uma disfunção resultante de
falhas de comunicação, falta de abertura e de confiança entre as pessoas e um
fracasso dos líderes em atender às necessidades e às aspirações de suas equipes.
A visão tradicional era consistente com as atitudes de grupo que prevaleciam nas
décadas de 30 e 40.
12
de que algum conflito é absolutamente necessário para o desempenho eficaz de um
grupo. A principal contribuição desta abordagem, portanto, é encorajar os líderes dos
grupos a manter um nível mínimo constante de conflito suficiente para manter o grupo
viável, autocrítico e criativo.
NEGOCIAÇÃO E COMUNICAÇÃO
13
comunicação recíproco com o intuito de alcançar uma decisão comum. Não é fácil
comunicar, mesmo entre as pessoas com valores e experiências comuns.
14
O Ato Negocial pode ser visto em três etapas
fundamentais:
Fazer propostas irrealistas que induzem de imediato a sua rejeição pela parte
oposta, que podem conduzir ao negociador “perder a face”.
Não ter consciência das suas fraquezas e forças nem as do oponente, o que
pode dar origem a perde de credibilidade e poder persuasivo.
Aceitar propostas desfavoráveis por não ter estudado a sua MAPAN - Melhor
Alternativa Para um Acordo Negociado (São as alternativas estudadas pelo
negociador, dependendo dos cenários possíveis na negociação. Poderão não ser
ideais, mas são admissíveis).
15
A questão principal em relação às audiências durante o processo negocial é o
seu impacto nas estratégias que os negociadores utilizam e a sua influência no
desfecho do processo.
16
Estratégias e Táticas Negociais
17
As táticas da negociação podem ser competitivas ou integrativas. Vamos
primeiro abordar algumas das táticas competitivas da negociação, elas são:
18
■ Ofertas finais – Podem determinar-se num curto prazo para que o oponente
tome uma decisão de aceitação/recusa. Tem como objectivo pressionar a outra parte
a aceitar a oferta e deixar de procurar alternativas. Pode gerar ruptura negocial.
19
Elaborar uma boa estratégia depende fundamentalmente em entender a outra
parte envolvida, para isso é importante considerar os seguintes pontos: priorizar os
objetivos de forma flexível; mensurar os sentimentos; criar alternativas; fazer uma
auto avaliação, para planejar uma ação a cada reação ocorrente no decorrer da
negociação; definir os verdadeiros interesses; fazer questionamentos; informar-se; se
colocar no lugar da outra parte para que se possa entendê-lo; adquirir habilidades e
aplicar a inteligência emocional, assim obtém percepções em tempo real, adquirindo
a capacidade de se ajustar ao plano e administração à negociação da outra parte.
(LEWICKI E HIAM, 2003).
Partindo do princípio de que não se pode viver isolado, cada setor de uma
organização fará obrigatoriamente parte da realidade do outro, e, por consequência,
de seu cotidiano. Assim ocorre também com os indivíduos inseridos no ambiente
organizacional. É estabelecida, então, uma relação de interdependência entre os
membros de um grupo.
20
se instalar um clima de irritabilidade e agressividade, algo que é extremamente
prejudicial. Outra situação que pode ser identificada é a em que há uma clara disputa
entre o emissor e o receptor. Neste cenário, qualquer situação adversa pode gerar
um verdadeiro clima de guerra. Por outro lado, quando tanto o emissor como o
receptor se dispõem a solucionar o problema, abre-se a possibilidade de diálogo e
negociação.
21
13) Ter documentos que ajudem nas argumentações;
22
Imagine se você está em uma negociação representando os colaboradores de
sua empresa e de repente você inicia sua fala dizendo: “Peço desculpas por não
conhecer a fundo a proposta dos colegas que estou representando aqui, por isso peço
aos participantes que possam me ajudar no que for necessário para chegarmos a um
consenso e atender em parte aquilo que eles desejam...” Bom, nessa breve
argumentação o negociador já evidencia que:
1) Desconhece claramente dos interesses dos seus colegas, para os quais está
trabalhando e sendo o representante legal;
É evidente que ele sairá com mais ônus do que bônus nesse processo, mesmo
que haja de parte dos outros interessados a compreensão em ajudar os
colaboradores da empresa naquilo que eles desejam e que a empresa precisa
disponibilizar. Haverá um tendencioso direcionamento para um dos lados, que não o
dos interesses dos colaboradores.
23
Problemas emocionais em uma negociação ocorrem quando envolve herança
entre herdeiros; pensão alimentícia entre ex-cônjuges; empresários com viés
competitivo, acostumados a tratar seus opositores com ar de inferioridade; ou ainda
colaboradores de unidades diferentes da organização que não se admiram (PESSOA,
2008).
Para Pessoa (2008), a percepção que cada negociador pode obter a partir das
propostas promovidas no processo de negociação é um ponto importante para travar
a negociação desde que tal percepção seja errada ou mesmo mal compreendida
sobre os próprios fatos, as pessoas e as circunstâncias que promovem o processo. É
a leitura que uma parte faz daquilo que se está promovendo pela outra parte.
24
permite obter melhores resultados (KUMAR, 1997; KRAMER;
POMMERSENKE; NEWTON, 1993). Carnevale e Isen (1986) concluíram
que a expressão de emoções positivas aumenta a criatividade, levando a
soluções inovadoras, torna os indivíduos mais cooperativos, dispostos a
partilhar mais informação, gerando mais alternativas. No entanto, a
expressão de emoções pode ter conseqüências negativas. Os
negociadores que exprimem sentimentos positivos prestam, por norma,
menos atenção aos argumentos da outra parte, o que os torna vulneráveis
à utilização de táticas fraudulentas por parte de negociadores competitivos.
3. O Negociador Negativo. Outra abordagem possível é a expressão de
sentimentos negativos, como a raiva, a impaciência, a indignação ou o ódio.
Este tipo de negociador usa a emoção para tentar coagir a outra parte a
ceder às suas exigências. Quando existe uma expressão verdadeira de
sentimentos negativos, o comportamento do negociador irá afetar a relação
que mantém com a outra parte, levando muitas vezes à retaliação, o que
resulta na escalada do conflito (ALLRED, 1999; BIES; TRIPP, 1998) e,
consequentemente, a negociações pouco produtivas. Allred et al. (1997),
concluíram que, quando os negociadores expressam sentimentos
negativos em relação à outra parte, obtêm piores resultados do que os que
expressam emoções positivas. No entanto, a expressão de sentimentos
negativos pode funcionar também como alerta de que existe um problema,
motivando as partes a enfrentar esse problema e a procurar uma solução
que o resolva (DAVIDSON; GREENHALGH, 1999).
25
REFERÊNCIAS
ACUFF, Frank L. Como negociar qualquer coisa em qualquer lugar do
mundo. 2. ed. São Paulo: Senac, 2004. 355 p.
ARRUDA, Mônica Bomfim de; VILAS BOAS, Ana Alice. Cultura e ética na
negociação internacional. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2006. 164 p.
26
LEWICKI, Roy J. SAUNDERS, David M. BARRY, Bruce. Fundamentos de
Negociação, 5ªed. Bookman/AMGH, Porto Alegre, 2014.
27