Manual Fpa Ctrg1
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CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO AO ATLETISMO
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1. Apresentação da Modalidade
Índice:
1.1. As diferentes disciplinas no Atletismo.
1.2. Principais aspetos regulamentares das provas de Atletismo.
1.3. Quadros competitivos dos escalões de formação.
Objetivos de Aprendizagem:
O principal objetivo desta aula é dar a conhecer o Atletismo, no que respeita às diferentes
disciplinas que compõe a modalidade e aos principais aspetos regulamentares, devendo
os treinadores adquirir as seguintes competências:
- O treinador é capaz de identificar as diferentes disciplinas do atletismo, e enquadra-las
nos diferentes sectores.
- O treinador é capaz de identificar os principais aspetos regulamentares das diferentes
provas do atletismo.
- O treinador é capaz de compreender os principais objetivos da participação competitiva
nos escalões de formação e descrever o programa de provas dos escalões de Infantis,
Iniciados e Juvenis.
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O Atletismo é a modalidade rainha dos Jogos Olímpicos, e aquela que mais medalhas e
títulos tem dado ao desporto português sendo a única modalidade desportiva em que
Portugal ganhou medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos.
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Os Saltos Os Lançamentos
Salto em Comprimento
Salto em Altura
Triplo Salto
Lançamento do Peso
Lançamento do Disco
Lançamento do Dardo
Lançamento do Martelo
100 metros
200 metros
400 metros
4x100 metros
4x400 metros
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800 metros
1500 metros
5000 metros
10000 metros
Maratona
Corta-Mato 20 km
50 km masculinos
Provas Combinadas
Decatlo masculino
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As competições de atletismo de pista podem ser de três tipos diferentes, o que implica a
modificação de alguns aspetos regulamentares.
Provas Coletivas: são provas que têm como objetivo apurar o melhor clube, quando se
trata dos Campeonatos Distritais, Campeonatos Nacionais ou da Taça dos Campeões
Europeus, ou apurar a melhor Seleção Nacional quando se trata do Campeonato da
Europa de Nações. Nestas provas coletivas normalmente participam oito ou doze equipas
(clubes ou seleções nacionais), fazendo cada equipa alinhar um atleta em cada uma das
provas de programa.
Provas de Campeonatos: são provas de carácter individual que têm como objetivo
apurar os campeões Distritais, Nacionais, Continentais, Mundiais ou Olímpicos. Nestas
competições podem participar todos os atletas com mínimos, embora nas provas
internacionais haja um limite de três atletas por país em cada disciplina.
Meetings: são provas de carácter individual, organizadas por entidades particulares, que
têm como objetivo a promoção do espectáculo desportivo e a obtenção de marcas de
grande nível. Nestas competições, nas provas de meio-fundo e fundo são normalmente
utilizadas “lebres” com o objectivo de proporcionar a realização de boas marcas. Estas
provas são normalmente utilizadas pelos atletas como preparação para as grandes
competições e para a obtenção de mínimos e de recordes pessoais.
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Nas provas de 200m, 400m, e 400m barreiras os atletas são desclassificados se pisarem
a linha interior. Nas provas de barreiras os atletas podem ser desclassificados por derrube
ostensivo das barreiras ou transposição das barreiras com a perna por fora.
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Provas de Saltos:
Nas provas dos saltos horizontais (salto em comprimento e triplo salto), todos os atletas
têm três tentativas, sendo apurados para a final os oito atletas com melhores marcas,
onde têm mais três ensaios pela ordem inversa à classificação. Vence o atletas que
obtiver a melhor marca em qualquer uma das seis tentativas. Em caso de empate, vence
o atleta com o melhor segundo salto.
Os saltos são considerados nulos se o atleta pisar ou ultrapassar essa zona. Os saltos são
medidos desde a linha de chamada até à marca mais atrasada deixada pelo atleta na
areia, não importando qual a parte do corpo que deixou essa marca. Quando deixa a caixa
de saltos, o atleta deve sair pelo lado ou pela frente da caixa, mas sempre mais à frente do
que a marca deixada na areia.
Nas provas dos saltos verticais (salto em altura e salto com vara), as alturas da subida da
fasquia estão previamente determinadas até ao momento em que fica apenas um atleta
em prova. Cada atleta pode iniciar a prova à altura que quiser e prescindir de
determinadas alturas. Para cada altura o atleta tem três tentativas para passar a fasquia.
Em caso de empate ganha o atleta que tiver passado mais cedo a altura anterior.
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Provas de Lançamentos:
Nas provas de lançamentos, todos os atletas têm três tentativas, sendo apurados para a
final os oito atletas com melhores marcas, onde têm mais três ensaios pela ordem inversa
à classificação. Vence o atletas que obtiver a melhor marca em qualquer uma das seis
tentativas. Em caso de empate, vence o atleta com o melhor segundo lançamento.
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Na prova de 800 metros os atletas partem em pistas separadas com “decalage”, fazendo
a curva na sua pista e passando à “corda” após os primeiros 100 metros.
Em todas as outras provas de meio fundo, fundo e marcha os atletas partem à “corda”.
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Para isso tem de haver alguns cuidados na organização das competições, por parte da
FPA e das Associações Distritais, e muita atenção por parte dos treinadores na forma
como preparam os seus jovens atletas para a competição e como desenvolvem uma boa
atitude competitiva ao longo do processo de formação.
Por tudo isto, o calendário competitivo dos escalões de formação e as características das
provas dos atletas jovens, devem estar de acordo com os principais objetivos para o
treino nestas etapas.
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Programa de Provas
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2. Quais são os quatro lançamentos que conhece, e qual o único realizado em pista
coberta?
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2. Organização da Carreira
Desportiva no Atletismo
Índice:
2.1. Organização da carreira desportiva no atletismo.
2.1.1 Etapa dos Fundamentos.
2.1.2 Etapa da Aprendizagem.
2.1.3 Etapa do Desenvolvimento.
Objetivos de Aprendizagem:
Esta aula tem como objetivo dar a conhecer a forma como está organizada a carreira
desportiva de um atleta na nossa modalidade, e os principais aspetos das diferentes
etapas dessa carreira, devendo os treinadores adquirir as seguintes competências:
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Os treinadores têm de estar conscientes que apesar de indicarmos quais as idades cronológicas
em que devem ser aplicados os programas de treino para cada uma destas etapas, é fundamental
que conheçam bem os jovens que orientam, porque muitas vezes a idade biológica, ou seja o seu
estado de maturação, nem sempre corresponde à idade cronológica. Nesses casos o treinador
deve fazer uma adaptação do treino à fase de crescimento e de desenvolvimento desses jovens.
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Etapa da Aprendizagem
Benjamins B e Infantis: dos 10 aos 13 anos
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Participação em Competições:
- A FPA tem um programa de provas oficial para os
escalões de Benjamins B (10-11 anos) e de Infantis (12-13
anos), tanto no que diz respeito às distâncias das provas de
corrida, de marcha, de barreiras e de estafetas, como às
disciplinas de saltos e lançamentos. Todas estas provas
são adaptadas às características desta etapa do
desenvolvimento.
- Existe também um conjunto de provas, a realizar
fundamentalmente pelos clubes, que têm como objetivo
preparar os jovens ao longo da época para estarem em
condições de participarem nas provas do programa oficial.
- O calendário competitivo para estes escalões realiza-se
apenas a nível Distrital, pois nestas idades ainda não há
competições de carácter nacional.
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Etapa do Desenvolvimento
Iniciados e Juvenis: dos 14 aos 16 anos
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Participação em Competições:
Apesar de haver um quadro competitivo a nível Distrital, a nível Nacional e até Internacional
(Jogos da FISEC, Jogos Olímpicos da Juventude e Campeonatos do Mundo de Juvenis), é
fundamental que o planeamento da época seja organizado em função das necessidades do
treino e não de acordo com os objetivos competitivos.
As competições já têm um aspeto formal e assumem uma importância cada vez maior para
os jovens atletas. Apesar de ser importante começar a desenvolver nos jovens uma atitude
competitiva adequada, os treinadores devem estar atentos para que o treino continue a ser o
núcleo de toda a preparação.
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CAPÍTULO II
A FORMAÇÃO DE JOVENS
ATLETAS
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Índice:
1.1. A importância das provas múltiplas nos escalões jovens
Objetivos de Aprendizagem:
O principal objetivo desta aula é demonstrar a importância de uma
formação multidisciplinar nos escalões jovens, evitando a especialização
precoce numa única disciplina, devendo os treinadores adquirir as
seguintes competências:
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Contudo, treinar para este tipo de provas não deve ser apenas uma soma dos treinos das
diferentes disciplinas, mas sim uma adaptação do treino às características específicas das
provas Combinadas para cada escalão etário.
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INFANTIS
Pentatlo
Infantis Masculinos
1ª Jornada: 60 metros e Salto em Comprimento
2ª Jornada: 60 metros barreiras, Lançamento
do Peso e 1000 metros.
Infantis Femininos
1ª Jornada: 60 metros e Lançamento do Peso.
2ª Jornada: 60 metros barreiras, Salto em
Comprimento e 1000 metros.
No escalão de Infantis o número de treinos semanais deve variar entre duas a três
sessões, devendo o treinador deve privilegiar essencialmente a qualidade. Devem ser
abordadas durante a época todas as disciplinas que fazem parte do programa competitivo
do escalão de Infantis, incluindo as disciplinas que não fazem parte do Programa de
Provas Combinadas para este escalão (mas que virão a fazer mais tarde), tais como o
salto com vara e o lançamento do dardo.
Relativamente ao salto com vara, a iniciação desta disciplina deve começar a partir do
salto em comprimento com vara, para uma caixa de areia. No que respeita ao lançamento
do dardo, a sua aprendizagem também deve começar cedo, pois se as aprendizagens
técnicas e as adaptações motoras não são adquiridas desde as idades jovens, este
lançamento pode tornar-se num problema para atletas de Provas Combinadas.
Nestas idades os treinadores devem ensinar os jovens de forma simples e eficaz no que
respeita ao trabalho de base, à aprendizagem da técnica de corrida, ao trabalho de
apoios dinâmicos, e a corretas noções das diferentes estruturas rítmicas, assim como
uma atitude postural bem adaptada a cada uma das disciplinas. Em termos de
organização da sessão de treino, é possível juntar-se na mesma sessão de treino,
exercícios de aprendizagem e treino de duas ou três diferentes disciplinas técnicas.
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INICIADOS
Heptatlo
Iniciados Masculinos
1ª Jornada: 80 metros, Salto em Comprimento e
Lançamento do Dardo.
2ª Jornada: 100m barreiras, Lançamento do Peso,
Salto em Altura e 1000m.
Iniciados Femininos
1ª Jornada: 80 metros barreiras, Lançamento do
Dardo e Salto em Altura.
2ª Jornada: 80 metros, Salto em Comprimento,
Lançamento do Peso e 800m.
No escalão de Iniciados o número de treinos semanais deve variar entre três sessões a
quatro sessões, devendo o treinador procurar dar uma continuidade do trabalho realizado
com os atletas Infantis, fundamentalmente no que respeita ao aperfeiçoamento dos
elementos técnicos das disciplinas abordadas anteriormente. Contudo, no que respeita ao
salto com vara, já se deve começara a introduzir treinos com salto para o colchão. Neste
escalão é fundamental incrementar o treino da velocidade e do ritmo das barreiras
rápidas. É também nos Iniciados que se deve introduzir o treino do lançamento do disco.
Com os atletas Iniciados, os treinadores devem começar a dar uma atenção especial ao
treino da força, através da aprendizagem dos exercícios de musculação, utilizando uma
barra leve, e através do desenvolvimento da força rápida, quer com a utilização de
multisaltos simples, quer com a utilização de multilançamentos com bolas medicinais
leves, de 2 e 3 kg. Também o treino da Força Geral deve fazer parte do programa de
treinos destes atletas, essencialmente através de circuitos de treino. É neste escalão que
o treinador deve iniciar já as ligações de disciplinas no treino, à semelhança da
competição.
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Outro aspeto fundamental no trabalho do treinador nestes escalões etários, muitas vezes
mais importante que os aspetos técnicos e físicos, é conseguir desenvolver nos jovens
que orienta, o gosto pelo treino, o prazer de “estar na pista”. Só assim, é possível garantir
a continuidade na modalidade, condição indispensável para a evolução como praticantes.
JUVENIS
Octatlo Masculino e Heptatlo Feminino
Juvenis Masculinos
1ª Jornada: 100 metros, Salto em Comprimento,
Lançamento do Peso e 300m.
2ª Jornada: 110m barreiras, Salto em Altura,
Lançamento do Dardo e 1000m.
Iniciados Femininos
1ª Jornada: 100m barreiras, Salto em Altura,
Lançamento do Peso e 200m.
2ª Jornada: Salto em Comprimento,
Lançamento do Dardo e 800 metros.
No escalão de Juvenis o número de treinos semanais deve variar entre quatro a seis
sessões de treino. Neste escalão os jovens que escolhem as Provas Combinadas como a
sua disciplina de eleição, entram na “Etapa de Orientação” para uma especialização
futura no Decatlo ou no Heptatlo. Assim, o treinador deve procurar desenvolver e
aperfeiçoar todas as qualidades técnicas e físicas cada vez com uma maior exigência.
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É também altura do treinador começar a ter em atenção os pontos fracos de cada atleta e
abordar todas as disciplinas de forma regular durante a época. Neste escalão, todas as
disciplinas tidas como nucleares para as Provas Combinadas (vara, disco e barreiras nos
masculinos e altura e dardo nos femininos), devem apresentar já resultados satisfatórios.
É importante que ao longo da época se juntem várias vezes estes três elementos
(treinador, atleta e treinador especialista), para uma sessão de treino conjunta. Contudo é
importante que o treinador responsável esteja sempre presente, para ser o interlocutor
entre o atleta e o treinador especialista, e para poder no futuro dar continuidade ao
trabalho desenvolvido nessa sessão de treino.
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Índice:
2.1. A importância da avaliação e controlo do treino
Objetivos de Aprendizagem:
O principal objetivo desta aula é identificar a bateria de testes de
controlo e avaliação do treino a realizar nos escalões de formação,
devendo os treinadores adquirir as seguintes competências:
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O atletismo é uma modalidade desportiva que pode ser caracterizada por dois aspetos:
1 - A influência decisiva das capacidades físicas na performance competitiva.
2 - A objetividade dos resultados, medidos ao centímetro e ao centésimo.
A introdução do controlo e avaliação no processo de treino deve passar por cinco fases:
1 – Definir as capacidades físicas e técnicas a controlar.
2 – Selecionar a bateria de testes que melhor avaliam essas capacidades.
3 – Definir com rigor as condições de realização dos testes.
4 – Definir os momentos de realização dos testes ao longo da época.
5 – Interpretar os resultados e introduzir alterações ao planeamento.
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4 – ORIENTAÇÃO PARA UMA DISCIPLINA: Uma das questões que se coloca aos
jovens é qual será a disciplina em que irão fazer a sua especialização. Esta escolha
normalmente é influenciada pelas capacidades físicas dos atletas, pela sua adaptação à
técnica das diferentes disciplinas, pelo seu próprio gosto pessoal, pelos resultados
obtidos e também pela influência do treinador. Um conhecimento mais profundo das
capacidades físicas e técnicas de cada atleta, através da análise dos resultados dos
testes e da sua evolução, permite ao treinador ter dados mais objetivos para essa opção.
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Para construir uma bateria de testes para os escalões de formação, há que respeitar as
características do treino com jovens, que são diferentes do treino dos seniores.
A bateria de testes selecionados, tem de estar de acordo com estas diretrizes, e ser
suficientemente abrangente (ao contrário do que acontece com os seniores), de forma a
testar todas as capacidades técnicas das disciplinas mais importantes.
- Salto em Comprimento.
- Capacidade de Aceleração.
- Salto em Altura.
- Velocidade Máxima.
- Lançamento do Peso.
- Resistência.
- Lançamento do Dardo.
- Força Rápida Explosiva (trem superior).
- Barreiras
- Força Rápida Explosiva (trem inferior).
- Força Rápida Reativa.
Força Geral:
- Trem Inferior.
- Trem Superior.
- Abdominais.
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CAPACIDADES TESTES
Força Rápida Explosiva: trem superior Lançamento dorsal da bola medicinal / peso.
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Para garantir que estes três requisitos são respeitados, temos que ter atenção os
seguintes aspetos:
- Formas de medição dos resultados em cada teste.
- Definição dos aspetos técnicos da execução de cada teste.
- Definição do número de tentativas em cada teste.
- Definição do tipo de aquecimento para cada teste.
- Definição dos locais de realização dos testes (atenção por exemplo à influência do vento
ou do frio no resultado de determinados testes).
- Definição da ordem de realização dos testes.
- Definição do tempo de recuperação entre os diferentes testes.
- Definição dos dias de realização dos testes.
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Outro aspeto importante que deve ser definido no planeamento anual, são os momentos
ao longo do ano em que se colocam os testes de avaliação. Uma hipótese é a seguinte:
1º Momento: duas a três semanas depois da época começar, para verificar o nível inicial.
Há quem tenha o hábito de fazer estes testes iniciais imediatamente após o início da
época, mas os atletas ainda não estão em condições físicas de realizarem testes cujos
resultados nos forneçam dados objetivos. Após 2 a 3 semanas de um treino de
preparação geral, já é possível fazer uma avaliação mais rigorosa.
2º Momento: no final do Período Preparatório Geral. Neste momento vamos verificar
essencialmente a evolução dos testes de resistência e de força geral.
3º Momento: no final do Período Preparatório Específico, ou seja, entre o Período de
Preparação e o Período de Competição. Este talvez seja o momento mais importante para
realização de testes, pois já vai fornecer resultados importantes ao nível da velocidade,
da força rápida e das técnicas, podendo ainda fazer-se algumas alterações durante o
Período Pré-Competitivo.
4º Momento: No final do Período Pré-Competitivo, ou mesmo durante o Período
Competitivo. O objetivo é conhecer os resultados com o atleta na sua melhor forma.
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2. Indique cinco dos oito objetivos para avaliação do treino com jovens.
4. Quais os tipos de força que devem ser avaliados nos jovens atletas?
7. Indique dois testes para avaliação da força rápida reativa com jovens.
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Índice:
3.1. Caracterização do atleta e definição de objetivos e estratégias
Objetivos de Aprendizagem:
O principal objetivo desta aula é identificar as diferentes etapas para o
planeamento do treino com jovens, devendo os treinadores adquirir as
seguintes competências:
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Para que qualquer planeamento de treino tenha sucesso, é fundamental que o treinador
conheça com o máximo de pormenor, todas as características dos seus atletas.
Essa caracterização diz respeito aos seguintes aspetos:
- Idade do atleta e disciplinas que pratica.
- Nível desportivo do atleta (recordes pessoais e principais títulos).
- A sua evolução ao longo dos anos.
- Os resultados nos testes de controlo e avaliação do treino – Perfil Físico do atleta.
- Caracterização do perfil técnico e psicológico do atleta.
- A disponibilidade para o treino.
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Para além da definição de horários e locais de treino, é também importante definir quais
as principais apostas em termos de desenvolvimento das capacidades, para que o atleta
consiga atingir os objetivos definidos, e isto tanto a nível do desenvolvimento das
diferentes capacidades físicas, como a nível do desenvolvimento das capacidades
técnicas e psicológicas.
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- Periodização Simples: Corresponde a uma época com um único macrociclo, que tem a
duração de um ano. Este tipo de periodização é utilizado quando o treinador opta por
privilegiar apenas um Período Competitivo – Época de Verão.
- Dupla Periodização: Corresponde a uma época com dois macrociclos, com a duração de
cinco a seis meses. Este modelo de periodização do treino é utilizado quando o
treinador privilegia dois Períodos Competitivos – Época de Verão e Época de Inverno.
Meses Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago.
Pré-
Etapas Geral Especifica Competitiva Transitória
competitiva
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Período Preparatório
Este período caracteriza-se por dois aspetos fundamentais:
1 - A predominância do volume de treino relativamente à intensidade.
2 - A predominância dos exercícios de preparação geral relativamente aos exercícios
especiais e específicos.
O Período Preparatório tem uma duração longa, baseada no volume de trabalho e na
utilização de exercícios gerais, havendo por isso a necessidade de ser dividido em duas
etapas, a Etapa de Preparação Geral e a Etapa de Preparação Específica, onde se
introduzem progressivamente exercícios mais específicos e de maior intensidade.
No treino com jovens deve-se dar uma maior predominância ao Período Preparatório
Geral, com o objetivo de proporcionar um maior número de sessões de treino dedicadas à
construção de bases sólidas de condição física e consolidação dos aspetos técnicos.
Período Competitivo
O Período Competitivo corresponde ao período de tempo durante a época desportiva em
que há competições. O principal objetivo deste período é preparar os atletas para as
competições através de um treino de muita qualidade e pouco volume.
O Período Competitivo divide-se em diferentes etapas, relacionadas com a importância
das competições, englobando a primeira etapa as competições secundárias – Etapa Pré
Competitiva – e a segunda as competições mais importantes – Etapa Competitiva.
Período de Transição
O principal objetivo do Período Transitório é proporcionar aos atletas algum descanso
entre dois macrociclos, de forma a permitir-lhes recuperar, em termos físicos, psicológicos
e emocionais, toda a fadiga acumulada ao longo da época. Durante este período os
atletas devem continuar a praticar desporto, experimentando outras modalidades.
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Depois de feita a periodização do treino, é necessário saber o que vamos treinar em cada
um dos diferentes períodos ao longo da época, e isso varia conforme o tipo de prova que
o atleta faz, os seus objetivos e as suas próprias características individuais.
Este é um dos passos mais importantes do planeamento do treino, pois trata-se de
selecionar para cada atleta, quais as capacidades que ele necessita de desenvolver ao
longo da época. Para melhor se perceber o que tem de ser feito nesta fase do
planeamento, deixamos um exemplo para o caso de um atleta Juvenil que faz provas de
velocidade, salto em comprimento e barreiras.
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P.F.G. /
Reforço +++ ++ + +
Força
Resistência ++ +
Força Rápida
+ ++ +++ ++
Res. Aeróbia
++ +
Velocidade
Res. + ++ +
Velocidade
Máxima + ++ +++
Cap. de
Aceleração + ++ +++ ++
Téc.
Comprimento ++ +++ ++ +
Téc. de Corrida
++ ++ ++ ++
Téc. de
Barreiras ++ +++ ++ +
Barreiras
+ ++ +++
Comprimento
+ ++ +++
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Carga Carga
Forte Forte
Carga Carga
Média Média
Carga
Leve
Repouso Repouso
2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S. D.
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P.F.G. /
Reforço +++ 2x
Força
Resistência ++ 1x
Força Rápida + 2x
Velocidade
Res. + 1x
Velocidade
Máxima 1x
Cap. de
Aceleração + 1x
Téc.
Comprimento ++ 1x
Domingo Descanso
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2 – As duas tarefas que normalmente provocam um maior desgaste nos atletas (força de
resistência e velocidade de resistência), foram colocadas nos dias que antecedem um dia
de descanso (3ª feira e sábado).
2 - PARTE FUNDAMENTAL
Após o aquecimento, a primeira tarefa do treino é sempre ao nível da melhoria da técnica
ou do desenvolvimento da força rápida. São exercícios que necessitam de ser realizados
com uma grande qualidade e que exigem concentração máxima da parte dos atletas.
A segunda tarefa do treino é sempre a tarefa principal em termos de intensidade.
No caso de treinos que têm três tarefas, deixamos para o fim a tarefa mais fatigante.
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CAPÍTULO III
O Desenvolvimento da Condição
Física nos Escalões de Formação
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Índice:
1.1. A importância do treino da força com jovens
Objetivos de Aprendizagem:
O principal objetivo desta aula é identificar os meios e métodos para o
treino da força com jovens, devendo os treinadores adquirir as seguintes
competências:
55
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
56
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Para que um atleta tenha uma boa amplitude da passada de corrida é fundamental que
realize apoios muito dinâmicos e reativos no solo durante a corrida e que consiga uma
boa extensão da perna quando faz a impulsão a cada passada. Esses aspetos dependem
em grande parte da força nos grupos musculares dos membros inferiores.
57
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
58
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
4 - Prevenção de lesões.
7 - Criar uma base sólida ao nível da força geral para permitir um trabalho mais eficaz no
presente ao nível da força rápida e no futuro ao nível da força máxima.
59
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
2 - Os exercícios devem ser realizados com cargas leves ou com o peso do próprio corpo.
5 - As sessões de treino devem ter um bom ritmo, ser divertidas, variadas e motivadoras.
O método de treino que melhor se adapta a todos estes princípios, principalmente quando
se trabalha com grupos alargados de atletas, é o Circuito de Treino, que significa que os
atletas devem percorrer sucessivamente diversas “estações” onde executam determinados
exercícios.
60
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Uma das características essenciais de uma “boa técnica de corrida” está relacionada com
a atitude ou a postura do atleta durante a corrida, que deverá ser alta, estável e sólida, pois
a rigidez do bloco bacia/tronco é determinante para a eficácia do apoio.
61
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Além destes dois grupos de exercícios é também importante a inclusão de exercícios para
o desenvolvimento da Força Específica para a corrida de velocidade através da utilização
de exercícios de corrida dificultada (corrida na praia, corrida nas rampas, corrida com
arrastos e corrida de amplitude).
Os Multilançamentos
62
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Os Multisaltos
Predomina a força
Longa (mais de 0,20s) explosiva
Duração do
apoio
Predomina a força
Curta (menos de 0,20s) reativa
1 apoio
(Alternados/Sucessivos/Mistos)
Nº de apoios
simultâneos
2 apoios
Horizontal
Direção
dominante do
impulso
Vertical
Contração típica da
Contração Pliométrica generalidade dos
muscular saltos
dominante MS a subir (rampa, caixas,
Concêntrica Menor impacto
escadas)
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
64
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Índice:
2.1 As provas de Meio Fundo nos Escalões jovens
Objetivos de Aprendizagem:
O principal objetivo desta aula é identificar os meios e métodos para o
treino da resistência com jovens, devendo os treinadores adquirir as
seguintes competências:
65
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Distâncias Oficiais das Provas de Meio Fundo e Fundo: Pista, Cross e Estrada
66
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
A Resistência deve ser treinada durante as etapas de formação, mas o seu treino não pode
comprometer toda a evolução do jovem atleta.
Para isso, devemos treinar durante as etapas de formação a resistência aeróbia, que depois
irá servir de suporte para o treino da resistência anaeróbia láctica.
67
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
- O treino da resistência deve ser sempre encarado como mais um meio de treino para o
desenvolvimento harmonioso de todas as capacidades físicas, psicológicas e técnicas
dos jovens, e nunca como um meio utilizado pelo treinador para conseguir obter sucesso
e reconhecimento pessoal através da prestação dos seus atletas.
- O treino da técnica de corrida deve ser sempre um aspeto muito importante do treino.
- Nos escalões mais jovens deve treinar-se a resistência aeróbia, e só mais tarde, a partir
dos escalões de juvenis ou mesmo de juniores é que se deve começar a trabalhar a
resistência anaeróbia láctica.
- O volume do treino da resistência nunca deve ser muito elevado, tendo sempre em conta
que deve haver espaço para uma margem de progressão ao longo da carreira.
- O treinador deve procurar variar o mais possível o tipo de treinos que utiliza para
desenvolver a resistência, evitando a monotonia e o treino repetitivo.
68
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Corrida Contínua
A corrida contínua é o meio de treino mais utilizado para o treino da resistência aeróbia.
Mas quando se fala de corrida contínua há que ter em conta as três variáveis possíveis
para este tipo de treino, pois a relação entre elas vai permitir variar o treino e adaptá-lo a
cada atleta, aos seus objetivos, à sua idade, ao seu nível competitivo, ao seu estado de
forma, e ao período da época em que está a treinar. As três variáveis são as seguintes:
c) Local de treino – Também o local de treino pode variar bastante e influenciar o ritmo e
os objetivos do treino. Os locais mais utilizados para os treinos da corrida contínua são
a estrada, a pista, os terrenos relvados (por exemplo campos de golfe), a praia, a mata
e o corta-mato.
Treino com Jovens – A corrida contínua é um dos meios de treino da resistência que se pode
utilizar – desde que sem exageros – em todos os escalões de formação.
69
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
FORMAS JOGADAS
70
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Fartlek
O “Fartlek” é um meio de treino de origem sueca que consiste em corrida contínua com
alterações de ritmo, que podem estar relacionadas com mudanças da velocidade da corrida
impostas pelo atleta, ou com mudanças naturais do próprio local de treino (piso duro / piso
mole – areia, subidas / descidas, etc.).
Tal como na corrida contínua, também no fartlek há que ter em conta três fatores
fundamentais, a duração, a intensidade e o local de treino, com os quais o treinador pode
jogar de acordo com os objetivos do treino e os atletas a quem se dirige.
O fartlek é um trabalho que se pode fazer sem problemas com os atletas jovens e é um
meio de treino excelente para se fazer uma ligação entre o treino da corrida contínua e o
treino mais específico na pista, como por exemplo o treino intervalado. Este tipo de trabalho
pode começar a ser utilizado com importância nos escalões de iniciados e de juvenis.
71
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Treino Intervalado
De todos os trabalhos de resistência específicos que se fazem na pista (treino intervalado,
treino fracionado, treino de ritmo, etc.), este é o único que aconselhamos a utilizar com
atletas jovens, esporadicamente e como forma de iniciação nos iniciados e já com alguma
regularidade no escalão de juvenis.
INTENSIDADE DO ESFORÇO – A intensidade pode ser fraca, média ou elevada, mas tem
de estar sempre de acordo com o nível do atleta e a sua idade, a altura da época e os
objetivos, e com todas as outras componentes do treino (distância, número de repetições,
e recuperação). Normalmente os treinos intervalados são de intensidade média, mas
podem ser também de intensidade fraca nos escalões mais jovens.
TIPO DE RECUPERAÇÃO - A recuperação pode ser passiva (os atletas ficam parados
durante o intervalo) ou pode ser ativa, em que os atletas fazem um ligeiro trote durante o
intervalo, sendo esta última a forma de recuperação mais eficaz.
72
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
o treino poderá ser organizado em séries permitindo assim uma maior intensidade na
sessão de treino.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Nem todos os métodos de treino se adaptam aos diferentes escalões de formação, pois
cobrem uma faixa etária bastante alargada (dos 10 aos 17 anos), em que os jovens sofrem
grandes transformações físicas, fisiológicas e mesmo psicológicas.
É por isso que o treinador deve ter conhecimento das várias fases do desenvolvimento dos
jovens, para adaptar a cada escalão e a cada atleta os meios de treino mais adequados.
Apresentamos uma proposta para o treino da resistência nestes escalões, que poderá
ajudar na escolha dos meios de treino que melhor se adaptam a cada idade.
74
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Corrida
Contínua +++ +++ ++ +
Fartlek
(não orientado) +++ +
Fartlek
(orientado) +++ ++ +
Intervalado
Extensivo + ++ ++ +
Intervalado
Intensivo + ++
Flexibilidade + + + +
Velocidade + ++ +++
Técnica + ++ +++ ++
P.F.G./ Reforço +++ +
Força
++ +
Resistência
Força Rápida + ++ +
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CAPÍTULO IV
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
1. A Técnica de Corrida
Índice:
1.1. A técnica de passada na corrida de velocidade
Objetivos de Aprendizagem:
O principal objetivo desta aula é identificar os principais exercícios da
técnica de corrida e os seus objetivos específicos, devendo os
treinadores adquirir as seguintes competências:
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Apoio Voo
1 – Na fase de apoio à frente, a perna flete para absorver o choque provocado pelo
impacto com o solo, provocando uma desaceleração. Nesta fase o atleta deve ter como
objetivo minimizar essa desaceleração, através de um apoio rápido e ativo pelo terço
anterior do pé, num movimento em “grifée”. O atleta flete a perna o menos possível.
5 –. Na fase do balanço à frente, a perna livre realiza uma acção dinâmica, de cima para
baixo e da frente para trás.
80
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
6 – Uma postura incorreta do tronco, contraído e inclinado para a frente ou para trás.
81
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Skiping
Características Técnicas mais importantes: apoio ativo pelo
Baixo terço anterior do pé com movimento circular; extensão
completa da perna de impulsão; bacia alta; tronco direito;
trabalho descontraído e coordenado dos braços; subida
ligeira dos joelhos; grande frequência.
Erros mais frequentes: contração excessiva; perna de impulsão fletida; apoio incorreto do
pé no solo; movimentos descoordenados dos braços; pouca frequência gestual.
83
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Erros mais frequentes: apoio pouco dinâmico do pé no solo; apoio incorreto do pé (pela
ponta do pé ou pelo calcanhar); flexão da perna de impulsão; tronco demasiado atrasado
com um movimento demasiado amplo (chutos para a frente) das pernas; movimento
descoordenado dos braços.
Combinações de Exercícios
A partir destes quatro exercícios é possível fazer diversas combinações, jogando com
fatores de complexidade e dificuldade, ou com fatores de velocidade de execução. Outro
tipo de combinações pode ser feito alternando os diferentes exercícios.
Objetivos: Estas combinações podem ter vários objetivos, como quebrar a monotonia do
treino, proporcionando aos atletas exercícios mais variados; melhorar a coordenação
motora com a introdução de exercícios mais complexos; alternar movimentos de grande
frequência com movimentos mais lentos, como estímulos neuromusculares.
Exemplos de Combinações:
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Os exercícios de técnica de corrida podem ser incluídos na sessão de treino com três
objetivos diferentes.
2 - Aquecimento
Pelas suas características, os exercícios de técnica de corrida, são excelentes para serem
utilizados durante o aquecimento na maioria das disciplinas, principalmente nas que
envolvem a corrida.
3 - Treino Físico
4 - Organização do Treino
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
86
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Índice:
1.1. As provas de Velocidade e Estafetas com Jovens
Objetivos de Aprendizagem:
O principal objetivo desta aula é identificar os principais exercícios para o
treino das estafetas e da velocidade nos escalões jovens, devendo os
treinadores adquirir as seguintes competências:
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
As distâncias das provas de velocidade e de estafetas são iguais para os dois sexos,
variando apenas de acordo com os escalões etários, adaptando-se o melhor possível às
características físicas de cada idade. Em Portugal as distâncias das provas de velocidade
e de estafetas são as seguintes:
Juvenis 100 Metros 200 Metros 300 Metros 4x 100 metros 4x 300 metros
Juniores 100 Metros 200 Metros 400 Metros 4x 100 metros 4x 400 metros
Seniores 100 Metros 200 Metros 400 Metros 4x 100 metros 4x 400 metros
Estafetas: Nas provas de estafetas cada equipa é composta por quatro elementos, que
transmitem entre si um testemunho.
88
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
O treino da velocidade e das estafetas é fundamental nas etapas de formação dos jovens
atletas, pois contribui decisivamente para o desenvolvimento das qualidades físicas,
técnicas e psicológicas dos jovens.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
1 – Primeiro o atleta tem de colocar e ajustar os blocos de partida. Pode colocar o bloco
da frente (mais plano) a 2 pés da linha de partida e o bloco de trás (mais inclinado) a 3
pés da linha de partida, devendo depois ajustar os blocos às suas características.
3 – Na posição de “Prontos” o atleta deve elevar a bacia (acima dos ombros) colocando-se
na posição de partida, sendo para isso fundamental estar a fazer força nos dois blocos e
realizar uma forte impulsão sendo necessário ter as pernas fletidas e pressionar os
blocos. Esta posição deve ser estável, mas ao mesmo tempo favorecer o desequilíbrio
necessário na fase de aceleração.
90
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Numa etapa de formação o treinador deve começar por ensinar a transmissão visual, pois
é a mais fácil para os jovens. Depois deve passar para o ensino da transmissão não
visual, para a qual há duas técnicas possíveis, a transmissão do testemunho por baixo
(ascendente) e a transmissão do testemunho por cima (descendente).
3 – A fase da transmissão começa quando os atletas estão à distância ideal, o que deve
acontecer dentro da zona de transmissão (20m). Ao sinal do transmissor, o recetor deve
estender o braço para trás de acordo com a técnica utilizada, devendo receber o
testemunho sem que haja perda de velocidade de nenhum dos atletas.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
1 - Formas Jogadas
Um grupo de atletas corre ao acaso dentro de uma área delimitada, havendo um
testemunho para cada dois atletas. Os atletas devem correr dentro desse espaço e
transmitirem o testemunho (transmissão visual) entre eles sem preocupações técnicas.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
4 – Corridas de perseguição
Se o atleta que entrega tem dificuldade em apanhá-lo, significa que a marca de referência
está longe, e deverá ser colocada mais próxima, caso contrário, deverá ser afastada.
5 – Técnica de Transmissão
Este exercício é idêntico ao anterior, mas introduz-se a transmissão do testemunho.
6 – Sequência completa
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Cada atleta tem características diferentes no que respeita a estes dois fatores. O treinador
deve tentar melhorar a amplitude e/ou a frequência de passada, rentabilizando a corrida
dos seus atletas conforme as suas características.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
2 – Corridas “In-Out”
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
3 – Métodos tradicionais
Realizar corridas de velocidade, sozinho ou em grupo, após partida a três apoios ou
partida de blocos, em que a distância percorrida permite treinar para além do tempo de
reacção, a capacidade de aceleração e a velocidade máxima.
Organização do treino:
- Distâncias: 40 a 60 metros.
- Número de repetições: 3 a 6.
- Recuperação: 5 a 8 minutos.
96
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
CAPÍTULO V
98
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Índice:
1 – Iniciação à Marcha Atlética
Objetivos de Aprendizagem:
O principal objetivo desta aula é dar a conhecer os principais aspetos
relacionados com a iniciação à Marcha Atlética, devendo os treinadores
adquirir as seguintes competências:
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
A prática da Marcha Atlética está documentado pela primeira vez em Inglaterra no final do
século XVIII. Esta popularidade aumentou durante o século XIX, chamando a atenção
para o resto da Europa, de modo que em Itália, França, Alemanha e Suécia foram
organizadas muitas marchas populares.
Mais tarde, esta técnica cruzou o Oceano Atlântico para se tornar conhecida nos Estados
Unidos e em especial no México.
As mulheres tiveram de esperar mais alguns anos até poderem participar em provas
oficiais de marcha, entrando no programa olímpico dos Jogos de Barcelona em 1992. A
partir de Sydney2000, a distância oficial dos JO passou a ser os 20Km. A melhor
portuguesa em JO foi Ana Cabecinha com o 6º lugar alcançado no Rio2016, depois de ter
sido 8ª classificada em Londres2012 e em Pequim2008 com 1:27.46. A marchadora com
maior número de participações em JO é Susana Feitor com 5. Inês Henriques
estabeleceu o recorde mundial de 50Km a 15 de janeiro de 2016 em 4:08:26. Susana
Feitor foi também a detentora do máximo mundial de 20.000m em pista ao ar livre.
100
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Foto: site do COP
101
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
PIT LANE
• Deve estar localizada na reta final, nas pistas 5-7, a 80m da linha de partida e na frente
do Quadro de Faltas. Nas provas que se realizem simultaneamente, far-se-á a adaptação
necessária.
• Deve ter uma entrada e uma saída em extremidades opostas (ambas do mesmo
tamanho) e ter 10 m de comprimento (máximo). A largura pode variar, mas deve ser de
modo a permitir a permanência de 5 atletas ao mesmo tempo.
102
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
• A configuração para eventos de estrada deve ser semelhante embora compatível com
restrições de espaço existentes.
Quando um atleta recebe 3 notas de desclassificação, deve ser notificado pelo Juiz-Chefe
ou seu assistente, com a mostragem de uma raqueta com a penalização de tempo
correspondente em ambos os lados, sendo que o atleta deve parar na Zona de
Penalização, na primeira oportunidade. Dependendo da distância de prova, aplicam-se os
seguintes tempos de penalização:
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Uma técnica ineficaz advém de uma fraca coordenação neuromuscular e/ou de falta de
força nos músculos utilizados nos movimentos de marcha. Uma falta de flexibilidade
poderá ainda condicionar a eficácia da técnica de marcha.
O treinador dos escalões de formação deve promover o ensino da marcha atlética tal
como o ensino das outras disciplinas do atletismo, recomendadas para a formação do
jovem desportista. O treinador deverá entender a marcha atlética como fazendo parte de
um conjunto alargado de técnicas desportivas e introduzi-la nos seus planeamentos.
Muito Pouco
Formas jogadas Importante Pouco importante
importante importante
Até 15’ por Até 25’ por Até 35’ por Até 45’ por
Marcha contínua
sessão sessão sessão sessão
Muito
Fartleck não orientado Não fazer Iniciação Importante
importante
Fartleck orientado Não fazer Iniciação Importante Muito importante
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
CAPÍTULO VI
106
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
1. Iniciação às Barreiras
Índice:
1.1. Altura e Distâncias das Barreiras
Objetivos de Aprendizagem:
O principal objetivo desta aula é dar a conhecer os principais aspetos
relacionados com a iniciação ao treino de Barreiras, devendo os treinadores
adquirir as seguintes competências:
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
108
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Embora as distâncias oficiais das provas de barreiras se adaptem aos melhores atletas a
nível nacional, não se adaptam à maioria dos jovens que compete a nível distrital nos
escalões de formação, tendo as seguintes consequências na aprendizagem das barreiras:
- A distâncias entre as barreiras é demasiado longa: o que força os jovens a alongar
demasiado as passadas de corrida, perdendo velocidade e ritmo entre as barreiras.
- A altura das barreiras é demasiado alta: o que obriga os jovens a “saltar” a barreira, tendo
como consequência uma série de erros técnicos durante a fase da transposição.
- Nos Benjamins, estas distâncias e alturas são utilizadas durante toda a época.
- Nos Infantis, estas distâncias e alturas são utilizadas até Abril, e depois utilizam-se as
distâncias oficiais.
- Nos Iniciados estas distâncias e alturas são utilizadas só até Fevereiro, passando depois
a serem utilizadas as distâncias oficiais.
109
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
V E L O C I D A D E
R I T M O
F O R Ç A R Á P I D A
COORDENAÇÃO MOTORA
Contudo, para que o treino das barreiras seja efetivamente um meio excelente à
disposição dos treinadores para o desenvolvimento das capacidades dos seus atletas, há
que ter em consideração alguns aspetos fundamentais no treino desta disciplina.
110
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
3 – A altura e a distância entre as barreiras utilizadas no treino, deve ser encontrada, não
a partir das distâncias e das alturas das competições, mas sim, adaptando-as às
capacidades individuais de cada atleta. Só assim, é possível criar situações utilizando os
diferentes ritmos entre barreiras, mantendo sempre uma velocidade elevada, tanto na
corrida entre barreiras, como na transposição das mesmas.
Isto significa que se deve fazer a iniciação à corrida de barreiras através de exercícios
que solicitem tanto a velocidade como a coordenação, através de corrida com barreiras
baixas e ritmos variados, passando depois para a aprendizagem da técnica de
transposição de barreiras com exercícios variados para a melhoria dos movimentos da
perna de ataque e da perna de impulsão.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Esta fase é fundamental, pois o atleta tem penas oito passadas para maximizar a sua
aceleração, que irá condicionar toda a corrida. O principal objetivo nesta fase, é chegar à
primeira barreira no máximo de velocidade e nas melhores condições possíveis, de forma
a que possa continuar a fase de aceleração até à 3ª, 4ª, ou mesmo 5ª barreira.
A partida de blocos é idêntica á das provas de velocidade, mas o pé que está atrás nos
blocos tem de ser o pé da perna de ataque à barreira.
Numa fase de iniciação, pode haver atletas que ainda não conseguem fazer de uma
forma natural os oito passos de corrida até à 1ª barreira, tendo para isso de alargar
demasiado a passada, o que provoca a perda de velocidade. Nestes casos, não há
qualquer problema em utilizar uma corrida de nove passadas até à 1ª barreira.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
– A Chamada para a barreira deve ser rápida e ativa, pelo terço anterior do pé num
movimento de “grifée”. No final da chamada a perna de impulsão deve estar quase em
extensão completa.
– Após a chamada deve-se balançar a Perna de Ataque (perna da frente) – ângulo de 90º
entre a perna e a coxa – para a frente e para cima e só depois deve fazer a extensão da
perna num movimento circular, envolvendo a barreira e preparando a receção.
– A Perna de impulsão (perna de trás), deve fazer uma recuperação rápida, passando por
uma posição lateral ao corpo e continuando num movimento contínuo até o joelho estar
numa posição alta, na direção da corrida e com a ponta do pé subida.
– A Receção deve ser rápida e ativa, pelo terço anterior do pé e a perna de receção deve
estar sólida suportando o impacto e permitindo uma continuação sem quebras do ritmo de
corrida.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
A partida de blocos deve ser realizada com a posição igual à das provas de velocidade,
mas os atletas devem levantar o tronco mais cedo do que na velocidade, possibilitando o
ataque à primeira barreira numa posição “alta”. Outro aspeto fundamental é a escolha do
pé de trás nos blocos, que deverá ser a mesma perna que faz o ataque à barreira.
O principal fator que provoca o fim da aceleração na 1ª barreira é o “medo” que muitos
atletas têm da barreira. Para evitar este problema, e incutir nos atletas o hábito de
acelerarem para além da 1ª barreira, devem-se realizar treinos com entrada facilitada:
- 10 passadas de corrida até à 1ª barreira (maior velocidade de aproximação).
- Colocar uma marca no chão a substituir a 1ª barreira entrando muito rápido à 2ª barreira.
- Colocar as 4 primeiras barreiras com alturas mais baixas e progressivas.
- Colocar as 3 ou 4 primeiras barreiras com alturas mais baixas.
Nas corridas entre as barreiras devem os atletas devem ter as seguintes preocupações:
- Manter o equilíbrio tanto no momento da receção, como na primeira passada.
- Realizar três passadas de corrida rápida e em grande frequência.
- Não travar na última passada para acelerar no ataque à próxima barreira.
115
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
1 – Formas Jogadas
Colocar num espaço pré-definido um determinado número de obstáculos (variados)
espalhados ao acaso e um grupo de atletas tem um tempo fixo para tentar transpor o
maior número de obstáculos possível.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Este exercício tem como objetivo proporcionar aos atletas ritmos diferentes entre as
barreiras, assim como a utilização de ambas as pernas na transposição das barreiras.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
7 – Sequência completa
O Treinador sabe que o seu atleta está preparado quando ele não alterar a sua técnica
devido à altura das barreiras, nem alterar o seu ritmo e velocidade devido à distância
entre as barreiras.
Normalmente este treino (mesmo quando se trata de atletas seniores de bom nível) deve-
se fazer com a distância entre as barreiras facilitada, para enfatizar o ritmo rápido entre as
barreiras.
119
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
CAPÍTULO VII
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Índice:
1.1. Os Princípios dos Saltos
Objetivos de Aprendizagem:
O principal objetivo desta aula é dar a conhecer os principais aspetos
relacionados com a iniciação ao treino de Salto em Comprimento,
devendo os treinadores adquirir as seguintes competências:
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Salto em Comprimento
Triplo salto
Salto em altura
Além destes, podem disputar-se outras variantes de saltos, como sejam: o salto com vara
em distância ou o quádruplo salto. Estes podem ser utilizados nos escalões etários mais
baixos e servem de introdução aos saltos do calendário olímpico.
Há, no entanto, que ressalvar desde já um aspeto: apesar de ter como objetivo
ultrapassar a maior altura possível, o salto com Vara é um salto com características de
movimento mais próximas dos saltos horizontais – é o efeito da utilização da vara que o
transforma num salto vertical.
123
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
ESTRUTURA DO MOVIMENTO
· Na fase da Corrida de Balanço o atleta acelera até atingir a sua velocidade ótima.
Com exceção do salto em altura, em que a velocidade de corrida não é tão
decisiva, em todos os outros saltos o atleta deve procurar que a sua velocidade
ótima seja tão próxima quanto possível da sua velocidade máxima.
b. São muito ativos nessa ação, para não desperdiçar a velocidade adquirida
durante a corrida;
c. Ajudam ao salto com uma ação ampla e rápida dos segmentos livres;
· Na fase de Trajetória Aérea o atleta realiza movimentos que lhe permitam manter o
equilíbrio e aproveitar a trajetória do salto ao máximo.
124
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
O ensino dos saltos deve ser realizado cumprindo determinados princípios, que se tornam
facilitadores da aprendizagem por parte dos atletas.
125
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Após a indicação dos juízes cada atleta tem um minuto para iniciar o seu salto. Quando
deixa a caixa de saltos, o atleta deve sair pelo lado ou pelo fundo da caixa, mas sempre
mais à frente do que a marca deixada na areia. Cada atleta tem três tentativas, após as
quais, os oito atletas com melhores resultados têm direito a mais três tentativas. Após a
terceira tentativa os atletas devem saltar pela ordem inversa à classificação.
Nas provas combinadas os atletas têm apenas três tentativas na prova do salto em
comprimento. Em algumas competições coletivas o número total de tentativas pode ser
quatro para todos os atletas.
Vence o atleta que obtiver melhor resultado em qualquer uma das seis tentativas. Em
caso de empate, desempata o segundo melhor resultado e assim sucessivamente.
126
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Na técnica de salto em extensão é visível um movimento de avanço das ancas com uma
extensão do corpo em arco, após a chamada. É necessário algum tempo de voo para se
poder utilizar sem que prejudique a eficácia da chamada.
A técnica salto na passada é a mais simples, e deve ser utilizada na formação de jovens,
embora também haja atletas seniores a conseguirem bons resultados com esta técnica. A
sua característica principal é haver pouco movimento das pernas durante o voo.
127
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
CORRIDA DE BALANÇO
Durante a corrida de balanço (que pode variar entre 10 passos para os atletas mais
jovens até 22 passos para os atletas de “top”) o principal objetivo é aumentar
progressivamente a velocidade até à tábua de chamada. É preciso que a corrida seja feita
com um bom equilíbrio dinâmico, para que se consiga fazer uma boa chamada - o que
implica uma boa técnica de corrida. Finalmente, é também fundamental que a corrida seja
feita com precisão, para não se perder distância na chamada e também que o atleta seja
capaz de a repetir forma consistente.
Estes objetivos implicam o desenvolvimento de uma boa técnica de corrida, com apoios
ativos, uma ampla circulação dos pés (percurso redondo) e com uma postura erguida. No
final da corrida, preparando a chamada, a frequência dos movimentos aumenta e,
naturalmente, a circulação dos pés é um pouco mais recortada, antecipando a chamada.
128
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
CHAMADA
Durante a chamada, o atleta deve estender todo o corpo de forma muito ativa,
minimizando a perda de velocidade e mantendo o equilíbrio dinâmico, para que se possa
continuar o salto em boas condições. Para fazer uma boa ligação entre a corrida e a
chamada, o pé deve procurar o chão de forma ativa (como que agarrando o chão),
apoiando toda a planta do pé enquanto, simultaneamente, os braços e a perna livre
aceleram o movimento, ajudando no impulso e na manutenção do equilíbrio.
RECEÇÃO OU QUEDA
Os calcanhares devem ser a primeira zona do corpo a tocar na areia o mais próximo
possível da linha de trajetória do salto. O atleta procurar então avançar as ancas para o
mesmo local onde os calcanhares entraram na areia, rentabilizando assim aquela
trajetória.
129
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Na sequência do ensino da fixação da perna livre, deve ser ensinada e enfatizada a ação
dos braços na ajuda ao salto, atuando rapidamente e, também, com fixação no final da
chamada.
Para garantir condições de segurança e de eficácia, a receção deve ser uma das
primeiras tarefas ensinadas: começando pelo amortecimento, fletindo os joelhos; pelo
primeiro ponto de contacto na areia, que deve ser pelos calcanhares; pela recuperação da
perna de chamada, que deve primeiro encolher debaixo do corpo e depois estender à
frente, para depois amortecer até as ancas tocarem a areia próximo do local onde
contactaram os calcanhares.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
A força reativa é a capacidade física mais importante nos saltos, porque além da sua
importância durante a corrida de balanço é fundamental no momento da chamada. O
treino de um saltador deve englobar muitos exercícios para o desenvolvimento da força
reativa através de saltos e multisaltos variados. Ao melhorar a força reativa, os jovens
melhoram a sua capacidade de salto, conseguindo realizar chamadas mais dinâmicas e
ativas.
131
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
2 – Não ter uma corrida de balanço marcada. É importante que o saltador tenha a sua
corrida de competição definida, sabendo quantas passadas utiliza nessa corrida.
5 – Abordar a tábua com o tronco inclinado para a frente. Este erro deriva da falta de
equilíbrio na corrida, com uma má postura e circulação atrasada e vai provocar uma
chamada muito pobre e uma trajetória rasante.
6 – Fazer a chamada de forma passiva ou a travar, o que vai prejudicar um dos principais
fatores condicionantes do salto: a velocidade de saída. Este erro provoca também um
movimento “chutado” da perna livre, que reduz a eficácia do salto.
9 – Antecipar a ação dos pés para trás na receção ou, pelo contrário, manter os pés (e os
braços) sempre à frente do corpo. Em ambos os casos há um desaproveitamento da
trajetória do salto e uma redução do resultado.
10 – Confundir problemas técnicos com pouca condição física. Atletas jovens em pleno
crescimento, não apresentam os mesmos índices físicos de um atleta maduro.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Afundo
Neste exercício, o objetivo é o de diferenciar
as ações da perna de chamada e da perna
livre. Consiste em saltar para um colchão
(para os avançados do colchão de vara, por
exemplo) mantendo a posição de chamada e
rececionando em posição de afundo.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Como a posição de queda é relativamente instável, não devem utilizar mais de 4 passos
de corrida. Devem estender
completamente a perna de chamada e
Neste exercício, o objetivo principal é
fixar a posição da perna livre no final da
aprender a queda a dois pés na areia e a
chamada. Manter o equilíbrio durante o
ação da perna de chamada durante o voo.
salto.
Consiste em saltar com uma corrida curta (de 4 a 6 passos), fazendo a chamada numa
zona pré estabelecida (pode ser um tapete) e caindo na caixa de areia, depois de
ultrapassar um elástico colocado a uma pequena altura e com algum afastamento
relativamente à zona de chamada.
duas pernas antes da queda saltar, após uma corrida de 4 a 6 passos, para cima de
na areia e amortecer o uma caixa, caindo com a perna contrária à que salta e
impacto, fletindo as pernas com o corpo estendido. O apoio sobre a caixa é um apoio
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Para enfatizar a ação dos braços, pode ser realizado o mesmo exercício com pequenos
testemunhos nas mãos. Pede-se aos atletas para fixarem a posição dos braços no final
da chamada, mais fácil para os próprios verificarem se tiverem os testemunhos nas mãos.
No último salto, que tem um tempo de voo um pouco aumentado, o atleta deve fixar a
posição final da chamada e controlar o equilíbrio durante o voo. Recupera a perna de
chamada apenas na fase descendente da trajetória, estendendo e rodando os braços de
cima da cabeça para a frente, para baixo e para trás.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Índice:
2.1. Regras básicas do Salto em Altura
Objetivos de Aprendizagem:
O principal objetivo desta aula é dar a conhecer os principais aspetos
relacionados com a iniciação ao treino de Salto em Altura, devendo os
treinadores adquirir as seguintes competências:
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
O salto é nulo quando o atleta derruba a fasquia, ou quando ultrapassa o seu plano
vertical sem passar a fasquia, ou ainda se exceder o tempo limite para o salto - o tempo
limite normal é de um minuto ou, quando ficam apenas dois ou três atletas em prova, é de
um minuto e meio, ou, quando fica só um atleta, é de três minutos. Também é salto nulo
se o atleta saltar com os dois pés em simultâneo.
139
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
As três técnicas mais comuns no salto em altura, distinguem-se tanto pela trajetória da
corrida de balanço, como pelas ações realizadas na chamada e na fase de voo. A técnica
do rolamento ventral teve muito sucesso no passado, mas hoje em dia praticamente já
não é utilizada. A técnica de salto em tesoura é muito utilizada, especialmente na fase de
formação do jovem atleta, pois contém algumas características técnicas importantes para
o salto em altura.
140
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Corrida de Balanço
A corrida de balanço é feita com uma primeira parte em reta e uma segunda parte em
curva (em forma de “J”). Deve estar configurada de tal modo que conduza a um local de
chamada bem definido, junto ao início da fasquia. A velocidade deve aumentar
progressivamente durante a corrida até o atleta atingir uma Velocidade Ótima antes da
chamada. O número de passos deve estar de acordo com a idade e capacidade do atleta
(5 a 12 passos de corrida).
Chamada
A chamada deve iniciar-se com o corpo alinhado e inclinado para o interior da curva. O
atleta deve fazer um apoio plantar ativo, rodando o apoio do calcanhar para a ponta. Esse
apoio deve ser feito na linha da trajetória da corrida. Durante a chamada, o atleta estende
vigorosamente o seu corpo, terminando em extensão total desde o pé de chamada até à
cabeça e numa linha vertical. Os braços e a perna livre ajudam a impulsionar o corpo. A
coxa da perna livre deve subir até à horizontal.
141
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Na primeira parte da fase de voo (enquanto o atleta está a subir), deve manter-se
momentaneamente a posição do final da chamada, enquanto o braço do lado da perna
livre inicia o movimento de envolvimento da fasquia. O corpo vai rodar em função das
ações efetuadas durante a chamada.
Ao atingir o ponto mais alto o atleta eleva as ancas, fazendo um arco dorsal. Quando as
ancas passam a fasquia, o atleta estende ambas as pernas, como que dando um pontapé
para o alto.
Receção / Queda
Fruto das rotações, a queda é feita sobre a zona superior das costas e o seu principal
objetivo é evitar lesões. Para isso, os joelhos mantêm-se afastados, para não chocarem
com a face do atleta.
Com o objetivo de reunir as condições para aprender a saltar em altura usando a técnica
“Fosbury Flop”, é necessário desenvolver um conjunto de pressupostos técnicos e
condicionais ao longo da iniciação dos jovens no atletismo. As principais etapas de treino
desta disciplina são as seguintes:
Se saltar para cima com uma corrida prévia é uma tarefa relativamente complexa, ainda
mais o é para uma criança. Assim, para desenvolver a ligação “corrida-chamada” neste
contexto, temos de criar situações diversificadas em que são feitos saltos tocando em
objetos altos. Associado a este objetivo está a aprendizagem de uma postura alinhada e
vertical durante a chamada, bem como a distinção das ações da perna de chamada e dos
segmentos livres.
142
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Um aspeto técnico importante é o local de chamada, que deve ser logo no início da
fasquia (ou do colchão) próximo do primeiro poste. Este aspeto tem influência na
segurança e na eficácia de utilização da corrida de balanço. Uma das estratégias
utilizadas é a utilização do “salto de tesoura”, que é simples e serve para este efeito.
Outra tarefa a resolver precocemente e que deve fazer parte das aprendizagens básicas
e gerais das crianças é vencer o receio da queda de costas e o domínio do espaço
posterior do corpo. Para isso, é fundamental proporcionar um alargado leque de
exercícios de carácter gímnico e, simultaneamente, lúdico, para aumentar o repertório
motor dos jovens e preparar a aprendizagem do Flop.
Uma das principais diferenças do salto em altura para os outros saltos está relacionada
com a corrida de balanço. No salto em altura a corrida é feita, primeiro, em linha reta e, na
parte final, em curva. Esta característica da corrida é fundamental para que o atleta possa
ganhar as rotações necessárias à transposição dorsal da fasquia. Faz
com que a velocidade utilizada seja, necessariamente, menor do que
nos outros saltos e obriga a saber correr inclinado. Um dos objetivos
do treino de um saltador em altura é, pois, fazer uma adaptação da
técnica da corrida normal à corrida em curva, através dos mais
variados exercícios específicos.
143
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
2 – Não ter uma corrida de balanço marcada. É importante que o saltador tenha a sua
corrida de competição definida, sabendo quantas passadas utiliza nessa corrida.
7 – Saltar para trás, é um erro de interpretação do salto, que apesar de ter uma
transposição de costas, deve ser dirigido para cima e para a frente. É também comum
saltar para o lado, em direção à fasquia, o que reduz a componente vertical do salto.
144
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
A chamada deve ser feita com toda a planta do pé e com o avanço e elevação rápida da
coxa da perna livre. Deve ser enfatizada a dissociação das distintas ações segmentares
(perna de chamada, perna livre, braços). Também deve ser visível uma clara alteração da
trajetória do corpo após a chamada.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
O objetivo deste exercício é, contextualizar a ação de salto para cima e para a frente,
transpondo uma altura acessível e efetuando a chamada no local correto e com o pé
certo. A partir de uma corrida oblíqua de 4 a 6 passos em linha reta (em diagonal à
fasquia). Saltar no início do colchão (ou junto ao 1º poste), elevando a perna mais
próxima do colchão e depois a perna de chamada. Desde início, deve-se limitar a zona de
chamada assinalando uma zona interdita. Efetuar a receção em pé.
Este tipo de exercícios têm como objetivo ensinar a dominar o espaço corporal posterior e
o arco dorsal. Vão ser importantes para a transposição da fasquia em arco dorsal.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
4 – Corridas em Curva
Deve privilegiar-se os jogos de estafetas em que os atletas têm que cumprir um percurso
em “serpentina”. No final do percurso pode-se acrescentar um alvo elevado onde terão de
tocar saltando.
5 – Marcação da Corrida
O objetivo deste exercício é introduzir a corrida em “J” e aprender a correr com um ritmo
adequado e consistente, identificando um local de início da corrida e um local de
chamada.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Trata-se de efetuar uma corrida de 6 passos por dentro do “cone de corrida” desenhado
no chão (ver figura). Iniciar a corrida num local pré-determinado e terminar com uma
chamada no local adequado e com o pé certo, mas ainda sem transposição.
Este último exercício tem como objetivo fazer a ligação de todos os aspetos técnicos
treinados anteriormente. Pode-se utilizar a corrida marcada no exercício precedente.
Começa-se por pedir que, após a corrida em curva e durante a chamada, o jovem rode o
joelho da perna livre ligeiramente para o interior da curva e se deixe cair de costas no
colchão. Aos poucos, recapitulando e repetindo os exercícios anteriores, o jovem vai
aperfeiçoando os movimentos de esquiva da fasquia e aprendendo a lidar com as
rotações.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
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CAPÍTULO VIII
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Índice:
1.1. Os Princípios dos Lançamentos
Objetivos de Aprendizagem:
O principal objetivo desta aula é dar a conhecer os principais aspetos
relacionados com a iniciação ao treino do Lançamento do Peso, devendo os
treinadores adquirir as seguintes competências:
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Nesta fase o atleta não deve perder contacto dos pés com o solo antes de o engenho sair
das mãos pois só assim consegue aplicar energia no sistema. É também fundamental em
todos os lançamentos que o ritmo seja lento ao início e rápido no final.
152
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Numa fase inicial é aconselhável realizar exercícios sem engenhos (imitativos) e usar
engenhos leves ou standard, utilizando-se engenhos pesados numa fase mais avançada.
É importante chamar à atenção dos atletas que o ritmo deve ser lento a iniciar o
lançamento e mais rápido a terminar, deve também pedir-se ao atleta que comece
descontraído (relaxado) e acabe forte e agressivo.
Deve exigir-se ao atleta uma Posição de Força corretamente definida e que realize a
extensão completa da perna esquerda na fase do lançamento (bloco).
153
C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
- O equipamento deve estar sempre guardado, para evitar que os atletas utilizem os
engenhos sem a presença do treinador. Antes de se iniciar o treino, o treinador deve
verificar se todos os engenhos estão em boas condições, principalmente os martelos.
- O transporte dos engenhos para o local dos lançamentos deve ser coordenado pelo
treinador, para evitar “brincadeiras” com os engenhos que podem ser perigosas.
- Antes de realizar qualquer lançamento, o treinador e o atleta que vai lançar deve ter a
certeza que não existe ninguém no local de queda do engenho, e nunca deverá facilitar.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
· Local da Competição
A prova do lançamento do peso disputa-se num local específico da pista de atletismo, que
deverá ter um círculo de lançamentos com 2,135 metros de diâmetro (este círculo contém
uma antepara na parte da frente), e um sector de queda com uma
abertura de 34,92 graus em que o vértice do ângulo coincide com o
centro do círculo.
· Peso do Engenho
O peso tem de ser lançado do pescoço apenas com uma mão. Na fase de preparação em
que o atleta toma posição no círculo para iniciar o lançamento, o peso tem de estar
colocado junto ao pescoço, entre a orelha e o queixo e a mão não poderá deslocar-se
para baixo dessa posição durante o ensaio.
Durante o lançamento o atleta não pode tocar com qualquer parte do seu corpo fora do
círculo de lançamento ou no cimo da antepara, pois o ensaio é considerado nulo.
Também será nulo se o peso cair fora do sector de queda ou tocar na linha que o
delimita.
Para o ensaio ser validado o atleta tem de abandonar o círculo em equilíbrio após o peso
cair e por trás de uma linha que atravessa o círculo a meio.
A medição do lançamento é feita desde a marca deixada pelo engenho mais próxima do
círculo, até à margem interna da antepara, ao longo de uma linha reta que passe pelo
centro do círculo.
Num concurso de Lançamento do Peso, cada atleta tem três tentativas após as quais, os
oito atletas com melhores marcas têm direito a mais três ensaios pela ordem inversa da
classificação. Após o final do quinto ensaio a ordem de lançamentos é de novo alterada
(ordem inversa à classificação) mas todos os atletas continuam em concurso. Vence a
prova o atleta que obtiver o melhor resultado em qualquer uma das seis tentativas. Em
caso de empate, desempata o segundo melhor resultado e assim sucessivamente.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
· PREPARAÇÃO:
O atleta deve segurar o engenho com os três dedos centrais, servindo o polegar e o
mindinho apenas para o equilibrar. O peso é colocado junto ao pescoço entre a orelha e o
queixo e o atleta deve colocar-se de costas para o sector, numa posição relaxada. O olhar
deve estar dirigido para o local oposto ao sector de queda. O lançador inicia de seguida o
movimento, inclinando o tronco para a frente (ficando quase na posição horizontal) e
equilibrando-se numa só perna (a direita para lançadores destros).
· DESLIZAMENTO:
O lançador flete a perna de apoio e lança a perna livre para trás de forma explosiva,
ficando a perna de apoio em extensão sobre o calcanhar que se mantém em contacto
com o solo durante a maior parte do deslizamento. O tronco continua inclinado para a
frente com os ombros paralelos à antepara, sempre voltados para o ponto de partida.
ARREMESSO:
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· RECUPERAÇÃO:
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Lançamentos acima
Lançamentos ao solo
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Nestes exercícios, além da melhoria da força explosiva, procura fazer-se a ligação entre o
movimento das pernas, o movimento do tronco e dos braços, ao mesmo tempo que se
enfatiza a importância da extensão completa do corpo na parte final do lançamento.
3 – Lançamentos Frontais
De frente com pés paralelos
Estes exercícios vão procurar introduzir a fase do arremesso, dando realce a aspetos
técnicos fundamentais no lançamento do peso, como a importância do trabalho das
pernas para provocar aceleração, o movimento de “chicote” do braço do lançamento, a
ação da perna direita, o bloqueio do lado esquerdo do corpo e a manutenção do contacto
dos pés no solo até final do lançamento.
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Estes exercícios têm como principal objetivo introduzir a posição de força, melhorando
aspetos técnicos como a ação da perna direita, a rotação das pernas, da bacia e do
tronco e o bloqueio de todo o lado esquerdo do corpo (perna, anca e braço).
Lançamentos Completos
6 – Formas Jogadas
Chegar à Linha
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Num campo delimitado, dividido ao meio por uma linha, duas equipas ou jogadores
colocam-se afastados da linha cerca de 5 metros cada (a distância deve ser ajustada
consoante o peso do engenho e o nível dos atletas). O primeiro a lançar a bola medicinal
(ou peso) tem de tentar passar a linha pela maior margem possível, lançando-a de
seguida o jogador ou equipa adversária exatamente a partir do local onde o engenho
tocou o solo (deve colocar lá o pé esquerdo). O primeiro jogador ou equipa a não
conseguir num lançamento ultrapassar a linha perde o jogo.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Índice:
2.1. Regras básicas do Lançamento do Dardo
Objetivos de Aprendizagem:
O principal objetivo desta aula é dar a conhecer os principais aspetos
relacionados com a iniciação ao treino do Lançamento do Dardo,
devendo os treinadores adquirir as seguintes competências:
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Local da Competição
· O Engenho
O dardo é constituído por três partes, a cabeça, o corpo e uma pega de corda. O
lançamento do dardo é introduzido no escalão de Infantis, e em sua substituição, os
benjamins fazem o arremesso da bola. Os pesos dos dardos são os seguintes:
O atleta tem de empunhar o dardo pelo encordoamento e tem de o lançar por cima do
ombro. Os estilos não ortodoxos são interditos, não podendo o dardo ser lançado como
uma funda, arremessado ou usar técnicas em rotação.
Num concurso de lançamento do dardo cada atleta tem três tentativas, após as quais os
oito atletas com melhores marcas têm direito a mais três ensaios pela ordem inversa da
classificação. Vence a prova o atleta que obtiver o melhor resultado em qualquer uma das
seis tentativas. Em caso de empate, desempata o segundo melhor resultado e assim
sucessivamente.
A medição de cada lançamento é feita desde o local onde a ponta metálica do dardo
tocou no solo pela primeira vez, até à margem interna do arco, ao longo de uma linha que
vai desde o local do contacto até ao centro do círculo do qual o arco faz parte.
O lançamento é considerado nulo se o atleta após iniciar o seu lançamento tocar nas
linhas que limitam a pista de balanço, ou fora desta, se o dardo cair fora do sector de
queda, se o dardo não tocar primeiro no solo pela ponta da cabeça de metal, se o atleta
abandonar o corredor antes de o engenho cair no solo, se o atleta rodar as costas antes
de lançar o dardo ou se o atleta abandonar o corredor de balanço para a frente das linhas
brancas existentes lateralmente no final do corredor.
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· PREPARAÇÃO:
A pega deve ser confortável e descontraída, colocando o dardo na mão na diagonal, com
a palma da mão virada para cima e pegando no dardo com o polegar e o indicador ou
com o polegar e o dedo médio, pois são as pegas mais usuais.
· CORRIDA DE BALANÇO:
Corrida frontal: Na primeira fase da corrida de balanço o atleta coloca-se de frente para o
sector de queda e inicia uma corrida com ritmo lento, com o dardo sensivelmente paralelo
ao solo ou ligeiramente inclinado à frente. Quando no final da corrida frontal o dardo é
colocado atrás inicia-se a corrida lateral.
Corrida lateral: No inicio da corrida lateral o pé esquerdo avança e inicia-se o “ritmo dos 5
apoios”. O braço que transporta o dardo é estendido para trás ficando à altura do ombro
ou ligeiramente acima, com a ponta do dardo ao lado do olho direito. O braço e o ombro
esquerdos devem estar à frente do corpo virados no sentido do lançamento para
equilibrar o atleta e possibilitar, posteriormente, uma maior torção abdominal.
A velocidade da corrida deve ser aumentada até ao passo de impulso (3º apoio), sendo esta
a base de um ritmo de lançamento correto. Num “ritmo de 5 apoios” o terceiro passo da
corrida lateral (de impulso) é mais intenso e agressivo que os outros, devendo ser
rasante, com perda mínima de velocidade e procurando que os pés avancem em relação
ao dardo. No fim da fase o atleta passa pela posição de força dando início ao lançamento.
LANÇAMENTO:
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
A partir dessa posição (arco tenso) que provoca uma “pré-tensão”, o braço lança de forma
explosiva logo após a entrada da bacia, devendo haver a preocupação passar a mão
claramente acima da cabeça.
RECUPERAÇÃO:
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
4 – Introduzir a corrida lateral (ou cruzada): A técnica da corrida lateral pode ser
introduzida numa primeira fase a passo, numa fase seguinte a um ritmo lento e quando a
técnica estiver dominada a uma velocidade mais elevada. Numa fase inicial a corrida
lateral sugerida é de três passos. A introdução desta corrida lateral e o progressivo
aumento da sua velocidade de execução vão colocar aos atletas uma série de questões
técnicas fundamentais. Estas questões estão essencialmente relacionadas com a ligação
entre o trabalho das pernas, o trabalho do tronco e dos braços, sempre com o objetivo de
transmitir ao engenho toda a velocidade gerada pelo corpo do atleta.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
1 – Lançamento da Bola
Estes exercícios permitem ao atleta fazer um aquecimento específico para uma sessão de
treino de lançamento do dardo e permitem ainda melhorar a mobilidade articular ao nível
da articulação dos ombros.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Começar parado, a partir da posição de força, estender o braço que pega no dardo bem
atrás. Levantar ligeiramente o pé esquerdo e fazer uma ação dinâmica da anca direita
para a frente. O atleta neste exercício deve aprender a posição de força e o movimento
final do braço no lançamento. É importante conseguir uma boa aceleração com as pernas
e transmitir velocidade para o engenho. O braço deve esperar até ao último momento
antes de iniciar a sua ação.
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
7 - Formas Jogadas
Jogo do Lixo
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
Duas equipas dispostas cada uma num campo, tentam durante um período de tempo
antecipadamente acordado enviar as bolas (de ténis por exemplo) existentes no recinto
para o campo adversário. No final do jogo realiza-se a contagem das existentes em cada
uma das metades do campo. A equipa que tiver menos bolas no seu campo ganha
Acertar no arco
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C U R S O D E T R E I N A D O R E S D E A T L E T I S M O
10. Quantos passos tem a corrida lateral e com quantos passos deve ser
feita a sua aprendizagem inicial?
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