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Pavimentação

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

BRUNA LETÍCIA MARIANO DE OLIVEIRA


GABRIELA DA CRUZ
THALIA MARGREITER OLIVEIRA

MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA PAVIMENTAÇÃO: RESÍDUOS


DA CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO

CURITIBA
2018
2

BRUNA LETÍCIA MARIANO DE OLIVEIRA


GABRIELA DA CRUZ
THALIA MARGREITER OLIVEIRA

MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA PAVIMENTAÇÃO: RESÍDUOS


DA CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO

Trabalho apresentado ao Curso de Engenharia


Civil, da Universidade Tuiuti do Paraná, como
requisito avaliativo do 1º bimestre da disciplina de
Pavimentação.

Professor: Daniela Pedroso.

CURITIBA

2018
3

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Classificação dos resíduos. ............................................................................................... 6


Figura 2- Fonte geradora e componentes dos RCC em %. .......................................................... 6
Figura 3- Composição dos RDC no Brasil. ...................................................................................... 7
Figura 4-Estimativa de geração de RCD em alguns países.......................................................... 8
Figura 5- Esquema de pavimento da rua Gervásio da Costa/SP. ................................................ 9
Figura 6- Avenida Mário Werneck/BH............................................................................................. 10
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4
2 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO (RCD) ...................................................... 5
2.1 DEFINIÇÃO ........................................................................................................................... 5
2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS ................................................................................. 5
2.4 QUANTITATIVO DE RESÍDUO GERADO ....................................................................... 7
2.4.1 Quantitativo gerado no Brasil e demais países ....................................................... 7
2.5 PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS DO RCD ...................................................... 8
3 UTILIZAÇÃO DO RCD NA PAVIMENTAÇÃO ....................................................................... 9
3.1 EXECUÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO ........................................................................................ 9
3.2 OBRAS JÁ EXECUTADAS ................................................................................................. 9
4 CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 11
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 12
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1 INTRODUÇÃO

A construção civil é o principal ramo gerador de resíduos sólidos urbanos. A produção


excessiva de resíduos da construção civil e seu descarte inadequado gera um grande
impacto ambiental, sendo necessário a aplicação de medidas rápidas e eficazes na
destinação e no reaproveitamento dos resíduos gerados.

A elaboração de procedimentos em obra para a gestão dos resíduos é fundamental


para assegurar o descarte adequado do mesmo. Estas ações, quando executadas
corretamente, promovem a minimização dos impactos ambientais que a disposição
inadequada dos resíduos gera e contribuem para evitar a necessidade de soluções
emergenciais.

O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma forma de reaproveitamento


dos resíduos de construção e demolição, reutilizando-os em camadas de
pavimentação de ruas.
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2 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO (RCD)

2.1 DEFINIÇÃO

Os resíduos da construção e demolição (RCD), são definidos como os restos


de materiais oriundos de reformas, construções e demolições de construção civil em
geral.

Segundo a Resolução nº 307 do CONAMA (BRASIL, 2002, p. 1) os resíduos


são definidos como:

Os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras


de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de
terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos,
rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros,
argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações,
fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou
metralha;

2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

Cada material gerado na construção possui uma classificação baseada nos seus
componentes químicos e seus devidos impactos no meio ambiente, essas
classificações devem ser feitas conforme a Resolução nº 307 do CONAMA (BRASIL,
2002, p. 1) apresentada a seguir:

I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados,


tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras
obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações:
componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.),
argamassa e concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em
concreto (blocos, tubos, meio-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como
plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras, embalagens vazias de
tintas imobiliárias e gesso;
III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas
tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua
reciclagem ou recuperação;
IV - Classe D - são resíduos perigosos oriundos do processo de construção,
tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou
prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas
radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais
objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à
saúde.
6

Figura 1- Classificação dos resíduos.

FONTE: Secretaria do Meio Ambiente de São José dos Pinhais.

Com base nessa classificação as pessoas/entidades geradoras de resíduos


devem fazer a destinação dos mesmos de forma correta.

2.3 GERADORES DE RESÍDUOS

A construção civil é caracterizada como uma das áreas que mais gera
resíduos sólidos, o que acarreta muitos problemas ambientais devido à má destinação
dos mesmos.

Com base na Lei 12.305/2010 Art. 3° Inciso IX – Geradores de Resíduos


Sólidos, os geradores são: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado,
que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo;

Figura 2- Fonte geradora e componentes dos RCC em %.

FONTE: Fonte: Levy (1997 apud Santos, 2009).


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Uma das justificativas do grande volume de resíduo está associado às perdas


causadas na execução de projetos, qualidade de materiais, má conservação de
materiais no canteiro de obras e a ausência de planejamento.

A geração dos resíduos também está diretamente relacionada ao nível de


desenvolvimento de uma cidade ou estado, ou seja, a medida que determinada cidade
se desenvolve econômica e demograficamente maior é o número de novas
construções devido a demanda de novas habitações, o que gera resíduos tanto de
demolição quando em construção em terrenos vazios, desta forma, o ciclo de geração
de resíduos cresce continuamente.

2.4 QUANTITATIVO DE RESÍDUO GERADO

2.4.1 Quantitativo gerado no Brasil e demais países

O volume de resíduos de construção e demolição está crescendo cada vez


mais, não somente no Brasil, mas também em outros países, e são necessárias
medidas para o aproveitamento desses materiais com o intuito de reduzir os impactos
ambientais gerados pelos mesmos.
A ilustração abaixo mostra a composição média dos resíduos de obras no
Brasil e suas devidas porcentagens:
Figura 3- Composição dos RDC no Brasil.

Fonte: Silva Filho (2005 apud Santos, 2009).

Para ter de uma estimativa de quantidade é necessário fazer a comparação


do Brasil com os demais países do mundo. A figura a seguir mostra esta comparação:
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Figura 4-Estimativa de geração de RCD em alguns países.

Fonte: Diagnóstico dos Resíduos Sólidos da Construção Civil- Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (IPEA).

Através da figura acima podemos notar que os 31 milhões de t/ano gerado


pelo Brasil ainda é inferior que em alguns países devido ao alto desenvolvimento dos
mesmos.

2.5 PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS DO RCD

O RCD possui características próprias, por ser produzido onde há diferentes


técnicas e metodologias de produção e cujo o controle de qualidade e produtividade
é recente. Características como composição e quantidade dependem diretamente do
desenvolvimento da produção local da qualidade da mão-de-obra, das técnicas
construtivas empregadas e da inclusão de programas de qualidade. Desta forma a
característica deste resíduo está relacionada especificamente com a região geradora
do resíduo analisado.
Dependendo do processo gerador do resíduo, o mesmo apresenta forma
solida com características físicas variadas, podendo ter dimensões e geometrias já
conhecidas ou irregulares. É importante ressaltar que o RCD apresenta uma grande
diversidade de matérias-primas, técnicas e tecnologias empregadas que afetam as
características do resíduo. Essa diversidade pode apresentar diferenças
características de região para região.
Os resíduos de construção são mais limpos que os resíduos de demolição,
pois não passaram por qualquer tipo de substancias que podem contaminar o solo.
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3 UTILIZAÇÃO DO RCD NA PAVIMENTAÇÃO

3.1 EXECUÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO

A aplicação do RCD em pavimentos, limita-se a obras de pequeno porte, pois


o volume exigido para pavimentos em rodovias é muito elevado. Sua utilização pode
ser variável para a pavimentação, como material granular para camada de reforço,
sub-base e base de pavimentos em geral de baixo custo e para confecção de
concretos compactados a rolo. O maior atrativo para utilização do RCD em camadas
de pavimento é o fator econômico, sua utilização em camadas de pavimentos urbanos
é considerada uma das alternativas mais viáveis para o fim deste resíduo, levando em
consideração a utilização de quantidade significativa do material, tanto na fração
miúda quanto na graúda e a necessidade de processos de reciclagem menos
sofisticados.
Trata-se geralmente de grãos mais frágeis, que, durante o processo de
compactação por rolos, tendem a apresentar quebra e degradação
granulométrica. Por outro lado, tal processo pode apresentar misturas com
maior quantidade de finos, o que poderá até mesmo afetar favoravelmente o
travamento do material, garantindo-lhe resistência. (BALBO, 2007, p. 207).

3.2 OBRAS JÁ EXECUTADAS

De acordo com Pinto (1999, p.10), as informações sobre as completas


características a respeito dos resíduos sólidos gerados no país são pouco precisas,
obtidas pela análise de alguns documentos produzidos a mais de dez anos. Ainda, a
falta de informações é maior se for analisada a proporção de RCD que é gerado.
Na cidade de São Paulo, em 1984 foi pavimentada a primeira via do estado
possuindo em sua composição agregados de RCD. A rua Gervásio da Costa foi
projetada para atender um volume baixo de trafego.
Figura 5- Esquema de pavimento da rua Gervásio da Costa/SP.

Fonte: Motta (2005).


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Em Belo Horizonte a utilização de agregados de RCD na pavimentação ocorre


desde 1996 em algumas avenidas, como a Raja Gabaglia e a Mário Werneck.

Figura 6- Avenida Mário Werneck/BH.

Fonte: Google Street View.


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4 CONCLUSÃO

A técnica de utilização dos resíduos da construção e demolição em pavimentos é uma


alternativa viável não só ecologicamente, mas também economicamente, visto que
alguns agregados podem ser substituídos por esses resíduos, tornando mais barato
o processo de pavimentação, além de ter propriedades significativamente boas de
aderência e resistência.
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REFERÊNCIAS

BRASIL, 2002. CONAMA – Resolução nº 307, DOU nº 136, de 17/07/2002, p. 95-96.


Disponível em: <http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=307>.
Acesso em 15 de agosto de 2018.

EMPRESAS Transportadoras de Resíduos da Construção Civil. Secretaria do Meio


Ambiente, 2018. Disponível em: http://www.sjp.pr.gov.br/secretarias/secretaria-meio-
ambiente/empresas-transportadoras-de-residuos-de-construcao-civil/>. Acesso em
15 de agosto de 2018.

Brasil, 2010. LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010. Política Nacional de


Resíduos Sólidos. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
2010/2010/Lei/L12305.htm>. Acesso em 16 de agosto de 2018.

FERNANDEZ, Jaqueline A. B. Diagnóstico dos Resíduos Sólidos da Construção


Civil: Relatório de Pesquisa. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Brasília,
2012. 42 p.

PINTO, T. P. Metodologia para a gestão diferenciada de resíduos sólidos da


construção urbana. 1999. 203 f. Tese (Doutorado em Engenharia) – Departamento
de Engenharia de Construção Civil, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo,
São Paulo.

SILVA, M. B. L. Novos materiais à base de resíduos de construção e demolição


(rcd) e resíduos de produção de cal (rpc) para uso na construção civil. 2014. 86
f. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Ciência dos Materiais) - Setor de
Tecnologia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba. Disponível em:
<http://www.pipe.ufpr.br/portal/defesas/dissertacao/259.pdf>. Acesso em 19 de
agosto de 2018.

BAGATINI, F. Resíduos de Construção Civil: Aproveitamento como base e sub-


base na pavimentação de vias urbanas. 2011. 72 p. Trabalho de Conclusão do Curso
de Engenharia Civil – Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, Porto Alegre.

BALDO, J. T. Pavimentação asfáltica: materiais, projeto e restauração. São Paulo:


Oficina de textos, 2007.

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