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MECANICA Desconplicada 1

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Mecânica

Descomplicada

MÓDULO 1
Sumário
Apresentação 3

Unidade 1 | Composição Básica e Funcionamento Veicular 5

1. Estrutura Básica dos Veículos 7

2. Chassi 7

3. Carroceria 10

Glossário 12

Atividades 13

Referências 14

Unidade 2 | Conhecendo o Sistema Motor 15

1. Constituição Básica do Motor 17

4. Árvore de Manivelas 22

Glossário 23

Atividades 24

Referências 25

Unidade 3 | Sistemas de Lubrificação e Arrefecimento 26

1. Sistemas de Lubrificação 28

2. Sistema de Arrefecimento 32

Glossário 35

Atividades 36

Referências 37

2
Apresentação

Prezados Alunos,

Desejamos boas-vindas ao curso de Mecânica Descomplicada. Vamos trabalhar juntos


para desenvolver novos conhecimentos e aprofundar as competências que vocês já
possuem!

O curso de Mecânica Descomplicada tem uma carga horária de 42 horas-aula, divididas


em oito unidades, estruturadas conforme tabela a seguir:

Unidades Carga Horária


Unidade 1 – Composição básica e
6 horas-aula
funcionamento veicular
Unidade 2 – Conhecendo o sistema motor 6 horas-aula
Unidade 3 – Sistemas de lubrificação e
6 horas-aula
arrefecimento
Unidade 4 – Sistemas de alimentação e
6 horas-aula
escapamento
Unidade 5 – Direção, transmissão e
5 horas-aula
embreagem
Unidade 6 – Sistema de suspensão, rodas
6 horas-aula
e pneus
Unidade 7 – Sistema de freios 4 horas-aula
Unidade 8 – Luzes indicadoras e
3 horas-aula
instrumentos do painel

Nesse sentido, este curso foi desenvolvido para que os alunos aumentem seu
conhecimento em mecânica e ajudem a promover a melhoria do setor. Para isso, foram
utilizadas algumas referências bibliográficas, apresentadas ao final deste material,
que serviram como base para seu desenvolvimento e elaboração. No início de cada
unidade vocês serão informados sobre o conteúdo a ser abordado e os objetivos a
serem alcançados.

3
O curso de Mecânica Descomplicada está dividido em unidades para facilitar o
aprendizado. Esperamos que este Curso seja muito proveitoso para vocês! Nosso
intuito maior é apresentar dicas, conceitos e soluções práticas para ajudá-los a resolver
os problemas encontrados no seu dia a dia de trabalho.

Bons estudos!

4
UNIDADE 1 | COMPOSIÇÃO
BÁSICA E FUNCIONAMENTO
VEICULAR

5
Unidade 1 | Composição Básica e Funcionamento
Veicular

Fonte: www.shutterstock.com

ff
Você sabe qual a diferença de chassi e carroceria? Onde
podemos encontrar a numeração do veículo? Qual a principal
função da suspensão?

Muitas pessoas não entendem de carro, portanto, para aprofundar seus conhecimentos
acerca da manutenção e mecânica, é preciso, antes de tudo, conhecer os veículos. Para
iniciar o Curso, vamos apresentar a você a composição básica e o funcionamento veicular!

6
1. Estrutura Básica dos Veículos

Apesar de serem encontradas algumas variações no conjunto final, de maneira geral,


os veículos possuem os mesmos elementos básicos: chassi, carroceria e motor. Você
conhece as outras partes básicas?

O chassi é considerado o suporte do veículo. Sobre ele, vem a carroceria, que é uma
espécie de casca ou cobertura que abriga os passageiros e as cargas. Os veículos
automotores possuem, ainda, um motor e um sistema de transmissão, responsáveis
por gerar energia e colocar o veículo em movimento. Além desses elementos, todo
veículo deve possuir um sistema de direção, que permite ao condutor deslocar o
veículo na direção desejada.

Por fim, para que seja mais confortável, o veículo deve possuir um sistema de
suspensão, que protege os passageiros e as cargas de oscilações e trepidações em
terrenos irregulares.

A seguir, vamos detalhar alguns componentes dos veículos.

2. Chassi

O chassi, ou chassis em inglês, é uma estrutura de suporte. Além de suportar a


carroceria e o motor, outros componentes são acoplados ao chassi: motor, sistema de
freios, caixa de marcha, transmissão, rodas, entre outros.

Quando o veículo está andando, os esforços que o chassi sofre são intensos e, por isso,
ele deve ter um formato resistente. Em geral, ele é constituído por duas travessas
paralelas feitas de aço chamadas longarinas. Entre as longarinas, no meio do chassi,
existe um “X” ou diversas travessas menores perpendiculares que melhoram a
resistência do chassi à torção, impedindo que a carroçaria também se torça. Todas as
travessas são rebitadas entre si, de maneira que formam uma única estrutura sólida.

7
Fonte: www.shutterstock.com

As longarinas e travessas são fabricadas com chapas de aço bastante grossas. Nos
modelos mais simples e mais comuns, as vigas de aço são retas. Em alguns modelos, as
vigas são pré-moldadas em formato de “U”, o que permite uma resistência ainda maior.

bb
Assista a esse pequeno vídeo mostrando um chassi de
automóvel:

http://tinyurl.com/hv46nqw

O esquema de chassi separado da carroceria equipa principalmente os veículos


comerciais, como caminhões e picapes, pois reduz a possibilidade de trincas na
estrutura, uma vez que esses veículos são mais exigidos na sua utilização, geralmente
na capacidade de carga.

aa
Não se confunda! Chassi também é o nome que se dá ao Número
de Identificação do Veículo – NIV (ou Vehicle Identification
Number, em inglês), composto por 17 caracteres alfanuméricos
que identificam os veículos automotores em geral.

8
Vários modelos de veículo não possuem um chassi propriamente dito. A carroçaria se
une ao assoalho formando um único conjunto. Esses tipos de veículos são chamados
“monoblocos”. Nesses casos, os esforços são suportados, simultaneamente, pelo
chassi e pela cobertura.

O chassi monobloco é também chamado carroceria monobloco. O assoalho, as laterais


e o teto da carroçaria são construídos como se fossem um único conjunto. Uma das
vantagens é a redução do peso, pois esse tipo de carroçaria é bem mais leve, sendo
mais comum nos carros modernos.

Em suas extremidades, o chassi apoia-se sobre os dois eixos: o dianteiro e o traseiro.


Na parte dianteira, em geral, localizam-se o motor e a caixa de mudanças. Já na parte
traseira, localizam-se o diferencial e o tanque de combustível. Essa configuração
permite uma estrutura equilibrada, com uma boa distribuição de pesos: metade do
peso fica sobre o eixo dianteiro e a outra metade sobre o eixo traseiro.

Fonte: www.shutterstock.com

Conhecer as medidas exatas do chassi é imprescindível. Caso o chassi seja danificado em


um acidente, por exemplo, ficando empenado ou torto, ele precisa ser imediatamente
restaurado. No entanto, esse serviço só pode ser feito quando se conhece precisamente
suas medidas. Consulte sempre as informações fornecidas pelo fabricante e verifique
outros chassis do mesmo modelo de veículo em boas condições.

9
As oficinas mecânicas devem sempre possuir manuais

ee
completos dos veículos mais comuns, facilitando o acesso às
informações necessárias à manutenção e aos consertos dos
veículos. O manual apresenta todas as medidas originais dos
chassis dos veículos.

Quando o chassi entorta, é necessário corrigi-lo para que ele retome suas medidas
originais. O chassi desalinhado pode prejudicar o alinhamento dos eixos e das
rodas, ocasionando um desgaste maior de vários componentes. No entanto, nem
sempre acidentes e batidas são responsáveis pelos danos no chassi. Algumas vezes,
empenamentos podem surgir por outras causas, como, por exemplo, uma situação
de grande esforço e flexão ou concentração acentuada de cargas. Essas situações
são causadas, principalmente, pelo excesso de peso ou quando as cargas estão mal
distribuídas pelo veículo.

Devido à possibilidade de ocorrência de avarias na estrutura do chassi, antes de


iniciar o alinhamento, deve-se observar se ele não apresenta trincas ou partes soltas.
Verifique todas as conexões rebitadas ou soldadas entre as longarinas e travessas para
certificar-se de que estejam perfeitas.

3. Carroceria

Corresponde à estrutura montada sobre o chassi e que geralmente define a sua


forma. Também chamada de carroçaria, ela oferece aos motoristas e passageiros uma
proteção contra sol, chuva, vento, poeira e outras condições adversas.

A carroceria pode ser constituída por uma única peça ou por diversas peças soldadas
ou parafusadas entre si. Geralmente feita de aço, ela pode ser construída diretamente
sobre o chassi ou separadamente, sendo posteriormente presa a ele.

10
Nos veículos mais modernos, a carroceria já vem protegida de

cc
fábrica contra ferrugem e outros agentes nocivos ao metal.
Com essa proteção, a carroceria fica livre de maiores danos
com poluição, poeira ou barro.

Riscos, pequenas batidas ou amassados na lataria podem acontecer com qualquer


veículo. O mais importante é não deixar o conserto da carroceria para mais tarde.

aa
Evite transtornos! Retardar o conserto pode acarretar prejuízos
ainda maiores. Pequenos retoques e outros reparos resolvem
rapidamente esses problemas.

Resumindo

O veículo possui diversas partes e sistemas que você deve conhecer. A


primeira coisa que aprendemos a reconhecer nos veículos é sua forma e
aparência externa.

Como todo equipamento, os veículos exigem alguns cuidados básicos para


ter uma vida mais longa. Portanto, para cuidar bem de seu veículo você
precisa conhecer cada uma de suas partes e seu funcionamento.

Esses cuidados, além de representarem economia e segurança, garantem a


valorização do veículo na hora da revenda.

11
Glossário

Longarina: viga do chassi de automóveis.

Imprescindível: que não se pode dispensar ou renunciar.

Avaria: falha, mau funcionamento.

12
Atividades

1) De maneira geral, os veículos são muito semelhantes. Podemos

dd
dizer que seus componentes básicos são:

( ) carcaça, carroceria e motor.

( ) chassi, carroceria e motor.

( ) chassi, portas e motor.

( ) casca, cobertura e motor.

2) O _______________________ possui assoalho, laterais e teto


construídos de maneira tal que trabalhem como se fossem um
único conjunto.

( ) chassi lateral.

( ) chassi fixo.

( ) chassi monotrava.

( ) chassi monobloco.

3) A carroceria corresponde à estrutura montada por cima


do chassi, que geralmente define a sua forma. A carroceria
normalmente realiza a função de cobrir os passageiros e as cargas.

( ) Certo ( ) Errado

4) Coloque V (verdadeiro) ou F (falso):

( ) Chassi é outro nome dado à carroceria.

( ) Todo chassi tem formato em U.

( ) A carroceria protege motorista e passageiros.

( ) Antes do alinhamento, verifique se o chassi está fissurado.

13
Referências

AUTOMATIK. Guia para as luzes espia no painel. Portal da internet, 2013. Disponível
em: <http://automatik.com.br/2013/04/luzes-espia/>. Acesso em: 5 maio 2016.

BELLAGUARDA, G. M. Reparadoras de veículos e oficina mecânica. Porto Alegre:


SEBRAE/RS, 2006.

COSTA, P. G. A bíblia do carro. 2001 – 2002. Disponível em: <https://www.rastrum.


com.br/dir_smb/manuais/automotivos/Mecanica%20Automotiva.PDF>. Acesso em: 3
nov. 2016.

HSW. How Stuff Works – Como Tudo Funciona. Portal da internet, 2016. Disponível
em: <http://www.hsw.uol.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.

KARDEC, A; NASCIF, J. Manutenção: função estratégica. Rio de Janeiro: Qualitymark,


1998.

LIMA, I. M.; REIS, N. G. Gestão de Empresas de Transportes. IDAQ/CNT: Brasília, 1997.

MARÇAL, R. F. Gestão da Manutenção. Ponta Grossa: Programa de Pós-Graduação em


Engenharia da Produção (PPGEP). Ponta grossa, 2004.

REVISTA MECÂNICA ONLINE. Curso básico de mecânica gratuito. Portal da


internet, 2016. Disponível em: <https://www.iped.com.br/cotidiano/curso/mecanica-
automotiva>. Acesso em: 3 nov. 2016.

SAE BRASIL – Sociedade de Engenheiros para a Mobilidade. Página oficial. Portal da


internet, 2016. Disponível em: <http://www.saebrasil.org.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.

SINDIREPA – Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado


de São Paulo. Página oficial. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://
portaldareparacao.com.br/>. Acesso em: 3 nov. 2016.

VALENTE, A. M.; PASSAGLIA, E.; NOVAES, A. G. Gerenciamento de transporte e frotas.


São Paulo: Pioneira, 1997.

14
UNIDADE 2 | CONHECENDO O
SISTEMA MOTOR

15
Unidade 2 | Conhecendo o Sistema Motor

Fonte: www.shutterstock.com

ff
Como funciona um motor de partida? Quais são as partes
e como funciona o motor? Você já ouviu falar da árvore de
manivelas?

O motor é um dos componentes mais importantes em qualquer veículo automotor. Ele é


responsável por fornecer a energia capaz de produzir movimento, convertendo energia
calorífica, produzida pela combustão, em energia mecânica. Nesta Unidade, vamos
conhecer mais sobre os motores e seu funcionamento.

16
1. Constituição Básica do Motor

O corpo do motor é um bloco de ferro fundido que apresenta em seu interior um


buraco de forma cilíndrica denominado “cilindro”. Dentro do cilindro, desloca-se o
pistão, que realiza um movimento de subida e descida. Atravessado no pistão, há um
pino localizado em uma haste chamada biela.

Na outra extremidade, a biela se prende a um eixo que tem a forma de uma manivela.
O nome correto dessa peça é árvore de manivelas, vulgarmente conhecida por
virabrequim. Quando o pistão sobe e desce, a biela o acompanha e obriga a árvore de
manivelas a virar, como se fosse uma manivela.

Atualmente, não existe mais nenhum automóvel com motor

ee
de um cilindro, nem mesmo dois. O normal é automóvel com
quatro, seis ou oito cilindros. Os motores com um ou dois
cilindros são reservados a motocicletas, barcos ou máquinas
estacionárias do tipo bombas d’água, serra etc., e máquinas
para serem usadas onde não há eletricidade.

Num dos extremos da árvore de manivelas há uma roda pesada de ferro que se chama
volante. Sua função é manter o movimento da árvore de manivelas uniforme, evitando
trancos. Sem o volante, o motor não funciona corretamente. Quando o cilindro queima
a mistura e empurra o pistão para baixo, também está dando um impulso ao volante.
Por sua vez, essa energia que o volante acumula, ele devolve ao próprio pistão, quando
este se encontra no tempo de compressão. Com isso, o motor opera de maneira mais
suave.

aa
Quanto maior for o peso do volante, tanto mais suave será o
funcionamento do motor. Por outro lado, quanto mais pesado o
volante, tanto mais devagar responde o motor quando se precisa
aumentar a sua rotação. Diz-se então que a sua aceleração é baixa.

17
Na parte superior do cilindro do motor existem dois orifícios que possuem duas
válvulas de abertura e fechamento. Uma é a válvula de admissão e a outra é a válvula de
escapamento. Ainda na parte superior do cilindro, perto das duas válvulas, existe uma
pequena peça chamada vela. Sua função é produzir e liberar, no momento adequado, a
faísca que irá incendiar o combustível.

Durante o movimento de subida e descida, o pistão passa por dois pontos extremos:
o ponto mais alto e o ponto mais baixo. Nesses pontos, ele inverte o sentido de seu
movimento e, por isso, nesses dois pontos a sua velocidade é nula. Costuma-se chamar
a esses dois pontos de Ponto Morto Superior (PMS) e Ponto Morto Inferior (PMI).

Quando o pistão se encontra no PMS, a biela e a árvore de manivelas estão voltadas


para cima. Quando o pistão muda o sentido de seu movimento e chega ao PMI, a biela
desce e a árvore de manivelas vira, ficando virada para baixo.

Os pistões comprimem a mistura de combustível e ar, que é depois inflamada por


uma vela de ignição e queimada no interior dos cilindros. À medida que a mistura se
inflama, expande-se, empurrando o pistão para baixo. Essa mistura gasosa é formada
no carburador ou, nos motores mais modernos, calculada pela injeção eletrônica, e
admitida nas câmaras de explosão.

bb
Assista ao vídeo e veja como é interessante o funcionamento
de um motor:

http://tinyurl.com/zenxjo9.

2. Motor de Arranque (ou Motor de Partida)


A energia inicial necessária para colocar o motor em movimento é fornecida pelo
motor de arranque, que tem a função de acionar o motor do automóvel até que este
tenha condições de funcionar sozinho, ou seja, de dar a partida no veículo. Após o
arranque inicial, o motor de arranque fica inoperante, permanecendo parado durante
o funcionamento do motor.

18
O motor de arranque se engrena em uma cremalheira que envolve o volante do motor,
constituído por um disco pesado, fixado à extremidade do virabrequim ou árvore de
manivelas. O volante do motor amortece os impulsos bruscos dos pistões e origina
uma rotação relativamente suave ao virabrequim.

O dispositivo de engrenamento é um conjunto de peças que fica


sobre o prolongamento do eixo do induzido, cuja função é
transmitir o movimento do eixo do induzido para o motor do
veículo, fazendo-o girar.

A transmissão do movimento é realmente feita pelo pinhão, que se engrena com a coroa
do volante. A dificuldade principal é que normalmente o pinhão deve ficar desligado
da coroa e só se dar o engrenamento durante a partida. Tão logo o motor “pegue”,
o pinhão deve, novamente, desligar-se da coroa para evitar que o motor do veículo
arraste o motor de partida a uma rotação muito elevada, o que pode até danificá-lo.

Fonte: www.shutterstock.com

19
3. O Motor de Quatro Tempos
Os motores funcionam seguindo um mesmo princípio: queima-se o combustível e se
formam gases em grande quantidade. Essa queima gera uma pressão grande sobre o
pistão, empurrando-o para baixo e forçando o virabrequim a virar.

Apesar de seguirem os mesmos princípios, os motores podem ser distintos e obter


esse mesmo efeito, podendo ser: motor de quatro tempos, motor de dois tempos,
motor diesel etc. Existe também um motor chamado Wankel, que possui um sistema
rotativo diferenciado.

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO MOTOR DE 4 TEMPOS


PRIMEIRO TEMPO - ADMISSÃO SEGUNDO TEMPO - COMPRESSÃO
- O pistão está no PMS
e começa a descer. - O pistão começa a
subir.
- Abre-se a válvula
de admissão, e a - As válvulas de
de escapamento admissão e de escape
permanece fechada. permanecem fechadas.

- O pistão aspira a - Ao subir, o pistão


mistura gasosa que comprime a mistura da
penetra no cilindro até câmera de explosão e
chegar ao PMI. esta se aquece.

- Ao final, a válvula de - Como resultado da


admissão se fecha. compressão, a mistura
se vaporiza.
- O cilindro fica
totalmente cheio de - O virabrequim
mistura gasosa (ar + completa uma volta.
combustível).

20
TERCEIRO TEMPO - EXPLOSÃO QUARTO TEMPO - ESCAPAMENTO
- O pistão inicia
seu movimento
descendente.
- As válvulas
permanecem
- O pistão sobe em
fechadas.
direção ao PMS.
- Quando a mistura
- A válvula de
está fortemente
admissão permanece
comprimida, a vela
fechada, e a válvula
solta uma faísca
de escapamento se
abre.
- A mistura, ao ser
- O pistão expulsa os
inflamada pela
gases de resultantes
faísca, expande-se,
da combustão de
impelindo o pistão
dentro do cilindro
para baixo
- Quando o pistão
- Formam-se gases
atinge o PMS,
da explosão,
a válvula de
que empurram
escapamento se
violentamente o
fecha
pistão para baixo.
- Inicia-se um novo
ciclo.

O princípio de funcionamento em quatro tempos foi

hh
desenvolvido na década de 1870 pelos alemães e é utilizado
até hoje pela indústria automotiva. Esses motores são os mais
comuns no mundo inteiro e são conhecidos também como
“motores Otto”. Isso porque foram pensados, pela primeira
vez, por um engenheiro alemão chamado Nícolas Otto.

21
4. Árvore de Manivelas

O nome popular e mais usado pelos


mecânicos para essa peça é “virabrequim”.
Tecnicamente, a árvore de manivelas é uma
barra que vira e exerce esforço. Na linguagem
comum, essa peça é também chamada de
“eixo”. O virabrequim é muito difícil de ser
fabricado devido à sua forma irregular.

Essa é uma peça fundamental para o


funcionamento do motor. Ela fica submetida
Fonte: www.shutterstock.com
a esforços muito elevados, e deve manter seu
funcionamento correto tanto em alta como
em baixa rotação. Os virabrequins modernos trabalham em rotação muito elevada,
normalmente até 7.000 rpm, e, em carros esportes, até 8.500 rpm. Em cada manivela,
é ligada uma biela e, entre elas, estão localizados os munhões, que são peças que se
apoiam nos mancais.

A excessiva lubrificação dos mancais faz com que o virabrequim praticamente flutue
em um banho de óleo durante o seu funcionamento. Além da facilidade oferecida pela
lubrificação, raramente o virabrequim se quebra, pois atualmente o aço utilizado em
sua fabricação é muito resistente e durável.

aa
Quando o virabrequim não está perfeitamente equilibrado,
o motor começa a trepidar e passa a forçar os mancais. Para
consertar o problema, os virabrequins devem ser reequilibrados
por máquinas especiais.

As trocas de óleo e do filtro devem ser feitas nos períodos recomendados, caso
contrário, é provável que o virabrequim venha a ter problemas, porque a contaminação
do óleo lubrificante com partículas abrasivas acaba riscando o virabrequim, diminuindo
assim sua vida útil. A estocagem é outro ponto importante: deve ser feita sempre na
vertical para não empenar a peça.

22
A diferença básica entre os virabrequins é o número de mancais. Quanto maior o
número de mancais, mais dividido fica o esforço que eles suportam. Assim eles podem
ser menores no tamanho e ter vida útil mais longa. Por outro lado, quanto menor o
número de mancais, mais barato fica o motor. Primeiro, devido à economia com a
quantidade de mancais. Segundo, devido ao próprio formato do virabrequim, mais
simples. Terceiro, devido ao formato do bloco do motor, que também fica mais simples.

Resumindo

A energia calorífica resultante da combustão da mistura gasosa se converte


em energia mecânica por intermédio dos pistões, bielas e virabrequim.
Graças a essa conversão, o veículo consegue se movimentar.

Cada motor transforma a energia de uma maneira distinta. Assim, o


rendimento do motor depende da quantidade de energia calorífica que ele
transforma em energia mecânica.

Para suportar tamanho esforço, a estrutura do motor deve ser bastante


rígida, suportando as elevadas pressões a que estão sujeitos os mancais do
virabrequim e as demais peças internas.

Glossário

Inoperante: que não é capaz de operar e que não produz o efeito esperado.

23
Atividades

1 - Coloque V (verdadeiro) ou F (falso):

dd (

(
) O moderno motor de 4 tempos é uma inveção do século XXI.

) O motor de arranque também é chamado de motor de partida.

) A queima do combustível no motor produz gases.

( ) Dentro do poistão do motor desloca-se o cilindro.

2 - O nome mais comum utilizado para se referir à arvore de


manivelas é:

( ) Caixa de manivelas.

( ) Árvore de marchas.

( ) Virabrequim.

( ) Viramanivelas.

3 - No motor de 4 tempos, o segundo tempo é aquele em que


ocorre:

( ) Compressão.

( ) Admissão.

( ) Explosão.

( ) Combustão.

4 - O motor de arranque fornece ao veículo a energia necessária


para colocar o motor em movimento. Ele alimenta o veículo com
energia durante todo o tempo em que o veículo precisar e estiver
em movimento.

( ) Certo ( ) Errado

24
Referências

AUTOMATIK. Guia para as luzes espia no painel. Portal da internet, 2013. Disponível
em: <http://automatik.com.br/2013/04/luzes-espia/>. Acesso em: 5 maio 2016.

BELLAGUARDA, G. M. Reparadoras de veículos e oficina mecânica. Porto Alegre:


SEBRAE/RS, 2006.

COSTA, P. G. A bíblia do carro. 2001 – 2002. Disponível em: <https://www.rastrum.


com.br/dir_smb/manuais/automotivos/Mecanica%20Automotiva.PDF>. Acesso em: 3
nov. 2016.

HSW. How Stuff Works – Como Tudo Funciona. Portal da internet, 2016. Disponível
em: <http://www.hsw.uol.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.

KARDEC, A; NASCIF, J. Manutenção: função estratégica. Rio de Janeiro: Qualitymark,


1998.

LIMA, I. M.; REIS, N. G. Gestão de Empresas de Transportes. IDAQ/CNT: Brasília, 1997.

MARÇAL, R. F. Gestão da Manutenção. Ponta Grossa: Programa de Pós-Graduação em


Engenharia da Produção (PPGEP). Ponta grossa, 2004.

REVISTA MECÂNICA ONLINE. Curso básico de mecânica gratuito. Portal da


internet, 2016. Disponível em: <https://www.iped.com.br/cotidiano/curso/mecanica-
automotiva>. Acesso em: 3 nov. 2016.

SAE BRASIL – Sociedade de Engenheiros para a Mobilidade. Página oficial. Portal da


internet, 2016. Disponível em: <http://www.saebrasil.org.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.

SINDIREPA – Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado


de São Paulo. Página oficial. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://
portaldareparacao.com.br/>. Acesso em: 3 nov. 2016.

VALENTE, A. M.; PASSAGLIA, E.; NOVAES, A. G. Gerenciamento de transporte e frotas.


São Paulo: Pioneira, 1997.

25
UNIDADE 3 | SISTEMAS
DE LUBRIFICAÇÃO E
ARREFECIMENTO

26
Unidade 3 | Sistemas de Lubrificação e
Arrefecimento

Fonte: www.shutterstock.com

ff
Você sabe como evitar que o motor esquente demais? Como
saber se temos que colocar água no radiador? O que é e qual a
importância do sistema de arrefecimento?

A lubrificação e o arrefecimento buscam diminuir o atrito que ocorre com a movimentação


das peças do motor, além de refrigerar as partes aquecidas pelo atrito. Nesta Unidade,
vamos conhecer melhor esses processos.

27
1. Sistemas de Lubrificação

A função do óleo no motor não é


apenas reduzir o atrito e o desgaste
das peças móveis do motor. A
lubrificação também é importante
para evitar que os gases quentes
escapem devido à alta pressão
durante o funcionamento do motor
e é responsável por dissipar o calor
das zonas quentes do motor para
o ar por meio do cárter. Além disso,
a lubrificação reduz a corrosão dos
metais expostos e absorve alguns dos
resíduos nocivos gerados durante a
combustão.

O óleo da lubrificação fica no cárter,


Fonte: www.shutterstock.com 28
localizado na parte inferior do motor.
Ele é bombeado aos apoios principais
passando por um filtro. A bomba é capaz de impulsionar vários litros de óleo por minuto.
A partir dos apoios principais, o óleo segue através dos orifícios de alimentação ou
canais para passagens abertas no virabrequim e para os apoios das cabeças das bielas.

As paredes dos cilindros e as buchas dos pinos dos pistões são lubrificadas pela
aspersão do óleo que sai pelos lados dos apoios e é dispersado pela rotação da árvore
de manivelas. O óleo em excesso é retirado dos cilindros por segmentos ou anéis
raspadores existentes nos pistões e regressa ao cárter.

bb
Assista a um vídeo mostrando como se dá a lubrificação:

http://tinyurl.com/gqz9qzq

28
O lubrificante é utilizado principalmente com a finalidade de diminuir o atrito e
refrigerar as partes aquecidas durante o atrito. Porém, ele também evita o contato
de metal contra metal, o que acarreta desgaste e aquecimento adicionais e, ainda, a
corrosão e os depósitos. Para isso, os lubrificantes devem possuir certas propriedades,
dentre as quais a mais importante é a viscosidade.

Uma das características utilizadas para medir a capacidade de lubrificação de um óleo


é a sua viscosidade. Essa medida, associada a outras propriedades, permite classificar
o óleo do motor.

Viscosidade é a medida da resistência que um determinado óleo


oferece ao movimento. A viscosidade varia com a temperatura,
pois quanto maior a temperatura, menor a viscosidade. A
resistência que o óleo opõe ao movimento depende também da
velocidade com que as peças se deslocam: quanto mais depressa
as peças se deslocam, maior é a resistência que o óleo oferece.

Utilize sempre o óleo indicado pelo fabricante do motor. Utilizar um óleo mais viscoso
do que o indicado pode ajudar a reduzir a fuga de gases comprimidos. No entanto, ele
poderá reduzir o torque e a potência do motor.

Existem várias classificações para os óleos lubrificantes, sendo as principais a SAE e a


API. Classificação SAE: estabelecida pela Sociedade dos Engenheiros Automotivos dos
Estados Unidos, classifica os óleos lubrificantes pela sua viscosidade, que é indicada
por um número. Quanto maior esse número, mais viscoso é o lubrificante.

bb
Compreenda os tipos de óleo e viscosidade:

http://tinyurl.com/h4aoe6w

Classificação API: desenvolvida pelo Instituto Americano do Petróleo, baseia-se em


níveis de desempenho dos óleos lubrificantes. Classificados por duas letras, a primeira
indica o tipo de combustível do motor, e a segunda, o tipo de serviço.

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Um fluxo insuficiente de lubrificante pode causar um desgaste mais acelerado ou
problemas nas engrenagens das peças móveis devido ao atrito entre os metais. Ele
também pode causar um funcionamento deficiente do motor devido à destruição
das superfícies dos segmentos ou anéis dos pistões, permitindo a passagem de gases
muito quentes.

Os óleos lubrificantes para motores foram formulados para otimizar seu desempenho,
auxiliando a:

• reduzir o consumo de óleo e combustível graças à baixa fricção;

• manter motor limpo, mesmo em condições severas de operação;

• reduzir o desgaste e prolongar a vida do motor.

Atualmente, são muito utilizados os óleos sintéticos, que possuem uma ligação química
mais resistente do que os óleos minerais. Sua viscosidade se mantém por mais tempo
e apresenta menor variação com a temperatura. Dessa maneira, os óleos lubrificantes
sintéticos oferecem maior economia de combustível e no próprio consumo de
lubrificantes. Além disso, com o uso de óleos sintéticos, o motor mantém-se limpo sem
acumular sedimentos no cárter.

aa
Um nível de óleo muito baixo é causa frequente de avarias nos
componentes do motor. Por isso, verifique sempre os níveis
do óleo do motor, da transmissão, do sistema hidráulico e dos
eixos, obedecendo aos intervalos regulares sugeridos pelo
fabricante descritos no manual do veículo.

Todo o óleo usado e retirado dos motores deve ser tratado como um resíduo perigoso
para o ambiente, pois contém substâncias cancerígenas e poluentes (chumbo, níquel e
cobalto). Para o descarte desse material, siga todas as normas presentes na legislação.

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bb
Veja o destino que o óleo de lubrificação usado tem:

http://tinyurl.com/z6fbjv7

Nunca permita a queima do óleo, pois ela pode produzir dioxinas tóxicas, vapores e
névoa que irritam as vias respiratórias, podendo também causar danos no sistema
nervoso e nos pulmões.

O nível de óleo deve estar sempre entre as marcas “Mín.” e

ee
“Máx.” da vareta de medição, garantindo que a bomba tenha
condições de captar no cárter o óleo necessário e que o
lubrificante não alcance as partes superiores dos cilindros e
das câmaras de combustão do motor. Manter um nível baixo
pode causar danos ou quebra do motor. Já o nível muito alto
pode causar carbonização excessiva, o que leva à perda de
rendimento.

bb
Assista ao vídeo e veja como deve ser feita a troca de óleo do
motor:

http://tinyurl.com/z4ntxp8.

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2. Sistema de Arrefecimento

O sistema de arrefecimento equivale ao que conhecemos como sistema de resfriamento


ou sistema de refrigeração. Apesar de ser menos conhecido e menos utilizado,
arrefecimento é o nome correto para esse processo.

Todos os motores precisam ser resfriados, pois eles se aquecem durante o


funcionamento. Apenas um quarto de toda a energia gerada no motor a explosão é
utilizada; o calor restante é dissipado. A queima de combustível gera calor e a câmara
de combustão fica quente. Em consequência disso, todos os componentes do motor
ficam quentes e precisam ser resfriados, caso contrário, suas peças aumentam de
tamanho e não funcionam adequadamente.

Se o cilindro não for resfriado, não haverá dissipação de calor. Quando isso ocorre,
o pistão se dilata e se prende a ele. Nos casos em que a temperatura da água de
refrigeração se eleva, é porque os pistões “agarraram” no cilindro. Diz-se, então, que o
motor “engripou” ou “fundiu”.

Existem dois tipos de sistema de resfriamento: o direto e o indireto. No sistema


direto, o ar circula através das aletas existentes no exterior dos cilindros e na cabeça
dos cilindros, resfriando as peças do motor. Já no sistema indireto, um líquido de
resfriamento (geralmente água) circula pelos canais existentes no interior do motor,
sendo posteriormente resfriado pelo ar.

bb
Sistema de arrefecimento do motor:

http://tinyurl.com/h8klhdb

O resfriamento por ar sem condutores próprios e sem circulação forçada por meio de
ventilador não permite um efeito uniforme em todos os cilindros. Para resolver essa
dificuldade, os motores arrefecidos a ar possuem um ventilador que faz incidir sobre
os cilindros uma corrente de ar. Um controle termostático regula o fluxo do ar para
garantir as condições térmicas satisfatórias para o funcionamento do motor. Esse tipo

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de motor é mais ruidoso que um motor arrefecido por água, pois a camisa de água
amortece uma grande parte do ruído do motor. Normalmente, os motores resfriados
a ar são de pequeno porte.

aa
Nos motores grandes, a quantidade de calor a ser retirada é
tão grande que o sistema de resfriamento por água é mais
indicado.

Uma exceção bastante comum é o resfriamento de motores de avião, que são


resfriados a ar. Primeiro, porque esse elemento é abundante. Segundo, porque, devido
à velocidade de deslocamento, ele é capaz de dissipar todo o calor gerado.

Um sistema de resfriamento por água apresenta as seguintes partes:

• uma camisa de água, que rodeia as partes quentes do motor, tais como os
cilindros, as câmaras de explosão e as saídas do escapamento;

• um radiador, no qual a água quente do motor é arrefecida pelo ar;

• um ventilador, que faz circular o ar através do radiador;

• mangueiras existentes na parte superior e


inferior do radiador e que o ligam ao motor para
estabelecer um circuito fechado;

• uma bomba, que faz circular a água.

Durante o processo de arrefecimento, a água entra


em contato com o cilindro e resfria todas as peças que
se aquecem no motor , ficando aquecida com o calor
retirado. Em seguida, a água aquecida caminha para
o radiador por uma mangueira que existe na parte de
cima do motor. A água entra no radiador, que é uma
peça formada por colmeias, onde um ventilador gira e
faz o ar passar pela colmeia em alta velocidade. Fonte: www.shutterstock.com

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O ar entra pela frente do carro, pela grade do radiador, passa pelo radiador e resfria a
água que se encontra no seu inferior. O ar se aquece, mas ainda pode ser aproveitado
para resfriar o bloco do motor. A água que se encontra dentro do radiador está mais fria
e, como ela é mais pesada que a água quente, desce e vai parar no fundo do radiador.
A água fria segue por uma mangueira que conecta o radiador ao motor e retorna ao
motor para novamente esfriá-lo.

Um termostato montado na saída da água do motor reduz a circulação da água


até que o motor atinja a temperatura normal de funcionamento. Para o perfeito
funcionamento de um motor, seja qual for sua velocidade, a temperatura do líquido
de arrefecimento em um ponto próximo do termostato deve se manter entre 80º e
115º C. Quando há falta de água no radiador ou no caso de esforço excessivo (subidas
longas e acentuadas), pode ocorrer sobreaquecimento do motor.

Para impedir que isso ocorra, é preciso que o radiador tenha um orifício por onde
o excesso de vapor possa sair. Costuma-se dizer que esse é um orifício ou tubo de
“alívio”, porque alivia a pressão. O vapor ou a água em excesso escorre por ele e cai no
chão, embaixo do veículo, sem perigo para as pessoas.

Saindo da parte superior, existe um pequeno tubo que desce ao longo do radiador até
aparecer por baixo dele. Trata-se do “ladrão”, como é conhecido, e se destina a deixar
escapar qualquer excesso de água que porventura exista no radiador, quando este se
enche ou quando a água ferve.

Resumindo

Os sistemas de lubrificação e arrefecimento têm a função de permitir o


resfriamento do motor, principalmente das partes que produzem mais
calor durante o seu funcionamento.

Óleos lubrificantes e líquidos de arrefecimento são especialmente


fabricados segundo as especificidades de cada tipo de veículo.

Lembre-se de seguir as instruções do fabricante do motor e adquirir os


óleos e líquidos adequados. O motor irá funcionar muito melhor, gerando
menores despesas, e terá uma vida útil muito mais longa.

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Glossário

Dissipado: desaparecer ou dispersar-se

Incidir: atingir, algo ou alguém que seja afetado de alguma forma.

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Atividades

1 - O sistema de arrefecimento equivale ao que conhecemos

dd
como sistema de resfriamento ou sistema de refrigeração.

( ) Certo ( ) Errado

2 - Um sistema de arrefecimento do motor que utiliza água


para o resfriamento é composto principalmente por:

( ) ventilador, exaustor, bomba e mangueiras.

( ) radiador, ventilador, bomba e mangueiras.

( ) radiador, ventilador, exaustor e mangueiras.

( ) exaustor, ventilador, anilhas e mangueiras.

3 - A lubrificação é muito importante para o bom


funcionamento do motor. Dentre os fatores que a tornam
imprescindível estão:

( ) reduzir o atrito e o desgaste das peças móveis do motor.

( ) aumentar a produção de calor no motor sob alta pressão.

( ) manter o calor das zonas quentes do motor, evitando


resfriá-lo.

( ) aumentar a corrosão dos metais expostos.

4 - No sistema de arrefecimento por água, durante o


processo de resfriamento, a água entra em contato com o
cilindro e com todas as peças que se aquecem no motor. Ela
resfria essas partes e fica aquecida com o calor retirado.

( ) Certo ( ) Errado

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Referências

AUTOMATIK. Guia para as luzes espia no painel. Portal da internet, 2013. Disponível
em: <http://automatik.com.br/2013/04/luzes-espia/>. Acesso em: 5 maio 2016.

BELLAGUARDA, G. M. Reparadoras de veículos e oficina mecânica. Porto Alegre:


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COSTA, P. G. A bíblia do carro. 2001 – 2002. Disponível em: <https://www.rastrum.


com.br/dir_smb/manuais/automotivos/Mecanica%20Automotiva.PDF>. Acesso em: 3
nov. 2016.

HSW. How Stuff Works – Como Tudo Funciona. Portal da internet, 2016. Disponível
em: <http://www.hsw.uol.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.

KARDEC, A; NASCIF, J. Manutenção: função estratégica. Rio de Janeiro: Qualitymark,


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LIMA, I. M.; REIS, N. G. Gestão de Empresas de Transportes. IDAQ/CNT: Brasília, 1997.

MARÇAL, R. F. Gestão da Manutenção. Ponta Grossa: Programa de Pós-Graduação em


Engenharia da Produção (PPGEP). Ponta grossa, 2004.

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internet, 2016. Disponível em: <http://www.saebrasil.org.br>. Acesso em: 3 nov. 2016.

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de São Paulo. Página oficial. Portal da internet, 2016. Disponível em: <http://
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VALENTE, A. M.; PASSAGLIA, E.; NOVAES, A. G. Gerenciamento de transporte e frotas.


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