Mario Lucio de Freitas
Mario Lucio de Freitas
Mario Lucio de Freitas
PREFÁCIO
2
iria rapidamente para frente da televisão
ver Boris Casoy, se não escutasse a
abertura do “TJ Brasil”? Chaves, Cavaleiros
do Zodíaco, Bananas de Pijama... Essas e
tantas outras atrações receberam criações
musicais que tiveram o dedo certeiro do
grande Mário Lúcio. Trilhas, jingles,
dublagens... Quem não se lembra da
locução: “Versão brasileira: Gota
Mágica, São Paulo”. E quem estava por
trás desse estúdio de dublagem? Claro: ele!
Sua sensibilidade, sua simplicidade, sua
simpatia nos surpreendem, porque cria
grandiosidades sem perder justamente a
sua essência, a sua verdade. Este é Mário
Lúcio e essa é sua história. Sem você saber,
irá ler até a última página, com prazer,
terminando com aquele gostinho de quero
mais. A seguir, as letras se transformarão
em músicas, canções, que irão mexer com a
3
memória de todos. Tudo criado por ele...
sem você saber.
Elmo Francfort *
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SEM VOCÊ SABER
Mário Lúcio de Freitas
Revisado e Atualizado
2015
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O INÍCIO DE TUDO
1. NOSSO CIRCO
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e, logo a seguir, também a de cantor. Meu
pai, que atuava como palhaço, dividia o
picadeiro com meu irmão, Mauro Renée. A
dupla deles se chamava Mauro e Beicinho.
Mas eu também queria ser palhaço, talvez,
na época, o menor palhacinho do Brasil. Por
isso, pedi a meu pai para montar uma
segunda dupla: Renée e Fominha.
9
Meu pai continuou atuando no circo
como ator e como ajudante de palco. Antes
desta fase, meus pais trabalhavam também
como trapezistas de grandes companhias,
como a do Circo Garcia.
Curiosidades:
18
2. Os grandes circos sempre tiveram
um conjunto musical ao vivo, com vários
metais em sua formação. Muitos números
dos espetáculos tinham a participação da
banda, inclusive, fazendo acordes e frases
musicais, que reforçavam algumas ações
dos artistas, como as quedas, os momentos
de tensão, a hora de pedir aplauso, etc.
Curiosidades:
23
4. CARAVANA DO PERU
Curiosidades:
28
Como “vestibular”, logo me escalaram
para fazer um Teledrama (Horas de
Desespero) na TV Bauru, Canal 2, a
primeira emissora interiorana da América
Latina, pertencente a OVC (Organização
Victor Costa). O teleteatro fora dirigido por
Walter Avancini, famoso diretor pela
exigência de qualidade em seus trabalhos e
também por seu mau humor. Mas, fui
aprovado com louvor. Walter Avancini,
diretor de um sem número de trabalhos de
sucesso para quase todas as emissoras,
faleceu em 2002.
O teledrama Horas de Desespero foi
baseado na peça teatral de mesmo nome de
Joseph Hayes, que também serviu de tema
para o famoso filme Desperate Hours, da
Paramount Pictures, de 1955. Nessa versão,
teve Humphrey Bogart no papel central.
Ele teve uma refilmagem em 1990.
29
Mesmo já contratado pela emissora, eu
continuava me apresentando com meu
irmão no Circo Liendo, que estava
montado na região de Santos. Assim, todos
os dias eu ia e voltava pra baixada santista.
Atuava em São Paulo na TV Paulista e, logo
depois, pegava vários ônibus, às vezes
também uma travessia de barco, e ia para o
Circo Liendo, na região santista. Isso tudo,
além de estudar, pela manhã no Colégio
Agostiniano São José, no bairro do Belém,
em São Paulo.
31
Nesta época, no início dos anos 1960,
a Philips do Brasil fez uma série de
espetáculos teatrais dedicados ao público
infantil, dirigida por Raul Roulien, famoso
ator e diretor, que também trabalhava na TV
Cultura de São Paulo. Eu fazia o papel
central da historinha, o Nhô Philito,
personagem que representava, de uma
maneira engraçada, a própria Philips.
história.
no texto.
34
Veja o que eu deveria ter falado:
36
Julho de 2007 quando, então, até me
pediram para gravar um depoimento sobre
ela para uma emissora de TV.
Principalmente na fase da Petistil, o Parque
tinha uma produção elaborada. Diariamente,
possuía um formato diferente. Um dia era
gincana, outro teatrinho, ou ainda um
telejornal infantil, um musical, etc. Nele, e
na fase das Pernambucanas, eu sempre
cantava uma canção. A canção que mais
fazia parte do repertório era “Palhaçada”
(Haroldo Barbosa e Luiz Reis), que fora
gravada pelo cantor Miltinho no LP “Poema
do Adeus” pela Gravadora RGE, em 1962.
Essa canção tinha muito a ver com meu
personagem Fominha, do Circo Marabá,
que se apresentava pintado de palhaço.
Curiosidades:
atores.
39
Porém, os revólveres que os contra-
regras utilizavam quase sempre falhavam.
40
Eu, em cena, estava morrendo de rir
dos tiros terem falhado e do desespero do
Luciano. Tinha até uma árvore no cenário
que, em alguns momentos, eu me escondia
atrás dela para disfarçar as risadas. Porém,
num determinado momento, eu tive que
apelar pro improviso, dando um desfecho
diferente a história, prendendo o pistoleiro.
Nessa hora se fez valer minha experiência
de circo. Luciano, depois dessa, nunca mais
aceitou atuar como ator de destaque. Fora
do ar, foi uma risada só.
6. O VIGILANTE RODOVIÁRIO
· O Suspeito,
· Os 5 Valentes
· O Assalto
· Bola de Meia
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e também no longametragem para o cinema
“O Vigilante Contra o Crime!”. Todos eles
filmados entre 1961 e 1962.
45
Curiosidades:
47
JOVEM GUARDA
7. A PRÉ-JOVEM GUARDA
48
mas que me fez criar gosto pela
harmonização. Logo após, fui convidado a
ingressar num conjunto, que estava sendo
formado. Nem sei de onde esse pessoal do
novo grupo me conhecia. Havia três
integrantes do Espírito Santo (Raul, Nilton
e Fernando), e um da cidade de São Paulo
(Zé Carlos). Fernando acabou não ficando
no conjunto.
muito utilizada.
55
Vários grupos famosos faziam parte do
programa de TV, entre eles, três em especial
tiveram a ver com minha carreira: The
Beatniks, Os Incríveis e The Jet Black’s.
O primeiro, cantava um repertório mesclado
de músicas dos Beatles e dos Rolling
Stones e os outros dois faziam música
instrumental. As formações desses
conjuntos, na época da Jovem Guarda, em
1965, eram:
56
· The Jet Black’s – Gato (guitarra
solo), Serginho Canhoto (guitarra base),
Zé Paulo (contrabaixo), Nestico
(Saxofone) e Jurandi (bateria).
61
Eu acho que quando o pessoal dos
Beatniks chegava ao teatro, ao entrar,
passava por nosso palco na rua e me
escutava tocar.
62
Curiosidades:
9. MEUS PRIMEIROS
SOLOS VOCAIS EM DISCO
69
Lúcio (Mário Lúcio de Freitas - contrabaixo)
- ficamos na técnica, só observando e
torcendo. Mas, aos poucos, Jairo Pires,
nosso produtor, foi percebendo que Márcio
não estava muito a vontade no estúdio e
que sua afinação vocal estava
comprometendo a gravação. Jairo não
estava satisfeito com a performance,
principalmente nos trechos de solo vocal.
Assim, ele pediu para que Márcio deixasse
de fazê-los, passando-os para o Bogô.
Então, recomeçou a colocação de
vozes, mas mesmo assim, ele ainda não
ficou satisfeito. Algo não estava saindo como
ele queria.
Bogô e Márcio tentaram muitas vezes,
mas o produtor nunca aprovava a
performance. Ele chegou até a pensar em
cancelar a gravação, mas como ela havia
sido acertada pelo próprio Roberto Carlos,
70
uma atitude dessas não seria conveniente.
Foi quando ele se virou para mim e disse:
Curiosidades:
83
famoso da Jovem Guarda, acabei fazendo
grande sucesso em discos.
O quarteto vocal “Os Iguais” ganhou
vários prêmios de revelação do ano. Foi
nessa época que deixei de trabalhar como
ator para a TV Globo.
Curiosidades:
Curiosidades:
92
93
MUITOS INTÉRPRETES
94
pra fazer a guitarra solo. Não era muito bem
a minha, mas o repertório que íamos tocar
não tinha muita dificuldade. A ideia era
montar um bom vocal, já que todos
cantavam.
Assim, o grupo começou a se
apresentar na Boite Charman e, num
piscar de olhos, tornou-se a coqueluche da
noite paulistana. Em pouquíssimo tempo, a
gente já ganhava o dobro da paga dos
outros conjuntos. Havia muitas propostas
para mudar de casa, ganhando um pouco
melhor. Uma delas, foi pra gente se deslocar
para uma boate nas docas de Santos,
recebendo bem mais. Aceitamos e fomos
pra lá. Mas como Artezerse estava
estudando em São Paulo, sua família não
gostou e isso atrapalhou nossos planos. Ele
acabou saindo do conjunto e assim começou
um processo de troca de guitarrista o tempo
95
todo. O mesmo ocorrendo com o baterista.
Nesta época, tivemos muitas
formações interessantes. Uma delas com a
inclusão de Célio, guitarrista solo, e do
baterista Nilton, além de mim e do Oscar,
que vínhamos juntos desde a época dos
Iguais. Nesta formação, eu tocava guitarra
base, que era mais a minha, e o Oscar,
contrabaixo. Célio era um excelente solista e
sabia tirar som do instrumento como
ninguém. Nilton tinha bastante balanço na
bateria e nos completava muito bem. Mas
como Célio tinha alguns problemas pessoais,
ele começou a fumar maconha antes de
algumas apresentações, e quando isso
acontecia, atrapalhava por demais a sua
performance no grupo. Pedimos para que
ele parasse, mas ele não conseguia se livrar
do vício, e assim, tivemos que substituí-lo
pelo guitarrista Ghizzi, cuja entrada alterou
96
um pouco a nossa maneira de tocar, o que
acabou não dando muito certo, embora
Ghizzi, (Antônio Rodrigues Ghizzi), fosse
um excelente músico e cantor.
Assim, já em 1969, tudo estava meio
confuso, quando apareceu em Santos um
amigo, o tecladista Florindo, convidando o
Oscar para tocar contrabaixo numa nova
formação do conjunto The Jet Black’s,
aquele mesmo da Jovem Guarda. Oscar
aceitou o convite e numa conversa posterior
com o líder do grupo, o baterista Jurandi,
ele sugeriu que eu fosse também para o
conjunto, já que o guitarrista solo não
estava se adaptando bem ao estilo.
Assim, acabamos participando de uma
das formações mais interessantes do famoso
conjunto, que abandonava de vez seu estilo
instrumental da época do guitarrista Gato,
da pré jovem guarda, para se tornar uma
97
banda cantada. Eu e o Oscar já fazíamos
isso, e no conjunto tinha um guitarrista
base, Guilherme Dotta, que também
cantava. A banda ficou muito boa e marcou
o fim de minha passagem pela noite
paulista. Essa formação tinha como
integrantes Jurandi (bateria), Mário Lúcio
(guitarra solo), Oscar (contrabaixo),
Florindo (teclado) e Guilherme (guitarra
base).
98
Curiosidades:
1. O Jurandi, esporadicamente,
também cantava. Fazia uma seleção, num
estilo que lembrava Jorge Ben (Benjor) e
Wilson Simonal, mas não participava dos
vocais.
103
A mesma estratégia de marketing foi
usada nos outros dois compactos, que
também deram bom resultado. Inclusive,
“Kyriê” e “Desacato” fizeram parte do VI
Festival Internacional da Canção
Popular, em 1971, e haviam saído somente
no LP do evento.
105
Houve uma apresentação nossa em
Porto Alegre que nos marcou muito, porque,
no mesmo dia, Roberto Carlos também
estava na cidade se apresentando num
outro clube. No dia seguinte, a avaliação da
imprensa local foi: “Roberto Carlos: o de
sempre” e “The Jet Black’s: ninguém
esperava tanto”.
Chegamos a gravar um LP de
sucessos, já sem o Ary, que voltara para os
Bell’s, com o nome de Morning Star que,
inclusive, entrou no Cash Box
da Argentina. O baterista Zé Carlos gravou
este disco no lugar do Ary. Neste trabalho,
havia várias canções conhecidas: “Don’t Let
it Die”, “Fire and Rain” e “Imagine”, entre
muitas outras. Esta gravação foi feita em 4
canais de áudio, nos Estúdios Reunidos,
no prédio da Gazeta, em São Paulo.
Curiosidades:
16. DE VOLTA A TV
O programa de TV de Barros de
Alencar era feito ao vivo, geralmente, em
um cinema, num bairro da capital
paulistana. Havia um acerto entre o
comunicador e alguns cantores. Ele
divulgava suas gravações em seus
programas de rádio e televisão, que tinham
muita força nesta época e faziam realmente
127
a música virar sucesso e, em contrapartida,
esses cantores se apresentariam, sem
cobrar cachê, num show, após o programa
de TV, numa cidade próxima a São Paulo,
num raio de mais ou menos 250
quilômetros. A renda do show ficava para a
banda, que acompanhava os cantores e os
calouros da cidade, para a produção e, em
sua maior parte, para o próprio Barros. Eu
dirigia essa banda, que tinha a formação:
Mário Lúcio (guitarra), Oscar (baixo),
Fernandinho (teclado) e Ivan (bateria).
Curiosidades:
132
17. UMA PASSAGEM FRUSTRADA
Curiosidades:
146
recebeu de braços abertos. Assim, iniciei em
publicidade.
147
Como ator, fiz uma campanha que
apareceu muito na mídia:
149
estava tendo, em relação a parte musical.
Pediu que eu fosse até a Vila Guilherme,
onde era a emissora, e procurasse Salathiel
Lage, diretor geral de dublagem. Acontece
que, nesta época, a dublagem passava por
uma reformulação de sistema. Antes, ela era
baseada em filmes e, a partir desta época,
início dos anos 1980, passou a ser baseada
em vídeo-tape. Parecia uma mudança
simples, mas não o era.
Curiosidades:
160
parceria com Marcelo Gastáldi. A canção
marcou tanto, que muita gente pensa que
era a música original.
Curiosidades:
165
Ainda nesta época, lançamos dois LPs
pela Gravadora Avant Garde: “Gota
Mágica”, um trabalho solo e autoral meu, e
“Felina”, também um trabalho solo da
cantora Sarah Regina, que saiu numa
parceria Avant Garde com a Gravadora
do SBT, que teve muitas chamadas de
televisão. Produzi e arranjei esses dois
discos. A banda que acompanhava Sarah
Regina nesta época, que inclusive gravou o
disco "Felina", era formada por Mário
Lúcio (guitarra), Chiquinho Rodrigues
(teclados), Nicolau Oliveira Neto
(contrabaixo) e Parrom (bateria).
Curiosidades:
167
A TVS/SBT sempre teve um
departamento musical contratado, dirigido
por Osmar Milani, conhecido maestro, que
ficou na casa por muitos anos. Quando um
programa novo fosse estrear, pedia-se ao
departamento musical que criasse uma
abertura especial para ser sincronizada com
as imagens da vinheta. Contudo, sua criação
musical nunca caía nas graças do
departamento visual e dos artistas dos
programas. Tudo o que era feito por ele, era
reprovado.
Curiosidades:
180
Curiosidades:
181
É que, de fato, eles conseguiram fazer
a sincronização com a imagem e colocar a
fita no gravador para soltá-la na hora do
programa, só que, no momento de entrar no
ar, o sonoplasta, no momento, comeu bola e
não abriu o canal de áudio e toda a nossa
correria não serviu pra nada. A abertura foi
para o ar muda. Assim, nossa vinheta
somente estreou, de verdade, no
encerramento do primeiro programa. Coisas
do SBT.
2. Acabei criando a abertura de um
programa do Golias em 1992, o mesmo que
ajudou a me salvar daquele “branco” dos
anos 1960, na TV Paulista. Nas reprises de
2007, chegaram a usar minha vinheta nos
primeiros programas, mas alguém os avisou
que era minha e tiraram correndo.
182
23. TURMA DA MÔNICA
183
personalidade. O próprio Maurício
participava, fazendo uma pergunta a cada
um deles, à qual o personagem respondia.
Foram veiculadas uma a uma em intervalos
comerciais da emissora.
Curiosidades:
24. LP DO CHAVES
186
Quando a emissora pensou em fazer o
disco, como eu havia cuidado de toda a
direção musical de dublagem e criado várias
músicas incidentais para a série, ela me
indicou para ser seu produtor e um dos
arranjadores. Então, pegamos algumas
canções que faziam parte dos capítulos da
série e compusemos, com parceiros,
algumas canções inéditas para o disco.
Assim, nasceram os temas do “Kiko”
(Mário Lúcio de Freitas e Marcelo Gastáldi),
“Madruga” (Mário Lúcio de Freitas e
Marcelo Gastáldi) e “Aí Vem o Chaves”
(Mário Lúcio de Freitas e Antônio Palladino),
além do tema da “Chiquinha” (Fernando
Netto e Marcelo Gastáldi), que eu interpretei
como cantor.
Nos anos 1980, a série Chaves ainda
não tinha o prestigio que conseguiu
posteriormente, em meados dos anos 1990.
187
Por isso, o LP, na época, vendeu pouco mais
de 60.000 cópias. O próprio Marcelo
Gastáldi, dublador do personagem, que
falecera em 1995, não chegou a ver muito
bem o êxito de seu trabalho, o que foi uma
pena.
A série era mais ou menos um quebra
galho da emissora, que não a levava muito a
sério. A própria mídia dizia que ela tinha
sido mal dublada, mas hoje é uma
referência de dublagem bem feita. É que a
mudança de filme para vídeo na dublagem
modificou um pouco a sonorização dos
produtos e muita gente estranhou. No vídeo,
os planos são mais fechados, as câmeras
trabalham mais próximas, quase não tem
planos gerais, muito abertos, pois são feitos
com cenários e não em locações.
Em seus últimos lotes, os capítulos das
séries “Chaves” e “Chapolin Colorado” foram
188
dublados pela Maga nos Estúdio da Marsh
Mallow, já que a dubladora do SBT havia
fechado e a Maga não tinha estúdio próprio.
A partir de 1989, o SBT assumiu a
faixa do disco “Aí Vem o Chaves” (Mário
Lúcio de Freitas e Antônio Palladino) como
vinheta de abertura, de ida e vinda de
comercias e de encerramento do programa,
o que vem ocorrendo até hoje.
Curiosidades:
2. O personagem Chaves é um
menino que, em várias cenas, aparece
dentro de uma barrica, semelhante a meu
personagem no Parque Petistil, dos anos
1960, cujo símbolo também era um menino
dentro de uma barrica. Petistilino e
Chaves: a coincidência das barricas.
190
25. MÚSICAS PARA A REDE
GLOBO
196
Curiosidades:
Curiosidades:
201
a copa do mundo.
· Play Back pro Pelé – Produzi e
arranjei um play back para que o jogador
fosse se apresentar no programa da Hebe.
Como todos sabem, Pelé gosta muito de
música e compôs algumas canções. Ele me
confidenciou até que "sua praia não seria
o futebol e sim a música". Imagina se
fosse, então!!
Curiosidades:
2. 10 Anos de SBT – Em
comemoração aos 10 anos da emissora, em
1991, foi criado um vídeo que traçava, de
modo retilíneo, a carreira do apresentador e
empresário Sílvio Santos para as agências
de publicidade e fãs, em geral. Fiz toda a
produção e criação da trilha incidental deste
vídeo, que teve a participação do coral de
funcionários da emissora.
207
Porém, como a Samtoy ainda estava se
instalando no Brasil, seu capital ainda não
havia sido transferido para os bancos
brasileiros. Quando entreguei os primeiros
capítulos dublados, a Samtoy começou a
atrasar seus pagamentos, por causa de
problemas com a Receita Federal. Relatei,
então, a Manolo que isso não poderia
acontecer, pois a Gota Mágica era muito
nova e não tinha capital de giro pra
aguentar essas instabilidades.
209
Curiosidades:
210
29. A GOTA MÁGICA
Curiosidades:
Curiosidades:
DE VOLTA AO COMEÇO
220
gravação, como eu fazia antes dela, ou
gravar nos estúdios dos próprios clientes.
Assim, numa nova etapa, já sem o estúdio
da Gota Mágica, ainda fizemos para o SBT:
· Barney e Seus Amigos – (1998)
Como se tratava de um musical, gravei a
série do SBT somente com cantores (mirins
e adultos) dublando os personagens.
Gravada nos Estúdios Echo’s.
· Clube do Chaves – (de 1998 a
1999) Busquei o maior número possível de
dubladores da série clássica, para manter a
maior autenticidade possível. Fiz a direção
geral, dublei o personagem Godinez e
alguns extras. Gravada nos Estúdios Echo’s.
· Qual é a Música? – (1998) Fiz a
direção musical de um piloto do programa
“Qual é a Música?”, que seria modificado,
pra ficar mais parecido com o americano. No
programa original dos Estados Unidos, as
221
canções são muito mais instrumentais do
que cantadas. A direção geral deste piloto
foi feita por uma equipe norte-americana,
que faz a produção em muitos países, e a
apresentação a cargo de Celso Portiolli.
Mas, por fim, Sílvio Santos preferiu manter
o programa como vinha sendo feito há anos
no Brasil.
Fizemos também muitos outros
trabalhos para clientes e áreas diferentes.
Entre eles:
· Nathional Geographic - Em 2001,
dirigi, num estúdio locado pela JPO, que
era a coordenadora do trabalho, a dublagem
de 100 documentários para “Nathional
Geographic”. Nesta série, retirei a famosa
“Voice Over” (uma espécie de narração que
fica falando em cima das pessoas que estão
sendo entrevistadas, traduzindo suas falas),
substituindo-a por dublagens convencionais.
222
Essa foi uma ideia que diferenciou esse tipo
de produto, tornando-o mais leve.
· Presidência da República– Em
2001, arranjei, produzi, e criei, em parceria
com Edgar Poças, uma campanha
publicitária do PT a Presidência da República
(P de PT), gravada no Estúdio Plug In, em
São Paulo. Essa campanha era composta de
mais de 11 jingles e vários spots, nos quais
o próprio Presidente Lula fazia as
locuções.
· Supermercados Big - Também, a
partir de 2004, voltei a criar jingles no
Estúdio Avant Garde, para o qual eu havia
trabalhado no início dos anos 1980. Entre
outros trabalhos, fiz as campanhas de
aniversário e natal dos “Supermercados
Big”.
· Rio de Janeiro - Em 2005, fiz a
trilha incidental, a convite de Francisco
223
Dreux (com o qual trabalhei em “Sílvio
Santos, Um Exemplo de Sucesso”, nos anos
1980, e em “Itália 90”), do DVD “Rio de
Janeiro”, um documentário sobre a Cidade
Maravilhosa, para a joalheria Amsterdam
Sauer. Fiz toda sua trilha incidental, num
estilo que mistura Bossa Nova e Música
Eletrônica. Esse trabalho foi gravado nos
Estúdios Oficina Eletroacústica, que
passei a utilizar a partir daí.
· Violão & Guitarra – Voltei a
produzir, a partir de 2006, revistas didáticas
para a Editora Imprima, aquela mesma do
“Vigu”, para a qual trabalhei nos anos 1970.
· A Física e o Cotidiano – Criei a
vinheta de abertura para o telecurso e
audiocurso de física para o Estado da Bahia
– Final de 2009.
· Contando e Cantando Cantigas
de Roda – Como escritor, em parceria com
224
Hellen Palácio, criamos para a Editora
Vida & Consciência uma coleção de
audiolivros infantis, com histórias baseadas
nas mais conhecidas cantigas de roda do
folclore brasileiro. Chegou ao público em
Dezembro de 2010.
225
sonoplastia para diferenciá-lo do que havia
no mercado. Lançado em Dezembro de
2010.
· Dormindo com os Anjos (2011) -
Produzimos e arranjamos, em parceria com
Hellen Palácio, o CD da sensitiva Rita
Duller, que ensina as crianças a rezar e
também as ajuda a pegar no sono, com
muitas cantigas de roda em arranjos de
caixinha de música.
· Eu acredito em palhaço (2011) –
Produzimos, arranjamos e compusemos, em
parceria com Hellen Palácio, algumas
canções do disco da campanha
internacional (O Dia do Nariz Vermelho),
agora também no Brasil, gravada pelo
palhaço Xibum, com a participação de
vários artistas famosos.
· Fada Consciência (2011) –
Fizemos o áudio dos dois livros da coleção,
226
com músicas incidentais e temáticas, ruídos
de sonosplastia e vários atores
participantes.
· Animanias – Em parceria com
Hellen Palácio, escrevemos a história de
dois DVDs - Zoológico do Avesso (2012) e
Circo (2013) - e fizemos seus áudios, com
sonorização completa.
Também, em parceria com Hellen
Palácio, criamos outros audiolivros:
Curiosidades:
228
O QUE APRENDI COM TUDO ISSO
229
diferenciado, como minha saída dos
Beatniks, que atuava no maior programa
de TV da época, o Jovem Guarda, para
começar de novo, com Os Iguais e que
dera certo, mostraram-me que nem
sempre o mais fácil é o melhor, e
também ensinaram-me a acreditar em
mim mesmo, em minhas intuições.
233
234