2010 - 09 - 30 Diagnostico Santa Cruz Final
2010 - 09 - 30 Diagnostico Santa Cruz Final
2010 - 09 - 30 Diagnostico Santa Cruz Final
APRESENTAÇÃO
A Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional – FADURPE tem a
satisfação de apresentar o Diagnóstico Sócioambiental da Área de Proteção Ambiental de
Santa Cruz que tem como objetivo principal consolidar de forma sucinta as características
físicas, biológicas e socioeconômicas da Área de Proteção Ambiental de Santa Cruz,
localizada nos municípios de Itapissuma, Itamaracá e Goiana, Pernambuco.
1
2. OBJETIVO
O Objetivo deste relatório é de subsídiar a construção do zoneamento e do plano de
manejo e a elaboração de uma proposta dos Arranjos Produtivos locais, APL’s - para a
Implantação da Área de Proteção Ambiental de Santa Cruz.
1
Cabe salientar que, em relação a todas as Coordenadas UTM deste trabalho, o DATUM é SAD-69 e o FUSO
25.
2
3. CARACTERIZAÇÃO DA APA DE SANTA CRUZ
A Área de Proteção Ambiental de Santa Cruz criada pelo Decreto nº 32.488 de 17 de
outubro de 2008, que “Declara como Área de Proteção Ambiental – APA a região que
compreende os Municípios de Itamaracá e Itapissuma e parte do Município de Goiana, e dá
outras providências”, com área total de 38.692 ha (trinta e oito mil, seiscentos e noventa e
dois hectares), sendo 24.943 ha (vinte e quatro mil, novecentos e quarenta e três hectares)
correspondente a área continental e 13.749 ha (treze mil, setecentos e quarenta e nove
hectares) correspondentes à área marítima (Figura 01).
3
4. FUNDAMENTOS JURÍDICOS2
Este diagnóstico jurídico objetiva tão somente analisar a legislação ambiental com
especifico foco na Área de Proteção Ambiental, situada entre os Municípios de Itamaracá,
Itapissuma e parte do Município de Goiana, estabelecida pelo Decreto nº 32.488, de 17 de
outubro de 2008.
2
Ver Mapa de Incidendia de Legistlação Ambiental no Anexo 3.
4
[...] área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada
de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente
importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações
humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica,
disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso
dos recursos naturais (Art. 15, Lei nº 9.985, 2000).
5
Quanto aos objetivos do Sistema Estadual de Unidades de Conservação da
Natureza, vale destacar:
6
• Unidade de Proteção Integral: tem por objetivo preservar a natureza, sendo
admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção apenas
daquelas descritas na lei do SEUC;
• Unidade de Uso Sustentável: tem por objetivo básico compatibilizar a conservação
da natureza como uso sustentável de parcela de seus recursos naturais.
A lei em estudo revela que para criação de uma unidade de conservação deve ser
precedida de estudos ambientais e consulta pública que justifiquem a sua criação e
permitam subsidiar a definição da categoria, a serem definidos pelo órgão gestor, além disso
a ampliação dos limites de uma unidade de conservação, sem perda de sua área original,
pode ser feita por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a
unidade, desde que obedecidos os procedimentos de consulta para a criação de UC.
7
a prévia autorização do órgão gestor devendo o mesmo definir medidas técnicas de controle
e monitoramento ambiental a serem adotadas no sistema de produção, em regulamentação
específica.
Imperioso ressaltar que dentro APA de Santa Cruz, categoria que está incluída no
grupo de Unidade de Uso Sustentável, estão contidas 06 Unidades de conservação Refúgio
de Vida Silvestre – RVS, categoria do grupo das Unidades de Proteção Integral, criadas pela
Lei nº 13.539, de 12 de setembro de 2008. Está categoria de Unidade de Conservação tem
com objetivo proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência
ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou
migratória.
O Refúgio de Vida Silvestre pode ser constituído por áreas particulares desde que
seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos
naturais do local pelos proprietários. Se for necessário para viabilizar a gestão da unidade
poderá ser estabelecida parceria entre o órgão gestor e o proprietário da terra. Havendo
incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não havendo
aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão gestor da unidade para a
coexistência do Refúgio de Vida Silvestre com o uso da propriedade, a área deve ser
desapropriada na forma da lei vigente.
8
Destaque-se que a visitação pública está sujeita às normas e restrições
estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão gestor,
e àquelas previstas em regulamento.
9
Quando existir um conjunto de unidades de conservação de categorias diferentes ou
não, próximas, justapostas ou sobrepostas, e outras áreas protegidas públicas ou privadas,
deverá ser constituído um Mosaico. Sua gestão deverá ser feita por um conselho gestor
consultivo, de forma integrada e participativa, considerando-se os distintos objetivos de
conservação, de forma a compatibilizar a presença da biodiversidade, a valorização da
sociodiversidade e o desenvolvimento sustentável no contexto regional ou local.
10
• Desenvolvimento de pesquisas necessárias para o manejo da unidade de
conservação e área de amortecimento;
• Adequação das unidades de conservação às categorias de manejo do SEUC;
• Realização de estudos e pesquisas para definição e atualização das áreas
prioritárias para conservação da biodiversidade;
• Realização de estudos e pesquisas para elaboração da lista de espécies da fauna e
flora ameaçadas de extinção no Estado;
• Realização e atualização do Cadastro Estadual de unidades de conservação, que
trata o art. 61 desta Lei, de maneira que subsidie a distribuição dos recursos
provenientes do ICMS socioambiental;
• Publicação de estudos e pesquisas sobre a biodiversidade das unidades de
conservação do Estado;
• Instalação de infraestrutura básica para as unidades de conservação;
• Criação de conselho gestor de unidades de conservação;
• Elaboração de planos de controle de espécies exóticas invasoras;
• Implantação de corredores ecológicos de biodiversidade;
• Elaboração de mapeamento e realização de monitoramento das unidades de
conservação.
Quanto aos aspectos punitivos, cabe mencionar que a ação ou omissão dos gestores
públicos, das pessoas físicas ou jurídicas, que importem na inobservância aos preceitos da
Lei do SEUC, e a seus regulamentos, ou que resultem em dano à flora, à fauna e aos
demais atributos naturais das unidades de conservação, bem como às suas instalações e às
zonas de amortecimento e corredores ecológicos, sujeitam os infratores às sanções
previstas em lei, sendo considerada circunstância agravante para a fixação da pena, a
ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de
Conservação, nos termos da Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e alterações.
11
Preservação Permanente - APP, Unidades de Conservação e sobre a proteção do Bioma de
Mata Atlântica, pelo impacto no uso e ocupação do solo.
A área inclusa na APA é rica no Bioma Mata Atlântica, que em sua maioria consta de
espécimes em extinção o que providência atenção especial, inclusive ensejando a proteção,
uma vez que inciso XIV, do Art 3º Resolução CONAMA nº 303/2002, a consideram APP.
12
Ao que confere pela legislação ora explicitada a imposição a preservação destas
áreas que sofrem grande pressão antrópica.
Sendo destaque ainda a grande área estuarina e manguezais dos Rios Itapessoca,
Rio Jaguaribe e do Canal de Santa Cruz, que assim como são Zona Conservação da Vida
Silvestre aos quais é proibido ou regulado o uso dos sistemas naturais, são também
reconhecidamente APP, tal qual disposto no inciso X, do Art.3º, da Resolução CONAMA
nº 303/2002, que estabelece:
Tal decreto repercute de forma positiva na área, uma vez que protege a diversidade
biológica e os recursos hídricos, além de disciplinar o processo de ocupação do solo,
preservando as paisagens assegurando a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.
Vale salientar que a gestão da APA deverá ser feita pelo órgão gestor da unidade, que
poderá dentre outras coisas, determinar as condições para a realização de visitação pública
nas áreas sobre domínio público. Quanto às propriedades privadas, inseridas na APA, cabe
ao proprietário estabelecer as condições para visitação pública, respeitando-se as definições
do Plano de Manejo.
13
É muito importante destacar a existência de um conjunto de unidades de
conservação de categorias diferentes, próximas e justapostas ou sobrepostas constituindo
um Mosaico.
A gestão do Mosaico deverá ser feita por um conselho gestor consultivo, de forma
integrada e participativa, considerando-se os distintos objetivos de conservação, de forma a
compatibilizar a presença da biodiversidade, a valorização da sociodiversidade e o
desenvolvimento sustentável no contexto regional ou local.
Cumpre mencionar ainda que o supra citado Decreto nº 32.488, de 17 de outubro de
2008,que instaourou a APA estabeleceu que ficam incluídas na APA mesma como zonas de
preservação e conservação de vida silvestre:
14
O órgão central do Sistema promoverá a elaboração, a publicação e a atualização da
lista de espécies exóticas invasoras no Estado, documento que subsidiará a fiscalização e o
controle das espécies e dará base para outras possíveis normatizações. Quando da
elaboração do Plano de Manejo deverão ser consideradas diretrizes para prevenção,
controle e monitoramento de espécies exóticas invasoras, e para planos de ação para
controle de espécies exóticas invasoras, quando couber.
Disto posto, o uso do solo no perímetro da APA, deverá ser objeto de controle e
fiscalização constante por parte do poder público e do órgão gestor da unidade, coibindo
usos inadequados e ilegais.
Lei Federal - 6.513/1977: Dispõe sobre a criação de Áreas Especiais especialmente protegidas e
de locais de Interesse Turístico, e dá outras providências.
15
Lei Federal - 6.902/1981:Dispõe sobre a criação de Estações Ecológicas, Áreas de
Proteção Ambiental, e dá outras providências.
Lei Federal - 7.754/1989: Estabelece medidas para proteção das florestas existentes nas
nascentes dos rios e dá outras providências.
Lei Federal - 9.985/2000: Regulamenta o artigo 225 da CFB e institui o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação da Natureza - SNUC.
Lei Federal - 11.284/2006: Dispõe sobre a gestão de florestas públicas para a produção
sustentável; institui, na estrutura do Ministério do Meio Ambiente, o Serviço Florestal
Brasileiro – SFB; cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal – FNDF; altera as
Leis nº 10.683, de 28 de maio de 2003, 5.868, de 12 de dezembro de 1972, 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998, 4.771, de 15 de dezembro de 1965, 6.938, de 31 de agosto de 1981 e
6.015, de 31 de dezembro de 1973; e dá outras providências.
Medida Provisória 2.166-67/2001: Altera os arts. 1º, 4º, 14º, 16º e 44º, e acresce
dispositivos à Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, que institui o Código Florestal, bem
como altera o art. 10 da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, e dá outras providências.
Decreto Federal – 563/1992: Institui o Programa Piloto para a Proteção das Florestas
Tropicais do Brasil e cria a Comissão de Coordenação.
16
Decreto Federal - 750/1993: Dispõe sobre o corte, a exploração e a supressão de
vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata Atlântica, e
dá outras providências.
Decreto Federal - 2.119/1997: Dispõe sobre o Programa Piloto para a Proteção das
Florestas Tropicais do Brasil e sobre a sua Comissão de Coordenação, e dá outras
providências.
Decreto Federal - 5.092/2004: Define regras para identificação de áreas prioritárias para a
conservação, utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade, no âmbito
das atribuições do Ministério do Meio Ambiente.
Resolução CONAMA - 10/1993: Estabelece parâmetros básicos para análise dos estágios
de sucessão da Mata Atlântica.
17
Resolução CONAMA - 31/1994: Define vegetação primária e os estágios sucessionais de
Mata Atlântica no Estado de Pernambuco.
Resolução CONAMA - 09/1996: Define corredores entre remanescentes (para fins do artigo
7º do Decreto 750/93) e estabelece parâmetros e procedimentos para a sua identificação e
proteção.
Portaria MMA 09/2007: Dispõe sobre o reconhecimento como áreas prioritárias para a
conservação, utilização sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade brasileira
as áreas referenciadas no § 2º desta Portaria, denominadas Áreas Prioritárias para a
conservação, utilização sustentável e repartição de benefícios da Biodiversidade Brasileira
ou áreas Prioritárias para a Biodiversidade, para efeito da formulação e implementação de
18
políticas públicas, programas, projetos e atividades sob a responsabilidade do Governo
Federal.
Instrução Normativa MMA – 6/ 2008: Reconhece como espécies da flora brasileira
ameaçadas de extinção.
19
Decreto nº 21. 669, de 26 de agosto de 1999: Gerenciamento Costeiro do Estado de
Pernambuco - GERCO / PE-, define sua composição e atribuições, e dá outras providências.
Decreto Estadual Nº 24.017, de 07 DE Fevereiro DE 2002: Aprova o Zoneamento
Ecológico Econômico Costeiro - ZEEC do Litoral Norte do Estado de Pernambuco, e dá
outras providências.
Itamaracá
20
Goiana: Plano Diretor de Goiana
21
5. DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL
5.1.1 GEOLOGIA
22
O Lineamento Pernambuco, segundo Santos (2000), principal feição estrutural da
área estudada, constitui o elemento balizador entre os terrenos Rio Capibaribe à norte e
Pernambuco/Alagoas à sul (Figura 02), que também foi utilizado por Lima Filho (1998) para
individualizar as bacias PE-PB e Bacia do Cabo. É uma zona de cisalhamento dúctil que se
estende ao longo do Estado de Pernambuco por mais de 700km, desde o Recife até a borda
da Bacia do Parnaíba. Ele faz parte de um grande sistema interligado de zonas de
cisalhamentos que se desenvolveu durante a orogênese brasiliana (510 Ma-650 Ma).
23
5.1.1.1.2 Bacia Pernambuco-Paraíba
Segundo Lima Filho et al. (1998), esta Bacia dever ser classificada como do tipo
ramp basin, associada a separação definitiva das placas Sul Americana e Africana,
constituindo o último ponto de ruptura entre estas placas. Esta separada da Bacia do Cabo
pelo o Lineamento Pernambuco.
LEGENDA
Sedimentos Quaternários
Grupo Barreiras
Formação M Farinha
Formação Beberibe
Embasamento Cristalino
24
Figura 04: COLUNA ESTRATIGRÁFICA DA BACIA PE-PB (SUB-BACIA OLINDA).
25
apresentando horizontes fosfáticos interdigitando-se com calcarenitos na sua porção basal.
Trata-se de uma unidade bastante fossilífera, com sua fauna marinha abundante e variada.
3
Todas as fotografias nas quais constam as coordeandas foram georreferenciadas no local por meio de GPS.
Sendo que todas tem o DATUM 69 e o FUSO 25. Aquelas fotografias que não foram georreferenciadas são
fotografias de arquivo.
26
Foto: Carneiro. Coordenadas: 0287608- 9137079.
4
Ver o Mapa de Geomorfologia no Anexo 8.
27
As unidades morfológicas do extremo noroeste da Região Metropolitana do Recife,
estão agrupadas de acordo com a metodologia adotada para a elaboração do mapa
geomorfológico da Região Metropolitana do Recife, escala 1:100.000. A área do presente
trabalho, de acordo com a da divisão feita pelo RADAMBRASIL (BRASIL, 1981), está
inserida nas unidades geomorfológicas dos “tabuleiros costeiros”, das “planícies deltaicas,
estuarinas e praiais” e, em menor abrangência, na área cristalina, os “morros”.
28
5.1.1.2.2 Tabuleiros
5.1.1.2.3 Vertentes
29
Essa unidade vai desde a quebra de relevo dos tabuleiros até os limites com as
planícies fluviais e a unidade morros. Os declives suavizados predominam nas áreas que
estão voltadas para as planícies aluviais dos principais cursos d’água da área, onde os vales
são abertos e de fundo chato. Os processos erosivos da área estão localizados em sua
maioria nesta unidade, onde, nas áreas em que foi retirada a vegetação natural, podem-se
observar processos intensos de ravinamento. Os ravinamentos são processos erosivos
provocados pelo escoamento superficial concentrado, em face de retirada da cobertura
vegetal do solo, onde aparecem pequenos sulcos escavados pelo fluxo de água (Figura 8).
5.1.1.2.4 Morros
Estão localizadas numa estreita faixa (mapa geomorfológico no anexo 8). As colinas
individualizadas são, provavelmente, resquícios de antigas áreas tabulares que foram
retrabalhadas até a exposição do embasamento, por influência das últimas transgressões
que avançaram a linha de costa e provocaram um afogamento dos vales.
30
5.1.1.2.5 Relevos de Agradação
• Formação Beberibe;
• Formação Gramame;
• Formação Maria Farinha;
• Grupo Barreiras;
• Coberturas Quaternárias.
31
Do Cretáceo Superior esse aqüífero intersticial ocorre extensivamente na Bacia
Sedimentar PE-PB. Composto de arenitos grosseiros a conglomeráticos, localmente finos,
de coloração cinza claro a cinza amarelado, mal selecionado, de fraca diagênese,
essencialmente quartzoso, apresentando eventuais intercalações com níveis
conglomeráticos e siltitos argilosos. Na metade superior predomina arenito creme, maciço,
de forte diagênese, granulometria média a grosseira, com cimento calcífero e restos de
conchas. Por este motivo Costa (1968) dividiu o aqüífero em Beberibe Inferior e Beberibe
Superior, com uma camada argilosa com 10 m de espessura, separando esses dois
horizontes. Porém, essa camada não é contínua em toda extensão de ocorrência do
aqüífero que funciona geralmente como um sistema único, semi-confinado, drenante, com
forte anisotropia, permeabilidade vertical menor do que a horizontal, limitado na base pelo
substrato impermeável do embasamento cristalino e no topo pelos calcários das Formações
Gramame e Maria Farinha ou pelos sedimentos areno-argilosos do Grupo Barreiras.
32
Semi-confinado sob os sedimentos areno-argilosos do Grupo Barreiras: Os
sedimentos do Grupo Barreiras que capeiam o aquífero Beberibe nesta área são de
constituição litológica bastante variada, de areias a argilas, com ocorrência de bolsões
arenosos de permeabilidade elevada com passagem gradacional para os arenitos que
compõem o aqüífero sotoposto, constituindo pontos de recarga deste e pontos mais
vulneráveis à contaminação de suas águas. Em conjunto os sedimentos do Grupo Barreiras
constituem um aqüífero com vulnerabilidade moderada, em função da sua constituição
litológica e da profundidade do nível d’água, atenuando o potencial de risco de
contaminação das águas do aqüífero Beberibe sotoposto.
33
Figura 09: POÇO TUBULAR: 17 METROS DE PROFUNDIDADE.
34
5.1.1.3.4 Sedimentos Fluvio-Lagunares e Mangues
35
Figura 11: ESQUEMA PARA AVALIAÇãO DA VULNERABILIDADE NATURAL DO
AQÜÍFERO.
-Vulnerabilidade Alta
36
com potencial degradador alto, posto de gasolina, cemitério, assentamentos urbanos sem
esgotamento sanitário, dentre outros.
Vulnerabilidade Moderada
Vulnerabilidade Baixa
5
Este texto foi tirado na íntegra do “Diagnóstico Socioambiental do Litoral Sul de Pernambuco”.
37
Os recifes orgânicos ocorrem sobre bancos de arenito e apresentam dimensões que
variam de 1 a 4 km de extensão. As mais expressivas ocorrências desse tipo de recifes
encontram-se na Praia de Ponta de Pedras (Goiana), bem como nas praias de Jaguaribe e
Sítio Pilar . no município de Itamaracá, onde são exploradas para uso na construção civil.
Além de constituírem atrativo turístico pela beleza cênica que encerram e pela
riqueza da fauna e da flora de seu ecossistema, os recifes desempenham importante papel
na proteção das áreas costeiras, funcionando como anteparo natural, atenuante da ação
erosiva do mar, nas praias. Favorecem também a prática da pesca artesanal ao propiciarem
a existência, na plataforma continental, de uma zona interna denominada mar-de-dentro ou
plataforma interna, na qual os pescadores instalam os currais-de-pesca e onde a atividade
pesqueira é praticada com embarcações e apetrechos simples, acessíveis, portanto, a
pescadores com poucos recursos. Essa zona interna, protegida pelos recifes, também é
muito utilizada para lazer e esportes náuticos.
5.1.1.5 Conclusões
38
Figura 12 : Quadro LITOESTRATIGRÁFICO DA BACIA PE/PB.
Fonte: MABESOONE & ALHEIROS, 1988; FEIJÓ, 1994; LIMA FILHO, 1996, 1998.
De acordo com a divisão feita pelo RADAMBRASIL (BRASIL, 1981) a APA está
inserida nas unidades geomorfológicas dos “tabuleiros costeiros”, das “planícies”, das
“Colinas” e, em menor abrangência, na área cristalina, os “morros”.
39
A Planície Costeira é estreita, com linha de costa de direção N-S, pouco recortada e
com a presença expressiva de estuários e manguezais, particularmente ao longo do Canal
de Santa Cruz, em Itamaracá. Apresenta, ainda grande desenvolvimento de recifes e praias
arenosas retilíneas.
40
Quadro 01: AMEAÇAS RELACIONADAS À HIDROGEOLOGIA.
TIPO/CARACTERI- LOCAIS DE CONSEQÜÊN- MEDIDAS PARA
CAUSAS
ZAÇÃO OCORRÊNCIA CIAS MITIGAÇÃO
Instalação de Vedar a
Áreas de recarga dos
atividades implantação de
aqüíferos Beberibe e Contaminação
poluentes como qualquer fonte
Barreiras, que das águas que
postos de produtora de
Contaminação dos apresentam abastecem 2/3 da
gasolina, carga
aqüíferos vulnerabilidade alta e Região
hospitais, contaminante e/ou
moderada, com maior metropolitana
cemitérios, aterros exigir estudos
ocorrência em norte do Recife.
sanitários, lixões, hidrogeológicos
Itapissuma.
dentre outos. detalhados.
Áreas de recarga dos
aqüíferos Beberibe e Diminuição da
Proibir obras de
Impermeabilização Barreiras, que porosidade e
engenharia e
das áreas de apresentam Serviços de permeabilidade,
serviços de re-
recarga dos vulnerabilidade alta terraplenagem. ocasionando a
trabalhamento do
aqüíferos emoderada, com maior impermeabiliza-
solo.
ocorrência em ção do solo.
Itapissuma.
Fonte: Pacheco, 12/2009.
A área de Proteção Ambiental de Santa Cruz está situada na Zona do Litoral e Mata,
mais próxima do litoral. As temperaturas médias anuais atingem valores superiores aos
24ºC. Nos meses mais quentes, janeiro e fevereiro, as temperaturas oscilam, em média,
entre 24ºC e 26ºC enquanto que, no mês mais frio, que é julho, oscila entre 24ºC e 22ºC.
Em termos de índice pluviométrico a área está situada na zona úmida, caracterizada pelas
precipitações costeiras e máximas nos meses de inverno. As precipitações totais anuais
variam entre 1750 a 2000mm, havendo uma estação seca que se estende de setembro ou
outubro até dezembro, com duração entre dois a quatro meses.
5.1.3.1 Solos
41
Para a região em que APA Santa Cruz está inserida não foram encontradas
informações com o detalhamento sobre os solos. As informações mais relevantes e
atualizadas, e que serão utilizadas para descrição dos solos da área, são as contidas no
Zoneamento Agroecológico do Estado de Pernambuco, ZAPE (EMBRAPA/GOVERNO DE
PERNAMBUCO, 2001) cuja escala é de 1:100.000.
ARGISSOLO
42
suave ondulado e ondulado + ESPODOSSOLO CÁRBICO ou FERROCÁRBICO Órtico A
moderado textura arenosa/arenosa e média floresta subperenifólia e/ou cerrado relevo
plano a ondulado (40-35-25 %).
ESPODOSSOLO
GLEISSOLO
LATOSSOLO
LA1 Associação de: LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico textura média e argilosa +
ARGISSOLO AMARELO e VERMELHO-AMARELO Distrófico latossólico, fragipânico ou
típico A moderado e proeminente textura média/argilosa + ESPODOSSOLO CÁRBICO
ou FERROCÁRBICO Órtico fragipânico ou típico e/ou duripânico A moderado textura
43
arenosa/arenosa e média; todos floresta subperenifólia relevo plano e suave ondulado
(45–30 25%)
NEOSSOLOS
SOLOS DE MANGUE
Argissolos
• Horizonte plíntico, se presente, não está acima e nem é coincidente com a parte
superior do horizonte B textural;
• Horizonte glei, se presente, não está acima e nem é coincidente com a parte superior
do horizonte B textural.
44
Figura 13: PLANTAÇÃO DE CANA IRRIGADA EM RELEVO PLANO E SUAVE
ONDULADO.
45
Figura 15: PLANTAÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR EM ARGISSOLO AMARELO.
A subordem que mais ocorre é a dos Argissolos Amarelos aparecendo como único
componente das unidades de mapeamento PA2 e PA5. Também foram reconhecidos e
mapeados Argissolos Amarelos associados com Latossolos Amarelos, na unidade PA1, com
Espodossolos Cárbicos ou Ferrocárbicos, nas unidades PA3, PA4 e PA6, com Argissolos
Vermelho-Amarelos, na unidade de mapeamento PA7 e PA9, e com Espodossolos Cárbicos
ou Ferrocárbicos e Argissolos Vermelho-Amarelos, na unidade PA8.
46
No grande grupo dos Argissolos Amarelos da área é reconhecido apenas o grande
grupo dos ARGISSOLOS AMARELOS Distróficos que são representados pelos seguintes
subgrupos: ARGISSOLOS AMARELOS Distróficos: latossólicos, fragipânicos, típicos ou,
ainda e mais raramente, plínticos. É difícil comentar sobre as características dos Argissolos
da área uma vez que são mapeados de forma associada e com estimativa grosseira do
percentual de ocorrência de cada um dos solos que compõem cada unidade de
mapeamento.
Espodossolos
Esta ordem do sistema taxonômico é constituída por solos com material mineral,
apresentando horizonte B espódico, imediatamente abaixo de horizonte E ou A, dentro de
200cm da superfície do solo, ou de 400cm de profundidade, se a soma do horizonte A + E
ou horizonte hístico + E ultrapassa 200cm de profundidade.
47
Gleissolos
Latossolos
Neossolos
A ordem dos Neossolos é constituída por solos pouco evoluídos e sem horizonte B
diagnóstico.
Na área do presente estudo foram reconhecidas as subordens NEOSSOLO
FLÚVICO Eutrófico e Distrófico, associados aos Gleissolos nas várzeas (unidade de
mapeamento GX1), e NEOSSOLO QUARTZARÊNICOS Órtico típico, ocorrendo tanto nas
restingas quanto nas partes altas do relevo, sempre associados aos Espodossolos Cárbicos
48
ou Ferrocárbicos (unidades de mapeamento RQ e EK2). Os Neossolos Flúvicos são solos
extremamente variáveis em termos físicos, químicos e morfológicos enquanto que, os
Neossolos Quartzarênicos são sempre solos arenosos e de baixas fertilidade e capacidade
de retenção de água e nutrientes.
Solos de mangue
Os solos que ocorrem nas áreas de mangue são considerados indiscriminados sob o
ponto de vista de suas características físicas, químicas e morfológicas e, desta forma, não
recebem classificação taxonômica.
49
Tabela 01: ÁREAS DAS UNIDADES DE MAPEAMENTO DO SOLO.
UNIDADE DE PERCENTAGEM DA ÁREA
ÁREA (KM2)
MAPEAMENTO DO SOLO TOTAL
PA1 837,82 3,9
PA2 531,78 2,5
PA3 1.785,21 8,4
0PA4 157,52 0,7
PA5 146,11 0,6
PA6 1.166,25 5,5
PA7 819,42 3,9
PA8 2.015,90 9,5
PA9 329,99 1,6
EK1 173,12 0,8
EK2 4.634,67 21,7
GX1 180,73 0,9
GX2 663,50 3,1
LA1 798,14 3,8
LA2 1.286,88 6,0
RQ 113,30 0,5
SM 3.911,47 18,4
Área urbana 1.736,80 8,2
TOTAL 21.288,60 100,00
Fonte: Carneiro, 12/2009.
50
Como demonstra o Quadro 03, consideram-se os grupos de 1 a 6. Os grupos 1,2 e 3,
além da identificação de lavouras como tipo de utilização, desempenham a função de
representar, no subgrupo, as melhores classes de aptidão das terras indicadas para
lavouras, conforme os níveis de manejo. Os grupos 4, 5 e 6 apenas identificam tipos de
utilização (pastagem plantada, silvicultura e/ou pastagem natural e preservação da flora e da
fauna, respectivamente), independente da classe de aptidão. As limitações que afetam os
diversos tipos de utilização, aumentam do grupo 1 para o grupo 6, diminuindo,
conseqüentemente, as alternativas de uso e a intensidade com que as terras podem ser
utilizadas.
51
serem obtidas do uso. Ainda que atrativas, essas vantagens são sensivelmente
inferiores àquelas auferidas das terras de classe boa.
Classe restrita – Terras que apresentam limitações fortes para a produção sustentada
de um determinado tipo de utilização, observando as condições do manejo
considerado. Essas limitações reduzem a produtividade ou os benefícios, ou então
aumentam os insumos necessários, de tal maneira que os custos só seriam
justificados marginalmente.
Classe inapta - Terras que apresentam condições que parecem excluir a produção
sustentada do tipo de utilização em questão. Ao contrário das demais, esta classe
não é representada por símbolos. Sua interpretação é feita pela ausência das letras
no tipo de utilização considerado.
Para avaliação das condições agrícolas das terras, toma-se hipoteticamente como
referência um solo que não apresente problemas de fertilidade, deficiência de água e
oxigênio, não seja suscetível à erosão e nem ofereça impedimentos à mecanização. Como
normalmente as condições das terras fogem a um ou vários desses aspectos,
estabeleceram-se diferentes graus de limitação dessa variação. O grau de limitação dos
cinco fatores apresentados nos subitens a seguir.
Nulo (N) - terras que possuem elevadas reservas de nutrientes para as plantas, sem
apresentar toxidez por sais solúveis, sódio trocável ou outros elementos prejudiciais ao
desenvolvimento das plantas. Praticamente não respondem à adubação, e apresentam
ótimos rendimentos durante muitos anos (supostamente mais de 20 anos), mesmo sendo de
culturas mais exigentes.
Ligeiro (L) - terras com boa reserva de nutrientes para as plantas, sem a presença
de toxidez por excesso de sais solúveis ou sódio trocável, devendo apresentar saturação
por bases (V%) maior que 50%, saturação por alumínio menor que 30% e soma de bases
trocáveis (S) sempre acima de 3 cmolc.kg-1 de T.F.S.A. (Terra Fina Seca ao Ar). A
52
condutividade elétrica do extrato de saturação deve ser menor que 4 mS.m-1 a 25oC, e a
saturação por sódio inferior a 6%.
As terras com essas características têm capacidade de manter boas colheitas
durante vários anos (supostamente mais de 10 anos), com pequena exigência de
fertilizantes para manter o seu estado nutricional.
Moderado (M) - terras com limitada reserva de nutrientes para as plantas, referente
a um ou mais elementos, podendo conter sais tóxicos capazes de afetar certas culturas. A
condutividade elétrica no solo pode situar-se entre 4 e 8 mS.m-1 a 25oC , e a saturação por
sódio entre 8 e 20%.
Forte (F) - terras com reservas muito limitadas de um ou mais elementos nutrientes,
ou contendo sais tóxicos em quantidades tais que permitem apenas o desenvolvimento de
plantas com tolerância. Normalmente, caracterizam-se pela baixa soma de bases trocáveis
(S), podendo estar a condutividade elétrica, quase sempre, entre 8 e 15 mS.m-1 a 25oC e a
saturação por sódio, acima de 15%.
Muito forte (MF) - terras mal providas de nutrientes, com remotas possibilidades de
serem exploradas com quaisquer tipos de utilização agrícola. Podem ocorrer, nessas terras,
grandes quantidades de sais solúveis chegando até a formar desertos salinos. Apenas
plantas com muita tolerância conseguem adaptar-se a essas áreas. Podem incluir terras em
que a condutividade elétrica é maior que 15 mS.m-1 a 25oC, compreendendo solos salinos,
sódicos e tiomórficos.
Nulo (N) - terras em que não há falta de água para o desenvolvimento das culturas,
em nenhuma época do ano.
Terras com boa drenagem interna ou livres de estação seca bem como, aquelas com
lençol freático elevado, típicas de várzeas, devem estar incluídas neste grau de limitação.
53
temperatura, umidade relativa e distribuição das chuvas, há possibilidade de dois cultivos
em um ano.
Nulo/ligeiro (N/L) - terras ainda não sujeitas à deficiência de água durante um
período de 1 a 2 meses, limitando o desenvolvimento de culturas mais sensíveis,
principalmente as de ciclo vegetativo longo.
Ligeiro (L) - terras em que ocorre uma deficiência de água pouco acentuada,
durante um período de 3 a 5 meses por ano, o que eliminará as possibilidades de grande
parte das culturas de ciclo longo, e reduzirá significativamente as possibilidades de dois
cultivos de ciclo curto, anualmente. Não está prevista, em áreas com este grau de limitação,
irregularidade durante o períodos das chuvas.
Moderado (M) - terras nas quais ocorre uma acentuada deficiência de água, durante
um longo período, normalmente 4 a 6 meses. As precipitações oscilam de 700 a 1.000 mm
por ano, com irregularidade em sua distribuição, e predominam altas temperaturas.
Forte (F) - terras com uma forte deficiência de água durante um período seco, que
oscila de 7 a 9 meses. A precipitação está compreendida entre 500 a 700 mm por ano, com
muita irregularidade em sua distribuição e com altas temperaturas.
54
A vegetação tipicamente é caatinga hipoxerófila (≥ - 20 < - 30), ou de outras
espécies de caráter seco muito acentuado, equivalente a do sertão do São Francisco.
Terras com estação seca menos pronunciada, porém com baixa disponibilidade de água
para as culturas, estão incluídas neste grau, bem como aquelas que apresentam alta
concentração de sais solúveis capaz de elevar o ponto de murchamento. Nesta categoria
está implícita a eliminação de quaisquer possibilidades de desenvolvimento de culturas de
ciclo longo não adaptadas à falta de água.
Muito forte (MF) - corresponde a uma severa deficiência de água, que pode durar
mais de 9 meses, com uma precipitação normalmente abaixo de 500 mm, baixo índice
hídrico (Im ≥ - 30) e alta temperatura. A vegetação relacionada a este grau é a caatinga
hiperxerófila.
Nulo (N) - terras que não apresentam problemas de aeração ao sistema radicular da
maioria das culturas durante todo o ano. São classificadas como bem a excessivamente
drenadas.
Moderado (M) - terras nas quais a maioria das culturas sensíveis não se desenvolve
satisfatoriamente, em decorrência da deficiência de aeração durante a estação chuvosa.
São consideradas imperfeitamente drenadas e sujeitas a riscos ocasionais de inundação.
55
- Graus de limitação por suscetibilidade à erosão
Nulo (N) - terras não suscetíveis à erosão. Geralmente ocorrem em solos de relevo
plano ou quase plano (0 - 3% de declividade), e com boa permeabilidade. Quando
cultivadas por 10 a 20 anos podem apresentar erosão ligeira, que pode ser controlada com
práticas simples de manejo.
Forte (F) - terras que apresentam forte suscetibilidade à erosão. Ocorrem em relevo
ondulado a forte ondulado, com declividades normalmente de 13 a 20%, os quais podem ser
maiores ou menores, dependendo de suas condições físicas. Na maioria dos casos a
prevenção à erosão depende de práticas intensivas de controle.
Muito forte (MF) - terras com suscetibilidade maior que a do grau forte, tendo o seu
uso agrícola muito restrito. Ocorrem em relevo forte ondulado, com declividade de 20 a 45%.
Na maioria dos casos o controle à erosão é dispendioso, podendo ser antieconômico.
Nulo (N) - terras que permitem, em qualquer época do ano, o emprego de todos os
tipos de máquinas e implementos agrícolas ordinariamente utilizados. São, geralmente, de
56
topografia plana a praticamente plana, com declividade inferior a 3%, e não oferecem
impedimentos relevantes à mecanização. O rendimento do trator (número de horas de
trabalho usadas efetivamente) é superior a 90%.
Ligeiro (L) - terras que permitem, durante quase todo o ano, o emprego da maioria
das máquinas agrícolas. São quase sempre de relevo suave ondulado, com declividades de
3 a 8%, profundas a moderadamente profundas, podendo ocorrer em áreas de relevo mais
suave apresentando, no entanto, outras limitações (textura muito arenosa ou muito argilosa,
restrição de drenagem, pequena profundidade, pedregosidade, sulcos de erosão, etc.). O
rendimento do trator varia de 75 a 90%.
Forte (F) - terras que permitem apenas, em quase sua totalidade, o uso de
implementos de tração animal ou máquinas especiais. Caracterizam-se pelas declividades
acentuadas (20 a 45%), em relevo forte ondulado. Sulcos e voçorocas podem constituir
impedimentos ao uso de máquinas, bem como pedregosidade, rochosidade, pequena
profundidade, má drenagem etc. O rendimento do trator é inferior a 50%.
Muito forte (MF) - terras que não permitem o uso de maquinaria, sendo difícil até
mesmo o uso de implementos de tração animal. Normalmente, são de topografia
montanhosa, com declividades superiores a 45% e com impedimentos muito fortes devido à
pedregosidade, rochosidade, profundidade, ou aos problemas de drenagem.
A avaliação das classes de aptidão agrícola das terras e, por conseguinte, dos
grupos e subgrupos é feita através do estudo comparativo entre os graus de limitação
atribuídos às terras e os estipulados em quadros guias, elaborados para atender às regiões
de clima subtropical, tropical-úmido e semi-árido. No caso do presente trabalho foi utilizado
o quadro guia para região tropical úmida (Quadro 04).
57
Quadro 04: Quadro-GUIA DE AVALIAÇÃO DA APTIDÃO AGRÍCOLA DAS TERRAS (REGIÃO DE CLIMA TROPICAL-ÚMIDO).6
GRAU DE LIMITAÇÃO DAS CONDIÇÕES AGRÍCOLAS DAS TERRAS PARA OS NÍVEIS DE
APTIDÃO AGRÍCOLA
MANEJO A, B E C TIPO DE
Deficiência de Deficiência de Suscetibilidade à Impedimento à UTILIZAÇÃO
Grupo Subgrup Classe fertilidade água Excesso de água erosão mecanização INDICADO
o A B C A B C A B C A B C A B C
1 1ABC Boa N/L N/L1 N2 L/M L/M L/M L L1 N/L1 L/M N/L1 N2 M L N
2 2abc Regular L/M L1 L2 M M M M L/M1 L2 M L/M1 N2/L2 M/F M L
Lavouras
3 3(abc) Restrita M/F M1 L2/M2 M/F M/F M/F M/F M1 L2/M2 F M1 L2 F M/F M
4P Boa M1 M F1 M/F1 M/F
4 4p Regular M1/F1 M/F F1 F1 F Pastagem
4(p) Restrita F1 F F1 MF F plantada
5S Boa M/F1 M L1 F1 M/F
5s Regular F1 M/F L1 F1 F
5 Silvicultura
5(s) Restrita MF F L/M1 MF F
5 e/ou
5N Boa M/F M/F M/F F MF Pastagem
5n Regular F F F F MF natural
5(n) Restrita MF MF F F MF
Sem aptidão Preservação da
6 6 _ _ _ _ _
agrícola flora e da fauna
Fonte: Ramalho Filho & Beek (1995).
6
Notas : - Os algarismos sublinhados correspondem aos níveis de viabilidade de melhoramento das condições agrícolas das terras.
- A ausência de algarismos sublinhados acompanhando a letra representativa do grau de limitação indica não haver possibilidade de melhoramento naquele nível de manejo.
58
5.1.3.2.3 Descrição das classes de aptidão agrícola
a) Terras do grupo 1
• 1aBC: Terras pertencentes à classe de aptidão boa para lavouras nos níveis de
manejo pouco desenvolvido (B) e desenvolvido (C) e regular ao nível de manejo primitivo
(A). Correspondem a Argissolos Amarelos, algumas vezes em associação complexa com
Latossolos Amarelos, que foram identificados nas unidades de mapeamento PA1, PA2 e
PA5. Os solos são muito profundos, em geral friáveis e predominantemente situados em
relevos planos e suave ondulados. Têm como limitações a baixa fertilidade natural e a
presença de cimentações do tipo fragipã, ocorrendo em diferentes profundidades, que
podem criar impedimento temporário a penetração de raízes e a drenagem interna do solo.
Estas limitações conduzem a necessidade de investimentos em fertilização e o
acompanhamento de áreas onde o fragipã ocorre a pouca profundidade.
Amarelos com Espodossolos dos tabuleiros, mapeados nas unidades LA1 e LA2.
Desta forma foi considerada na classe de aptidão restrita para o nível de manejo
primitivo devido ao investimento mais elevado necessário para fertilização e correção da
acidez.
59
Espodossolos têm textura arenosa e, ficam encharcados por alguns meses no período
chuvoso o que dificulta o manejo e limita a utilização agrícola. Os investimentos são mais
altos para tornar estas terras produtivas, mesmo para o nível de manejo B.
O Quadro 05, a seguir, apresenta análise da aptidão agrícola das terras para cada
unidade de mapeamento, nos três níveis de agricultura (primitiva, pouco desenvolvida e
desenvolvida), considerando-se as limitações quanto à fertilidade natural, deficiência ou
excesso d’água, suscetibilidade à erosão e impedimento à mecanização agrícola.
60
Quadro 05: PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE APTIDÃO AGRÍCOLA DAS TERRAS DA APA
PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE APTIDÃO AGRÍCOLA DAS TERRAS DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE SIRINHAÉM
Estimativa dos graus de limitação das principais condições agrícolas das terras
Símbolos
das Classificaç
unidades (1) Deficiência de Deficiência de Suscetibilidade à Impedimento à ão
Relevo Excesso de água
de fertilidade água erosão mecanização da aptidão
mapeame agrícola
nto
A B C A B C A B C A B C A B C
ondulado e suave
PA1 F L1 N2 L L L M L L L N/L1 N2 N/L N/L N/L 1aBc
ondulado
suave ond., forte ond. e
PA2 F L1 N2 L L L M L L L/M N/L1 N2 M M M 2(a)bc
plano
GX1 plano e suave ondulado M L1 N/L1 L L L M/F M/F M/F N N N N N N 2(ab)c
GX2 plano M L1 N/L1 L L L M/F M/F M/F N N N N N N 2(ab)c
plano, s ond. ond. e forte
LA1 F L1 N2 L L L N N N L/M N/L1 N2 F F F 2ab(c)
ond.
plano,s.ond., ond. e forte
LA2 F L1 N2 L L L M L L L/M N/L1 N2 F F F 5s
ond.
plano,s.ond., ond. e
LA3 F L1 N2 L L L M L L L/M N/L1 N2 F F F 5s
forte.ond.
RQ plano M L1 N/L2 L L L MF MF MF N N N MF MF MF 6
SM plano F F F N N N MF MF MF N N N MF MF MF 6
(1)
ond: ondulado; s. suave; mont: montanhoso.
61
Terras do grupo 2
• 2(a)b(c): A unidade de mapeamento PA8 representa estas terras que têm uso
restrito para os níveis de manejo primitivo e desenvolvido e regular para o nível pouco
desenvolvido. São constituídas por Argissolos Amarelos e Vermelho-Amarelos relevos
ondulados e forte ondulados com Espodossolos Hidromórficos nas partes baixa e planas por
entre as elevações. Além da baixa fertilidade natural, apresentam impedimentos à
mecanização e suscetibilidade à erosão nas partes altas e excesso de água nas partes
baixas, ao menos durante o período chuvoso.
Terras do grupo 6
62
Gleissolos que poderiam estar classificados como de aptidão 2(ab)c, mas a proximidade e
interrelacionamento com a restinga encharcada diminuem as chances de aproveitamento
agrícola destas terras.
63
extrínsecas diversas. Com base nesse tipo de informação foi apenas possível avaliar a
suscetibilidade à erosão média da associação que define cada unidade de mapeamento do
solo, conjugada as formas do terreno a que cada componente está relacionado. Para
propósitos comparativos da suscetibilidade à erosão, entre as diversas unidades de
mapeamento, foram estabelecidos cinco níveis de suscetibilidades das terras, da forma
disposta a seguir:
64
CRUZ.
UNIDADE DE MAPEAMENTO DOS SOLOS NÍVEL DE SUSCETIBILIDADE À EROSÃO
PA1 S4
PA2 S5
PA3 S5
PA4 S4
PA5 S5
PA6 S3
PA7 S2
PA8 S2
PA9 S2
EK1 S5
EK2 S5
GX1 S5
GX2 S5
LA1 S5
LA2 S5
RQ S5
SM S5
Fonte: Carneiro, 12/2009.
PERCENTAGEM DA ÁREA
NÍVEIS DE SUSCETIBILIDADE À EROSÃO ÁREA (KM2)
TOTAL
1 – Suscetibilidade muito alta 0,0 0,0
2 – Suscetibilidade alta 3.165,32 14,9
3 – Suscetibilidade média 1.166,25 5,5
4 – Suscetibilidade baixa 995,34 4,7
5 – Suscetibilidade muito baixa 14.224,99 66,9
1.736,7 8,2
TOTAL 21.288,6 100,00
Fonte: Carneiro, 12/2009.
5.1.3.4 Conclusões
65
a) Solos das partes altas do relevo
Solos das partes altas do terreno, com relevos pouco movimentados (planos ou
suave ondulados) Nesta situação ocorrem solos dos tipos Argissolos Amarelos, Argissolos
Vermelho-Amarelo e Espodossolos Cárbicos e/ou Ferrocárbicos, na maioria das vezes em
associações entre eles. Ocupam uma área de 5.596,0 km2 que correspondem a 26% da
área total da APA.
Solos das partes altas do relevo com modelado ondulado a forte ondulado. Nesta
situação estão os Argissolos Amarelos e Argissolos Vermelho-Amarelo ocupando uma
extensão de 1.149,4 km2 correspondentes a 5,4% da APA.
Solos das partes altas do relevo, com modelado ondulado a forte ondulado,
representados por associação de Argissolos Amarelos e Argissolos Vermelho-Amarelos. Por
entre estes relevos movimentados há trechos com modelado suave ondulado ou plano onde
os Espodossolos Cárbicos ou Ferrocárbicos são os solos representativos. Ocupam
aproximadamente uma extensão de 2.835,3 km2 correspondentes a 13,3% da área da APA.
Nestes terrenos baixos e planos de várzeas e restingas ocorrem solos dos tipos
Gleissolos Háplicos, Espodossolos Cárbicos e Ferrocárbicos hidromórficos, Neossolos
Quartzarênicos, e Neossolos Flúvicos quase sempre mapeados em associações complexas.
Ocupam um total de 5.478,9 km2, ou 25,8% da área em estudo.
Quanto à aptidão agrícola das terras cerca de, 5.543 km2 ou 26% da área de APA de
Santa Cruz, correspondem a terras com aptidão boa para lavouras de ciclo curto e/ou longo
em pelo menos um dos níveis de manejo considerados (primitivo, pouco desenvolvido e
desenvolvido). Cerca de, 44% da área ou 9.320km2 são ocupados com terras com aptidão
regular para lavouras de ciclo curto e/ou longo em pelo menos um dos níveis de manejo. Os
restantes 30 % da APA correspondes a terras sem aptidão para uso agrícola, 22% ou
4.688km2, e 8% (1737km2) de área urbana.
66
Quadro 07: AMEAÇAS RELACIONADAS À SOLOS
TIPO/CARACTERIZAÇÃO LOCAIS DE OCORRÊNCIA CAUSAS CONSEQÜÊNCIAS MEDIDAS DE MITIGAÇÃO
• Terras com relevo
movimentado que são
Suavização das encostas, tanto
representadas no mapa de
Intensa erosão dos solos por Desmatamento, e dos locais de retirada de material
solos pelas unidades: PA7,
ações de utilização, utilização dos solos sem Grande perda de solos quanto nos sulcos e voçorocas.
PA8 e PA9.
especialmente em relevos práticas de controle dos com formação de Terraceamentos nas encostas,
movimentados, e por usos • Terras utilizadas para processos erosivos. erosão dos tipos sulcos barramento nas voçorocas e
indevidos como a retirada de retirada solo para aterro, Retirada de materiais e voçorocas. recobrimento vegetal nas
materiais para aterros. como nos pontos com para aterros. encostas e nos acúmulos de terra
coordenadas UTM: 296429 x (conseqüência dos barramentos).
9140614 e 297374 x
9139379.
Nas áreas das partes altas do
relevo com modelado plano e
Intensa utilização agrícola
suave ondulado. São
Esgotamento da fertilidade de solos já, naturalmente, Perda de produtividade
representadas no mapa de Fertilização e calagem dos solos.
natural dos solos. de baixa fertilidade agrícola do solo.
solo pelas unidades: PA1,
natural.
PA2, PA3, PA4, PA5, PA6,
LA1 e LA2.
Perda de produtividade
agrícola dos solos ou
Aumento na concentração de Solos de terras baixas e Utilização agrícola dos
até mesmo da
sais no solo, com planas de várzeas, com solos sem práticas de Práticas de drenagem dos solos.
capacidade de suporte
conseqüente alcalinização. intensa utilização agrícola. drenagem.
para a maioria das
espécies vegetais.
Fonte: Carneiro, 12/2009.
67
5.1.4 HIDROLOGIA SUPERFICIAL7
Entre os estudos existentes que tratam da bacia GL1, onde se encontra a APA em
questão, o que melhor define suas características hidrológicas é o documento intitulado de
DIAGNÓSTICO DOS RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA DO RIO GOIANA E DOS
GRUPOS DE BACIAS DE PEQUENOS RIOS LITORÂNEOS GL-1 E GL-6 - 2001,
desenvolvido pela Assossiação Brasileira de Franchising (ABF), contratada pela Secretaria
de Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco (SRH). Este estudo abrange uma área
bem maior que a da APA em questão. Desta forma, vários dados numéricos aqui
apresentados estão baseados em informações do supracitado Estudo, que dividiu a bacia
do rio Goiana em três Unidades de Análise- UA, consideradas como unidades de
planejamento, UA-1, UA-2 e UA-3, e considerou também uma pequena bacia hidrográfica
denominada de GL-6, localizada no extremo norte do Estado e fazendo divisa ao sul e oeste
com a bacia do rio Goiana, ao norte com o Estado da Paraíba, e ao sul com o Oceano
Atlântico, e abrangeu também a bacia GL1, denominada no Diagnóstico de UA-4, na qual
esta inserida a APA Santa Cruz, como já foi exposto.
As bacias hidrográficas contempladas no referido Diagnóstico abrangem uma área
de drenagem total de 4.124,57 quilômetros quadrados, e ficam localizadas entre as
7
É importante salientar que nem todos os principais rios da APA possuem suas áreas de drenagem totalmente
inseridas na mesma, porém tem que ser considerados no estudo em andamento.
Devem existir diversas pequenas barragens localizadas dentro da APA, porém, são de pequeno porte e
geralmente não são consideradas em estudos mais amplos de bacias hidrográficas.
Não existem estações fluviométricas com dados de vazões observadas localizadas dentro da área de drenagem
da APA, desta forma, devido à limitação de dados hidrológicos disponíveis para área, serão apresentados de
forma preliminar os dados relativos ao Diagnóstico mencionado anteriormente, que representam de forma
satisfatória, ao menos nesta parte do Estudo, a área de preservação em questão.
68
coordenadas geográficas Lat. 7º 20’ 20” e Lat. . 8º 03’ 48” de latitude sul e Long . 34º
48’46”e Long. .35º 41’43”de longitude a oeste do meridiano de Greenwich.
A área de drenagem da GL1 bem como da APA Santa Cruz encontram-se situadas
na zona da Mata do Estado de Pernambuco, abrangendo, inclusive, toda a microrregião de
Itamaracá, e tendo como limites, no caso da GL1: ao norte com a bacia do rio Goiana; pelo
sul a bacia do rio Capibaribe; a leste o Oceano Atlântico; e a oeste as bacias dos rios
Capibaribe e Goiana. Já a APA está inserida na parte leste e dentro da GL1, tendo como
limite leste o oceano Atlântico, não fazendo divisa precisamente com bacias hidrográficas,
pelo fato de sua delimitação não ter respeitado os limites topográficos de tais bacias.
69
Figura 19: LOCALIZAÇÃO DA BACIA GL1.
Fonte: Diagnóstico dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Goiana e dos Grupos de Bacias de Pequenos Rios Litorâneos GL-1 e GL-6.
70
Figura 20: LOCALIZAÇÃO DAS UNIDADES DE ANÁLISE DA BACIA.
Fonte: Diagnóstico dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Goiana e dos Grupos de Bacias de Pequenos Rios Litorâneos Gl-
1 E Gl-6.
Esta bacia está totalmente situada na Ilha de Itamaracá, possuindo uma área de
drenagem de 18 km². O relevo é suavemente ondulado, passando a plano nas proximidades
do mar. O rio é intermitente ficando no período de estiagem praticamente seco no terço
superior do seu curso, possuindo água no restante do curso a partir da foz devido à
influência da maré. Por isto se decidiu usar imagem de satélite em vez de registros
fotográficos (Figura 21).
71
Figura 21: RIO JAGUARIBE, AINDA SOBRE A INFLUÊNCIA DA MARÉ.
72
5.1.4.2.2 Bacia Hidrográfica do Rio Botafogo
O rio Botafogo (Figura 23) é o mais importante da APA e sua bacia hidrográfica
possui uma área de drenagem total de 280 quilômetros quadrados. O relevo é
movimentado, mas não conta com elementos topograficamente marcantes. Geologicamente
é constituída por sedimentos terciários e quaternários, ocorrendo afloramentos de rochas ao
norte, na transição para as formações cristalinas.
Este rio é formado pela junção de diversos pequenos rios e tem suas nascentes no
município de Araçoiaba e Tracunhaém. Dentre esses pequenos cursos d’água destacam-se
os rios Cumbe, Pilão e Catucá, que não estão inseridos na APA, porém, contribuem de
forma significativa na afluência de água para mesma.Já próximo à sua foz, o rio Botafogo
recebe as águas do rio Arataca (Figura 24) pela margem esquerda, este último formado pela
junção dos rios Itapirema e Jardim. Sendo que o rio Arataca está inserido na APA.
73
Figura 24: RIO ARATACA.
74
Figura 25: RIO IBEAPECU.
75
Figura 27: RIO PACAS.
A faixa costeira do Nordeste do Brasil, onde se insere a APA, que se estende do Rio
Grande do Norte ao sul da Bahia, também conhecida como Zona da Mata, apresenta clima
quente e úmido com totais pluviométricos elevados (1.000 a 2.000mm/ano). As principais
chuvas dessa região começam em março, prolongando-se até julho/agosto. A costa leste do
Nordeste está sob a influência da massa de ar tropical marítima, a qual, geralmente, é
condicionalmente instável, profunda e úmida. Essa região sofre influências das penetrações
dos sistemas frontais e das perturbações atmosféricas de leste. Essa região possui período
chuvoso extenso, com pelo menos seis meses de duração. Em geral, as chuvas vão de
março a agosto e o período seco (na verdade não tão seco) situa-se de setembro a
fevereiro. Em termos de distribuição percentual, pode-se dizer que 75 a 80% das chuvas
anuais acontecem no semestre chuvoso e 20 a 25% no período seco. Entretanto, 20 a 25%
sobre um total de mais de 2.000mm já representam algo bem maior do que toda a chuva
anual registrada em muitas localidades do Agreste e do Sertão.
76
Pessoa/PB, Recife (Curado)/PE e Surubim/PE, de forma contínua, tendo processado e
publicado os dados referentes ao período das Normais de 1961 a 1990.
77
Tabela 03: NORMAIS CLIMATOLÓGICAS DE JOÃO PESSOA.
78
Tabela 04: NORMAIS CLIMATOLÓGICAS DE RECIFE (CURADO)
79
Tabela 05: NORMAIS CLIMATOLÓGICAS SURUBIM.
80
Tabela 06: DADOS CLIMATOLÓGICOS DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO.
81
Tabela 07: DADOS CLIMATOLÓGICOS DE ITAMBÉ.
82
índices pluviométricos são maio, junho e julho; os mais secos são outubro, novembro e
dezembro.
83
Tabela 08: POSTOS PLUVIOMÉTRICOS UTILIZADOS.
LONGITUDE
POSTO LATITUDE(DEC) ALTITUDE (M)
(DEC)
Aliança 35.200 7.583 60
Bizarra 35.483 7.733 200
Bom Jardim 35.583 7.800 325
Buenos Aires 35.326 7.726 150
Carpina 35.250 7.850 184
Condado 35.100 7.583 95
Cruangi 35.333 7.583 210
Goiana 35.000 7.567 13
Igarassu 34.967 7.817 22
Itaquitinga 35.100 7.667 80
Limoeiro 35.467 7.867 138
Macaparana 35.450 7.550 350
Machados 35.517 7.683 322
Mussurepe 35.133 7.900 70
Nazaré da Mata 35.233 7.733 75
Paudalho 35.167 7.900 69
Recife Curado 34.917 8.050 5
Salgadinho 35.667 7.933 270
São Lourenço da Mata 35.050 8.033 70
Itambé 35.117 7.417 190
Timbaúba 35.317 7.517 190
Surubim 35.783 7.817 380
Vicência 35.317 7.667 90
FONTE: Diagnóstico dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Goiana e dos grupos de bacias de pequenos rios litorâneos GL-1
eGL-6
84
Para todos os postos selecionados foram estabelecidas séries completas de chuvas
mensais para o período de 1960 a, no mínimo, 1992, estando estes localizados
geograficamente de modo a permitir uma boa definição das isoietas mensais e anuais nas
bacias em estudo, e permitindo a manutenção da continuidade natural dessas linhas para as
bacias vizinhas.
85
Itambé
9180000
GL6
F ig u r a
9170000 Timbaúba
3 .3 /1
BACIA DO GOIANA
Macaparana
Goiana
9160000
Vicência Itaquitinga
- L o c a liz a ç ã o
Machados
9150000
d o s
Buenos Aires
U T M
Bizarra Nazaré da Mata
GL1
9140000
P o s to s
Bom Jardim
Igarassu
Surubim
L a titu d e
Carpina
Limoeiro
9130000
Paudalho Mussurepe
Salgadinho
P lu v io m é tr ic o s
9120000
Figura 29 : LOCALIZAÇÃO DOS POSTOS PLUVIOMÉTRICOS.
Recife Curado
U tiliz a d o s
9110000
200000 210000 220000 230000 240000 250000 260000 270000 280000 290000 300000
Longitude UTM
86
Tabela 09: PRECIPITAÇÕES MÉDIAS MENSAIS E ANUAIS.
P re c ip ita ç ã o (m m )
P o sto Jan F ev M ar A br M ai Jun Jul A go Set O ut Nov D ez A n ua l
A lia n ç a 4 1 .5 6 0 .8 1 3 2.3 1 6 5 .7 1 4 9 .9 1 6 1 .6 1 7 6 .2 8 5 .5 5 6 .3 2 6 .3 2 6.2 2 8 .2 1 1 1 0 .6
B iz a rra 7 5 .8 8 1 .4 1 6 8.0 1 9 1 .1 1 7 0 .5 2 0 3 .9 2 4 3 .5 1 5 7 .7 7 7 .1 4 8 .6 3 6.9 5 8 .6 1 5 1 3 .1
B o m J a rd im 11 3 .3 1 4 7 .4 1 3 5.3 1 4 7 .4 1 7 5 .2 83 .9 5 8 .0 2 5 .5 2 6 .8 4 2 .2 4 7.6 5 8 .7 1 0 6 1 .4
B u en o s A ire s 4 4 .3 7 3 .8 1 3 7.9 1 6 6 .5 1 3 2 .7 1 4 9 .9 1 9 8 .5 8 0 .0 6 2 .5 2 1 .6 2 4.1 4 0 .0 1 1 3 1 .6
C a rp in a 10 7 .6 1 4 1 .7 1 2 8.2 1 6 9 .2 1 3 8 .5 1 3 6 .2 8 8 .2 5 0 .6 4 0 .3 4 1 .5 5 6.0 8 9 .7 1 1 8 7 .6
Condado 7 5 .0 1 1 6 .3 2 0 4.2 1 9 1 .5 2 1 0 .6 2 2 4 .5 2 1 3 .9 1 0 3 .7 7 2 .7 3 6 .1 3 9.7 4 6 .0 1 5 3 4 .2
C ru a ng i 6 7 .0 1 0 4 .5 1 3 6.4 1 2 6 .2 1 4 6 .1 1 5 3 .2 1 3 7 .2 7 2 .2 5 2 .7 2 6 .6 3 8.2 4 3 .7 1 1 0 4 .0
G o ia n a 11 1 .8 1 2 3 .6 2 4 2.6 3 0 7 .5 2 5 8 .5 3 3 0 .8 3 2 5 .0 1 5 5 .5 8 5 .8 3 0 .3 5 0.8 3 5 .8 2 0 5 8 .1
Iga ra ssu 8 6 .7 1 3 9 .0 2 5 0.2 3 1 0 .1 3 3 9 .9 3 1 3 .6 3 2 4 .7 1 7 7 .3 9 8 .2 4 8 .6 3 7.3 5 3 .7 2 1 7 9 .2
Ita q u itin g a 6 0 .0 6 0 .4 1 2 0.3 1 5 9 .9 1 6 5 .0 1 8 6 .3 2 0 0 .8 8 3 .0 5 1 .7 2 5 .1 2 8.2 3 4 .2 1 1 7 4 .8
L im oe iro 9 4 .7 1 3 8 .9 1 3 5.1 1 4 2 .7 1 8 0 .0 70 .7 5 9 .5 2 6 .7 1 3 .1 4 0 .5 4 9.0 4 9 .8 1 0 0 0 .6
M a c a p a ra n a 6 7 .8 1 0 0 .9 1 1 7.7 1 3 5 .1 1 2 9 .0 1 5 2 .9 1 3 4 .0 6 0 .9 5 0 .5 2 3 .8 2 5.9 4 2 .8 1 0 4 1 .4
M achados 6 5 .0 1 2 1 .7 1 6 0.4 1 5 6 .7 1 7 2 .2 2 2 5 .5 1 1 4 .5 7 7 .0 3 9 .6 2 4 .1 4 4.6 4 4 .4 1 2 4 5 .7
M u ssu re p e 8 7 .5 1 3 0 .5 1 6 8.2 1 6 6 .8 1 9 9 .3 2 3 0 .2 1 7 3 .9 1 0 0 .3 4 4 .8 3 3 .3 2 9.3 5 5 .1 1 4 1 9 .1
N a z a ré d a M a ta 14 1 .1 1 6 7 .0 1 4 3.8 1 8 5 .9 1 0 6 .8 98 .5 5 8 .8 3 3 .0 3 5 .0 5 9 .2 8 1.3 1 4 0 .2 1 2 5 0 .6
P a ud a lh o 7 9 .7 1 2 5 .8 1 0 6.1 1 6 7 .7 1 7 7 .1 2 0 9 .6 1 1 4 .6 7 8 .8 5 3 .6 1 9 .8 2 8.3 3 7 .8 1 1 9 8 .9
R e c if e C u ra do 12 0 .9 1 5 4 .7 2 4 0.4 3 1 4 .4 3 1 4 .2 3 4 3 .6 3 1 7 .4 1 7 3 .7 1 0 3 .1 5 9 .1 4 3.8 8 3 .8 2 2 6 9 .0
S a lg a d in h o 9 1 .5 1 0 9 .9 1 2 8.9 1 1 5 .5 1 3 5 .2 97 .1 5 9 .1 3 0 .3 1 9 .2 2 8 .3 2 3.8 5 4 .1 8 9 2 .9
S ã o L o u re n ç o da M a ta 5 6 .1 1 3 6 .9 1 4 8.4 1 8 8 .2 2 2 9 .2 2 7 5 .1 1 0 9 .0 1 0 9 .5 2 7 .2 2 6 .0 4 0.2 6 9 .2 1 4 1 5 .0
Ita m b é 7 8 .4 1 6 4 .8 1 9 0.2 1 9 2 .2 2 1 9 .9 2 2 7 .5 1 0 4 .9 6 6 .3 3 2 .5 2 6 .9 3 6.4 6 6 .0 1 4 0 6 .0
T im b aú b a 8 4 .8 1 0 5 .3 1 5 0.6 1 5 0 .0 1 6 3 .0 1 6 7 .5 1 5 8 .4 7 1 .7 5 4 .8 3 1 .7 3 6.1 4 1 .7 1 2 1 5 .7
S u ru b im 8 0 .1 8 9 .2 97 .3 8 8 .9 7 0 .2 64 .4 3 3 .8 1 9 .9 2 0 .8 1 8 .7 3 6.7 7 1 .8 6 9 1 .8
V ic ê nc ia 4 9 .0 6 8 .9 1 4 6.4 1 6 8 .3 1 4 6 .5 1 8 0 .4 1 9 7 .9 9 3 .4 6 7 .9 2 4 .1 2 4.8 4 6 .7 1 2 1 4 .2
M ac ha d o s Condado Ita m b é
2 50 250 250
2 00 200 200
1 50 150 150
1 00 100 100
50 50 50
0 0 0
Jul
Jul
Set
Jan
Mai
Jul
Mar
Mai
Jan
Set
Mar
Nov
Jan
Nov
Mai
Set
Nov
Mar
1 00 350
200
300
80
150 250
60 200
100
40 150
100
50
20
50
0 0 0
Jul
Jul
Jul
Set
Jan
Mai
Mar
Mai
Mai
Jan
Jan
Set
Set
Nov
Mar
Mar
Nov
Nov
Fonte: Diagnóstico dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Goiana e dos grupos de bacias de pequenos rios
litorâneos GL-1 eGL-6.
87
Pelos dados apresentados, verifica-se que ao longo do litoral as precipitações médias
anuais atingem valores acima de 2000mm, decrescendo um pouco do sul para o norte, e
que as precipitações dos postos mais próximos a APA (Recife, Igarassu e Goina) a média
anual foi superior a 2000mm.
88
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 57 145 165 342 252 402 172 144 138 21 21 24
2008 83 27 284 307 284 256 255 239 30 40 1 47
2009 115 276 155 389 431 275 375 182 96 12
Fonte: Laboratório De Meteorologia de Pernambuco (Lamepe).
Esta parte do relatório tem a intenção de apresentar dados hidrológicos, obtidos com
base no já comentado Diagnostico, de extrema valia para caracterização hidrológica da área
em estudo, e que podem ser utilizados futuramente na obtenção de parâmetros e resultados
necessários ao longo do Estudo em andamento.
89
Foram obtidos os seguintes valores de vazões específicas de cheias para diferentes
áreas de drenagem:
Fonte: Diagnóstico dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Goiana e dos grupos de bacias
de pequenos rios litorâneos GL-1 eGL-6.
90
As equações finais que definem as vazões instantâneas específicas (Q) de cheias
para cada tempo de retorno adotado, em m³/s/km², com as áreas de drenagem (AD)
informadas em km², são dadas por:
91
Tabela 13: VAZÕES REGULARIZADAS DA BARRAGEM BOTAFOGO.
Barragem Bo tafo go
Vazões regularizadas B arrag em B otaf og o
2.00 0
Risco % (*) Qreg (m 3/s)
Vazão regularizada
0 0.806 1.50 0
(m³/s)
1 0.900 1.00 0
5 1.250 0.50 0
10 1.460
0.00 0
0 2 4 6 8 10
(*) R isc o de não aten dimento pleno
R is co d e n ão a ten dimen to p le no (%)
em um m ês qualqu er
Fonte: Diagnóstico dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Goiana e dos grupos de bacias de pequenos rios
litorâneos GL-1 eGL-6.
Com relação a vazões em rios podem ser consideradas como referência para APA,
isto para efeito de potencialidade e disponibilidade hídrica, os dados relativos a pontos de
captação da COMPESA localizados nos mananciais a seguir. Vale salientar que, mesmo
que estes pontos não estejam localizados dentro da APA, possuem parâmetros hidrológicos
que representam a mesma.
92
Tabela 14: PONTOS DE CAPTAÇÃO DA COMPESA.
Captação de Caixa d'Água no Rio Beberibe (m³/s/km²)
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
Média 0.024 0.024 0.024 0.025 0.028 0.035 0.033 0.032 0.029 0.028 0.027 0.026 0.028
Desvio 0.008 0.008 0.008 0.009 0.013 0.018 0.015 0.014 0.010 0.009 0.009 0.009 0.010
CV 0.326 0.333 0.343 0.380 0.461 0.532 0.447 0.434 0.347 0.336 0.333 0.333 0.365
Máxima 0.043 0.041 0.041 0.047 0.067 0.105 0.080 0.078 0.054 0.051 0.048 0.046 0.056
Mínima 0.009 0.009 0.009 0.009 0.011 0.012 0.012 0.011 0.011 0.011 0.010 0.010 0.011
93
V a z õ e s N a t u r a i s M é d i a s E s p e c í f i c a s ( m ³ / s / k
9 1 8 0 0 0 0
G L 6
9 1 7 0 0 0 0
9 1 6 0 0 0 0
B a c i a d o R i o G o i a n a
9 1 5 0 0 0 0
La ti tu d e U T M
9 1 4 0 0 0 0
G L 1
9 1 3 0 0 0 0
9 1 2 0 0 0 0
9 1 1 0 0 0 0
2 1 0 0 2 02 00 020300 0 2 0 4 0 0 0 2 0 5 0 0 0 2 06 00 0 2 0 7 0 0 0 2 0 80 0 0 2 0 9 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0
L o n g it u d e U T M
Fonte: Diagnóstico dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Goiana e dos grupos de bacias de pequenos rios
V a GL-1
litorâneos z õeGL-6.
e s N a t u r a i s M í n i m a s M e n s a i s E s p e c í
9 1 8 0 0 0 0
G L 6
9 1 7 0 0 0 0
9 1 6 0 0 0 0
B a c i a d o R i o G o i a n a
9 1 5 0 0 0 0
La titu d e U T M
9 1 4 0 0 0 0
G L 1
9 1 3 0 0 0 0
9 1 2 0 0 0 0
9 1 1 0 0 0 0
2 1 0 0 2 0 20 0 0 2 03 0 0 02 0 4 0 0 0 2 0 5 0 0 0 2 0 6 0 0 0 2 07 0 0 0 2 0 8 0 0 0 2 0 9 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0
L o n g i t u d e U T M
Fonte: Diagnóstico dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Goiana e dos grupos de bacias de pequenos rios
litorâneos GL-1 eGL-6.
94
5.1.4.5.3 Uso da Água
5.1.4.6.1 Poluição
Na identificação das fontes de poluição das águas nas bacias, neste estudo, foram
definidos dois tipos principais de resíduos: os de origem doméstica e o de origem industrial.
Com relação à poluição de origem doméstica considerou-se a parcela gerada pelo
lançamento dos esgotos domésticos e dos resíduos sólidos (lixo) nos cursos de água. No
que diz respeito à de origem industrial levou-se em conta, evidentemente, as cargas
geradas por instalações industriais.
95
No caso específico da poluição gerada por resíduos sólidos foram identificados, para
cada bacia e município que tem a sua sede situada na bacia, o tipo de disposição e o
tratamento adotado. Com relação aos efluentes domésticos considerou-se a população
urbana do município e uma taxa correspondente à carga orgânica per capita. As indústrias
foram analisadas segundo as características dos respectivos processos produtivos e de
tratamento empregado para redução dos efeitos poluidores de seus resíduos.
a) Resíduos sólidos
Com relação aos impactos nos cursos de água (superficiais e subterrâneas) verifica-
se que, a maioria dos sítios de disposição de resíduos, inativos ou utilizados, nos municípios
do Estado de Pernambuco, não possui qualquer dispositivo ou equipamento que discipline o
escoamento e/ou tratamento do chorume, sendo grande a probabilidade de que ocorra a
poluição dos corpos de água.
96
Tabela 15: INDICADORES DE DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NA GL
1.
DESTINAÇÃO FINAL IMPACTO AMBIENTAL
Esgotos Sanitários
O lançamento “in natura” dos esgotos domésticos nos corpos de água vem, com o
decorrer do tempo, aumentando o nível de poluição, prejudicando o potencial de uso desses
corpos de água, para abastecimento humano e também para usos industriais. Dentre os
impactos gerados pode-se citar: poluição das águas, com o aumento do número de agentes
patogênicos e de macro nutrientes (nitrogênio e fósforo), que afetam o equilíbrio natural do
ecossistema aquático; poluição do solo; e aumento de casos de doenças de veiculação
hídrica.
Nos municípios cujas sedes estão inseridas na APA (Itapissuma e Itamaracá) não
existem sistemas coletivos de esgotamento sanitário, com todas as unidades que os
compõem, isto é, redes de coleta, elevatórias, emissários e estações de tratamento.
atendidos por redes de coleta. Predomina o sistema de tratamento primário (fossa séptica).
Mesmo as unidades habitacionais com soluções isoladas do tipo fossa, em geral têm
problemas de funcionamento e, assim, a quase totalidade dos esgotos produzidos chega
aos cursos d’água sem tratamento.
97
Tabela 16: INDICADORES DE DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NA GL
1.
POPULAÇÃO URBANA CARGA ORGÂNICA
MUNICÍPIO
EM 2000(HAB) POTENCIAL (KG/DBODIA)
Abreu e Lima 77.744 4.198
Arassoiaba 12.440 671
Igarassú 75.254 4.064
Itamaracá 38.770* 2.093
Itapissuma 20.133 1.087
Olinda 361.323 19.512
Recife 483.127 26.089
Paulista 262.072 14.152
TOTAL 1.430.863 71.866
Fonte: Diagnóstico dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Goiana e dos grupos de bacias de pequenos rios litorâneos GL-1
eGL-6. Nota: * população residente e flutuante.
Poluição Industrial
98
5.1.4.7 Conclusão
Vale salientar que, vários mananciais ali localizados certamente devem sofrer
influência da maré, fato que repercute de forma determinante na sua hidrologia e deve ser
considerada posteriormente, se isto se fizer necessário e for objetivo de um estudo mais
detalhado.
Não existe uma grande oferta de água superficial na GL 1 e como ocorre de água
subterrânea, o abastecimento das cidades de Itapissuma e Itamaracá localizadas na APA
são abastecidas pela COMPESA através de poços profundos, assim como as localidades
Ponta de Pedra e Tejucupapo, em Goiana.
O ideal é evitar o lançamento de esgoto não tratado nas coleções d’água da APA,
com implantação de sistema de coleta e tratamento, como também o de resíduos sólidos,
evitando inclusive o escorrimento do churume para riachos e outros corpos de água.
99
Quadro 08: AMEAÇAS RELACIONADAS À HIDROLOGIA.
TIPO/ LOCAIS DE
CAUSAS CONSEQÜÊNCIAS MEDIDAS PARA MITIGAÇÃO
CARACTERIZAÇÃO OCORRÊNCIA
• Aplicação de herbicida no cultivo da • Diminuição de peixes e outros
cana de açúcar e de fertilizantes químicos animais da fauna aquática.
e orgânicos (vinhaça) em áreas próximas • Água imprópria para o consumo • Evitar o uso desses produtos
Poluição e
aos rios e riachos. em áreas próximas às margens
assoreamento dos humano e animal, quando sem
Áreas com cultivo de dos rios.
rios Arataca, Botafogo • Restos da cultura da cana (palhada e tratamento.
e outros afluentes do
cana de Açucar
colmos) na época da colheita. • Preservar e recuperar as
• Assoreamento das calhas dos
matas ciliares. Adotar práticas
Canal Santa Cruz • Revolvimento do solo para o cultivo da rios, provocando cheias, como
de cultivo menos danosas.
cana de açúcar. também o assoreamento do Canal
• Desmatamento das matas ciliares. de Santa Cruz.
Unidades de
• Assoreamento das calhas dos
Conservação da Proteger as nascentes com a
Comprometimento rios, provocando cheias
Vida Silvestre e Desmatamento. recuperação e manutenção da
das nascentes.
áreas com Mata • Redução da vazão de base dos mata ciliar.
Atlântica mananciais.
Poluição do Canal de
Santa Cruz e • Lançamento de esgotos e resíduos Regulamentar a expansão da
Área Urbana, Poluição das praias, riachos e
comprometimento dos sólidos. área urbana e a disposição final
Estuário, Mangue. outros cursos d`água.
maceiós e pequenos • Expansão urbana. do lixo.
cursos d'água.
• Lançamentos de resíduos sólidos.
• Remoção da vegetação das várzeas;
Poluição e • Movimentação de terra para
Áreas onde existe construção de tanques para Diminuição de peixes e outros Regulamentação e fiscalização
assoreamento dos
aqüicultura implementação da carcinicultura e animais da fauna aquática. por parte dos órgãos gestores.
cursos d'água.
piscicultura ;
• Lançamento de restos de ração e
produtos químicos.
• Forte ação antrópica;
• Disciplinamento das
Área Marítima. • Tráfego inadequado de embarcações • Destruição dos corais;
Comprometimento atividades de lazer.
(Arrecifes e Coroa de lazer; • Diminuição da oferta de peixes;
das unidades • Maior controle dos órgãos
do Avião) • Poluição por resíduos sólidos; avanço do mar.
gestores.
• Erosão marinha (praias).
Fonte:Feitosa & Torres, 12/2009.
100
5.2 ASPECTOS DO MEIO BIÓTICO
8
Coordenadas Foto 1: 0290203/9151884 Foto 2: 0290441/90531; Foto 3: 0293441/9055166; Foto 4:
0297472/9162386; Foto 5: 0297199/9161468 e Foto 6: 0296999/9147776.
101
Figura 33: ÁREAS DE RESTINGA.
Foto 01: Vista da área de restinga degradada Foto 02: Vista de um trecho de restinga que
que ocorre próxima as coordenadas ocorre próximo as coordenadas
0290203/9151884, evidenciado ocorrência de 0290441/905311, com presença de alguns
indivíduos regenerantes. Goiana-PE. indivíduos regenerantes. Goiana-PE.
Foto 03:Área de restinga que ocorre próxima as Foto 04: Área de restinga que ocorre próxima
coordenadas 0293441/9055166, evidenciado as coordenadas 0297199/9161468, evidenciado
uma situação de relevo mais elevada, com solos uma situação de relevo mais elevada, com a
menos arenosos. Ilha de Itapessoca, Goiana-PE. praia de Carne de Vaca, em segundo plano,
Goiana-PE.
Fonte: Araújo & Ferraz Ramos, 11/2009.
De uma maneira geral, foi observado que alguns trechos de restingas ocorriam em
áreas de planícies e com solos predominantemente arenosos. Outros trechos apresentavam
relevo mais elevado e com solos argilosos, formando verdadeiros tabuleiros costeiros. Na
altura da Figura 33 (Fotos 1 e 2) foram observadas manchas de vegetação herbácea,
alternada com solos expostos e presença de regenerantes, com algumas espécies pioneiras
como: Cecropia pachystachia (imbaúba), Solanum paniculatum, Guettarda viburnoides,
Byrsonima sericea (murici), Vismia guianensis (lacre) e Miconia albicans. Adjancente a estes
trechos degradados de restinga ocorriam cultivos, sobretudo de Coccus nucifera (coco) e
Saccharum officinalis (cana-de-açúcar).
102
argilosos e o relevo mais elevado. As espécies mais freqüentes nesse trecho são:
Psychotria sessilis, Cupania revoluta, Annona crassiflora; Vismia guianensis, Schinus
terebinthifolius; Hancornia speciosa (mangaba), Inga edulis (ingá), Cecropia pachystachia
(imbaúba) e Eschweleira ovata (imbiriba).
Foto 05: Trecho de restinga que ocorre próximo Foto 06: Trecho de restinga que ocorre próximo
as coordenadas 0297472/9162386, com as coordenadas 0296999/9147776. Forma um
indivíduos de Ximenia americana (ameixa). cordão entre praia e o manguezal. Praia do
Goiana-PE. Sossego, Goiana-PE.
Fonte: Araújo & Ferraz Ramos, 11/2009.
Conforme pode ser observado nas fotos que integram a Figura 34, a área de restinga
se encontra entre a praia e o manguezal, formando um cordão de solo arenoso. Nesse
ponto a área de restinga apresenta-se bastante degradada e com evidência de ocorrências
de queimadas. Os indivíduos remanescentes observados são das espécies: Ximenia
americana (ameixa), Psidium guianensis (araçá), Guettarda viburnoides. Além disso,
também foi observada a presença de algum componente herbáceo.
103
Figura 35: ESTUÁRIO DO RIO ITAPESSOCA.
Foto 07: Vista do estuário do rio Itapessoca, Foto 08: Trecho do estuário do rio Itapessoca
próximo as coordenadas 0292128/9154035. que ocorre próximo as coordenadas
Evidencia a vegetação de manguezal além de 0292947/9154848, seguido por áreas com
plantio de coqueiros próximo ao mesmo. Ilha de cultivo de Bambusa vulgaris (bambu). Ilha de
Itapessoca, Goiana-PE. Itapessoca, Goiana-PE.
Fonte: Araújo & Ferraz Ramos, 11/2009.
Foto 09: Área de manguezal que ocorre nas Foto 10: Manguezal próximo as coordenadas
coordenadas 0297472/9162386. Ressaltando a 0296956/9136283. Praia do Forte, Itamaracá-
altura das plantas. Goiana-PE. PE.
9
Nas imediações das coordenadas 0294695/9155864) (Foto 15).
104
Foto 11: Área de manguezal próximo as Foto 12: Manguezal próximo as coordenadas
coordenadas 0298349/9145397. Praia de 0295169/9142907. Itamaracá-PE.
Jaguaribe, Itamaracá-PE.
Foto 13: Área de manguezal que ocorre próxima Foto 14: Outro manguezal bastante preservado
as coordenadas 027618/9146259. Praia do que ocorre próximo as coordenadas
Sossego, Itamaracá-PE. 0296790/9148994. Praia do Sossego/Enseada
dos Golfinhos. Itamaracá-PE.
Fonte: Araújo & Ferraz Ramos, 11/2009.
Foto 15: Área de manguezal próxima as Foto 16: Vista do lixo lançado a céu aberto na
coordenadas 0294695/9155864. Ressalta o borda da área de mangue próximo as
acinzentado das folhas devido à fuligem lançada coordenadas 0296956/9136283. Praia do
na atmosfera pela fábrica existente na área. Ilha Forte, Itamaracá-PE.
de Itapessoca, Goiana-PE.
Fonte: Araújo & Ferraz Ramos, 11/2009.
105
Dentro da APA de Santa Cruz existe cultivo de coqueiro, o que marca grandes
extensões das fisionomias observadas no trecho. Os coqueirais ocorrem de forma disjunta,
próximo às áreas de praia, áreas de manguezal e de Mata Atlântica.
Figura 38: ÁREA DE COQUEIRAL10
Foto 17: Fisionomia de coqueiral próxima as Foto 18: Vista de fisionomia de coqueiral próximo
coordenadas 0290584/9154036. Goiana-PE. as coordenadas 0292128/9154035, após uma
área de cultivo de cana-de-açúcar. Ilha de
Itapessoca, Goiana-PE.
Foto 19: Fisionomia de coqueiral próximo as Foto 20: Vista de fisionomia de coqueiral próximo
coordenadas 0290957/9158524, com faixa de as coordenadas 0293343/9160572, com
cultivo de cana-de-açúcar e vegetação de ocorrência de regeneração das plantas da
manguezal no primeiro plano. Ilha de restinga e evidências de ocorrência de
Itapessoca, Goiana-PE. queimadas. Goiana-PE.
106
Vale ainda comentar que na Figura 38 (Fotos 20 e 22) foi observado intensa
regeneração da vegetação de restinga entre as plantas de coqueiro, (o coqueiral não
apresentava sinais de acompanhamento e manejo do cultivo), isto evidencia o potencial de
recuperação da vegetação nativa. Foi observado também que na borda do coqueiral
existiam plantas regenerantes queimadas, mostrando a existência de queimadas nessa
área.
107
Na Figura 39 (Foto 23) existe uma área de Mata Atlântica na Fazenda Aparauá. Este
fragmento de vegetação é relativamente bem conservado, com plantas que chegam a 17 m
de altura e diâmtros que chegam a 290 cm. A riqueza de espécie do remanescente é
elevada e as espécies que se destacavam na fisionomia foram Lecythis pisonis (sapucaia),
Eschweleira ovata (imbiriba), Sloanea guianensis, Bowdichia virgillioides (sucupira), Cupania
revoluta (camboatá), Tapirira guianensis (pau pombo), Byrsonima sericea (murici),
Himatanthus phagedaenicus (banana de papagaio), Cordia nodosa, Myrsine guianensis,
Vochysia thyrsoidea, Inga edulis (ingá), Psychotria sessilis, Acrocomia intumescens
(macaíba), Coccoloba sp. e Simarouba amara (praíba).
Nessa Fazenda Tabatinga também ocorre uma RPPN Estadual. A RPPN está 11
11
A RPPN foi criada através da portaria DPR/CPRH nº 093/97,em 03 de junho de 1997, com o objetivo proteger
os recursos ambientais representativos da região, através da prevenção de incêndios e qualquer outro tipo de
agressão á natureza e da promoção da recuperação da flora e da fauna. Ainda visa o desenvolvimento de
atividades de cunho científico, cultural, educacional, recreativo, lazer e ecoturismo, inclusive com a promoção de
cursos de conscientização e valorização quanto a importância da preservação da natureza com a comunidade do
entorno.
108
papagaio), Simarouba amara (praíba), Cordia nodosa, Inga edulis (ingá) e Psychotria
sessilis.
Foto 25: Vista do interior do fragmento de Mata Foto 26: Vista do açude que ocorre no
Atlântica ocorrente no Engenho Maçaranduba, fragmento de Mata Atlântica do engenho
nas imediações das coordenadas Maçaranduba, nas imediações das
0296726/9158430. Goiana-PE. coordenadas 0296726/9158430. Goaiana-PE.
Fonte: Araújo & Ferraz Ramos, 11/2009.
Foto 27: Vista da fisionomia do fragmento de Foto 28: Vista da fisionomia do fragmento de
Mata Atlântica ocorrente entre os Engenhos Mata Atlântica ocorrente no Engenho Pau
Maçaranduba e Cana Brava, nas imediações D’Árco, nas imediações das coordenadas
das coordenadas 295860/9159333. Goiana-PE. 0295358/9158012, evidenciando o cultivo da
cana de açúcar e de palmeiras. Goiana-PE.
109
Foto 29: Vista do inteiro do fragmento de Mata Foto 30: Outra vista do inteiro do fragmento de
Atlântica ocorrente na mata do Amparo, nas Mata Atlântica ocorrente na mata do Amparo,
imediações das coordenadas nas imediações das coordenadas
0293986/91399888. Itamaracá-PE. 0293986/91399888, evidenciando a Lagia Azul
que um ponto turístico da região. Itamaracá-PE.
Fonte: Araújo & Ferraz Ramos, 11/2009.
110
Figura 42: MATA ATLÂNTICA.
Foto 35: Vista do fragmento de Mata Atlântica Foto 36: Vista do fragmento de Mata Atlântica
nas imediações das coordenadas nas imediações das coordenadas
0296213/9145096. Itamaracá-PE. 0296984/9147836. Itamaracá-PE.
Fonte: Araújo & Ferraz Ramos, 11/2009.
111
Na Figura 42 (Foto 31) existe uma área degradada de Mata Atlântica que fica no final
da praia de Jaguaribe. Apesar da degradação ainda foi observado à ocorrência das
espécies Guazuma ulmiflora (mutamba), Apeiba tibourbou (pau de jangada), Tapirira
guianensis (pau pombo), Ziziphus joazeiro (juazeiro), Casearia sylvestris, Euphorbia tirucalli
(aveloz), Tocoyena formosa (jenipapo).
Ainda na Figura 42 (Foto 32) existe um cordão com vegetação de Mata Atlântica em
regeneração que acompanha o sentido da estrada de acesso a Vila Velha de um lado e do
outro lado o manguezal do canal de Santa Cruz. Este manguezal parece ter sido no
passado uma área de restinga. No meio desse cordão, ainda se observa presença de
coqueiro, indicando que outrora existia um cultivo de coqueiro que foi abandonado. As
espécies observadas nesse cordão de Mata Atlântica foram: Cupania revoluta (camboatá),
Cupania oblongilofia (camboatá), Vismia guianensis (lacre), Guazuma ulmiflora (mutamba),
Byrsonima sericea (murici), Anacardium occidentalis (cajueiro), Psidium guianensis (araçá) e
Tapirira guianensis (pau pombo).
Na Figura 42 (Fotos 33, 35, 36) existem fragmentos de Mata Atlântica pertencentes à
ZPVS, nomeadamente: Mata de Jaguaribe, Mata de Santa Cruz, Mata Lance dos Cações,
Mata do Engenho Macaxeira e Mata do Engenho São João. Esses fragmentos de mata
apresentam tamanhos e forma diferenciados, mas tendem apresentar uma composição
florística bastante similar, indicando que se trata de um conjunto florestal e que atualmente
estão separados em função da existência de estradas, de propriedades particulares e de
áreas de cultivo e de viveiros de camarão. Entre as espécies observadas na fisionomia
destacam-se: Vismia Guianensis (lacre), Tapirira guianensis (pau pombo) e Cupania
revoluta (camboatã).
Foto 38: Vista da Praia de Tabatinga nas imediações das coordenadas 0299143/9150417. Goiana-
PE.
112
Foto 39: Vista da Praia do Forte nas imediações Foto 40: Vista da Praia de Jaguaribe já
das coordenadas 0296956/9136283. Itamaracá- avistando a praia do Sossego, nas
PE. imediações das coordenadas
0298349/9145397. Itamaracá-PE.
Foto 41: Vista da Praia do Sossego nas Foto 42: Outra vista da Praia do Sossego nas
imediações das coordenadas 0297004/914647. imediações das coordenadas
Itamaracá-PE. 0297004/914647. Itamaracá-PE.
Fonte: Araújo & Ferraz Ramos, 11/2009.
113
abióticos de cada localidade. As famílias Caesalpiniaceae, Sapotaceae, Vochysiaceae,
Bombacaceae e Myrtaceae tendem a apresentar elevada importância ecológica em algumas
áreas de Floresta Ombrófila (Ferraz, 2002).
Foto 43: Vista do padrão fisionômico da área de Foto 44: Vista do interior dos fragmentos de
Mata Atlântica ocorrente nas proximidades do Mata Atlântica que ocorrem nas proximidades
município de Goiana, Pernambuco dos municípios de Goiana.
Fonte: Araújo & Ferraz Ramos, 12/ 2006.
114
Figura 45: INTERIOR DA MATA ATLÂNTICA.
ANACARDIACEAE
Alimentício,
Anacardium occidentale L Árvore Cajueiro X X AD
Medicinal
Mangifera indica L. Árvore Mangueira Alimentício X X C
Aroeira da
Schinus terebinthifolius Raddi Árvore Medicinal X X AD
Praia
Spondias monbim L. Árvore Cajá Alimentício X C
Tapirira guianensis Aubl. Árvore Cupiúva Madeireiro X X AD
Camboatã de
Thyrsodium spruceanum Benth. Árvore Madeireiro X AD
leite
NOME
FAMÍLIA/ESPÉCIE HÁBITO USOS FA RE MA STATUS
POPULAR
ANNONACEAE
12
Quadro 9. Famílias e espécies ocorrentes nas diferentes tipologias vegetacionais na APA de Santa Cruz, litoral
norte Pernambuco. A ocorrência da espécie é destacada para as fitofisionomias de Floresta Atlântica stricto
senso (FA), Restinga (RE) e de Manguezal (MA), acompanhadas de seus hábitos, nome popular, indicativo de
uso e status de consevação. AD = Espécie de ampla distribuição; DR = Espécie de distribuição Restrita; AE=
Espécie ameaçada de extinção; C= Espécie cultivada.
115
Anaxagorea dolichocarpa
Arvoreta X DR
Sprague & Sandwith
Annona crasiflora Mart. Arvoreta Araticum Alimentício X AD
Annona glabra L. Arvoreta Araticum Alimentício X X AD
Annona salzmannii A. DC Arvoreta Madeireiro X DR
Cymbopetalum brasiliensis
Arvoreta Madeireiro X DR
(Vell. & Conc.) Benth. ex Baill.
Duguetia gardneriana Mart. Arvoreta Madeireiro X DR
Guateria australis A. St,-Hil Árvore Madeireiro X DR
Guateria schlechtendaliana
Árvore Madeireiro X AD
Mart.
Guateria schomburgkiana Mart. Árvore Madeireiro X AD
Guatteria pogonophus Mart. Árvore Madeireiro X DR
Embira
Xylopia frutescens Aubl. Árvore Medicinal X X AD
vermelha
Pau–de-
Xylopia sericea A.St.-Hil. Árvore Madeireiro X AD
embira
APOCYNACEAE
Aspidosperma discolor A. DC. Árvore Conha Madeireiro X DR
Hancornia speciosa Gomes Arvoreta Mangaba Alimentício X AD
Himathanthus phagedaenicus Banana de
Árvore X X AD
(Mart.) Woodson Papagaio
Mandevilla moricandiana
Arbusto Ornamental X DR
(A.DC.) Woodson
Mandevilla scabra (Hoeff. ex
Arbusto Ornamental X X AD
Roem. & Schult.) K. Schum
Rauvolfia grandiflora Mart. ex
Arvoreta Grão de galo Madeireiro X AD
A.DC.
ARACEAE
Anthurium affine Schott Erva Ornamental X X AD
Anthurium gracile (Rudge) Lindl. Epífita Ornamental X DR
Monstera adansonii Schott Epífita Ornamental X AD
Philodendron imbe Schott Erva Ornamental X AD
Philodendron rudgeanum Schott Epífita Ornamental X AD
Rodhosphata oblongata Poepp. Epífita Ornamental X DR
ARALIACEAE
Schefflera morototoni (Aubl.)
Árvore Sambaguim Madeireirao X X AD
Maguire
ARECACEAE
Acrocomia intumescens Drude Árvore Macaíba Alimentício X X AD
Astrocaryum sp. Árvore X DR
Bactris ferruginea Burret Arbusto Coco-de-fuso Ornamental X AD
Bactris humilis (Wallace) Burret Arbusto Maraial Ornamental X X AD
Coccus nuciferea L. Árvore Coqueiro Alimentício C
Desmoncus ortocanthus Mart. Arbusto Ornamental X DR
Elaeis guineensis L. Árvore Ornamental X AD
NOME
FAMÍLIA/ESPÉCIE HÁBITO USOS FA RE MA STATUS
POPULAR
Euterpe edulis Mart. Árvore Juçara Alimentício X AE
Palmeira
Roystonea oleracea L. Árvore Ornamental X C
imperial
ASCLEPIADACEAE
Matelea maritima (Vell.) Font. Trepadeira X AD
116
ASTERACEAEA
Acanthospermum hispidum DC. Erva Forrageiro X X AD
Aspilia martii Baker Erva Forrageiro X DR
Conizia bonariensis (L.)
Erva Forrageiro X AD
cronquist
Elephanthopus histiflorus DC. Erva Forrageiro X X AD
Emilia sonchifolia (L.) DC. Erva Forrageiro X AD
Wedelia paludosa DC. Erva Forrageiro X DR
AVICENNIACEAE
Avicennia schaueriana Staf. e
Árvore Mangue preto Madeireiro X AD
Leech.
BIGNONIACEAE
Jacaranda puberula Cham. Árvore Jacarandá Madeireiro X AD
Lundia cordata (Vell.) A. DC. Erva Forrageiro X X DR
Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex.
Árvore Ipê Arborização X X DR
DC.) Standl.
Tabebuia serratifolia (Vahl)
Árvore Ipê-amarelo Arborização X AD
Nich.
BLECHNACEAE
Blecnum serrulatum Rich. Erva Forrageiro X AD
BOMBACACEAE
Eriotheca crenulaticalyx Munguba da
Árvore Madeireiro X DR
A.Robyns mata
BORAGINACEAE
Cordia nodosa Lam. Arvoreta Madeireiro X AD
Cordia multispicata Cham. Arbusto Madeireiro X X AD
Cordia superba Cham. Arvoreta Madeireiro X X DR
BROMELIACEAE
Achmea aquilega (Salisb.)
Erva Ornamental X AD
Griseb.
Hohenbergia ridleyi (Baker) Mez Erva Ornamental X X AD
Tillandsia tenuifolia L. Epífita Ornamental X X AD
BURSERACEAE
Protium aracouchini (Aubl.) Amescla
Árvore Medicinal X DR
Marchal branca
Protium heptaphyllum (Aubl.) Amescla-de-
Árvore Medicinal X X I
Marchal resina
Protium sagotianum Marchand Árvore Amesclã Medicinal X DR
Tetragastris catuaba Soares da
Árvore Madeireiro X DR
Cunha
CAESALPINIACEAE
Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.
Árvore Madeireiro X X AD
Macbr.
Madeireiro,
Copaifera langsdorfii Desf. Árvore Pau-de-óleo X DR
Medicinal
NOME
FAMÍLIA/ESPÉCIE HÁBITO USOS FA RE MA STATUS
POPULAR
Madeireiro,
Copaifera sp. Árvore Pau-de-óleo X DR
Medicinal
Chamaecrista apoucouita
Arvoreta Madeireiro X DR
(Aubl.) H.S. Irwing & Barneby
Chamaecrista ramosa (Vogel)
Árvore Madeireiro X DR
H.S. Irwing & Barneby
Dialium guianensis Benth. Árvore Quiri Madeireiro X AD
Hymenaea rubriflora Ducke Árvore Jatobá Alimentício X DR
117
Peltophorum dubim (Sdpreng.)
Árvore Madeireiro X DR
Taub.
Senna aversiflora (Herb.)
Árvore X DR
H.S.Irwin & Barneby
Senna georgica Irwin & Barneby Árvore Madeireiro X DR
CARICACEAE
Jacaratia dodecaphylla Hassl. Árvore Jaracatiá Alimentício X DR
CECROPIACEAE
Cecropia concolor Willd. Árvore Imbaúba Madeireiro X DR
Cecropia pachystachya Trec. Árvore Imbaúba Madeireiro X X AD
Imbaúba da
Porouma guianensis Aubl. Árvore Medicinal X DR
mata
CELASTRACEAE
Maytenus distichophylla Mart.
Árvore Madeireiro X X AD
Ex Reiss.
CHRYSOBALANACEAE
Couepia rufa Ducke Árvore Oiti Alimentício X DR
Oiti
Couepia impressa Prance Árvore Alimentício X X DR
Hirtela racemosa Lam. Árvore Madeireiro X X DR
Licania tomentosa (Benth.)
Árvore Oiti da praia Madereiro X X AD
Fritsch
CLUSIACEAE
Clusia nemorosa G. Mey Árvore Madeireiro X X AD
Rheedia gardneriana Pl. Tr. Árvore Bacupari Madeireiro X DR
Symphonia globulifera L.f. Árvore Bulandi Madeireiro X X DR
Vismia guianensis(Aubl.) Choisy Arvoreta Lacre Madeireiro X X AD
COMBRETACEAE
Buchenavia capitata (Vahl)
Árvore Imbiridiba Madeireiro X X AD
Eichler
Mangue de
Conocarpus erectus L. Árvore Madeireiro X X AD
botão
Mangue
Laguncularia racemosa Gaetn. Arbóreo Madeireiro X AD
branco
COMMELINACEAE
Commelina obliqua Vahl Erva Ornamental X X AD
Commelina erecta L. Erva Ornamental X AD
Tradescantia zebina Hort. ex
Erva Ornamental X AD
Loud.
CONNARACEAE
Connarus blanchetii Planchon Árvore Madeireiro X DR
NOME
FAMÍLIA/ESPÉCIE HÁBITO USOS FA RE MA STATUS
POPULAR
CYPERACEAE
Becquerelia cymosa Brongn. Erva Forrageiro X DR
Bulbostylis capilaris (L.) C.B.
Erva Forrageiro X X AD
Clarke
Cyperus ligularis L. Erva Forrageiro X X AD
Eleocharis caribaea (Rottb.) S. Junco bravo,
Erva Forrageiro X X AD
F. Blake cabelo de gia
Fimbristylis glomerata Boeck Erva Forrageiro X X AD
Tiririca, capim
Scleria bracteata Cav. Erva Forrageiro X X AD
navalha
DILLENIACEAE
Curatella americana L. Árvore Lixeira Madeireiro X AD
Davilla flexuosa A.St.-Hil. Liana X AD
118
Tetracera breyniana Schltdl. Liana X AD
DIOSCOREACEAE
Dioscorea demourae R.Kuhn Trepadeira X DR
ELAEOCARPACEAE
Sloanea garckeana K. Schum Árvore Madeireiro X DR
Sloanea guianensis (Aubl.)
Árvore Mamajuda Madeireiro X DR
Benth.
ERYTHROXYLACEAE
Erythroxylum citrifolium A.St.-
Árvore Madeireiro X DR
Hil.
Erythroxylum mucronatum
Árvore Madeireiro X DR
Benth.
Erythroxylum passerinum Mart. Árvore Madeireiro X X AD
Erythroxylum squamatum Sw. Arvore Madeireiro X AD
EUPHORBIACEAE
Chaetoccarpus myrsinites Baill. Árvore Madeireiro X DR
Chamaesyce brasiliensis (Lam.)
Erva Forrageiro X AD
Small
Chamaesyce hyssopifolia (L.)
Erva Forrageiro X AD
Small
Croton lobatus L. Erva Forrageiro X AD
Dalechampia scandes L. Erva X X AD
Euphorbia tirucalli L. Arbusto Ornamental X C
Pera ferruginea (Schott) Müll.
Árvore Madeireiro X AD
Arg.
Pera glabrata (Schott) Poepp.
Árvore Madeireiro X X AD
Ex Baill.
Pogonophora schomburgkiana
Árvore Cocão Madeireiro X X AD
Miers
Mabea occidentalis (Benth.) Canudo de
Árvore Madeireiro X AD
Müll.Arg. cachimbo
FABACEAE
Andira fraxinifolia Benth Árvore Angelim rosa Madeireiro X DR
Andira legalis (Vell.) Toledo Árvore Angelim Madeireiro X DR
Andira nitida Mart. ex Benth. Arvore Madeireiro X AD
Andira sp. Árvore Madeireiro X
Bowdichia virgillioides H.B.K. Árvore Sucupira Madeireiro X AD
NOME
FAMÍLIA/ESPÉCIE HÁBITO USOS FA RE MA STATUS
POPULAR
Dalbergia ecasthophyllum L.
Árvore Rabo de bugi Apícola X X
Tab
Desmodium barbatum L. Benth Erva Forrageira X AD
Diplotropis purpurea (L.C. Rich.) Sucupira
Árvore Madeireira X DR
Amshoff preta
Hymenolobium janeirense
Árvore Madeireiro X AD
Kuhlm.
Machaerium hirtum (Vell.)
Árvore Espinheiro Madeireiro X AD
Stelfeld
Pithecelobium cochiocarpum
Árvore Madeireiro X DR
J.F.Macbr.
Pterocarpus violaceus Vog. Árvore Pau sangue Madeireiro X AD
Sclerolobium densiflorum Benth Árvore Madeireiro X AD
Sclerolobium sp. Árvore Madeireiro X
Stryphnodendron pulcherrimum
Árvore Madeireiro X DR
(Willd.) Hochr
Swartzia pickelii Killip ex Ducke Árvore Madeireiro X AE
119
FLACOURTIACEAE
Casearia javitensis Humb. Cafezinho do
Árvore Madeireiro X X AD
Bonpl. & Kunth mato
Cafezinho do
Casearia sylvestris Sw. Árvore Madeireiro X X AD
mato
HUMIRIACEAE
Humiria balsamifera Aubl. Árvore Umirí Madeireiro X DR
Sacoglotis matogrossensis
Árvore Madeireiro X AD
Malme
LAMIACEAEA
Hyptis fruticosa Salzm. Ex
Erva Medicinal X DR
Benth
LAURACEAE
Cassytha filiformis L. Arbusto Madeireiro X DR
Cinnamomum triplinerve (R. &
Árvore Madeireiro X DR
P.) Kosterm.
Cinnamomum sp. X
Nectandra cuspidata (Nees et
Árvore Louro-canela Madeireiro X AD
Mart.) Nees
Nectandra sp. Árvore Madeireiro X
Ocotea duckei Vattino Árvore Louro Madeireiro X X AD
Ocotea gardneriana (Meisn.)
Árvore Louro Madeireiro X AD
Mez
Ocotea glomerata (Nees) Mez Árvore Louro-cagão Madeireiro X AD
Ocotea floribunda Henk van der
Árvore Louro Madeireiro X AD
Werff
Ocotea indecora (Shott) Mez Árvore Louro Madeireiro X DR
Ocotea laxiflora (Meisn.) Mez Árvore Madeireiro X DR
LECYTHIDACEAE
Eschweilera luschnathii (O.
Árvore Madeireiro X DR
Berg.) Miers
Eschweilera ovata (Cambess.)
Árvore Imbiriba Madeireiro X X AD
Miers
Gustavia augusta L. Árvore Madeireiro X X AD
Lecthis lurida (Miers) S.A. Mori Árvore Madeireiro X DR
NOME
FAMÍLIA/ESPÉCIE HÁBITO USOS FA RE MA STATUS
POPULAR
Lecythis pisonis Camb. Árvore Sapucaia Madeireiro X DR
LOGANIACEAE
Spigelia anthelmia L. Erva Apícola X DR
Strychnos bahiensis Krukoff &
Trepadeira X DR
Barneby
LORANTHACEAE
Psittacanthus dichrous (Mart.) Erva de
Hemiparasita X X AD
Mart. passarinho
MALPIGHIACEAE
Byrsonima cydoniifolia A. Juss. Árvore Murici Madeireiro X DR
Byrsonima gardneriana A. Juss. Árvore Murici Madeireiro X AD
Murici-da- Madeireiro,
Byrsonima sericea DC. Árvore X X AD
mata Alimentício
Byrsonima verbascifolia (L.) DC. Árvore Murici rasteiro Madeireiro X AD
Stigmaphyllon paralias A. Juss. Trepadeira X DR
MALVACEAE
Pavonia cancellata (L.) Cav. Arbusto Apícola X AD
Pseudomalachra ciliaris (L.)
Arbusto Apícola X DR
H.C. Monteiro
120
Pseudomalachra plumosa
Arbusto Apícola X DR
(Cav.) H. Monteiro
MARANTHACEAE
Ctenanthe pernambucensis
Erva Ornamental X DR
Yoshida & Mayo
Stromanthe tonckat Aubl. Erva Ornamental X X AD
MELASTOMATACEAE
Clidemia hirta (L.) D. Don Arvoreta Madeireiro X AD
Henriettea sucosa DC. Árvore Madeireiro X DR
Carrasco
Miconia albicans (Sw.) Triana Arvoreta Madeireiro X X AD
branco
Miconia amacurensis Wurdack Árvore Madeireiro X AD
Miconia calvescens DC. Árvore Madeireiro X AD
Miconia ciliata (Rich.) DC. Arvoreta Madeireiro X DR
Miconia hypoleuca (Benth.)
Arvoreta Madeireiro X AD
Triana
Miconia minutiflora (Bonpl.) DC. Arbusto sabiazeira Madeireiro X DR
Miconia sp. Arbusto Madeireiro X AD
MELIACEAE
Alimentício,
Cabralea canjerana (vell.) Mart. Árvore Cajarana X DR
Madeireiro
Cedrela odorata L. Árvore Cedro Madeireiro X AD
Guarea macrophylla Vahl Árvore Madeireiro X AD
Guarea kunthiana A. Juss. Árvore Madeireiro X DR
Guarea sp. Árvore Madeireiro X
Trichilia lepidota Mart. Árvore Madeireiro X AD
Trichilia quadrijuga H.B. & K. Árvore Madeireiro X DR
Trichilia sp. Árvore Madeireiro X
MIMOSACEAE
Abarema filamentosa (Benth.)
Arvoreta X DR
Pittier
Inga bahiensis Benth. Árvore Ingá Alimentício X DR
NOME
FAMÍLIA/ESPÉCIE HÁBITO USOS FA RE MA STATUS
POPULAR
Inga blanchetiana O. Berg Árvore Ingá Alimentício X AD
Inga capitata Desv. Árvore Ingá tripa Alimentício X X AD
Inga dysantha Benth Árvore Ingá peludo Alimentício X DR
Inga edulis (Vell.) Mart. Árvore Ingá porco Alimentício X AD
Inga flagelliformis Mart. Árvore Ingá Alimentício X AD
Inga ingoides (Rich.) Willd. Árvore Ingá X DR
Inga subnuda T.D.Penn. Árvore Ingá Alimentício X AD
Inga striata Benth Árvore Ingá Alimentício X DR
Inga thibaudiana DC. Árvore Ingá Alimentício X AD
Macrosamanea pedicellaris DC.
Árvore Jaguarana Madeireiro X DR
Kleinh
Mimosa pigra L. Arvoreta Madeireiro X AD
Mimosa pudica L. Arvoreta Madeireiro X DR
Parkia pendula Benth. Árvore Visgueiro Madeireiro X AD
Platymenia foliolosa Benth. Árvore Madeireiro X DR
Pithecelobium saman (Jacq.)
Arvoreta Madeireiro X DR
Benth.
Stryphnodendron pulcherrimum
Árvore Favinha Madeireiro X AD
(Willd.) Hochr.
MOLLUGINACEAE
Mollugo verticilata L. Erva Apícola X AD
MORACEAE
121
Artocarpus integrifolia L. Árvore Jaqueira Alimentício X C
Brosimum guianensis Aubl. Árvore Conduru Madeireiro X AD
Brosimum rubescens Taub. Árvore Madeireiro X DR
Brosimum sp. Árvore Madeireiro X
Clarisia racemosa Ruiz et
Árvore Madeireiro X AD
Pavon
Ficus trigonata L. Árvore Mata pau X AD
Ficus guianensis Desv. Ex Ham. Árvore X AD
Fícus sp. X AD
Helicostylis tomentosa (Poepp.
Árvore Amora Madeireiro X AD
et Endl.) Rusby
Sorocea hilarii Gaudich. Árvore Madeireiro X DR
MYRTACEAE
Calyptranthes brasiliensis
Árvore Madeireiro X AD
Spreng
Campomanesia dichotoma (O.
Árvore Guabiroba Alimentício X X AD
Berg.) Mattos
Campomanesia eugenioides
Arvore Madereiro X AD
Cambess
Eugenia hirta O. Berg. Árvore Madeireiro X X AD
Eugenia punicifolia (Kuntz) DC. Árvore Madeireiro X X AD
Eugenia uniflora L. Árvore Madeireiro X X AD
Eugenia sp. Árvore Madeireiro X
Gomidesia blanchetiana Benth Árvore Madeireiro X AD
Myrcia crassifolia Kiaers Arvoreta Madeireiro X DR
Myrcia fallax (Rich.) DC. Árvore Batinga Madeireiro X AD
Myrcia grandiflora Nield. Árvore Madeireiro X DR
Myrcia guianensis (Aubl.) DC. Árvore Madeireiro X AD
NOME
FAMÍLIA/ESPÉCIE HÁBITO USOS FA RE MA STATUS
POPULAR
Myrcia rotundifolia (O. Berg.)
Árvore Madeireiro X DR
Kiarersk
Myrcia sylvatica (G.Meyer) DC. Árvore Madeireiro X X AD
Myrciaria floribunda (H. West ex
Árvore Madeireiro X AD
Willd.) Berg.
Psidium araca Raddi Árbusto Araçá Alimentício X X AD
Psidium guianensis Swartz Arbusto Araçá Alimentício X X AD
Psidium sp. Arbusto Madeireiro X
Syzygium jambolanum (Lam.)
Árvore Azeitona Alimentício X C
DC.
Syzygium malaccense (L.) Merr.
Árvore Jambo Alimentício X C
& LM Perry
MYRISTICACEAE
Virola gardneri (A.DC.) WShr. Árvore Urucuba Madeireiro X AD
MYRSINACEAE
Myrsine guianensis A.DC. Árvore Madeireiro X AD
NYCTAGINACEAE
Boerhavia coccinea Mill. Erva X AD
Guapira graciliflora (Mart. ex
Árvore João mole Madeireiro X DR
J.A. Schmitt) Lundell
Guapira opposita (Vell.) Reitz Árvore João mole Madeireiro X AD
Guapira pernanbucensis
Árvore Madeireiro X DR
(Casar.) Lundell
Pisonia cordifolia Mart. Árvore Madeireiro X DR
OCHNACEAE
Ouratea crassa Tiegh Árvore Madeireiro X DR
122
Ouratea cuspidata Tiegh Árvore Madeireiro X AD
Ouratea fieldingiana (Gardner)
Árvore Madeireiro X AD
Engl.
Ouratea hexasperma (A.St-Hil.)
Árvore Louro d'água Madeireiro X AD
Baill.
OLACACEAE
Heisteria sp. Árvore Madeireiro X
Schoepfia brasiliensis A.DC. Árvore Madeireiro X AD
Schoepfia obliquifolia Turcz Árvore Madeireiro X DR
Ximenia americana L Arvoreta Ameixa Madeireiro X AD
ORCHIDACEAE
Catasetum discolor (Lindl.)
Erva Ornamental X DR
Lindl.
Cyrtopodium paranaense Schltr. Erva Ornamental X DR
Epidendrrum cinnabarium
Erva Ornamental X AD
Salzm. Ex Lindl.
Oeceoclades maculata (Lindl.)
Erva Ornamental X X AD
Lindl.
Polytachya concreta (Jacq.)
Erva Ornamental X DR
Garay & H.R. Sweet
Sarcoglottis grandiflora Klotzsch Erva Ornamental X DR
Vanilla chamissonis Klotzch. Epífita Ornamental X AD
PASSIFLORACEAE
Passiflora cincinata Mart. Erva Apícola X DR
Passiflora foetida L. Erva Apícola X DR
NOME
FAMÍLIA/ESPÉCIE HÁBITO USOS FA RE MA STATUS
POPULAR
Passiflora galbana Mast. Erva Apícola X DR
Passiflora mucronata Lam. Erva Apícola X DR
PIPERACEAE
Piper amplum Kunth Arbusto Apícola X AD
Piper arboreum Aubl. Arbusto Apícola X DR
PHYTOLACACEAE
Microtea paniculata Moq. Arbusto Madeireiro X DR
POACEAE
Andropogon bicornis L. Erva Forrageiro X DR
Andropogon selloanus (Hack.)
Erva Forrageiro X AD
Hack.
Cenchrus echinatus L. Erva Forrageiro X AD
Dactyloctenium aegyptium (L.)
Erva Forrageiro X AD
Willd
Digitaria ciliaris (Retz.) Koeler Erva Forrageiro X AD
Digitaria sanguinalis (L.) Scop. Erva Forrageiro X DR
Echinochloa colonum (L.) Link. Erva Forrageiro X DR
Eragrostis ciliaris (Retz.) Koeler Erva Forrageiro X AD
Eragrostis rufescens Schrad. ex
Erva Forrageiro X DR
Schult.
Bambusa vulgaris L Arbusto Madeireiro X C
Ichnanthus grandifolius (Trin.)
Erva Forrageiro X AD
Zuloaga & Soderstr.
Panicum aquaticum Poir Erva Forrageiro X DR
Panicum laxum Sw. Erva Forrageiro X DR
Panicum pilosum Sw. Erva Forrageiro X DR
Paspalum maritimum Trin Erva Forrageiro X AD
Paspalum varginatum Sw. Erva Forrageiro X DR
123
Cana de
Saccharum officinarum L. Erva Alimentício X X C
açucar
Setaria tenax (Rich.) Desv. Erva Forrageiro X DR
Sporobolus virginicus (L.) Kuntz Erva Forrageiro X DR
POLYGONACEAE
Coccoloba alnifolia Cass. Árvore Madeireiro X DR
Coccoloba laevis Casar. Arvoreta Madeireiro X AD
Coccoloba mollis Casar. Arvoreta Madeireiro X DR
POLUPODIACEAE
Samambaia
Acrostichum aureum L. Erva Ornamental X AD
do mangue
RHAMNACEAE
Ziziphus joazeiro Mart. Árvore Juazeiro Madeireiro X AD
RHIZOPHORACEAE
Mangue
Rhizophora mangle L. Árvore Madeireiro X AD
vermelho
RUBIACEAE
Amaioua guianensis Aubl. Árvore Madereiro X AD
Alseis floribunda Schott. Árvore Quina Madeireiro X
Borreria verticillata (L.) G. Mey Erva Apícola X AD
Chiococca alba (L.) Hitchc. Erva Apícola X DR
Diodea apiculata (Willd. ex
Erva Apícola X DR
Roem. & Schult.) K. Schum
NOME
FAMÍLIA/ESPÉCIE HÁBITO USOS FA RE MA STATUS
POPULAR
Faramea multiflora A.Rich Arbusto Madeireiro X DR
Madeireiro,
Genipa americana L Árvore X AD
Alimentício
Guettarda platypoda DC. Arbusto Madeireiro X AD
Guettarda viburnoides Cham. Arbusto Madeireiro X AD
Mytracarpus frigidus (Willd. ex
Erva Ornamental X AD
Roem. & Schult.) K. Schum.
Psychotria carthaginensis Jacq. Arvoreta Madeireiro X AD
Psychotria sessilis (Vell.)
Árvore Madeireiro X AD
Müll.Arg.
Randia armata (Sw.) DC. X
Richardia grandiflora (Cham. et
Erva Apícola X AD
Schltdl.) Steud
Tocoyena brasiliensis Mart. Árvore Madeireiro X AD
Tocoyena formosa (Cham. &
Árvore Madeireiro X AD
Schltdl.) K. Schum
Jenipapo
Tocoyena sellowiana Aubl. Árvore Madeireiro X AD
brabo
RUTACEAE
Esenbeckia grandiflora Mart. Árvore Madeireira X DR
SAPINDACEAE
Allophylus edulis (A. St.-Hil.)
Árvore Madeireira X AD
Niederl.
Allophylus semidentatus (Mart.)
Árvore Madeireiro X
Radlk.
Cupania oblongifolia Mart. Árvore Camboatã Madeireiro X AD
Cupania racemosa Radlk. Árvore Madeireiro X AD
Cupania revoluta Radlk. Árvore Camboatã Madeireiro X DR
Paullinia trigonia Vell. Erva Ornamental X AD
Serjania salzmaniana Schltr. Erva Apícola X AD
SAPOTACEAE
124
Lucuma grandiflora A.DC. Árvore Madeireiro X DR
Manilkara salzmannii (A.DC.)
Árvore Maçaranduba Madeireiro X X AD
Lam.
Manilkara zapota (L.) P. Royen Árvore Sapoti Alimentício X DR
Micropholis compta Pierre Árvore Madeireiro X DR
Micropholis sp. Árvore Madeireiro X
Pouteria bangii (Rusby)
Árvore Leiteiro Madeireiro X DR
T.D.Penn.
Pouteria grandiflora (A.DC.) Oiti-toroba,
Árvore Madeireiro X X AD
Baehni Talo-fino
Pouteria peduncularis (Mart. &
Árvore Madeireiro X DR
Eichl.) Baehni
Pradosia sp. Árvore Madeireiro X
Sarcaulus brasiliensis (A.DC.)
Árvore Madeireiro X DR
Eyma
SCROPHULARIACEA
Stemodia dulcis L. Erva Apícola X AD
Stemodia foliosa Benth. Erva Apícola X AD
SIMAROUBACEAE
Simaruoba amara Aubl. Árvore praíba Madeireiro X AD
NOME
FAMÍLIA/ESPÉCIE HÁBITO USOS FA RE MA STATUS
POPULAR
Simaba cuneata A. St.-Hil & Tul. Madeireiro X DR
SOLANACEAE
Schwenckia americana L. Arbusto Madeireiro X AD
Solanum americanum Mill. Arbusto Madeireiro X AD
Solanum paludosum Moric. Arbusto Madeireiro X AD
Solanum paniculatum L. Arbusto Madeireiro X AD
Solanum stipulaceum Roem. &
Arbusto Madeireiro X AD
Schult.
STERCULIACEAE
Guazuma ulmifolia Lam. Arvoreta Mutamba Madeireiro X X AD
Walteria indica L. Arbusto Apícola X AD
Walteria viscosissima A. St. Hil. Subarbusto Apícola X AD
TILIACEAE
Pau de
Apeiba tibourbou Aubl. Árvore Madeireiro X AD
jangada
Pereiro da
Luehea ochrophylla Mart. Arvoreta Madeireira X AD
mata
Luehea paniculata Mart. Arvoreta Madeireiro X AD
TRIGONIACEAE
Trigonia nivea Cambess Erva Apícola X DR
TURNERACEAE
Turnera ulmiflora L. Erva Apícola X AD
ULMACEAE
Trema micrantha (L.) Blume Arbusto Madeireiro X X AD
VERBENACEAE
Lantana camara L. Arbusto Chumbinho Apícola X X AD
Starchytarpheta elatior Schrad.
Erva Apícola X X
ex Schult.
Vitex capitata Vahl. Árvore Madeireiro X DR
Vitex rufescens A. Juss Árvore Madeireiro X DR
VIOLACEAE
Hybanthus ipecacuanha (L.)
Arbusto Madeireiro X DR
Baill
Paypayrola blanchetiana Tul. Árvore Madeireiro X DR
125
VITACEAE
Cissus erosa Rich. Erva Forrageiro X DR
VOCHYSIACEAE
Vochysia thyrsoidea Pohl Árvore Madeireiro X DR
XYRIDACEAE
Xyris jupicai Rich. Erva Apícola X DR
Fonte: Araújo & Ferraz, 12/2009.
O destaque florístico dessas famílias segue o padrão que vem sendo registrado para
outras áreas de Mata Atlântica de Pernambuco e da Paraíba (BARBOSA, 1996; SIQUEIRA,
1997; CAVALCANTI, 1985; SILVA, 2004a,b; FERRAZ, 2002). Esses remanescentes
também exibem um dossel contínuo, com um estrato mais baixo formado por plantas com
menos de 5m de altura e pela vegetação herbácea e ocorrência de plantas emergentes com
mais de 20m de altura.
126
Atlântica do município de Goiana se destaca a Tapirira guianensis (pau pombo). As
espécies de maior Índice de Valor de Importância foram Tapirira guianensis (pau pombo),
Cecropia pachystachia (embauba), Simarouba amara (praíba) e Eschweilera ovata (inbiriba)
(Tabela 18).
13
Tabela 18. Caracterização fitossociológica da vegetação de Mata Atlântica nas proximidades da APA de Santa
Cruz em trechos de encosta, Engenho Primavera, Goiana – Pernambuco.
127
Guapira opposita 1 1,2 0,05 2,40 2,4287 1,5715 17,0 42,6
Myrcia falax 3 1,2 0,01 2,40 0,2436 0,1461 9,0 10,7
Hymenaea rubiflora 1 0,4 0,02 2,36 0,7821 1,2384 6,0 40,7
Stryphnodendron
2 0,8 0,02 2,27 0,5345 0,3404 10,5 16,2
pulcherrimum
Andira legalis 2 0,8 0,03 2,25 0,4592 0,1226 11,0 15,3
Sclerolobium sp. 1 0,4 0,04 2,24 1,3592 0,1671 15,0 34,4
Guateria schomburgkiana 2 0,8 0,01 2,24 0,2385 0,1896 6,8 14,7
Andira sp. 2 0,8 0,01 2,20 0,1279 0,0520 5,5 11,6
Brosimum guianensis 2 0,8 0,01 2,19 0,2248 0,2080 10,8 11,5
Maytenus distichophylla 1 0,4 0,03 2,18 0,6366 0,5991 8,5 30,9
ALTU DIÂMETR
NO. DA VOLUME VOLUME
DOA VI RA O
ESPÉCIE IND (IND. TOTAL FUSTE
(M2.HA-1) (%) MÉDIA MÉDIO
. HA-1) (M3.HA-1) 3 -1
(M .HA )
(M) (CM)
Randia armata 2 0,8 0,01 2,17 0,1159 0,0930 7,8 9,7
Henriettea succosa 2 0,8 0,01 2,17 0,0965 0,0330 6,5 9,7
Brosimum sp. 1 0,4 0,02 2,11 0,8352 0,5220 16,0 25,8
Buchenavia capitata 1 0,4 0,02 2,08 0,6534 0,3485 15,0 23,8
Machaerium hirtum 1 0,4 0,01 2,07 0,3509 0,1754 9,0 22,3
Mangifera indica 1 0,4 0,01 2,04 0,3789 0,1894 12,0 20,0
Guettarda platypoda 1 0,4 0,01 2,04 0,2601 0,1530 8,5 19,7
Psidium sp. 1 0,4 0,01 2,04 0,2448 0,1530 8,0 19,7
Nectandra sp. 1 0,4 0,01 2,01 0,1788 0,1788 8,0 16,9
Erythroxylum squamatum 1 0,4 0,01 1,99 0,1212 0,1431 7,2 14,6
Myrcia sylvatica 1 0,4 0,01 1,97 0,0669 0,0669 7,5 10,7
Eugenia sp. 1 0,4 0,01 1,97 0,0649 0,0130 7,5 10,5
Xylopia frutescens 1 0,4 0,01 1,97 0,0326 0,0163 4,0 10,2
Anaxagorea dolichocarpa 1 0,4 0,01 1,96 0,0430 0,0287 6,0 9,6
Astrocaryum sp. 1 0,4 0,01 1,96 0,0595 0,0494 8,3 9,6
Fonte: Araújo & Ferraz, 2006.
Já em trechos mais planos, Araújo & Ferraz (2006) registram que Tapirira guianensis
(pau pombo) também se destaca em termos de densidade populacional e de valor de
importância econômica, seguida por Eschweilera ovata (imbiriba), Parkia pendula (visgueiro)
e Brosmium sp. (conduru) (Tabela 19). As espécies que tendem a ocorrer como emergentes
128
são Eschweilera ovata, Parkia pendula, Virola gardneri, Bowdichia virgilioides, Couepia
impressa, Buchenavia capitata e Mabea occidentalis por apresentar indivíduos com mais de
20m de altura, ocupando o espaço vertical dos remanescentes (Figura 47).
30
25
Visão da ocupação do espaço vertical do interior da floresta pelas diferentes árvores amostradas em uma
20
área do Engenho Primavera em Goiana, próximo à área da APA de Santa Cruz. Abaixo da primeira linha
pontilhada estão as espécies do sub-bosque; acima da primeira linha pontilhada estão às espécies do
Altura (m)
dossel mais baixo, acima da segunda linha pontilhada estão às espécies do dossel mais alto e acima da
terceira linha pontilhada estão às espécies emergentes.
Fonte: Araújo & Ferraz, 2006.
15
Tabela 19: CARACTERIZAÇÃO FITOSSOCIOLÓGICA DA VEGETAÇÃO DE MATA
ATLÂNTICA, ENGENHO SANTA TERESA.
DIÂME-
VOLUME VOLUME ALTURA
NO. DA DOA TRO
ESPÉCIE IVI (%) TOTAL FUSTE MÉDIA
IND. (IND.HA1) (M2.HA-1) MÉDIO
(M3.HA-1) (M3.HA1) (M)
(CM)
Tapirira guianensis 33 27,3 2,1721 19,71 38,64 24,15 12,0 26,2
Eschweilera ovata 28 23,2 1,1178 13,55 17,84 11,41 11,4 22,8
Parkia pendula
Brosimum sp.
1027
27
22,6
22,4
0,8187
0,7687
11,91
11,68
13,41
12,33
9,81
6,88
11,1
11,4
19,7
18,4
Sloanea guianensis 14 11,6 0,8557 8,89 14,21 8,11 12,7 28,21
Guarea sp. 14 11,6 0,8176 8,71 15,98 9,35 13,5 25,2
14
1 =Cecropia pachystachia; 2. Tapirira guianensis; 3 =Byrsonima sericea; 4 =Inga thibaudiana; 5 =Simarouba amara;
6 =Campomanesia eugenioides; 7 =Machaerium hirtum; 8 =Andira sp.; 9 =Myrtaceae 1; 10 =Copaifera sp.; 11 = Xylopia
5
frutescens; 12 =Dialium guianensis; 13 = Eschweilera ovata; 14 = Coccoloba alnifolia; 15 = Virola gardneri; 16 = Miconia
minutiflora; 17 =Stryphnodendron pulcherrimum; 18 = Protium sagotianum; 19 = Cupania revoluta; 20 = Schefflera
morototoni; 21 = Himatanthus phagedaenicus; 22 = Parkia pendula; 23 = Erythroxylum squamatum; 24 = Inga dysantha;
25 = Thyrsodium spruceanum; 26 = Schoepfia obliquifolia; 27 = Astrocaryum sp.; 28 = Hymenolobium janeirense; 29 =
Protium heptaphyllum; 30 = Bowdichia virgilioides; 31 = Myrcia falax; 32 = Guarea kunthiana; 33 = Allophylus edulis; 34
= Cupania oblongifolia; 35 = Guatteria pogonocarpus; 36 = Brosimum guianensis; 37 = Buchenavia capitata; 38 =
Andira nitida; 39 = Luehea ochrophylla; 40 = Guapira opposita; 41 = Nectandra sp.; 42 = Henriettia succosa; 43 =
Maytenus distichophylla; 44 = Pouteria bangii; 45 = Randia armata; 46 = Cordia nodosa; 47 = Psidium sp.; 48 =
Mangifera indica; 49 = Guateria schomburgkiana; 50 = Hymenaea rubiflora; 51 = Sclerolobium sp.; 52 = Andira legalis;
0
53 = Brosimum sp.; 54 = Anaxagorea dolichocarpa; 55 = Guettarda platypoda; 56 = Myrcia sylvatica e 57 = Eugenia
sp.).
129
0 3 6 9 12 15 18
Simarouba amara 10 8,3 1,0273 8,71 23,19 18,20 16,5 36,1
Aspidosperma discolor 9 7,3 0,8339 7,56 16,14 14,60 12,6 22,0
Buchenavia capitata 10 8,3 0,7493 7,41 15,08 10,67 14,5 31,2
Ficus trigonata 5 4,1 0,9859 7,29 18,18 11,69 15,2 53,9
Himatanthus
4 3,3 1,0311 7,25 19,71 19,71 11,8 40,0
phagedaenicus
Trichilia lepidota 11 9,1 0,6606 7,24 10,87 5,64 13,3 25,2
DIÂME-
VOLUME VOLUME ALTURA
NO. DA DOA TRO
ESPÉCIE IVI (%) TOTAL FUSTE MÉDIA
IND. 1
(IND.HA ) 2 -1
(M .HA ) MÉDIO
(M3.HA-1) (M3.HA1) (M)
(CM)
Pouteria bangii 8 6,6 0,6120 6,27 10,52 6,87 11,6 26,6
Cecropia pachystachia 12 9,9 0,3895 6,22 5,30 5,30 9,6 21,4
Sarcaulus brasiliensis 11 9,1 0,4344 6,18 6,23 3,96 11,8 22,7
Micropholis sp. 10 8,3 0,4497 6,01 8,37 4,86 14,6 24,4
Thyrsodium spruceanum 11 9,1 0,3670 5,87 5,31 3,92 11,2 20,7
Artocarpus integrifolia 10 8,3 0,3735 5,65 4,59 3,21 9,5 22,4
Schoepfia obliquifolia 7 5,8 0,3786 4,94 7,79 5,33 15,1 26,7
Vochysia thyrsoidea 5 4,1 0,4641 4,85 7,89 6,06 12,5 34,8
Schefflera morototoni 7 5,8 0,3318 4,72 6,45 4,52 10,2 20,9
Bowdichia virgilioides 7 5,8 0,3109 4,62 5,93 3,61 14,4 25,1
Hymenolobium
4 3,3 0,4384 4,48 8,53 5,25 14,5 35,6
janeirensis
Inga thibaudiana 8 6,6 0,1984 4,34 2,79 4,93 11,6 18,6
Couepia impressa 2 1,7 0,5042 4,30 12,99 5,98 18,0 54,8
Nectandra cuspidata 5 4,1 0,3188 4,17 4,75 2,93 12,2 30,1
Virola gardneri 5 4,1 0,3083 4,12 7,26 5,46 16,0 26,9
Ficus sp. 4 3,3 0,3513 4,07 6,69 4,24 15,6 35,9
Mabea occidentalis 5 4,1 0,2836 4,00 6,05 3,70 15,8 26,1
Byrsonima sericea 6 5,0 0,2192 3,95 3,05 1,34 9,7 21,6
Protium sagotianum 5 4,1 0,2506 3,85 5,23 1,08 12,6 22,8
Copaifera langsdorfii 6 5,0 0,1585 3,66 2,81 2,85 11,06 18,1
Rheedia gardneriana 6 5,0 0,1147 3,46 1,41 1,41 10,2 16,6
Sorocea hilarii 5 4,1 0,1640 3,44 2,90 1,78 11,3 19,9
Luehea ochrophylla 6 5,0 0,1041 3,41 1,32 0,98 10,0 16,2
Hymenaea rubiflora 5 4,1 0,1365 3,32 2,37 1,29 11,2 18,8
Stryphnodendron
5 4,1 0,1064 3,17 1,82 1,60 13,0 17,7
pulcherrimum
Clarisia racemosa 3 2,5 0,1602 2,93 2,67 2,58 11,8 27,4
Cupania revoluta 2 1,7 0,1878 2,82 2,94 2,02 13,3 37,9
Leguminosae 1 3 2,5 0,1106 2,70 1,93 1,43 13,7 22,9
Myrcia sylvatica 4 3,3 0,0510 2,67 0,82 0,82 12,4 13,7
Indeterminada 2 1 0,8 0,1928 2,60 3,72 2,79 16,0 54,4
Cinnamomum triplinerve 2 1,7 0,1049 2,43 1,87 0,94 13,0 26,9
Senna georgica 3 2,5 0,0431 2,39 0,67 0,67 12,0 14,0
Myrsine guianensis 3 2,5 0,0359 2,35 0,34 0,21 7,8 13,1
Ocotea glomerata 1 0,8 0,1349 2,33 2,60 2,60 16,0 45,5
Inga edulis 2 1,7 0,0799 2,31 1,47 0,47 12,0 22,0
Protium heptaphyllum 2 1,7 0,0325 2,09 0,53 0,36 11,5 15,0
Ocotea floribunda 1 0,8 0,0842 2,09 1,42 0,20 14,0 36,0
Myrcia falax 2 1,7 0,0313 2,09 0,40 0,23 9,0 14,8
Inga subnuda 2 1,7 0,0276 2,07 0,39 0,16 11,5 14,2
Manilkara salzmanii 1 0,8 0,0784 2,06 1,13 0,52 12,0 34,7
Meliaceae 1 1 0,8 0,0741 2,04 1,56 1,56 17,5 33,7
Myrcia sp. 1 0,8 0,0673 2,01 1,30 0,64 16,0 32,2
Miconia calvens 2 1,7 0,0135 2,00 0,15 0,12 9,5 10,2
130
Dialium guianensis 1 0,8 0,0558 1,96 0,87 0,87 13,0 29,3
Astrocaryum sp. 1 0,8 0,0499 1,93 0,84 0,84 14,0 27,7
Cinnamomum sp. 1 0,8 0,0287 1,83 0,31 0,31 9,0 21,0
Guapira graciliflora 1 0,8 0,0287 1,83 0,40 0,10 11,5 21,0
Indeterminada 1 1 0,8 0,0214 1,80 0,34 0,13 13,0 18,1
DIÂMET
DOA VOLUME VOLUME ALTURA
NO. DA IVI RO
ESPÉCIE (M2.HA- TOTAL FUSTE MÉDIA
IND. (IND.HA1) 1 (%) MÉDIO
) (M3.HA-1) (M3.HA1) (M)
(CM)
Heisteria sp. 1 0,8 0,0171 1,78 0,20 0,13 9,6 16,2
Myrtaceae 1 1 0,8 0,0152 1,77 0,16 0,10 9,0 15,3
Ocotea indecora 1 0,8 0,0112 1,75 0,18 0,18 12,0 13,7
Pradosia sp. 1 0,8 0,0116 1,75 0,10 0,03 7,5 13,4
Brosimum guianensis 1 0,8 0,0100 1,74 0,09 0,09 7,5 12,4
Sapotaceae 1 1 0,8 0,0090 1,74 0,13 0,13 12,0 11,8
Jacaranda puberula 1 0,8 0,0085 1,73 0,11 0,11 11,0 11,5
Trichilia sp. 1 0,8 0,0068 1,73 0,07 0,07 9,0 10,2
Miconia sp. 1 0,8 0,0059 1,72 0,05 0,05 6,8 9,6
Fonte: Araújo & Ferraz, 2006.
20
15
Altura (m)
10
0
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45 48 51 54 57 60 63 66 69
Visão da ocupação do espaço vertical do interior
Espécies da matada do
floresta pelas
Engenho diferentes
Santa Tereza árvores amostradas em uma
área de Mata Atlântica, Engenho Santa Teresa, Goiana, Pernambuco, nas proximidades da APA de Santa
Cruz. Abaixo da primeira linha pontilhada estão as espécies do sub-bosque; acima da primeira linha
15
1 = Brosimum guianensis; 2 =Eschweilera ovata; 3 =Cinnamomum sp.; 4 = Schefflera morototoni; 5 =Pradosia
sp.; 6 = Tapirira guianensis; 7 =Parkia pendula; 8 =Simarouba amara; 9 = Thyrsodium spruceanum; 10 =Sorocea
hilarii; 11 =Astrocaryum sp.; 12 =Ficus trigonata; 13 =Brosimum sp.; 14 =Artocarpus integrifolia; 15 = Inga
subnuda; 16 =Virola gardneri; 17 =Protium sagotianum; 18 =Inga edulis; 19 =Trichilia sp.; 20 =Indeterminada 1;
21 = Stryphnodendron pulcherrimum; 22 = Rheedia gardneriana; 23 = Myrcia sylvatica; 24 = Bowdichia
virgilioides; 25 = Himatanthus phagedaenicus; 26 = Luehea ochrophylla; 27 =Cecropia pachystachia; 28 =
Byrsonima sericea; 29 = Myrcia falax; 30 = Aspidosperma discolor; 31 = Jacaranda puberula; 32 =
Hymenolobium janeirensis; 33 = Sloanea guianensis; 34 = Schoepfia obliquifolia; 35 = Couepia impressa; 36 =
Myrcia sp.; 37 = Miconia calvens; 38 = Pouteria bangii; 39 = Vochysia thyrsoidea; 40 = Clarisia racemosa; 41 =
Protium heptaphyllum; 42 = Miconia sp.; 43 = Buchenavia capitata; 44 = Cupania revoluta; 45 - Indeterminada 2;
46 - Trichilia lepidota; 47 - Copaifera langsdorfii; 48 = Ocotea indecora; 49 = =Micropholis sp.; 50 =Ocotea
glomerata; 51 = Guarea sp.; 52 = Mabea occidentalis; 53 = Sarcaulus brasiliensis; 54 = Nectandra cuspidata; 55
= Myrsine guianensis; 56 =Hymenaea rubiflora; 57 = Inga thibaudiana; 58 = Leguminosae 1; 59 = Myrtaceae 1;
60 = Heisteria sp.; 61 = Ficus sp.; 62 = Ocotea floribunda; 63 = Manilkara salzmanii; 64 = Dialium guianensis; 65
= Cinnamomum triplinerve; 66 = Guapira graciliflora; 67 =- Senna georgica; 68 =Meliaceae 1; 69 =Sapotaceae
1).
131
pontilhada estão as espécies do dossel mais baixo, acima da segunda linha pontilhada estão as espécies
do dossel mais alto e acima da terceira linha pontilhada estão as espécies emergentes.
Fonte: Ferraz & Araújo, 2006.
5.2.1.2.2 Manguezal
Além das espécies típicas registradas para as áreas de manguezais, algumas outras
são referidas na literatura para áreas de manguezais de Vila Velha, Itamaracá/PE como: as
herbáceas Desmodium barbatum, Acrostichum aureum (Samambaia do mangue),
132
Eleocharis caribaea (junco bravo), Fimbristyllis glomerata, Scleria bracteata, Cyperus sp., o
arbusto Annona glabra e a hemi-parasita Psittacanthus dichrous (erva-de-passarinho)
(SCHULER et al. 2000).
Na região do canal de Santa Cruz o manguezal é de extrema importância para
população local por fornecer alimento, combustível, material para construção etc., estando
sujeito a forte pressão de uso, o que leva ao assoreamento e a degradação de certos
trechos, apesar de ainda existirem algumas áreas de manguezais que apresentam bom
estado de conservação, como é o caso das áreas do estuário do rio Paripe (SCHULER et al.
2000), sendo importante o desenvolvimento de ações que contribuam para manutenção e
melhoria do estado de conservação dessas áreas, pois as mesmas apresentam beleza
estética, potencial turístico, produção pesqueira, reserva de biomassa madeireira, além de
funcionar como estabilizadoras de formações litorâneas (SILVA, 1995).
133
5.2.1.2.3 Restingas
134
Boraginaceae, Malvaceae, Solanaceae, Annonaceae, Araceae, Chrysobalanaceae,
Malpighiaceae e Melastomataceae (ZICKEL et al., 2007).
O conjunto florístico das áreas de restingas da APA do canal de Santa Cruz é similar
ao conjunto florístico das restingas do litoral sul de Pernambuco, mas as áreas de restinga,
em geral, vem sofrendo muita influência antrópica.
Foto 47: Vista de uma área com vegetação de restinga ocorrente nas
proximidades do município de Goiana
Fonte: Araújo & Ferraz, 12/ 2006.
135
humanas de subsistência e de produção. As espécies vegetais da APA de Santa Cruz
apresentam importância econômica diversificada (FERRAZ et al., 2002, Foto 48), sendo
ainda muito comum registrar a exploração da vegetação dos diferentes ecossistemas
através do corte da madeira que é usada como lenha pela população de baixa renda, como
caibro no setor de construção ou no fabrico de pequenas peças de madeira.
Foto 48: Detalhe do tronco de uma planta de Foto 49: Vista de uma área de canavial que
interesse econômica que sofre pressão antrópica circunda trechos com vegetação de Mata
nos fragmentos de Mata Atlântica nas Atlântica nas proximidades do município de
proximidades do município de Goiana. Goiana.
Fonte: Araújo & Ferraz, 12/ 2006.
Além dos fragmentos disjuntos de Mata Atlântica no interior da APA de Santa Cruz,
já existem algumas unidades de conservação com vegetação de Mata Atlântica que
apresentam padrão de riqueza florística similar ao indicado no Quadro 6 e que merecem
destaque, como é o caso das Zonas de Preservação da Vida Silvestre: Mata do Amparo,
Mata do Engenho Macaxeira, Engenho São João, Mata de Jaguaribe, Mata de Santa Cruz e
Mata Lanço das Canções, todas localizadas na Ilha de Itamaracá/PE e definidas na Lei
Estadual nº 13.539 de 2008.
136
• Refúgio da Vida Silvestre da Mata do Amparo tem 172,90 ha e é cercada, sendo
rodeada por áreas de plantio de coqueiro, áreas de sítios e áreas de granja.
• Refúgio da Vida Silvestre da mata do Engenho São João tem 34 ha é aberta e no
seu entorno ocorrem áreas de pastagem e de agricultura, o que torna a mesma
vulnerável devido aos riscos de invasão.
• Refúgio da Vida Silvestre do Engenho Macaxeira tem 60,84 ha, não é cercada e em
seu entorno ocorrem áreas antropizadas, sendo a terra utilizada para o cultivo de
coqueiro e fruteiras, e áreas de manguezais e de capoeira de Mata Atlântica.
• Refúgio da Vida Silvestre da Mata de Jaguaribe possui 107,36 ha também não é
cercada, fica próxima a praia e em seu entorno ocorrem áreas de capoeiras de
restinga, de manguezais e de cultivo de coqueiro.
• Refúgio da Vida Silvestre da Mata de Santa Cruz tem 54,68 ha, não é cercada e
apresenta-se rodeada por áreas de cultivo de coco e fruteiras e por ares de sítios.
• Refúgio da Vida Silvestre da Mata de Lanço dos Cações apresenta 50,12 ha e
também é rodeada por áreas de agricultura, de sítios e de granjas (Lei Estadual nº
13.539 de 2008).
Das espécies listadas no Quadro 9, apenas dez espécies podem ser indicadas como
exóticas na área. Todas são plantas cultivadas: Mangifera indica, Spondias monbim,
Coccus nucifera, Euterpe edulis, Euphorbia tirucalli, Artocarpus integrifolia, Syzygium
jambolanum, Syzygium malaccense, Bambusa vulgaris e Saccharum officinarum.
A distribuição dessas espécies nos diferentes ecossistemas da APA de Santa Cruz
está indicada no Quadro 09.
137
indicadas como invasora na literatura (SIQUEIRA, 2006; SILVA MATOS e PIVELO, 2009) e
entre essas, a Elaeis guineensis (dendenzeiro) ocorre principalmente nas áreas ciliares da
mata atlântica.
5.2.1.5 Conclusões
A riqueza de espécies é elevada dentro da área da APA de Santa Cruz, mas poucas
estão registradas na lista Oficial do IBAMA como ameaçada de extinção, como foi o caso de
Euterpe edulis e de Swartzia pickelii. As espécies lenhosas são exploradas para fins
diversificados, sendo o uso madeireiro o mais freqüente, pois várias espécies são utilizadas
para lenha, fabricação de peças, construção, etc.
É importante registrar que em vários pontos das áreas de coqueirais o manejo não é
freqüente e a regeneração da vegetação nativa estava bem desenvolvida, evidenciando o
potencial de recuperação da área.
138
Quadro 10: AMEAÇAS RELACIONADAS AO MEIO BIOTICO.
MEDIDAS
TIPO/CARACTERIZAÇÃO LOCALIZAÇÃO CAUSAS CONSEQÜÊNCIAS
MITIGADORAS
• Perda de biodiversidade;
• Erosão do solo;
• Empobrecimento do solo;
• Restauração dos
1 - Desmatamento (retirada
Nos fragmentos de Mata
Para fins de subsistência, • Perda de habitat para realização fragmentos de
Atlântica de Itamaracá e dos ciclos de vida das
parcial e/ ou total da comercialização, vegetação;
nos manguezais do Canal comunidades biológicas;
vegetação natural) agricultura, entre outras. • Educação ambiental;
de Santa Cruz. • Pertubação dos mananciais,
• Fiscalização.
alteração da dinâmica do ciclo
hidrológico; e
• Podificação da paisagem natural.
• Perda da diversidade de
Fragmentos de vegetação
Subsistência, exemplares;
natural na ilha de Educação ambiental e
2 - Caça comercialização e • Redução do tamanho das
Itamaracá e no município Fiscalização.
amadorística. populações; e
de Goiana.
• Perda da variabilidade genética.
• Perda de substrato para
Atapuz,no município de reprodução das espécies; Educação ambiental e
3 – Retirada de solo (areia) Comercialização.
Goiana. • Erosão; e Fiscalização.
• Modificação da paisagem.
Toda faixa costeira da APA Crescimento urbano e • Perda de habitat natural; e Educação ambiental e
4 – Especulação imobiliária
de Santa Cruz. turismo. • modificação da paisagem natural. Fiscalização.
Transformação dos
Ambientes costeiros de sistemas aberto para
5 – Ampliação da
Itapissuma, Itamaracá e Comercialização. Eutrofização dos cursos d’água. os fechados nos
Carcinicultura
Goiana. programas de
carcinicultura
Fonte: Mendes Jr. Ferraz & Araújo, 12/2009.
139
5.2.2 CARACTERIZAÇÃO DA FAUNA TERRESTRE
5.2.2.1 Herpetofuna
140
desenvolvidos na região, dados levantados por instituições, captura e observações de
campo realizadas na área da APA de Santa Cruz.
Algumas espécies terrestres são pouco exigentes quanto às áreas com grande
cobertura vegetal, principalmente alguns lagartos, como: Tropidurus hispidus, Tupinambis
merianae e Ameiva ameiva (foto 07 – Figura 50); boa parte das serpentes da Família
Colubridae e algumas das peçonhentas: Crotalus durissus cascavella e Bothrops
erythromelas.
141
Chironius carinatus, Philodryas nattereri, Pseutes suphureus, Boa constrictor constrictor,
Epicrates cenchria, Corallus hortulanus e Bothrops bilineatus. Muitas outras utilizam
recursos associados com a cobertura vegetal, sendo eles: troncos, bromélias e folhiço. São
enquadradas nessa categoria a maioria das espécies terrestres restantes, principalmente as
serpentes: Lachesis muta rhomebeata, Micrurus ibiboboca, Micrurus leminiscatus; o
quelônio: Geochelone carbonaria e os lagartos: Strobilurus torquatus, Mabuya
macrorhyncha, Mabuya heathi e Ophiodes striatus.
142
Dos três pontos de coleta, o ponto 3 foi o que apresentou maior diversidade (oito
espécies) e o ponto 1 a menor (quatro espécies).
Foto 01: Rhinella crucifer, ocorrência para Foto 02: Phylomedusa nordestina,
os remanescente de mata (Foto de ocorrência para os remanescentes de mata
arquivo) na APA de Santa Cruz (Foto de arquivo)
Foto 03: Hypsiboas raniceps, capturado na APA Foto 04: Leptodactylus ocellatus, capturado
de Santa Cruz. Georreferência: na APA de Santa Cruz. Georreferência:
0482819:9349246. 0335452:9432626.
Foto 05: Scinax x-signatus, capturado na APA Foto 06: Hypsiboas albomarginatus,
de Santa Cruz. Georreferência: capturado na APA de Santa Cruz.
0482819:9349246. Georreferência: 0295890:9139710.
143
ESPÉCIES ENCONTRADAS.DA CLASSE REPTILIA
Quadro 11: LISTAGEM DOS ANFÍBIOS DA APA DE SANTA CRUZ (Fonte: Amorim, 2009;
Santos & Carnaval, 2002 e observações pessoais).
Ordem ANURA
Família BRACHYCEPHALIDAE Ischnocnema ramagii (Boulenger, 1888)
Rhinella crucifer (Wied-Neuwied, 1821)
Família BUFONIDAE Rhinella Jimi (Stevaux, 2002)
Rhinella granulosa(Spix, 1824)
Família CYCLORAMPHIDAE Proceratophrys renalis (Miranda-Ribeiro, 1920)
Hypsiboas semilineatus (Spix, 1824)
Hypsiboas atlanticus (Caramaschi & Velosa, 1996)
Hypsiboa albomarginatus (Spix, 1824)
Hypsiboas raniceps Cope, 1862
Dendropsophus branneri (Cochran, 1948)
Dendropsophus decipiens (A. Lutz, 1925)
Família HYLIDAE
Dendropsophus microps (Peter, 1872)
Scinax x-signatus (Spix, 1824)
Scinax fuscovarius (A. Lutz, 1925)
Scinax nebulosus (Spix, 1824)
Phyllodytes luteolus Wied-Neuwied, 1824
Phyllomedusa nordestina Caramaschi, 2006
Physalaemus kroyeri (Reinhardt & Lütken,
Família LEIUPERIDAE Physalaemus
1862"1861") cuvieri Fitzinger, 1826
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887)
Leptodactylus natalensis A. Lutz, 1930
Leptodactylus ocellatus (Linnaeus, 1758).
Família LEPTODACTYLIDAE Leptodactylus vastus A. Lutz, 1930
Leptodactylus marmoratus (Steindachner, 1867)
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799)
Família MICROHYLIDAE Dermatonotus muelleri (Boettger, 1885)
Família RANIDAE Lithobates palmipes (Spix, 1824)
Fonte: Milena Sardou, 11/2009. Os nomes científicos que não estão em parênteses sofreram revisão. Os entre parênteses
mantem a nomenclatura original (Regra internacional de nomenclatura Zoológica).
144
Quadro 12: LISTAGEM DOS RÉPTEIS DA APA DE SANTA CRUZ (Fonte: Amorim, 2009; Santos
& Carnaval, 2002 e observações pessoais)
Ordem TESTUDINES
Família KINOSTERNIDAE Kinosternon scorpioides (Linnaeus, 1766) - jabuti, muçuá
Família TESTIDINIDAE Geochelone carbonária (Spix, 1824) – cágado
Família CHELIDAE Phrynops tuberculatus (Peters, 1870)– jabuti
ORDEM SQUAMATA
Amphisbaena alba Linnaeus, 1758 – cobra-de-duas cabeças
Família AMPHISBAENIDAE
Amphisbaena vermicularis Wagler, 1824– cobra-de-duas-cabeças
SUBORDEM SAURIA
Família IGUANIDAE Iguana iguana (Linnaeus, 1758)- camaleão
Tropidurus hispidus (Spix, 1825) - lagartixa
Família TROPIDURIDAE Strobilurus torquatus Wiegmann, 1834 – lagartixa
Família LEIOSAURIDAE Enyalius catenatus (Wied, 1821) - camaleão
Anolis punctatus Daudin, 1802 - papa-vento
Família POLYCHROTIDAE
Polychrus marmoratus (Linnaeus, 1758)- camaleão
Hemidactylus brasilianus (Amaral, 1935)- lagartixa
Família GEKKONIDAE Coleodactylus meridionalis (Boulenger, 1888) - lagartixa
Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818) - víbora,
Família PHYLLODACTYLIDAE lagartixa
Gymnodactylus geckoides Spix, 1825 - lagartixa
Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758) – calango
Família TEIIDAE Cnemidophorus ocellifer (Spix, 1825) - calango
Kentropyx calcarata Spix, 1825- calango
Tubinambis merianae (Duméril & Bibron, 1839)- teju
Família GYMNOPHTALMIDAE Anotosaura sp
145
Liophis viridis Günther, 1862 - cobra-verde
Oxybelis aeneus (Wagler, 1824)– cobra-cipó
Oxyrhopus trigeminus Duméril, Bibron & Duméril,1854 -falsa-coral
Philodryas nattereri Steindachner, 1870 – corredeira
Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823) - cobra-verde
Pseuddoboa nigra(Duméril, Bibron & Duméril, 1854) - cobra preta
Pseutes suphureus (Wagler, 1824)– caninana vermelha
Siphlophis compressus (Daudin, 1803)– cipó
Spilotes pullatus (Linnaeus, 1758)- caninana
Tantilla melanocephala (Linnaeus, 1758)– cobra-da-terra
Thamnodynastes strigilis (Günther, 1858)- Jararaquinha
Waglerophis merremii (Wagler, 1824). - Jararaca
Xenopholis scalaris (Wucherer, 1861)– Jararaquinha
Bothrops leucurus Wagler, 1824 – jararaca
Bothrops bilineata (Wied, 1825) – jararaca
Bothrops erythromelas (Amaral, 1923) – jararaca
Família VIPERIDAE
Bothrops neuwiedi (Wagler, 1824) – jararaca
Crotalus durissus cascavella (Linnaeus, 1758) - cascavel
Lachesis muta rhombeata (Linnaeus, 1766)- surucucu-pico-de-jaca
Leptodactylus ocellatus - é uma rã de grande porte (cerca de 12 cm), com dorso com
manchas arredondadas dispersas, sendo comum uma mancha triangular escura entre os
olhos e faixas glandulares longitudinais. A fêmea permanece nas proximidades e protege a
146
prole. Encontra-se amplamente distribuída no Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina
(FROST, 2004).
Leptodactylus fuscus - é uma espécie de médio porte para o gênero, cuja reprodução
ocorre em áreas alagadas ou nas bordas de poças temporárias. Apresenta distribuição
geográfica em mais de um bioma, ocorrendo em áreas florestais e abertas. É registrada por
todo o território brasileiro (HADDAD et al., 2008), Bolívia, Colômbia, Guianas, Panamá,
Paraguai, Peru, Suriname, Trindade e Tobago e Venezuela (IUCN et al., 2008, FROST
2008).
A maioria dos lagartos registrados são generalistas quanto ao habitat e também são
encontrados no bioma Caatinga, entre eles Tropidurus hispidus, Tupinambis merianae,
Cnemidophorus ocellifer, Iguana iguana.
147
Tupinambis merianae - é uma espécie de grande porte. Possui hábito terrícola e
apresenta atividade predominantemente diurna. Possui dieta generalista, composta por
invertebrados, vertebrados pequenos, ovos e frutos (DEIQUES et al., 2007). Apresenta
distribuição geográficaampla, ocorrendo em fisionomias florestais e abertas na Mata
Atlântica e sua interface com outros biomas (ÁVILA-PIRES, 1995). Pode ser encontrada na
região costeira, central e sul do país, além de enclaves de vegetação aberta no Pará e
sudeste da Amazônia (ÁVILA-PIRES, 1995).
Como conclusão podemos dizer que o Brasil possui uma herpetofauna que se
destaca quanto a riqueza na América Central e do Sul, mas a maioria das informações é
ainda preliminar (DUELLMAM, 1988). Algumas espécies encontradas neste trabalho
possuem ampla distribuição geográfica, ocorrendo em outros biomas, como é o caso da
maioria dos anuros e dos lagartos Cnemidophorus ocellifer e Tupinambis merianae que
podem ser encontrados também na Caatinga. Os remanescentes de mata na ilha de
Itamaracá são importantes para a conservação da herpetofuana, no entanto, coletas e
observações na época chuvosa, poderiam ampliar a listagem da herpetofuana encontrada
na APA de Santa Cruz.
5.2.2.2 Avifauna
148
Pernambuco apresenta 536 espécies de aves relacionadas com os principais ecossistemas,
restinga, Mata Atlântica, manguezal, estuários, praias, dentre outros ambientes (OAP,
2008). A Mata Atlântica para avifauna da APA destaca-se pela riqueza, endemismo e
vulnerabilidade (RODA, 2005).
149
Limnodromus griseus, migrantes do Norte. Na APA de Santa Cruz, os maçaricos e as
batuíras acima mencionados realizam mudas, trocam a plumagem e ganham peso, para
suas migrações de retorno às áreas de reprodução no hemisfério norte. Indivíduos jovens e
subadultos que não complementaram o ciclo de mudas, podem permanecer na região no
período de junho a agosto aguardando a próxima temporada de migração 17. A Figura 52
demonstra os locais de migração das aves que visitam o litoral norte de Pernambuco.
A marreca (Anas bahamensis), espécie que foi observada aos bandos na área
estudada, provavelmente, realiza seu ciclo reprodutivo nos alagados da região.
150
Foto 09: Actitis macularia, (maçarico-pintado- Foto 10: Tringa flavipes (maçarico de perna
do-mangue), espécie migratória da APA de amarela), espécie migratória da APA de Santa
Santa Cruz (Foto de arquivo) Cruz. (Foto de arquivo)
Foto 11: Ardea alba (garça-branca- grande) e Foto 12: Limnodromus griseus (narceja) espécie
Egretta thula (garça-branca-pequena), espécies migratória da APA de Santa Cruz (Foto de
residentes da APA de Santa Cruz (Foto de arquivo).
arquivo).
151
Numenius phaeopus 9
Pluvialis squatarola 119
Arenaria interpres 197
SCOLOPACIDAE Calidris pusilla 338
Calidris alba 412
Calidris canutus 2
Limnodromus griséus 9
Charadrius collaris 4
CHARADRIIDAE Charadrius semipalmatus 324
Charadrius wilsonia 2
Sterna hirundo 235
LARIDAE Sterna eurygnatha 62
Gelochelidon nilótica 19
Total 1732
Fonte: Mendes Jr., 11/2009. coordenadas: 0278952 : 9055674.
152
Figura 52: ESQUEMA MOSTRANDO O SENTIDO DOS DESLOCAMENTOS DAS AVES
MIGRATÓRIAS NA APA.
153
Quadro 13: LISTAGEM DAS AVES DA APA DE SANTA CRUZ (SICK 1997, AZEVEDO JÚNIOR
1988, RODA 2005, OAP 2008 e Observações pessoais).
ORDEM TINAMIFORMES
Crypturellus soui (Hermann, 1783) – nhambu-mata-
cachorro
Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) – nhambu-
Família TINAMIDAE espanta-boiada
Crypturellus tataupa (Temminck, 1815) – nhambu-
pé-roxo
Nothura boraquira (Spix, 1825) – codorniz
ORDEM ANSERIFORMES
Dendrocygna bicolor (Vieillot, 1816) – marreca-
caneleira
Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) – irerê
Sarkidiornis silvícola (Ihering & Ihering, 1907) –
pato-de-crista
Amazoneta brasiliensis (Gmelin, 1789) – pé-
Família ANATIDAE
vermelho
Anas bahamensis (Linnaeus, 1758) – marreca
toucinho
Netta erythrophthalma (Wied, 1832) – paturi-preta
Nomonyx dominica (Linnaeus, 1766) – marreca-de-
bico-roxo
ORDEM PODICIPEDIFORMES
Tachybaptus dominicus (Linnaeus, 1766) -
mergulhãozinho
Família PODICIPEDIDAE
Poilymbus podiceps (Linnaeus, 1758) – mergulhão-
caçador
ORDEM PROCELLARIIFORMES
Thalassarche chlororhynchos (Gmelin, 1789) –
Família DIOMEDEIDAE
albatroz-de-nariz-amarelo
Família HIDROBATIDAE Oceanites oceanicus (Kuhl, 1820) - alma-de-mestre
Calonectris borealis (Cory, 1881) – bobo-grande
Família PROCELLARIIDAE Puffinus pufinus (Brünnich, 1764) – bobo-pequeno
Puffinus griseus (Gmelin, 1789)– bobo-grande
Família Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) – biguá
PHALACROCORACIDAE.PHALACROCORA
Família SULIDAE
Sula dactylatra (Lesson, 1831) – atobá-mascarado
154
Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783) – socó-boi
Cochlearius cochearis (Linnaeus, 1766) – arapapá
155
grande-de-perna-amarela
Actitis macularia (Linnaeus, 1766)– maçarico-
pintado-do-mangue
Catoptrophorus semipalmatus – maçarico
Calidris canutus (Linnaeus, 1758)– maçarico-de-
papo-vermelho
Calidris minutilla (Vieillot, 1819) – maçariquinho-de-
perna-amarela
Calidris fuscicollis (Vieillot, 1819) – maçarico-de-
sobre-branco
Calidris pusilla (Linnaeus, 1766)– maçariquinho
Calidris alba (Pallas, 1764)– maçarico-branco
Numenius phaeopus (Linnaeus, 1758)– maçarico-
do-bico-torto
Limnodromus griseus (Gmelin, 1789)- narceja
156
ORDEM STRIGFORMES
Família TYTONIDAE Tyto alba (Scopoli, 1769) – coruja-de-igreja
ORDEM CORACIIFORMES
Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) – martim-
pescador-grande
Família ALCEDINIDAE
Chloroceryle americana (Gmelin, 1788)– martim-
pescador-pequeno
Família MOMOTIDAE Momotus momota (Linnaeus, 1766) – udu-de-
coroa-azul
157
Família GALBULIDAE Galbula ruficauda (Cuvier, 1816)- bico-de-agulha
Nystalus maculatus (Gmelin, 1788)- rapazinho-dos-
Família BUCCONIDAE
velhos
Picumnus exilis (Lichtenstein, 1823)– pica-pau-
anão-dourado
Picumnus fulvescens (Stager, 1961) – pica-pau-
anão-canela
Família PICIDAE
Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) - pica-pau-
pequeno
Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766)– pica-pau-de-
banda-branca
ORDEM PASSERIFORMES
Taraba major (Vieillot, 1816)– choro-boi
Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764) – choca-
barrada
Thamnophilus punctatus (Shaw, 1809) – choca-
bate-cabo
Dysithamnus mentalis (Temminck, 1823) –
Família THAMNOPHILIDAE choquinha-lisa
Myrmotherula axillaris (Vieillot, 1817)- choquinha-
de-flancos-lisos
Herpsilochmus rufimarginatus (Temminck, 1822)-
chororozinho-de-asa-vermelha
Formicivora grisea (Boddaert, 1783)- papa-formiga-
pardo
158
Elaenia parvirostris (Pelzeln, 1868) – guaracava-de-
bico-curto
Elaenia chiriquensis (Lawrence, 186) - chibum
Elaenia obscura (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) -
tucão
Capisiempis flaveola (Lichtenstein, 1823) –
marianinha-amarela
Hemitriccus zoosterops (Pelzeln, 1868)– maria-de-
olho-branco
Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766) – relojinho
Poecilotriccus fumifrons (Hartlaub, 1853) –
ferreirinho-de-testa-preta
Ryncociclus olivaceus
Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) – bico-
chato de-orelha-preta
Tolmomyias flaviventris (Wied, 1831) – bico-chato-
amarelo
Platyrhinchus mystaceus (Vieillot, 1818) - patino
Fluvicola albivemter (Spix, 1825) – lavadeira
Arundinicola leucoephala (Linnaeus, 1764) –
viuvinha
Machetornis rixosus (Vieillot, 1819) – suiriri-
cavaleiro
Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) – maria-cavaleira
Miyarchus tyrannulus (Statius Muller, 1776) –
maria-cavaleleira-de-rabo-enferrujado
Myiarchus tuberculifer (d'Orbigny & Lafresnaye,
1837) – maria-cavaleira-pequena
Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766)– bem-te-vi
Megarhynchus pitangua (Linnaeus, 1766) -bem-te-
vi-de-bico-chato
Myiozetetes similis (Spix, 1825) – bem-te-vizinho-
de-coroa-vermelha
Tyrannus melancholicus (Vieillot, 1819)– suiriri
159
Hirundo rustica (Linnaeus, 1758)– andorinha
160
Sporophila angolenis (Linnaeus, 1766) – curió
Tiaris fuliginosus (Wied, 1830) – cigarra-do-
coqueiro
Arremon taciturnus (Hermann, 1783)- tico-tico-da-
mata
Saltator maximus (Statius Muller, 1776) - trinca-
ferro
Paroaria dominicana (Linnaeus, 1758) – cardeal-
Família CARDIALIDAE do-nordeste
Cyanoloxia brisoniia (Lichtenstein, 1823) – azulão
5.2.2.3 Mastofauna
161
sertão. Hoje, mesmo com a devastação comprometendo a biodiversidade de seus
ecossistemas, ainda é possível encontrar uma mastofauna associada significativa, que
conta com cerca de 161 espécies e subespécies catalogadas, distribuídas em 10 ordens e
33 famílias (MONTEIRO CRUZ et al., 2002).
METODOLOGIA
Para o levantamento dos mamíferos foram utilizados dados primários registro por
coleta de espécimes, utilizando apetrechos de captura específicos para grupos;
observações indiretas, tais como, animais mortos, pegadas, rastros, fezes, vocalizações,
carcaças, sinais odoríferos. Observações diretas oportunísticas na forma de análise de
“presença ou ausência de espécies”. Dados secundários obtidos a partir de documentação
bibliográfica, incluindo revistas científicas, trabalhos acadêmicos e publicações “on-line”,
sobre aspectos sistemáticos, biológicos e zoogeográficos da fauna mastozoológica da
região da Mata Atlântica, Restinga e Manguezais. Dados informais oriundos de entrevistas
com moradores das áreas do entorno dos locais de coleta.
MORCEGOS
Os quirópteros foram capturados com auxílio de redes de neblina montadas ao final
da tarde em locais propícios á circulação desses animais como pontos próximos a fontes de
alimento (vegetais em frutificação/ floração e coleções de água), em possíveis rotas de voo
e proximidade dos abrigos naturais, quando localizados, a uma altura de até 1,0 m acima do
nível do solo. As redes foram abertas das 18 a 24 horas, vistoriadas em intervalos de 20
minutos.
Ao serem retirados das redes, os animais capturados foram acondicionados
individualmente em sacos de pano numerados e levados ao acampamento para análise de
dados bio-ecológicos, morfométricos e aferição da massa corpórea. As medidas foram
tomadas com o auxílio de paquímetro e de régua milimetrada. A massa corporal foi aferida
por meio de dinamômetro marca Pesola.
a) Biometria
162
As medidas de campo utilizadas na metodologia internacional são: o comprimento do
corpo (CC), da cauda (C), do pé (Pé), da orelha (OR) e do antebraço (AB). Medidas
adicionais, que não são consideradas como medidas de campo na metodologia específica
para morcegos, como terceiro metacarpo (3º M) primeira Falange (1ª F), segunda Falange
(2ª F) e terceira Falange (3F) foram tomadas quando consideradas necessárias para fins de
identificação de espécie (TADDEI, 1973).
Bionomia
Os animais foram observados quanto aos seguintes aspectos: Classe etária, Sexo e
Estágio Reprodutivo. O estágio de desenvolvimento foi determinado pelo tipo de pelagem e
o grau de ossificação das epífises dos metacarpos e primeiras falanges das asas segundo
ANTHONY, 1988 (apud GOMES & UIEDA, 2004).
Foram considerados jovens quando apresentavam epífises dos dedos da mão, não
completamente ossificadas e com pelagem juvenil; Adultos quando apresentavam epífises
dos dedos da mão completamente ossificadas e com pelagem de indivíduo adulto. A
identificação do sexo realizou-se através de observação direta do orgão genital. Para a
determinação da condição reprodutiva os exemplares são classificados em: Machos
(escrotados e não escrotados) e Fêmeas (Sem feto palpável, Gestante, Lactante e Pós-
lactante).
163
Foram registradas 53 espécies de mamíferos, os quais se encontram distribuídos em
uma Ordem e quatro famílias de mamíferos alados e nove Ordens e vinte e duas famílias de
mamíferos não-lados.
164
0335452/9432626 0482819/9349246DA 0295890/9139710D
DATA: 08/XI/09 TA: 09/XI/09 ATA: 10/XI/09
Artibeus cinereus (Gervais, 1866) 03 01
Artibeus planirostris (Spix, 1823) 10 12 03
Artibeus obscurus (Schinz, 1821) 01 00
Artibeus lituratus (Olfers, 1818) 01 01 03
Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy,
01 15 03
1810)
Carollia perspicillata (Linnaeus,
01 00 02
1758)
Phyllostomus discolor (Wagner,
03 00 00
1843)
Glossophaga soricina (Pallas,
00 05 00
1766)
Fonte: Edson Leal, 11/2009.
165
Quanto aos morcegos hematófagos destacam-se:
Desmodus rotundus (E. Geoffroy, 1810) – espécie mais abundante e estudada entre
os hematófagos, principalmente devido ao seu papel como transmissor da raiva dos
herbívoros na América Latina (UIEDA, 1992).
166
Foto 15: Didelphimorphia: Didelphis albiventris Foto 16: Chiroptera: Glossophaga soricina.
(gambá-de-orelhas-brancas).
Foto 19: Chiroptera: Artibeus obscurus, Foto 20: Chiroptera: Carollia perspicillata,
morcego frugívoro capturado nas coordenadas: morcego frugívoro capturado nas coordenadas:
0335452: 9432626. 0335452:9432626.
167
Foto 21: Chiroptera: Artibeus planirostris, Foto 22: Primates: Platyrrhini: Callithrix jacchus
morcego frugívoro capturado nas coordenadas: (sagüi-do-nordeste) observado em arvores nas
0482819:9349246. coordenadas: 0295890:9139710.
Fonte: Edson Leal, 11/2009.
Quadro 14: MAMIFEROS DA APA DE SANTA CRUZ (REIS et. al. 2006, GUERRA 2007).
ORDEM DIDELPHIMORPHIA
Caluromys philander (Linnaeus, 1758) cuíca-lanosa,rato-
cachorro
gambá-de-orelhas-
Didelphis albiventris (Lund, 1840) brancas,timbú,
cassaco, saruê
FAMÍLIA DIDELPHIDAE gambá-de-orelhas-
Didelphis marsupialis (Linnaeus, 1758) pretas timbú,
cassaco, saruê
Micoureus demerarae (Thomas, 1905) marmosa, catito
Monodelphis americana (Müller, 1776) cuíca de três linhas
ORDEM SIRENIA
FAMÍLIA TRICHECHIDAE Trichechus manatus (Linnaeus, 1758) peixe boi marinho
ORDEM XENARTHRA
Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) tamanduá mirim
FAMÍLIA MYMERCOPHAGIDAE
Cyclops didactylus (linneus, 1758) tamanduá-i,
tamanduá seda
FAMÍLIA BRADYPODIDAE Bradypus variegatus (Schinz, 1825) preguiça-de-
garganta-marron
Euphractus sexcinctus (Linnaeus, 1758) tatu peba
FAMÍLIA DASYPODIDAE
Dasypus novemcinctus (Linnaeus, 1758) tatu galinha, tatu
verdadeiro
ORDEM PRIMATES
Callithrix jacchus (linnaeus, 1758) sagüi-do-Nordeste,
FAMÍLIA CEBIDAE sagüi-comum
Cebus apella (Linnaeus, 1758) macaco-prego
ORDEM LAGOMORPHA
FAMÍLIA LEPORIDAE Sylvilagus brasiliensis (Linnaeus, 1758) coelho-do-mato,
tapeti
ORDEM CHIROPTERA
Peropterys leucoptera (Peters, 1867) Morcego
FAMÍLIA EMBALLONURIDAE
Saccopyetys leptura (Schreber, 1774) Morcego
FAMÍLIA PHYLLOSTOMIDAE Desmodus rotundus (E. Geoffroy, 1810) morcego-vampiro-
Diphylla ecaudata (Spix, 1823) comum
morcego-vampiro-
de-pernas-peludas
Lophostoma brasiliense (Peters, 1866) Morcego
168
Micronycteris megalotis (Gray, 1842) Morcego
Phylloderma stenops (Peters, 1865) Morcego
Phyllostomus discolor (Wagner, 1843) morcego-nariz-de-
Phyllostomus hastatus (Pallas, 1867) lança
morcego-nariz-de-
Trachops cirrhosus (Spix, 1823) lança
morcego-verrucoso
Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) morcego-fruteiro
Tonatia bidens (Spix, 1823) Morcego
Tonatia saurophila (Koopman Williams Morcego
1951)
Sturnira lilium (E. Geoffroy, 1810) Morcego
Artibeus obscurus (Schinz, 1821) Morcego
Artibeus planirostris (Spix, 1823) Morcego
Artibeus cinereus (Gervais, 1866) Morcego
Artibeus lituratus (Olfers, 1818) Morcego
FAMÍLIA MOLOSSIDAE Molossus molossus (Pallas, 1766) morcego-cauda-de-
Eumops glaucinus (Wagner, 1843) rato
Morcego
169
Quadro 15: ESTATUS DE CONSERVAÇÃO DAS ESPÉCIES DE MAMÍFEROS
REGISTRADAS NA APA DE SANTA CRUZ.
STATUS DE HÁBITO
POSIÇÃO TAXONÔMICA (WILSON & NOME
CONSERVAÇÃO ALIMENTAR
REEDER, 2005) POPULAR
IUCN (2003) PREDOMINANTE
ORDEM DIDELPHIMORPHIA
Subfamlia Caluromyinae
Caluromys philander Frugívoro/
Cuíca-lanosa Quase ameaçada
(Linnaeus, 1758) Onívoro
Subfamília Didelphinae
Didelphis albiventris Gambá-de- Frugívoro/
Baixo risco
FAMÍLIA Lund, 1840 orelhas-brancas Onívoro
DIDELPHIDAE Didelphis marsupilais Gambá-de- Frugívoro/
Baixo risco
Linnaeus, 1758 orelhas-pretas Onívoro
Micoureus demerarae Frugívoro/
cuíca Baixo risco
(Thomas, 1905 Onívoro
Monodelphys
Cuíca-de-três- Frugívoro/
americana (Muller, Quase ameaçada
listras Onívoro
1766)
ORDEM SIRENIA
FAMÍLIA Peixe-boi-
Trichechus manatus Vulnerável Graminívoro
TRICHECHIDAE marinho
ORDEM XENARTHRA
Tamandua
Tamanduá-
tetradactyla Vulnerável Onívoro
FAMÍLIA mirim
(Linnaeus, 1758)
MYMERCOPHAGIDAE
Cyclops didactylus Frugívoro/
Tamanduaí Não há informação
(Linnaeus, 1758) insetívoro
Preguiça-de-
FAMÍLIA Bradypus variegatus Frugívoro/
garganta- Não há informação
BRADYPODIDAE Schinz, 1825 Onívoro
marron
Euphractus
Insetívoro/
sexcinctus (Linnaeus, Tatú-peba Não ameaçada
Onívoro
FAMÍLIA 1758)
DASYPODIDAE Dasypus
novemcinctus Tatú-galinha Não ameaçada Onívoro
Linnaeus, 1758
ORDEM PRIMATES
INFRAORDEM PLATYRRHINI
Callithrix jacchus Sagüi-do- Frugívoro/
Não ameaçada
(Linnaeus, 1758) Nordeste insetívoro
FAMÍLIA CEBIDAE
Macaco-prego- Frugívoro/
Cebus queirozy Não ameaçada
galego Insetívoro
ORDEM LAGOMORPHA
FAMÍLIA LEPORIDAE Silvilagus brasiliensis
Tapiti Não ameaçada Frugívoro
Linnaeus, 1758
ORDEM CHIROPTERA
FAMÍLIA Peropterys leucoptera Morcego Baixo risco Insetívoro
EMBALLONURIDAE Saccopyetys leptura Morcego Baixo risco Insetívoro
FAMÍLIA Subfamília Desmodontinae
PHYLLOSTOMIDAE Desmodus rotundus Morcego-
Baixo risco Hematófago
(E.Geoffroy, 1810) vampiro-comum
Morcego-
Diphylla ecaudata
vampiro-de- Baixo risco Hematófago
(Spix, 1823)
pernas-peludas
Subfamília Glossophaginae
Glossophaga soricina Morcego-beija- Baixo risco Nectarívoro/
170
(Pallas, 1766) flor Polinívoro
Subfamília Phyllostominae
Lophostoma
silvicolum d’Orbigny, Morcego Baixo risco Frugívoro
1836
Micronycteris
megalotis (Gray, Morcego Baixo risco Frugívoro
1842)
Phyloderma stenops
Morcego Baixo risco Frugívoro
Peters, 1865
Phyllostomus
hastatus (Pallas, Morcego Baixo risco Onívoro
1767)
Trachops cirrhosus Morcego- Carnívoro/
Baixo risco
(Spix, 1823) verrucoso Insetívoro
Subfamília Carolliinae
Carollia perspicillata Morcego-
Baixo risco Frugívoro
(Linnaeus, 1758) fruteiro
Subfamília Stenodermatinae
Artibeus cinereus
Morcego Baixo risco Frugívoro
(Gervais, 1856)
Artibeus lituratus
Morcego Baixo risco Frugívoro
(Olfers, 1818)
Artibeus obscurus
Morcego Baixo risco Frugívoro
(Schinz, 1821)
Artibeus planirostris
Morcego Baixo risco Frugívoro
(Spix, 1821
Chiroderma doriae
Morcego Baixo risco Frugívoro
Thomas, 1891
Platyrrhinus lineatus Morcego-de-
Baixo risco Frugívoro
(E.Geoffroy, 1810) linha-branca
Sturnira lilium (E.
Morcego Baixo risco Frugívoro
Geoffroy, 1810)
Morcego-
FAMÍLIA Noctiio leporinus
pescador- Baixo risco Piscívoro
NOCTILIONIDAE (Linnaeius, 1758)
grande
Subfamília Molossinae
Molossus molossus Morcego-
FAMÍLIA Baixo risco Insetívoro
(Pallas, 1766) cauda-de-rato
MOLOSSIDAE
Eumops glaucinus
morcego Baixo risco Insetívoro
(Wagner, 1843)
Subfamília Vespertilioninae
Eptesicus furinalis
FAMÍLIA Morcego Baixo risco Insetívoro
(d’Orbygni, 1847)
VESPERTILIONIDAE
Myotis nigricans
Morcego Baixo risco Insetívoro
(Schinz, 1821)
ORDEM CARNIVORA
SUBORDEM FELIFORMIA
Leopardus pardalis
Jaguatirica Vulnerável Carnívoro
(Linnaeus, 1758)
FAMÍLIA FELIDAE
Leopardus wiedii
Gato-maracajá Vulnerável Carnívoro
(Schinz, 1821)
SUBORDEM CANIFORMIA
Cerdocyon thous Cachorro-do-
FAMÍLIA CANIDAE Não ameaçada Carnívoro
(Linnaeus, 1766) mato, raposa
171
(Linnaeus, 1758)
Galictis vittata
Furão Baixo risco Carnívoro
(Schreber, 1766)
Nasua nasua
Quati Não há informação Carnívoro
(Linnaeus, 1766)
FAMÍLIA
Procyon cancrivorus
PROCYONIDAE Mão-pelada, Frugívoro/
(G. [Baron] Cuvier, Baixo risco
guaxinin Onívoro
1798)
ORDEM ARTIODACTYLA
veado-
catingueiro,
FAMÍLIA CERVIDAE Mazama sp Não ameaçada Onívoro
veado-capoeiro,
veado-vermelho
ORDEM CETACEA
FAMÍLIA Balaenoptera
BALAENOPTERIDAE novaeangliae Baleia jubarte vulnerável Piscívoro
(Borowski, 1871)
ORDEM RODENTIA
Subfamília Sciurinae
FAMÍLIA SCIURIDAE Guerlinguetus ingrami Não há
caxinguelê Não há informação
(Thomas, 1901) informação
Subfamília Sigmodontinae
Nectomys squamipes
rato d’água Não há informação Onívoro
(Brants, 1827)
FAMÍLIA CRICETIDAE
Subfamília Murinae
Rattus rattus
Rato-da-casa Introduzida Granívoro
(Linnaeus, 1758)
Subfamília Caviinae
Cavia aperea Nõa há
Preá-do-mato Não há informação
FAMÍLIA CAVIIDAE Exleben, 1777 informação
Dasyprocta aguti
Cutia Não há informação Frugívoro
(Linnaeus, 1758)
Subfamília Erethizontinae
FAMÍLIA
Coendu preensilis Ouriço-caixeiro, Não há
ERETHIZONTIDAE Não há informação
(Linnaeus, 1758) porco espinho informação
Fonte: Reis et al., 2006.
5.2.2.3.3 Conclusão
172
5.2.2.4 Espécies Cinegéticas
173
5.2.2.5 Espécies Exóticas
Espécies exóticas são espécies animais ou vegetais que se instalam em locais que
não são originalmente encontradas (TOWNSEND et. al., 2006). As maneiras pelas quais
essas espécies chegam e se instalam nessas novas localidades são diversas. Sabe-se, por
exemplo, que habitats alterados pelo homem e de climas quentes são mais propensos à
instalação de espécies exóticas do que áreas naturais conservadas.
• O lagarto Hemydactylus mabouia é uma espécie exótica, introduzida da África,
amplamente encontrado em regiões antropizadas.
• O bico-de-lacre Estrilda astrild constitui uma espécie exótica originária da África, de
hábitos gregários. Foi trazido para o Brasil em navios negreiros, durante o reinado de
D. Pedro I. Convive bem com emberizíneos em áreas de gramíneas.
• O pardal (Passer domesticus) constitui uma espécie originária do velho mundo. Foi
introduzida no Rio de Janeiro em 1906. A ocupação do pardal no Brasil constitui um
processo artificial. A simples presença de pardais, sua gritaria e suas atitudes
petulantes incomodam outros pássaros.
• A garça-vaqueira Bubulcus íbis originária da África e Espanha meridional, constitui
uma espécie que colonizou o Brasil na década de 60 (Ilha de Marajó no Pará) e o
canal de Santa Cruz, no final da década de 80. A garça vaqueira atualmente
encontra-se distribuída por todas as partes do território nacional, com colônias de
dormitório e reprodução no litoral Norte do Pernambuco.
• Rattus rattus (rato-das-casas) espécie de roedor comensal originária do Velho
Mundo e introduzida pela colonização européia destaca-se aqui por ser considerada
integrante fauna sinantrópica da região.
174
Dentre as aves destacam-se Aratinga cactorum e Paroaria dominicana, endêmicas
para o Nordeste. Essas espécie tem sua distribuição originalmente na caatinga, entretanto,
vem sendo observadas na faixa litorânea. Momotus momota macgraviana, constitui
endemismo no nível subespecífico, encontra-se em perigo segundo o Ministério do Meio
Ambiente. Picumnus exilis pernambucensis, Xenops minutus alagoanus e Platyrhincus
mystaceus niveigularis constituem espécies pernambucanas vulneráveis de acordo com o
Ministério do Meio Ambiente.
Quanto ao Callitrix jacchus (Linnaeus, 1758) constitui uma espécie endêmica para o
Nordeste, no entanto, apresenta adaptabilidade e distribuição em todos ambientes que
compõe APA de Santa Cruz. Já o timbú, Didelphis marsupialis (Linnaeus, 1758), tem sua
distribuição restrita aos fragmentos de matas litorâneas sofrendo pressões antrópicas que
comprometem sua conservação (MONTEIRO Da CRUZ et.al., 2002).
Estações de coleta
175
Figura 54: ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM NO CANAL DE SANTA CRUZ.
Metodologia de coleta
Ictiofauna: Para coleta da ictiofauna foram utilizados redes de arrasto tipo picaré
com 10 e 30 m de comprimento e malhas de 10 e 5mm, tarrafas e puçás. Os peixes
coletados foram fixados em formol a 10% para posterior identificação e conservação em
álcool a 70%. Em laboratório os peixes foram identificados, utilizando-se literatura
especializadas como Randall (1968), Fischer (1978), Figueiredo & Menezes (1978; 1980;
2000), Menezes e Figueiredo (1980, 1985), Whitehead (1973), El-Deir (2005) e Araújo
(2003), seguindo a classificação taxonômica conforme Nelson (1994).
176
na boca e 2m de comprimento. Todos os arrastos tiveram uma duração padronizada em 10
minutos. A quantidade de água filtrada durante os arrastos foi calculada em função da
utilização de fluxômetro G.O. (General Oceanics) modelo 2030R, acoplado no centro da
boca da rede. Todo material coletado foi fixado em solução formolizada a 5%, neutralizada
com CaCO3, e devidamente acondicionado em potes de 500 ml. Posteriormente o material
foi triado em laboratório com auxílio de estereomicroscópio, e identificado a partir de
bibliografias específicas, como: Lippson & Moran (1974), Fahay (1983); Moser (1984); Leis
(1989); Matarese (1998); Neira (1998); Okyama (1998); Able & Fahay (1998); Ré (1999) e
Leis & Carson-Ewart (2000);
177
Em laboratório a análise da composição fitoplanctonica foi realizada retirando-se
alíquotas de 0,5 cm³ de cada amostra com o auxílio de uma pipeta “Stempel”, e formadas
lâminas para microscopia. Essas foram observadas em um microscópio binocular em
laboratório. A determinação das quantidades dos organismos foi expressa em número de
células por mililitro, registrando-se a densidade, abundância relativa e o número de táxons
para cada grupo ou divisão algal, na identificação dos táxons sempre que possível em níveis
genéricos e específicos. A bibliografia básica utilizada na identificação das espécies foi:
Para as diatomáceas: HUSTEDT (1930); CUPP (1943); CLEVE-EULER (1951, 1952, 1953
a,b, 1955); HUSTEDT (1959, 1961-1966); SOUZA & SILVA (1960); HENDEY (1964);
PERÁGALLO & PERAGALLO (1897-1908); VAN HEURCK (1986); RICARD (1987); SILVA-
CUNHA & ESKINAZI-LEÇA (1990). Para os dinoflagelados: SOURNIA (1967); WOOD
(1968); DODGE (1982); SOURNIA (1986); BALECH (1988); STEINDINGER & TANGEN
(1997). Para as cianofíceas: DESIKACHARY (1959) e BOURRELLY (1972). Para as
euglenofíceas e clorofíceas: MIZUNO (1968); BOLD & WYNNE (1985); SOURNIA (1986);
CHRÉTIENNOT-DINET et al. (1990).
No laboratório todo material coletado para análise biológica foi lavado em uma série
de peneiras acopladas com as seguintes malhas: 2 mm; 1 mm e 0,2 mm. Posteriormente, o
material foi fixado em álcool a 70%, porém sendo separados os animais retidos nas duas
primeiras malhas e todo o sedimento retido da última peneira.
178
Após a lavagem, as amostras foram submetidas à técnica de flotação com solução
saturada de NaCl, para a separação de seu conteúdo inorgânico. Este método de flotação
facilita a triagem da amostra, pois separa os organismos do sedimento, ocorrendo perdas
insignificantes dos mesmos (ver detalhes em BRANDIMARTE & ANAYA, 1998).
A densidade dos organismos bentônicos foi calculada a partir da contagem total dos
organismos nas amostras e calculada para a área de 1 m2, de acordo com a seguinte
fórmula: n= o/a onde, n é o número de indivíduos por m 2, o é número de organismos
contados na amostra, a é área do amostrador (m2).
5.2.3.1 Ictiofauna
A ictiofauna no Canal de Santa Cruz vem sendo estudada, sob seu aspecto
taxonômico e ecológico desde 1996 quando foram iniciados os estudos pelo Departamento
de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco, tendo trabalhos naquela região
até o presente ano.
179
Em termos de freqüência de ocorrência (F.O), as espécies que ocorreram nas três
estações amostradas foram Atherinella brasiliensis e Lile piquitinga, como pode ser
observado na tabela 25.
180
Sphoeroides testudineus (Linnaeus, 1758) Tetraodontidae x x 66,67
Sphyraena barracuda (Edwards, 1771) Sphyraenidae x 33,33
Strongylura timucu (Walbaum, 1792) Belonidae x 33,33
Thalassophryne nattereri Steindachner,
Batrachoididae x 33,33
1876
Riqueza taxonômica 19 14 13
Fonte: Araújo, 11/2009.
181
25. Citharichtys spilopterus 26. Oligoplites saurus
27. Cynoscion acoupa 28. Ophioscion microps
29. Cynoscion leiarchus 30. Paralichthys brasiliensis
31. Diapterus olisthostomus 32. Paralichthys orbignyana
33. Diapterus rhombeus 34. Polydactylus virginicus
35. Eucinostomus argenteus 36. Sphyraena barracuda
37. Eucinostomus gula 38. Stellifer brasiliensis
39. Eucinostomus havana 40. Stellifer rastrifer
41. Eucinostomus melanopterus 42. Strongylura marina
43. Eucinostomus lefroy 44. Strongylura timucu
45. Eugerres brasilianus 46. Syacium micrurum
47. Guavina guavina 48. Trachyurus lepturus
49. Gerres cinereus 50. Ulaema lefroy
ESPÉCIES MARINHAS VISITANTES: 87
1. Abudefduf saxatilis 2. Lagocephalus laevigatus
3. Achanthurus bahianus 4. Lobotes surinamensis
5. Achanthurus chirurgus 6. Lutjanus analis
7. Albula vulpes 8. Lutjanus apodus
9. Amanses (Chantherines) pullus 10.Lutjanus griseus
11. Amphicthys criptocentrus 12.Lutjanus jocu
13. Anisotremus virginicus 14.Lutjanus synagris
15. Archosargus rhomboidalis 16.Lutjanus cyanopterus
17. Archosargus unimaculatus 18.Megalops atlanticus
19. Bagre marinus 20.Myrichthys oculatus
21. Canthigaster rostratus 22.Myrophis punctatus
23. Caranx hippos 24.Narcine brasiliensis
25. Caranx latus 26.Ocyurus crysurus
27. Carangoides crysos 28.Ogcocephalus vespertilio
29. Cetengraulis edentulus 30.Oostethus lineatus
31. Chaetodon aculeatus 32.Opisthonema oglinum
33. Chaetodon striatus 34.Orthopristes ruber
35. Chilomycterus spinosus 36.Phrynelox sacaber
37. Chloroscombrus chrysurus 38.Pomacanthus paru
39. Colomesus psittacus 40.Pomacentrus variabilis
41. Colomesus asellus 42.Pomadasys corvinaeformis
43. Cyclichthys spinosus 44.Pomadasys ramosus
45. Cynopontius savana 46.Pomadasys croco
47. Dactylopterus volitans 48.Prionotus alipionis
49. Dasyatis guttata 50.Prionotus punctatus
51. Diodon hystrix 52.Pseudupenaeus maculatus
53. Echeneis nucrates 54.Rypticus randalli
55. Elops saurus 56.Scomberomorus brasiliensis
57. Epinephelus itajara 58.Scorpaena plumieri
59. Fistularia tabacaria 60.Selene setapinnis
61. Fistularia petimba 62.Selene vomer
63. Geniatremus luteus 64.Sparisoma amplum
182
65. Gymnotorax funebris 66.Sparisoma radians
67. Gymnotorax moringa 68.Syngnathus duncheri
69. Gymnotorax nigromarginatus 70.Syngnathus elucens
71. Haemulon aurolineatum 72.Syngnathus pelagicus
73. Haemulon parrai 74.Syngnathus rousseau
75. Haemulon steindachneri 76.Synodus foetens
77. Harengula clupeola 78.Synodus poey
79. Hemirhamphus brasiliensis 80.Thalassophrine montevidensis
81. Hyppocampus hudsonius 82.Thalassophrine naterreri
83. Hyppocampus reidi 84.Trachinotus falcatus
86. Tomicodon fasciatus
85. Lacthophrys trigonus fasciatus
87. Lacthophrys triqueter
Fonte: Baseada nos trabalhos de Eskinazi (1972), Oliveira (1979), Azevedo e Guedes (1980), Vasconcelos Filho et al (1994),
Acioli (1995), Almeida e Vasconcelos Filho (1997), Cavalcanti et al (1998), Almeida et al. (1998), El-Deir (2005) e Guedes et al
2005
5.2.3.2 Ictioplancton
183
O ictioplancton estuarino pode originar-se dentro do estuário ou de ambientes
marinhos e de água doce. No Canal de Santa Cruz, ao longo dos últimos 30 anos,
numerosos estudos foram realizados relativos a caracterização hidrológica e aos processos
que determinam sua produtividade, bem como o estudo de sua ictiofauna, constatando a
presença de várias famílias de importância ecológica e econômica.
Tabela 26: LISTA DOS TÁXONS ENCONTRADOS NOS TRÊS PONTOS DE COLETA E
SUA FREQÜÊNCIA DE OCORRÊNCIA.
PONTO PONTO PONTO
TÁXONS F.O.%
01 02 03
Carangidae x x 66,67
Clupeidae x x 66,67
Eleotridae x 33,33
Engraulidae x x x 100,00
Gerreidae x 33,33
Pleuronectiformes x 33,33
Sciaenidae x x 66,67
Sparidae x 33,33
Riqueza taxonômica 3 4 6
Fonte: Araújo, 11/2009.
184
como constantes (com ocorrência maior do que 50%), 2 acessórias (com ocorrência entre
50 e 25%) e 5 acidentais (com ocorrência inferior a 25%).
185
Sciaenidae Syngnathidae Centropomidae
Tetraodontoidei Triglidae Scianidae
Carangidae Blenniidae Carangidae
Syngnathidae Carangidae Hemiramphidae
Eleotridae Centropomidae Achiridae
Blennioidei Chaetodontidae Microdesmidae
Blenniidae Eleotridae Sparidae
Gobiesocidae Gerreidae Eleotridae
Exocoetidae Gobiidae Tetraodontidae
Gerreidae Microdesmidae Syngnathidae
Atherinidae Sciaenidae Blennidae
Belonidae Sparidae Bothidae
Ostraciidae Tetraodontidae Paralichthyidae
Microdesmidae Diodontidae Labridae
Elopidae Pleuronectiformes
Ephippididae Elopidae
Scaridae Beloniformes
Belonidae
Ephippidae
Mugilidae
Batrachoididae
Labrisomidae
Lutjanidae
Fonte: Listas de Ekau (2001), Souza (2003), Silva Falcão (2007).
5.2.3.3 Zooplacton
Em áreas estuarinas, o zooplancton tem papel fundamental, servindo como elo entre
o fitoplancton e muitos carnívoros, incluindo vários crustáceos e peixes de interesse
comercial. O zooplancton também tem papel significativo na ciclagem de nutrientes, bem
como é importante na transferência de energia de um ambiente para outro (DAY et al.,
1989). Dentre os nove grupos capturados para o Canal, os Copepodos foram os mais
abundantes nos três pontos de coleta, este grupo também apresentou o maior número de
taxa (Tabela 27 e 28).
Tabela 27: ABUNDANCIA RELATIVA (%) POR PONTO DOS TÁXONS CAPTURADOS
NO CANAL DE SANTA CRUZ.
TÁXONS PONTO 01 PONTO 02 PONTO 03
Annelida 0,74 0,93 1,43
Chordata 8,15 - -
Ciripedia 2,22 - 0,71
Copepoda 88,15 96,30 91,43
Crustacea - - 0,71
Foraminifera - - -
Mollusca 0,74 1,85 5,71
Nematoda - - -
Protozoa - 0,93 -
186
Fonte: Araújo, 11/2009.
Tabela 28: ABUNDANCIA RELATIVA (%) POR PONTO DOS TÁXONS CAPTURADOS
NO CANAL DE SANTA CRUZ.
TÁXONS PONTO 01 PONTO 02 PONTO 03
Annelida Polychaeta 0,74 0,93 1,43
Chordata Oikopleura dioica 7,41 - -
Cirripedia Balanus sp. 2,22 - 0,71
Copepoda Acartia lilljeborgi - 1,85 4,29
Euterpina acutifrons 1,48 0,93 2,86
Nanocalannus minor 1,48 4,63 7,14
Oithona hebes 3,70 2,78 7,86
Oithona minuta - - 0,71
Oithona nana - - 2,14
Oithona oswaldocruzi - - 3,57
Copepodito - 2,78 5,71
Náuplio 81,48 83,33 57,14
Crustacea Isopoda - - -
Ostracoda - - 0,71
Foraminifera Globigerina sp. - - -
Mollusca Bivalvia 0,74 1,85 5,71
Protozoa Favella sp. - 0,93 -
Fonte: Araújo, 11/2009.
187
Dsicorbis mira Sabellaria sp
Planspirulina denticulata Nereis sp
Globigerinoides ruber outras larvas
Globigerinoides menardii CRUSTACEA
Tretomphalus bulloides Ostracada
Amphistegina sp Cirripedia
Tintinnina Balanus sp
Leprotintinnus nordoqvist Cumacea
Tintinnopsis directa Isopoda
Tintinnopsis brasiliensis Amphipoda
Tintinnopsis compressa Decapoda
Tintinnopsis mortensenii Acetes americanus
Tintinnopsis tocantinensis Atya sp
Tintinnopsis sp Penaeus sp
Codonellopsis morchella Lucifer faxoni
Periclimenes
Coxliella annulata longicadatus
Favela ehrenbergii Lysmata spp
Rhabdonella spiralis Callianassa spp
Amphorellopsis acuta Paguristes spp
Eutintinnus tenuis Petrolisthes spp
Epiplocylis sp Polyonyx spp
Undella sp Porcellana spp
CNIDARIA Callinectes spp
Hydrozoa Pinotheres spp
Lynope tetraphyla Sesarma rectum
Blackfordia virginica Uca maracoani
Ostrumovia inkermanica Aratus pisoni
Ostroumova sp
PLATYHELMINTHES Uca leptodactyla
Convoluta sp. Uca burgersi
ASCHELMINTHES Ucides cordatus
Rotifera Syncarida (Batynella sp)
Rotaria rotatoria INSECTA (larva)
Rotaria sp BRYOZOA
Brachionus bidentata f. inermis ECHINODERMATA
Brachionus plicatilis Echinoidea
Keratella tropica tropica CHAETOGNATHA
Sagitta tenuis
CHORDATA
Larvacea
Fonte: MACEDO, S.J.; MONTES, M. de J. F.; LINS, I. C.
188
Paracalanus crassirostris Hemicyclops talassius
Centropages velificatus Oncae sp
Temora turbinata Corycaeus geisbrechti
Temora stylifera Corycaeus speciosus
Pseudodiaptomus acutus Saphirina sp
Pseudodiaptomus richardi Clytemnestra scutelata
Pseudodiaptomus marshi Microsetella rosea
Calanopia americana Euterpina acutifrons
Labidocera fluviatilis Ferranula gracilis
Lucicutia flavicornis Triguiopus sp
Acartiali lilljeborgi Metis sp.
Fonte: Araújo, 11/2009.
Para o Canal a composição foi semelhante em toda área, com forte tendência a
maior diversidade do continente em direção a desembocaduras, onde as variações da
salinidade são menos acentuadas. Entre os períodos seco e chuvoso não foram
constatadas grandes diferenças, sendo o período seco o que apresentou maior número de
espécies devido à maior contribuição marinha (Paranaguá et al., 2000).
5.2.3.4 Fitoplancton
189
Das divisões capturadas as Bacillariophyta foram as mais abundantes nos três
pontos de coleta, as Chlorophyta foi à única divisão que não ocorreu nos três pontos. Sua
grande participação deve-se ao elevado número de táxons que apresentou esta divisão
(Tabela 29 e 30).
190
glacialis, Bellerochea maleus, Chaetoceros curvisetus, Coscinodiscus centralis, Odontella
regia e Skeletonema costatum.
191
Quadro 20: CLASSIFICAÇÃO ECOLÓGICA DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DO FITOPLANCTON, OCORRENTES NO CANAL DE SANTA CRUZ
CATEGORIA Nª DE ESPÉCIES % ESPÉCIES
1. Achnathes brevipes, 2. Actinocyclus ehrembegii, 3. Actinoptychus senarius
4. Actinoptychus splendens, 5. Amphora arenaria, 6. Asterionellopsisglacialis,
7. Aulacodiscus kittoni, 8. Auliscus caelatus, 9. Bacilaria paxalifer
10. Bellerochea malleus, 11. Bidduphia cypeus, 12. Campyloneis grevilei,
13. Cerataulus turgidus, 14. Cerataulus coarctatus, 15. Chaetoceros curvisetus,
16. Chaetoceros decipiens, 17. Chaetoceros diversus 18. Chaetoceros lorenzianus,
19. Chaetoceros teres, 20. Climascophenea moniligera, 21. Cocconeis scutellum,
22. Coscinodiscus asteromphalus, 23. Coscinodiscus centralis 24. Coscinodiscus excentricus,
25. Coscinodiscus excentricus var fasciculata, 26. Coscinodiscus oculusiridis, 27. Coscinodiscus radiatus,
28. Cyclotella stylorum, 29. Cylindrotcheca closterium, 30. Dictyocha fibula,
31. Diploneis bombus, 32. Diploneis vacilans, 33. Ditylum brightwellii,
34. Eunotogramma laevis, 35. Grammatophora angulosa, 36. Grammatophora marina,
Marinhas 74 78,5 37. Gramatophora oceanica, 38. Heliotheca thamensis 39. Lithodesmium undulatum,
40. Lyrella lyra, 41. Mastogloia binotata, 42. Navicula marina,
43. Nytzchia compressa, 44. Nytzchia longissima, 45. Nytzchia pungenes,
46. Nytzchia sigma, 47. Odontella aurita, 48. Odontella longicruris,
49. Odontella mobiliensis, 50. Odontella regia, 51. Paralia sulcata,
52. Petrodictyon gemma, 53. Petroneis umerosa, 54. Pleurosigma naviculaceum,
55. Pleusosira laeves, 56. Podocystis americana, 57. Pseudosolenia calcar-avis,
58. Rhabdonema adriaticum, 59. Rhizosolenia setigera, 60. Skeletonemacostatum,
61. Stictodiscus parallelus, 62. Striatella unipunctata, 63. Surirella fastuosa,
64. Surirella febigerii, 65. Terpsince americana, 66. Thalassionema nitzschioides,
67. Thalassiosira leptopus, 68. Thalassiothrix frauenfeldii, 69. Triceratium alternans,
70. Triceratium dubium, 71. Triceratium favus, 72. Triceratium favus f. quadrata,
73. Triceratium pentacrinus, 74. Tryblionella granulata.
1. Amphiprora alata, 2. Gyrosigma balticum, 3. Nitzschia circumuta,
Estuarina 5 4,7
4. Rhopalodia musculus, 5. Terpsinoe musica.
1. Anomoeoneis serians, 2. Cyclotella menehiniana, 3. Eunotia argus,
4. Eunotia glacialis, 5. Eunotia pectinalis, 6. Flagilaria capucina,
7. Frustulia rhomboides, 8. Hantzschia amphioxys, 9. Merismopedia convoluta,
Água doce 16 16,8
10. Micrasterias laticeps, 11. Navicula radiosa, 12. Nitzchia sigmoidea,
13. Nitzchia vermicularis, 14. Oscilatoria willei, 15. Pinnularia maior,
16. Pinnularia viridis.
Fonte: Araújo, 11/2009.
192
As espécies marinhas são as mais comuns e chegam a constituir 78,5% da flora
planctônica total e, entre essas, o grupo das diatomáceas são os mais representativos. Já
as espécies consideradas de água doce estão representadas por diatomáceas,
principalmente aquelas do gênero Eunotia, sendo encontradas também cianofíceas e
clorofíceas, porém a representatividade dessas espécies só atinge 16,8% da flora. E as
espécies estuarinas são as menos representativas e não atingem percentuais acima de 5%.
Apenas algumas diatomáceas estão classificadas nessa categoria.
5.2.3.5 Bentos
193
Tabela 31: ABUNDANCIA RELATIVA DOS TÁXONS CAPTURADOS NO CANAL DE
SANTA CRUZ.
TAXON PONTO 01 PONTO 02 PONTO 03
Nematoda 77,59 35,56 53,03
Oligochaeta 3,45 0,00 0,00
Polychaeta 10,34 26,67 12,12
Anomalocardia brasiliana 5,75 4,44 5,30
Iphigenia brasiliensis 0,00 0,00 0,76
Lucina sp. 0,57 4,44 0,00
Solecurtinae 0,00 13,33 0,00
Cerithiidae 0,57 2,22 6,06
Littorinidae 0,00 0,00 0,76
Neritina virginea 0,57 0,00 12,12
Chironominae 0,00 0,00 0,00
Cirripedia 0,00 0,00 2,27
Cyclopoida 0,57 0,00 0,00
Ostracoda 0,57 13,33 7,58
Fonte: Araújo, 11/2009.
Tabela 32: LISTA DOS TÁXONS CAPTURADOS NO CANAL DE SANTA CRUZ E SUA
FREQÜÊNCIA DE OCORRÊNCIA.
TAXON/ ESTAÇÕES PONTO 01 PONTO 02 PONTO 03 F.O. (%)
Nematoda X X X 100,00
Annelida
Oligochaeta X 33,33
Polychaeta X X X 100,00
Mollusca
Bivalvia
Donacidae
Iphigenia brasiliensis Lamarck, 1818 X 33,33
Lucinidae
Lucina sp. X X 66,67
Tellinidae
Solecurtinae X 33,33
Veneridae
Anomalocardia brasiliana (Gmelin, 1791) X X X 100,00
Gastropoda
Cerithiidae X X X 100,00
Littorenidae X 33,33
Neritidae
Neritina virginea (Linnaeus, 1758) X X 66,67
Arthropoda
Crustacea
Cirripedia X 33,33
TAXON/ ESTAÇÕES PONTO 01 PONTO 02 PONTO 03 F.O. (%)
Cyclopida X 33,33
Ostracoda X X X 100,00
Riqueza taxônomica 9 7 9
NI*= não identificado
194
Fonte: Araújo, 11/2009.
Estes grupos alternam sua dominância de acordo com as condições físicas sofridas
pelas praias. Os poliquetas tendem a dominar em regiões protegidas, de baixa energia e
compostas por sedimentos mais finos; os crustáceos dominam em ambientes de alta
energia e sedimentos mais grosseiros e os moluscos, em ambientes intermediários (Dexter,
1983).
Paiva et. al. (2005), estudando a macrofauna bentonica no Canal de Santa Cruz,
capturou no Forte Orange 3.612 indivíduos pertencentes a 18 taxa, sendo 13 identificados a
nível específico, quatro de gênero e um de família. O grupo que apresentou maior número
de indivíduos foi os moluscos com 3.429, seguido pelos poliquetas com 164 e crustáceos
com 11 indivíduos.
195
5.3 ASPECTOS DO MEIO ANTRÓPICO
196
Nessa direção, serviram de base para este estudo, fundamentalmente, as
informações censitárias do IBGE e os seus respectivos indicadores sociais, que
possibilitaram a construção de um amplo conhecimento da realidade da área de estudo.
Cabe ressaltar, contudo, que este conhecimento, considerando o fato que o último censo
realizado em 2000 pelo IBGE, retrata o quadro socioeconômico dessa região mais recente,
uma vez que o próximo censo esta sendo executado no corrente.
197
Fonte: Agência CONDEPE/FIDEM.
198
Considerando a Contagem Populacional de 2007 (IBGE, 2007), pode-se constatar
que Goiana diferencia-se dos outros dois municípios da área estudada pela magnitude
populacional. Já Itapissuma apresenta a maior densidade demográfica (307,78hab/km²). Os
três municípios apresentam basicamente o mesmo padrão em relação à Taxa de
Urbanização de (próximo a 80%). Importante destacar que no caso do município de Goiana,
esse percentual indica, por um lado, uma forte concentração de sua população na sua área
urbana, e por outro, uma forte concentração de terras (latifúndios) na área rural decorrente,
sobretudo, do cultivo da monocultura da cana de açúcar.
199
Fonte: IBGE, 2008.
Nesses municípios que integram a APA de Santa Cruz, de uma forma geral, a parte
mais expressiva da população está concentrada na faixa entre 15 e 39 anos
(aproximadamente 45% em Goiana e na Ilha de Itamaracá, e praticamente 50% em
Itapissuma).
18
Classificação dos Municípios:
A Classificação Geral dos Municípios Brasileiros (Atlas do Desenvolvimento Humano/PNUD, 2002) aponta que
no âmbito dos municípios:
Municípios Pequenos 1: até 20.000 habitantes.
Municípios Pequenos 2: entre 20.001 a 50.000 habitantes.
Municípios Médios: 50.001 a 100.000 habitantes.
Municípios Grandes: entre 100.001 a 900.000 habitantes.
Metrópoles: superior a 900.000 habitantes.
Assim, na classificação geral, percebemos que a Ilha de Itamaracá inclui-se como “município de pequeno porte”.
(1), possuindo a menor população da área de estudo. Itapissuma é considerado “município de pequeno porte” (2) uma vez que
possui 22. 852 habitantes; Goiana por apresentar, em 2007, acima de 70.000 moradores é considerado como município de
médio porte.
200
5.3.2.2.1 Desenvolvimento Humano
Como pode ser observado na Tabela 36, em 2000 o IDH-M de Goiana foi de 0,692,
Ilha de Itamaracá de 0,743 e Itapissuma (0,695). A seguir são apresentados, de forma
detalhada, cada um desses índices.
A Ilha de Itamaracá é o que apresenta o melhor índice (0,743) dos três municípios.
No entanto, no período de referência, o IDH-M da Ilha cresceu apenas 13,78%, passando de
0,653 em 1991 para 0,743 em 2000 (o menor crescimento entre os três municípios da área
de estudo). Seguindo o mesmo padrão do município de Goiana, a dimensão que mais
contribuiu para este crescimento foi a Educação, com 50,7%, seguida pela Longevidade,
com 34,8% e pela Renda, com 14,4%. Neste período, o hiato do desenvolvimento humano
(a distância entre o IDH do município e o limite máximo do IDH, ou seja, 1 - IDH) foi reduzido
em 25,9%. Se mantivesse esta taxa de crescimento do IDH-M, o município levaria 14,3 anos
201
para alcançar São Caetano do Sul (SP), o município com o melhor IDH-M do Brasil (0,919),
e 10,0 anos para alcançar Fernando de Noronha, o melhor IDH-M do Estado (0,862).
202
No que se refere ao Índice de Gini – que mede o grau de desigualdade existente na
distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita – Goiana e a Ilha de
Itamaracá apresentam praticamente o mesmo valor, contudo, considerando o fato do
primeiro apresentar o maior número de habitantes, entre os três aponta para um quadro de
desigualdade e pobreza mais significativa que o segundo. Em todos eles a desigualdade
aumentou no período apurado (1991-2000). Realidade social que, por conseqüência,
contribui para a elevação dos níveis atuais de violência, sobretudo, nas áreas de grande
contingente populacional.
Na Ilha de Itamaracá, 36,16 % das famílias têm renda domiciliar entre ½ e 1 salário
mínimo; se agregar-se aí os domicílios declarados “sem rendimento” esse valor sobe para
54,53% da população. Considerando que, renda per capita inferior a ½ salário mínimo indica
19
Indicador de Renda: metodologicamente, a composição de renda considera a razão entre o somatório da
renda per capita de todos os indivíduos e o número total desses indivíduos. A renda per capita de cada indivíduo
é definida como a razão entre a soma da renda de todos os membros da família e o número de membros da
mesma. A Tabela 38 demonstra os valores expressos em reais de 1º de agosto de 2000, pois a referência é o
censo daquele ano. (IBGE, 2007).
203
situação de pobreza e inferior a ¼ salário mínimo indica indigência, os números demonstram
que mais da metade dessa população está em situação de vulnerabilidade social.
A análise destes dados evidencia que a maior parte da população dos municípios
contemplados neste Diagnóstico vive com rendimento mensal insuficiente, com um número
significativo de habitantes vivendo na pobreza, além de revelar, também, uma elevada
desigualdade na distribuição da renda.
Observa-se, contudo, na região como um todo que vem ocorrendo uma pequena
redução nos indicadores de miséria e pobreza. Melhora que deve estar relacionada à
implementação de programas de proteção social de grande capilaridade e impacto pessoal
e social, como o Programa Bolsa Família.
Aspectos Gerais
20
Secretaria Nacional de Assistência Social/MDS, 2005, p. 20.
204
Assim, os problemas de infraestrutura e gestão do saneamento que afetam os
municípios estudados e, de modo geral, os municípios da região onde a APA de Santa Cruz
encontra-se inserida, possuem as mesmas características e encontram-se relacionados às
deficiências de investimentos estruturadores, especialmente nas áreas de saneamento
básico e de limpeza urbana, bem como na manutenção de estradas e no uso e ocupação
desordenada do solo.
Abastecimento D'água
Importante destacar que, tanto Goiana como a Ilha de Itamaracá, apresentam mais
de 15% dos domicílios abastecido por poços ou nascentes. Esse percentual é preocupante
na medida em que essa forma de abastecimento apresenta grande dificuldade de
monitoramento da qualidade da água (Figura 55).
205
Figura 55: % DE DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES, POR FORMA DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA.
Esgotamento sanitário
206
Considerando, sobretudo, sua posição estratégica enquanto um dos principais “pólos
de atração turística” do litoral norte do Estado, a Ilha de Itamaracá apresenta, entre dos três
da APA, a situação mais crítica – praticamente todo o município não apresentava nesse
período sistemas de saneamento adequados (Tabela 41).
Resíduos sólidos
Entre os principais elementos da problemática dos resíduos sólidos nessa área pode-
se destacar o alto percentual de lixo jogado em terreno baldio e sem tratamento e
destinação final adequados.
Queimado
Enterrado
Enterrado
Coletado
Coletado
Outros
Outros
Municípi-os
Total
Total
mar
59 10 48
Goiana 13.77 8.012 4.505 77 17.105 12.804 1.436 81 2.021 47 716
9 2 2
31
Ilha de Itamaracá 2.237 523 49 1.320 11 15 3.642 1.344 678 54 1.526 21 19
9
Itapissuma 3.534 3.293 50 17 162 2 10 4.754 4.392 116 45 139 60 2
207
96 16 50 18
Total 19.54 11.82 5.987 90 25.501 18.540 2.230 3.686 128 737
8 8 7 0
Fonte: IBGE, Censos 1991 e 2000.
Drenagem
5.3.2.2.4 Educação
Para análise deste tema foram levantados dados referentes à taxa de analfabetismo,
freqüência escolar e infraestrutura educacional dos municípios.
208
Quando analisado o percentual de pessoas sem alfabetização por faixa etária,
percebe-se que, a partir dos 15 anos, este indicador é crescente com a idade; ou seja, a
taxa de analfabetismo é maior entre a população mais velha, em todos os municípios.
Esses altos índices de analfabetismo no estrato a partir dos 15 anos podem ser
explicados tanto pela não-freqüência escolar, por parte desta população, no devido tempo
de escolaridade ou supostamente pelo elevado índice de defasagem idade-série. Todavia,
deve-se considerar que os dados remontam ao Censo de 2000, o que provavelmente
atualizado, apresente outro desempenho tendo em conta às políticas públicas de
valorização da escolaridade e da qualificação profissional em curso.
ESTABELECIME
ESTABELECIME
MATRÍCULAS
MATRÍCULAS
MATRÍCULAS
DOCENTES
DOCENTES
DOCENTES
NTOS
NTOS
NTOS
NÍVEL
209
Gráfico 2: MATRÍCULAS POR SÉRIE.
210
Gráfico 4: MATRÍCULAS POR SÉRIE (ITAMARACÁ).
• Goiana: Em Goiana são 124 escolas que, em 2008, atendiam a uma população de
22.387 crianças e jovens. Educação escolar sob a responsabilidade de 1.082 professores. A
seguir, nos gráficos 5 e 6, a representação gráfica da educação neste município , segundo
IBGE, 2008.
211
Gráfico 6: MATRÍCULAS POR SÉRIE.
212
Pelo apresentado, há deficiência na oferta de hospitais e leitos disponíveis aos
habitantes considerando-se o número total de moradores de Goiana, Ilha de Itamaracá e
Itapissuma que é da ordem de 71.796, 17.573 e 22.852, respectivamente. As atuais
dificuldades dos sistemas municipais são supridas, pela proximidade, da rede da capital do
estado (Recife), sobretudo no que se refere à média e alta complexidade. A partir da
construção e operação do Hospital Metropolitano Norte – Miguel Arraes de Alencar,
atualmente em fase de construção, nas proximidades da BR-101 Norte, entre os municípios
de Paulista e Abreu e Lima, a prestação desses serviços em relação aos municípios do
litoral norte deverá ser ampliada e melhorada.
A Atenção Básica nos municípios visa à melhoria da saúde da população com foco
no cidadão, na família e na comunidade. Neste sentido, cabe à rede assistencial local
promover serviços e ações em todos os níveis de complexidade, através da prevenção,
tratamento de doenças e reabilitação. Para tanto, nacionalmente encontram-se implantados
os programas: PACS - Programa de Agentes Comunitários de Saúde e o PSF - Programa
Saúde da Família. Nos municípios estudados a Atenção Básica encontra-se estruturada,
conforme o quadro apresentado na Tabela 46.
Em Goiana a Atenção Básica conta com 17 equipes no PSF com 139 agentes
municipais de saúde; já a Ilha de Itamaracá possui 03 equipes do PSF’s e 27 agentes do
PAC; enquanto em Itapissuma são 7 PSF’s instalados, contando com o apoio de 45 agentes
de saúde.
213
Goiana 381 52 194 64 467 61 197 37
Coqueluche 2 - 1 - - - 5 1
Dengue 348 11 145 3 430 35 174 4
Esquistossomose 31 34 46 47 8 7 17 17
Leptospirose - - 1 - 4 1 1 1
Meningite
- 7 1 14 24 17 - 14
meningocócica
Tétano - - - - 1 1 - -
Ilha de Itamaracá 47 48 13 6 47 19 38 21
Coqueluche - - - - 2 - - -
Dengue 7 6 13 - 37 12 35 10
Esquistossomose 40 40 - - 1 1 - -
Meningite
- 2 - 6 6 5 3 11
meningocócica
Tétano - - - - 1 1 - -
Itapissuma 4 10 21 13 18 7 48 18
Coqueluche 1 3 - - - - - -
Dengue 1 1 16 7 9 1 36 10
Esquistossomose - - 5 - 2 - 1 1
Leptospirose 1 1 - - 1 - - -
Meningite
1 5 - 6 6 6 11 7
meningocócica
Total 4.548 949 5.817 1.387 4.790 1.749 8.860 1.757
Fonte: DATASUS. Nota: (1) Situação no final do ano. (2) Como numeradores e denominadores, foi utilizada a média mensal
dos mesmos.
Numa primeira aproximação analítica dos dados disponíveis, é possível observar que
no período 2004-2007 os três municípios apresentaram um concentração de notificações em
problemas de esquistossomose e dengue, conforme o que se apresenta na Tabela 47,
doenças associadas a água, o quew nos remete a uma atenção especial sobre a situação
dos corpos d’água nessa região.
214
Entre as leis e Normas referentes ao Parcelamento Urbanístico e ao Meio Ambiente
no âmbito federal e estadual com repercussão sobre a área de estudo cabe destacar, junto
as já mencionadas na análise jurídica deste diagnóstico:
215
Quadro 23: LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA BÁSICA MUNICIPAL EXISTENTE NOS
MUNICÍPIOS DA APA.
CÓDIGO
USO E CÓDIGO
PERÍME- PARCELA DE
PLANO OCUPA- DE
MUNICÍ-PIO TRO -MENTO OBRAS/ OBS.
DIRETOR ÇÃO DO POSTU-
URBANO DO SOLO EDIFICA-
SOLO RAS
ÇÕES
Elaborado Revisado
em 1998. quando da (1)Sede
Revisado 1550/88(1) elaboração (2) Área
Goiana integralment 1549/88(2)
1548/88
do novo
1547/88 1553/88
urbana
e entre Plano do litoral
2005/2006. Diretor
(1) Cria
611/86 regiões
Projeto de 861/97 674/89 / 674/89 / 674/89 / adminis-
Ilha de Lei (1) / Revisado Revisado Revisado trativas
Itamaracá elaborado Revisado pelo Plano pelo Plano pelo Plano (bairros)
em 2006. pelo Plano diretor diretor diretor em todo o
diretor municí-
pio.
Lei
Itapissuma aprovada 276/92 232/90 232/90
em 2009.
Fonte:Agencia Condepe Fidem. Pesquisa de Campo.
216
A Zona da Mata estende-se desde o sul do Estado de Minas Gerais, prolongando-se
ao litoral do Rio Grande do Norte, tendo aproximadamente 70 km de largura do litoral para o
interior dos estados. Em Pernambuco compreende 52 municípios, ocupando uma área de
aproximadamente 1.540.000 ha.
217
segue a tendência do estado que é de consolidar-se como pólo econômico em diferentes
setores produtivos e de serviço.
O desenvolvimento econômico na APA Santa Cruz é visto nesta seção sob o prisma
de uma visão geral da economia e de seus setores produtivos predominantes.
218
48, a seguir, contém o PIB a preços correntes e o PIB per capita de cada município da APA
Santa Cruz e de Pernambuco.
Tabela 48: PRODUTO INTERNO BRUTO E PIB PER CAPITA (1 000 R$).
2003 2004 2005 2006
A PREÇOS PER A PREÇOS PER A PREÇOS PER A PREÇOS PER
UF/MUNICÍPIO CORRENTES CAPITA CORRENTES CAPITA CORRENTES CAPITA CORRENTES CAPITA
Ilha de
58.591 3.337 58.228 3.228 66.219 3.575 75.925 3.996
Itamaracá
Itapissuma 388.168 17.971 356.565 16.194 362.538 16.157 405.552 17.743
Goiana 350.206 4.733 374.757 5.011 398.785 5.276 446.043 5.840
Pernambuco 39.308.429 4.774 44.010.905 5.287 49.921.744 5.933 55.504.917 6.528
Fonte: FADURPE. 11/2009. Com dados do IBGE.
O crescimento do PIB per capita para essas localidades durante o período ficou
abaixo do crescimento total do produto, chegando a ser negativo em Itapissuma, queda de
1%. No caso da Ilha de Itamaracá o crescimento foi de 20% e em Goiana foi de 23%. A
variação do PIB per capita em Pernambuco foi de 37%.
219
Gráfico 7: CONTRIBUIÇÃO DE CADA SETOR ECONÔMICO NO PIB DO MUNICÍPIO,
2006.
90%
80%
Fonte: 11/2009. Com dados do IBGE (2006).
70%
indústria, Itapissuma se destaca e obteve um percentual de 63%, em 2006. Isso explica em
grande parte o elevado PIB desse município. No setor de serviços, a Ilha de Itamaracá
apresenta 79% do seu PIB gerado pelo setor, maior percentual verificado entre as
localidades em questão.
60%
empregos gerados nos diversos setores da economia, A Tabela 49, a seguir, resume essas
informações para os municípios em 2006.
50%
NÚMERO NÚMERO NÚMERO
ATIVIDADES PESSOAL PESSOAL PESSOAL
DE DE DE
ECONÔMICAS OCUPADO OCUPADO OCUPADO
UNIDADES UNIDADES UNIDADES
TOTAL TOTAL TOTAL
LOCAIS LOCAIS LOCAIS
Agricultura, pecuária,
silvicultura e 1 X 1 - 8 4.164
exploração florestal
Pesca 2 X 2 X 12 175
Indústrias extrativas 1 - 1 X 6 48
40%
Indústrias de
12 78 17 1.832 85 1.408
transformação
Produção e
distribuição de
1 X - - 2 X
eletricidade, gás e
água
Construção 15 180 8 52 11 63
Comércio; reparação
de veículos
91 248 74 204 711 1.960
automotores, objetos
30%
pessoais e domésticos
220
ILHA DE ITAMARACÁ ITAPISSUMA GOIANA
NÚMERO NÚMERO NÚMERO
ATIVIDADES PESSOAL PESSOAL PESSOAL
DE DE DE
ECONÔMICAS OCUPADO OCUPADO OCUPADO
UNIDADES UNIDADES UNIDADES
TOTAL TOTAL TOTAL
LOCAIS LOCAIS LOCAIS
Alojamento e
27 95 7 11 71 198
alimentação
Transporte,
armazenagem e 5 14 2 X 30 153
comunicações
Intermediação
financeira, seguros,
previdência 3 17 3 5 17 83
complementar e
serviços relacionados
Atividades imobiliárias,
aluguéis e serviços
41 104 5 6 71 152
prestados às
empresas
Administração pública,
defesa e seguridade 14 519 2 X 4 2.158
social
Educação 10 9 8 30 41 240
Saúde e serviços
- - 1 X 19 104
sociais
O Outros serviços
coletivos, sociais e 30 97 18 23 102 177
pessoais
P Serviços domésticos - - - - - -
Organismos
internacionais e outras
- - - - - -
instituições
extraterritoriais
Total 253 1361 149 2163 1190 11083
Fonte: IBGE, Cadastro Central das Empresas, 2006. Nota: Os dados com menos de 3 (três) informantes estão assinalados
com o caractere X.
5.3.3.3 1 Agropecuária
Estabelecimentos Agropecuários
221
Tabela 50: Nº DE ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS E PARTICIPAÇÃO (%)–
2006.
ILHA DE ITAMARACÁ ITAPISSUMA GOIANA
ATIVIDADE PART. PART. PART.
UNIDADES UNIDADES UNIDADES
(%) (%) (%)
Lavoura temporária 9 33 38 64 205 37
Horticultura e floricultura - - 10 17 108 20
Lavoura permanente - - 10 17 101 18
Sementes, mudas e outras
formas de propagação - - - 2 -
vegetal
Pecuária e criação de
12 44 1 2 114 21
outros animais
Produção florestal -
- - - 4 1
florestas plantadas
Produção florestal -
- - - -
florestas nativas
Pesca - - - -
Aqüicultura 6 23 - 18 3
Total 27 100 59 100 552 100
Fonte: IBGE. Censo Agropecuário, 2006.
222
Em relação à evolução das plantações de culturas temporárias na Ilha de Itamaracá
nos últimos anos, constatou-se que a área destinada a essas lavouras mais do que triplicou
em 2008, quando se compara com ano 2000.
Durante esse período houve uma maior diversificação das plantações de culturas,
que deixou de estar totalmente voltada à produção de mandioca. De acordo com os dados
do IBGE, entre 2000 e 2008, a produção total de culturas temporárias passou de 650
toneladas para 907, isso representou um aumento de 39%, ou seja, a agricultura está se
desenvolvendo de forma extensiva. Os gráficos 8 e 9 mostram a evolução das áreas
destinadas e o volume de produção de culturas temporárias na Ilha de Itamaracá.
250
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal, 2008.
200
s)
223
Gráfico 9: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DA LAVOURA TEMPORÁRIA DA ILHA DE
ITAMARACÁ.
1000
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal, 2008.
900
produtos: batata-doce, feijão, mandioca e milho. A produção mais relevante é a da
mandioca, que corresponde a 97% do total da produção da lavoura temporária e a 94% da
receita gerada nesse segmento agrícola. A Tabela 52 apresenta os dados referentes às
culturas temporárias de Itapissuma em 2008.
800
zida (toneladas)
ITAPISSUMA – 2008.
ÁREA VALOR DA
LAVOURA ÁREA COLHIDA QUANTIDADE
PLANTADA PRODUÇÃO
TEMPORÁRIA (HECTARES) PRODUZIDA
(HECTARES) (MIL REAIS)
Batata-doce (Toneladas) 3 3 12 7
Feijão (em grão)
52 52 36 72
(Toneladas)
Mandioca (Toneladas) 280 280 2.520 1.512
Milho (em grão)
30 30 36 18
(Toneladas)
Total 365
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal 2008.
365
600
A extinção do cultivo de cana-de-açúcar no município está fortemente relacionada
com a diminuição de 79% do total de área destinada às culturas temporárias em Itapissuma,
entre 2000 e 2008, e, conseqüentemente, com a queda da produção desses bens agrícolas
224
que foi de 96%. Os Gráficos 10 e 11 exibem a evolução das áreas destinadas e o volume de
produção de culturas temporárias em Itapissuma.
3000
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal, 2008.
2500
120000
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal, 2008.
2000
ctares)
225
Tabela 53: PRODUÇÃO E RENDIMENTO DAS CULTURAS TEMPORÁRIAS EM GOIANA
– 2008.
ÁREA ÁREA VALOR DA
QUANTIDADE
LAVOURA TEMPORÁRIA PLANTADA COLHIDA PRODUÇÃO
PRODUZIDA
(HECTARES) (HECTARES) (MIL REAIS)
Abacaxi (Mil frutos) 8 8 304 122
Batata-doce (Toneladas) 25 25 325 163
Cana-de-açúcar (Toneladas) 20.075 17.425 1.120.000 51.733
Fava (em grão) (Toneladas) 15 15 12 24
Feijão (em grão)
176 176 67 104
(Toneladas)
Mandioca (Toneladas) 115 115 1.150 288
Milho (em grão) (Toneladas) 120 120 42 21
Total 20.534 17.884 1.121.900 52.455
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal, 2008.
25.000
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal, 2008.
226
20.000
Gráfico 13: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DA LAVOURA TEMPORÁRIA EM GOIANA.
1.200.000
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal, 2008.
1.000.000
permanentes na Ilha de Itamaracá, Itapissuma e Goiana.
800.000
Tabela 55: PRODUÇÃO E RENDIMENTO DAS CULTURAS PERMANENTES EM
ITAPISSUMA – 2008.
(toneladas)
600.000 227
Tabela 56: PRODUÇÃO E RENDIMENTO DAS CULTURAS PERMANENTES EM
GOIANA – 2008.
ÁREA ÁREA VALOR DA
QUANTIDADE
LAVOURA PERMANENTE PLANTADA COLHIDA PRODUÇÃO
PRODUZIDA
(HECTARES) (HECTARES) (MIL REAIS)
Abacate (Toneladas) 10 10 150 23
Banana (cacho) (Toneladas) 20 20 140 28
Coco-da-baía (Mil frutos) 2.718 2.700 14.100 5.288
Laranja (Toneladas) 8 8 56 13
Mamão (Toneladas) 30 30 750 600
Manga (Toneladas) 20 20 90 32
Maracujá (Toneladas) 20 20 120 132
Total 2.826 2.808 15.406 6.116
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal, 2008.
1400
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal, 2008.
1200
228
Gráfico 15: EVOLUÇÃO DA ÁREA PLANTADA DA LAVOURA PERMANENTE EM
ITAPISSUMA.
1200
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal, 2008.
1000
3000
800
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal, 2008.
ectares)
O total da produção da lavoura permanente nos últimos anos também foi analisado
para cada município (Gráficos 17, 18 e 19). Verificou-se que a Ilha de Itamaracá obteve o
maior crescimento dos produtos agrícolas entre 2000 e 2008. Os gráficos 17, 18 e 19
2500
exibem a tendência da produção de culturas permanentes nessas localidades.
229
Gráfico 17: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DA LAVOURA PERMANENTE EM
ITAMARACÁ.
8000
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal. Nota: A produção de coco da baía é expressa em mil frutos.
7000
Gráfico 18: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DA LAVOURA PERMANENTE EM
ITAPISSUMA.
6000
7000
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal. Nota: A produção de coco-da-baía é expressa em mil frutos.
ladas)
5000
6000 230
Gráfico 19: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DA LAVOURA PERMANENTE EM GOIANA.
16000
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal. Nota: A produção de coco-da-baía é expressa em mil frutos.
14000
A pecuária na Ilha de Itamaracá tem como principais rebanhos os de galinhas, galos
e frangos, que correspondem a 80% do total. A Tabela 57 mostra o efetivo de rebanhos da
Ilha de Itamaracá.
12000
Asinino 10 50 60 60 60
Muar 2 40 40 40 40
Suíno 270 1.400 3.600 3.690 3.690
Caprino 50 600 610 610 610
Ovino - 500 500 500 500
Galos, frangas, frangos e
- 12.000 12.360 12.380 12.380
pintos
Galinhas 2.500 8.000 8.100 12.500 12.500
Codornas - - - - -
Coelhos - - - - -
Total 3.302 23.740 26.225 30.735 30.735
oneladas)
10000
Itapissuma apresenta um total de rebanhos maior do que a Ilha de Itamaracá, e sua
principal criação de animais é a de codornas, que representa 55% do total.
231
Tabela 58: EFETIVO DOS REBANHOS POR TIPO EM ITAPISSUMA.
TIPO DE REBANHO 2000 2005 2006 2007 2008
Bovino 350 600 800 800 800
Equino 40 80 80 85 85
Bubalino - - - - -
Asinino - 40 40 44 44
Muar - 40 40 40 40
Suíno 170 4.500 4.720 10.800 10.800
Caprino 150 800 800 804 804
Ovino - 700 700 705 705
Galos, frangas, frangos e
3.000 12.000 12.600 20.000 20.000
pintos
Galinhas 2.500 3.500 8.400 10.000 10.000
Codornas 3.000 10.000 54.000 54.000 54.000
Coelhos - - - - -
Total 9.210 32.260 82.180 97.278 97.278
Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal, IBGE.
232
DE ORIGEM PRODUÇÃO DE ORIGEM PRODUÇÃO DE ORIGEM PRODUÇÃO
ANIMAL (MIL REAIS) ANIMAL (MIL REAIS) ANIMAL (MIL REAIS)
Leite (Mil litros) 1.766 2.119 200 240 708 849
Ovos de galinha
1.706 3.240 225 428 10.975 18.657
(Mil dúzias)
Ovos de codorna
2.036 1.262 1.181 732 - -
(Mil dúzias)
Mel de abelha
18.000 360 1.000 20 - -
(Quilogramas)
Total - 6.981 - 1.420 - 19.506
Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal, IBGE.
5.3.3.3.2 Pesca
Deve ser considerado que, embora as pescarias nos estuários e nos rios contribuam
significativamente para a produção pesqueira do estado, estas não aparecem
adequadamente nas estatísticas oficiais (SILVA, 2001).
21
Diagnóstico Socioambiental – Litoral Norte / GERCO (CPRH / MMA).
233
sururu, camarão e marisco. A produção pesqueira do estado de Pernambuco no ano de
2005, Segundo o STATPESCA (2007), oteve o seguinte resultado (Tabela 61):
As espécies mais capturadas nos três municípios, em 2005, foram o Budião (nos três
municípios), o Marisco (principalmente em Goiana), a ostra, o camarão (em Goiana e
Itamaracá), o Saramunete, a saúna (em Goiana e Itapissuma), o Sururu e o Siri (em Goiana
e Itamaracá).
De acordo com Lessa et al. (2004) a maior produção de pescado em Pernambuco
esta concentrada na região costeira, seguida pelos estuários e a região oceânica. Os
municípios de Goiana (1.307t), Itapissuma (1.075t), São José da Coroa Grande (604t) e
Itamaracá (514t) são os maiores produtores do estado.
234
ITAMARACÁ
235
Fonte: Araújo, 11/2009.
Goiana
A arte de pesca aplicada neste caso é o covo, tendo como alvo principalmente o
saramunete e as lagostas. Esta frota possui casco de madeira, sete a nove metros de
comprimento, com autonomia média de oito dias. Na pesca do saramunete, Goiana é
responsável pela exploração de 42,6% do volume total deste recurso, o qual é capturado em
99,2% dos casos com a frota supracitada.
236
Além desta modalidade os outros tipos de pesca são representados pelos taineiros,
pescadores de camarão, arrasto de praia e pesca de linha. O marisco é pescado nos locais
denominados de Boca do Canal e no Arrombado (braço de rio), nestes locais pescam cerca
de 50 marisqueiras, aproximadamente de 5 a 6 pescadoras por baitera. A pesca é realizada
com o esforço de 3 horas de pesca por dia. Cada marisqueira produz cerca de 3 kg de
marisco por dias de pesca.
Outra modalidade de pesca neste local é a de camarão vila franca, pesca pouco
comum em outras localidades, essa é realizada com a rede tipo sauneira (malha 20 ou
25mm). As redes possuem tamanhos menores, cerca de 75m de comprimento. Estas ficam
boiadas a deriva para assim irem varrendo o fundo e capturando os animais. Esta pesca
geralmente ocorre nas marés grandes (próximo as luas novas ou cheias) devido à maior
dinâmica das marés, já que as correntes marinhas são maiores e a área de cobertura das
redes se torna maior. Em marés de menor dinâmica a pesca é realizada com o arrasto da
237
rede por dois barcos, geralmente caicos ou baiteras. A produtividade da pesca é baixa,
cerca de 2 a 4kg/dia de pesca, porém esse recurso apresenta um bom valor de mercado
cerca de R$ 8,00 a R$ 15,00.
Itapissuma
Para a pesca da manjuba, sardinha e camarão é relizada com rede tipo mangote, a
sardinha e a manjuba são vendidas por R$/kg 1,00 inteira e por R$/kg 2,50 tratada. Nesta
região a manjuba é responsável pela segunda maior produção em peso do Estado (12,5%).
A importância do setor pesqueiro pode ser observada nos números fornecidos pelas
Colônias de Pescadores Z-10 e Z-11, de Itapissuma e da Ilha de Itamaracá,
respectivamente. Segundo as lideranças um grande contingente de pessoas sobrevive,
direta e indiretamente, da pesca. Atualmente na Colônia Z-10 (Itapissuma) 2.000
238
pescadores são cadastrados, mas o número de pessoas não cadastradas ultrapassa em
muito esse contingente. Estima-se que 70% dos residentes estão desenvolvendo atividade
de pesca e/ou captura.
Figura 58: SÍTIO DO CANTO – CAMBOA – PORTO DOS BARCOS, LADO DA PONTE
SÃO GONÇALO SOBRE O CANAL DE STA CRUZ. (ITAPISSUMA).
239
Fonte: Vila Nova, 11/2009.
240
O anzol é lançado sobre fundos rochosos e desembocaduras dos rios, nas marés
enchentes, cheias e início da vazante, sendo utilizado para a pesca seletiva do camurim
(Centropomus undecimalis) e mero (Serranidae), entre outros. (PIRES & FILHO, 1993).
O covo é uma armadilha para a pesca de peixes e crustáceos. Confeccionado com madeira
e fibras naturais possui forma cônica. Estes são colocados durante a maré baixa nas
margens do manguezal, nos alagados e gamboas. Na maré baixa seguinte retiram-se os
peixes e camarões, recolocando-se a isca para uma nova pescaria.
A pesca com rede de arrasto, de gamboa e de malha fina também geram conflitos
com a fauna e pescadores, pois arrastam tanto os peixes grandes quanto os pequenos.
Foto 01: Pescadores no pátio do Mercado Foto 02: Mercado público (comercialização de
público (comercialização de pescados) - pescados) - Espinheiro, lado E da ponte São
Espinheiro, lado E da ponte São Gonçalo sobre o Gonçalo sobre o Canal de Sta Cruz –
Canal de Sta Cruz .
Fonte: Vila Nova, 11/2009.
241
• lançamento de agrotóxicos utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, carreados
pelos rios para os estuários;
• supressão de mangues para instalação de viveiros (carcinicultura)
• atividades de recreação náuticas (jet skis, barcos e lanchas) no canal de Santa Cruz.
ENTIDADES REPRESENTATIVAS
Colônias de Pescadores / área de jurisdição:
• Z-03: Ponta de Pedras
• Z-14: Goiana-sede
• Z-15: Atapuz
242
• Z-17: Tejucupapo
• Z-10: Itapissuma
• Z-11: Ilha de Itamaracá.
243
Nesta perspectiva, políticas materializadas em ações, programas e projetos estão
sendo promovidos. A exemplo, o APL.
Os APLs - Arranjos Produtivos Locais, por definição, são conjuntos de atores sociais,
políticos e econômicos, localizados em um mesmo território, que desenvolvem atividades
econômicas correlatas e que apresentam vínculos de produção, interação, cooperação e
aprendizagem. Isso inclui empresas de bens e serviços, prestadoras de serviços, clientes,
cooperativas, associações etc., voltadas à formação e capacitação de recursos humanos,
informação, pesquisa, desenvolvimento, promoção e financiamento.
244
• Desenvolver estudos e pesquisas.
• Turismo
22
Vale destacar que estes APL´s são aqueles que foram definidos pelo governo, o que não significa que todos
eles constituam atividades econômicas comunmente desenvolvidas dentro da APA, para definir isto foram
realizadas entrevistas com representantes das comunidades assim como um analise mais detalhado sobre
atividades econômicas desenvolvidas. As conclusões serão apresentadas em relatório separado como Proposta
de APL’s.
245
fazendo-se a geração de renda da comunidade local, ao mesmo tempo que se apresenta
como uma atividade complementar para aumentar a renda familiar.
• Floricultura
246
produção desses produtos em Pernambuco, que se destaca no cenário nacional. Deve-se
registrar que Pernambuco já realiza transferência de plataforma tecnológica do Nordeste
para outros estados brasileiros.
• Apicultura
247
A consolidação dessa atividade produtiva, no que se refere à produção e
comercialização do mel e seus derivados, revela-se como importante opção de fonte de
renda para a população local.
Agentes de apoio e financiadores:
SEBRAE, EMBRAPA, PROMATA, PRONAF, etc.
Associações:
Associação de Criadores de Abelhas – Igarassu / PE
Associação de criadores de Abelhas – Ilha de Itamaracá / PE
• Aquicultura e Pesca
A aqüicultura (peixe, mariscos, moluscos, etc.) tem uma relação histórica com as
populações nativas.Toda a área apresenta potencial produtivo da aquicultura, sendo,
entretanto, desenvolvido muitas vezes sem o devido manejo o que pode causar a
degradação ambiental. Devido a isto, tornam-se necessárias ações que orientem os
produtores para o desenvolvimento da atividade em bases racionais.
248
• Associação dos Pescadores e Moradores da Ilha de Itamaracá
• Associação dos Pescadores de Itapissuma
• Colônia de Pescadores Z-10 - Itapissuma
• Colônia de Pescadores Z-11 - Ilha de Itamaracá
• Colônia de Pescadores Z-03 - Ponta de Pedras
• Colônia de Pescadores Z-14 - Goiana-sede
• Colônia de Pescadores Z-15 - Atapus
• Colônia de Pescadores Z-17 - Tejucupapo
249
Em matéria do site oficial do Governo do Estado, é divulgado que: Entre 2007 e
2009, o PROMATA investiu R$ 200,5 milhões na Zona da Mata.
“O PROMATA fecha mais um ano com boas histórias pra contar. Com todas
as suas ações alinhadas com o Mapa da Estratégia do Governo de
Pernambuco, entre 2007 e 2009, o Programa investiu mais de R$ 200
milhões na melhoria da qualidade de vida da população da Zona da Mata.
Entre os destaques, a grande articulação entre secretarias e órgãos
estaduais, além das prefeituras municipais, para garantir que cada projeto
se torne sustentável” (www.promata.pe.gov.br).
Vale destacar que estes APL´s são os definidos pelo governo, o que não significa que
todos eles constituam atividades econômicas comunmente desenvolvidas dentro da APA,
para definir isto estão sendo realizadas entrevistas com representantes das comunidades
assiim como um analise mais detalhado sobre atividades econômicas desenvolvidas.
O litoral de Pernambuco foi uma das regiões onde ocorreram os primeiros contatos
entre os grupos indígenas e os colonizadores europeus. Os povos indígenas foram de
importância fundamental na conquista e na colonização do território. Porém, ao passo que
foram dizimados e/ou incorporados, sua memória e as informações sobre sua cultura foi
sendo apagada. Não obstante, as poucas informações que existem são oriundas das
observações feitas sob a ótica européia. Nos relatos de cronistas, viajantes e missionários
muitos grupos indígenas são mencionados e suas características culturais não estão bem
definidas uma vez que esse não era o objetivo de tais crônicas. As informações etno-
históricas colhidas através dessas leituras apontam para a existência, no litoral nordestino,
23
Ver Mapa de Patriônio cultural no Anexo 10.
250
de grupos indígenas com homogeneidade étnica e lingüística. Em relação aos grupos que
habitaram o litoral e a zona da mata, que hoje corresponde ao estado de Pernambuco,
essas fontes indicam uma ocupação extensa de grupos denominados de Caeté, Tabajara,
Tupinambá e Potiguara. Todos caracterizados como grupos ceramistas pertencentes à
tradição Tupiguarani.
A idéia de patrimônio se manifesta hoje sob diversas formas, conforme pode ser
observado na literatura técnica especializada publicada sobre esse tema. Também podem
ser estabelecidas muitas divisões na noção de Patrimônio, de acordo com o ponto de vista
ou de interesse de uma comunidade ou de quem estuda ou protege um bem patrimonial.
24
O Programa Jaguaribe é formado por equipes do Núcleo de Estudos Arqueológicos, do Núcleo de Hotelaria e
Turismo, do Núcleo de Estudos Indigenistas e pelo Departamento de Engenharia de Minas da Universidade
Federal de Pernambuco e Universidade Católica de Pernambuco.
25
As definicõe de Patrimônio aqui inseridas foram extratidas do livro: MESQUITA, Vera Lúcia Menelau;
CASTRO, Viviane Maria Cavalcanti. Gestão Ambiental – Preservação do Patrimônio.
Pernambuco: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco, 2009.
251
Por sua vez, algumas dessas formas podem ser estabelecidas de modo geral, são elas: o
patrimônio histórico, o patrimônio familiar ou pessoal, o patrimônio público, o patrimônio
arquitetônico, o patrimônio ambiental, o patrimônio da comunidade, o patrimônio religioso, o
patrimônio arqueológico, entre outras.
252
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória
dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às
manifestações artístico-culturais;
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.
De acordo ainda com a Carta Magna, caberá ao Poder Público, com a colaboração
da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, seja por meio de
inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de
acautelamento e preservação.
253
Pesquisas desenvolvidas pelo Laboratório de Arqueologia, e equipe do Núcleo de
Estudos Arqueológicos da UFPE, pela Fundação Seridó e pela Fundação Museu do Homem
Americano - FUMHAM demonstram uma ocupação intensa de grupos pré-históricos
ceramistas em diferentes ambientes e com distintos padrões de assentamento.
Para a zona da mata identifica três fases: Cangaça, Quipapá e Capibaribe. Os sítios
da fase Cangaça apresentam aldeias de formato semi-circular, e com tamanhos variando
entre 30 e 360m² . A cerâmica tem o tratamento de superfície pintado com decoração
plástica e estão datadas em 510± 150 AP26 (BaH -1086-A) por radiocarbono27
(ALBUQUERQUE, 1991). Seriam ocupações contemporâneas ao início da colonização,
porém não foram encontrados materiais coloniais. Na fase Capibaribe identificou material
cerâmico em sua maioria alisado, com aspecto friável, com baixo grau de sinterização,
grande espessura do núcleo não oxidado, com poucos fragmentos com pintados, poucas
bordas talhadas. A datação obtida por radiocarbono para este sítio é de 2130± 400 AP (BaH
– 1085 – A) (ALBUQUERQUE, 1991).
26
AP = antes do presente. O presente neste caso é o ano de 1949 quando o método foi determinado.
27
Datação por radiocarbono é um método que usa o radioisótopo C14 para determinar as idades de materiais
carbonáceos.
254
Também na zona da mata, no município de São Lourenço da Mata foi realizado o
estudo do sítio Sinal Verde. Este sítio apresentou seis áreas de concentração de material
arqueológico formando um arco e com uma área de 330 km². Foram identificados material
cerâmico, lítico, piso queimado e marcas de estacas. A cerâmica apresenta as técnicas do
alisado, corrugado, escovado, ungulado e pintado, A datação de 225± 150 BP BaH – 1084 –
A) situa o sítio no período colonial (MARTIN, 1996; LUNA, 1991).
255
conFiguração: são sítios a céu aberto, implantados na parte plana dos morros do relevo de
tabuleiros, próximos a fontes de alimentação e água.
5.3.4.2 Etnohistória
Os grupos Tupi do litoral são caracterizados como grupos ceramistas, cuja cerâmica
é denominada tradicionalmente de Tupiguarani, sendo considerada própria das regiões
costeiras e pertencentes a grupos humanos que moravam em aldeias de forma oval ou
circular, com economia baseada na mandioca.
A zona da mata pernambucana era a região onde havia uma grande concentração
de engenhos no Brasil, e, até a invasão da Companhia das Índias, era a principal área
açucareira da colônia. Sabemos através dos documentos do período colonial que a cultura
da cana também utilizou o trabalho indígena.
Para o século XIX temos uma importante fonte para a área em estudo. A obra
“Viagens ao Nordeste do Brasil” do inglês Henry Koster, que relata experiências pessoais
256
vivenciadas durante sua viagem pela região do Nordeste, e no capítulo Residência no
Jaguaribe, temos narrações sobre sua estadia no Engenho Jaguaribe:
Além das informações sobre as atividades no Engenho Jaguaribe, onde lavrara cana
por volta de 1810, em várias passagens do seu escrito fala sobre a contratação de trabalho
dos índios, remunerado abaixo do dos outros através de seu diretor (CUNHA, 1998). É
constante a preocupação de Koster com relação à necessidade de trabalhadores para os
afazeres do engenho, dessa forma, há relatos de viagens com objetivo de obter mão-de-
obra:
“Fiquei apenas dois dias em Goiana, onde realizei o objetivo de minha
viagem, que era obter vinte indígenas trabalhadores de Alhandra. Voltando
para o Jaguaribe, tomei a velha estrada” (KOSTER, 1978).
5.3.4.3 Itamaracá
257
três Penitenciárias: Professor Barreto Campelo – PAI (Figura 61) e o manicômio, com data
prevista para meados de 2012, e, em seu local será construído o grande pólo turístico.
Enfim, através da implantação desse pólo, a Ilha de Itamaracá retomará o seu local
de destaque como destino turístico de “sol e mar” no Estado de Pernambuco, recebendo
maior atenção por parte do Governo com mais projetos de revitalização e desenvolvimento.
5.3.4.3.2 Histórico
258
Em todo caso foi a de Pernambuco a primeira capitania do Nordeste em que
a ocupação revelou desde logo condições mais definidas de estabilidade –
e em uma de suas cartas a D. João III dizia o donatário Duarte Coelho em
uma espécie de rústica reportagem do que se passava em seus domínios:
‘Entre todos os moradores e povoadores, uns fazem engenho de açúcar,
porque são poderosos para isso, outros canaviais e outros algodoais, e
outros mantimentos, que é a principal e a mais necessária coisa para a
terra, outros usam pescar, que, outrossim, é muito necessário para a terra,
outros usam de navios que andam buscando mantimentos, e tratando pela
terra conforme o regimento que tenho posto, outros são mestres de
engenho, outros mestres de açúcar, carpinteiros, ferreiros, pedreiros, oleiros
e oficiais de fôrmas e sinos para os açúcares, e outros oficiais quando ando
trabalhando e gastando o meu por adquirir para a terra, e os mando buscar
a Portugal e a Galiza e às Canárias, às minha custas (BRUNO, 1967: 30).
259
feitoria francesa. Porém, o donatário não permaneceu no Brasil, passando a administração
de sua capitania a Francisco Braga, que já possuía experiência na terra e com seus
habitantes. Iniciou este administrador a formação do pequeno povoado de Nossa Senhora
da Conceição (atual Vila Velha) que mais tarde, em 1548, seria elevado à condição de vila
pelo então administrador João Gonçalves.
Ao longo do século XVI as lutas foram constantes tanto com os indígenas quanto
com estrangeiros que tentavam se apoderar das terras ricas em elementos naturais que se
tornavam mercadorias de grande valor comercial (pau-brasil, peles, animais vivos entre
outros). A Vila, em meados do século XVI, já possuía paróquia sob a invocação de Nossa
Senhora da Conceição.
260
um grande ataque que põe fim à resistência lusa. Em homenagem ao comandante da tropa
holandesa, Segismundo Von Schkoppe, que conquistou a vila, está recebeu seu nome
passando a ser designada como Vila Schkoppe.
261
5.3.4.3.3 Patrimônio Histórico
262
Foto 10: Ponte Getúlio Vargas.
Foto 09: Forte Orange. A ponte liga a Ilha de Itamaracá ao continente.
O Forte é uma primitiva construção holandesa Possibilita a vista da paisagem oferecida pelo
reconstruída em pedra e cal pelos portugueses no Canal de Santa Cruz, com sua quase infinita área
ano de 1654 Está localizado a beira mar. de manguezais e a visão distante de trechos da
Mata Atlântica.
Engenho Amparo
263
5.3.4.3.4 Patrimônio Imaterial – Lugares
264
Figura 65: PATRIMÔNIO IMATERIAL - PRAIAS
265
Fotos 20 e 21: Praia Pontal da Ilha.
A praia do Pontal da Ilha fica voltada para Catuama, Atapuz e Ponta de Pedra. É uma praia com
densidade habitacional baixa. A predominância da ocupação é de veranistas. Existe um pequeno núcleo
de invasão no seu limite com a praia da Enseada dos Golfinhos. Era anteriormente conhecida como Sítio
dos cações. Limita-se com a praia da Enseada dos Golfinhos, com o mar e o mangue. Sua forma é de
um pontal, como o nome já descreve, portanto não tem outra saída a não ser o mesmo acesso de
entrada.
Nesta praia o banhista convive com o peixe boi que escolheu essa área para seu reduto. Nas suas
areias há desovas das tartarugas.
Fonte: Menelau, 12/2009.
Praias:
• Praias Pontal de Jaguaribe
• Praia do Forte Orange
• Praia do Pilar
• Praia do Sossego
• Praia Enseada dos Golfinhos
• Praia do Pontal da Ilha.
Gastronomia Típica
266
CASQUINHO DE SIRI
MATÉRIA PRIMA:
É um dos mais apreciados petiscos da gastronomia pernambucana. trata-
SIRI
se de um refogado de consistência cremosa, feito com carne cozida e
CLASSIFICAÇÃO
desfiada do siri, leite de coco, azeite de oliva e posto como recheio dentro
GASTRONÔMICA:
dos casquinhos vazios.
SALGADOS
COCADA
MATÉRIA PRIMA:
COCO Coco ralado cozido em calda de açúcar ou rapadura e cravo até o ponto
CLASSIFICAÇÃO de cocada. denomina-se de cocada branca a que é feita com açúcar e de
GASTRONÔMICA: cocada preta a feita com rapadura.
DOCES
COCOROTE
MATÉRIA PRIMA:
MANDIOCA
Bolo preparado com massa de mandioca, ovos, açúcar, manteiga e coco
CLASSIFICAÇÃO
ralado. é assado em tabuleiro e cortado em pequenos quadrados.
GASTRONÔMICA:
DOCES
MANUÊ
MATÉRIA PRIMA: Espécie de bolo, de forma retangular, com pequena espessura, preparado
MANDIOCA com massa de mandioca, coco ralado, manteiga, erva doce, cravo e
CLASSIFICAÇÃO açúcar. é envolvido em folhas de bananeira e assado em forno quente. em
GASTRONÔMICA: alguns municípios é também chamado de pé-de-moleque.
DOCES
MOQUECA DE OSTRA
MATÉRIA PRIMA:
OSTRA Consiste na ostra cozida em refogado preparado com azeite de oliva,
CLASSIFICAÇÃO temperos verdes, leite de coco, pimenta e azeite de dendê. geralmente é
GASTRONÔMICA: servida em panela de barro, acompanhado de arroz branco.
SALGADOS
MOQUECA DE PEIXE
MATÉRIA PRIMA:
PEIXE Consiste em postas de peixe cozidas em refogado preparado com azeite
CLASSIFICAÇÃO de oliva, temperos verdes, leite de coco, pimenta e azeite de dendê.
GASTRONÔMICA: geralmente é servida em panela de barro, acompanhado de arroz branco.
SALGADOS
MOQUECA DE PEIXE
MATÉRIA PRIMA:
PEIXE Consiste em postas de peixe cozidas em refogado preparado com azeite
CLASSIFICAÇÃO de oliva, temperos verdes, leite de coco, pimenta e azeite de dendê.
GASTRONÔMICA: geralmente é servida em panela de barro, acompanhado de arroz branco.
SALGADOS
MOQUECA DE SIRI
MATÉRIA PRIMA:
SIRI Consiste na carne do siri cozida em refogado preparado com azeite de
CLASSIFICAÇÃO oliva, temperos verdes, leite de coco, pimenta e azeite de dendê.
GASTRONÔMICA: geralmente é servido em panela de barro, acompanhado de arroz branco.
SALGADOS
MOQUECA SECA DE OSTRA
MATÉRIA PRIMA:
OSTRA Ostra preparado com limão, azeite, temperos verdes, pimenta, leite de
CLASSIFICAÇÃO coco e refogado até secar todo o molho. é envolvida em folhas de coqueiro
GASTRONÔMICA: ou bananeira e assada na hora. come-se como petisco na beira mar e em
SALGADOS bares populares.
PASSA DE CAJU
MATÉRIA PRIMA: As passas são preparadas com frutas inteiras levadas ao fogo brando com
267
CAJU
CLASSIFICAÇÃO
açúcar e depois colocados em peneiras para escorrer o mel e secar.
GASTRONÔMICA:
DOCES
PASSA DE CARAMBOLA
MATÉRIA PRIMA:
CARAMBOLA
As passas são preparadas com frutas inteiras levadas ao fogo brando com
CLASSIFICAÇÃO
açúcar e depois colocados em peneiras para escorrer o mel e secar.
GASTRONÔMICA:
DOCES
PASSA DE MANGABA
MATÉRIA PRIMA:
MANGABA
As passas são preparadas com frutas inteiras levadas ao fogo brando com
CLASSIFICAÇÃO
açúcar e depois colocados em peneiras para escorrer o mel e secar.
GASTRONÔMICA:
DOCES
ROLETE DE CANA
MATÉRIA PRIMA:
CANA DE AÇÚCAR
Consiste em rodelas de cana descascadas, espetadas em pequenas
CLASSIFICAÇÃO
hastes abertas em pedaços de bambu ou taquara.
GASTRONÔMICA:
DOCES
LICOR DE JENIPAPO
MATÉRIA PRIMA:
Sua composição básica, de sabor suave, consiste em cachaça ou álcool,
CACHAÇA
açúcar ou mel em infusão por vários dias com o ingrediente principal que
CLASSIFICAÇÃO
pode ser frutas regionais, rosas, canela, leite, ovo, café, aniz, cenoura, erva
GASTRONÔMICA:
doce.
BEBIDAS
Fonte: FADURPE, 11/2009.
Folclore
• Blocos Carnavalescos.
• Cavalo Marinho.
• Ciranda (Ver Figura 65)
• Coco
268
• Fandango (Ver Figura 66)
• Forro: A origem da palavra "forró" surgiu como corruptela da expressão inglesa "for-
all" (para todos). Segundo o professor e folclorista pernambucano, valdemar de oliveira, nas
décadas de 1920/30, os ingleses dirigentes da “Pernambuco Transways Power Company
Limited”, juntamente com seus patrícios da “Great Western Railway Company”, realizavam
grandes festas, para as quais eram convidadas Figuras importantes da sociedade. Porém,
em determinados eventos, os convites eram mais amplos e extensivos aos funcionários das
duas empresas. Nessas ocasiões, traziam, no rodapé, a expressão "for all" - promovendo a
alegria geral. Sendo uma festa para todos, o forró popularizou-se, numa mistura de baião,
samba, xaxado - dentre outras manifestações. Uma das tradições folclóricas mais
apreciadas no nordeste, e até no país, é dançado em diversos períodos e festividades,
sobretudo durante o ciclo junino, sendo acompanhado por conjunto regional formado de
sanfona, triângulo e bombo.também merece registro o forró estilizado, tocado por
instrumental moderno (órgão, guitarra, contrabaixo, bateria, etc) em setembro de 2005 o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, instituiu o dia 13 de dezembro como o dia nacional do
forró, em homenagem à data de nascimento de Luiz Gonzaga.
• Mamulengo.
É uma dança de roda distinta das "cirandinhas infantis". Distinta pelos cirandeiros, que são adultos, pelo
repertório poético-musical (de extrema variedade na temática poética e linha musical), pelo instrumental
obrigatório - onde nunca falta o bombo - que acompanha a roda ondulante dos cirandeiros, a imitar o vai-
e-vem das ondas do mar, ou ainda pela presença do "mestre cirandeiro", a quem cabe tirar as cantigas
(cirandas), improvisar versos e presidir a festa. Originalmente, a ciranda era apenas dançada nas áreas
litorâneas, mas, hoje, pode ser observada em diversas festas populares de todo o estado. A mais
famosa ciranda de pernambuco é a ciranda de lia, da ilha de itamaracá.
Fonte: FADURPE, 11/2009.
269
Figura 67: FANDANGO EM ITAMARACÁ.
Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil o fandango é um espetáculo popular que engloba romance,
dança, música, anedotas, ditos, lendas e orações. É uma festa em homenagem aos marujos, que
acontece na época natalina. É também conhecido como marujada, barca, chegança dos marujos. O
fandango é um auto popular, que desenvolve-se em um tablado, armado em frente à igreja ou em
qualquer outro local ao ar livre, previamente escolhido. O elenco é composto pelo mar-e-guerra,
imediato, médico, piloto, mestre, contra-mestre, duas alas de marujos e dois palhaços, o Vassoura e o
Ração.. Pode-se assistir um fandango na época do Natal, em Pernambuco, nas cidades do Recife,
Nazaré da Mata, Carpina e Itamaracá,
Fonte: Fundação Joaquim Nabuco, 2009.
270
FESTA DE NOSSA SENHORA DO PILAR
DATA: Móvel.Meses de A festa em homenagem à padroeira da Ilha de Itamaracá, Nossa
Janeiro – Fevereiro. (8 Senhora do Pilar, é realizada desde 1831, sendo a mais importante
dias). da ilha. A festa consta de missa, novenas, ladainhas, parque de
Periodicidade Anual. diversões: barracas com comidas bebidas típicas, manifestações
folclóricas e shows com artistas da região. O ponto alto da festa é a
LOCAL: PÁTIO DA
buscada de itamaracá, procissão marítima acompanhada por barcos,
IGREJA DE NOSSA
canoas, jangadas, além de um grande show pirotécnico. entidade
SENHORA DO PILAR
promotora : Prefeitura Municipal da Ilha de Itamaracá.
FESTA DO BOM JESUS DOS PASSOS (ILHA DE ITAMARACÁ)
DATA: 2º Domingo de A festa surgiu junto com a construção da igreja no ano de 1893. Um
janeiro (2 dias) pescador encontrou uma imagem de um santo de roca,
Periodicidade Anual. representando bom jesus dos passos, em cima de um tronco de
jaqueira, neste local foi erguido uma capela, desde então se realiza a
festa. A festa consta de missa, novenas, ladainhas, parque de
diversões, barracas com bebidas típicas, manifestações folclóricas,
LOCAL: IGREJA DE BOM
shows com artistas da região. O ponto alto da festa é a buscada,
JESUS DOS DOS
procissão marítima acompanhada por barcos, canoas, jangadas. A
PASSOS
imagem segue por terra até o forte orange e retorna por mar até o
pátio da igreja. Entidade promotora : Prefeitura Municipal da Ilha de
Itamaracá.
FESTIVAL DA PESCA DA AGULHA
DATA: Móvel. Julho ou O primeiro Festival da Pesca da Agulha ocorreu em 1990. Durante
Agosto. (3 dias) os três dias da festa ocorre concurso de pesca noturna, das 18:00 às
Periodicidade Anual 24:00 h. onde são premiados os pescadores que conseguem trazer a
maior agulha, maior quantidade de unidades pescadas e maior peso.
LOCAL: LARGO BOM Complementando o festejo, shows com trios elétricos e artistas
JESUS PRAIA DE populares, além de barracas com comidas e bebidas típicas. É uma
JAGUARIBE promoção da prefeitura municipal da ilha de itamaracá e da colônia
de pescadores z-11.
CORRIDA DA FOGUEIRA (EVENTO ESPORTIVO)
DATA: 23/06 A corrida da fogueira acontece anualmente no dia 23 de junho,
Periodicidade Anual. fazendo parte do ciclo junino da ilha de itamaracá. A largada
acontece em itapissuma às 15:00 h. e a chegada é na Praia de
LOCAL:CORRIDA DO
Jaguaribe, na Ilha de Itamaracá, onde os atletas chegam por volta
MUNICÍPIO DE
das 18:00 h. O atleta vencedor acende oficialmente a fogueira de
ITAPISSUMA À
São João. É uma promoção da Prefeitura Municipal da Ilha de
ITAMARACÁ
Itamaracá.
Fonte: FADURPE ( dados da EMPETUR), 11/2009.
5.3.4.3.6 Artesanato
271
Figura 68: ARTESANATO DE MADEIRA (ITAMARACÁ).
Peças em Madeira.
Escultura em Madeira. Artesão Local.
Fonte: SEBRAE, 2008.
As esculturas em pedra sabão são produzidas em alguns municípios do estado. Figurativas e/ou decorativas,
as peças são produzidas em tamanhos diversos.
Fonte: FADURPE,11/2009.
272
Figura 71: OBJETOS EM OSSO/CHIFRE/CONCHAS/MARISCOS/SEMENTES.
É uma enorme variedade de artigos cuja produção, em essência, é dirigida ao mercado de souveniers nos
locais de maior afluência turística. geralmente, comunicam uma tipicidade local ou regional. são representados
por peças decorativas e Figurativas, elaboradas em osso, chifre, mariscos, sementes, a exemplos de jangadas
em miniaturas, pentes, prendedores de cabelo, chaveiros, jarros, cinzeiros, quadros, colares, anéis, pulseiras,
abajours, bonecos entre outros.
Fonte: Menelau, 12/2009.
273
5.3.4.4 Goiana
5.3.4.4.1 Histórico
Goiana possui um rico passado histórico com muito valor cultural para o estado de
Pernambuco, ficando apenas atrás de Olinda, Igarassu e Recife. Foi a primeira cidade, no
Estado, a declarar extinto o regime de escravidão, mesmo antes da Lei Áurea.
274
atividade se transpôs até o presente, ultrapassando os obstáculos da comercialização e se
submetendo mais recentemente as adaptações tecnológicas. Assim sendo, a economia
local, variando apenas as condições de produção e de produtividade, tem sido
permanentemente tributária da cana-de-açúcar.
28
Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Vol. XVIII. Rio de Janeiro: IBGE, 1958. Pág. 126-127.
29
Ibid, pg. 129.
275
5.3.4.4.2 Patrimônio Histórico
Foto 01: Igreja de Nossa Senhora do Foto 02: Igreja de Santa Tereza D’Ávila da
Rosário dos Homens Negros. Ordem Terceira do Carmo
276
Figura 74: PATRIMÔNIO HISTÓRICO NAS PRAIAS- PONTA DE PEDRA.
Foto 04: Casa de Benedito Cezar. Foto 05: Igreja Nossa Senhora do Ó.
Foto 06: Casarão com repertório “colonial” Foto 07: Colônia de Pescadores.
277
b) Catuama
Foto 11: Igreja de Santo Antônio Foto 12: Cruzeiro da Igreja de Santo Antônio.
Fonte: Menelau, 11/2009.
Enseada
A praia de Enseada é relativamente nova. Resume-se praticamente a uma ocupação
da beira mar por veranistas.
Catuama de baixo
Foto 13: Igreja Nossa Senhora da Conceição. Foto 14: Marina de Catuama de baixo.
Fonte: Menelau, 11/2009.
Atapuz
278
São Lourenço
Foto 15: Igreja de São Lourenço, antigo Foto 16: Ruínas da Igreja original de São
cemitério Lourenço.
Fonte: Menelau, 11/2009.
Ibeapicu
Figura 78: PATRIMÔNIO HISTÓRICO NAS PRAIAS- IBEAPICU.
279
CLASSIFICAÇÃO verde e leite de coco. É servido quente, acompanhado de uma pequena tábua e
GASTRONÔMICA: martelinho para quebrar as patas maiores. É facilmente encontrado em bares e
SALGADOS restaurantes populares do litoral pernambucano.
GALINHA DE CABIDELA
MATÉRIA PRIMA: A galinha de cabidela é um dos mais populares e apreciados pratos da cozinha
GALINHA pernambucana. Consiste em galinha temperada e cozida em pedaços no molho
CLASSIFICAÇÃO preparado com seu sangue fresco e avinagrado. Acompanha arroz branco e
GASTRONÔMICA: farofa de farinha de mandioca ou de cuscuz. É servida também com fava ou
SALGADOS feijão de corda, seco ou verde.
LAGOSTA DE COCO
MATÉRIA PRIMA:
LAGOSTA A lagosta cozida em molho feito com leite de coco, azeite e temperos verdes.
CLASSIFICAÇÃO É facilmente encontrada em bares e restaurantes da orla marítima. É servida
GASTRONÔMICA: acompanhada de arroz branco ou como petisco.
SALGADOS
MOQUECA DE PEIXE
MATÉRIA PRIMA:
PEIXE Consiste em postas de peixe cozidas em refogado preparado com azeite de
CLASSIFICAÇÃO oliva, temperos verdes, leite de coco, pimenta e azeite de dendê. Geralmente
GASTRONÔMICA: é servida em panela de barro, acompanhado de arroz branco.
SALGADOS
MUÇUM AO COCO
MATÉRIA PRIMA:
PEIXE
Postas de muçum, temperadas com sal e limão e refogadas no azeite,
CLASSIFICAÇÃO
GASTRONÔMICA: temperos verdes e leite de coco.
SALGADOS
PEIXADA PERNAMBUCANA
MATÉRIA PRIMA:
PEIXE Peixe temperado com azeite, limão, temperos verdes e cozido com legumes.
CLASSIFICAÇÃO É servido acompanhado de pirão feito do próprio caldo onde foi cozido,
GASTRONÔMICA: legumes,ovos cozidos e arroz branco.
SALGADOS
Fonte: FADURPE (dados da EMPETUR), 2009.
Folclore
Figura 79: BLOCOS CARNAVALESCOS (GOIANA).
280
Figura 80: BOIS DO CARNAVAL (GOIANA).
É um dos mais antigos bailados populares do Brasil. Nele está bastante evidente a origem de influência
indígena. A indumentária consiste em tanga e cocar de penas de aves.Os componentes carregam arco e
flecha, que servem não apenas como elementos de caracterização do índio, mas também para marcar o ritmo
da música tirada por um terno: pífano, ganzá e caixa surdo.
O caboclinho é a grande marca do Carnaval de Goiana, dando origem ao título de Terra dos Caboclinhos. O
município da Mata Norte abriga os grupos mais tradicionais do gênero no Estado, como o Cahetés e o Sete
Flexas, além de maracatus rurais, troças e bumba-meu-boi.
281
Figura 82: CAVALO MARINHO (GOIANA).
É uma dança de roda distinta das "cirandinhas infantis". Distinta pelos cirandeiros, que são adultos, pelo
repertório poético-musical (de extrema variedade na temática poética e linha musical), pelo instrumental
obrigatório - onde nunca falta o bombo - que acompanha a roda ondulante dos cirandeiros, a imitar o vai-e-
vem das ondas do mar, ou ainda pela presença do "Mestre Cirandeiro", a quem cabe tirar as cantigas
(cirandas), improvisar versos e presidir a festa. Originalmente, a ciranda era apenas dançada nas áreas
litorâneas, mas, hoje, pode ser observada em diversas festas populares de todo o Estado. A mais famosa
ciranda de Pernambuco é a Ciranda de Lia, da Ilha de Itamaracá.
282
Figura 84: COCO DE RODA (GOIANA).
283
Figura 86: MARACATU RURAL.(GOIANA)
284
DATA:DE 08/07 a 16/07 (9
Festa religiosa e popular com novena, parque de diversões e
dias).
feirinha com barracas de comidas e bebidas típicas. O ponto
Perioricidade Anual.
culminante da festa é 16 de julho, dia dedicado à santa, com
LOCAL: PÁTIO DA IGREJA
procissão que percorre as principais ruas da cidade e, à noite,
DE NOSSA SENHORA DO
baile no Clube Saboeira
CARMO
FESTA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
DATA: De 29/09 a 07/10 ( 9 Ocorre ao ar livre nas ruas em frente à Igreja. Novena, missa,
DIAS). procissão, parque de diversões e barracas com comidas e bebidas
Peridoricidades Anual. típicas, tendo o dia 07 de outubro dia da santa, como ponto
LOCAL: RUAS EM FRENTE culminante da festa. Entidade promotora: Igreja Matriz e Prefeitura
À IGREJA Municipal de Goiana.
FESTA DE SANTO AMARO
DATA: Móvel. São 9 dias, até
o último sábado de janeiro.
Festa religiosa e popular com parque de diversões, barracas com
Perioricidade Anual.
comidas e bebidas típicas, novena e a procissão que um ano sai
LOCAL: NAS RUAS
com a imagem de Santo Amaro e outro ano com a de Nossa
PRÓXIMAS À IGREJA DE
Senhora da Expectação (Nossa Senhora do Ó) padroeira do
NOSSA SENHORA DO Ó na
distrito. Entidade promotora: Comunidade e Prefeitura Municipal.
PRAIA DE PONTA DE
PEDRAS
FESTA DE SÃO LOURENÇO / PROCISSÃO DA LENHA
DATA: 10/08. Esta festa data de 1555. Tem como tradição os fiéis levarem pedaços
Perioricidade Anual. de madeira e, em frente à Igreja, armarem uma fogueira em louvor ao
santo que foi morto e queimado. A procissão da lenha ocorre às
LOCAL: POVOADO DE SÃO 10:00h. À tarde às 16:00h. é realizada a procissão em homenagem a
LOURENÇO DE São Lourenço, padroeiro local. Entidade promotora: Prefeitura
TEJUCUPAPO Municipal de Goiana e Comunidade local.
FESTA DE SÃO PEDRO / PROCISSÃO FLUVIAL
DATA: 29 /06. Procissão em homenagem ao santo padroeiro de Goiana. Sai da praia
Periodicidade Anual. de Carne de Vaca, de barco, acompanhada por dezenas de
embarcações enfeitadas com flores e bandeirolas coloridas. Chega ao
LOCAL: RUAS DA CIDADE canal de Goiana e percorre as principais ruas da cidade. A imagem de
DE GOIANA. São Pedro é acompanhada pela do Bom Jesus dos Navegantes.
Promoção: Prefeitura Municipal de Goiana.
CORRIDA DE JANGADA (Evento Esportivo)
DATA: Mês de Janeiro. É o evento mais famoso do município. Atrai jangadeiros locais e de
Periodicidade Anual. municípios vizinhos, inclusive do estado da Paraíba. Termina com
LOCAL: PRAIA DE PONTA a premiação dos vencedores.
DE PEDRAS
Fonte. FADURPE (dados da EMPETUR), 11/2009.
285
5.3.4.4.5 Artesanato30
Fonte: Machado/MDA.
Foi a Pesca que inspirou este tipo de artesanato, pois para a elaboração de peças utilitárias e/ou decorativas
com lascas de cana brava, é utilizado o mesmo material e a mesma técnica para execução dos covos (cestos
especiais de pescar lagosta). São móveis, cestos, luminárias,fruteiras,porta-revistas, porta-retratos, porta-
plantas, entre outras peças.
Isto foi apoiado pelo Projeto Imaginário Pernambucano, criado em 2003 pela Universidade Federal de
Pernambuco com o Sebrae para incentivar a união dos artesãos e a criação de oficinas de design.
Por exemplo na comunidade artesã de Ponta de Pedras o grupo de Cestaria de Cana Brava é formado,
predominantemente por mulheres, na maioria esposas ou filhas de pescadores. A principal fonte de renda vem
da pesca, do trabalho nos canaviais e da prestação de serviços eventuais aos turistas.
A Associação dos Amigos de Ponta de Pedras, as artesãs comercializam seus produtos em algumas lojas de
Recife, vendem para turistas durante o verão e em feiras e exposições, que respondem pelo maior volume.
Figura 88: ARTESANATO EN MADERA (GOIANA).
30
Todas as Figuras deste item foram elaboradas a partir de dados da Empetur e de levantamento de dados
primários.
286
Figura 89:ARTESANATO EN CESTARIA E TRANÇADOS (GOIANA).
Entre os diversos tipos de artesanato existentes em Pernambuco, em todos os segmentos e em toda sua
extensão, é a cerâmica que tem a maior representatividade como cultura popular no Estado. Há toda uma
tradição oleira que se espalhou abrangendo os tipos utilitária e Figurativa, marcada pela presença das culturas
indígena, africana e ibérica. Retrata costumes, rituais religiosos e lúdicos, fantasias e cenas do cotidiano, entre
outras expressões do rico imaginário do homem nordestino.Destacam-se como principais centros de produção
de cerâmica , os municípios de Caruaru;.Tracunhaém que, pela singularidade de sua produção, é um dos mais
importantes centros de cerâmica lúdica e religiosa do País; Goiana também se destaca na produção de
cerâmica Figurativa, com os seguidores da escola de Zé do Carmo, precursor de uma arte santeira que
marcou a mudança na concepção de imagens nordestinas, a exemplo de anjos cangaceiros ou santos tocando
sanfona. Deve-se ressaltar, ainda, o Cabo de Santo Agostinho com reservas de excelente argila, fazendo
surgir diversas olarias que produzem objetos variados.
287
5.3.4.4.6 Bens Tombados
5.3.4.5 Itapissuma
5.3.4.5.1 Histórico
Seu nome é de origem Tupi Guarani que significa Ita-Pedra-Xuma-Negra, que era
como eles designavam as grandes pedras negras que existiam as margens do Canal de
Santa Cruz. O local era primitivamente uma aldeia indígena e com a chegada dos Padres
Franciscanos, em missão religiosa, foi fundada uma vila em 1588. A vila surgiu entre duas
camboas e nos alagados: Bacurinho ao norte e Suruajá ao sul. Foi erguida uma capela, no
século XVII, denominada de São Gonçalo do Amarante, pelo Padre Camilo de Mendonça.
Durante a ocupação holandesa, em 1646, foi construída uma ponte para unir a vila
de Itapissuma à ilha de Itamaracá. Hoje a ponte tem o nome de Ponte Getúlio Vargas.
31
Estimativas da população para 1º de julho de 2009 - IBGE/2009.
288
5.3.4.5.2 Patrimônio Histórico
289
• Lugares
Foto 06: Praça José Apolinário da Silva. Foto 07: Praça Agamenon Magalhães.
Foto 08: Caiçara: Local onde os pescadores Foto 09: Colônia de pescadores - ancoradouro
recuperam suas embarcações e redes de pesca Local onde os pescadores recuperam suas
e guardam os apetrechos de pesca. embarcações e redes de pesca.
Foto 10: Fazenda - criação de camarões. Foto 11: Mercado – praça de alimentação /
comida típica local: O principal prato servido
nesta praça é a Caldeirada. Este prato é
composto de mistura de frutos do mar. É muito
apreciado e pelos turistas e tornou o município
conhecido. O Box mais famoso é o de D. Irene.
290
Foto 12: Mercado - venda de crustáceos / frutos
do mar. Foto 13: Colônia de pescadores e ancoradouro.
Fonte: Menelau, 11/2009.
a) Gastronomia
291
Manifestações Folclóricas.
• Blocos Carnavalescos
• Coco
• Ciranda
• Troças. São agremiações carnavalescas similares aos clubes de frevo, sendo deles
diferenciadas por realizarem desfiles diurnos (o que, nem sempre, hoje é respeitado).
5.3.4.5.4 Artesanato
• Madeira;
• Objetos em osso/chifre/conchas/mariscos/sementes;
• Peças em coco.
292
5.3.5 TURISMO NA ÁREA DA APA.
A primeira seção apresenta os pontos mais visitados na região, com uma sucinta
apresentação do atrativo, documento visual (fotografia), uma tabela com o quantitativo
analisado e total de cada município. A seção seguinte refere-se as atividades desenvolvidas
voltadas para o lazer e cultura na localidade em questão.
5.3.5.1.1 ITAPISSUMA
293
parte também de sua paisagem na desembocadura sul a Ilhota Coroa do Avião e na
desembocadura norte o encontro com a foz dos rios Itapessoca e Catuama.
Com extensão de 22 km banha toda face oeste da ilha (ponta a ponta); largura
aproximada de 800 m (próximo a ponte), variando entre 100m e 400m. A profundidade
média é de 8m no seu canal principal. A vegetação predominante é de mangue ocorrendo
em segundo plano coqueiros e mata.
Encontra-se pouco poluído, com todo o seu curso navegável por pequenas e médias
embarcações com possibilidade de ancoragem, apresentando ocorrência de pesca o ano
inteiro, com maior intensidade no inverno.
Atualmente, grande parte da sua margem é tomada pelo mangue; em alguns trechos
existem sinais de assoreamento. Em seu cais encontram-se alguns bares e restaurantes,
bem como a presença de comércio informal.
O mangue encontra-se pouco poluído, tendo, portanto ocorrência de pesca o ano todo,
principalmente de agosto a outubro. Encontra-se bem preservado com alguns trechos de
aterro e desmatamento.
294
Parque Sítio Ecológico Frei Alfredo
Foto 01: Bica d’água no interior do sítio. Foto 02: /entrada do Sítio ecológico.
Latitude: 07º46'41,2976" S Longitude: 34º53'59,6631" O
Fonte: Falcão, 11/2009.
O Parque Frei Alfredo, com 30.000m² é um espaço público municipal que, além de
servir como área de lazer para a população, vem sendo usado pela Prefeitura para
desenvolver programas de cunho social visando à capacitação e a melhoria da renda da
população carente, a exemplo do apiário, da sementeira, da padaria escola e do laboratório
fitoterápico. Como equipamento o parque conta com playground.
295
A Igreja de São Gonçalo do Amarante foi construída no século XIX (1861), em estilo
eclético. Na igreja, observa-se a imagem de São Gonçalo do Amarante, que foi encontrada
no Canal de Santa Cruz. Está localizada às margens desse canal, com vistas da Ilha de
Itamaracá e a Ponte Getúlio Vargas. No seu entorno, casario colonial. No pátio em frente à
igreja, um sobrado onde funciona o Fórum da cidade. Aberta para visitação, diariamente das
8h às 18h.
O pólo gastronômico
5.3.5.1.2. ITAMARACÁ
a) Forte Orange
Encontra-se situada na estrada sul do canal de Santa Cruz e foi erigido em 1631.
Como forma de defesa e reação no ataque dos holandeses invasores. O ambiente natural
em que se encontra situado o forte, monumento bastante significativo de arquitetura militar
do século XVII, ainda não esta urbanizado, tendo sofrido, no entanto, algumas modificações,
tais como pavimentação da estrada de acesso ao local, ato que tem prejudicado a
ambiência do monumento, pela valorização das propriedades situadas no seu entorno e,
conseqüentemente pela ocupação desordenada da faixa de praia sul, que cada vez mais se
aproxima da área do Forte.
296
A partir da segunda metade do século XVIII, em função do seu desuso, o atrativo foi
gradativamente ficando num estado de ruínas, porém atualmente encontra-se praticamente
restaurado.
Vila Velha
Inicialmente foi uma feitoria fundada em 1526 por Cristovão Jacques. Em 1535
passou a ser a sede da capitania de Itamaracá. Foi ocupada por holandeses no período de
1633 a 1654, passando a chamar-se de Vila Sekope. Quando foi invadida, a Vila era
próspera e contava com mais de um prédio, duas igrejas, a de Nossa Senhora da
Conceição e a de Nossa Senhora do Rosário; Casa de Misericórdia e Alfândega. Com a
expulsão dos holandeses, passou a ser chamada Vila Nossa Senhora da Conceição. Foi
sede própria do governo do Brasil, quando da visita de D. Pedro II. Os elementos que se
destacam são a igreja de Nossa Senhora da Conceição; as ruínas da igreja de Nossa
Senhora do Rosário e os mirantes naturais. Está situado numa colina, dominando o canal de
Santa Cruz que separa a Ilha de Itamaracá do continente.
Seu estado de conservação é regular, com exceção da igreja que foi recentemente
restaurada.
297
Engenho Amparo
Figura 99: ENGENHO AMPARO.
Foto de Arquivo
Fonte: Fundarpe.
Situado a 1.500 metros a leste do Canal de Santa Cruz, existe desde o século XVII,
muito embora a denominação com a qual ainda hoje é conhecido só tenha surgido em 1747.
A sede do engenho encontra-se envolvida por uma vegetação que se adensa a leste e ao
sul, tendo como edificações principais a Capela e a Moita. A Capela, que se compõe de
nave, altar principal e lateral, coro de torre, ainda mantém a dignidade e o valor no
monumento histórico, apesar de alguns descaracterizações na coberta e do péssimo estado
de conservação em que se encontra. A Moita é o elemento de maior significação em todo o
conjunto, por encontrar-se em seu estado primitivo e por manter, em um dos seus
ambientes, todo o equipamento e estrutura utilizados no preparo do açúcar e da aguardente,
ainda em seu estado de conservação.
A Ilha possuía a séculos atrás, seis engenhos de açúcar: Amparo, São João,
Macaxeira, Paraíso, Cumati e Queimadas. Os engenhos São João e Macaxeira foram
desapropriados e transformados em 1940 em duas penitenciárias estaduais.
Pontal da Ilha
Figura 100: PONTAL DA ILHA.
298
Domina sua paisagem a foz do Rio Catuama, a desembocadura norte do Canal de
Santa Cruz, o Pontal e Praia de Barra de Catuama (Goiana). É interessante notar a
importante presença de um manguezal bem desenvolvido na sua porção oeste. Extensão
aproximada de 2,5km e morfologia ondulada. Na porção leste, vegetação rasteira e de
coqueiros espaçados, e na porção oeste mangue. Areias finas e escuras; propícia para
banho, existindo bancos de areia a leste na maré baixa. Profundidade média; com ondas
fracas (sofre influência do Canal de Santa Cruz e do Rio Catuama) média intensidade das
marés com recuo de aproximadamente 30m na baixa mar. Possibilidade de ancoragem
natural para pequenas e médias embarcações. Presença de casas de veraneio com
existência de comércio informal, pousadas, privês de veraneio e restaurantes. Encontra-se
em bom estado de preservação e limpeza.
Praia da Enseada dos Golfinhos
299
Projeto Peixe-boi
O parque tem atraído turistas nacionais e estrangeiros de todas as faixas etárias que
vêm recebendo informações sobre o mamífero e importância da sua preservação.
300
Engenho São João
Foi cenário dos filmes “Menino de Engenho” e do "Zumbi Rei dos Palmares", além de
mini-séries e documentários.
301
Lagoa Azul
Não consta a data da construção primitiva mas em 1893 foi reconstruída pelos
padres capuchinhos com ajuda dos habitantes da localidade. Sua fachada é simples sendo
composta por uma única porta e duas janelas avarandadas na parte superior. Tem torre
302
sineira única. A peculiaridade é o fato da Igreja possuir o santo de Roca (miniatura) que foi
encontrado por um pescador num tronco de jaqueira, onde hoje se encontra a igreja.
O atrativo é local de partida da procissão do Bom Jesus dos Passos. Para visitação,
pedir a chave à zeladora que mora ao lado da igreja. Há missa todos os sábados e quintas
às 19h.
303
Ruínas do Casarão do Padre Tenório
Existia uma capela integrada a sua estrutura interna, na qual já foram encontrados
diversos materiais arqueológicos tais como louça e cerâmica utilitária. Sendo que estes
materiais estavam contextualizados tanto no interior da casa quanto em seus arredores.
304
Ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos
305
O Espaço Cultural foi inaugurado em 07 de setembro de 2004, com intuito de
divulgar a ciranda. Os shows no local acontecem aos sábados a partir das 21h, com Lia de
Itamaracá, D. Célia Conquista e Ciranda das Filhas de Baracho.
5.3.5.1.3 GOIANA
306
O Museu de Arte Sacra funciona na Igreja do Amparo. Foi fundado em 1950, possui
atualmente um acervo de aproximadamente 200 peças. Dentre as peças de maior valor
artístico destacam-se : uma imagem medindo 2m de altura de Nossa Senhora do Amparo,
(patrona dos homens pardos), doada pela Pricesa Isabel à Igreja do Amparo; Nossa
Senhora do Livramento - peça do século XVII que também foi doação da Princesa Isabel, e
uma Via Sacra, constituída por litogravuras de procedência francesa, coloridas a guache,
tendo cada peça o tamanho de 86cm x 70cm. Fazem parte do acervo alfaias, lampadários
e arte sacra em geral. Possui um cruzeiro em pedra da única igreja demolida de Goiana,
a de Bom Jesus dos Marítimos. Tem, também, a lápide de Jerônimo de Alburqueque, herói
pernambucano e de sua mulher. Para visitá-lo: de terça-feira à sexta-feira das 07:00 às
17:00; sábado e domingo das 07:00 às 12:00h
Foi construída no século XVIII, no ano de 1705 em estilo barroco. Compõe o Núcleo
Histórico de Goiana. Sua fachada é imponente composta por cinco portas, sendo três
principais e três janelas na altura do coro com balaústres. As outras duas portas levam aos
corredores laterais da segunda metade do século XVIII. A fachada principal foi prevista para
duas torres, das quais só uma foi construída, possuindo um relógio. O acesso ao interior é
feito através de divisórias com vitrais. O interior é rico em altares e imagens. O altar-mor é
talhado, possuindo nicho com pinturas representando a crucificação. Mais abaixo três nichos
com imagens completam o retábulo. Fica do lado esquerdo uma pequena capela dedicada
ao Santíssimo no teto da nave, um brasão com o rosário e iniciais de Maria Santíssima.
Existe a presença do coro. Por ser a matriz, é a igreja de uso mais constante.
Encontra-se em restauração. Previsão de reabertura de 1 ano.
307
Pode ser visitada diariamente das 6h às 11h ou durante as missas que são
realizadas nas quartas e sextas-feiras, sábados e domingos às 19h. Situa-se em rua
residencial, tendo ao lado a Praça do Rosário.
Engenho Bujari
O engenho foi fundado, antes da invasão holandesa, por Jerônimo Cavalcanti, filho
de Jerônimo Albuquerque. Em 1637, foi confiscado pelos holandeses. No século passado,
teve grande importância: pertenceu ao Barão de Bujari, Antônio Francisco Pereira, um dos
que receberam o Imperador D. Pedro II, por ocasião de sua visita à Goiana.
308
Engenho Uruaé
Figura 114: ENGENHO URUAÉ.
Foi nas terras deste engenho que viveu o Conselheiro João Alfredo. O engenho é
composto pela casa grande, moita com chaminé, senzala e capela. A casa grande tem a
frente alpendrada com sete arcos, sendo o acesso principal feito por pequena escada. Tem
três janelas no andar superior com pequenas jardineiras. A capela é dedicada à Nossa
Senhora da Piedade. Construção em alvenaria de tijolos frontão retangular, com apenas
uma porta e três janelas no andar superior com sacadas. A torre sineira é baixa, com porta
de acesso. É uma capela no estilo típico colonial. A senzala é retangular com dez aberturas
sendo uma transformada em janela. O telhado é tríplice.
309
Construído no ano de 1752. Em 1852 foi reconstruído pelo Frei Caetano missionário
capuchinho. Seu estilo é uma transição do barroco para o maneirista. Sua fachada é
composta por três portas, sendo uma da nave e duas de corredores laterais para acesso ao
convento. Não tem torre sineira. No frontão, na parte superior, estão três janelas. No seu
interior três altares laterais com nichos e santos. No altar-mor, a imagem de Nossa Senhora
da Soledade. O coro é em madeira como também o altar que é trabalhado em alto relevo
em douramento. O convento possui características marcantes do estilo mourisco. Era um
antigo recolhimento. Tem à sua frente um cruzeiro em pedra. Possui como raridade uma
roda de coletar esmola e três imagens de madeira todas brasileiras do século XVIII.
Observa-se trabalho de restauração no seu interior. Anexo à igreja, funciona abrigo para
idosos.
Encontra-se em reforma pelo IPHAN desde 1989. Parte do Convento serve como
asilo.
310
núcleo residencial do distrito e, também, de casas de veraneio. Existência de comércio
informal. Em alguns trechos, observa-se sinais de erosão marinha.
Praia de Tabatinga
A paisagem está marcada, ao sul, onde limita-se com a Praia de Pontas de Pedra,
por uma barreira que ergue-se até a orla da praia, coberta com uma vegetação
remanescente de Mata Atlântica; ao norte, em seu limite com a praia de Carne de Vaca,
uma vegetação de mangue se estende, também, até a praia além de coqueiros.
Complementa seu entorno belas casas de veraneio. Sua extensão é de aproximadamente 1
km em praia ondulada e quebrada. Areias brancas e de grãos finos. Propícia para banho,
pouco profunda, formando pequenas marolas na baixa mar. Média intensidade das marés
com recuo de aproximadamente 30m. Possibilidade de ancoragem natural para pequenas
embarcações. Apresenta-se bem preservada e limpa, com alguns trechos mostrando início
de erosão marinha. A ocupação humana se dá através de casas de veraneio. A Praia de
Tabatinga está localizada em uma fazenda do mesmo nome, a qual foi recentemente
transformada em reserva privada. O acesso à praia só é possível, através de caminhadas, a
partir das praias vizinhas; partindo-se de Carne de Vaca a passagem apenas se dá na maré
baixa.
311
Praia de Catuama
Rio Goiana
Figura 119: RIO GOIANA.
312
O trecho observado, da sede municipal até a sua foz, apresenta uma paisagem
diversificada. No trecho inicial a ambiência está marcada pela ocupação urbana da sede do
município e pelo predomínio da vegetação de gramíneas. A largura é de aproximadamente
20m, com profundidade média de 6m em seu leito central. Em seu curso médio, que tem
largura de aproximadamente 50m, observa-se em suas margens, áreas de cultura de
subsistência e, um pouco mais recuado, trechos com vegetação remanescente de Mata
Atlântica. Próximo à sua foz, quando chega a uma largura aproximada dos 300m, a
paisagem é dominada, em sua margem esquerda, pela Praia de Acaú no Estado da Paraíba
e, em sua margem direita, pela Praia de Carne de Vaca, última do Estado de Pernambuco.
Nesta área, a vegetação dominante é de mangue, que chega a formar algumas ilhas,
observando-se ainda trechos com árvores de grande porte. Ocupação humana em áreas
ribeirinhas. A extensão total do rio, no município, é de 42 km. No percurso a vegetação
predominante é de hidrófilas, rasteiras, gramíneas (cana-de-açúcar), árvores, palmáceas
espaçadas (palmeiras imperiais), mangues e pequenos trechos de remanescência de Mata
Atlântica. Não existe balneabilidade; ocorrência de praias apenas em sua foz. Possibilidade
de ancoragem natural na sede do município. É ocorrente a pesca de subsistência. O rio
encontra-se poluído e alguns trechos com ocorrência de assoreamento. Com
aproximadamente 15 minutos de passeio em barco a motor, chega-se a uma localidade
conhecida como Três Bocas, que é o encontro dos Rios Jacumim, Goiana e Tracunhaém.
5.3.5.2 Ecoturismo
Todas elas ficam nas proximidades do Engenho São João, ponto de relevância e
interesse turístico.
a) MATA DE JAGUARIBE.
313
MATA DE LANCE DOS CAÇÕES
Localizada no lado norte da ilha, ao longo do canal Santa Cruz. Sua área é de 50,02
hectares, com vegetação remanescente de Mata Atlântica.. No percurso, é interessante
alem da visitação do Engenho São João a dàs Praias do Sossego e Enseada dos Golfinhos.
A área é de propriedade privada. Seu estado de preservação e limpeza é bom. Existen
moradores na propriedade, localizada no entorno da mata.
Localizanda na porção mais ao norte da ilha, ligada a Mata do Lance dos Cações, é
a reserva que apresenta melhor preservação. Sua área é de 54,68 hectares, com vegetação
remanescente de Mata Atlântica. No percurso, é interessante a visitação das Praias do
Sossego, Enseada dos Golfinhos e Pontal da Ilha. A área é propriedade privada. Seu estado
de preservação e limpeza é bom, não apresentando vestígios de desmatamento acelerado.
Próxima à sede da propriedade, no entorno da mata, observa-se algumas residências de
moradores nativos.
314
duas propriedades privadas. Pesquisas ornitológicas são desenvolvidas pela ONG -
Observadores de Aves de Pernambuco - OAP.
315
LOCALIZAÇÃO:
Área compreendida
entre o Engenho São Saída da PE-35, tendo como referência o Sítio Místico. No percurso:
João, Vila Velha, coqueiros e pequeno trecho de Mata Atlântica (Reserva do Estado),
entroncamento da PE- finalizando na lagoa azul 2,5km.
35 e a PE-01 e a Praia
do Forte Orange
TRILHA 7 - LAGOA AZUL COM MATA ATLÂNTICA
LOCALIZAÇÃO:
Área compreendida
entre o Engenho São Saída da PE-35, seguindo pela estrada de Vila Velha, passando por
João, Vila Velha, pequeno trecho de Mata Atlântica ( Reserva do Estado), finalizando na
entroncamento da PE- Lagoa Azul 2,6km.
35 e a PE-01 e a Praia
do Forte Orange
TRILHA 8 - ENGENHO SÃO JOÃO COM VILA VELHA E MATA ATLÂNTICA
LOCALIZAÇÃO:
Área compreendida
entre o Engenho São Saída da PE-35, tendo como referência o Engenho São João. No
João, Vila Velha, percurso, pomares de fruteiras e trilha na reserva de Mata Atlântica do
entroncamento da PE- estado, próximo à vila velha, 2,5km de extensão.
35 e a PE-01 e a Praia
do Forte Orange
TRILHA 9 - TRILHA DA MATA ATLÂNTICA
Trilha 01 - saída da PE-35, tendo como referência o Engenho São João.
No percurso, estábulo do engenho, Cemitério da Vaca (local para onde,
segundo a crença local, as vacas vão quando pressentem a morte) e trilha
pela mata atlântica até a estrada do sossego e retorno ao engenho.
LOCALIZAÇÃO:
Cerca de 3,5km.
Mata do Engenho São
João e Reserva do
Trilha 02 - saída da PE-35, tendo como referência o Engenho São João.
Estado (estrada de
No percurso, coqueiros, trilhas na reserva de Mata Atlântica do estado
Vila Velha)
(caminho de Vila Velha), Lagoa Azul e retorno ao Engenho. Cerca de
2,5km. roteiros que tem como guia o Sr. Roberto Lauro Ribeiro, detento e
guia oficial do Engenho São João (propriedade da Penitenciária Agrícola
de Itamaracá).
Fonte: FADURPE (dados da EMPETUR), 11/2009.
316
Executor(es): Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente - SECTMA
Vigência: Contínua
Objetivo(s): “Estabelecer uma estratégia de ação do Estado, baseada em compromissos de
mudanças, democratização e de descentralização.”
A Agenda 21 é um Plano que não chega a definir ações específicas para cada município do
Estado, porém estabelece premissas que orientam as políticas públicas que abordam os
temas centrais definidos pelo Estado.
317
metas; estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os
valores a serem cobrados, entre outros encargos.”
h) Plano do Litoral
318
Executor(es): Agência Estadual de Planejamento e Pesquisa de Pernambuco –
CONDEPE/FIDEM
Objetivo(s):“Consolidação do Litoral de Pernambuco como pólo de desenvolvimento
competitivo, através de ações voltadas à valorização de seu ambiente natural e construído e
de suas manifestações culturais, materiais e imateriais; ou, mais especificamente, a criação
de condições e atrativos para os moradores e incrementando o turismo e um maior tempo
de permanência dos visitantes no Estado.”
319
Executor(es): Secretaria de Planejamento e Gestão – SEPLAG / Unidade Técnica
PRORURAL
Vigência: em andamento
Objetivo(s): Contribuir para a redução da pobreza nas comunidades rurais com prioridade
para aquelas localizadas nos municípios de menor IDH, bem como em bolsões de pobreza
do Estado de Pernambuco.
Desde a sua implantação, o GERCO vem desenvolvendo inúmeras ações cujo foco é
“orientar o processo de ocupação e uso do solo na zona costeira”, adotando aí “os princípios
da Agenda 21”. As ações do grupo gestor são reforçadas por uma série de convênios e
parcerias firmados com outras instituições. Dentre as várias ações realizadas pelo
Programa, destacam-se a elaboração do diagnóstico sócio-ambiental do litoral norte e o
Zoneamento Ecológico Econômico Costeiro do Litoral; dentre outros.
320
Objetivo(s): “Promover o desenvolvimento do turismo integrado à conservação ambiental e
à valorização cultural, dinamizando a economia e ampliando a oferta de trabalho para a
população local.”
Executores: SETUR/PRODETUR.
Vigência: seis meses
Objetivo: implantar a sinalização (placas informativas para as rodovias e atrativos turísticos)
nos municípios de Sirinhaém, Tamandaré, São José da Coroa Grande, Barreiros e Rio
Formoso, que fazem parte do Pólo da Costa dos Arrecifes.
Justificativa: Para o desenvolvimento da atividade turística, um dos requisitos primordiais é
a sinalização das localidades e de seus atrativos, onde, através dela, o turista consegue se
locomover e conhecer os locais desejados sem necessitar de maiores orientações. Assim o
fluxo para as áreas sinalizadas tem um significativo aumento.
o) Plano de Preservação e Gestão de Vila Velha (Itamaracá)
Executores: SETUR/PRODETUR
Vigência: 7 meses
Objetivo: A SETUR/PRODETUR, pretende executar o plano no período de 7 meses, com
conclusão prevista para maio de 2010, onde irá promover a preservação e a melhoria das
condições ambientais, paisagísticas e urbanísticas do Sítio Histórico de Vila Velha;
Revitalizar, restaurar e conservar o patrimônio ambiental, paisagístico e arquitetônico do
Sítio Histórico; Estabelecer um modelo de gestão compartilhada do Sítio Histórico; Promover
o ordenamento espacial e a preservação da área verde, através da formulação de plano
urbanístico, contemplando os assentamentos existentes; Além de promover a implantação
de infra-estrutura e equipamentos urbanos e atuar no sentido de tornar eficientes e efetivos
os serviços públicos implantados. Todos os objetivos citados será executados em três
321
etapas: Estudo da apropriação urbana e paisagística; Plano de intervenções; Plano de
gestão.
As rotas são:
- A rota Luiz Gonzaga segue margeando a BR 232, batizada com o nome do porta voz dos
nordestinos. Nela, é possível conviver com os fondues de Gravatá, as matas e trilhas de
Moreno, as festas de Bezerros, a feira de Caruaru e a força da natureza de Brejo da Madre
de Deus.
- A rota engenhos e maracatus. Passando pelos municípios de Paudalho, Carpina,
Tracunhaém, Nazaré da Mata, Vicência, Lagoa do Carro e Itambé, a Rota Engenhos e
Maracatus, nos leva a uma viagem em direção às origens da cultura pernambucana.
- A rota cangaço e lampião. A rota percorre as cidades de Triunfo, Santa Cruz da Baixa
Verde,Serra Talhada, Afogados da Ingazeira, São José do Belmonte e São José do Egito. A
rota do Cangaço e Lampião é um mergulho na mitologia do Nordeste.
- Rota crença e arte- esta rota explora a mística existente no Agreste e a criatividade
popular. Sendo constituída pelos municípios de Belo Jardim, Pesqueira, Poção, Arcoverde,
322
Buíque, Garanhuns, Bom Conselho e Saloá, a Rota da Crença e da Arte tem as marcas da
fé e da força do povo pernambucano.
- Rota Costa dos Arrecifes -Localizada no litoral sul do Estado de Pernambuco, a rota
costa dos arrecifes passa por cenário deslumbrantes e peculiares. Muito sol, areia branca,
falésias, piscinas naturais e estuários. Engloba os municípios de Sirinhaém, Tamandaré,
São José da Coroa Grande, Barreiros e Rio Formoso.
- Rota Náutica da Coroa do avião- Partindo do Recife, a Rota Náutica Coroa do Avião
segue pelas cidades de Olinda, Paulista, Igarassu, Itapissuma, Itamaracá e Goiana. A rota é
perfeita para a prática de esportes náuticos. Ao longo do percurso é possível organizar
passeios de catamarã ou até alugar um barco, numa das diversas marinas existentes na
região.
- Rota da história e do mar- Passando por algumas das principais pontos de Pernambuco,
como Recife, Olinda, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e o arquipélago de Fernando de
Noronha, a Rota da História e do Mar traça a origem do povo pernambucano.
- Rota da moda e confecção- O pólo têxtil do Agreste está na base desta rota, que é uma
das mais visitadas de Pernambuco. Impulsionadas pelo forte comércio de vestuário,
Toritama, Taquaritinga do Norte e Santa Cruz do Capibaribe formam a rota.
- Rota Águas da mata sul- Passando pelos municípios de Quipapá, São Benedito do Sul e
Palmares, a Rota Águas da Mata Sul propõe levar o turista a um destino alternativo, mas
não menos atraente. As cidades que constituem essa rota contam com a beleza de matas
intocadas, fauna diversificada e cachoeiras refrescantes.
323
5.3.7 Quadro de ameaças relacionadas ao Meio Antrópico.
Quadro 33: AMEAÇAS RELACIONADAS AO MEIO ANTRÓPICO.
MEDIDAS PARA
TIPO/CARACTERIZAÇÃO LOCAIS DE OCORRÊNCIA CAUSAS CONSEQUÊNCIAS
MITIGAÇÃO
• Porção sudeste do município
de Goiana e em Itapissuma. Fortalecer os orgãos de
Mineração em larga Degradação da paisagem,
• Retaguarda das praias de controle e fiscalização
Conflito da mineração com escala de depósitos perda da beleza cênica,
Rio Ambar e São Paulo atuantes na área,
turismo e lazer. arenosos que recobrem a erosão nas encostas e
(Itamaracá). Catuama e especialmente os de
Formação Beberibe. assoreamento dos rios.
Ponta de Pedras (Goiana). âmbito municipal
• Ao este de São Lourenço.
Fortalecer os orgãos de
Apropriação das áreas de uso
controle e fiscalização
público – praias e margens de No Pilar (em Itamaracá), Avanço das construções
Erosão marinha. atuantes na área,
rios – e na obstrução do acesso Catuama, Ponta de Pedras. na faixa de praia.
especialmente os de
do público a esses locais
âmbito municipal.
Ocorrem onde os Fortalecer os orgãos de
Conflito do avanço da expansão Periferia da cidade de remanescentes dessa controle e fiscalização
Aumento da degradação
urbana sobre mangue e áreas Itapissuma e na margem da cobertura situam-se na atuantes na área,
ambiental.
alagadas/alagáveis. lagoa de Catuama. periferia ou no interior especialmente os de
das áreas urbanas. âmbito municipal.
Ocorrem onde os Fortalecer os orgãos de
remanescentes dessa controle e fiscalização
Conflito da ocupação urbana Reserva Ecológica Lanço dos A devastação da cobertura
cobertura situam-se na atuantes na área,
com a Mata Atlântica Cações, em Itamaracá. florestal.
periferia ou no interior especialmente os de
das áreas urbanas. âmbito municipal
Ocorre na área destinada ao
Fortalecer os orgãos de
Distrito Industrial de Goiana,
controle e fiscalização
Conflito da agricultura com o uso atualmente utilizada pelos Ocupação espontânea e Compromete a função
atuantes na área,
industrial, no Litoral Norte moradores da Invasão Frei desordenada. originalmente prevista.
especialmente os de
Damião para cultivo de lavoura
âmbito municipal.
de subsistência.
Conflito da Agricultura com os Cana-de-açúcar/policultura Ocorrem nas cidades, Ocupação dos espaços Fortalecer os orgãos de
usos urbanos ou industriais (Goiana), coco (Itapissuma). vilas e povoados que têm destinados a circulação. controle e fiscalização
324
sua expansão impedida Ocupação desordenada do atuantes na área,
ou dificultada pela solo e degradação dos especialmente os de
exploração do solo. recursos ambientais. âmbito municipal
• Alto percentual de • - Fortalecer os orgãos
domicílios com • - Poluição dos corpos de controle e
saneamento d’água fiscalização atuantes
inadequado (número na área,
• - Aumento das ocorrências
Em todos os municípios que elevado de domicílios especialmente os de
de doenças por
Esgotos despejados in natura no fazem parte da APA e com fossas âmbito municipal
contaminação hídrica
rio e no mar especialmente na Ilha de rudimentares / negras) • - Melhorar e ampliar a
• - Diminuição da
Itamaracá • Dejetos de oficinas, infraestrutrura voltada
biodiversidade
pocilga e similares a coleta, tratamento do
jogados, sem • - Água de fossa a céu esgoto sanitário,
tratamento adequado, aberto especialmente o
no rio e no mar. doméstico
Mais intensos nas áreas de
predominância de cana-de-
açúcar, coco, policultura,
granjas e chácaras. Uma das
A medida em que é - Fortalecer os orgãos
Conflito do uso agrícola e áreas de concentração desses
reduzido o tamanho dos de controle e
agropecuário com conflitos é o centro-oriental do A devastação da cobertura
estabelecimentos rurais e fiscalização atuantes na
remanescentes da Mata município de Goiana. Entre os florestal.
o baixo potencial agrícola área, especialmente os
Atlântica. remanescentes de mata mais
dos solos. de âmbito municipal.
extensos e melhor
conservados do Litoral Norte
está a mata da Companhia
Agroindustrial de Goiana.
Exploração turística inadequada. Canal de Santa Cruz e no • Exploração predatória • - Aumento da degradação • Fortalecer os orgãos
Conflito de turismo e lazer com a trecho final do estuário dos rios da paisagem e dos ambiental. de controle e
pesca artesanal. Itapessoca e Timbó. recursos naturais. • -Destróem apetrechos de fiscalização atuantes
• Baixa conscientização pesca, afugentam o peixe, na área,
ambiental da população põem em risca a vida dos especialmente os de
residente e visitante. pescadores e o equilíbrio âmbito municipal.
• Exagerado uso de do ecossistema. • Promover ações
barcos movidos a motor • - Machucam e estressam o continuadas de
325
em áreas onde vive o educação ambiental
peixe boi e considerada voltadas aos grupos
como berçário. populacionais
• Excesso de turista específicos –
ultrapassando as trabalhadores do setor
condições de infra- peixe boi. turístico e dos turistas
estrutura. • Criar mecanismos
• Lanchas que circulam para evitar
em alta velocidade embarcações movidas
prejudicando a pesca a motor nos locais do
artesanal. peixe boi.
• Aumento da degradação
• Licenciamento
ambiental
ambiental e
• Ocupação desordenada • Diminuição da
/ irregular • Fiscalização das áreas
Alteração / mutilição da biodiversidade
degradadas para
paisagem natural (antropização • Desmatamento • Erosão acentuada das
produção de material
predatória / acelerada) • Extrativismo (mineração encostas degradadas
para construção
e outros). • Assoreamento dos rios e
• Recuperação das
canais adjacentes as áreas
áreas degradadas
de extração.
• - Pesca predatória (com • - Fortalecer os orgãos
redinha e outros de controle e
artefatos inadequados) fiscalização atuantes
• - Baixa consciência na área,
ambiental por parte dos especialmente os de
pescadores e âmbito municipal
Aqüicultura artesanal predatória
população ribeirinha
- Diminuição da • - Promover ações
e a carcinicultura.
Nos municípios da APA. • -Corte/aterro de biodiversidade continuadas de
mangue. educação ambiental
• -Lançamento nos voltadas aos grupos
corpos de água de populacionais
resíduos susceptíveis específicos –
de causarem trabalhadores do setor
desequilíbrio do turístico, pescadores e
ambiente. população ribeirinha
326
• - Instalação / ampliação
- Fortalecer os órgãos
de viveiros - Desequilíbrio e
de controle e
Corte/aterro de mangue (carcinicultura) comprometimento do
fiscalização atuantes na
• - Implantação de vias ambiente estuarino
área.
de acesso
• Fortalecer os órgãos
de controle e
fiscalização atuantes
na área.
• Promover ações
continuadas de
• Ausência de ações
educação ambiental
continuadas de
Degradação do patrimônio Perda do patrimônio com ênfase sobre
conservação.
histórico, cultural, arqueológico e histórico, cultural, grupos populacionais
paisagístico • Uso predatório dos arqueológico e paisagístico específicos.
recursos culturais e
• Implementar ações de
paisagísticos.
conservação integrada
e de planejamento
interpretativo do
patrimônio histórico,
cultural, arqueológico
e paisagístico.
Fonte: Menelau; Vila Nova & Falcão, 12/2009.
327
6. POTENCIALIDADES DA APA DE SANTA CRUZ
328
RECURSO/ ATRIBUTO POTENCIALIDADES NATURAIS E
LOCALIZAÇÃO E CARACTERÍSTICAS LIMITAÇÕES / RESTRIÇÕES
ESPACIAL CULTURAIS
Essas áreas apresentam restrições
para:
329
ESPACIAL CULTURAIS
Os topos planos têm restrições a:
330
A área de afloramento da Formação
Beberibe possui as seguintes
restrições:
331
7. EQUIPE TÉCNICA
Coordenação:
Mário Roberto Bezerra Cavalcanti
Roberto Gilson Campos Filho
Ana Tres Cruz
Ana Paula Gomes
Adolfo Botelho
Meio Físico:
Mauro Carneiro dos Santos
Marcílio Pacheco
Clénio Torres Filho
Isabela Araujo
Meio Biótico:
Severino Mendes de Azevedo Junior
Elcida de Lima Araújo
Equipe de Apoio:
Elba Maria Nogueira Ferraz
Milena Sardou Sabino Pinho
Edson Leal
Meio Antrópico:
Vera Lúcia Menelau de Mesquita
Ana Maria Vila Nova Maia
Simone Falcão
Mapeamento e Georreferenciamento:
Edvaldo Câmara dos Santos
Contexto Jurídico:
Jean Noel de Melo Rocha
Metodologia do Zoneamento
Poema Souza
Equipe de Apoio:
Roberto Salomão do Amaral
Viviane Castro
332
8. REFERENCIAS
A.P.H.A./A.W.W.A./W.E.F. 1995. Standard methods for the examination of water and wastewater.
19ª ed., Washington: A. P. H. A.
ABLE, K. W.; FAHAY, M. P. The first year in the life of Estuarine fishes in the Middle Atlantic Bight.
Rutgers University Press. New brunsnick, New Jersey. 1998. 342p.
ACIOLI, F. D. 1995. Composição da ictiofauna na área de Itamaracá (Itapissuma-PE). Recife,
Universidade Federal Rural de Pernambuco – Departamento de Pesca, 59p. (Monografia).
ALEIXO, A. & VIELLIARD, J. M. E. Composição e dinâmica da avifauna da Mata de Santa Genebra,
Campinas, São Paulo, Brasil. Rev. Bras. Biol., 1995. v.12, n. 3, p. 493-511.
ALESTAM, T. (1990) Bird Migration. Cambridge University Press, Cambridge,UK.
ALMEIDA, Z. S. VASCONCELOS FILHO, A. L., 1997. Contribuição ao conhecimento de peixes
Pleuronectiformes da área de Itamaracá – PE (Brasil). Trab. Oceanogr. Univ. Fed. PE, Recife,
25: 69-82.
333
ARAÚJO, E.L.; FERRAZ, E.M.N. 2006. Caracterização florística e estrutural de trechos de
vegetação a ser suprimida na BR-101, Goiana-PE. CETRAN-DNIT. 35p.
ARAUJO, I.M.S.; EL-DEIR. A.C.A.; MEDEIROS, T.N. and SEVERI, W.. 2003, Estrutura da
comunidade de peixes do estuário do rio Jaguaribe, Itamaracá- Pernambuco. XV Encontro
Brasileiro de Ictiologia. Resumos. São Paulo- SP. p.- 187
ARGEL-DE-OLIVEIRA, M. M. Publicar ou não publicar? Listas de espécies são necessárias? Bol.
CEO, 1993. v.13, p. 9-23.
AZEVEDO JÚNIOR, S. M. de (1997) Colonização da garça-boiera- Bubulcus íbis em Pernambuco,
Brasil. AIRO. Lisboa, 8(1/2): 48-50.
AZEVEDO JÚNIOR, S. M. de 1998. As aves do canal de Santa Cruz, Pernambuco, Brasil. Caderno
Ômega da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Série Biologia 5: 35-50.
AZEVEDO JÚNIOR, S.M, M.M. Dias Filho, M.E.L. Larrazábal e C.J.G. Fernandes. 2002. Capacidade
de vôo de quatro espécies de Charadriiformes (Aves) capturadas em Pernambuco, Brasil.
Revista Brasileira de Zoologia 19: 183-189.
AZEVEDO JÚNIOR, S.M. E M.E. LARRAZÁBAL 2002. Migração de aves em Pernambuco. v. 2. Em:
M. Tabarelli e J.M.C. Silva (eds.). Diagnóstico da Biodiversidade de Pernambuco. pp. 623-
630. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Editora Massangana, Recife.
AZEVEDO JÚNIOR, S.M. E M.E. LARRAZÁBAL. 2000. Aves: Biologia, Ecologia e Movimentação.
Em: H.M. Barros, E. Eskinazi-Leça, S.J. Macedo e T. Lima (eds.) Gerenciamento
participativo. pp.155-162. Editora Universitária da UFPE, Recife, Brasil.
AZEVEDO JÚNIOR, S.M. E M.E. LARRAZÁBAL. 1994. Censo de aves limícolas na Coroa do Avião,
Pernambuco, Brasil, informações de 1991 a 1992. Revista Nordestina de Zoologia 1: 236-
277.
AZEVEDO JÚNIOR, S.M. E M.E. LARRAZÁBAL. 1999. Captura e anilhamento de Calidris pusilla
(Scolopacidae) na costa de Pernambuco. Ararajuba 7: 63-69.
AZEVEDO JÚNIOR, S.M., M.M. Dias, M.E. Larrazábal, W.R. Telino Júnior, R.M. Lyra-Neves e C.J.G.
Fernandes. 2001. Recapturas e recuperações de aves migratórias no litoral de Pernambuco,
Brasil. Ararajuba 9: 33-42.
AZEVEDO, S. B. E GUEDES, D.S. 1972 Estudo ecológico da região de Itamaracá, Pernambuco,
Brasil. Novas ocorrências de peixes. Trabalhos Oceanográficos Universidade Federal de
Pernambuco. Recife, n.15, p.331-342.
BALECH, E. Los Dinoflagelados dell Atlântico Sudoccidental. Publicaciones Especiales Instituto
Español de Oceanografia, Madri: Ministério da Agricultura y Alimentación, 1988, p. 310.
(Publicaciones Especiales).
BARBOSA, M. R. V. 1996. Estudo florístico e fitossociológico da mata do buraquinho,
remanescente de Mata Atlântica em João Pessoa-PB. Campinas: Universidade Estadual de
Campinas, 135p. Tese (Doutorado).
BARLETTA, M.; CORRÊA, M.F.M. 1992. Guia para identificação de peixes da costa do Brasil.
UFPR. Curitiba, PR. 131p.
334
BARLETTA-BERGAN, A.; BARLETTA, M. and SAINT PAUL, U. 2002. Community structure and
temporal variability of ichthyoplankton in North Brazilian mangrove creeks, Journal of Fish
Biology 60 (Supplement A), pp. 000–000.
BELLA, S. D. & AZEVEDO JÚNIOR, S. M. de. Considerações sobre a ocorrência da Garça-vaqueira,
Bubulcus íbis (Linnaeus) (Aves:Ardeidae) em Pernambuco, Brasil. Revista Brasileira de
Zoologia. Curitiba, 21(1):57-63.
BLABER, S. J. M. 2000. Tropical estuarine fishes: ecology, exploitation and conservation.
Queensland, Australia Blackwell Science, 372p.
BOLTOVSKOY, D. Atlas del zooplancton del Atlántico Sudoccidental y métodos de trabajos con el
zooplancton marino. Mar del Plata: INIDEP, 1981,936 p.
BOLTOVSKOY, D. South Atlantic Zooplankton. Leiden: Backhuys Publishers, 2v, 1999,1706p.
Boubée, 1972. 3 v. v. 1: Lês algues Vertes.
BOURRELLY, P. Les algues d´eau douce. Paris: Editions Boubée, 1971.
BOURRELLY, P. Lês algues d’eau douce: Inition á la sistématique. Paris: N.
BOURRELY, P. Les algues d’eau douce. Initiation à la systématique. Tome I: Les algues vertes.
Paris: Ed. N. Boubée, 1966, 572 p.
BOURRELY, P. Les algues d’eau douce. Initiation à la systématique. Tome II: Chrysophycées,
Xanthophycées et Diatomées. Paris: Ed. N. Boubée, 1968,517 p.
BOURRELY, P. Les algues d’eau douce. Initiation à la systématique. Tome III: les algues bues et
rouges, les Eugléniens, Peridiniens et Chryptomonadiens. Paris: Ed. N. Boubée, 1970,512
p.
BRAGA, R. A. P. Caracterização das Zonas Estuarinas de Pernambuco. In: SEMINÁRIO
INTERNACIONAL, PERSPECTIVAS E IMPLICAÇÕES DA CARCINICULTURA ESTUÁRINA
DE ESTADO DE PERNAMBUCO, 1, 2000, Recife. Anais... Editora Bagaço, Recife, 2000,
p.13-20.
BRASIL. Ministério das Minas e Energia. RADAMBRASIL. Geologia, geomorfologia, pedologia,
vegetação e uso potencial da terra. Folhas SC. 24/25 –Aracaju/Recife. Rio de Janeiro, v.30,
852p. 1981b.
BRASIL. Ministério das Minas e Energia. RADAMBRASIL. Geologia, geomorfologia, pedologia,
vegetação e uso potencial da terra. Folha SD. 24 – Salvador. Rio de Janeiro, v.24, 620p.
1983.
BRASIL. Ministério das Minas e Energia. RADAMBRASIL. Geologia, geomorfologia, pedologia,
vegetação e uso potencial da terra. Folhas SB. 24/25 – Jaguaribe/Natal. Rio de Janeiro,
v.23, 740p. 1981a.
BRITO, D. 2004. Lack of adequate taxonomic knowledge may hinder endemic mammal conservation
in the Brasilian Atlantic Forest. Biodiversity and Conservation 13: 2135-2144.
BROWN, K.S.JR., BROWN, G.G. 1992. Habitat alteration and species loss in Brazilian forests. In:
Tropical Deforestation and Species Extinction (Eds. Whitmore, T.C. & Sayer, J.A.), Chapman
& Hall, London. 119-142.
335
BUCKLEY, P. A., M. S. FOSTER, E. S. MORTON, R. S. RIDGELY AND F. G. Buckley (1985)
Neotropical Ornithology. Washigton. The American Ornithologists Union. 1041p.
CÂMARA, I. G. 1992. Plano de Ação para a Mata Atlântica. Editora Interação. São Paulo, Brasil.
296p.
CARVALHO JR., O. & LUZ, N.C. 2008. Pegadas: série Boas Práticas, v.3. Belém-PA: EDUFPA.
64p.
CASTRO, M. F. 2005. Abundância, Distribuição E Desenvolvimento das Fases Iniciais de Peixes no
Estuário do Rio Formoso, Pernambuco - Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade
Federal Rural De Pernambuco - Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e
Aqüicultura. 72p.
CAVALCANTI, M. S. 1985. Aspectos da vegetação da Mata do Jardim Botânico do Curado.
Recife: Universidade Federal Rural de Pernambuco, 66p. Monografia (Bacharelado em
Ciências Biológicas).
CHAVES, P. and BOUCHEREAU J. Use of mangrove habitat for reproductive activity by the fish
assemblage in the Guaratuba Bay, Brazil. OCEANOLOGICA ACTA, vol. 23 – n° 3. 1999.
CHIARELLO, A.G. et al. 2008. Mamíferos ameaçados de extinção no Brasil. In: Machado, A.B.M.;
Drummond, G.M. & Paglia, A. P. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de
Extinção. MMA. Volume 2. p.1-203.
CHRETIÉNNOT-DINNET, M. J.; BILARD, C.; SOURNIA, A. Chlorarachniophycées, Chlorophycées,
Chrysophycées, Chryptophycées, Euglénophycées, Eustigmatophycées, Prasinophycées,
Prymnesiophycées, Rhodophycées et Tribophycées. In:SOURNIA, A. (Dir.). Atlas du
phytoplankton marin. Paris: Editions du Centre National Recherche Scientifique, 1990. v. 3,
261 p.
CIMA, 1991. Relatório da comissão internacional sobre o desenvolvimento e meio ambiente. Brasília.
CLEVE-EULER, A. Die Diatomeen von Schweden und Finnland. Stockholm: Almqvist & Wiksells,
1951. 163 p. (Kungl. Svenska vetenskapsademiens handlingar. 4 ser., v.2, n.1).
CLEVE-EULER, A. Die Diatomeen von Schweden und Finnland. Stockholm: Almqvist & Wiksells,
1952. 153 p. (Kungl. Svenska vetenskapsademiens handlingar. 4 ser., v.3, n.3).
CLEVE-EULER, A. Die Diatomeen von Schweden und Finnland. Stockholm: Almqvist & Wiksells,
1953a. 158p. (Kungl. Svenska vetenskapsademiens handlingar. 4 ser., v.4, n.1).
CLEVE-EULER, A. Die Diatomeen von Schweden und Finnland. Stockholm: Almqvist & Wiksells,
1953b. 255 p. (Kungl. Svenska vetenskapsademiens handlingar. 4 ser., v. 4, n. 5).
CLEVE-EULER, A. Die Diatomeen von Schweden und Finnland. Stockholm: Almqvist & Wiksells,
1955. 232 p. (Kungl. Svenska vetenskapsademiens handlingar. 4 ser., v. 3, n. 3).
CONDEPE. Rio Formoso. Monografias Municipais, Recife, v. 2, 173p. 1992.
CORDEIRO, P. H. C. (2003) Análise dos padrões de distribuição geográfica das aves de Mata Atlântica e
a importância do corredor da Serra do Mar e do corredor central para a conservação da
biodiversidade brasileira. Instituto de Estudos Sócio-ambietal do Sul da Bahia. 20p
CUPP, E. D. Marine plankton diatoms of the west coast of North America. Bulletin of the Institution
of Oceanography, La Jolla, v. 5, p. 1-237, 1943.
336
DAY JR, J. W.; HALL, C.A.J.;KEMP,W.M.;YÁÑEZ-ARANCIBIA, A.1989. Zooplankton, the Drifting
Consumers. In: Estuarine Ecology. Willey-Interscience Publication. Cap. 8, p. 311-337.
DESIKACHARY, T.V. Cyanophyta. New Delhi: Indian Council of Agricultural Reserch, 1959. 686 p.
(I.C.A.R.. Monographis on algae).
DEUS, M.S.M. 2000. Organização arquitetural de três bosques de manguezal do litoral do Piauí.
Dissertação de Mestrado. Universidade Federal Rural de Pernambuco. 56p.
DEXTER, D. M. Community structure of intertidal sandy beaches, p. 461-472, in McLachlan, A. &
Erasmus, T (eds.), Sandy beaches as ecosystems. Dr. W. Junk Publ., The Hague, 1983.
DODD, JR., C. K. (1993) Strategies for snake conservation. In: Richard A. Seigel & Joseph T.Collins
(eds.) Snakes: Ecology and behavior. Mcgraw-Hill, Inc, 1993.
DODGE, J. D. Marine dinoflagellates of Bristish Isles. London: Her Majesty’s Stationary Office,
1982. 303 p.
DOMÍNGUEZ, E. FERNÁNDEZ, H. R. (eds). Guia para la determinación de los artrópodos
bentónicos sudamericanos. Universidad Nacional de Tucumán. Facultad de Ciencias
Naturales e Instituto M. Lillo. Argentina. 2001, 282p.
EKAU, W.; WESTHAUS-EKAU,.P.;DORRIEN, C.V. 2001. The larval fish of the “Canal de Santa Cruz”
estuary in Northeast Brazil. Tropical oceanography, Recife: v.29, n.2, p. 117-128.
EL-DEIR, A. C. A. 2005. Ecologia das formas iniciais de peixes e aspectos ambientais do estuário do
rio Jaguaribe, Itamaracá, Pernambuco. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Ciências Biológicas da Universidade Federal da Paraíba. 90 p.
EL-DEIR, A. C. A.. Ecologia das formas iniciais de peixes e aspectos ambientais do estuário do rio
Jaguaribe - Itamaracá – Pernambuco. Relatório apresentado ao Programa de Pós-
graduação ao DSE- UFPB. 62p. 2003.
EMMONS, L.H. E FEER, F. (1999) Mamíferos de los bosques húmedos de América tropical: una guía
de campo. Editorial F.A.N. Santa Cruz de la Sierra, Bolívia. 298p.
ESKINAZI, A. M., 1972. Peixes do Canal de Santa Cruz – Pernambuco – Brasil. Trab. Oceanogr.
Univ. Fed. PE, Recife. 13: 283-302.
ESKINAZI-LEÇA, E.; KOENING, M.L.; SILVA-CUNHA, M. G. G.; 2000. O fitoplancton:
Estrutura e Produtividade. In. Gerenciamento participativo de estuários e
manguezais. Editora Universitária. 2000. 252p.
ESKINAZI-LEÇA, E.; MACEDO,S.J.;PASSAVANTE, J.Z.O. 1980ª. Estudo ecológico da área de
Itamaracá (Pernambuco-Brasil).V. Composição e distribuição do microfitoplancton no Canal de
Santa Cruz. Trab. Oceanog. Univ. Fed. De Pernambuco, v. 15, p. 185-262.
ESKINAZI-LEÇA, E.; PASSAVANTE, J.Z.O.; BARROS-FRANÇA, L. M. 1980b. Composição do
microfitoplancton no estuário do rio Igarassú-PE. Bol. Inst. Oceanog. Univ. São Paulo, v. 29,
p. 163-167.
FAHAY, M. P.. Guide to the early stages of marine fishes occurring in the Western North Atlantic
Ocean, Capes Hattera to the Southern Scotial Shelf. J. Northw. Atl. Fish Sci., vol. 4.
1983,419p.
337
FERRAZ, E.M.N. 2002. Estudos e fitossociológico de um remanescente de Floresta
ombrófila montana em Pernambuco, nordeste do Brasil. Tese de doutorado.
Universidade Federal Rural de Pernambuco. Recife. 147p.
FERRAZ, E.M.N.; SILVA, S.I.; ARAÚJO, E.L.; MELO, A.L. 2002. Espécies lenhosas de interesse
econômico na Mata Atlântica de Pernambuco: Distribuição e relação entre formas de uso e
abundância das populações. Pp 589-696 In: Tabareli, M.; Silva, J.M.C. Diagnóstico da
Biodiversidade de Pernambuco. V.2 Recife.
FERREIRA, N. J. S. 1997. Copepoda planctônicos da parte Sul do Canal de Santa Cruz (Itamaracá,
PE – Brasil), Recife. Monografia de Graduação. Universidade Federal Rural de Pernambuco,
Departamento de Biologia, 73p.
FIGUEIREDO, J. A.; MUNIZ, K.; MACÊDO, S. J.; MONTES, M.J.F.; FEITOSA, F.A.N. Hidrologia E
Biomassa Fitoplanctônica Nas Barras Orange E Catuama (Canal De Santa Cruz), Em
Itamaracá-Pe: Variação Nictemeral. Arq. Ciên. Mar, Fortaleza, 2006, 39: 5 – 17
FIGUEIREDO, J. L & MENEZES, N.A. Manual de Peixes Marinhos do Sudeste do Brasil. II. Teleostei
(1). São Paulo, Museu de Zoologia, Univ. São Paulo, 1978,110p.
FIGUEIREDO, J. L. & MENEZES, N.A Manual de Peixes Marinhos do Sudeste do Brasil. VI.
Teleostei (5). São Paulo, Museu de Zoologia, Univ. São Paulo, 2000,116p.
FIGUEIREDO, J. L. & MENEZES, N.A. Manual de Peixes Marinhos do Sudeste do Brasil. II.
Teleostei (2). São Paulo, Museu de Zoologia, Univ. São Paulo, 1980,90p.
FISCHER, W. 1978. FAO species identification sheets for fishery purposes. Marine Resources
Service Fishery Resources and Enviromental Division. FAO Fisheries Departament: vol I,
II, II, IV, V, Roma.
FONSECA, G.A.B., ROBINSON, J.G. 1994. Forest size and structure: competitive and predatory
effects on small mammal communities. Biol. Conserv. 53, 265-294.
GEITLER, L. Cyanophyceae. Akademische Verlagsgesllschaft. m.b.h., Leipzig, 1932,1196p.
GONZÁLEZ, O. M., A. E. J. D. CARO, et al. (1999). Conducción zootécnica del Tupinambis teguixin y
análisis económica de la actividad. Archivos de Zootecnia 48(183): 343-346.
GOVERNO DE PERNAMBUCO Economia de Pernambuco: uma contribuição para o futuro - Macro-
Futuros da Economia de Pernambuco. IAUPE / SEPLAN, 2006.
GOVERNO DE PERNAMBUCO. CPRH. Diagnóstico socioambiental do litoral norte de Pernambuco.
Recife: Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, 2003.
GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO . CPRH. Diagnóstico sócio-ambiental – Litoral sul de
Pernambuco. Hidrografia. PUBLICAÇÕES CPRH / MMA - PNMA II 1ª EDIÇÃO 2009.
GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO 2000. Diagnóstico das Reservas Ecológicas:
Região Metropolitana do Recife. Editora Universitária. 79p. Recife.
GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA
AGROPECUÁRIA. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro
de Classificação de Solos. Brasília, 1999. 412p.
GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA
AGROPECUÁRIA. EMBRAPA./. Zoneamento Agroecológico de Pernambuco – ZAPE.
338
Embrapa Solos-UEP Recife/Governo de Estado de Pernambuco - Secretaria de Produção
Rural e Reforma Agrária. 2001. CD ROM (Embrapa Solos. Documentos; nº 35)
GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO SECRETARIA DE CIÊNCIA TECNOLOGIA E MEIO
AMBIENTE - SECTMA Atlas de bacias hidrográficas de Pernambuco –/2006.
GREENHALL, A. M., U. SCHIMIDT & G. JOERMANN. 1984. Diphylla ecaudata. Mammalian Species,
Washington, 227: 1-3, 4 figs
GUEDES, D. S.; VASCONCELOS FILHO, A. L.; MACEDO, R. M.2005. Ictiofauna do infralitoral
adjacente às margens do Canal de Santa Cruz-Itapissuma-PE. Bol. Tec. Cientif. (CEPENE).
Recife v.13, n 2, 65 -7-5.
339
HUSTED, F. Die Kieselaagen Deutschlands, Österreichs und der Schweiz unter Berucksichtigung der
ubrigen Länder Europas sowie der angrenzenden Meeresgebiete. Leipzig: Akademische
Verlagsgesellschaft. 1959. 845 p. (Kryptogamen-Flora von Deustschland, Österreich und der
Schwiz. V.7,pt.2, n. 1-6).
HUSTED, F. Die Kieselaagen Deutschlands, Österreichs und der Schweiz unter Berucksichtigung der
ubrigen Länder Europas sowie der angrenzenden Meeresgebiete. Leipzig: Akademische
Verlagsgesellschaft. Geest & Portig K –G, 1961 – 1966. 920 p. (L. Rabenhorst, Kryptogamen-
Flora von Deustschland, Österreich und der Schwiz. V.7,pt.3, n. 1-4).
JR., P. G. C. (1991). Effects of hunting on the reproduction of the paraguaian caiman (Caiman yacare)
in the Pantanal of Mato Grosso, Brazil. In: Neotropical wildlife use and conservation. K. H.
Redford. London, The University of Chicago Press: 145-153.
KNOX, G. A. 1986. Estuarine Ecosystems: a System Approach. vol. I/II. CRC Press, Boca Raton,
Florida, p. 520.
KOENING, M. L.; ESKINAZI-LEÇA, E.; NEUMANN-LEITÃO, S. ; MACÊDO, S.J. Impactos da
construção do Porto de Suape sobre a comunidade fito planctônica no estuário do rio Ipojuca
(Pernambuco-Brasil). Acta Botânica Brasílica, Brasília, v. 16, n. 4, p. 407-420, 2002.
KOMÁREK, J.; ANAGNOSTIDIS, K. Modern approach to the classification system of Cyanophytes, 2:
Chroococcales. Archiv für Hydrobiologie, Suppl. 73, Algological Studies, n. 43, p. 157-226,
1986.
KOSTE, W. 1978a. Rotatoria; Die Rädertiere Mitteleuropas Ein Bestimmungswerk Begündet von Max
Voigt. Uberordnung Monogononta, 2 Auflage neubearbeitet von. (I. Textband – Mit 63
Textabbildunger) Berlim: Gerbrüder Borntraeger, 673p.
KOSTE, W.1978b. Rotatoria; Die Rädertiere Mitteleuropas Ein Bestimmungswerk Begündet von Max
Voigt. Uberordnung Monogononta, 2 Auflage neubearbeitet von. (II. Textband – Mit 234
Textabbildunger) Berlim: Gerbrüder Borntraeger.
LEIS, J. M.; TRNSKI, T. The larvae of Indo-Pacific Shorefishes. University of Hawaii Press. Hawaii.
1989. 371p.
LEIS, J.M. & CARSON-EWART. B.M. 2000, The larvae of Indo-Pacific coastal fishes.BRILL:
LEIDEN;BOSTON; KOLN. 850p.
LESSA, R.; VIEIRA, A.C.S.; MONTEIRO, A.; SANTOS, J.S. LIMA, M.M.; CUNHA, E. J. SOUZA
JUNIOR, J.C.A.; BEZERRA, S.; TRAVASSOS, P. E. P. F.;OLIVEIRA, B. A. B. R. 2006.
Diagnóstico da pesca no litoral do estado de Pernambuco. UFPA. Belém-Brasil.
LIPPSON, A.J. & MORAN R. L., 1974, Manual for identification of early development stages of
fishes of the Potomac river estuary. 1974. 282 p.
LYRA-NEVES, R.M., S.M. AZEVEDO JÚNIOR E W.R. TELINO JÚNIOR. 2004. Monitoramento do
maçarico-branco, Calidris alba (Pallas) (Aves, Scolopacidae), através de recuperações de
340
anilhas coloridas, na Coroa do Avião, Igarassu, Pernambuco, Brasil. Revista Brasileira de
Zoologia 21: 319-324.
MACEDO, S.J.; MONTES, M. de J. F.; LINS, I. C. Características abióticas da área. In.
Gerenciamento participativo de estuários e manguezais. Editora Universitária.
2000. 252p.
MACÊDO, S.J.; NEUMANN-LEITÃO, S.; KOENING, M.L.; ARAÚJO FILHO, M.; SCHWAMBORN, R.;
FEITOSA, F.A.N.; MUNIZ, K.; LACERDA, S.R. & FLORES-MONTES, M.J. 2005. Status of the
Barra das Jangadas estuary (North-eastern Brazil): an ecological approach. Pp. 709-719.
In: E. Tiezzi; C.A. Brebbia; S.E. Jorgensen & D. Almorza Gomar (org.). Ecosystems and
Sustainable Development V.Southampton, Wit Press.
MARTINS, M.B.G. MOREIRA, V.L. 2007. Caracterização histológica das folhas de Avicennia
schaueriana Satpf & Leechman (Avicennaceae). Faculdades Integradas Fafibe 3: 1-8.
MATARESE, A. C., KENDALL, A. W., BLOOD, D M. and VINTER, B. M. Laboratory guide to early
life history stages of Northeast Pacific fishes. NOAA Technical Report NMFS 80. U.S.
Department of Commerce. 1989.
MATSUMURA-TUNDISI, T. 1972. Aspectos ecológicos do zooplâncton da região lagunar de
Cananéia com especial referência aos Copepoda (Crustacea). Tese Doutorado, Universidade
de São Paulo, Instituto de Biociências. 191 p. São Paulo.
MEDEIROS, T.C. 1996. Produtividade e biomassa das espécies arbóreas do manguezal do estuário
do rio Paripe, em Vila Velha, Itamaracá – PE. Dissertação de mestrado. Universidade Federal
Rural de Pernambuco. Recife.
MELLO, M. V. L. 2009 Parâmetros Hidrológicos Correlacionados com a Biomassa e Composição
Fitoplanctônica na Região Costeira Adjacente à Desembocadura do Rio Sirinhaém
(Pernambuco – Brasil). Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pernambuco.
Departamento de Oceanografia. 135p.
MENDES PONTES, A.R. 2000. Ecology of a mammal community in a seasonally-dry forest in Roraima,
Brazilian Amazonia. Ph.D. Thesis, University of Cambridge.
MENDES PONTES, A.R. 2004. Ecology of a mammal community in a seasonally-dry forest in Roraima,
Brazilian Amazonia. Mammalian Biology (Z. Saugetierk.) 69 (3): 1-18.
MENEZES, N.A. & J. L. 1980. FIGUEIREDO. Manual de Peixes Marinhos do Sudeste do Brasil. IV.
Teleostei (3). São Paulo, Museu de Zoologia, Univ. São Paulo. 96p.
MENEZES, N.A. & J. L. FIGUEIREDO. 1985. Manual de Peixes Marinhos do Sudeste do Brasil. IV.
Teleostei (4). São Paulo, Museu de Zoologia, Univ. São Paulo. 105p.
MERRIT, R. W.; CUMMINS, K. W. An Introduction to the Aquatic Insects of North America.
Kendall/Hunt Publishing Company. 1996, 862p.
MESQUITA, Vera Lúcia Menelau; CASTRO, Viviane Maria Cavalcanti. Gestão Ambiental
– Preservação do Patrimônio. Pernambuco: Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Pernambuco, 2009.
MEYRS, N., MITTERMEIER, R.A., MITTERMEIER, C.G., FONSECA, G.A.B. & KENT, J. Biodiversity
(2000) hotspots for conservation priorities. Nature 403: 853-858p.
341
MEYRS, N., MITTERMEIER, R.A., MITTERMEIER, C.G., FONSECA, G.A.B. & KENT, J.
BIODIVERSITY (2000) hotspots for conservation priorities. Nature 403: 853-858p.
MITTERMEIER, R.A., T. WERNER, J. M. AYRES & G.A.B. FONSECA. O país da
megadiversidade.Ciência Hoje, v. 14, p. 20-27, 1992.
MIZUNO, T. Ilustrations of freshwater plankton of Japan. Higashiku: Hoikusha, 1968. 351 p.
MOLINA, O. A. & VARGAS, J. A. Estrutura del macrobentos del estero de Jaltepeque, El Salvador.
Rev. Biol. Trop., v. 42, n. 1/2, p. 165-174, 1994.
MONTEIRO DA CRUZ, M.A.O. (1998)Dinâmica reprodutiva de uma população de sagüis-do-Nordeste
(Callithrix jacchus) na Estação Ecológica do Tapacurá, PE. Tese de Doutorado. Universidade
de São Paulo, São Paulo. 134p.
MONTEIRO DA CRUZ, M.A.O.; CABRAL, M.C.C.; BARRETO CAMPELLO, M.L.C. E SILVA, L.A.M.
(2002) Biodiversidade da mastofauna de Pernambuco. In: Silva, J.M. e Tabarelli, M. (Orgs.)
Atlas da biodiversidade do Estado de Pernambuco. Governo do Estado de Pernambuco.
Volume 2. 234-256p.
MORRISON, R. I. G. E R. K. ROSS (1989) Atlas of neartic shorebirds on the coast of South Ameica v.
1. Ottawa: Canadian Wildlife Service.
MOSER, H.G.; RICHARDS, W.J.; COHEN, D.M.; FAHAY, M.P.; KENDALL,A.W. and RICHARDSON,
S.L. (eds.) Ontogeny and systematics of fishes - American Society of Ichthyologists and
Herpetologists Special Publication 1:760p. 1984.
NASCIMENTO, D.A. 1980. Composição e distribuição do zooplancton no estuário do rio
Botafogo, Itamaracá-PE. Dissertação de Metrado. Universidade Federal do Paraná.
108p.
NASCIMENTO, D.A. 1981. Estudo Ecológico da região de Itamaracá, Pernambuco – Brasil.
XV. Copepoda do estuário do rio Botafogo. Trab. Oceanogr. Univ. Fed.PE., 16:65-88.
NASCIMENTO, D.A. 1997. Ocorrência de Euterpina acutifrons Dana, 1852 (Copepoda –
Crustácea) no Canal de Santa Cruz, Itamaracá – PE. 73p.
NASCIMENTO, D.A. e PARANAGUÁ, M. N. 1981. Composição e distribuição do
zooplancton no estuário do rio Botafogo, Itamaracá-PE. Encontro de Zoologia do
Nordeste, 3 Recife – PE. Resumo p. 2.
NELSON, J. S. 1994. Fishes of the World. New York, John Wiley & Sons Inc., XX, 600p.
NEUMANN-LEITÃO, S., Resenha Literária Sobre Zooplâncton Estuarino no Brasil. Trabalhos
Oceanográficos da Universidade Federal de Pernambuco, Ed. Universitária, Recife, Brasil,
23, 25-53. 1995.
NEUMANN-LEITÃO, S.; GUSMÃO, L. M. O.; SILVA, T.A.; NASCIMENTO-VIEIRA, D.A.;
PORTO NETO, F. F.; SILVA, A.P.; MOURA, M.C.O. 1998. Microzooplancton das
desmbocaduras sul e norte do Canal de Santa Cruz, Itamaracá, Pernamuco, Brasil.
Congresso Brasileiro de Zoologia, 22, Recife. Livro de Resumos.
342
NEUMANN-LEITÃO, S.; GUSMÃO, L. M. O.; SILVA, T.A.; NASCIMENTO-VIEIRA, D.A.
Variação diurna e sazonal do microzooplancton no estuário no estuário do Rio Paripe,
PE-Brasil. Arq. Biol. Tecnol., v. 39, n.2, p.343-384, jun, 1996ª.
NEUMANN-LEITÃO, S.; GUSMÃO, L. M. O.; SILVA, T.A.; NASCIMENTO-VIEIRA, D.A.
1996b. Zooplancton de desembocadura Norte do Canal de Santa Cruz – Itamaracá,
PE-Brasil. In: Simpósio sobre oceanografia, 3, São Paulo. Resumos. Instituto
Oceanográfico da Universidade de São Paulo, p.42.
NOGUEIRA, M. R. D. DIAS & A. L. PERACCHI (2007). Subfamília Glossophaginae, pp. 45-59. In: N.
R REIS, A. PERACCHI, W. PEDRO & I. LIMA (Orgs). Morcegos do Brasil. Universidade
Estadual de Londrina, Londrina, Paraná.
OKYAMA, M. 1988. An Atlas of early stages fishes in Japan. Tokyo. Tokai Univ. Press,
1154p.
OAP. 2008. Lista das aves de Pernambuco. Recife, Pernambuco. 40P.
OLIVEIRA, A. M. E. 1979. Distribuição dos peixes nos estuários do Nordeste brasileiro de
acordo com a salinidade da água. Rio de Janeiro, Universidade Federal do Rio de
Janeiro – Museu Nacional, 1979, 79p. (Dissertação Mestrado).
PARANAGUÁ, M. N. 1982. Ecossistema costeiro de Itamaracá (Pernambuco-Brasil). III
zooplancton. Simpósio Internacional sobre utilização de Ecossistemas costeiros:
Poluição e Produtividade. Atlântica, 5(2):90. Resumo.
PARANAGUÁ, M. N. e ESKINAZI-LEÇA, E. 1985. Ecology of a northen tropical estuary in
Brazil and technological perspectives in fishculture. In YÁÑEZ-ARANCIBIA, A. (Ed.)
Fish community ecology in estuaries and coastal lagoons towards an ecosystem
integration. Mexico cap. 28: 595-614.
PARANAGUÁ, M. N. e NASCIMENTO, D.A. Estudo do zooplancton da região estuarina de
Itamaracá. Resumo. Cienc. Cult., 25 (7): 198, 1973. Suplemento.
PARANAGUÁ, M. N. e NASCIMENTO-VIEIRA D.A. 1984. Estudo Ecológico da Região de
Itamaracá, Pernambuco-Brasil. XXV. Zooplancton do Rio Botafogo. Trab. Oceanogr.
Univ. Fed. PE., 18:193-206.
PARANAGUÁ, M. N.; NASCIMENTO, D.A; MACEDO, S.J. 1979. Estudo Ecológico da
Região de Itamaracá, Pernambuco, Brasil. II. Distribuição do zooplancton no estuário
do rio Igarassú. Trab. Oceanogr. Univ. Fed. PE. 14:65-92.
PARANAGUÁ, M.N.; KOENING, M.L. 1980. Composição e “standing-stock” do zooplankton
dos viveiros de criação de peixes da região de Itamaracá, PE. In: Simpósio Brasileiro
de Aquicultura, 1, Recife. Anais. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciencias. p.
99-107.
PARANAGUÁ, M.N.; NEUMANN-LEITÃO, S.; GUSMÃO L.M.O. 2000. Zooplancton. In.
Gerenciamento participativo de estuários e manguezais. Editora Universitária. 2000. 252p.
343
PARANAGUÁ, M.N.;FERREIRA, N. J. S.; PEREIRA, S. C. ARAÚJO, C.M.V; MOURA,
N.F.O. 1996. Zooplancton do ecossistema estuarino de Itamaracá-PE. Simpósio sobre
Oceanografia, 3, São Paulo.Resumos. São Paulo: Instituto Oceanográfico de
Universidade de São Paulo, p.43.
PASSAVANTE, J. Z. de O.; KOENING, M. L. Estudo ecológico da região de Itamaracá, Pernambuco,
Brasil. XXVI. Clorofila a e material em suspensão no estuário do rio Botafogo. Trabalhos
Oceanográficos da Universidade Federal de Pernambuco, Recife, v. 18, p. 207-230, 1984.
PEDROSA, R. A. 2007. Pesca, Perfil socioeconômico e Percepção Ecológica dos Pescadores
artesanais de Porto de Galinhas (PE). Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de
Pernambuco. Departamento de Oceanografia. 81p.
PERACCHI, A. L., I. P. LIMA, N. R. REIS & M. R. NOGUEIRA (2006). Ordem Chiroptera, pp. 153-230.
In: N. R. REIS, A.L. PERACCHI, W. PEDRO & I. P. LIMA (Eds.). Mamíferos do Brasil.
Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná.
PERAGALLO, H.; PERAGALLO, M. Diatomaceés marines de France et dês districtes maritimes
voisins. Amsterdam: Asher, 1897-1908, v.1, 540 p.
PERAGALLO, H.; PERAGALLO, M. Diatomaceés marines de France et dês districtes maritimes
voisins. Amsterdam: Asher, 1897-1908, v.2, 137 p.
PEREIRA, S. C. 1997. Composição e densidade zooplanctonica da parte sul do Canal de
Santa Cruz – Itamaracá, PE, Recife. Monografia de graduação. Universidade
Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Biologia, 72p.
PÉREZ, G. R. 1988. Guía para el estúdio de los macroinvertebrados acuáticos del Departamento de
Antioquia. Fondo Fen Colombia, Conciencias, Universidad de Antioquia, Bogotá. 217p.
PIRES E FILHO Advogados Associados. EIA/RIMA do CT/ GUADALUPE – Pernambuco. Recife,
1993. V. 1 e 2.
POR, F. D. e ALMEIDA PRADO-POR, M. S. 1982. The polyhaline mangal of Itamaracá
(Pernambuco), characterized by a stundent worshop in September. In: Simpósio
Internacional sobre utilização de ecossistemas costeiros: Planejamento, Poluição e
Produtividade, Rio Grande, RS. Resumo. Atlantica, 5(2): 99.
PORTO NETO, F. de F. Zooplankton as bioindicator of environmental quality in the Tamandaré
reef system (Pernambuco – Brazil): Anthropogenic influences and interaction with
mangroves. ZMT Bremen, Univertität Bremen, 2003, 167 p.
PORTO NETO, F.; NEUMANN-LEITÃO, S.; GUSMÃO, L. M.; SILVA, A. P. MOURA, M. C. O. 1998.
Zooplancton do Canal de Santa Cruz, Pernambuco. Congresso Brasileiro de Zoologia, 22,
Recife, Livro de Resumos.
POUGH, F. H.; ANDREWS, R. M.; CADLES, J. E.; CRUMP, M. L.; SAVITZKY, A. H. E.; PRANCE,
G.T. 1982. Forest refuges: evidences from woody angiosperms. In: Prance, G.T. (Ed.).
Biological diversification in the tropics. Columbia University Press New York, pp. 137-158.
344
PRANCE, G.T. 1987. Biogeography of neotropical plants. In: Whitmore, T.C. & Prance, G.T. (Eds.).
Biogeography and quaternary history in tropical America. Claredon Press, Oxford, pp. 175-
196.
PRATER, A. J., J. H. MARCHANT E J. VANRINEN (1977) Guide to the identification and ageing of
holoartic waders. Field Guide Trings Hertfordshire, British Trust for Ornitology
RAMALHO FILHO, A. & BEEK, K.J. Sistema de avaliação da aptidão agrícola das Terras. 3.ed.
rev. Rio de Janeiro: EMBRAPA-CNPS, 1994. viii + 65P.
RÉ, P., 1999, Ictioplâncton Estuarino da Península Ibérica (Guia de identificação dos ovos e
estados larvares planctônicos). Gráfica Europa Lda. Portugal. 163 p.
REIS, N.R.; PERACCHI, A.L.; PEDRO, W.A. & LIMA, I.P. Morcegos do Brasil.
Londrina: 2007. 253p.
REGALADO, L B. & SILVA, C. 1997. Utilização de aves como bioindicadoras de degradação
ambiental. Rev. Bras. Ecol. v.1, p. 81-83.
REGALADO, L. B.; GOBBO, P. R. S.; MARINELLI, C. E.; SMITH, W. S. Fauna de
Vertebrados. 88-103. In: A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MONJOLINHO.
ESPÍNDOLA, E. L. G.; SILVA, J. S. V.; MARINELLI, C. E.; ABDON, M. M. (eds.). São
Carlos, 2000. 188p.
REID, J. W. 1985. Chave de identificação e lista de referências bibliográficas para as espécies
continentais sulamericanas de vida livre da ordem Cyclopoida (Crustacea, Copepoda).
Bolm. Zool., Univ. S. Paulo, v. 9, p. 17- 143.
RICARD, M. Atlas du phytoplankton Marin. Diatomophycées. Paris, Centro National Recherche
Scientifique, 296 p., 1987.
ROBINSON, J. G. E K. H. REDFORD (1991). Sustainable harvest of neotropical animals. In:
Neotropical wildlife use and conservation. K. H. Redford. London: 415-429.
ROBINSON, J. G. E K. H. REDFORD (1991). Susteinable harvest of neotropical animals. In:
Neotropical wildlife use and conservation. K. H. Redford. London: 415-429.
ROCHA, A. A. F. da; CATUNDA-MARCELINO, S.; SILVA, E. C. da; EL-DEIR, A. C. A.; SEVERI, W.
2003. Estudo da composição e distribuição temporal do macrozooplâncton do estuário do rio
Jaguaribe – Itamaracá – PE. Anais VI Congresso de Ecologia do Brasil. Fortaleza – CE,
p.177-178.
RODA, S. A. (2005) Distribuição de aves endêmicas e ameaçadas em usinas de açúcar e unidades
de conservação do centro Pernambuco. Centro de Pesquisas Ambientais do
Nordeste(CEPAM). Recife. 42p.
RODRIGUES, R. C. , ARAÚJO, H. F. P., NEVES,R. M. L., TELINO-JÚNIOR, W. R. & BOTELHO, M.
DA C. N. (2007). Caracterização da avifauna na área de proteção ambiental de Guadalupe,
Pernambuco. Ornithologia 2 (1) 47-61p.
RUI, A. M. Inventários de morcegos: análise de metodologia. In: IV Encontro Brasileiro para o Estudo
de Quirópteros, 2003, Porto Alegre. Anais. Porto Alegre, n.2, 2003, p. 13-14.
SABINO, J. & PRADO, P.I.K.L. 2005. Vertebrados. Capítulo 6. p. 53-144. In: Avaliação do esado de
345
conhecimento da diversidade Brasileira. T. Lewinshon (Org.), Série Biodiversidade, V.15.
Ministério do Meio Ambiente (MMA). Brasília: Vol. I – 296p.; Vol. II, 249p.
SACRAMENTO, A.C.; ZICKEL, C.S.; ALMEIDA JR, E.B. 2007. Aspectos florísticos da vegetação de
restingas no litoral de Pernambuco. Árvore 31: 1121-1130.
SANTIAGO, M.F.; SILVA-CUNHA, M.G.G. & PASSAVANTE, J.Z.O. 2004. Fitoplâncton como
indicador da qualidade ambiental em ecossistema hipersalino (estuário do rio Pisa Sal,
Galinhos, RN, Brasil). Pp. 854-856. In: Anais XIV Congresso Brasileiro de Engenharia de
Pesca. Fortaleza 2005. Fortaleza, Sociedade Brasileira de Pesca.
SANTOS, E. M. & A. C. O.Q. Carnaval. (2002) Anfíbios Anuros do estado de Pernambuco. In: M.
Tabarelli, J. M.C. Silva (Orgs.) Diagnostico da Biodiversidade do estado de Pernambuco, Vol. 2
Secretaria de Ciências Tecnologia e Meio Ambiente, Ed. Massananga, Recife, 722p.
SANTOS, L. C. S.; AMORIM, F. O. ; SANTOS, E. M. 2007. Herpetofauna de uma área urbana
no município de Abreu e Lima-PE. In: III Congresso Brasileiro de Herpetologia, 2007,
Belém. III Congresso Brasileiro de Herpetologia.
SANTOS, E. M. 2009. Anfíbios anuros do Refúgio Ecológico Charles Darwin, Igarassu,
Pernambuco, Brasil. In: Moura, G;Santos,E.M.; Oliveira,M.A.B.; Cabral,C. (Org.).
HERPETOFAUNA DO ESTADO DE PERNAMBUCO. :v. 1.
SARKIS-GONÇALVES, F., M. P. Miranda-Villela, et al. (2001). Manejo de jacarés-de-papo-amarelo
(Caiman latirostris) em cativeiro. A produção animal na visão dos brasileiros. Piracicaba:
FEALQ. W. R. S. e. a. Mattos: 565-579.
SCHAEFFER-NOVELLI; CINTRÓN, G. 1986. Guia de estudos de áreas de manguezal; estrutura,
função e forma. Caribbean Ecological Research, 150p. São Paulo.
SCHULER, C.A.R.; ANDRADE, V.C.; Santos, D. S. (2000). O manguezal: composição e estrutura. In
Barros, H.M.; Eskinazi-Leça; Macedo, S.J.; Lima, T. (eds) Gerenciamento participativo de
estuários e manguezais. Editora Universitária. Recife.
SCHWANBORN, R. 1997. Influence of mangroves on community struture and nutrition of
macrozooplancton in Northeast Brazil. Tese de Doutorado. Univ. Bremen. 77p.
SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (CPRM). Sistema de Informações Geoambientais da Região
Metropolitana do Recife. Recife, 2003
SHANNON, C. E. A mathematical theory of communication. Bulletin of System Technology Journal
27: 379-423. 1948.
SICK, H (1997) Ornitologia brasileira. Edição revista e ampliada por José Fernando Pacheco. Rio de
Janeiro: Ed. Nova Fronteira.
SICK, H. (1983) Migrações de aves na América do Sul continental, 2. Brasília: Inst. Bras. de Desenv.
Florestal.
SILVA , J.S. 2001. A extensão pesqueira no projeto PRORENDA Rural – PE: o caso da
colônia dos pescadores de Ponta de Pedras Z-3 Goiana/PE 146p. Dissertação
(Mestrado em administração e comunicação rural, Universidade Federal Rural de
Pernambuco, Recife.
346
SILVA A. P. 1997. Diversidade, produtividade e dinâmica do microzooplancton na
desembocadura sul do Canal de Santa Cruz, Itamaracá-PE (Brasil), Recife.
Monografia de Graduação. Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Departamento de Biologia. 52p.
SILVA, A.G. 2004B. Fisionomia e estrutura da comunidade arbórea, na mata dos macacos,
município de Igarassu –PE. Dissertação (Mestrado em Botânica). 69p. Universidade Federal
Rural de Pernambuco, Recife.
SILVA, E. C. da; ROCHA, A. A. F. da; CATUNDA-MARCELINO, S.; EL-DEIR, A. C. A.; SEVERI, W.
Ecologia das larvas de Brachyura (Crustacea: Decapoda) do estuário do Rio Jaguaribe –
Pernambuco, Brasil. Anais VI Congresso de Ecologia do Brasil. Fortaleza – CE 2003,
p.177-178.
SILVA, H.C.H. 2004a. Efeito de borda na fisionomia e estrutura da vegetação em fragmentos de
floresta atlântica de tamanhos distintos em Igarassu – Pernambuco. Dissertação
(Mestrado em Botânica). 91p. Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
SILVA, J.D. V. 1995. Parâmetros oceonográficos e distribuição das espécies e bosques de
mangue do estuário do rio Paribe-Pernambuco. 79p. Dissertação de Mestrado.
Universidade Federal Rural de Pernambuco. Recife.
SILVA, L.A.M. Morcegos (Mammalia-Chiroptera) do refúgio Ecológico Charles Darwin, Igarassú-PE.
1996. 80f. Monografia (Bacharelado em Ciências Biológicas)-Universidade Federal Rural de
Pernambuco, Recife.
SILVA, S.S.L.; ZICKEL, C.S; CESTARO, L.A. 2008. Flora vascular e perfil fisionômico de uma
restinga no litoral sul de Pernambuco. Acta Botanica Brasílica 22: 1123-1135.
SILVA-CUNHA, M. G. G.; ESKINAZI-LEÇA, E. Catálogo das diatomáceas (Bacillariophyceae) da
plataforma continental de Pernambuco. Recife: SUDENE, 1990. 318 p.
SILVA-FALCÃO, E., C. 2007. ABUNDÂNCIA, DIVERSIDADE E VARIAÇÃO TEMPORAL DE FORMAS JOVENS DE PEIXES EM
UMA GAMBOA DO ESTUÁRIO DO RIO CATUAMA, PERNAMBUCO- BRASIL. UNIV. FED. PERNAMBUCO. DEPARTAMENTO
DE OCENOGRAFIA. P. 78. (DISSERTAÇÃO DE MESTRADO).
SILVA MATOS, D.M.; PIVELLO, V.R. 2009. O IMPACTO DAS PLANTAS INVASORAS NOS RECURSOS NATURAIS DE
AMBIENTES TERRESTRES ALGUNS CASOS BRASILEIROS. CIÊNCIA E CULTURA (SBPC) 61: 27-30.
SILVANO, D.L. & PIMENTA. 2003. DIVERSIDADE DE ANFÍBIOS NA MATA ATLÂNTICA DO SUL DA BAHIA.IN: P.I. PRADO;
E.C. LANDAU; R.T. MOURA; L. P.S.PINTO; G.A.B.FONSECA & K. ALGER (ORGS.). CORREDOR
DE BIODIVERSIDADE NA MATA ATLÂNTICA DO SUL DA BAHIA (IESB/CI/CABS/UFMG /UNICAMP, CD-ROM,
ILHÉUS.
SILVEIRA, L. F & STRAUBE, F. C. Aves ameaçadas de extinção no Brasil. 2008.. In: MACHADO,
A. B. M. ; DRUMMOND, G. M. & PLAGIA, A. P Livro vermelho da fauna brasileira
ameaçada de extinção. Brasília, DF : MMA; Belo Horizonte, MG; Fundação Biodiversitas, 2v.
1420p.
347
SIQUEIRA, D. R. 1997. Estudo florístico e fitossociológico de um trecho da mata do zumbi,
Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. Recife: Universidade Federal Rural de Pernambuco
88p. Tese (Doutorado).
SIQUEIRA, J.C. 2006. Bioinvasão vegetal: dispersão e propagação de espécies nativas e invasoras
exóticas no campus da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO).
Pesquisas Botânica 57: 319-330.
SMAYDA, T. J. The plankton of estuaries. In: KETCHUM, B. H. (Ed.). Estuaries and enclosed seas.
Amsterdam: Elsevier, 1983. Cap. 4., p. 65-112.
SOURNIA, A. Introdution, Cyanophycées, Dictyochophycées, Dinophycées et Rhaphidophycées. In:
Atlas du phytoplankton marin. Paris: Centre Nationale de La Recherche Scientifique, 1986.
V.1, 209p.
SOURNIA, A. Le genre Ceratium (Peridinien planctonique) dans le canal Mozambique. Contribuition a
une revisión mondiale. Vie Milleu, Paris: ser. A, n. 2/3, p. 375-499, 1967.
SOUZA E SILVA, E. O microfitoplâncton de superficie nos meses de setembro e outubro na estação
Inhaca (Mozambique). Lisboa: Memórias da Junta de Investigação Ultramar. 2ª Série. N.18,
1960. 56 p.l
SOUZA, M.M. A. 1996. Variação temporal da estrutura dos bosques de mangue de Suape-PE.
Dissertação de mestrado. Universidade Federal Rural de Pernambuco. Recife.
SOUZA, R. C. 2003. Ictioplancton do complexo estuarino de Itapessoca- litoral norte de
Pernambuco, PE. São Carlos, SP. Universidade Federal de São Carlos. Centro de
ciências biológicas e da Saúde. p. 85.(Tese de Doutorado).
STEIDINGER, K. A.; TANGEN, K. Dinnoflagellates. In: TOMAS, C. R. Identifying Marine
Phytoplankton. San Diego: Academic Pess. 1997. 384-589p.
TABANEZ, A.A.J.; VIANA, V.M. & DIAS, A.S. 1997. Conseqüências da fragmentação e do efeito
de borda sobre a estrutura, diversidade e sustentabilidade de um fragmento de floresta
de planalto de Piracicaba, SP. Revista Brasileira de Biologia 57: 47-60.
TADDEI, V.A. Phyllostomidae da região norte-ocidental do Estado de São Paulo. 249f. Tese
(Doutorado em Ciências)-Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São José do rio Preto,
São José do Rio Preto, 1973.
TELINO-JÚNIOR, W.R., S.M. AZEVEDO JÚNIOR E R.M. LYRA NEVES. 2003. Censo de aves
migratórias (Charadriidae, Scolopacidae e Laridae) na Coroa do Avião, Igarassu, Pernambuco,
Brasil. Revista Brasileira de Zoologia 20: 451-456.
THORBJARNARSON, J. B. (1991). An analysis of the spectacled caiman (Caiman crocodilus) harvest
program in Veneluela. In: Neotropical Wildlife use and conservation. K. H. Redford. London:
217-235.
THORP, J. H.; COVICH, A. P. 2001. Ecology and Classification of North American Freshwater
Invertebrates, Second Edition. San Diego, Academic Press, 1056p.
TOWNSEND, C. R. ; BEGON M. & HARPER, J. L. 2006. Fundamentos em ecologia. Segunda
edição, Porto Alegre, 592p.
348
TRIVINHO-STRIXINO, S.; STRIXINO, G. 1995. Larvas de Chironomidae (Diptera) do estado de
São Paulo – Guia de identificação e diagnose dos gêneros. São Carlos – SP. 229p.
UIEDA, W. Período de atividade alimentar e tipos de presa dos morcegos hematófagos
(Phylostomidae), no sudeste do Brasil. Brazilian Journal of Biology, v. 52, n. 4, p. 563-573,
1992.
VALENÇA, A. P. M. C. 2009. As Comunidades Macrobentônicas na Avaliação da Qualidade
Ambiental de Áreas Estuarinas de Pernambuco. Departamento de Oceanografia.
Dissertação de Mestrado. Recife. Universidade Federal de Pernambuco, 70p.
VAN HEURCK, H. A treatise on the diatomaceae. London: Willian Wesley, 1986, 559p.
VASCONCELOS FILHO, A. de L.; ACIOLI, F. D.; GUEDES, D. de S. 1994/95. Peixes do estuário do
rio Paripe (Itamaracá-PE). Trab. Oceanogr. Univ. Fed. PE. Recife, 23:65-77.
VASCONCELOS FILHO, A. L.; OLIVEIRA, A.M. E. O. Ictiofauna. In. Gerenciamento participativo de
estuários e manguezais. Editora Universitária. 2000. 252p.
VERDADE, L. M. (2001). O programa experimental de criação em cativeiro do jacaré-de-papo-
amarelo (Caiman latirostris) da ESALQ/USP: histórico e perspectivas. In: A produção animal
na visão dos brasileiros. Piracicaba: FEALQ. W. R. S. e. a. Mattos: 555-564.
VIANA, V.M., PINHEIRO, L.A.F.V. 1998. Conservacao da biodiversidade em fragmentos
florestais. Serie tecnica IPEF, v.12, n.32, p.25-42.
VIELLIARD, J. M. E. (2000). Bird community as an indicator of biodiversity: results from quantitative
surveys in Brazil. An. Acad. Bras. Cienc. v.72, n. 3, p. 323-330.
VOSS, R. & L.H. EMMONS. 1996. Mammalian diversity in Neotropical lowland rainforest: a
preliminary assessment. Bulletin of the Americam Museum of Natural History 230: 1-115.
WELLS, K. D. 1998. Herpetology. Prentice-Hall. New Jersey. 1ª. Ed. 577p.
WERNER, D. I. (1991). The rational use of green iguanas. In: Neotropical wildlife use and
conservation. K. H. Redford. London: 181-201.
WILSON, D.E. & REEDER, D. 2005.Mammal species of the world: A taxonomic and geographic
reference, 3 ed. Baltimore: the Jonhs Hopkins University Press. 242p
WOOD. E. J. F. Dinoflagellates of the Caribean Sea and adjacents areas. Flórida: University of
Miami Press, 1968. 143 p.
YÁÑEZ-ARANCIBIA, A. 1985. The estuarine nekton: why and how in ecological monograph. Preface.
In (Ed.) Fish community ecology in estuaries and coastal lagoons: towards na ecosystem
integration. Mexico: UNAM, 1985. XV., chap.1.p.1-8.
ZICKEL, S.C.; ALMEIDA JR., E.B.; MEDEIROS, D.P.W.; LIMA, P.B.; SOUZA, T.M.S.; LIMA, A.B.
2007. Magnoliophyta species of restinga, state of Pernambuco, Brazil. Check List: 3(3):
224-241.
Links acessados.
349
Acessado em: 20/12/2009.
BRASIL/IBAMA. Instrumentos de Planejamento e Gestão Ambiental para Amazônia, Cerrado e
Pantanal- Demandas e Propostas- Metodologia de Avaliação de Impacto Ambiental.
Disponível em: http://ibama2.ibama.gov.br/cnia/download/publicacoes/t0137.pdf.
Acesso em: 15/11/2007.
BORGES, D. J. V.; Cunha, A. M. O.; Marçal Júnior, O. As Condições Sócio-Ambientais de Áreas de
Preservação Permanente Na Zona Urbana de Uberlândia: Aspectos Paisagísticos e
Sociais1. Disponível em: http://www.ig.ufu.br/revista/volume18/artigo15_vol18.pdf
Acessado em: 15/11/2007
GOVERNO DE PERNAMBUCO. Diagnóstico Socioambiental do Litoral Sul de Pernambuco. CPRH
1999. Disponível em :
http://www.cprh.pe.gov.br/central_servicos/centro_documentacao_informacao_ambiental/centr
al_downloads/39749%3B34001%3B020709%3B0%3B0.asp
Acessado em: 19/04/2010.
GOVERNO DE PERNAMBUCO. APL em PE. AD DIPER – Agencia de Desenvolvimento Econômico
de Pernambuco. Disponível em: http://www.pernambuco.gov.pe/ADDIPER
Acessado em: 20/12/2009.
GOVERNO DE PERNAMBUCOO Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável a Zona da
Mata/ PROMATA - VISÃO GERAL. Disponível em:
http://www.promata.pe.gov.br/internas/programa/visao_geral.asp.
Acessado em: 15/10/2009.
MOURA, H. J. T.; Oliveira, F. C. O Uso das Metodologias de Avaliação de Impacto Ambiental em
Estudos Realizados no Ceará. Disponínel em:
http://www.ebape.fgv.br/radma/doc/FET/FET-032.pdf
Acesso em: 09/11/2007.
NASCIMENTO, D. M. C. Aplicação de Algumas Abordagens da Vulnerabilidade Ambiental como
Instrumento de Gestão do Território. Salvador, 2005. Disponível em:
http://www.geoambiente.ufba.br/semin%C3%A1rio/Daria.pdf
. Acesso em: 01/10/2007
350
9. GLOSSÁRIO
Abiótico
O componente não vivo do meio ambiente. Inclui as condições físicas e químicas do meio.
Aqüicultura
Cultivo de animais na água.
Aqüífero
Formação porosa (camada ou estrato) de rocha permeável, areia ou cascalho, capaz de armazenar e
fornecer quantidades significativas de água.
Área Contaminada
Área onde há comprovadamente poluição causada por quaisquer substâncias ou resíduos que nela
tenham sido depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados, e que determina
impactos negativos sobre os bens a proteger.
Área Degradada
Área onde há a ocorrência de alterações negativas das suas propriedades físicas, tais como sua
estrutura ou grau de compacidade, a perda de matéria devido à erosão e a alteração de
características químicas, devido a processos como a salinização, lixiviação, deposição ácida e a
introdução de poluentes.
Assoreamento
Obstrução, por areia ou por sedimentos, de rio, canal ou estuário.
Aterros de Resíduos
Disposição de resíduos em um corpo receptor, geralmente o solo, a longo prazo ou em caráter
permanente, onde são adotadas técnicas que objetivam a proteção da saúde pública e do meio
ambiente.
351
Avaliação de Riscos
Processo pelo qual os resultados da análise de riscos são utilizados para a tomada de decisão,
através de critérios comparativos de riscos, para definição da estratégia de gerenciamento dos riscos
e aprovação do licenciamento ambiental de um empreendimento.
Bacia Hidrográfica
É uma área definida topograficamente (divisor com outra bacia hidrográfica), onde toda a
chuva que cai no seu interior é drenada por um curso d’água (rio principal) ou um sistema
conectado de cursos d’água (afluentes ao rio principal) tal que toda vazão efluente é descarregada
através de uma simples saída (“boca” do rio) no ponto mais baixo da área.
Balanço Hídrico
Estimativa detalhada da diferença entre a disponibilidade de água e a demanda pela água dentro de
uma bacia ou sub-bacia hidrográfica.
Barragem
Estrutura que represa as águas dos rios.
Barramento ou Barragem
Barreira construída transversalmente a um rio, para controlar o nível das águas. Estrutura que evita a
intrusão de água salgada em um rio, sujeito à influência das marés. Obra de terra para conter as
águas de um rio em determinado trecho ou para evitar as inundações decorrentes de ondas de cheia
ou de marés.
Bioma
Amplo conjunto de ecossistemas terrestres caracterizados por tipos fisionômicos semelhantes de
vegetação, com diferentes tipos climáticos.
Biota
Conjunto de seres vivos que habitam um determinado ambiente ecológico, em estreita
correspondência com as características físicas, químicas e biológicas deste ambiente.
Canalização
É toda obra ou serviço que tenha por objetivo dotar os cursos d’água, ou trechos destes, de seção
transversal com forma geométrica definida, com ou sem revestimento de qualquer espécie, nas
margens ou no fundo.
Contaminação
352
É alteração química das propriedades do solo, água e alimentos por substâncias que podem colocar
em risco a saúde humana e do ambiente. Pode ser causado pelo aumento da concentração de metais
pesados, de substâncias orgânicas tóxicas.
Detrito
Matéria orgânica parcialmente decomposta.
Efluentes
São, geralmente, produtos líquidos ou gasosos produzidos por indústrias ou resultante dos esgotos
domésticos urbanos, que são lançados no meio ambiente.
Empreendimento
Conjunto de ações, procedimentos, técnicas e benfeitorias que permitem a construção de uma
instalação.
Endemismo
Fenómeno que se caracteriza pela ocorrência exclusiva de uma população de seres vivos numa dada
área, tipicamente habitats com condições muito específicas, razão pela qual estas populações não
existem naturalmente noutras regiões.
Se estas apenas existem em zonas muito pequenas correm, geralmente, maior perigo de extinção do
que as espécies que ocorrem em muitos locais e até mesmo em biomas distintos. Portanto, se
desaparecer de lá, extingue-se no meio natural. Na mata atlântica, existem várias espécies
endêmicas.
Erosão
É um processo que se traduz na desagregação, transporte e deposição do solo, sub-solo e rocha em
decomposição pelas águas, ventos ou geleiras. Define-se também como um processo de
desprendimento e transporte das partículas sólidas do solo pelos agentes erosivos. Depende,
sobretudo, das propriedades do solo, clima, vegetação, topografia e outras condições. A cobertura
vegetal influencia as taxas de escoamento superficial e erosão mais que qualquer outro fator físico
individual.
Erosão Regressiva
Movimento de partículas de uma massa de solo carreadas por percolação d’água, sendo
que o fenômeno é iniciado sob condições de gradiente hidráulico crítico e provoca a
abertura progressiva de canais dentro da massa de solo em sentido contrário ao do fluxo
d’água.
353
Espécies Cinegética
Atividade cinegética é a caça. Por isso, as espécies cinegéticas são as que podem ser caçadas
durante determinados períodos de tempo e com regras.
Fossas Sépticas
Fossa subterrânea projetada para receber, manter e decompor os conteúdos da água residual
doméstica.
Impacto Ambiental
É qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas, que direta ou
indiretamente, afetam: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e
econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos
recursos ambientais.
Inundação
É o fenômeno em que o volume de água de uma enchente (em geral, por excesso de chuvas)
transborda do canal natural do rio. Podem ter duas causas: o excesso de chuvas, de tal forma que o
canal do rio não suporta a vazão da enchente ou existe, a jusante da área inundada, qualquer
obstrução que impede a passagem da vazão de enchente, como por exemplo, um bueiro mal
dimensionado ou entupido.
Irrigação
Rega artificial das terras por meio de canais, canos, levadas, etc.
Lixão
Disposição inadequada de resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples descarga do mesmo no
solo, sem medidas de proteção ao manuseio e à saúde pública. Esta atividade não é licenciável. Ver
Aterro de resíduos e recuperação de lixão com uso.
Lixiviação
Operação de separar certas substâncias contidas nos resíduos industriais por meio de lavagem ou
percolação.
Lixo Industrial
Ver resíduos sólidos industriais.
Lixo Seco/inorgânico
É composto principalmente por materiais de embalagens (vidros, papéis, metais, papelão, pilhas),
podem ser reciclados.
354
Lixos Orgânicos
Resultam de restos de animais ou vegetais.
Mata Ciliar
É a vegetação que margeia os cursos d’água, ou que contorna os lagos, nascentes e açudes,
situando-se em solos úmidos ou até mesmo encharcados e sujeitos às inundações periódicas.São
consideradas áreas de preservação permanente, permitindo a conservação da flora e fauna típicas e
atuam na regularização dos fluxos de água e de sedimentos, na manutenção da qualidade da água e,
através do sistema radicular e da copa do conjunto das plantas, constituem a proteção mais eficiente
dos solos que revestem.
Monitoramento
É a avaliação contínua e/ou periódica das variáveis operacionais e das emissões provenientes de
uma fonte de emissão.
Monitoramento Ambiental
É a avaliação qualitativa e quantitativa, contínua e/ou periódica, da presença de poluentes no meio
ambiente.
Monocultura
Forma de agricultura na qual uma única espécie é cultivada em uma área, excluindo todas as outras.
Poluição
É toda matéria ou forma de energia colocada em excesso no meio ambiente, que provoca uma
mudança negativa na qualidade de alguma parte da biosfera, podendo causar doenças, morte ou
mesmo extinção de alguma espécie.
Precipitação
É o processo pelo qual a água condensada na atmosfera atinge gravitacionalmente a superfície
terrestre. A precipitação ocorre sob as formas de chuva (precipitação pluviométrica), de granizo e de
neve.
Reciclagem
Reutilização de materiais que foram retirados do fluxo de resíduos.
Reservatório de Água
Toda massa de água, natural ou artificial, usada para armazenar, regular e controlar os recursos
hídricos. A partir da seção imediatamente a montante de um barramento, é todo volume disponível,
constituído de alturas atingidas pelas águas e respectiva área superficial abrangida (espelho d’água),
descritos por curvas cota-volume e cota-área.
355
Resíduos Sólidos – RS
Resíduos nos estados sólidos semi-sólidos, que resultam de atividades da comunidade de origem:
industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição, entre outros. Ficam
incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados
em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas
particularidades tornem inviáveis o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos água, ou
exijam para isto soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia
disponível.
Risco
Medida de danos à vida humana, resultante da combinação entre a freqüência de ocorrência e a
magnitude das perdas ou danos (conseqüências).
Sedimento
Material ou camada de material depositado pela água, o vento ou as geleiras.
Sedimentação
Processo de crescimento por recheio ou elevação do leito de um canal ou rio, por sedimentos
transportados pela água que se escoa por ele em conseqüência de redução da sua velocidade; o
mesmo que assoreamento quando se tratar de areia.
Sistematização.
Arranjo ordenado de componentes que estão interrelacionados e que atuam e interatuam com outros
sistemas, para cumprir uma tarefa ou função num determinado ambiente.
Solo
Mistura de minerais (matéria inorgânica) e organismos mortos em decomposição (matéria orgânica)
que forma uma fina camada sobre a superfície terrestre. Contém ar, umidade e inúmeros organismos.
Solo Agrícola
Todo o solo que tenha aptidão para utilização agrosilvopastoril não localizado em área de
preservação permanente.
356
Unidades de Conservação de Proteção Integral
Aquelas destinadas à manutenção dos ecossistemas livres de alterações causadas por interferência
humana, admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais.
Vazão
É o volume de água que passa por uma determinada seção de um conduto por uma unidade de
tempo. Usualmente é dado em litros por segundo (l/s), em metros cúbicos por segundo (m3/s) ou em
metros cúbicos por hora (m3/h).
357
ANEXOS
I
ANEXO 01. EQUIPAMENTOS TURISTICOS
1. Itapissuma
1.1. Restaurantes
1.1.1. BAIANINHA
CENTRO COMERCIAL DR. JAYME FERREIRA RÊGO, BOXE 05, CENTRO
1.1.5. O CONVÉS
RUA MANOEL LOURENÇO, 126, CENTRO, CEP:53.700-000
II
1.1.6. REPETECO DO ARMANDO
CENTRO COMERCIAL JAIME FERREIRA DO REGO, BOX: 06
2. Goiana
2.1. Hospedagem
2.1.1 RENASCENTE HOTEL
RUA DO JILÓ, 33, CENTRO. CEP: 55.900-000
CAPACIDADE: UH'S: Aptos: 21 Total: 21 LEITOS: Aptos: 42 .Total: 42
2.1.2. BEIRA-MAR
RUA DA PRAIA, 05, CENTRO, PONTA DE PEDRA. CEP: 55.900-000
CAPACIDADE: UH'S: Aptos: 06 Quartos: 02 Total: 08. LEITOS:
Aptos: 14 Quartos: 08 Total: 22
2.1.5. SAYONARA
RUA DO MEIO, 457, PRAIA DE PONTA DE PEDRA, CEP: 55.900-000
CAPACIDADE: UH'S: Aptos: 12 Total: 12 LEITOS: Aptos: 30 Total: 30
2.2. Restaurantes
2.2.1. ARREIO DE PRATA
III
RUA CORAÇÃO DE JESUS, S/N (RODOVIA PE-75, KM 05) - CEP 55.900-000
2.2.2. BATATÃO
PRAÇA DA BÍBLIA, S/N, ALVORADA - CEP 55.900-000
2.2.5. CASARÃO
RUA DA PRAIA, 385, PONTA DE PEDRAS - CEP 55.900-000
2.2.6. JAPUMIM
RODOVIA PE 75, KM 4,5 - CEP 55.900-000
IV
ESTRADA DO FORTE ORANGE, 1301, PRAIA DO FORTE. CEP 53.900-000
3.2. Restaurantes
3.2.1. APETITOSA
ESTRADA FORTE ORANGE, 700, PRAIA DE SÃO PAULO,.CEP: 53.900-000
3.2.5. MARINAS
AV. BENIGNO CORDEIRO GALVÃO, 252, JAGUARIBE, CEP:53.900-000.
V
AV. PADRE TENÓRIO, N° 661. QUATRO CANTOS
VI
AV. BEIRA MAR, S/N, PRAIA DE JAGUARIBE, CEP: 53.900- 000
3.2.21.CALDINHO DA ILHA
AV. JOÃO PESSOA GUERRA, 990, ÂMBAR, CEP: 53.900-000
3.2.25. CAUANE
RUA GUARAPARI, 52, FORTE ORANGE, CEP: 53.900-000
3.2.27. MESSIAS
AV. DO FORTE, 200, ORANGE - CEP 53.900-000
VII
AV: JOÃO PESSOA GUERRA, N° 3850.
3.2.33. PARAÍSO
RUA: SANTA MARIA DA BOA VISTA, 87 ENSEADA DOS GOLFINHOS
VIII
ANEXO 02. RELAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES
MUNICÍPIO DE ITAMARACÁ
AS MAIS EXPRESSIVAS:
Telefone: 81.3544-3185.
Telefone: 81 3544-2323,
Telefone: 81.3544-1622.
IX
Endereço: Rua caruaru, nº 21, Forte Orange, Ilha de Itamaracá-PE,
Telefone: 81.35441810.
OUTRAS ENTIDADES:
Descrição: A associação Legalizada no ano 1999, já contou com 1.200 associadas, atua
promovendo cursos e defendendo os direitos das mulheres, no momento passa por grande
dificuldade, encontra-se sem espaço físico e recursos para suas reuniões e
conseqüentemente para atuação. Entidade cadastrada no conselho municipal de assistência
social.
Telefone: 81.35441810.
X
Endereço: Alto céu Azul,s/n, Forte Orange, Itamaracá-PE,
Telefone:81.35441816.
Telefone: 81.35441174.
Endereço: Praça Gonçalves Rufino, s/n, Quatro Cantos, Ilha de Itamaracá – PE,
XI
Telefone: 81. 88916046.
Telefone: 81.92292835.
Telefone: 81.99697473.
Telefone: 81.96272395.
XII
Descrição: Entidade Legalizada, fundada em 31 de julho de 2003, oferece curso para
adolescente em situação de risco. Com dificuldades atuais para atuação. Entidade
cadastrada no conselho municipal de assistência social.
Telefone: 81.35443652.
Telefone: 81.87841278.
Descrição: Fundada em 02 de janeiro de 2001, atua com cursos e palestras para 3ª idade.
Entidade cadastrada no conselho municipal de assistência social.
Telefone: 81.92924020.
XIII
Endereço: Rua Campo Alegre, nº 174, Alto da Felicidade, Ilha de Itamaracá – PE,
Endereço: Rua Joaquim Correia Santos, nº151, Quatro Cantos,Ilha de Itamaracá – PE,
Grupo informal, que atua com atividades teatrais em escolas e praças. Telefone: 81.88592908. Com
dificuldades para atuação.
Município: ITAPISSUMA
XIV
3 AS MAIS EXPRESSIVAS:
Telefone: 81.99013494.
4 OUTRAS ENTIDADES:
Atua promovendo cursos e palestras para as mães carentes de Itapissuma. Com dificuldades
para atuação.
XVI
6.30 Associação Comunitária Unidos do Grêmio de Itapissuma –
Município: GOIANA
XVII
5 AS MAIS EXPRESSIVAS:
Telefone: 81.92379987.
Telefone: 81.9199-9643.
Descrição: Fundada no ano 1979, conta com 170 associados e defende os interesses dos
pescadores.
XVIII
Descrição: Fundada em 04 abril de 2006, atende cerca de 370 famílias não possui sede, no
momento tentando se estruturar juridicamente com o apoio de entidades governamentais.
Entidade cadastrada no conselho municipal de assistência social.
XIX
Descrição: Fundada em 08 de julho de 2008, atua promovendo cursos de limpeza e
vendendo os produtos produzidos na entidade. A associação é entidade titular do conselho
Municipal de Assistência Social.
Endereço: Loteamento Osvaldo Rabelo, Conjunto Residencial Holandês QG, s/n, Nova
Goiana, Goiana-PE,
Telefone: 81. 9178-7073.
Descrição: Fundada em 16 de maio de 2006, atua provendo cursos com pequenos
trabalhos manuais, e articulando com artesãos feiras e eventos. A associação é entidade
titular do conselho Municipal de Assistência Social.
6 OUTRAS ENTIDADES:
Telefone 81 3626-1576..
Telefone: 81.94306661.
XX
6.4 Associação dos Caboclinhos de Goiana,
Descrição: Não tem sede, mais atua apenas nos pontos de cultura promovido pela
prefeitura de Goiana.
Telefone:81. 3636-5844.
Endereço: Rua Recanto Bom Tempo, Lote 28, Q-E, Centro, Goiana-PE,
6.9 Associação Paroquial de Assistência pelo Abrigo dos Velhos São José:
XXI
Endereço: PE 049, Km 01, Alecrim, Goina-PE,
ASSENTAMENTOS:
1. Associação dos Pequenos Agricultores do Assentamento do Loteamento Bela Vista II:
Entidade cadastrada no conselho municipal de assistência social. Atua na defesa dos
interesses dos pequenos agricultores
XXII
ANEXO 03. MAPA GEOLÓGICO
XXIII
ANEXO 04. MAPA GEOMORFOLÓGICO
XXIV
ANEXO 05. MAPA HIDROLÓGICO
XXV
ANEXO 06: MAPA DE SOLOS
XXVI
ANEXO 07. MAPA DE APTIDÃO AGRÍCOLA
XXVII
ANEXO 08. MAPA DE SUSCETIBILIDADE À EROSÃO
XXVIII
ANEXO 09. MAPA DE VEGETAÇÃO, USO E OCUPAÇÃPO
DO SOLO
XXIX
ANEXO 10. MAPA DE DECLIVIDADE
XXX
ANEXO 11. MAPA DE POTENCIALIDADES
XXXI