Bioquímica II
Bioquímica II
Bioquímica II
2011/2
Vivian Rocha
Sumário
Módulo I ............................................................................................................................. 7
Aula 1 - Glicólise e Fermentação...................................................................................... 7
Glicólise ....................................................................................................................... 7
Fermentação ................................................................................................................. 7
Transportador de Glicose - GLUT ................................................................................ 7
Via glicolítica ............................................................................................................... 8
1a Reação da via: fosforilação da glicose .................................................................. 8
2a Reação da via: isomerização da glicose 6-fosfato a frutose 6-fosfato .................... 8
3a Reação da via: fosforilação da frutose 6-fosfato ................................................... 8
4a Reação da via: quebra da frutose 1,6-bifosfato em duas trioses ............................. 8
5a Reação da via: interconversãode GAP e DHAP .................................................... 8
6a Reação da via: oxidação do GAP e redução do NAD+ .......................................... 9
7a Reação da via: fosforilação da 1a molécula de ATP ............................................... 9
8a Reação da via: Reação da fosfogliceratomutase .................................................... 9
9a Reação da via: Reação da enolase: produção do 2o fosfato de alta energia ............ 9
10a Reação da via: produção da 2a molécula de ATP ................................................ 9
Níveis Hierárquicos de Regulação ................................................................................ 9
Fluxo de Moléculas da Via ....................................................................................... 9
Reguladores Alostéricos ........................................................................................... 9
Hormonal ............................................................................................................... 10
Aula 2 - Metabolismo de Glicogênio .............................................................................. 11
Estoque de Glicogênio ................................................................................................ 11
Mobilização do Glicogênio ......................................................................................... 11
Degradação do Glicogênio .......................................................................................... 11
Síntese de Glicogênio ................................................................................................. 12
Regulação do Glicogênio e da Glicólise ...................................................................... 12
Aula 3 - Regulação da Glicólise e do Metabolismo do Glicogênio .................................. 12
Primeira Regulação - Hexoquinase ............................................................................. 12
Segunda Regulação - PFK 1 ....................................................................................... 13
O que ativa a PFK 2? ............................................................................................. 14
Regulação da PFK 1 - Hepatócito.......................................................................................15
Regulação da PFK 1 - Miócito ...........................................................................................15
Terceira Regulação - Piruvato quinase ........................................................................ 16
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Módulo I
Glicólise
A via glicolítica que é uma via que consome glicose produzindo piruvato, esta via ocorre no
citosol de praticamente todos os tipos celulares de todos os organismos.
O NADH dentro da célula pode ser transformado em 3 ATP, se ele transmitir seu potencial
redutor para dentro da mitocôndria, caso isso não ocorra o NADH no citosol continua sendo
NADH.
A glicólise é uma via que produz de pouco ATP, mas tema vantagem de que não há a
necessidade de oxigênio para eliminar (ou usar) o produto dessa via que é o piruvato, gerando
energia de uma maneira independente de oxigênio.
O S. Nervoso e as hemácias fazem glicólise o tempo inteiro, os demais tecidos farão
glicólise quando houver glicose em abundancia no sangue.
Sendo assim no estado de jejum só o cérebro e as hemácias consomem glicose. No estado
alimentado, onde a glicose é abundante, todos os tecidos consomem glicose.
Obs.: No estado de jejum o fígado produz glicose.
A partir deste panorama geral, respondemos quem faz, onde faz e porque fazemos a glicólise
e como ocorre.
A glicólise é uma das vias mais conservadas dos sistemas biológicos, praticamente não
existem doenças metabólicas relacionadas à mutação em enzimas da glicólise, normalmente a
mutação em uma enzima da glicólise impede o desenvolvimento daquele organismo.
Se a glicose esta disponível é preferível metabolizar glicose, isso significa que a glicólise é
uma via preferencial a ser executada. Quando a glicose estiver disponível abrimos mão do ácido
graxo e preferencialmente iremos metaboliza-la.
Fermentação
A fermentação dá destino no piruvato. Os tecidos que fazem fermentação em mamíferos
são as hemácias e os músculos. As hemácias, pois não possuem mitocôndrias e no músculo a
fermentação vai ser opcional e vai depender da disponibilidade de O 2 e da intensidade de contração.
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O GLUT do fígado permite a entrada ou saída de glicose, isso vai depender exclusivamente
do gradiente de concentração, se houver mais glicose fora da célula, esta vai entrar e vice-versa. No
cérebro, a entrada de glicose gera a produção de energia (CO2). Nas hemácias o lactato da
fermentação é jogado na circulação. No tecido muscular a síntese de pentoses, estoque de
glicogênio, produção de energia, síntese de nucleotídeos e produção de poder redutor. No tecido
adiposo a glicose é usada tanto para a produção de energia tanto quanto para estoque como lipídeo.
Via glicolítica
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Reguladores Alostéricos
O exemplo mais clássico é a regulação pelo balanço energético, a carga energética da
célula vai determinar que vias vão ser aceleradas e que vias vão ser diminuídas. Normalmente em
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altas concentrações de ATP às vias que levam a produção deste são diminuídas, o que permite
aumentar a velocidade de vias que sejam energeticamente custosas. Em baixas concentrações de
ATP a intensidade da via é aumentada para produzir mais ATP.
Não é somente o ATP que entra nessa regulação, temos o ADP, o AMP, o NADH e o
+
NAD . O NADH tem o mesmo raciocínio de regulação do que o ATP, já o ADP, AMP e o NAD+
possuem o raciocínio oposto.
Portanto quando temos altas concentrações de NADH e ATP a glicólise diminui. Quando
isso ocorre às concentrações de ADP, AMP e NAD+ estão baixas.
Então o ATP e o NADH tendem a inibir as vias que produzem ATP e a estimular vias que
gastam ATP para construir alguma coisa para célula, enquanto que o ADP, AMP e o NAD + tendem
a fazer o oposto, tendem a estimular vias que levam a produção de ATP.
Quando temos baixas concentrações de ATP e NADH às concentrações de ADP, AMP e
+
NAD vão estar altas a glicólise aumenta (estimulo/ativação da via glicolítica).
Quando ADP e AMP estão em altas concentrações que dizer que esta faltando energia,
sendo assim estas duas moléculas vão precisar estimular não só a via glicolítica, mas qualquer outra
via que leve a produção de ATP.
Sendo assim ATP e o NADH tendem a inibir as vias que produzem ATP e a estimular vias
que gastem ATP, enquanto que o ADP, AMP e o NAD+ tendem a fazer o oposto, estimulando vias
que levam a produção de ATP.
Reguladores alostéricos são moléculas que se ligam a enzima fazendo com que esta passe
de uma forma relaxada para uma forma tensa. Exemplo, quando ligamos ATP na PFK1, o ATP leva
a PFK1 a ficar mais tensa e consequentemente ela irá metaboliza mais lentamente a sua reação. Se
a PFK1 for regulada por AMP, ADP ou NAD+, provavelmente ela irá metaboliza com mais
eficiência a sua reação.
Obs.: Esse tipo de regulação alostérica esta em todas as vias. Sempre que tivermos uma
etapa irreversível que envolve ATP teremos essa regulação!
Hormonal
O hormônio que sinaliza o estado de jejum é o glucagon e que o sinaliza o estado
alimentado é a insulina.
Esses hormônios vão se ligam em algum receptor de um determinado tipo celular, esse sinal
que é passado para dentro da célula, esse sinal que é passado para célula normalmente é ativação de
enzimas que fazem fosforilação, que ativa uma cascata de sinalização até uma enzima, a mais
comum é a proteína quinase A que responde a glucagon e a adrenalina. A insulina irá ativar
outras proteínas quinases.
Exemplo, quando o sinal do glucagon (estado de jejum) é emitido, a proteína quinase A é
ativada e vai fosforilar enzimas da glicólise, essa fosforilação leva a inibição da via glicolítica. Pois
no estado de jejum não é qualquer célula que pode gastar glicose, sendo essa restrita a tecidos mais
nobres.
O nível hierárquico mais alto é o hormonal é o nível que liga ou desliga vias inteiras.
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Estoque de Glicogênio
O glicogênio é estocado no citosol e praticamente todas as células podem estoca-lo, mas em
quantidades significativas para o metabolismo energético somente fígado e o músculo.
Para estocar glicogênio precisamos ter glicose em abundancia, consequentemente só
estocamos glicogênio quando estamos alimentados (sinal de insulina). Para estoca-lo temos que ter
a carga energética da célula alta e o sinal hormonal correto.
O objetivo de estoque de glicogênio no músculo é completamente diferente do objetivo de
estoque de glicogênio no fígado. O objetivo do fígado é de quando seu organismo entrar em jejum o
glicogênio vai ser doado para o sangue, para o que os tecidos nobres como o cérebro, sistema
nervoso e as hemácias do sangue consigam se manter bem utilizando glicose.
Mobilização do Glicogênio
O fígado vai doar glicose para os tecidos mais nobres, sendo assim ele não consume essa
glicose. Ele vai degradar o glicogênio, mas no momento de jejum o sinal hormonal do glucagon
esta bloqueando a glicólise no fígado. Ou seja, o sinal hormonal não permite que fígado gaste
glicose, sendo esta exporta para o sangue.
O músculo vai gastar o seu glicogênio, mas ele só irá degrada-lo o glicogênio quando
estivermos em jejum e houver necessidade energética, se estivermos em jejum, mas em repouso o
glicogênio a principio não esta sendo utilizado.
Então em jejum somente as hemácias e o sistema nervoso usam a glicose do sangue, os
outros tecidos não possuem autorização hormonal para utilizar a glicose do sangue.
Degradação do Glicogênio
O glicogênio é degradado por uma reação chamada fosforólise, onde a molécula que faz a
reação é o fosfato. Quando quebramos por fosforólise o fosfato entra no produto final. A quebra do
glicogênio gera glicose 1-fosfato. As pontas da cadeia são quebradas primeiro, quando chegamos
as ramificações, estas precisam ser desfeitas para continuarmos degradando a cadeia linear. A
enzima que cria a ramificação é chamada de enzima ramificadora enquanto que a enzima que a
degrada é chamada de enzima desramificadora.
Essa glicose 1-fosfato é isomerizada em glicose 6-fosfato que é um intermediário da
glicólise. O destino da glicose 6-fosfato que é produzida a partir da quebra do glicogênio vai
depender da necessidade do tecido.
No fígado o destino na glicose 6-fosfato é ficar ali ate ser desfosforilada. No músculo a
glicose 6-fosfato vai seguir a via glicolítica.
A glicose que o músculo estoca como glicogênio vai servir somente para ele, o músculo só
mobilizará esse glicogênio em duas condições: jejum e necessidade energética.
A enzima que quebra o glicogênio é a glicogênio fosforilase e a enzima que faz a
isomerização de glicose 1-fosfato para glicose 6-fosfato é uma isomerase chamada de
fosfoglicomutase, essa enzima apresenta um fosfato preso em sua estrutura, este fosfato é colocado
na posição 6 da glicose e depois essa enzima faz a retirada do fosfato que esta preso na posição 1
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na glicose. Esse fosfato que é retirado fica na estrutura da enzima até que esta encontre um novo
substrato.
Obs.: Precisamos entender onde eu mobilizo, quando eu mobilizo, quando eu estoco, porque
e qual é objetivo daquilo.
Obs.: O glicogênio só é quebrado quando estamos em jejum.
Síntese de Glicogênio
A síntese do glicogênio difere da degradação em uma reação, visto que quando quebramos o
glicogênio ele vai direto para glicose 1-fosfato. Na hora de sintetizar existe uma etapa entre a
glicose 1-fosfato e o glicogênio, essa etapa intermediária gasta praticamente 2 ATPs por ligação
glicosídica que é feita, ou seja, produzir glicogênio é caro. Essa etapa extra será regulada
(controlada), por um intermediário ativado que é criado quando a glicose 1-fosfato é fusionada
com uma molécula que possui alta carga energética que é o UTP, gerando um intermediário que é
chamado de UDP-glicose, nessa reação onde a glicose 1-P é fusionada com UTP existe a saída um
piro fosfato (PPi). A elongação da cadeia de glicogênio é catalisada pela enzima glicogênio
sintase. Essa enzima é regulada e a reação é irreversível.
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No fígado tem se uma segunda enzima a glicoquinase que torna isso praticamente uma
mentira, uma vez que esta enzima continua produzindo glicose 6-fosfato, por não ser regulada pela
concentração de produto. O fígado consume muito a sua glicose e sem que haja uma regulação
porque este pode dar muitos destinos para essa glicose. Enquanto que o músculo, por exemplo,
apresenta opções limitadas, visto que a glicose que entra no músculo serve para estocar glicogênio,
gerar energia e um pouco de aminoácido.
Além de estocar glicogênio, de gerar energia e de sintetizar aminoácidos o fígado também
pode sintetizar lipídios a partir dessa glicose. Ou seja, o fígado pode ter uma enzima que continua
convertendo glicose em glicose 6-fosfato dando seguimento a via glicolítica ou a outras vias que
necessitem de energia, pois ele consegue dar vazão a isso.
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Sempre teremos uma enzima ativando a outra. A diferença vai ser que no figado vamos ter
o sinal do glucagon, pois ele praticamente não apresenta recpetores para adrenalina, respondendo
assim marjoritariamente ao glucagacon, enquanto que no
musculo ocorre o contrario, pois este praticamente não
apresenta recpetor de glucagon, a maioria dos seus
recptores são de adrenalina, então o músculo vê o jejum
como ausência da insulina, mas ausência de um hormonio
não é suficiente para dar a sinalização da PKA, a
sinalização dessa enzima só ocorre quando houver repcetor
para adrenalina ou pra glucagon, isso nos leva a quebra do
glicogênio. Ou seja, ativamos a glicogênio fosforilase que
quebra o glicogênio. No caso do músculo o destino da
glicose 1-fosfato é a via glicolítica e no figado a glicose 1-
fosfato em jejum vai para o sangue. Qual é o nome da
enzima intermediária? Fosforilase b quinase. Qual é o
nome do efetor final? Glicogênio fosforilase.
Se levarmos um susto no estado alimentado faz
algum sentido quebramos o glicogênio do músculo? Não.
Então o que vocês esperam que uma alta concentração de
glicose faça com a glicogênio fosforilase? Inative.
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Estado Alimentado
No estado alimentado o Ciclo de Krebs ocorre com três objetivos, três funções:
Gerar energia - Fornecer poder redutor para a produção de ATP;
Os intermediários do Ciclo de Krebs vão fornecer esqueletos carbônicos para síntese
de aminoácidos - Remoção de intermediários do Ciclo para síntese de aminoácidos;
O citrato pode ser removido do Ciclo para síntese de lipídeos, de ácidos graxos mais
precisamente.
A produção de aminoácidos será mais significativa no músculo e a produção de lipídeos será
mais significativa nos adipócitos (tecido adiposo) e fígado, mas todas as células podem fazer síntese
de ácidos graxos para fazer membranas fosfolipídicas usando citrato como intermediário.
Estado de Jejum
No estado de jejum o Ciclo de Krebs ocorre com objetivos diferentes dependo do tipo de
tecido.
O objetivo do Ciclo de Krebs no músculo no estado de jejum é a produção de energia.
Essa produção de energia é feita com carbonos vindos de duas fontes, uma delas é a degradação de
lipídeos e a outra é a quebra do glicogênio. Sendo assim o Ciclo de Krebs vai receber aporte de
moléculas duas vias para gerar energia: a via glicolítica (quando há contração muscular ou levamos
um susto e o organismo libera adrenalina) e da degradação de ácidos graxos (que o músculo faz
sempre). O músculo utiliza preferencialmente como fonte de energia lipídeos (ácidos graxos), que
vem do tecido adiposo e são degradados no músculo e o produto de sua degradação é utilizado no
Ciclo Krebs para a obtenção de energia.
O objetivo do Ciclo de Krebs no fígado no estado de jejum é captar moléculas carbônicas
para permitir a produção de glicose, ele evita as reações de fosforilação oxidativas que liberam
CO2, havendo uma entrada de intermediários no Ciclo para concentrar carbonos.
Obs.: O Ciclo de Krebs não faz glicose, ele fornece carbonos para outra via faça glicose.
Grande parte da carga energética produzida no fígado em jejum vem da degradação de
lipídeos (ácidos graxos), sendo isso suficiente para manter a carga energética necessária. Se houver
necessidade o Ciclo de Krebs complementa, mas se não precisar ele ficará concentrado seu
principal objetivo (citado acima).
Quando quebramos ácidos graxos produzimos energia e carbono, produzimos Acetil-CoA e
energia. A energia será usada para sustentar qualquer coisa que o fígado produza principalmente a
gliconeogênese. O Acetil-CoA terá outro destino, será exportado como corpos cetônicos.
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Obs.: Os carbonos captados pelo Ciclo de Krebs não podem ser do Acetil-CoA, pois esta
molécula apresenta apenas 2 carbonos e se molécula entrar no Ciclo não iria sobrar nenhum
carbono, sendo assim não é possível captar carbonos a partir dele. Para captarmos carbonos
precisamos entrar no Ciclo de Krebs com moléculas com mais de 2 carbonos e de preferência entrar
depois das duas saídas de carbono do Ciclo, evitando assim as reações de descarboxilação
oxidativas, pois são nessas reações que os carbonos são perdidos.
A degradação de lipídeos colabora com carbonos para síntese de glicose correto ou
errado?! Errado, pois o Acetil-CoA não entra no Ciclo para fornecer carbonos. A degradação de
lipídeos colabora com energia para a produção de glicose? Certo, porque a degradação de lipídeos
sustenta energeticamente o fígado.
No músculo duas moléculas vão dar origem ao Acetil-CoA: o piruvato e o ácido graxo. Ou
seja, o Ciclo de Krebs pode entrar com o piruvato vindo da glicólise (no estado alimentando essa
glicose vem do sangue, já no estado de jejum ela vem do glicogênio) ou com ácidos graxos que
produzem diretamente Acetil-CoA e também produzem NADH e FADH2 e liberando CO2.
No fígado é diferente e agora nos só vamos falar dele no estado alimentado.
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regulação oposta, ou seja, o que estimula uma enzima inibe a outra. A concentração Acetil-CoA
regula as duas enzimas, sendo capaz de estimular a piruvato carboxilase e de inibir a piruvato
desidrogenase. Se houver muito Acetil-CoA isso diminui a velocidade da PDH e a enzima passa a
funcionar com deficiência e velocidade da PC é aumenta, ou seja, estimula (ativa), se houver pouco
Acetil-CoA a PBH aumenta e a PC diminui, isso garante que o Ciclo esteja sempre balanceado.
Você chamada de anaplerótico qualquer reação ou fenômeno que preencha alguma coisa. O Ciclo
de Krebs é preenchido pela reação da piruvato carboxilase, essa reação é anaplerótica, onde ocorre
um balanço para garantir que nunca falte intermediários no Ciclo de Krebs
Ciclo de Krebs
Existem três reações dentro do Ciclo que são altamente reguladas a outras são reversíveis
(funcionam em qualquer sentido). As três reações altamente reguladas são: Reação da citrato
sintase (irreversível), Reação da aconitase (reversível) e a Reação de descarboxilação oxidativa
(nome genérico) com a enzima isocitrato desidrogenase (irreversível). Essas três reações serão
reguladas pelas mesmas coisas.
1ª Reação da citrato sintase - Acetil-CoaA + Oxaloacetato gerando Citrato.
2ª Reação da aconitase - Citrato é isomerizado a isocitrato.
3ª Reação de descarboxilação oxidativa - Faz a produção de NADPH, produzindo -ceto
glutarato e liberando CO2. Essa reação é catalisada pela enzima isocitrato desidrogenase.
4ª Reação de descarboxilação oxidativa - Essa reação também é irreversível produz
NADH, Succinil-CoA e libera CO2. Essa reação é catalisada pela -ceto glutarato desidrogenase.
5ª Reação - Produz GTP e ela é reversível e não é regulada, ela utiliza Succinil-CoA e
produz Succinato. A reação é catalisada pela enzima Succinil-CoA sintetase.
6ª Reação - Produz FADH2 (energia - pois equivale a 2 ATPs), também é uma reação
reversível, não é regulada.
7ª Reação - Essa reação também não é regulada, também reversível e não tem nada mais.
8ª Reação - Essa reação produz energia NADH, mas não é regulada é reversível. Catalisada
pela malato desidrogenase.
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Módulo II
AULA 5 - GLICONEOGÊNESE
A gliconeogênese é uma via que produz glicose a partir de moléculas não glicídicas de três
ou mais carbonos e só ocorre no estado de jejum no fígado.
Sendo um pouco mais preciosista o córtex renal também faz gliconeogênese, mas somente
em um estado de jejum mais prolongado.
Os organismos unicelulares não fazem gliconeogênese, sendo assim esta é tipicamente vista
em organismos multicelulares. Em tecidos ou órgãos especializados em sustentar outros órgãos.
No caso dos mamíferos o fígado e o córtex renal vão produzir glicose com o objetivo de
sustentar órgãos mais nobres como o cérebro, sistema nervoso e as hemácias. Esses órgãos iram
prioritariamente metabolizar glicose, no caso das hemácias é exclusivamente glicose.
Os lipídeos sustentam energeticamente a gliconeogênse com ácidos graxos que são
quebrados (β-oxidação) produzindo carbonos e isso também gera muito NADH e muito
FADH2 para executar a esta via que é cara.
A Glicogenólise (quebra do glicogênio) e a gliconeogênese ocorrem ao mesmo tempo e com
o mesmo objetivo no fígado. A diferença é que a glicogenólise é limitada enquanto que a
gliconeogênese a principio é ilimitada, em termos de quanto ela pode produzir, visto que as
moléculas que são utilizadas como substratos por ela estão em abundância no organismo.
Relembrando a glicólise
Três enzimas da glicólise são irreversíveis e reguladas enquanto que as outras 5 vão ser
reversíveis e não reguladas, por tanto elas são capazes de fazer a reação de A para B se houver mais
A e de B para A se houver mais B.
Então é inteligente utilizar, estas 5 enzimas para não precisar sintetizar outras que fariam a
mesma reação que estas fazem.
Qual é o ponto problemático? As enzimas irreversíveis, sendo assim precisamos de outras
enzimas que façam essa reação ao contrario.
Enzimas da Gliconeogênese
Podemos afirmar que a gliconeogênese é a reversão da glicólise? Em parte, porque não é
uma reversão, pois são utilizadas outras enzimas na gliconeogênese nas etapas que seriam
irreversíveis da glicólise, mas todas as enzimas reversíveis são utilizadas para ambas as vias.
Glicose 6-fosfatase
Faz a reação reversa da hexoquinase. Glicose 6-fosfato Glicose retirando o fosfato da
posição 6 e gerando glicose.
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Frutose 1,6-bifosfatase
Faz a reação reversa da PFK 1. Frutose 1,6-bifosfato Frutose 6-fosfato retirando o
fosfato da posição 1.
Terceira enzima
São necessárias várias enzimas para realizar a reação contraria a da enzima piruvato
quinase. Para fazer a reação piruvato fosfoenolpiruvato, a molécula de piruvato precisa passar
por dento dentro da mitocôndria e voltar. Para realizar este processo precisaremos de pelo menos
duas enzimas e dois transportadores. Um transportador vai levar o piruvato para dentro da
mitocôndria, a piruvato carboxilase irá transforma-lo em oxaloacetato e a partir dele uma enzima
chamada de fosfoenolpiruvato carboxi quinase (PEPCK) irá utilizar um GTP para sintetizar o
PEP.
Essa é a via mais simples que utiliza apenas duas enzimas, mas às vezes essa reação é
catalisada por quatro enzimas.
O oxaloacetato dessa reação vem do ciclo de Krebs, que neste momento não esta
funcionando normalmente em função do balanço energético, sendo assim a transformação de
piruvato em Acetil-CoA esta totalmente bloqueada (alta
concentração de Acetil-CoA), e o todo piruvato vai ser utilizado
para sintetizar oxaloacetato.
A reação que faz a PEPCK sintetizar PEP a partir de
oxaloacetato pode ocorrer dentro ou fora da mitocôndria. Isso
porque em mamíferos parte da PEPCK esta dentro da
mitocôndria e parte no citosol.
Sendo assim temos duas vias para a produção de PEP,
uma já explicada acima onde PEPCK se encontra na mitocôndria
e a outra onde a PEPCK esta no citosol.
A PECK mitocondrial faz a reação direta, já a PEPCK
citosólica precisa que seu substrato oxaloacetato seja
transportado para o citosol. Essas duas vias não são
iguais, visto que não existe um transportador para
oxaloacetato (se houvesse um as duas vias seriam
exatamente iguais).
Existem duas opções para fazer como que
esse oxaloacetato sai da mitocôndria. (Vias para a
saída de carbonos da mitocôndria)
Balanço aminado
Um grupamento amino é adicionado à
estrutura do oxaloacetato fazendo com que ele se
transforme em aspartato, que é transportado para
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citosol, onde irá perder este grupamento amino voltando a ser oxaloacetato que segue a
gliconeogênese.
Balanço Redox
O NADH vai doar um par de elétrons para o oxaloacetato gerando malato, que consegue
sair da mitocôndria, no citosol esse par de elétrons é retirado do malato e vai para o NAD + que virá
NADH e o malato volta a ser oxaloacetato que segue a gliconeogênese.
A diferença básica dessas duas vias é o balanço de NADH, já que a segunda opção obriga
você a transferir o potencial de elétrons de dentro da mitocôndria para fora, fazendo com que o
citosol fique mais redutor.
O passo limitante da gliconeogênese é a PEPCK, ela é uma enzima regulada e que
praticamente vai determinar se este processo ocorre ou não.
Ela só será produzida pelo organismo no estado de jejum (no estado alimentado ela é
degradada). Cada vez que o organismo entra no estado de jejum, o DNA faz RNAm que produz
essa enzima. A cada jejum esse ciclo é refeito.
Ou seja, a PEPCK é regulada por expressão gênica.
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Lactato
A hemácia vai captar a glicose para fazer glicólise e fermentação que produz lactato e este é
liberado na corrente sanguínea e captado por vários tecidos, principalmente fígado e músculo
cardíaco.
O músculo cardíaco transforma o lactato em piruvato
assim como o fígado, a diferença é o destino que os dois vão dar
para este. O músculo cardíaco irá produzir energia pra ele,
utilizando esse piruvato no ciclo de Krebs, enquanto que no
fígado o piruvato é redirecionado para a gliconeogênese,
gastando energia para produzir glicose que é enviada para a corrente sanguínea, formando assim
este ciclo que esta esquematizado.
Esse ciclo só é verdade no momento de jejum, pois no estado alimentado uma das metades
desse ciclo vai ser mentira, que o lado esquerdo. A metade direita (que é a da hemácia) no estado
alimento é verdade, pois a hemácia sempre consome glicose. Agora no estado de jejum vamos ter a
gliconeogênese fechando esse ciclo.
No estado jejum no fígado o piruvato é redirecionado para a gliconeogênese, no estado
alimentado para o ciclo de Krebs.
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Para descer na glicose o NAD+ é fundamental, enquanto que para subir na gliconeogênese o
NADH será fundamental. Pois iremos precisar de um NADH para cada PEP, no meio da via da
gliconeogênese, exatamente na reação onde precisávamos do NAD+ na glicólise. Isso faz eu me
preocupar com o balanço redox do citosol, não adianta só eu fazer carbono e não ter NADH. A via
preferencial (mitocôndria ou citosol) será aquela onde há maior concentração de NADH.
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Lançadeira Malato-Aspartato
Essa é a primeira entrada de NADH na mitocôndria, que esta vindo da glicólise. Esse
NADH entra na mitocôndria pelo que chamamos de lançadeira malato-aspartato.
O oxaloacetato recebe um par de elétrons citosol e entra como malato, que dentro da matriz
mitocondrial perde seus elétrons e volta a ser oxaloacetato. Então eu tenho um “burro de carga” (o
malato) que esta entrando com o elétron.
O transportador só irá permitir a passagem do malato para dentro da mitocôndria se houver a
saída de um α ceto-glutarato para o citosol.
O α ceto-glutarato é um intermediário do ciclo de Krebs, que não pode ficar sendo drenado
apenas para permitir a entrada de um par de elétrons, sendo assim se ele sair precisará voltar de
alguma maneira. Por tanto vai haver uma lançadeira que faz o transporte contrario com uma única
diferença é preciso prender um amino na estrutura do α ceto-glutarato e no oxaloacetato.
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Obs.: Para cada modificação química feita (adição de par de elétrons ou grupamento amino)
a molécula muda de nome.
O oxaloacetato ganha um par de elétrons virando malato que entra na mitocôndria onde ira
perder seus elétrons voltando a ser oxaloacetato que ganha um amino virando aspartato, este amino
é doado pelo glutamato,
quando este perde seu
amino ele vira α ceto-
glutarato que sai da
mitocôndria e ao chegar ao
citosol ele irá ganhar um
amino novamente (do
aspartato que vira
oxaloacetato) voltando a ser
glutamato que vai entrar
novamente para recomeçar doando um amino para o oxaloacetato e quando isso ocorre o glutamato
volta a ser α ceto-glutarato.
O esqueleto carbônico que esta fazendo uma parte do ciclo é o α ceto-glutarato com amino e
sem amino. O esqueleto carbônico que faz a outra parte do ciclo é o malato-oxaloacetato,
dependendo no nível de redução e oxidação.
Então é como se houvessem dois esqueletos carbônicos que estão ciclando, um deles só
ganha ou perde amino e o outro ganha ou perde um par de elétrons, que é o objetivo da entrada
desses aminos.
Essa lançadeira permite que os elétrons entrem sem deslocar carbonos. Sendo assim seu
balanço é 0 a 0. O ciclo de Krebs não perde, assim como a via glicolítica não doa carbonos.
A utilidade disso é transportar o par de elétrons do NADH produzido na via glicolítica para
dentro da mitocôndria, permitindo a produção de 3 ATPs.
Se eu forço uma célula a não ter esse ciclo o que eu faço com o NADH? A célula pode ser
obrigada a fermentar ele.
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Vivian Rocha
Complexo I
O complexo I utiliza NADH como substrato gerando NAD+. Esse complexo retira tanto o
próton (H+) como um o par de elétrons, este último ira passar por
vários núcleos ate chegar à ubiquinona, nesta transição alguns prótons
são transportados. O complexo utiliza um próton da matriz, mas
libera um próton do espaço intermembranas, sendo essa uma maneira
de transportar prótons sem ser uma bomba, pois esse próton é captado
de um lado e do outro lado um próton será liberado.
Obs.: O destino dos elétrons é a ubiquinona, o destino dos
prótons é o espaço intermembranas.
O saldo é de 4 prótons que são transportados nesse complexo.
Complexo II
O complexo II ou qualquer enzima que se comporte como ele também vai doar seu par de
elétrons para a ubiquinona. No complexo II especificamente os elétrons
passam pelo FAD, que é um dos nucleotídeos presos na estrutura dessa
enzima. Depois de passar pelo FAD esse par de elétrons ira passar por
um Ferro para depois chega a ubiquinona. O substrato do complexo II
original é o succinato gerando como produto fumarato, mas existem
outras moléculas que se comportam como complexo II:
A lançadeira de glicerol-fosfato que utiliza o glicerol 3-fosfato como substrato;
A ácido graxo desidrogenase que utiliza ácido graxo como substrato;
Cada uma delas possui um substrato particular, por isso que são enzimas diferentes, mas
todas elas possuem a estratégia de receber o par de elétrons no FAD.
O par de elétrons que a ubiquinona recebe do complexo II ou dos pseudos complexos II ela
vai doar sempre para o complexo III.
Os elétrons que entram pelo NADH no complexo I geram 4 prótons e os que entram
pelo II a principio não geram prótons ate chegar à ubiquinona, essa é a diferença que irá dar
ATP a mais para NADH, visto que os elétrons que vem dele geram mais transporte de prótons.
No final da cadeia qual das duas entradas, gera um gradiente mais forte? Quem entrou pelo
complexo I; Se esse gradiente é mais forte irá gerar mais ATP, por isso que os elétrons que estão no
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Vivian Rocha
NADH permitem a síntese de 3 ATPs, em enquanto que os elétrons que estão FADH2 podem
gerar 2 ATPs. Um gradiente eletroquímico mais forte é sinônimo de maior síntese de ATP!
Ubiquinona
A ubiquinona é um transportador bieletrônico, ou seja, ela capaz de receber o par de
elétrons. Ela apresenta 10 conjuntos de 4 carbonos, ou seja, ela possui uma cauda de 40 carbonos! O
que faz com que ela tenha
uma característica apolar,
estando inserida na
membrana. Ela se comporta
como um ácido graxo, onde
um anel que ela apresenta funciona como uma cabeça polar que possui uma longa cauda de
carbonos que a prende na membrana.
Os pontos que recebem elétrons são fenóis que viram cetonas, ela consegue rearrumar as
duas ligações dela de modo que acomode o par de elétrons na estrutura de ressonância.
Complexo III
O substrato do complexo III é a ubiquinona, pois é ela quem doa os elétrons para este
complexo gerando ubiquinona oxidada. O que eu ganho com isso?
Eu transporto prótons. Um dos elétrons da ubiquinona passa pelo
complexo III e vai para o citocromo c, que é uma proteína solúvel
que esta no espaço intermembranas é será ela que irá transportar os
elétrons do complexo III para o IV. No citocromo c pode haver um
engarrafamento, pois este só é capaz de captar um elétron, mas a
ubiquinona esta entregando 2. O complexo III então irá segurar o
elétron temporariamente ate que um segundo citocromo capte aquele
elétron. Quem irá segurar esse elétron é outra ubiquinona.
Complexo IV
O complexo IV é o melhor exemplo de bomba. Toda passagem de elétrons dentro dele vai
ser em núcleos metálicos: cobre, ferro e cobre. Não há reações redox
envolvendo prótons, sendo assim nesse complexo apenas o número de
oxidação desses metais é modificado e no final eles vão doar os elétrons para
o oxigênio e os prótons são bombeados para o espaço intermembranas.
O substrato do complexo IV são o citocromo reduzido e oxigênio e
os produtos são: água e citocromo oxidado. Este citocromo que é oxidado
volta para o complexo III para ganhar mais elétrons.
Sendo assim se houver um ponto onde pode ter engarrafamento é
entre os complexos III e o IV, porque citocromo c só recebe um elétron de
cada vez, ou seja, ele é monoeletrônico.
O que a cadeia transportadora de elétrons me gerou? Gradiente eletroquímico de prótons.
Qual é a relação entre a cadeia transportadora de elétrons e a síntese de ATP? Gradiente
eletroquímico de prótons, para assim a ATP sintase ter potencial energético para sintetizar ATP.
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Vivian Rocha
ATP sintase
Ela utiliza a força do gradiente eletroquímico de prótons para sintetizar ATP. Se ela for
retirada da matriz mitocondrial e colocada em um tubo de ensaio, em um meio onde não há um
gradiente eletroquímico, mas há ATP,
ela irá fazer a reação inversa. Sendo
assim ela vai gastar ATPs para
transporta prótons no sentido oposto.
Então o que esta esquematizado no
desenho é o oposto do que ela faz in
vivo. O próton força a passagem e
utilizamos ADP e fosfato para
sintetizar ATP dentro da matriz.
A síntese do ATP acontece em três sitos que funcionam ao mesmo tempo. Um vazio, outro
com os dois substratos ligados e um sito com o ATP já pronto. Quando um próton passa pelo sítio
que estava com o ATP pronto, este se solta, o sítio que estava vazio liga os dois substratos e o que
estava com os substratos ligados sintetiza o ATP.
Para cada 3 prótons que passam um ATP é sintetizado. Cada sítio faz um 1/3 do trabalho,
cada próton então vale 1/3 do trabalho.
Quando a cadeia esta funcionando completamente isso me dá 10 prótons, em uma conta
redonda 10 prótons dariam para sintetizar 3 ATPs, mas na realidade sintetizam 2.8. Se são 10
prótons existem um pouco mais de prótons do que é necessário para fazer 3, mas na realidade não
conseguimos nem fazer nem 3, só 2.8. Isso porque existem perdas.
Essas perdas incluem: um canal de prótons que gera calor chamado termogenina (muito
importante para animais que hibernam e para recém-nascidos que tem uma gordura chamada de
gordura marrom), sendo essa uma perda desejável de prótons, pois não há síntese de ATP, mas
geramos calor; e tem as perdas indesejáveis que é quando os elétrons roubam prótons desse espaço
intermembranas, chamamos esse tipo de moléculas desacopladoras, pois elas e desacoplam o
transporte de prótons da síntese de ATP, sendo assim essas moléculas desacopladoras roubam o
gradiente eletroquímico de prótons para nada.
O fato é que não fazemos 100% de ATP, primeiro por que a reação não é 100% eficiente,
segundo por causa da termogenina e terceiro temos perdas aleatórias que não me dão 100% de
eficiência.
O Mesmo raciocínio serve para o FADH2.
Transportamos lipídios no estado alimentado e de jejum, mas esse transporte é bem diferente
nos dois casos. No estado alimentado o lipídio vem do intestino e vai para o tecido adiposo que é o
estoque e para tecidos que o consomem (que utilizam ácido graxo ativamente) como o músculo e o
próprio tecido adiposo.
Essa dieta é rica em lipídios tais como: Triglicerídeos, Fosfolipídios e Colesterol.
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Quando o lipídio sai do intestino ele precisa passar pelo sistema linfático, pois as gotículas
de lipídeos formadas são tão grandes que entupiriam os capilares e as vênulas. Essas gotículas só
passam pela circulação sanguínea em uma artéria de grande calibre, já no tórax onde a circulação
linfática encontra a sanguínea.
No estado de jejum os lipídios vêm do tecido de reserva que é o tecido adiposo e este é
transportado para o músculo, para fígado, para tecidos que consomem ácidos graxos como fonte
energética.
Esse transporte de lipídios não é igual no estado de jejum e no estado alimentado e os
lipídios transportados também não serão os mesmos.
As origens e os destinos são relativamente diferentes nesses dois estados.
Partículas Lipoproteicas
Existem varias partículas lipoproteicas, todas elas possuem a mesma estrutura, mas diferem
na densidade devido a diferente composição lipídica.
Com isso temos o quilomícron, LDL, VLDL, HDL. Vai existir uma dinâmica aonde umas
vão se transformar em outras.
O quilomícron é a maior delas e também é quem possui mais
triglicerídeos e menos colesterol proporcionalmente, sendo a primeira partícula
que é formada.
Ao lado vocês tem um exemplo do plasma sanguíneo em jejum e
alimentado. É possível notar uma diferença de turbidez que é dada pelo
quilomícron e pelas outras partículas lipoproteicas que vão circular no estado
alimentado. Os laboratórios pedem para tirar sangue em jejum porque essas partículas dificultam a
analise, além da questão metabólica da glicose. Pois ver sua glicose em jejum é ver sua glicose
basal. For isso também é possível ver o conteúdo lipídico basal.
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A lípase é uma enzima que atua como receptor, estando localizada na membrana interna dos
capilares. Esse receptor reconhece as proteínas da superfície externa do quilomícron se ligando a
elas.
Essa enzima lípase é capaz de
acessar o cerne do quilomícron, retirar o
triacilglicerol e quebra-lo para que assim as
células dos tecidos possam o absorver os
ácidos graxos e glicerol e depois remontar o
triglicerídeo novamente.
Ou seja, quando o quilomícron cai
na circulação sanguínea ele começa a ser
digerido e seu tamanho vai diminuindo. O
que sobrar dele é chamado de quilomícron
remanescente, este será completamente
degrado pelo fígado que funciona como
entreposto, apenas digerindo o quilomícron remanescente e remontando uma nova partícula
lipoproteica com uma constituição um pouco diferente chamada de VLDL, que possui o conteúdo
lipídico que estava no quilomícron remanescente (triglicerídeos, colesterol e fosfolipídios) e mais o
conteúdo lipídico sintetizado no próprio fígado (triglicerídeos).
O VLDL irá circular e passar pelo mesmo processo que o quilomícron passou, sendo assim
eles vão compartilhar a mesma proteína superfície que vai permitir o mesmo reconhecimento e a
mesma degradação nos mesmos tecidos que o quilomícron sofreu.
Os lipídios mais removidos nessa passagem pela corrente sanguínea são os triglicerídeos e
ao final dessa passagem a partícula lipoproteica possui mais colesterol em sua composição e passa a
ser chamada de IDL.
Existe uma segunda partícula lipoproteica que funciona como um “lixeiro” de colesterol
chamada de HDL (HDL não é colesterol é uma partícula lipoproteica), que é sintetizada vazia no
intestino, ou seja, uma proteína oca.
O HDL passa captando o colesterol de todos os tecidos que o tem em excesso. Para que a
capacidade de transporte não fique limitada ele esterifica o colesterol e o manda para o núcleo.
Esse colesterol será transferido para a IDL.
No meio da circulação uma partícula se liga na outra e uma enzima vai retirar o colesterol
esterificado do HDL e coloca no IDL que passa a ser chamada de LDL.
Ela é uma partícula fundamental, responsável por distribuir o colesterol para todos tecidos.
Esses tecidos absorvem a LDL inteiramente e depois a degradam.
Obs.: A quantidade de colesterol dentro da célula muda a fluidez da membrana, a célula é
capaz de notar isso, sendo esta a maneira pela qual ela regula a quantidade de receptor de LDL que
esta em sua superfície.
Se a membrana ficar muito fluida significa que tem colesterol demais e se eu continuar
captando LDL a célula vai se auto-digerir pela função detergente do colesterol. Então eu paro de
colocar os receptores na membrana.
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Reações da β oxidação
Na primeira etapa há a remoção de elétrons, ou seja, oxidação gerando FADH 2, a segunda
etapa é uma hidratação e a terceira é uma oxidação que gera NADH e quebra por tiolise.
Obs.: Isso para cada dois carbonos.
Na quebra por uma tiolise uma coenzima A livre é utilizada para fazer a quebra para que o
produto final tenha uma coenzima A em sua ponta.
Obs2 .: Toda enzima que gera FADH2 dentro mitocôndria é um pseudo complexo II que fica
preso na membrana, sendo assim a primeira enzima da β-oxidação é um pseudo complexo II e seus
elétrons vão direto para a cadeia transportadora de elétrons.
Rendimento de ATP
Na β-oxidação, em cada volta, são gerados 1 NADH, 1 FADH2, e 1 molécula de
Acetil-CoA.
Na β-oxidação de C16 (no final) serão produzidos 7 NADH, 7 FADH2 e 8 moléculas
de Acetil-CoA.
Se esses NADH e FADH2 forem usados na cadeia respiratória vamos gerar 35 ATPs,
ou seja, a re-oxidação de 7 NADH, 7 FADH2 na cadeia respiratória seguida da
fosforilação oxidadativa permitirão a produção de 35 ATP.
A oxidação de cada Acetil-CoA no ciclo de Krebs leva à produção de 3 NADH, 1
FADH2 e 1 GTP, o que resultará na produção de 12 ATP por Acetil-CoA.
A oxidação de 8 moléculas de Acetil-CoA no ciclo de Krebs levará à produção de 96
ATP.
A ativação do palmitato consumiu 2 ATP, um ATP é gasto, mas em termos de
potencial energético eu quebro duas ligações altamente energéticas, para refazer esse
ATP, eu preciso partir de AMP para ADP e depois deste para ATP, então por isso
que são dois equivalentes energéticos.
Rendimento da oxidação completa de palmitato = 35+ 96 – 2 = 129 ATP (Músculo).
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No fígado eu não posso gastar corpos cetônicos porque não tenho aquela enzima na figura.
Os tecidos que sintetizam ácidos graxos são o fígado e o tecido adiposo no estado
alimentado, para fins energéticos e de estoque.
Na síntese vamos reduzir, desidratar e reduzir novamente e ligar.
A diferença é que para quebrar tínhamos 4 enzimas separadas, a síntese é realizada por
apenas uma enzima que possui vários domínios catalíticos chamada de ácido graxo sintase.
Os carbonos para a síntese de ácidos graxos vêm do citrato. E este esta dentro da
mitocôndria no ciclo de Krebs e será transportado para fora dela e quebrado em oxaloacetato e
Acetil-CoA, que será utilizado para a síntese de ácidos
graxos.
O oxaloacetato pode seguir dois caminhos. Ele pode
ser convertido a Malato (ganhando um par de elétrons) ou a
Aspartato (ganhando um grupamento amino) para ser
transportado para dentro da mitocôndria.
A segunda opção para o malato é mais vantajosa, pois
o malato vai ser transformado em piruvato pela enzima marica
produzindo um NADPH. Essa opção é mais vantajosa porque
o NADPH é o poder redutor utilizado na síntese de ácidos
graxos. Mais outros NADPH vêm da via das pentoses (não
veremos essa via) que possui dois objetivos: produzir
NADPH e Pentoses.
Reparem que no desenho o piruvato entra na
mitocôndria e vai para Krebs novamente, então não há deslocamento de um intermediário do ciclo
de Krebs. Porque um citrato foi removido, mas há a entrada de um piruvato sem nenhum problema.
Intermediário Ativado
Assim como em outras etapas eu tenho o gasto de energia e a geração de um intermediário
ativado separado da etapa de síntese em si.
Na síntese o objetivo e pegar vários Acetil-CoA e ligado-los para gerar um ácido graxo, mas
isso não ocorre de uma vez só.
Um acetil é ligado ao CO2 (intermediário ativado) pela enzima Acetil-CoA Carboxilase
gerando malonil-CoA, para catalisar essa reação ela gasta energia. No momento da síntese o CO 2 é
retirado e em seu lugar é ligada a cadeia de ácidos graxos crescentes.
Essa enzima é regulada e também é a etapa limitante e onde há gasto de energia.
A acetil-CoA carboxilase é ativada por polimerização. Esta polimerização induzida por
citrato (precursor da biossíntese) e inibida por palmitoil-CoA (produto final da biossíntese).
Palmitato é um ácido graxo de 16 carbonos, ou seja, essa enzima inibida pelo produto final
da via. Ambas são regulações de fluxo da própria via.
Além disso, a acetil-CoA carboxilase é inibida por fosforilação que é estimulada por
glucagon e adrenalina que estimulam a proteína quinase A.
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Processo de Síntese
O malonil será a molécula utilizada para fazer toda a síntese de ácidos graxos.
A primeira etapa é 3 (malonil-CoA)+2(acetil-coa) = 4C, pois sai um CO2 da ativação, na
segunda rodada vamos ter 3 (malonil)+ 4 (Acil), terceira 3(malonil) + 6 (acil) e assim por diante.
Etapas de Síntese
Em amarelo esta o acetil, quem esta em rosa e em verde é o malonil, não esta tudo em uma
cor só, porque um CO2 (em verde) é perdido. Vamos trocar o verde pelo amarelo, sendo assim sai o
carbono do CO2 e entra os carbonos do acetil. Eu já tinha
uma ligação altamente energética feita previamente pela
acetil-CoA carboxilase entre o acetil e o CO2. No final
vamos ter um acido graxo crescente de quatro carbonos
e o CO2, sendo eliminado. Ai o que eu faço? Reduzo,
desidrato e reduzo. Passando a ter um acido graxo
completamente reduzido e agora eu tenho meu acido
graxo crescente de quatro carbonos ocupando o sitio de
ação do malonil. O que eu tenho que fazer para
continuar? Temos que jogar o que esta no sito de ligação
S para o sitio de ligação de baixo HS liberando espaço
para ligação de outro malonil e assim por diante. O que é transferido é sempre o acido graxo
crescente. O malonil CoA fica ali paradinho. Depois de n ciclo chegamos a um acido graxo de 16
carbonos que é liberado. Em cada ciclo reduzimos, desidratamos e reduzimos. Vocês esperam que o
nosso estoque lipídico seja mais rico em ácidos graxos de quantos carbonos? 16. Mas não vamos
ter somente ácidos graxos de 16 C, ácidos graxos de qualquer outro tamanho e insaturados tende a
ser saturados para estocar. Por quê? Espaço.
O palmitato (acido graxo de 16 c) pode ser transformado em outros ácidos graxos com mais
carbonos no reticulo endoplasmático ou não.
Como estamos reduzido serão gastos NADH, ou seja, na síntese de ácidos graxos eu tenho
que colocar elétrons. Quem é que doa esse elétrons para síntese? O NADPH. Qual a grande
vantagem disso? Nunca a síntese de ácidos graxos vai deixar faltar elétrons para síntese de ATP.
Porque se não há energia suficiente para fazer ATP à produção de NADPH é parada assim como a
síntese de ácidos graxos.
Em nenhum momento a síntese de ácidos graxos vai tentar roubar os elétrons que iam para
síntese de ATP, porque as enzimas dessa via não conseguem usar NADH, sendo assim não haverá
competição.
Quantos NADPH serão utilizados? Dois para cada ligação que fizermos. Quantas etapas de
redução essa via possui? Duas
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Módulo III
AULA 10 - FOTOSSÍNTESE
Fotossíntese em Bactérias
Abaixo esta representado um complexo protéico, onde existem diversas proteínas que
irão captar fótons. Este complexo é representado por essa chave {}.
Foram omitidas dessa imagem a segunda Bactério fiofitina e a segunda Quinona A, mas
elas existem.
O par Bacterioclorofila b também pode ser chamada de P960 em função do
comprimento de onda que ela absorve.
Na etapa 1 o fóton de 960nm estimula a Bacterioclorofila b e com isso na etapa 2 o
elétron migra para a Bacterio feoftina. O elétron possui uma tendência a voltar para
Bacterioclorofila b e tudo o que
ganhamos poderia ser perdido em
calor. Com isso na etapa 3 um
elétron é doado pelo Citocromo para
uma segunda Bacterioclorofila b,
evitando que este elétron volte.
Assim na etapa 4 a Bacterio
feofitina passa o seu elétron para a
Quinona A que estabiliza esse
elétron.
A Bacterioclorofila b que
estava com carga positiva ao ganhar
um elétron fica zerada e a Bacterio
feofitina que estava com carga negativa ao passar seu elétron adiante fica sem carga.
Na etapa 5 a Quinona A que fica presa a estrutura proteica passa o elétron para a
Quinona B que é solúvel e está ciclando na membrana.
Esse processo que esta entre chaves precisa ocorrer duas vezes para passar dois elétrons
para a Quinona B, visto esta é um transportador bieletrônico.
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Síntese de ATP
Isso tudo tem por objetivo a priori gerar um gradiente eletroquímico de prótons e com este
gradiente, utilizar a energia cinética da passagem de prótons por uma bomba de ATP sintase para
sintetizar ATP.
O balanço desta bomba é diferente do balanço da bomba da cadeia respiratória, pois aqui
8 fótons vão gerar 2 NADPHs com 12 prótons sendo “transportados” o que gera 3 ATPs. Isso por
que a bomba apresenta 4 sítios e, portanto necessita transportar 4 prótons para cada ATP que ela irá
sintetizar.
Fotofosforilação Cíclica
A fotofosforilação cíclica é um sistema semelhante à fotossíntese de bactérias em termos de
conceito, ou seja, o elétron fica ciclando entre as estruturas, sendo o suficiente para garantir um
potencial eletroquímico com transferência de prótons. Este sistema produz unicamente ATP, já a
fotossíntese “normal” gera NAPH e ATP.
Nesta via os elétrons da Ferredoxina reduzida são transferidos para o Citocromo bf ao em
vez de para Ferredoxina NADP redutase. Sendo assim o Citocromo bf é capaz de receber elétrons
tanto da Plastoquinona como da Ferredoxina reduzida.
Nesse sistema temos 4 fótons “transportando” 8 prótons gerando 2 ATPs.
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Etapas de recombinação
Partindo de um açúcar de 6C que é a Frutose 6-Fosfato, o destino da frutose dentro do
Ciclo de Calvin é ser condensada com uma molécula de 3C o Glicerolaldeído 3-Fosfato pela
transcetolase. Esses carbonos são transferidos gerando uma molécula de 4C e uma molécula de 5C
que é reservada para ser utilizada no inicio do Ciclo de Calvin.
A molécula de 4C vai continuar sendo
utilizada na recombinação.
Essa molécula de 4 C e unida com a de 3C
gerando uma molécula de 7C que vai ser levemente
modificada ao retirarmos um fosfato dela. E por isso
o Ciclo de Calvin é caro, pois estamos hidrolisando
um fosfato que em outras vias poderia ser utilizado
para gerar ATP.
Essa molécula de 7C (sem o fosfato) inicia
uma nova recombinação com uma molécula de 3C
que gerando 2 moléculas de 5C.
Então acabamos a recombinação com 3
moléculas de 5C.
Estas 3 moléculas de 5C (1 de Ribose 5-
Fosfato e 2 de Xilulose 5-Fosfato) serão isomerizadas gerando Ribulose 5-Fosfato.
Obs.: Não precisamos saber os nomes das moléculas, só que o Ciclo de Calvin possui
moléculas de 3 e 6C disponíveis.
Após a isomerização dos açúcares de 5C a Ribulose 5-Fosfato, esta molécula já esta no
Ciclo de Calvin, vai ser fosforilada, gastando ATP e gerando Ribulose 1,5-Bifosfato. A partir
daqui o Ciclo de Calvin recomeça.
Rubisco
A regulação é basicamente feita em cima da Rubisco. Esta enzima é a etapa limitante e
regulada. A rubisco é ativada por presença de magnésio e por meio alcalino, estes dois ocorrem
sempre quando há presença de luz.
A rubisco em si não é ativada por luz, mas na presença de luz a fase clara ocorre,
bombeando prótons para o tilacóide, fazendo com que o estroma fique alcalino o que ativa a
enzima. Com a entrada de prótons para o tilacóide temos um fluxo de magnésio para o estroma para
compensar um pouco a carga, e esse magnésio também ativa a rubisco.
Obs.: A fixação de CO2 vai acontecer no momento em que há luz.
Além dessa questão regulatória da rubisco, outro motivo fundamental para que essas duas
fases aconteçam juntas é a quantidade de NADPH e de ATP, que são essenciais para reações do
Ciclo de Calvin.
Sendo assim a fase escura acontece quando há luz por dois motivos: um energético que
é a quantidade ATP e de NADPH que é produzido no momento em que há luz e a regulação da
rubisco.
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Plantas C4
Quem: Geralmente plantas tropicais (vivem em lugares mais quentes).
Objetivo: Evitar a perda de carbonos pela ação oxigenase da rubisco.
Motivo: Rubisco oxigena mais e carboxila menos em altas temperaturas.
Estratégia: Aumentar a concentração de CO2 no estroma (20x).
Custo: 2 ATPs/CO2 transportado.
No Ciclo C4 temos plantas normalmente de locais tropicais onde há muita incidência de luz
e temperaturas elevadas.
Como vimos a rubisco apresenta um mau funcionamento em altas temperaturas, deixando de
fazer a função carboxilase e passando a fazer a função oxigenase de maneira mais significativa.
Essa reação de oxigenação é indesejada, visto que além de não inserir um carbono perdemos 2C
como Fosfoglicolato (como já descrito). Existe um mecanismo que faz a rubisco “errar menos”.
A estratégia utilizada pela planta C4 é aumentar a concentração de CO 2 no estroma.
Ela faz isso transportando CO2 ativamente das células mesofílicas para o estroma da célula onde há
a fixação do CO2, aumentando em media 20x a concentração de CO2 no local onde esta ocorrendo o
Ciclo de Calvin, forçando a rubisco a funcionar da maneira correta apesar da temperatura alta a qual
a planta esta submetida.
O CO2 é colocado em um Fosfoenolpiruvato gerando Oxaloacetato, a partir deste é gerado
Malato que é transportado e vira Piruvato na célula que esta realizando o Ciclo de Calvin ao soltar o
CO2. Na volta o Piruvato é convertido a Fosfoenolpiruvato com um gasto de ATP na célula
mesofílica.
São gastos dois ATPs, porque este é quebrado em AMP + Pirofosfato, este último também é
quebrado então no final da reação o ATP foi quebrado em dois locais. Sendo assim só gastamos um
ATP, mas quebramos em dois locais, então vamos precisar de duas cargas energéticas para refazer
este ATP.
Plantas CAM
Quem: Geralmente plantas suculentas.
Objetivo: Evitar a perda de água pela abertura dos estômatos durante o período diurno
(mais quente).
Problema: Só capta CO2 durante a noite, quando abre os estômatos.
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Remoção do Amino
Proteínas intracelulares, vindas da dieta, são degradas gerando aminoácidos que possuem
esqueletos carbônicos, que são sinônimo de energia. Sendo assim a degradação de aminoácidos, é
uma etapa fundamental para que os esqueletos carbônicos não sejam perdidos.
Este amino pode ser liberado como Uréia.
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Em dois momentos o fígado irá precisar se livrar de uma grande quantidade de amino:
Estado de Jejum
Quando o músculo fornece Alanina para o fígado realizar a gliconeogênese e como este
necessita apenas do esqueleto carbônico desse aminoácido (Piruvato), o grupamento amino será
removido da Alanina. Sendo este amino será direcionado para o Ciclo da Uréia.
Existe um mecanismo fisiológico de economia muscular, que diminuí o fornecimento de
Alanina para realização da gliconeogênese hepática. Esse mecanismo seria a utilização de corpos
cetônicos a partir do Acetil-CoA que vem da degradação lipídica. Esses corpos cetônicos passam a
ser utilizados pelo sistema nervoso e pelo cérebro diminuindo o consumo de glicose, isso permite
diminuir a gliconeogênese hepática e o gasto de Alanina vinda da degradação muscular. Como
consequência há uma menor degradação de amino e uma menor liberação de Uréia, visto que
estaremos degradando menos aminoácidos do músculo.
Estado Alimentado
Quando há a ingestão de muita proteína (muita carne), sendo esta mais que o necessário para
o balanço nitrogenado, o fígado irá liberar uma grande quantidade de amino para o Ciclo da Uréia.
Sendo assim os aminoácidos que vem da dieta passam pelo fígado e este começa a balancear
a concentração deles e da oferta nitrogenada no sangue. O excesso é deslocado para o Ciclo da
Uréia.
O Ciclo da Uréia é regulado pela concentração de amônia disponível que gera
derivados, que veremos mais a diante.
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Com isso o Glutamato vai gerar Aspartato ou amônia livre dependo da quantidade que já
existe no meio de amônia livre. Uma vez que a degradação da Glutamina e de outros poucos
aminoácidos também contribuem com amônia livre.
Esses poucos aminoácidos que também podem contribuir (não majoritariamente) com
amônia livre em diversas reações. Algumas dentro da mitocôndria, outras no citosol. Como a
desaminação direta do α-amino que pode ser feita na Serina e na Treonina liberando amônia. Além
disso, a Histidina também pode ser desaminada diretamente, o Urocanato vai ser direcionado pra
síntese de Glutamato. E, ainda podemos ter desaminações indiretas de Metionina e Cisteína.
Todas as amônias livres vão ser direcionadas para dentro da mitocôndria, sendo colocadas
no Glutamato gerando Glutamina (com gasto de energia) que entra na mitocôndria.
A Glutamato desidrogenase é uma enzima que pode usar tanto NAD+ quanto NAP+ e é o
único de exemplo que temos de uma enzima que é “promiscua” para poderes redutores. O Ciclo da
Uréia (a liberação de amônia) é tão vital que esta enzima pode usar tanto um poder redutor que é
usado para a produção de ATP como outro poder redutor que poderia ser utilizado para outros
processos.
Ciclo da Uréia
A Carbamoil Fostato sintetase que é uma enzima que sintetiza Carbamoil Fostato, que é
CO2 + amônia livre + Fosfato. Na síntese nos gastamos dois ATPs, pois um ATP é usado para
ativar o bicarbonato e o segundo fosfato entra na estrutura da molécula.
O Carbamoil Fostato já é metade da minha Uréia.
O Carbamoil Fostato terá seu fosfato trocado por um ligante, um aminoácido chamado de
Ornitina. A Ornitina entra na mitocôndria e é condensada com Carbamoil (o fosfato sai) por uma
enzima chamada Ornitina Transcarbamoilase e passa a se chamar Citrulina.
Reciclagem do esqueleto carbônico para trocar o fosfato por uma amônia livre:
1. A Carbamoil Fostato sintetase sintetiza Carbamoil Fostato.
2. O Carbamoil Fostato terá seu fosfato trocado pela Ornitina gerando Citrulina (saí da
mitocôndria)
3. Citrulina é condensada com Aspartato (citosol) que gera um intermediário ativado =
Citrulina ligada ao AMP; todo o nucleotídeo será trocado por uma molécula de
Aspartato essa reação é catalisada pela enzima Argininossuccinato sintetase gerando
uma molécula de Citrulina-Aspartato chamada de Argininossuccinato.
Obs.: Algumas doenças do Ciclo da Uréia há a excreção da Citrulina, acarretando uma
perda energética para o Ciclo.
4. Reciclagem dos carbonos que estavam no Aspartato; pois não deve ocorrer perda.
Cortam-se carbonos gerando Fumarato voltando de uma maneira qualquer para o Ciclo
de Krebs. Ele estará no citosol, ele pode voltar tanto para a mitocôndria para Krebs ou
ficar no citosol e pegar a via da gliconeogênese caso seja necessário. Se estiver no
estado alimentado faz todo sentido que o Fumarato entre na mitocôndria para que seja
oxidado a CO2 e energia para gerar mais ATP. No estado de jejum o Fumarato vai para a
gliconeogênse que pode ser transformado em Oxaloacetato ou Malato. No estado
alimentado todos os esqueletos carbônicos estão direcionados para a mitocôndria que
serão oxidados a CO2 e poder redutor ou para gerar outros aminoácidos.
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Aspartato. Que são as mesmas moléculas que poderiam ser utilizadas para eliminar esse nitrogênio
(Ciclo da Uréia).
Existe ainda um mecanismo de reciclagem de bases. Onde há uma preferência por reciclar
o que tivermos, mas isso irá depender da disponibilidade de outras moléculas.
A via de síntese sempre produz UTP, ou seja, sempre produz Uracila e partir dela são
sintetizadas os demais nucleotídeos pirimídicos (CTP e TMP).
Síntese de novo
A primeira enzima da via irá sintetizar Carbamoil Fosfato a Carbamoil fosfato sintetase.
Esta enzima é diferente da que vimos na aula passada, visto que ela esta localizada no citosol e
utiliza Glutamina como um de seus substratos. A enzima Carbamoil fosfato sintetase do Ciclo da
Uréia é mitocondrial e utiliza amônia livre como substrato.
Daqui por diante (reação 2) vão existir outras enzimas, das quais apenas a quarta é
mitocondrial as demais são citosólicas.
Essa via demostrada na figura sintetiza o anel pirimidínico livre, sendo assim este não está
ligado á nada. Quando ele estiver pronto o açúcar e o fosfato serão ligados a sua estrutura.
Toda via de síntese de bases pirimidínicas acontece livre da estrutura de Osefosfato (Ribose
e Fosfato). Isso é muito importante visto que na síntese de purinas esse processo ocorre de
maneira diferenciada, é ao contrário. Um precursor é ligado ao açúcar e vamos colocando átomo a
átomo. O açúcar fica como arcabouço durante todo o
processo.
Reparem que no final (Reação 4) é gerado um
NADH, sendo assim nos gastamos pouco ATP, visto que
gastamos dois e geramos três (NADH = 3ATPs).
A partir do momento que a base nitrogenada
(Orotato) esta praticamente pronta o açúcar e o fosfato são
ligados a sua estrutura e ainda há mais dois fosfatos (PPi) que
vão servir como moeda de troca.
O PRPP já é uma ribose ativada, pois uma Ribose
5’Fosfato irá reagir com o ATP, gerando “intermediário
ativado”. Com isso esses dois fosfatos são trocados pela base nitrogenada.
A base é ligada ao PRPP tirando meu intermediário (PPi – Pirofosfato) gerando uma
estrutura MP (de mono fosfato), que sofre uma descaboxilação e vira UMP. Finalizando a via de
síntese com uma Uracila.
Veremos que PRPP é o doador de ribose fosfato em todas as reações, para todos os
nucleotídeos, inclusive nas vias de reciclagem, onde a base esta pronta e só necessita da estrutura de
Osefosfato que é doada pelo PRPP.
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Síntese de novo
Primeiro é sintetizado um nucleotídeo intermediário chamado IMP (é um precursor, que não
existe no DNA), a partir dele ocorrer uma bifurcação na via, que pode produzir tanto A como G.
A primeira reação da via de síntese começa com a PRPP, já que tudo será construído em
cima do açúcar.
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Quando a Glutamina doa o amino gera Glutamato, este amino é colocado no esqueleto de
PRPP no lugar dos dois fosfatos gerando o PRA.
A via de síntese da purina é muito mais cara energeticamente.
Portanto a preocupação de realizar uma reciclagem eficiente ocorre nesta
via. Há gasto de energia em 5 das 6 primeiras reações da via.
Depois mais algumas reações são feitas, onde não há gasto ATP, no
final sai água gerando IMP (Inosinato). A partir deste momento ocorre a
bifurcação para A ou para G.
Do IMP para o produto final AMP é feita uma aminação direta. Já
para a formação do GMP, ocorre a oxidação e depois é colocado um amino
(não ocorre aminação diretamente).
Na reação para síntese de GMP é
gasto mais ATP.
A reação 10 e 12 é
regulada pelo feedback da via.
Porque o IMP que pode gerar tanto
AMP como GMP, então essa
bifurcação precisa ser regulada. O
que não ocorria na via de
pirimidinas, pois uma base
nitrogenada deriva da outra.
Conversão de Nucleotídeos Monofosforilados a Trifosforilados
Os nucleotídeos monofosforilados agora vão
receber fosfatos.
O AMP + ATP = 2ADP’s, que vão ser fosforilados
na cadeia respiratória. O GMP + ATP, gera GDP e ADP,
e o GDP + ATP gera GTP e ADP. O ADP é o único
nucleotídeo que será fosforilado na cadeia respiratória.
Reciclagem de Purinas
Esta via de reciclagem é igual a anterior. Uma base pronta e um doador de osefosfato
(PRPP) são utilizados.
Sendo que na reciclagem de purinas são utilizadas duas enzimas ao invés de apenas uma
como ocorre na reciclagem de Pirimidinas. Tendo uma enzima para o A, outra para o G. Cada um
destes irá regula a sua própria reação.
Regulação
As setas vermelhas significam inibição e a verde
significa ativação. Quando há excesso de GMP, este inibe
sua síntese (Enzima 12), o mesmo ocorre com o excesso de
AMP. A alta concentração dois produtos finais além de
inibirem sua síntese inibem toda a via. Uma simples
regulação por feedback (fluxo da via).
Se o nucleotídeo precursor (IMP) estiver em excesso este também irá inibir toda a via.
Se houver PRPP não existe via, motivo pelo qual ele é o ativador (seta verde).
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Síntese de Desoxinucleotídeos
A hidroxila esta sempre presente no RNA, no DNA ela será substituída por um hidrogênio,
com isso no DNA temos uma desoxirribose.
Essa alteração é feita pela
Ribonucleotídeo redutase, uma enzima que
funciona com qualquer um dos nucleotídeos já
prontos. Essa enzima irá alterar a hidroxila a
hidrogênio, usando magnésio como cofator, e
utilizando poder redutor de diferentes fontes.
A enzima 2 fornece poder redutor para
a enzima 1. A presença de NADPH ou de
NADH vai depender do sistema, do
organismo.
A enzima Ribonucleotídeo redutase é inibida pela presença de Desoxiadenosina
trifosfato, ou seja, o ATP já desoxi. Outros nucleotídeos desoxi (d) também regulam esta enzima só
que com menor eficiência.
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O nucleotídeo é degradado quando há morte celular, perda celular e quando algum tecido
está diminuindo de volume ou de massa, como pode ocorrer com o músculo.
E no estado alimentado, há grande degradação de bases nitrogenadas vindas da dieta.
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Ou seja, as duas vias convergem para uma única base chamada Xantina. A partir desta é
gerado ácido úrico. A enzima que catalisa essa reação (6) é inibida pelo medicamento para Gota, o
Allupurinol, que é um falso substrato ocupando a enzima, tendendo a inibir as reações seis (Inibição
competitiva). O individuo que apresenta Gota ao tomar esse medicamento não irá degradar
nucleotídeos purínicos, ele vai reciclar. Espera-se que o organismo dele bloqueie a síntese e faça a
reciclagem.
Gota: Excesso de ácido úrico, que é consequente da degradação de bases nitrogenadas.
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insulina, visto que o transportador esta sempre presente na membrana. O Músculo só vai captar
glicose se tiver o sinal da insulina.
Existem dois tipos principais de diabetes que são causados pela falta de produção de insulina
(concentração insulina baixa, glucagon alto e também alta concentração de glicose no sangue) o que
é relativamente simples, visto que a pessoa apenas necessita tomar uma suplementação de
insulina.Ou, um segundo problema que pode ocorrer no receptor de insulina, onde o individuo
apresenta o sinal de insulina, mas o receptor não é capaz de se ligar aquela molécula e passar o sinal
adiante, ou seja, o tecido muscular acha que o metabolismo é de jejum, independente da quantidade
de insulina.Neste caso o individuo apresenta alta concentração de insulina e glicose, esta não ser
captada.
Então a importância de captar glicose é produzir energia e intermediários carbônicos para
síntese de aminoácidos, lipídios, nucleotídeos, sintetizar e estocar glicogênio.
A glicose que vem da dieta captada a principio por todos os tipos celulares, que fazem
glicólise para gerar energia, estocam glicogênio, no músculo e fígado, neste ultimo ocorre com o
objetivo de manter a glicemia no estado de jejum, exportando a glicose nesse estado para tecidos
mais nobres (Cérebro, S.nervoso e Hemácias).
O músculo degrada o glicogênio quando há o sinal de adrenalina e glucagon ou quando
realizamos um exercício que leva a contração que é realizada por ondas de cálcio, sendo assim a
concentração de cálcio regula a quebra do glicogênio e o Ciclo de Krebs no músculo.
Isso é feito de maneira muito parcimoniosa, visto que o músculo esta degradando ácido
graxo também. O músculo não irá exportar esse glicogênio em hipótese alguma.
O tecido adiposo também é capaz de estocar glicose, da seguinte maneira: a glicose vai para
via glicolítica gerando Piruvato que vai para o Ciclo de Krebs que apresenta dois objetivos, o
primeiro é gerar energia e o segundo é gerar intermediário para varias vias de síntese. A via de
síntese que será primordial para o tecido adiposo é a vida de síntese de lipídios.
Relembrando: O citrato sai da mitocôndria, é quebrado em Acetil-CoA e Oxaloacetato. O
Acetil-CoA vai para a síntese de lipídios e o Oxaloacetato passa por algumas modificações e seus
carbonos retornam para o Ciclo de Krebs.
Sendo assim o tecido adiposo é capaz de captar glicose quando a glicemia esta alta, ou seja,
em estado alimentado e estocar isso como lipídio.
Então no estado alimentado estocamos glicogênio que é feito a partir de glicose e
triacilglicerol que é sintetizado a partir de 3 ácidos graxos e cada um destes foi sintetizado a partir
de glicose (não diretamente).
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Sendo assim o que entra como glicose e qualquer outro carboidrato que pode ser
fragmentado em glicose, é estocado basicamente como duas moléculas energéticas glicogênio e
lipídeo.
ESQUEMA DO QUADRO
Em termos de moléculas energéticas teremos o fígado captando glicose tanto para produzir
glicogênio como triacilglicerol, tecido adiposo captando glicose para produzir triacilglicerol. O
Tiacilglicerol produzido no fígado vai ser transportado para lá. E o músculo vai ta captando glicose
para produzir glicogênio.
Todo esse funcionamento garante que a glicemia não suba a níveis estratosféricos, ou seja,
ela sobe, mas esta é bem controlada. Fora isso também temos todos os outros tecidos capando
glicose para a sua demanda energética.
Os aminoácidos vem da dieta, churrasco, por exemplo, muito aminoácido. O músculo irá
captar esses aminoácidos para sintetizar proteínas e o fígado capta esses aminoácidos e transforma
uns em outros mantendo uma quantidade equilibrada de todos os aminoácidos circulantes.
Se houver excesso de aminoácidos no organismo, este terá mais amino do que ele necessita,
e para liberar esse amino o fígado faz Ciclo da Uréia, gerando esqueletos carbônicos que vão para o
Ciclo de Krebs produzir energia.
Há a entrada de aminoácidos no tecido adiposo (em pequenas quantidades), e no músculo.
O Ciclo da Uréia acontece no fígado na mitocôndria, no estado alimentado e a fonte de
amino são aminoácidos da dieta. Os aminoácidos que entram na mitocôndria e conseguem iniciar o
Ciclo da Uréia são o Aspartato que participa na parte citosólica do Ciclo e dentro da mitocôndria
existem 2 aminoácidos que vão colaborar com o fornecimento de amônia livre a Glutamina e o
Glutamato.
A nossa dieta apresenta muito mais aminoácidos do que estes três citados anteriormente.
Com isso amino qualquer outro aminoácido que não seja Aspartato, Glutamina e Glutamato é
colocado em um esqueleto carbônico (α-Cetoglutarato) previamente pronto gerando Glutamato que
é capaz de entrar na mitocôndria. Ou a Glutamina pode entrar diretamente. Quando esta perde seu
primeiro amônio vira Glutamato que ao perder seu amônio se torna o esqueleto carbônico chamado
de α-Cetoglutarato. Se não houver Aspartato suficiente vindo da dieta, este poderá ser produzido a
partir do Oxaloacetato (esqueleto carbônico) e um amino do Glutamato. É fundamental ter
Aspartato, visto que o Ciclo da Uréia necessita de duas entradas nitrogênio, uma destas é a amônia
dentro da mitocôndria e a segunda é Aspartato fora dela (Citosol). Com isso é possível se livrar do
excesso de amino vindo de uma dieta rica em proteínas (Churrascão).
Lipídios
Os lipídios vindos da dieta são complexos como colesterol, fosfolipídios e triacilglicerol (1
molécula de glicerol e 3 ácidos graxos), este será digerido e quebrado em glicerol e ácido graxo que
é absorvido e o intestino remonta a molécula como uma grande gotícula lipídica recoberta por uma
camada simples de fosfolipídios e colesterol com proteínas inseridas, está partícula lipoproteica é
chamada Quilomícron. Essas proteínas inseridas na superfície do Quilomícron são importantes para
o reconhecimento desta partícula pelo tecido alvo, para assim ser degradada.
O Quilomícron é liberado na circulação linfática, em função de ser demasiadamente grande
para passar pelos capilares e vênulas. Caindo assim em uma artéria de grande calibre no ducto
torácico e vai sendo consumida na circulação chegando ao capilar com um tamanho reduzido.
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Os tecidos alvos do Quilomícron são o músculo e o tecido adiposo, fornecendo lipídeos para
estes. O principal lipídio degradado do Quilomícron nesses tecidos é o triacilglicerol.No músculo
vai haver a entrada de ácidos graxos e o tecido adiposo capta ácidos graxos e o glicerol remontando
a molécula de triacilglicerol para estocar.
Depois o Quilomícron virá Quilomícron Remanescente que encaminhado para fígado que o
degrada completamente para utilizar seus lipídios + o triacilglicerol e o colesterol que foram
sintetizados no fígado + o colesterol que volta na LDL para remontar uma nova partícula
lipoproteica a VLDL.Esta partícula (VLDL) passará pelo mesmo processo que o Quilomícron
passou.Essa partícula perde o triacilglicerol no tecido adiposo e muda de nome virando IDL.
Transferência de Colesterol
O HDL é sintetizado no fígado e no intestino na forma discoide, esta partícula passa por
todo o organismo captando colesterol em excesso desses tecidos e mandando ele na forma
esterificada para o seu cerne. Esse colesterol esterificado é doado para a IDL que passa a se chamar
LDL que tem por objetivo transportar colesterol para todos os tecidos. Esse colesterol é importante
na membrana das células controlando a fluidez da membrana .E também para síntese hormonal.
Uma dieta rica em colesterol, mais a produção endógena deste pelo fígado e isso é mais do
que o organismo necessita. O excesso de colesterol é captado pelo fígado, mas há um limite para
isso em função do efeito detergente. Este excesso é destruído e pode ser redistribuído para VLDL
ou para a Bile. Se houver mais LDL do que o fígado é capaz de captar e mais do que todo o
organismo é capaz de usar, este ficará no LDL circulando. Como consequência este pode extravasar
nas artérias que possuem grande pressão, isso ocorre com mais frequência em pessoas que
apresentam pressão alta e fuma (são fatores de risco). A pressão alta aumenta a tensão nos vasos e o
fumo aumenta o grau de oxidação fragilizando esse tecido.
Não existe via de degradação de colesterol em mamíferos devido à importância desta
molécula. A única via em que é possível perder colesterol é formando bile e mesmo assim existe um
mecanismo de recuperação desta. No final do intestino delgado há transportadores que captam toda
a bile que foi jogada para digestão, esta é redirecionada para o fígado economizando colesterol.
A cadeia transportadora de elétrons e síntese de ATP está funcionando o tempo todo, esta
não é mencionada na aula de integração, pois tanto no estado alimentado quando no de jejum a
produção de poder redutor e ATP irá sempre ocorrer.
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internalizado e depois oxidado. Assim, seu poder redutor é passado para o NADH para sintetizar
ATP. Assim, o que sustenta o músculo no estado de jejum é a β-oxidação de ácidos graxos.
Mais isso não é o suficiente para todas as necessidades fisiológicas do músculo, visto que
este apresenta algumas funções diferenciadas, como atividade física, contração muscular ou sinal de
adrenalina que vão exigir mais do músculo, nestes casos o glicogênio é mobilizado.
O glicogênio é quebrado, gerando Glicose 6-fosfato, que na via glicolítica, gera Piruvato que
entra no Ciclo de Krebs gerando energia. Com isso mobilização do glicogênio gera energia
indiretamente pela Glicose-6-fosfato.
Quando há uma atividade física muito intensa e o aporte de oxigênio não é o suficiente, este
tecido irá fazer fermentação, produzindo lactato. Isso permite sintetizar glicólise, produzir ATP
mesmo sem conseguir fazer o Ciclo de Krebs e utilizar NADH na cadeia transportadora de elétrons.
Perdendo carbonos para produzir menos ATPs, mas se ganha por um lado, pois é possível
reproduzir rapidamente a via glicolítica.
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Nesse momento o Ciclo de Krebs não está rodando da maneira tradicional, ou seja, não
temos Oxaloacetato condensando com Acetil-CoA e ele não está ciclando produzindo poder
redutor. Isso porque, já há poder redutor suficiente produzido pela degradação de ácidos graxos o
que inibe o Ciclo de Krebs. Porém se essa carga energética cair, automaticamente há liberação do
Ciclo de Krebs para gerar energia e, com isso, haverá um deslocamento de carbonos o que reduzirá
a gliconeogênese.
Na gliconeogênese, há reversão de etapas reversíveis da glicólise e nas etapas não
reversíveis temos enzimas diferentes que catalisarão as reações opostos até a produção de glicose.
No estado de jejum esta glicose é exportada, pelo fígado, para o sangue. Para manter as
funções vitais, pois o cérebro e sistema nervoso têm preferência pela glicose e as hemácias têm
consumo exclusivo de glicose.
Além da glicose, os corpos cetônicos, produzidos no fígado, também podem ser fonte
energética para o cérebro e sistema nervoso. Então, fígado pode produzir as duas moléculas
utilizadas pelo cérebro e sistema nervoso. A utilização dos corpos cetônicos passa a ser significativa
com um jejum avançado, com cerca de 3 dias. Antes desses três dias, os corpos cetônicos já são
produzidos, sendo que eles ficam circulando pelo sistema sanguíneo, não tendo um consumo
significativo.
Em jejum prolongado a gliconeogênese também começa a ser catalisada no córtex renal.
Em jejum prolongado a síntese de corpos cetônicos começa a ser significativos no
metabolismo e começa a reduzir o gasto de glicose no sistema nervoso e aumentar o gasto de corpos
cetônicos. Existem alguns benefícios com a utilização de corpos cetônicos, como: haverá menos
gliconeogênse hepática; menor uso de esqueletos carbônicos; diminuição na degradação de
aminoácidos pelo músculo e menor uso de gás carbônico.
Isso é um mecanismo que impacta o Ciclo da Uréia, porque se eu to usando corpos cetônicos
há uma economia muscular e menos Alanina será gerada e o Ciclo da Uréia vai diminuir
(desacelerar). A liberação de Uréia acompanha essa economia. Então a liberação de Uréia após
algumas horas em jejum, quando o glicogênio está acabando, começa a subir, visto que há
fornecimento de mais Alanina para a gliconeogênese. A liberação da Uréia se mantém alta até
alguns dias de jejum, quando começa a haver a compensação por corpos cetônicos. Diminuindo a
síntese Alanina e a liberação de Uréia volta a cair.
Quando a o Alanina é degradada seu esqueleto carbônico é direcionado para a
gliconeogênse, e o amino para o Ciclo da Uréia.
O glicogênio é quebrado, no mesmo momento que é feito a gliconeogênse e junto com a
degradação do ácido graxo. Pois eu não tenho um sinal diferente para cada um, e sim, um sinal para
todos que é glucagon.
A quebra de glicogênio é muito mais rápida e supre a glicemia, enquanto a gliconeogênese
está sendo iniciada. Essa enzima a PEPCK, não existe no estado alimentado, pois o organismo a
degrada. Só sendo sintetizada no estado de jejum e no início a quebra de gliconeogênese que vai
produzir glicose para sustentar glicemia enquanto a gliconeogênese está esquentando os motores. E
aí depois a gliconeogênese assume, e o glicogênio acaba a não ser que tenha sido feito uma refeição
de algumas horas.
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