Dosagem Das Misturas de Solo-Cimento
Dosagem Das Misturas de Solo-Cimento
Dosagem Das Misturas de Solo-Cimento
São Paulo
agosto de 2004
1
1a edição - 1980
2a edição - 1983
F
691.91 Associação Brasileira de Cimento Portland
A849d Dosagem das misturas de solo-cimento;
Normas de dosagem e métodos de ensaios.
3.ed.atual.revisada pelo Eng. Márcio Rocha
Pitta. São Paulo, 1986
57p. ilus. 30cm. (ET-35)
Solo-cimento - Dosagem
Solo-cimento - Ensaios
2
Associação Brasileira de bimento Portland (ABCP). Dosagem das
misturas de solo-cimento; normas de dosagem e métodos de ensaios.
3.ed.atual.revisada pelo Eng. Márcio Rocha Pitta.
3
LISTA DAS FIGURAS
4
SUMÁRIO
RESUMO
5
2.2.3 Método A ..................................................................................... 54
2.2.4 Método B ..................................................................................... 55
2.2.5 Verificação ................................................................................... 57
6
7
8
1 NORMAS DE DOSAGEM DE SOLO-CIMENTO
1.1 Introdução
- a quantidade de cimento;
- a quantidade de água;
9
de dosagem da Portland Cement Association (PCA), não obstante outros
países haverem desenvolvido procedimentos diferentes: falta-lhes,
entretanto, o que é justamente a maior recomendação dos métodos da
PCA: a comprovação de seus resultados em um grande número de obras
executadas e em uso, com enorme variedade de solos, das mais diversas
origens e regiões – no Brasil, desde 1939.
10
composição de misturas em volume; o teor de cimento, para
cada ensaio, necessita ser transformado em teor de cimento
em massa.
A designação da quantidade de cimento pelo teor de cimento
em massa, que é a relação entre a massa de cimento e a
massa do solo seco, simplifica sobremaneira os trabalhos de
laboratório, em nada alterando os resultados.
No campo, o fato de ser conhecido por simples cubação o
volume de um serviço a executar e só indiretamente a sua
massa, indica que se continue empregando, no campo, o teor
de cimento em volume. A correlação entre os dois teores é
expressa por uma fórmula simples, mostrada nesta publicação
no devido tempo.
11
- limite de liquidez ≤ 40%;
12
g) escolha do teor de cimento adequado em função dos
resultados do ensaio.
- Granulometria
14
Tendo-se observado que os resultados do ensaio de compactação
variam muito pouco para pequenas diferenças na quantidade de cimento,
um único ensaio de compactação pode ser realizado, com o teor médio
entre os previstos; adotam-se os resultados da compactação como
válidos para os três teores escolhidos*.
A1-a 5
A1-b 6
A2 7
A3 9
A4 10
A5 10
A6 12
A7 13
* Esta prática não se aplica aos estudos mais profundos sobre estabilização de solos
com cimento, como pesquisas, nem aos solos com características anômalas de
compactação.
15
Exemplo:
Exemplo:
a) Dados do ensaio
- soquete nº3
- cilindro nº2
16
- volume do cilindro .......................................... = 995 cm3
c. Composição da mistura
- solo graúdo
10 x 5000
* massa seca = = 500 g
100
- solo miúdo
- ponto nº1
17
- massa do corpo de prova seco = 1805 = 1662 g
1 + 0,086
1662
- massa específica aparente seca = = 1670 kg/m3
0,995
Exemplo:
18
F.1 - ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
TRABALHO No: 8604/33 AMOSTRA No: 20819
COMPOSIÇÃO DA MISTURA
Massa total Solo retido # n° 4 Solo passado # n° 4 Massa do
do solo (g)
Massa seca (g): 4500
cimento (g)
Massa seca (g): 500
5000 Massa úmida (g): 506 Massa úmida (g): 4635 350
Massa
Massa Determinação do teor de umidade Massa
Massa espec.
do do
PONTO
do aparente
corpo Massa corpo
corpo Massa Massa Massa do
de prova Tara da do Teor de de
de prova Cáps. bruta bruta da corpo
úmido + capsula solo umidae prova
úmido úmida seca água de prova
cilindro seco seco
seco
N° (g) (g) N° (g) (g) (g) (g) (g) (%) (g) (g/dm3)
1 3955 1805 13 503,42 465,70 27,05 37,72 438,65 8,6 1662 1670
2 4103 1953 14 474,70 432,10 30,18 42,18 401,92 10,6 1766 1775
3 4241 2091 15 497,08 445,16 26,47 51,92 418,69 12,4 1861 1870
4 4260 2110 16 522,77 461,90 27,10 60,87 434,80 14,0 1851 1860
5 4155 2005 17 481,98 420,10 28,48 61,62 391,62 15,8 1731 1740
RESULTADOS
γmax= 1880 kg/m3
hot = 13,2 %
Data Inicial
3.4.86
Data Final
4.4.86
Operador
Ricardo K.
Calculista
Paulo A.
Revisor
Renê B.
19
TABELA 2 – Teor de cimento médio requerido por solos arenosos não
orgânicos
0-19 10 9 8 7 6 5
0-14 20-39 9 8 7 7 5 5
40-50 11 10 9 8 6 5
0-19 10 9 8 6 5 5
15-29 20-39 9 8 7 6 6 5
40-50 12 10 9 8 7 6
0-19 10 8 7 6 5 5
30-45 20-39 11 9 8 7 6 5
40-50 12 10 10 9 8 6
20
TABELA 3 - Teor de cimento médio requerido por solos siltosos e
argilosos
0-19 12 11 10 8 8 7 7
20-39 12 11 10 9 8 8 7
0-3
40-59 13 12 11 9 9 8 8
60 ou mais - - - - - - -
0-19 13 12 11 9 8 7 7
20-39 13 12 11 10 9 8 8
4-7
40-59 14 13 12 10 10 9 8
60 ou mais 15 14 12 11 10 9 9
0-19 14 13 11 10 9 8 8
20-39 15 14 11 10 9 9 9
8-11
40-59 16 14 12 11 10 10 9
60 ou mais 17 15 13 11 10 10 10
0-19 15 14 13 12 11 9 9
20-39 16 15 13 12 11 10 10
12-15
40-59 17 16 14 12 12 11 10
60 ou mais 18 16 14 13 12 11 11
0-19 17 16 14 13 12 11 10
20-39 18 17 15 14 13 11 11
16-20
40-59 19 18 15 14 14 12 12
60 ou mais 20 19 16 15 14 13 12
21
Exemplo:
a) Dados de ensaio
- soquete nº3
- cilindro nº2
c) Composição da mistura
- solo graúdo
10 x 3000
* massa seca = = 300 g
100
22
F.2- MOLDAGEM DE CORPOS DE PROVA DE SOLO-CIMENTO (ABCP-SC-2)
TRABALHO No: 8604/33 AMOSTRA No: 20819
COMPOSIÇÃO DA MISTURA
Massa total Solo retido # n° 4 Solo passado # n° 4
do solo (g)
Massa seca (g): 300 Massa seca (g): 2700
3000 Massa úmida (g): 304 Massa úmida (g): 2781
QUANTIDADE DE ÁGUA
Teor de
Massa Massa
cimento
de total da
em levada levada
cimento mistura teórica a perda por
massa necessária pelo solo pelo solo a juntar
juntar evaporação
graúdo miúdo
(%) (g) (g) (g) (g) (g) (%) (g) (g) (g)
VERIFICAÇÃO DA MOLDAGEM
N° (%) (g) (g) N° (g) (g) (g) (g) (g) (%) (g) (g/dm3)
1 5 4242 2092 5 652,8 588,7 95,5 64,1 493,2 13,0 1851 1860
2 7 4247 2097 59 609,7 551,3 94,9 58,4 456,4 12,8 1859 1868
3 9 4257 2107 40 611,0 551,5 90,0 59,5 461,5 12,9 1866 1875
10
11
- solo miúdo
- quantidade de água
24
- teor de cimento em massa = 7,0%
Exemplo:
25
F.3- ENSAIO DE DURABILIDADE POR MOLHAGEM E SECAGEM (ABCP-SC-3)
ENERGIA: AMOSTRA No: 20819 TRABALHO No: 8604/83
Corpo de prova n° 1 2 3
DESENVOLVIMENTO DO ENSAIO
Hora de Pesagens
Hora de Hora de
Ciclo colocação
Data remoção colocação Observações
concluído em
da estufa na estufa
imersão CP. n° 1 CP. n° 2 CP. n° 3
Observações:
CÁLCULOS
Corpo de prova n° 1 2 3
26
- umidade de moldagem = 12,8%
c) Cálculos
1859 - 1566
- perda de massa = = 16,0%
1859
27
Sabe-se, na prática, que o acréscimo do teor de cimento ocasiona
redução de perda de massa nos ensaios de durabilidade: para baixos
teores de cimento, o acréscimo provoca uma considerável redução na
perda, enquanto que, para teores elevados, o acréscimo de cimento
provoca uma pequena diminuição na perda de massa.
As recomendações são:
28
- Solos A2-6, A2-7, A4 e A5 10%
- Solos A6 e A7 7%
Exemplo:
100 x Cm γs c
Cv = X
100 + Cm γc
29
em que:
Exemplo:
100 x 8 1880
Cv = X
100 + 8 1430
Cv = 9,75
30
FIGURA 4 - Ábaco para transformação do teor de cimento em massa
em teor de cimento em volume
31
A PCA, baseada na correlação estatística obtida nos resultados
de ensaios de durabilidade e de resistência à compressão simples aos
7 dias com 2438 solos arenosos, apresentou um método simplificado
para a dosagem de solo-cimento. O fundamento desse método,
comprovado pelos ensaios realizados, é a constatação de que um solo
arenoso, com determinada granulometria e massa específica aparente
seca máxima, requererá, de acordo com o critério de perda de massa
no ensaio de durabilidade, o mesmo teor de cimento por este indicado,
desde que alcance resistência à compressão, aos 7 dias, superior a um
certo valor mínimo estabelecido estatisticamente na série de ensaios de
comparação realizada. O procedimento daí resultante foi materializado
em ábacos de fácil e direta utilização.
Em resumo:
32
- possuir no máximo 20% de material com diâmetro equivalente
inferior a 0,005 mm (argila);
33
- estimar a massa específica aparente seca máxima da
mistura por meio da Figura 5, em função das porcentagens e
silte mais argila e de pedregulho fino mais areia grossa;
1º Exemplo:
38
- pedregulho fino ..................................................= 3%
- silte .....................................................................= 7%
39
40
Este solo possui menos de 20% de argila e menos de 50% de silte
mais argila, podendo, portanto, ser ensaiado pela Norma Simplificada.
Por outro lado, todo o solo passa na peneira de 4,8 mm; será ensaiado,
em conseqüência, pelo Método A:
2º Exemplo:
a) Granulometria
42
b) Massa específica do pedregulho grosso = 2600 kg/m3
e) Na Figura 10, desde que o solo possui 27% de silte mais argila
e 20% de pedregulho grosso, verifica-se que a resistência
média deveria ser superior à 1982 kPa (20,2 kgf/cm2); como
não foi, ensaios adicionais devem ser realizados.
Moldar, então, dois corpos de prova, um com 5% de cimento
e outro com 7%, que serão submetidos ao ensaio de
durabilidade por molhagem e secagem.
43
7% de cimento apresentem no ensaio de durabilidade as perdas de massa
de 11% e 7%, respectivamente. Sendo o solo um A2-4 (0) e de acordo
com o critério exposto na Norma Geral de Dosagem, o teor de 5% é o
adequado, embora com ele a resistência à compressão não tenha sido
superior à indicada pela Norma Simplificada.
2. MÉTODOS DE ENSAIO
44
- pedregulho grosso: partículas com diâmetro de 4,8 mm a
76 mm;
2.1.1 Objetivo
45
2.1.2 Aparelhagem
a) repartidor de mostras;
i) espátulas;
2.1.3 Método A
2.1.3.1 Amostra
46
peneira de 4,8 mm. Quando necessário, pode-se secar a
amostra ao ar, até que se torne destorroável no almofariz sob
a ação de mão-de-gral recoberta de borracha.
48
g) Repetir as operações descritas nas alíneas b a f para cada
incremento de água (*). Essas operações deverão ser
repetidas, com teores crescentes de umidade, tantas vezes
quantas necessárias para caracterizar a curva de
compactação (Figura 12).
2.1.4 Método B
2.1.4.1 Amostra
(*) Este método tem-se mostrado satisfatório na maioria dos casos; entretanto,
quando o solo é frágil e tem seus grãos reduzidos significativamente de tamanho
em virtude da repetida compactação, deve-se usar uma mistura com amostra não
trabalhada para cada ponto de curva de compactação.
(**) A maioria das especificações para construção de solo-cimento limita o tamanho
máximo característico do material de 76 mm.
49
porcentagem do material que passa na peneira de 76 mm e
fica retido na de 4,8 mm na amostra original. Na determinação
das massas deve-se levar em consideração a umidade do
solo e a absorção do pedregulho.
50
2.1.4.2 Ensaio
51
2.1.5 Cálculos
M bh - M bs
h= x 100
Mbs - M c
onde:
h = teor de umidade;
M c = massa da cápsula
Mh
Ms = x 100
100 + h
onde:
γs Ms
=
V
52
onde:
2.1.6 Resultados
2.2.1 Objetivo
53
2.2.2 Aparelhagem
2.2.3 Método A
2.2.3.2 Moldagem
54
d) Por ocasião da colocação da segunda camada, retirar uma
amostra de cerca de 80 g para determinação do teor de
umidade. Pesá-la e secá-la em estufa à temperatura entre
105ºC e 110ºC, até constância de massa; fazer as
determinações com precisão de 0,01 g.
2.2.4 Método B
55
d) Separar uma quantidade de água que, somada à água
existente na amostra de solo e de pedregulho, confira à mistura
a umidade ótima, determinada no Ensaio de Compactação
do Solo-cimento, acrescida de 0,5 a 1,0 ponto porcentual para
a evaporação que normalmente se processa durante a mistura.
2.2.4.2 Moldagem
56
2.2.5 Verificações
2.3.1 Objetivo
2.3.2 Aparelhagem
57
2.3.3 Corpos de prova
2.3.4 Ensaio
2.3.5 Cálculos
58
a) Corrigir o valor da massa seca do corpo de prova, descontando
a massa de água que ficou retida no corpo de prova seco,
como segue:
M
Mf = x 100
A + 100
onde:
TABELA 4
Classificação do solo Água retida
segundo a AASHTO (%)
(M 145)
A1, A3 1,5
A2 2,5
A4, A5 3,0
A6, A7 3,5
Ms - M f
P = x 100
m M
s
59
onde:
Pm = perda de massa;
2.4.1 Objetivo
2.4.2 Aparelhagem
2.4.4 Ensaio
60
úmida e imerso completamente em água.
2.4.5 Resultado
61
Bibliografia Recomendada
62
————————. Wetting and drying tests of compacted soil-
cement mixtures; D 559. In: —————————. Book os ASTM
standards. Philadelphia, 1978. v.19.
63