Agricultura de Precisão Na Semeadura
Agricultura de Precisão Na Semeadura
Agricultura de Precisão Na Semeadura
Agricultura de Precisão
na Semeadura
SUPERINTENDENTE
Eurípedes Bassamur fo da Costa
GESTORA
Rosilene Jaber Alves
COORDENAÇÃO
Fernando Couto de Araújo
Recapitulando...........................................................................................................................................................15
Recapitulando.......................................................................................................................................................... 23
Recapitulando.......................................................................................................................................................... 29
Atividade de aprendizagem.......................................................................................................................................30
Recapitulando.......................................................................................................................................................... 37
Aula 2 » Tipos de barras de luzes............................................................................................................................. 38
Recapitulando.......................................................................................................................................................... 42
Recapitulando..........................................................................................................................................................50
Atividade de aprendizagem........................................................................................................................................51
Recapitulando.......................................................................................................................................................... 62
Recapitulando..........................................................................................................................................................70
Atividade de aprendizagem........................................................................................................................................ 71
Módulo 4 » Tipos de sensores utilizados nas semeadoras-adubadoras.........................................................................73
Recapitulando.......................................................................................................................................................... 79
Recapitulando.......................................................................................................................................................... 87
Recapitulando.......................................................................................................................................................... 92
Atividade de aprendizagem....................................................................................................................................... 93
Recapitulando........................................................................................................................................................ 103
Aula 2 » Principais formas de monitoramento da deposição de sementes e fertilizantes........................ 104
Recapitulando........................................................................................................................................................ 109
Recapitulando......................................................................................................................................................... 115
Síntese do curso.........................................................................................................................................................................................118
Gabarito.........................................................................................................................................................................................................120
Referências....................................................................................................................................................................................................121
Introdução ao curso
Você sabia que a semeadura é uma das operações mecanizadas mais complexas dentro do
processo agrícola? É a etapa que precisa de monitoramento mais constante e, na maioria das
vezes, é realizada junto com a adubação, sendo de fundamental importância para o sucesso
da lavoura.
Mas antes de entrar no tema da semeadura em si, vale explorar um pouco a correta formação
dos estandes e sua relação com a produtividade.
estandes
Cada cultura tem um número certo de plantas por metro de linha ou por hectare, ou seja, um
estande apropriado que varia para cada tipo de cultivo.
Por um lado, você pode afirmar que uma maior produtividade se dá quando se coloca o maior
número de plantas no mesmo terreno de cultivo. Por outro, sabe-se que a realidade não é bem
assim: o exagero na densidade de plantas gera competição por luz, água e nutrientes, o que
prejudica o desenvolvimento do plantio, e consequentemente a produção.
mapa de variabilidade
Mapas que orientam a semeadura conforme análise do solo e de suas características. Veja
conceito completo no próximo módulo.
Outro dispositivo muito utilizado nas semeadoras-adubadoras modernas é a barra de luzes. Elas
proporcionam diversas vantagens à distribuição de sementes e adubos, orientando o operador
do trator a definir melhor a distância entre passadas e o alinhamento de plantio.
Pois bem, uma vez que as sementes são depositadas dentro do solo, é um grande risco aguardar
até o fim da colheita para verificar se a operação foi bem-sucedida ou não. Para auxiliar neste
gerenciamento e evitar perdas, pode-se utilizar diversos tipos de sensores, estrategicamente
dispostos na máquina, que permitem a coleta de dados para avaliar, em tempo real, o funciona-
mento dos dosadores e de outros mecanismos.
Neste curso, portanto, você vai conhecer as ferramentas da agricultura de precisão disponíveis
para uso em semeadoras e, dessa forma, aprimorar ainda mais o seu conhecimento das técnicas
de plantio, estudando os seguintes assuntos:
Agricultura de Precisão
na Semeadura
» Módulo 1: Semeadura a Taxa Variável
Ao longo deste módulo, você vai perceber que a semeadura a taxa variável depende de uma
série de dispositivos e equipamentos que equipam as semeadoras-adubadoras. Para tanto, a
máquina deve ser equipada com um GPS, que vai cruzar informações com os mapas de recomen-
dação e de variabilidade e, assim, reconhecer a localização e a recomendação da densidade de
semeadura em cada área.
Você vai compreender que, por via de regra, nos locais com maior potencial de produtividade
deve-se recomendar uma maior densidade de semeadura, enquanto que nas áreas com baixo
potencial produtivo, deve-se aceitar esta menor produtividade e recomendar uma pequena taxa
de semeadura e de aplicação de fertilizante, de forma a reduzir os gastos com estes insumos.
Aula 1
A importância da semeadura a taxa variável
Os solos brasileiros, em especial os solos do bioma do cerrado, apresentam grandes variabili-
dades em seus atributos, mesmo em pequenas distâncias horizontais. Isso faz com que o cultivo
responda de formas diferentes ao plantio de sementes, ocasionando muitas vezes pouca produ-
tividade. Dessa forma, realizar a semeadura levando-se em consideração a diversidade do solo
é fundamental para aumentar a eficiência produtiva.
Você já estudou que a Agricultura de Precisão é um dos melhores benefícios que a tecnologia
vem trazendo ao campo. A título de comparação, vemos muitas vezes na agricultura convencio-
nal erros de semeadura que poderiam ser evitados, como você verá a seguir.
Fonte: Embrapa
Economia na Semeadura em uma menor densidade nas áreas com baixo po-
Utilização de tencial produtivo, tais como, solo de menor fertilidade ou com
Sementes limitação na parte física, proporcionando economia na utilização
de sementes e de fertilizante, que são insumos de alto custo ao
produtor.
Além disso, estas semeadoras apresentam recursos que permitem acompanhar e garantir a qua-
lidade da semeadura.
É importante frisar que a relação entre a densidade de semeadura e a produtividade varia con-
forme a cultura, ou seja, os estandes são o resultado da semeadura mais densa ou menos densa,
de acordo com a espécie plantada.
Recapitulando
Nesta primeira aula, você estudou que a semeadura a taxa variável é uma ferramenta de grande
importância ao produtor rural, pois visa à otimização do uso dos insumos e ao aumento da pro-
dutividade das lavouras. A distribuição de fertilizantes e sementes de acordo com a variabilida-
de dos atributos tem como objetivo aumentar a densidade de plantio nas áreas que têm maior
potencial produtivo, e reduzir a densidade naquelas com menor potencial, fazendo também o
ajuste na dose do fertilizante de acordo com esta variabilidade.
Desta forma, é possível reduzir a quantidade total de insumos utilizados, além de aumentar a
produtividade devido à utilização de critérios técnicos para determinação da taxa de semeadura
e do estande ideal de plantas na área.
Aula 2
Equipamentos utilizados nas semeaduras a taxa variável
Na aula anterior, você pôde conferir como é importante a semeadura ser feita sob a forma de
taxa variada. Para viabilizar esta operação, as semeadoras-adubadoras apresentam uma série de
equipamentos que permitem a inserção de informações, o acompanhamento da semeadura e a
automação da operação de forma variável e com grande precisão.
Ao fim desta aula, você deverá ser capaz de identificar os principais equipamentos utilizados nas
semeadoras para distribuição variável de sementes, e reconhecer o papel de cada um deles.
O sucesso do estabelecimento e produção de uma lavoura começa com uma boa semeadura e
um bom estande de plantas na área. Para tanto, alguns critérios técnicos devem ser cuidadosa-
mente determinados e acompanhados durante a semeadura, como os seguintes:
Semeadora
Saiba Mais
Além disso, é sempre bom ter em mente que o sistema dosador de sementes nas máquinas deve
ser escolhido de acordo com a realidade e disponibilidade de cada propriedade.
Tópico 2
Demais equipamentos importantes para a semeadora à taxa variável
Antena Receptora de
Sinal DGPS
Fonte: <http://www.tecnoparts.
agr.br/novidades/71-sistema-au-
to-pilot-conheca-as-vantagens>.
Monitor
Cabos e conectores
Cabos e conectores.
Fonte: Senar, 2013.
As configurações dos controladores de semeadura variam de acordo com cada marca ou mode-
lo. Portanto, para maior segurança e precisão na semeadura, o operador deve ler e reconhecer
a configuração do controlador utilizado, bem como dos demais equipamentos necessários na
operação. Algumas configurações específicas serão abordadas detalhadamente em uma aula
mais adiante.
Confira o site da fabricante de tratores Valtra (muito conhecida pelo setor sucroalcooleiro)
para conhecer alguns modelos de plantadoras e adubadoras: <www.valtra.com.br/produ-
tos/implementos/plantadeiras>.
Cheque também o Material Complementar I deste curso, no fim deste módulo. Trata-se de
um material de divulgação com especificações técnicas da plantadora adubadora Valtra
modelo HiTech BP905M.
Não esqueça que os materiais complementares deste curso também estão disponíveis para
download no Ambiente de Estudos!
Recapitulando
As semeadoras-adubadoras para agricultura de precisão são equipadas com uma série de dispo-
sitivos e equipamentos que permitem a semeadura a taxa variável. A máquina deve ser equipada
com um GPS para que, em conjunto com o controlador, reconheça a localização e a recomenda-
ção da densidade de semeadura em cada área. Através de comandos hidráulicos ou elétricos,
sempre que necessário, ocorre uma variação na rotação dos motores que determinam a distri-
buição de sementes nas linhas de semeadura. Por meio de um monitor, é possível acompanhar
todas as informações sobre a operação, por exemplo, a falta de sementes em determinada linha,
e a velocidade de deslocamento da máquina, determinada por um sensor ou radar.
Aula 3
Mapas de variabilidade na semeadura à taxa variável
A operação de semeadura a taxa variável em áreas com grande variabilidade pode reduzir gas-
tos com insumos e aumentar a produtividade da lavoura. Desta forma, os critérios utilizados para
análise e elaboração do mapa de semeadura são de grande importância.
Como você estudou no começo do curso, os solos brasileiros apresentam grande variabilidade
espacial em seus atributos, por isso, deve-se conhecer e considerar estas variações para tomar
as decisões mais acertadas de manejo.
A esta altura, você sabe dizer prontamente qual é a diferença entre a agricultura tradicional e a
de precisão?
Em áreas onde há grande variabilidade nos atributos do solo, o acréscimo no retorno econômico
proporcionado pela prática da semeadura a taxa variável é muito maior do que o valor propor-
cionado pelo cultivo mais homogêneo.
A seguir, você pode conhecer alguns dos mapas de variabilidade gerados na propriedade e suas
interpretações para elaboração do mapa de recomendação da semeadura.
Vale lembrar que existem softwares que auxiliam na interpretação em conjunto destes mapas
de variabilidade, ajudam o profissional a tomar a melhor decisão e a realizar o mapa de reco-
mendação de semeadura de acordo com a influência de cada característica analisada sobre a
produtividade.
Para fechar esta aula, reflita um pouco sobre a seguinte questão antes de seguir para o final do
módulo: se a semeadura deve ser aplicada apropriadamente apenas nas subáreas de carac-
terísticas adequadas para a lavoura, onde serão aplicados os procedimentos de agricultura de
precisão para a correção do solo?
Agora, siga para o final da aula e faça as atividades de aprendizagem relacionadas ao módulo!
Nas próximas páginas, você vai encontrar a atividade de aprendizagem para verificar os conhe-
cimentos construídos ao longo deste módulo. Não esqueça que você deve entrar no Ambiente
de Estudos para registrar as respostas no sistema, que também vai liberar o próximo módulo de
conteúdo!
a) A semeadura à taxa variável deve ser feita indiscriminadamente para qualquer tipo de
solo e cultura semeada.
b) A produtividade das lavouras pode ser aumentada por meio da semeadura a taxa variável.
c) A variação na taxa de semeadura é importante mesmo nas situações em que não se co-
nhece a variabilidade da área.
d) Para maior eficiência técnica e econômica, é importante realizar a semeadura a taxa variá-
vel, e manter a taxa de aplicação de fertilizante constante.
2. De acordo com o que você estudou nesta aula, analise as afirmativas seguintes e marque a
alternativa correta.
a) s subáreas com menor potencial produtivo devem receber maior densidade de semeadura
e maior dose de fertilizante para compensar sua produtividade.
b) Os mapas de variabilidade da produtividade da área podem ser desprezados, uma vez que
se referem a safras passadas.
d) Subáreas com alto teor de matéria orgânica devem, obrigatoriamente, receber maior den-
sidade de semeadura.