Acne
Acne
Acne
MACAPÁ, 2018
INTRODUÇÃO
1. ACNE
A acne é uma afecção dermatológica que atinge as unidades pilossebáceas de algumas
áreas do corpo, sendo bastante frequente entre os adolescentes (80%) (MANFRINATO,
2009).
• Higienização – Ainda persiste a ideia de que a acne está associada à higiene deficiente.
Uma má higienização não só não provoca acne, como a evidência científica do papel da
limpeza do rosto na patogênese da acne é de má qualidade. No entanto, sabe-se que a lavagem
facial frequente e intempestiva tem sido proposta como sendo traumatizante, aumentando os
efeitos de irritação cutânea da tretinoína tópica e da isotretinoína.Assim, o consenso geral é de
que a limpeza do rosto deve ser efetuada uma vez por dia, com agente de limpeza ajustado ao
tipo de pele, como preparação para a aplicação dos tratamentos posteriores. O recurso da
maquiagem e das técnicas de camuflagem, desde que os produtos sejam não comedogênicos,
não estão contraindicados.
• Estresse – Desde longa data tem sido evocada a relação causal entre o estresse e a acne,
mas, apenas recentemente, Chiu et al. demonstraram correlação positiva entre o agravamento
da acne e a existência de níveis elevados de estresse durante o período dos exames escolares.
• Atividade sexual – A prática sexual não demonstrou ter qualquer relação com a acne, pois
são as alterações hormonais normais da puberdade que estão implicadas na sua patogênese.
1.3 TRATAMENTO
A respeito do tratamento clínico da acne, a literatura evidencia a existência de várias
técnicas e métodos de tratamento, que apresentam bons resultados no que diz respeito á
melhora do aspecto geral da pele e contenção do grau de acometimento desta afecção
dermatológica. Na maioria dos casos as técnicas de tratamento para a acne são escolhidas de
acordo com o grau de acometimento da acne e a sua tipologia. Porém de modo geral podemos
dividir o tratamento da acne em: profilático (cuidados higiênicos e alimentares),
medicamentoso (uso de antiinflamatórios, antibióticos, cosméticos etc.), cirúrgico, terapêutico
(limpeza de pele, luz pulsada e etc.) e alternativo (acupuntura, fitoterapia e etc.). Na acne
branda recomenda-se o uso de antibióticos tópicos (clindamicina e eritromicina), gel de
peróxido de benzoila (2%, 5% ou 10%), haja vista que os retinóides tópicos (tretinoína) são
eficazes na acne comendônica e na papulopustulosa, mas exigem instruções detalhadas quanto
aos aumentos gradativos da concentração: creme a 0,025% ou gel a 0,01%; creme a 0,05% ou
gel a 0,025%; creme a 0,1%; solução a 0,05% menor concentração eficaz para manutenção.
Ocorrendo uma melhora do quadro clinico após alguns meses (2 a 5) e pode demorar ainda
mais nos pacientes com comedões não inflamados. Devendo-se aplicar retinóides tópicos á
noite e antibióticos e géis de peróxido de benzoíla tópicos durante o dia (UDA;
WANCZINSKI, 2008; MANFRINATO, 2009).
Nos casos de acne moderada recomenda-se o uso de tetraciclinas orais acrescentadas
ao esquema acima relatado. Podendo ainda utilizar-se minociclina na dose de 50 a 100 mg
duas vezes ao dia, sendo esta dosagem reduzida para 50mg/dia, quando as lesões acnéicas
melhoram. Por fim, nos casos de acne grave recomenda-se o uso de isotretinoína que é um
retinóide que inibe a função das glândulas sebáceas e a queratinização e tem sido muito eficaz
no tratamento da acne grave (UDA; WANCZINSKI, 2008; MANFRINATO, 2009).
O tratamento cirúrgico da acne por sua vez, somente é indicado para os casos em que
existe a necessidade da extração de comedões, drenagem e extirpação de quistes e Injeção
intralesional de corticóides (acetonido de triamcinolona) No que diz respeito especificamente
ao tratamento estético para os casos de acne Manfrinato (2009), relata que este tipo de
tratamento visa sobretudo à redução de cicatrizes deprimidas, puntiformes e/ou irregulares e
que diferentes técnicas podem vir a ser utilizadas, não só para tratar a acne, como também,
para melhorar o aspecto geral da pele acnéica como é o caso das técnicas apresentadas na
tabela 2.
Tabela 2. Tratamento estético da acne e suas recomendações/finalidades terapêuticas
1.4 PREVENÇÃO
A acne necessita de tratamento adequado, e que evite o agravamento da doença para as
formas mais graves, com possíveis cicatrizes o que podem resultar em alterações
psicossociais, com efeitos prejudiciais que comprometam a qualidade de vida dos indivíduos.
O tratamento da acne deve prevenir e tratar cicatrizes e manchas, e atuar na prevenção da
reincidência da acne (PIMENTEL, 2011). O estudo da pele é de grande importância,
favorecendo a avaliação dos motivos que levam ao surgimento de doenças de pele, com o
propósito de prevenir, ou interferir de modo específico (LUDWIG et al, 2006).
O ácido mandélico é um Alfa-hidroxiácido (AHA) derivado do extrato de amêndoas
amargas e utilizado farmacologicamente em tratamentos de acne e hiperpigmentações. Age no
processo infeccioso da acne, combatendo e prevenindo a formação de novas bactérias e
acelerando o processo de cicatrização, cooperando para o tratamento de sequelas eventuais
(PIMENTEL, 2011).
É importante não “espremer” a lesão, a fim de evitar a formação de cicatrizes. Caso tenha
iniciado um tratamento, convém fazer manutenções regulares ate que desapareçam
naturalmente.
2. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho buscou-se investigar pelos livros, base de dados e revistas
especializadas informações publicadas, bem como sites direcionados sobre o tema. A busca
dos artigos foi realizada nas bases de dados eletrônicos. Foram previamente selecionados 10
artigos e utilizou-se todos para a construção do referencial teórico, cujo conteúdo, atendia os
critérios de inclusão determinados para alcançar o objetivo estabelecido.
A acne vulgar é a doença cutânea mais frequente, afetando 85 a 100% da população
em algum momento da vida; constituindo, por isso, um motivo frequente de consulta na
atenção primária à saúde. Geralmente, tem início na puberdade, situando-se o pico de
incidência entre os 14 e 17 anos nas adolescentes, e entre os 16 e 19 anos nos rapazes, sendo
mais grave e prevalente no sexo masculino. Apesar de extensamente debatida, a acne vulgar
requer uma atualização constante.
Esta pode causar distúrbios emocionais, que consequentemente podem agravá-la. Se
não for tratada de maneira adequada pode evoluir para formas mais graves, com cicatrizes
profundas. Diversas opções terapêuticas estão disponíveis, desde os esfoliantes, antibióticos
tópicos e sistêmicos até a isotretinoína sistêmica. A opção terapêutica depende da forma
clínica da acne, sua gravidade e algumas características individuais.
O tratamento da acne incluí a prevenção dessas cicatrizes e o tratamento de possíveis
manchas. Os tratamentos químicos geram uma destruição controlada da epiderme e, ou
derme, através da aplicação de agentes cáusticos, com posterior regeneração dos tecidos. São
inúmeros os ácidos existentes para o tratamento da acne. Os peelings por realizarem essa
renovação celular, diminuir a secreção sebácea, agir no controle das bactérias, ajudando na
prevenção de novas lesões e tratando lesões presentes, comprovam sua eficácia no e sua ação
benéfica no tratamento da acne. Sendo de escolha do profissional o tipo do ácido utilizado de
acordo com a necessidade de cada caso.
3. REFERÊNCIAS
LIMA, L.A.F. Acne na mulher adulta e tratamento. Revista Médica da Santa Casa de
Maceió, Maceió, v.1, n.1, p. 26-29, jan. 2006.
VAZ, Ana Lúcia. Acne vulgar: bases para o seu tratamento. Disponível em:
http://www.vandressabueno.com.br/wp-content/uploads/2012/11/ARTIGO-ACNE.pdf.
Acesso em 01/07/2018
WIPPEL,Ana Paula; FRANÇA, Ana Júlia V.B.D.V. Uso do ácido Glicólico em produtos
cosméticos para o tratamento da acne. Disponível em:
http://siaibib01.univali.br/pdf/Ana%20Paula%20Wippel.pdf. Acesso em: 01/07/2018.