Os Desafios Da Escola Pública Paranaense Na Perspectiva Do Professor Pde Produções Didático-Pedagógicas
Os Desafios Da Escola Pública Paranaense Na Perspectiva Do Professor Pde Produções Didático-Pedagógicas
Os Desafios Da Escola Pública Paranaense Na Perspectiva Do Professor Pde Produções Didático-Pedagógicas
Cadernos PDE
II
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Ficha para Identificação de Produção Didático-Pedagógica
Produção Didática-Pedagógica
Turma PDE/2014
Disciplina/Área História
Apresentação
1 <https://pt.scribd.com/doc/46291460/Cultura-de-paz-da-reflexao-a-acao-UNESCO> acesso
dia 21 de Jun. de 2014.
Primeiro encontro: 4 horas/aula
A cultura da paz
2< https://www.youtube.com/watch?v=--wpQYvTJDo&list=PLIgQB7iTRhM8nY0_qeSJVzPn3_r4AglPn>
curta Jesus Children of America, o diretor busca um outro norte. O curta conta
a história de Blanca (Hannah Hodson) de 13 anos que é portadora do vírus
HIV. Por conta disso, a garota é alvo de piadinhas de mau gosto de suas
colegas de escola e comumente é apelidada por elas de "AIDS Baby". Além
disso, o pai de Blanca é um veterano da Guerra do Golfo e é viciado em
heroína, assim como sua mãe.
Spike Lee, mais uma vez com seu espírito polêmico, utilizou todas suas
artimanhas para realizar um curta provocador. A questão abordada do
preconceito contra a menina aidética é o mote principal de uma história
completamente dramática.
O personagem que retrata o pai da menina é um veterano de guerra que
além de viciado em heroína, é um homem que criou um asco por seu país, e
acredita que não tem mais nada a oferecer à nação, pois já lutou em guerra. A
mãe de Blanca, também tem problemas com drogas e com o marido e, como
dito inicialmente, ainda tem a menina, que além de sofrer preconceito por ser
pobre, ainda é alvo das colegas de escola por ter HIV. A questão racial sempre
muito abordada por Spike não é o principal tema da produção, mas também
acompanha o curta de uma maneira dolorosa. A história chega a doer de tão
bem produzida, e ultrapassa as fronteiras norte-americanas e torna-se um filme
universal por abordar um tema de tanta significância.
1- Idade: ____________________
8- E você, já praticou alguma ação violenta? Você acha que você é violento?
a) ( ) sim b) ( ) não
Qual?_______________________ Como?____________________________
10- Que impacto a violência causou em você e nos outros (amigos, familiares,
na rua, na escola, etc....)
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14- Revendo os tipos de violência (questão 04), qual deles você observa com
mais frequência na Escola?
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15- Por que a Escola não desperta seu entusiasmo, interesse em aprender e
permanecer em sala de aula ou na Escola?
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16- Você gostaria de ser ouvido para resolver seus conflitos?
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17- Os familiares, a sociedade e a comunidade escolar devem ser os principais
colaboradores na redução da violência escolar?
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18- Por que a Escola se torna violenta?
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19- Em sua opinião, o que poderia ser feito na Escola para diminuir a violência?
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20- Que propostas ajudariam na diminuição da violência escolar?
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Basta de discriminações!
3 <http://www.nre.seed.pr.gov.br/irati/arquivos/File/texto_oficina.pdf>
Assistir ao vídeo: “Atos Infracionais e de Indisciplina na Escola.”4
*Vítima provocadora.
As vítimas denominadas provocadoras são aquelas capazes de insuflar em seus
colegas reações agressivas contra si mesmas. No entanto, não conseguem responder aos
revides de forma satisfatória. Elas em geral, discutem ou brigam quando são atacadas ou
insultadas.
Nesse grupo geralmente encontramos as crianças ou adolescentes hiperativos e
impulsivos e/ou imaturos, que criam, sem intenção explícita, um ambiente tenso na escola.
Sem perceberem, as vítimas provocadoras acabam “dando tiro nos próprios pés”, chamando a
atenção dos agressores genuínos. Estes, por sua vez, aproveitam dessas situações para
desviarem toda a atenção para a vítima provocadora. Assim os verdadeiros agressores
continuam Incógnitos em suas táticas de perseguição.
*Vítima agressora
A vítima agressora faz valer os velhos ditos populares “bateu, levou” ou “tudo que vem
tem volta”. Ela reproduz os maus tratos sofridos como forma de compensação, ou seja, ela
procura outra vítima, ainda mais frágil e vulnerável, e comete contra esta todas as agressões
sofridas. Isso aciona o efeito “cascata” ou de círculo vicioso, que transforma o Bullying em um
problema de difícil controle e que ganha proporções infelizes de epidemia mundial de ameaça
à saúde pública.
As vítimas no ambiente escolar
*No recreio, encontram-se frequentemente isoladas do grupo ou perto de algum adulto
que possa protegê-las: professor, inspetor, cantineiro etc.
*Na sala de aula, apresentam postura retraída. Têm extrema dificuldade em perguntar
algo ao professor ou emitir sua opinião para os demais alunos. Deixam explícitas suas
inseguranças e ansiedades.
*Apresentam faltas freqüentes às aulas, com o intuito de fugir das situações de
exposição, humilhações e/ou agressões psicológicas e físicas.
*Mostram-se comumente tristes; deprimidas ou aflitas.
*Nos jogos ou atividades em grupo, sempre são as últimas a serem escolhidas.
*Aos poucos vão se desinteressando das atividades e tarefas escolares (isso também
inclui perdas constantes de seus pertences, especialmente materiais didáticos).
*Ocasionalmente, nos casos mais dramáticos, apresentam hematomas (contusões),
arranhões, cortes, ferimentos, roupas danificadas ou rasgadas.
Os Agressores
Eles podem ser de ambos os sexos. Possuem em sua personalidade traços de
desrespeito e maldade e, na maioria das vezes, essas características estão associadas a um
perigoso poder de liderança que, em geral, é obtido ou legitimado através da força física ou de
intenso assédio psicológico.
O agressor pode agir sozinho ou em grupo. Quando ele está acompanhado de seus
“seguidores”, seu poder de destruição ganha reforço exponencial, o que amplia seu território de
ação e sua capacidade de produzir mais e novas vítimas.
Os agressores apresentam, desde muito cedo, aversão às normas, não aceitam serem
contrariados ou frustrados, geralmente estão envolvidos em atos de pequenos delitos, como
furtos, roubos ou vandalismos, com destruição do patrimônio público ou privado.
O desempenho escolar desses jovens costuma ser regular ou deficitário: no entanto,
em hipótese alguma, isso configura uma deficiência intelectual ou de aprendizagem por parte
deles. Muitos apresentam, nos estágios iniciais, rendimentos normais ou acima da média. O
que lhes falta, de forma explícita, é afeto pelos outros.
Essa afetividade deficitária (parcial ou total) pode ter origem em lares desestruturados
ou no próprio temperamento do jovem. Nesse caso, as manifestações de desrespeito, ausência
de culpa e remorso pelos atos cometidos contra os outros podem ser observados desde muito
cedo (por volta dos 5 a 6 anos). Essas ações envolvem maus tratos a irmãos, coleguinhas,
animais de estimação, empregados domésticos ou funcionários da escola.
Os agressores no ambiente escolar
*começam com brincadeiras de mau gosto, que rapidamente evoluem para gozações,
risos provocativos, hostis e desdenhosos.
*colocam apelidos pejorativos e ridicularizantes, com explícito propósito maldoso.
*insultam, difamam, ameaçam, constrangem e menosprezam alguns alunos.
*fazem ameaças diretas ou indiretas, dão ordens, dominam e subjugam seus pares.
*perturbam e intimidam, utilizando-se de empurrões, socos, pontapés, tapas, beliscões,
puxada de cabelos ou de roupas.
*estão sempre se envolvendo, de forma direta ou velada, em desentendimentos e
discussões entre alunos, ou entre alunos e professores.
*pegam materiais escolares, dinheiro, lanches e quaisquer pertences de outros
estudantes, sem consentimento ou até mesmo sob coação.
Os espectadores
Alunos que testemunham as ações dos agressores contra as vítimas, mas não tomam
qualquer atitude em relação a isso: não saem em defesa do agredido, tampouco se juntam aos
agressores.
*Espectadores passivos
Em geral, os espectadores passivos assumem essa postura por medo absoluto de se
tornarem a próxima vítima. Recebem ameaças explícitas ou veladas do tipo; “fique na sua,
caso contrário a gente vai atrás de você.” Eles não concordam e até repelem as atitudes dos
bullies: no entanto, ficam de mãos atadas para tomar qualquer atitude em defesa das vítimas.
sendo eles mesmo vulneráveis pela fragilidade psicológica.
Espectadores ativos
Esse grupo apesar de não participar ativamente dos ataques contra as vítimas
manifestam “apoio moral” aos agressores, com risadas e palavras de incentivo. Não se
envolvem diretamente, mas isso não significa, em absoluto, que deixam de se divertir com o
que vêem. É importante ressaltar que misturados aos espectadores podemos encontrar os
verdadeiros articuladores dos ataques, perfeitamente” camuflados” de bons moços. Eles
tramaram tudo e, agora, estão observando e se divertindo ao verem o circo pegar fogo.
Espectadores neutros
Dentre eles, podemos perceber os alunos que, por uma questão sociocultural
(advindos de lares desestruturados ou de comunidades em que a violência faz parte do
cotidiano), não demonstram sensibilidade pelas situações de Bullying que presenciam. Eles
são acometidos por uma “anestesia emocional”, em função do próprio contexto social no qual
estão inseridos.
Cibercrime
O cibercrime são práticas criminosas que utilizam a internet ou outros meios eletrônicos
para ações como roubo, chantagem, difamação, calúnia, violações de direitos humanos.
Ciberbullying
E o bullying virtual- mais fácil de ser praticado, pois o agressor na maioria das vezes se
mantém no anonimato ou age através de falsos perfis. É uma violência grave e não pode ser
tratada como brincadeira.
Alguns meios usados para praticar o ciberbullying:
*Criar comunidades para humilhar alguém:
*Criar sites pessoais ou perfis falsos, para atacar a imagem de outra pessoa com
fotomontagens.
*Filmar ou fotografar agressões/situações constrangedoras e postar na internet:
*Ameaçar/intimidar por e-mail, MSN e afins.
FONTE: SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas. Rio de Janeiro: Objetiva,
2010.
Sugestões:
Os vídeos complementam a explicação da atividade, contendo entrevistas com
jovens e apontamentos sobre o Bullying.
Vídeos5: Bullying. Programa Sem Censura.
Bullying. Programa Altas Horas
Debate sobre Bullying e Cyberbullying –Programa de bem com a vida
5Vídeos postados no Youtube pela psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, nos endereços:
<https://www.youtube.com/watch?v=Oaw2GnQrEIU>
<https://www.youtube.com/watch?v=iL9HgmTTFpI>
<https://www.youtube.com/watch?v=3C9sZHGX-gY>
Terceiro encontro: 4 horas/aula
A violência escolar
círculo de violência.
Esta ferramenta foi desenvolvida por Olga Botcharova para facilitar o
perdão, por ajudar vítimas de conflitos violentos e começar um processo
Ciclo da Reconciliação:
1 - A fim de quebrar o ciclo de vingança, primeiro é necessário restaurar a
auto-identidade da vítima. Em vez de negar e reprimir seu trauma, vítimas
precisam identificar e enfrentar o medo e a dor resultante de expressar suas
emoções. Ao reconhecer e aceitar seus sentimentos, as vítimas podem ser
8 Olga Botcharova: "Implementação de Pista Dois Diplomacia." In: Tutu, D .: ". Perdão e
Reconciliação" Região, Política Pública e Transformação de Conflitos, Philadelphia: Templeton
Foundation Press, 2002, p 291.
capazes de restaurar a sua capacidade de pensar racionalmente e evitar a
transformação emocional em raiva e ódio. As vítimas podem compartilhar suas
histórias com outras vítimas, que irão ajudá-los a processar seus traumas
pessoais e entender que eles não estão sozinhos. Embora isso possa ajudar as
vítimas a recuperar sua autoconfiança perdida e libertá-las da condição de
vítima, elas ainda vão perceber o seu agressor como um não-humano, sendo
irracional indigno de seu perdão.
2 - O processo de re-humanização do agressor é doloroso, complicado e
evoca muita resistência por parte das vítimas. Às vezes, é necessário re-
estabelecer uma conexão emocional e uma relação entre as partes do
conflito. Com base em anos de experiência, acredita-se que o diálogo serve
como base para re-estabelecer relações, pois "promove a confirmação mútua
e, portanto, serve uma necessidade fundamental de partes de um conflito a ser
reconhecido como indivíduos com valores e unique (e valorizado)
identidades9". A partilha de experiências e histórias pessoais ajuda a criar um
elo emocional entre os lados opostos de um conflito, permitindo que as vítimas
para descobrir crenças e preocupações comuns e partilhados com os seus
autores. Reconhecendo a dor sentida por aqueles no lado oposto de um
conflito pode permitir que a vítima se desenvolver gradualmente compaixão
para com o "outro" e, assim, iniciar o processo de re-humanizar o autor(s).
3 – Passo a passo: permitir que as vítimas reconheçam o
trauma, trabalhar através da experiência e entender como sintomas de trauma
manifestam dentro de si e externamente, por meio de relações com os
outros. Isto implica a transformação pessoal profunda, que permite ajudá-los a
assumir o risco de perdoar seus agressores. Perdão, considerado o "culminar
de cura" e "a necessidade mais vital de uma vítima," é essencial para a
reconciliação10. Ele não só abre um caminho para a liberdade de vitimização,
Como fazer:
Rato, boi, tigre, coelho, dragão, serpente, cavalo, carneiro, macaco, galo, cão e
porco. Pedir para cada participante pensar com qual dos animais se identifica
mais (somente pensar); em seguida pedir que pense em três características
suas que correspondam às do animal escolhido. Pedir que desenhe o animal e
escreva as características. Compartilhar com o grupo, em quartetos. (Começar
a dialogar com aquilo que eu sou). (Se sou rato, o que ele ou eu tenho a ver
com ele).
<http://apostolinas.blogspot.com.br/2012/03/dinamica-floresta-dos-sons.html>
acesso no dia 20/05/2014.
<https://www.catequisar.com.br/texto/dinamica/volume03/105.htm>, acesso no
dia 20/05/2014.
<http://dilmaalves.blogspot.com.br/2013/04/dinamica-dos-bichos.html>, acesso
no dia 20/05/2014.
3ª Atividade: Leitura do Conto: “Lius, o raivoso invisível”.
Resumo do texto:
O que as crianças não sabiam era que nessa fonte podiam-se ver os
sentimentos, as alegrias e as tristezas. Quando as crianças olharam na água,
descobriram as alegrias e tristezas de cada uma delas, mas também
descobriram que na água se enxergava a sombra de uma criança que não
estava, era como se todos os que estavam presentes se olharam num grande
espelho, mas um deles, que não estava lá, aparecia refletido na água,
chorando e de mau humor.
11 <http://www.fundacionparalareconciliacion.org>
na água se enxergava a sombra de uma criança que não estava, era como se todos os
que estavam presentes se olharam num grande espelho, mas um deles, que não
estava lá, aparecia refletido na água, chorando e de mau humor.
Uma das crianças perguntou à sombra:
- Escuta, porque você chora e tem tanta raiva?
- a criança respondeu:
- Meu nome é Lius o raivoso, e tenho tanta raiva com todos, porque meus
pais nunca jogam comigo e algumas vezes jogam os sapatos na minha cabeça quando
não lhes obedeço, por isso, eu fico atrapalhado vendo rir os outros, me incomoda a
alegria. E, queiro que saibam, que de tanta raiva que eu já passei na vida, pouco a
pouco fui ficando só até que resolvi ficar invisível, agora só quero puxar as tranças
das meninas e beliscar todo aquele que pareça feliz.
Naquele momento, Juanito Sonrisas falou à imagem da criança e lhe disse:
- Como já sabemos que você é invisível, convidamos você a correr conosco, a
saltar e cantar, venha amigo Lius vamos jogar.
As crianças jogaram toda a tarde com Lius, e para surpresa de todos Lius
esqueceu suas raivas e começou a se ver. Quando terminaram de jogar, Lius era
uma criança de carne e osso como todas as outras crianças e tinha no rosto um
grande sorriso que partilhou com seus novos amigos.
Foi tanta a alegria das crianças de ver Lius assim que decidiram celebrar a
partir desse momento o dia da alegria, para não esquecer jamais que às crianças que
sofrem maus tratos, a raiva e o mau humor os vão tornando pouco a pouco sós e em
alguns casos invisíveis.
Como fazer:
<www.nre.seed.pr.gov.br/cascavel/arquivos/File/APOSTILA.pdf>
13 < www.comitepaz.org.br/download/88%20fórum.ppt>
14 <www.palasathena.org.br/.../Perdão_porta_para_Paz_Mental.pdf>
<http://escolaperdao.blogspot.com.br>
Todos ao redor da dimensão afetada pelo conflito, peça que construam uma
imagem (com seus corpos) que expresse sua sensação diante daquela
situação. Dar 5 minutos para que cada grupo construa sua imagem.
Em seguida, um grupo apresenta sua imagem e congela para que os demais a
contemplem por uns 30 segundos.
Pergunta:
O que estou vendo? Deixar que as pessoas respondam e por último dizer uma
palavra de inspiração e força para as pessoas daquele grupo, afetadas naquela
dimensão.
15 <http://www.boqnews.com/colunas/o-que-e-compaixao/>
16 <www.palasathena.org.br/.../Perdão_porta_para_Paz_Mental.pdf>
Assistir aos vídeos:
VÍDEO 1, CADEIRA VAZIA: <http://www.youtube.com/watch?v=njGEpFfhHFA>
VÍDEO 2: <http://www.youtube.com/watch?v=Qv3fxbU8Xf8>
Os formadores orientam a dinâmica da cadeira vazia, encenando como cada
participante deve proceder: senta-se numa cadeira, em frente de outra vazia e
expressa para o seu ofensor como se sente frente ao conflito, expressar sua
dor e seus sentimentos e depois senta-se na outra cadeira, no lugar do seu
ofensor e escuta como ele se sente. Este procedimento pode ser repetido
quantas vezes forem necessárias.
Para finalizar, são convidados a escreverem uma carta para o seu ofensor, cujo
conteúdo é íntimo e pessoal (ressaltar que esta carta não será exposta e não
precisa ser endereçada ao mesmo). Nesta carta você pode escrever o que
quiser, inclusive narrar o processo de perdão que está vivendo. Você pode
contar a experiência desta possibilidade.
OBS.: orientar para que façam uma marca no seu envelope para que depois o
reconheça.
No grupo de confiança, partilham como foi fazer este exercício.
José ficou com uma grande raiva pelo sucedido. A esposa ficou cansada de
suas agressões frequentes e o abandonou, os filhos ficaram com os avós.
Jaime, seu amigo, o ajudou a reagir positivamente. Depois de muito esforço
conseguiu que José se encontrasse com a mãe de Antônio que estava preso,
foi uma visita tensa, que pouco a pouco fez a José conhecer o rosto
enfraquecido e sofrido de Antônio. Por fim, José aceitou escrever uma carta a
quem o feriu. Limpar a dor.
17<http://conhecimentoerelacao.wordpress.com/2010/11/19/tecnicas-da-analise-
psicodramatica/>
<http://www.esoterikha.com/coaching-pnl/dinamicas-para-relacoes-interpessoais-e-
autoconhecimento-colocando-me-no-seu-lugar.php>
Limpar a dor para uma breve reflexão
Antônio, necessitado de dinheiro para dar de comer a seus filhos, decidiu uma manhã
sair a atracar, portando uma arma. Foi à tenda de José e se gerou uma peleja. Antônio
disparou ferindo José na coluna vertebral. O disparo lesionou a coluna vertebral e José ficou
paraplégico.
José ficou com uma grande raiva pelo sucedido. A esposa ficou cansada de suas
agressões frequentes e o abandonou, os filhos ficaram com os avós. Jaime, seu amigo, o
ajudou a reagir positivamente. Depois de muito esforço conseguiu que José se encontrasse
com a mãe de Antônio que estava preso, foi uma visita tensa, que pouco a pouco fez a José
conhecer o rosto enfraquecido e sofrido de Antônio. Por fim, José aceitou escrever uma carta a
quem o feriu.
Limpar a dor
Fiquei surpreendido da paz que senti quando soltei a carta no correio.
Jaime o percebeu e me disse:
- Sei que estás mais tranquilo, mas vou te pedir um esforço a mais neste caminho de
perdão que estas fazendo.
- O que será¿- pensei enquanto olhava para o teto do meu carro.
- Quero que pratiques o exercício de limpara a dor pelo que Antônio lhe fez – me disse.
- Não entendo o que quer dizer – lhe disse – O que quer disser limpara a dor¿, o que
significa isso?
Com calma Jaime me explicou
- Pensa-o da seguinte maneira. Imagina uma esponja que limpa o chão. Nossa dor
emocional é como o lixo jogado no chão. Esse lixo põe em perigo nossos filhos, nossa esposa,
amigos e até a pessoa que nos fez o mal. Se decide ser a esponja para limpar a dor que lhe
causou Antônio, então vai impedir que o lixo faça mal a você e aos outros.
Vi como minha dor tinha-se espalhado de tal maneira que afetou minha esposa, meus
filhos e meus amigos. Tinha-me convertido numa pessoa intolerável.
- Sim, Jaime. Minha esposa me deixou... Disse isso sem acreditar no que estava
dizendo.
Jaime não me respondeu.
- Meus filhos sofreram simplesmente porque não soube lidar com minha dor.
Jaime continuava em silencio.
- Como ser essa esponja que limpa o lixo¿ - perguntei.
- Quando decides limpar a dor, podes prevenir que a dor afete outras pessoas. É até
um presente para Antônio, pois não buscarás formas de vingar-te dele.
Sabia que Jaime estava certo. Não entendia bem a proposta de limpar a dor, mas
quanto mais a praticava, mais sentia que, dentro de mim, a raiva se ia diluindo.
Passados os dias e os anos, lembro com gratidão o caminho que Jaime me fez recorrer.
Lembro que o comecei com muito ceticismo e raiva. Terminei minha viagem entendendo que
foi minha salvação. Antes de começar esse caminho podia ter caído no perigo de sofrer o
dobro: primeiro por minha paralise e segundo pela raiva e o ódio.
Ainda hoje não funcionam meus braços nem minhas pernas. Não estou convencido de
que Antônio tenha recebido meu presente do perdão. Não conhecendo o amor possivelmente
não o consiga ver como tal. Mas não importa. Gostaria que as circunstancias fossem
diferentes, mas ao menos tenho paz, uma paz no coração que nunca pensei alcançar. Continuo
praticando o perdão em muitas circunstancias injustas da vida. Já estou acostumado.
Para os que não fizeram o esforço de perdoar, minha historia soará muito esquisita.
Para os que têm feito este caminho, não precisam de explicações.
Justiça Restaurativa19
CONSIDERAÇÕES FINAIS
18 <https://www.youtube.com/watch?v=KhB5dcdI9J8>
19 <https://www.youtube.com/watch?v=4CwB0L_9weo>
Há muitas contribuições de vários teóricos no âmbito da violência. Pierre
Bourdieu (2003), salienta duas teses centrais que são: a) os alunos não são
indivíduos abstratos que competem em condições igualitárias, mas atores
socialmente construídos que trazem uma bagagem social e cultural
diferenciada e mais ou menos rentável no mercado escolar; b) a escola não é
uma instituição neutra e representa os gostos, crenças, posturas e valores de
grupos.
A inquietação dos profissionais da Educação da Rede Estadual de
Ensino do Paraná é a prevenção da Violência Escolar, tendo em vista a
dimensão desta e as situações diárias vivenciadas na escola por diretores,
pedagogos, professores, funcionários, alunos e pais/mães/responsáveis. Esta
situação demostra a urgência de uma discussão mais crítica e politizada.
Podemos falar de nossa experiência com a Justiça Restaurativa como
política de prevenção, utilizada como estratégia para dirimir conflitos em
escolas com alto índice de violência, embasada em programas sociais
dedicados a cuidar das vítimas e ofensores, nas comunidades em que habitam,
com uma orientação para restaurar as relações entre os envolvidos, para que
estes possam desenvolver uma melhor convivência entre si. Nesse
entendimento, como política de prevenção, merece destaque os programas
que procuram solucionar questões internas entre professores, alunos, evitando
assim, o fenômeno do bullying, bem como, por outro lado, visa preservar as
relações familiares entre jovens e adultos.
Há experiência no Ministério Público Federal, na Vara de Infância e
Juventude, onde se trabalha com Círculos de Paz, especialmente Vítima
versus Ofensor. Neste sentido o que se considera são as reações de
compaixão, empatia e consequentemente o perdão, levando os envolvidos a
uma reconciliação. O objetivo é trabalhar os “R”, como Responsabilização,
Reparação de Danos e a Restauração das Relações. Os resultados têm sido
altamente eficazes na redução da violência. Isso tem a ver com políticas que
estão ligadas ao exercício do perdão e consequentemente ligadas a cultura da
paz. A experiência tem sido benéfica, por estás razões é viável trabalharmos
nas Escolas a questão da Violência Escolar.
Howard Zehr (2002), um dos fundadores do movimento da Justiça
Restaurativa, caracteriza o processo de restauração como uma caminhada
conjunta rumo ao pertencimento, tanto para a “vítima” quanto para o “ofensor”,
criando oportunidades para a reconstrução de suas identidades, para o
recontar de suas histórias e para que deem um novo significado às suas vidas.
Esta visão ressoa com a visão de Pranis (2001), que fala sobre a importância
do contar e ouvir histórias, para sentir-se conectado e respeitado.
Criar espaços seguros, onde as histórias de danos e esperanças
possam ser narradas e ouvidas, é uma agenda social importante, tanto para
escolas como para a sociedade civil. Após os mortíferos tiroteios em escolas
nos anos de l990, o National Research Council (2003) concluiu:
REFERÊNCIAS:
NUNES, S. Violências & Cultura de Paz nas escolas. Toledo: Fasul, 2007.
PARANÁ, Secretária de Estado da Educação. Cadernos Temáticos:
Enfrentamento a violência na escola. Imprensa Oficial. Curitiba: SEED-PR,
2008.
SITES CONSULTADOS:
<www.nre.seed.pr.gov.br/iratiarquivos/filetexto_oficina.pdf>
<https://www.youtube.com/watch?v=iL9HgmTTFpI>
<www.educadores.diaadia.pr.gov.br/.../File/.../tematico_violencia_vol1.pd...>ac
esso no dia 29/09/2014.
<www.educadores.diaadia.pr.gov.br/.../File/.../tematico_violencia_vol2.pd.>aes
so no dia 29/09/2014.
<http://www.florestadosunicornios.com.br/eco/blog-da-eco/perdao-e-justica-
restaurativa-dr-egberto-penido/>acesso no dia 22/09/2014.
<http://www.justica21.org.br/j21.php?id=89&pg=0>
<comitepaz.org.br/.../Bullying%20Escolar%20e%20Justiça%20Restaurativ...>
< https://www.youtube.com/watch?v=--
wpQYvTJDo&list=PLIgQB7iTRhM8nY0_qeSJVzPn3_r4AglPn> acesso no
11/09/2014.
<http://apostolinas.blogspot.com.br/2012/03/dinamica-floresta-dos-sons.html>
acesso no dia 20/05/2014.
<https://www.catequisar.com.br/texto/dinamica/volume03/105.htm>, acesso no
dia 20/05/2014.
<http://dilmaalves.blogspot.com.br/2013/04/dinamica-dos-bichos.html>, acesso
no dia 20/05/2014.
<www.palasathena.org.br/.../Perdão_porta_para_Paz_Mental.pdf> acesso no
dia 20/09/2014.
<www.palasathena.org.br/.../Perdão_porta_para_Paz_Mental.pdf> acesso no
dia 20/10/2014.
<http://conhecimentoerelacao.wordpress.com/2010/11/19/tecnicas-da-analise-
psicodramatica/> acesso no dia 26/09/2014.
<http://www.esoterikha.com/coaching-pnl/dinamicas-para-relacoes-
interpessoais-e-autoconhecimento-colocando-me-no-seu-lugar.php> acesso no
dia 22/09/1014.
<https://pt.scribd.com/doc/46291460/Cultura-de-paz-da-reflexao-a-acao-
UNESCO> acesso dia 21 de Jun. de 2014.