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Relatorio 10

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Universidade Federal de Campina Grande - UFCG

Centro de Ciências e Tecnologias – CCT

Unidade Acadêmica de Física - UAF

Laboratório de Física Experimental I

Professor: Wilton Pereira

Turma: 02

PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES: EMPUXO

Discente:

Matheus Israel Gomes Costa - Matrícula: 118210767

Campina Grande - PB, 05 de Junho de 2019


1. INTRODUÇÃO
1.1. OBJETIVOS

O objetivo principal deste experimento é determinar o empuxo exercido pela água


sobre um corpo de forma cilíndrica e comparar o valor experimental do empuxo obtido
com o valor teórico.

1.2. MATERIAL UTILIZADO

Material utilizado neste experimento:

 Corpo básico;
 Armadores;
 Manivela;
 Balança;
 Bandeja;
 Suporte para Suspensões Diversas;
 Massas Padronizadas;
 Paquímetro;
 Becker com água;
 Cordão;
 Cilindro metálico;
 Linha de Nylon.

1.3. MONTAGEM
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL E ANALISES
2.1. PROCEDIMENTOS

O corpo básico já se encontrava armado na posição horizontal, pronto para início do


experimento. O laço do cordão da balança foi preso a outro cordão, passando pelo gancho
de suporte e amarrando a sua extremidade livre na manivela. Foi medido o peso da
bandeja e o resultado obtido foi anotado.

Com o auxílio do paquímetro foram medidos, o diâmetro de sua seção reta e a altura
do cilindro metálico. Os pratos da balança foram retirados e amarrou-se um pedaço de
nylon no cilindro metálico para pendurá-lo na posição vertical, numa das presilhas da
barra e, na outra, colocou-se a bandeja. O peso do cilindro metálico foi medido e
posteriormente anotado.

Abaixando a barra da balança o cilindro ficou completamente submerso na água


contida em um Becker abaixo do sistema. Reequilibrou-se a barra na posição horizontal
para saber o peso aparente do cilindro.

Por fim, colocou-se o cilindro metálico que estava imerso na água, próximo a
superfície e depois, levou-o até próximo ao fundo do Becker. Com isto, observou-se que
não é preciso reequilibrar a barra da balança.

2.2. DADOS OBTIDOS

Dados obtidos no decorrer do experimento:

Peso da bandeja: PB = 7,100 gf


Dimensões do Cilindro Metálico:
Altura: L = 55,65 mm
Diâmetro da seção reta: D = 18,99 mm
Pesos do Cilindro:
Peso real do Cilindro PC = 130,400 gf + PB → PC = 137,500 gf
Peso aparente do Cilindro PAC = 99,600 gf + PB → PAC = 106,700 gf
Observação do passo 7: Não houve necessidade de reequilibrar a barra da balança,
em outras palavras, não teve a necessidade de aumentar ou diminuir a massa.

2.3. ANÁLISES

Abaixo, tem-se o diagrama de corpo livre do cilindro submerso em água, contida em


um Becker.

Figura 1 – Diagrama de corpo livre do cilindro submerso em água.


Onde:
T = PAC → Tração no cordão.
F’S1 → Forças aplicadas pela água à área da base superior do Cilindro.
F’s2 → Forças aplicadas pela água à área da base superior do Cilindro.
PC → Peso real do Cilindro.
h1 → Profundidade da base superior do Cilindro.
h2 → Profundidade da base inferior do Cilindro.
L → Comprimento do Cilindro.
R → raio da seção reta do Cilindro.

As forças que atuam sobre o cilindro são: o peso do cilindro, a tensão exercida pelo
cordão que está preso à balança, e as forças exercidas devido à pressão da água na seção
reta superior e na seção reta inferior. As forças exercidas na seção inferior são maiores
do que da seção superior, surgindo assim o empuxo sobre o corpo.
A partir daí, obtém-se as expressões para as forças exercidas nas seções retas
superiores e inferiores do cilindro. Supondo que a seção reta superior está a uma altura h1
e a seção reta inferior está a uma altura h2 tem-se que:

𝑃1 = 𝜌𝑙í𝑞 ∙ 𝑔 ∙ ℎ1

𝐹1 = 𝑃1 ∙ 𝐴

onde A é a área da seção reta.

Daí tem-se que:

𝐹1 = 𝜌 ∙ 𝑔 ∙ ℎ1 ∙ 𝐴

𝐹2 = 𝜌 ∙ 𝑔 ∙ ℎ2 ∙ 𝐴

onde F2 é a força exercida na seção inferior do cilindro.

Já que h2 é maior do que h1 tem-se que 𝐹2 ≫ 𝐹1 . Assim, pode-se deduzir a expressão


para a força total exercida pelo líquido sobre o cilindro totalmente imerso. Esta força
chama-se Empuxo. Assim é dada a seguinte expressão:

𝐸𝑡𝑒𝑜 = 𝐹2 − 𝐹1 = (𝜌 ∙ 𝑔 ∙ ℎ1 ∙ 𝐴) − (𝜌 ∙ 𝑔 ∙ ℎ2 ∙ 𝐴)

𝐸𝑡𝑒𝑜 = (𝜌 ∙ 𝑔 ∙ 𝐴) ∙ (ℎ2 − ℎ1 )
𝐸𝑡𝑒𝑜 = 𝜌 ∙ 𝑔 ∙ 𝐴 ∙ 𝐿
𝐸𝑡𝑒𝑜 = 𝜌𝑙í𝑞 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉𝑆

Com a expressão obtida, e com os dados obtidos no experimento, pode-se calcular,


no C.G.S, o volume do cilindro (Vs) e o valor do empuxo (Eteo) exercido pela água no
cilindro.
𝑉𝑠 = 15,76 𝑐𝑚³ e 𝐸𝑡𝑒𝑜 = 15444,80 𝑑𝑦𝑛
O valor experimental do empuxo pode ser calculado, ou seja, aquele que se obteve
através das medidas anotadas no centro do experimento. Observa-se que o valor do
empuxo é igual à diferença entre o peso real e o peso aparente do cilindro.
𝐸𝑒𝑥𝑝 = 30184,0 𝑑𝑦𝑛

Como existe uma grande diferença entre o valor experimental do empuxo (Eexp) e o
valor do empuxo (Eteo), é possível concluir que durante o experimento teve a ocorrência
de erros. Mesmo assim, utilizando os dados obtidos no experimento foi calculado o erro
percentual.
𝐸𝑝 = 95,4%
3. CONCLUSÃO

Como foi demonstrado anteriormente, o valor do empuxo para o cilindro totalmente


submerso na água é:
𝐸 = 𝜌𝑙í𝑞 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉𝑠

onde 𝑉𝑠 é o volume do corpo submerso. Esse valor é igual ao valor do volume do liquido
deslocado, e a equação pode ser reescrita assim,
𝐸 = 𝜌𝑙í𝑞 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉𝑙í𝑞.𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜

Caso o cilindro não estivesse completamente submerso, o empuxo seria gerado apenas
pela pressão na seção reta inferior. Portanto, o seu valor seria 𝐸 = 𝜌𝑙í𝑞 ∙ 𝑔 ∙ ℎ ∙ 𝐴, onde h
é a altura da seção reta inferior em relação à superfície.
Porém 𝐴 ∙ ℎ é o volume do cilindro que está submerso. Portanto, a fórmula que se
obteve para o empuxo quando o cilindro estava totalmente submerso continua valendo
mesmo para o caso onde ele não está totalmente submerso. Ou seja, 𝐸 = 𝜌𝑙í𝑞 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉𝑠 , onde
𝑉𝑠 é o volume do cilindro que está submerso.
Com os dados obtidos no início da experiência, podemos calcular a densidade do
cilindro.
𝜌𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 = 8,27 𝑔/𝑐𝑚³
O valor da densidade do cilindro se aproxima do valor da densidade do ferro que é de
7,86 g/cm³.
Se soltássemos o cilindro num recipiente cheio de mercúrio, que tem densidade igual
a 13,6 g/cm3, haveria imersão parcial.
Para melhorar a medida experimental do empuxo exercido sobre o corpo, era
necessário realizar a experiência num local onde não existe o ar atmosférico, ou seja, no
vácuo. Porque o ar atmosférico também exerce força sobre o cilindro, e, portanto, o peso
real do cilindro medido no início da experiência na verdade não é o peso real. O peso real
seria aquele obtido se o cilindro fosse pesado no vácuo sem a ação do ar atmosférico.
Como foi visto anteriormente, o empuxo independe da profundidade em que o corpo
submerso se encontra, mas sim de sua altura, implicando assim na importância de seu
volume.
A expressão obtida para o empuxo exercido por um líquido pode também ser
estendida para qualquer fluido que exerça pressão sobre um corpo que está imerso no
fluido. Um exemplo disto é o balão. Ao ser aquecido, o gás dentro do Balão torna-se mais
leve que o ar atmosférico, ou seja, menos denso, fazendo com que o Balão suba. Além de
que quanto mais alto, menor a pressão, o que significa que a pressão na parte superior do
Balão seja menor que a pressão na parte inferior, o que pode facilitar na flutuação do
próprio.
4. ANEXO

 Cálculo do Volume do Cilindro no C.G.S.


𝐷
𝑉𝑆 = 𝜋 ∙ ( ) ∙ 𝐿
2
1,899 2
𝑉𝑆 = 𝜋 ∙ ( ) ∙ 5,565
2
𝑉𝑆 = 15,76 𝑐𝑚³
 Cálculo do Empuxo no C.G.S.
𝐸𝑡𝑒𝑜 = 𝜌𝑙í𝑞 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉𝑆

𝐸𝑡𝑒𝑜 = 1,0 ∙ 980,0 ∙ 15,76


𝐸𝑡𝑒𝑜 = 15446,53 𝑑𝑦𝑛
 Cálculo do valor experimental do empuxo, pela diferença do peso real pelo peso
aparente.
𝐸𝑒𝑥𝑝 = 𝑃𝑐 − 𝑃𝑎𝑐

𝐸𝑒𝑥𝑝 = (137,5 − 106,7)𝑔𝑓

𝐸𝑒𝑥𝑝 = 30,8 𝑔𝑓

𝐸𝑒𝑥𝑝 = 30184,0 𝑔𝑓

 Erro percentual do experimento.


15446,53 − 30184,0
𝐸𝑝 =
15446,53
𝐸𝑝 = 0,95409

𝐸𝑝 = 95,4%

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