2003DO AndreaPAReis PDF
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São Carlos
2003
Ficha catalográfica preparada pela Seção de Tratamento da
Informação do Serviço de Biblioteca - EESC/USP
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS .......................................................................................... vii
LISTA DE TABELAS ......................................................................................... xii
LISTA DE SIMBOLOS ....................................................................................... xiii
RESUMO .............................................................................................................. xvii
ABSTRACT .......................................................................................................... xviii
1 INTRODUÇÃO
1.1 Considerações Gerais .................................................................................. 1
1.2 Objetivos ..................................................................................................... 3
1.3 Justificativas ................................................................................................ 4
1.4 Apresentação da tese ................................................................................... 6
2 ASPECTOS SOBRE REFORÇO DE VIGAS
2.1 Considerações Gerais .................................................................................. 9
2.2 Estudos realizados por outros pesquisadores .............................................. 12
2.2.1 Estudos genéricos ............................................................................ 12
2.2.2 Estudos específicos ......................................................................... 19
2.2.2.1 Ensaios realizados por CLÍMACO (1990) .......................... 19
2.2.2.2 Ensaios realizados por PIANCASTELLI (1997) ................ 24
2.2.2.3 Ensaios realizados por REIS (1998) .................................... 34
2.2.2.4 Ensaios realizados por SÁ (1993) ....................................... 40
2.2.2.5 Ensaios realizados por SUMIE & LOPES (2000) .............. 42
2.2.2.6 Ensaios realizados por CAMPOS (2000) ............................ 44
2.3 Metodologia usada no programa experimental desenvolvido .................... 45
2.3.2 Descrição resumida dos ensaios principais ..................................... 45
2.3.3 Descrição resumida dos ensaios complementares ........................... 48
2.3.4 Caracterização dos materiais ........................................................... 50
3 FUNDAMENTOS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS TÉCNICAS DE
REFORÇO PROPOSTAS
3.1 Concreto com fibras de aço .............................................................................. 53
3.1.1 Comportamento de concretos com fibras de aço ............................... 53
3.1.2 Normas técnicas adotadas para avaliação da tenacidade ................... 55
3.1.3 Outros parâmetros usados na avaliação do desempenho de materiais
compósitos ......................................................................................... 57
3.2 Comportamento de vigas compostas ................................................................ 61
3.2.1 Tensões de cisalhamento solicitantes e resistentes na região da junta..62
3.2.2 Avaliação dos efeitos dependentes do tempo .................................... 68
3.3 Efeito das fibras de aço na transmissão de esforços ......................................... 68
3.4 Deformabilidade do concreto ao longo do tempo ............................................. 70
3.4.1 Comportamento viscoelástico do concreto - formulação teórica ....... 70
iv
8 CONCLUSÕES
8.1 Sobre as técnicas de reforço de vigas por meio de adição de concreto e o
comportamento geral dos ensaios experimentais realizados .................................. 266
8.2 Sobre os ensaios complementares ao estudo da Técnica de Reforço nº 1 ........ 267
8.3 Sobre o comportamento das vigas reforçadas pela Técnica de Reforço nº 1 ... 269
8.4 Sobre os ensaios complementares ao estudo da Técnica de Reforço nº 2 ........ 271
8.5 Sobre o comportamento das vigas reforçadas pela Técnica de Reforço nº 2 ... 272
8.6 Sugestões para pesquisas futuras ..................................................................... 274
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. 276
LISTA DE FIGURAS
Figura 6.14 – Evolução dos parâmetros a(t0), b(t0) e c(t0) do traço do substrato.. 197
Figura 6.15 – Evolução dos parâmetros a(t0), b(t0) e c(t0) do traço do reforço .... 197
Figura 6.16 – Exemplo de curvas da função fluência dadas pela formulação para-
métrica interpoladas às curvas da função fluência experimentais... 198
Figura 6.17 – Retração teórica x experimental para o substrato (traço TS-2) ...... 200
Figura 6.18 – Retração teórica x experimental para o reforço (traço TR-2) ......... 200
Figura 6.19 – Função fluência para t0 = 7 dias (traço TS-2) ................................. 201
Figura 6.20 – Função fluência para t0 = 14 dias (traço TS-2) .............................. 202
Figura 6.21 – Função fluência para t0 = 50 dias (traço TS-2) ............................... 202
Figura 6.22 – Função fluência para t0 = 103 dias (traço TS-2) ............................. 202
Figura 6.23 – Função fluência para t0 = 7 dias (traço TR-2) ................................ 203
Figura 6.24 – Função fluência para t0 = 14 dias (traço TR-2) .............................. 203
Figura 6.25 – Função fluência para t0 = 126 dias (traço TR-2) ............................ 203
Figura 6.26 – Função fluência para t0 = 176 dias (traço TR-2) ............................ 204
Figura 7.1 – Dimensões das vigas VFC ............................................................. 209
Figura 7.2 – Detalhamento das armaduras das vigas VFC ................................. 210
Figura 7.3 – Instrumentação ao longo das vigas VFC ........................................ 211
Figura 7.4 – Instrumentação na seção transversal .............................................. 212
Figura 7.5 – Sistema de aplicação de carregamento de longa duração usual ...... 213
Figura 7.6 – Sistema de aplicação do pré-carregamento por protensão .............. 214
Figura 7.7 – Cordoalha não aderente usada na protensão das vigas VFC ........... 215
Figura 7.8 – Jogo de cunha, porta-cunha e desviador ........................................ 215
Figura 7.9 – Detalhe do bloco de ancoragem .................................................... 215
Figura 7.10 – Esforços gerados pela aplicação da protensão ............................... 216
Figura 7.11 – Esquema de ensaio das vigas VFC ................................................ 219
Figura 7.12 – Poliestireno fixado na extremidade da peça antes do reforço ........ 221
Figura 7.13 – Detalhes do reforço do bordo comprimido da viga ........................ 222
Figura 7.14 – Etapas do ensaio a partir dos gráficos em função do tempo ........... 223
Figura 7.15 – Evolução da força vertical nas peças ensaiadas .............................. 225
Figura 7.16 – Gráficos da umidade e temperatura em função do tempo ............... 225
Figura 7.17 – Esquema de fissuração durante o pré-carregamento da VFC-1 ...... 226
Figura 7.18 – Esquema de fissuração durante o pré-carregamento da VFC-3 ...... 227
Figura 7.19 – Flechas totais e diferidas na viga VFC-1 ........................................ 229
Figura 7.20 – Flechas totais e diferidas na viga VFC-3 ........................................ 230
Figura 7.21 – Tensões e deformações teóricas obtidas pelo CONSNOU
na VFC-1 ...................................................................................... 235
xi
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 – Características das vigas ensaiadas por CLIMACO (1990) ............ 22
Tabela 2.2 – Características das vigas ensaiadas por PIANCASTELLI (1997) ...
25
Tabela 2.3 – Características das vigas ensaiadas por REIS (1998)
..................... 35
Tabela 2.4 – Características do concreto e da argamassa de reforço no dia do
ensaio ........................................................................................... 35
Tabela 2.5 – Resultados das vigas ensaiadas por REIS (1998) ........................... 35
Tabela 2.6 – Média dos resultados das vigas ensaiadas por SÁ (1993) ............... 41
Tabela 2.7 – Resultados das vigas ensaiadas por LOPES & SUMIE (2000) .......
43
Tabela 2.8 – Relação dos traços usados no programa experimental ................... 51
Tabela 2.9 – Dosagens dos traços usados no programa experimental ................. 51
Tabela 2.10– Características das fibras usadas na fabricação de compósitos ........
52
Tabela 3.1 – Tipos de transferência de esforços de cisalhamento em juntas ........
62
Tabela 4.1 – Resistências características médias para cada material compósito ..
119
Tabela 4.2 – Parâmetros relativos às fibras em função dos traços usados ........... 120
Tabela 4.3 – Parâmetros calculados de acordo com a norma JSCE SF-4 ............ 121
Tabela 4.4 – Índices de tenacidade e fatores de resistência calculados pelas
normas ASTM C1018 e JSCE SF-4 ............................................. 121
Tabela 4.5 – Resistência dos concretos e argamassas usados nas vigas VP ........ 132
Tabela 4.6 – Características das armaduras usadas nas vigas VP (série 2) ..........132
Tabela 4.7 – Forças de ruptura e tipo de ruptura das vigas VP ......................... 136
Tabela 5.1 – Características das vigas T ensaiadas no bordo tracionado .............147
Tabela 5.2 – Características das vigas ensaiadas ................................................ 150
Tabela 5.3 – Propriedades mecânicas dos traços usados nas vigas VFT ............. 151
Tabela 5.4 – Propriedades mecânicas das armaduras usadas nas vigas VFT .......
151
Tabela 5.5 – Pré-carregamento aplicado nas vigas VFT durante o reforço ......... 158
Tabela 5.6 – Avaliação das tensões tangenciais na região da junta ..................... 163
Tabela 6.1 – Expressões matemáticas das curvas experimentais ajustadas ..........
192
xiii
LISTA DE SÍMBOLOS
• abreviaturas
TS - Traço do substrato;
UFF - Universidade Federal Fluminense;
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro;
UNB - Universidade de Brasília;
USP - Universidade de São Paulo.
VFT - Viga reforçada à flexão no bordo tracionado (Técnica de reforço nº 1);
VFC - Viga reforçada à flexão no bordo comprimido (Técnica de reforço nº 2);
VP - Viga retangulares preliminares;
VO - Viga original (antes do reforço);
xviii
RESUMO
Neste trabalho estudou-se o reforço de vigas “T” de concreto armado tanto por meio
de adição de armadura longitudinal ao bordo tracionado envolvida por um material
compósito (argamassa com fibras curtas de aço), quanto pela aplicação de uma capa
de pequena espessura de microconcreto de alta resistência ao bordo comprimido.
Para estudar as possibilidades da aplicação prática destas duas técnicas de reforço
avaliou-se o comportamento das vigas reabilitadas verificando a influência: da
atuação de um pré-carregamento durante a execução do reforço, das deformações
diferidas diferenciais (fluência e retração) existentes entre os materiais novos e
antigos e, dos mecanismos de resistência mobilizados na transmissão de esforços na
junta - formada pela ligação do substrato ao concreto do reforço - ou entre as barras
de aço tracionadas preexistentes e adicionadas em função da ausência de estribos
envolvendo-as. Para redimensionar as peças reforçadas no bordo tracionado foram
realizados ensaios complementares para identificar, dentre as várias fibras
disponíveis comercialmente, qual a que proporcionaria ao material compósito, um
confinamento suficiente que evitasse a ruptura prematura da viga pela tendência de
deslizamento relativo entre as barras de aço tracionadas devida à ausência de estribos
neste local. Para redimensionar as peças reforçadas no bordo comprimido realizou-se
ensaios complementares para determinar as propriedades viscoelásticas dos materiais
usados no substrato e no reforço, tornando possível estimar as descontinuidades
geradas nos estados de tensão e deformação ao longo do tempo já que tais materiais
são moldados e submetidos a carregamentos em idades distintas. Os resultados dos
ensaios das vigas reforçadas de seção T foram analisados e comparados com
previsões teóricas feitas a partir da adaptação de métodos analíticos convencionais
recomendados por norma para estruturas novas, e a partir de simulações numéricas
usando um programa computacional baseado no método dos elementos finitos. Do
estudo realizado foi possível: comprovar a eficiência das técnicas de reforço
propostas estando as peças submetidas ou não a um pré-carregamento durante a
execução da intervenção, compatibilizar alguns dos conhecimentos teóricos
existentes a fim de poder usá-los na análise teórica das vigas reabilitadas, além de
reunir uma série de informações úteis que podem ser exploradas na definição de
estratégias e procedimentos de projeto de estruturas reabilitadas semelhantes.
ABSTRACT
This paper reports on the results of a study about the behavior of reinforced concrete
T-beams rehabilitated using two different techniques. The first technique consists of
the addition of longitudinal reinforcement embedded in a steel fiber reinforced high-
performance mortar at the bottom face of the member. The second technique
consists of rehabilitation by adding a thin overlay of high-strength concrete to the
compression zone. The parameters analyzed to verify the possibilities of practical
applications of these techniques were: the effect of a pre-loading acting on the beams
during their rehabilitation, the differential time-dependent deformations (creep and
shrinkage) between the new concrete and existing base, the mechanisms of resistance
mobilized along the interface formed by old and new concrete or between pre-
existent steel bars and added steel bars that are not involved by stirrups. Previous
tests were carried out to make it possible to redesign the intervention adequately.
Theses tests yield useful information about which type and volume of steel fibers
need to be added to composite mortar to avoid the premature rupture of the
strengthened beam caused by relative slipping between the layers of steel tensioned
bars. These tests also give information about the viscoelastic properties of the
materials used to manufacture the T-beams. The test results were analyzed and
compared with the results of analytic models and numeric models based on the
method of the finite elements. Based on this study, it can be stated that the proposed
techniques are really efficient even if the beams are submitted to a pre-loading during
the process of rehabilitation. Also, existing theoretical knowledge was organized to
support the theoretical analysis of the rehabilitated beams, besides gathering useful
information that can be explored in the definition of strategies and procedures of
similar projects of rehabilitated structures.
1 - Introdução
1.1 Considerações Gerais
estudo o reforço de vigas devido à ação do momento fletor1 por meio de adição de
concreto/argamassa e armadura.
1.2 Objetivos
1
O reforço de vigas devido à ação do esforço cortante não foi abordado neste trabalho.
1 - Introdução 4
1.3 Justificativas
(a) Viga original (b) Viga reforçada – técnica usual (c) Viga reforçada – técnica proposta
2
Peças reforçadas por esta técnica já foram ensaiadas por REIS (1998) e os resultados de tais ensaios
estão apresentados no Capítulo 2.
1 - Introdução 6
Figura 2.1 – Reforço mediante adição de concreto com ou sem armadura na peça
2 - Aspectos sobre reforço de vigas 11
seção longitudinal
pontos de ancoragem
dos cabos de protensão
seção transversal
Figura 2.4 – Reforço de vigas por meio de protensão exterior (ALMEIDA, 2001)
1
Para melhorar as características do material cimentício pode-se incorporar à pasta alguns aditivos
e/ou adições. As adições minerais mais utilizadas são as pozolanas, cinzas volantes, a escória de alto
forno e a sílica ativa e os aditivos são os plastificantes, aceleradores ou retardadores de pega, redutores
de permeabilidade, expansores, inibidores da corrosão nas armaduras, etc.
2 - Aspectos sobre reforço de vigas 14
2
CAIRNS J. & HUTT C. (1983)– “Replacement of corroded reinforcement: locked-out stresses”,
Proceedings of The First International Conference Structural Faults & Repair - apud CLIMACO
(1990).
2 - Aspectos sobre reforço de vigas 18
M1 M2 M3 = M1 + M2
εc1 σc1 εc2 σc2 εc1+ εc2 σc1+ σc2
N2 N1+N2
N1
A z1 + = zr z3
zr z2
εs1+εs2
εs2 A⋅σs2
εs1 A⋅σs1 A⋅σs1+ A⋅σs2
εsr2 AR⋅σsr2 εsr2 AR⋅σsr2
AR
AR⋅σsr2 + A⋅σs2
Figura 2.6 - Estados de tensão e deformação em uma viga reforçada sob carga
onde:
M1 - momento gerado pela aplicação do pré-carregamento;
M2 - momento gerado pelo acréscimo de carga aplicado após a execução do reforço;
M3 - momento total (pré-carregamento + acréscimo de carga após o reforço);
A = Asl1 - Área de aço do substrato;
AR = Asl2 - Área de aço do reforço;
εc1 e σc1 - Deformação e tensão do concreto gerados pelo pré-carregamento;
εs1 e σs1 - Deformação e tensão do aço do substrato gerados pelo pré-carregamento;
εc2 e σc2 - Deformação e tensão do concreto gerados pelo acréscimo de carga após o reforço;
2 - Aspectos sobre reforço de vigas 19
εs2 e σs2 - Deformação e tensão do aço do substrato gerados pelo momento M2;
εsr2 e σsr2 - Deformação e tensão do aço do reforço gerados pelo momento M2;
N1 e N2 – Resultantes de compressão no concreto em relação a M1 e M2 respectivamente;
zr - Braço de alavanca da armadura do reforço;
z1 - Braço de alavanca da armadura do substrato devido M1;
z2 - Braço de alavanca da armadura do substrato devido M2;
z3 - Braço de alavanca da armadura do substrato devido M1 e M2;
3
Não houve aumento na seção transversal das vigas reabilitadas por CLÍMACO.
2 - Aspectos sobre reforço de vigas 20
15 N3 4 7 4
Concreto do Legenda:
reforço N3 - 2 φ 8mm para V1 a V4, V7 e V8;
20 10 2 φ 6mm para V5;
substrato 2 φ 10mm para V6;
Junta
2 φ 10mm para V6;
Junta N1 - 2 φ 12mm N2 - armadura de reforço posicionada abaixo da
armadura pré-existente.
10 20
OBS. Unidades em cm
Concreto do
reforço
N2 - 3 φ 16mm N4 - 3 φ 20mm
20 a = 97 66 a = 97 20
V5 - a/d = 5
17φ 6mm c/ 18cm
F F
20 a=121 18 a = 121 20
V6 - a/d = 2
7φ 10mm c/ 10cm 8φ 6mm c/ 18cm
F F
V7 - a/d = 3
5φ 6mm c/ 19cm
8φ 8mm c/ 12cm
F F
Viga Tipo de reforço Carregamento a/d F teórica (kN) Freal Freal / Fteórica Fjunta
ruína serviço (kN) (kN)
4
A ruptura por flexão corresponde à deformação plástica excessiva da armadura tracionada e do
esmagamento do concreto comprimido.
2 - Aspectos sobre reforço de vigas 23
reparo. Pelo gráfico da Figura 2.8 percebe-se que há uma tendência das
deformações dos dois concretos se igualarem.
2 - Aspectos sobre reforço de vigas 24
Fruptura=260 kN
Concreto do reparo
Força (kN)
Concreto do substrato
recarregamento
pré-carregamento
26 N3 c/ 10cm e 26 N4 c/ 10cm
2 N3 c/ 10 cm
20
25
10
Placa de poliestireno expandido 2N1
20 270 20
15
3N7 1 N8
20 270 20
b) série 2, 4 e 6
25 20 50 50 20 50 50 20 25
15
3N7 1N8
20 270 20
c) série 3 e 5
Ν8 − 2φ10 − 120 cm
Ν7 − 3 φ 10 – 267 cm
Figura 2.9 – Detalhamento das seções longitudinais das vigas ensaiadas por
PIANCASTELLI (1997)
2 - Aspectos sobre reforço de vigas 27
2 N2
20 6 20 6 6 20 6
2,3 5
N3
25 20 N4
22,8
20
5
10 10
2 N1 Concreto novo
3 N7 3 N7
3,5 3,5
31 31 10 10
23 23 16
27 6 6
Figura 2.10 – Detalhamento das seções transversais das vigas ensaiadas por
PIANCASTELLI (1997)
sendo devido a uma flexão invertida causada pela retração do concreto do reforço. O
comportamento da série 5 foi comparado ao da série 3 por serem vigas semelhantes
quanto à seção transversal e podem ser observados pelos gráficos das Figuras 2.11 a
2.14. O ensaio final das peças reforçadas ocorreu após quatro dias da execução da
intervenção. As vigas da série 6 (monolíticas) foram ensaiadas em uma única etapa.
Pelos gráficos força x flecha e momento x curvatura (Figura 2.11 e 2.12) o
autor constatou que apesar das diferenças de comportamento impostas pelas distintas
condições de solicitação inicial, as curvas apresentaram o mesmo aspecto. Ao se
eliminar os efeitos do pré-carregamento observou-se que o comportamento em
serviço das vigas da série 5 foi análogo ao das vigas da série 3 (ver Figura 2.13 e
2.14). Por outro lado, a carga de ruptura de vigas reforçadas sob carga depende
fundamentalmente dos níveis de tensão atuantes na armadura original tracionada e no
concreto comprimido.
1
No Capítulo 3 estão apresentadas algumas formulações teóricas sobre como avaliar a resistência de
juntas formadas por concretos moldados em idades distintas.
2 - Aspectos sobre reforço de vigas 34
12.5 15 12.5
12
35
30
13
Junta
10
Junta
5
VM VA-1 VA-2 e VA-3
Legenda:
Concreto
Argamassa de alto desempenho
Argamassa de alto desempenho com fibra
A’ s - 4 φ8mm - L =317
F F
A sl -3φ16mm - L =357
A slr - Ver
ver Tabela
Tabela2.3
2
Estribos:
aA - φφ88.0c/9cm
– 46
swsw cada 7 -cm
L –=133 (séries
L = 113 cm 1 e 3)
A sw - φ 10 c/9cm - L =133 (série 2)
VA-1
VA-2
VA-3
VM
Figura 2.16 – Esquema de fissuração e ruptura - vigas ensaiadas por REIS (1998)
240
180
Força (kN)
120 VA-1
VA-2
60 VA-3
VM
0
0.0 5.0 10.0 15.0 20.0 25.0 30.0
Deslocamento vertical (mm)
Figura 2.17 – Força x deslocamento vertical das vigas ensaiadas por REIS (1998)
2 - Aspectos sobre reforço de vigas 38
240
180
Força (kN)
120 VA-1
VA-2
60 VA-3
VM
0
0.0 -0.5 -1.0 -1.5 -2.0
Deformação do concreto comprimido (‰)
240
180
Força (kN)
120 VA-1
VA-2
60 VA-3
VM
0
0.0 1.0 2.0 3.0 4.0
Deformação da armadura tracionada (‰)
240
180
Força (kN)
120 VA-1
VA-2
60 VA-3
VM
0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
Deformação dos estribos (‰)
Figura 2.18 – Gráficos das deformações das armaduras das vigas ensaiadas por
REIS (1998)
2 - Aspectos sobre reforço de vigas 39
Figura 2.19 – Tipos de seção transversal das vigas ensaiadas por SÁ (1993)
Tabela 2.6 – Médias dos resultados das vigas ensaiadas por SÁ (1993)
Tipo de seção Fruptura (1) (2)
A 44.0 1.00 -
B 62.7 1.42 -
C 62.4 1.42 -
D 56.1 1.27 0.90
E 58.5 1.33 0.93
OBS.
(1) relação entre a força de ruptura da seção tipo considerada e a força na seção tipo A
(2) relação entre a força de ruptura da seção tipo considerada e a força na seção monolítica
correspondente.
1
A única diferença entre as séries foi a data de execução dos serviços de recuperação.
2 - Aspectos sobre reforço de vigas 42
Reforço
Substrato
Substrato
Figura 2.20 – Seção transversal das vigas ensaiadas por SUMIE & LOPES (2000)
Tabela 2.7 – Resultados das vigas ensaiadas por SUMIE & LOPES (2000)
Viga Mreal Mteorico Tipo de Ruptura
VT 53,10 50,03 Escoamento da armadura longitudinal
VR-POS 78,38 87,15 Escoamento da armadura transversal seguida do esmagamento do
VR-PRE 78,11 87,15
concreto comprimido
2
Apesar deste trabalho se referir ao reforço de lajes, acredita-se que algumas conclusões possam se
aplicadas ao reforço de vigas, já que ambos elementos são predominantemente solicitados à flexão.
2 - Aspectos sobre reforço de vigas 45
Para tentar sanar tais dúvidas selecionou-se duas técnicas de reforço de vigas
de seção T para serem estudadas mais aprofundadamente caracterizadas pela:
3
O termo armadura de solidarização (FUSCO, 1994) é usado na definição de armaduras
responsáveis pelo equilíbrio local das peças estruturais, ou seja, pela transmissão de esforços entre
concreto x concreto, concreto x armadura e/ou armadura x armadura.
2 - Aspectos sobre reforço de vigas 47
bf
d'
hf
d1 h d2 h2
h1
Técnica de Reforço nº 1
substrato
h3
sv hr
bw Reforço h4
(argamassa com fibras)
bf
d' d' hr
hf
Reforço
(microconcreto)
d2 d1 h h
h1
substrato Técnica de Reforço nº 2
sv
bw
b
d'
substrato argamassa com fibras
b
d'
d2 d1 h2 h
Reforço
(argamassa com fibras)
h d1 d2
h3
sv hr sv
h4
VP (série 1) VP (série 2)
Vigas preliminares
Somente após a obtenção dos resultados destes ensaios é que se pôde definir o
tipo e a taxa de fibra a ser adicionada à argamassa do reforço das vigas reabilitadas
pela Técnica de Reforço nº 1. Os detalhes destes ensaios estão apresentados no
Capítulo 4.
Concreto e argamassa
4
Como a resistência usada nos cálculos teóricos refere-se a corpos-de-prova cilíndricos de 15 cm x 30
cm, minorou-se em 5% os valores experimentais das resistências obtidas para considerar o efeito de
escala.
2 - Aspectos sobre reforço de vigas 51
Armadura
5
Este instrumento apresenta uma base de medida específica dentro da qual se consegue medir o
incremento do alongamento da barra de aço até antes de seu escoamento.
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 53
*
A tenacidade corresponde à medida da energia total absorvida pelo compósito até sua fratura. Tal
energia pode ser quantificada pela área sob a curva tensão x deformação. Entretanto, como nos CFA é
difícil determinar a tensão pós-fissuração, pode-se obter a tenacidade calculando a área sob a curva
carga x deslocamento vertical.
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 55
arrancamento depende da geometria da fibra, pode-se dizer que o uso de fibras com
ganchos na extremidade aumentam a tenacidade do compósito.
• Método da ASTM-C1018
Este método baseia-se na determinação da quantidade de energia necessária
para gerar a primeira fissura em um prisma de concreto reforçado com fibras, e
posteriormente relacionar esta energia com aquela determinada em pontos pré-
determinados em função de múltiplos da flecha existente no instante do surgimento
da primeira fissura. Inicialmente determina-se o deslocamento correspondente à
primeira fissura, admitindo-se que esta ocorra quando a curva força-deslocamento
deixa de ser linear. Em seguida determina-se a área sob a curva compreendida entre
a origem até os pontos 3δ; 5,5δ; 10,5δ e 15,5δ, sendo δ o deslocamento vertical
relativo à primeira fissura. Feito isso se calcula os Índices de tenacidade, IN,
dividindo a área sob a curva para cada flecha especificada anteriormente pela área
sob a curva até a flecha correspondente à primeira fissura, obtendo-se os índices I5,
I10, I20 e I30 respectivamente. Posteriormente determina-se os Fatores Residuais de
Resistência, Ra,b, através da expressão 3.1.
Os índices de tenacidade e os fatores de resistência residual fornecem
informações a respeito da curva força x flecha, sendo independentes do tamanho do
prisma e de outras variáveis de ensaio. Os índices de tenacidade têm a vantagem de
avaliar o comportamento conjunto da fibra com a matriz, mas a desvantagem de
depender excessivamente da flecha referente à primeira fissura do corpo-de-prova.
Tal flecha deve ser avaliada de maneira bastante precisa, pois uma pequena diferença
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 56
na definição dela acarreta uma enorme diferença nos valores dos índices de
tenacidade calculados.
Energia absorvida até um certo valor de flecha (múltiplo da flecha de primeira fissura)
IN =
Energia absorvida até a flecha que gerou a primeira fissura
100 (3.1)
R a ,b = ⋅ (I b − I a )
b−a
Ffissuração ⋅ l (3.3)
σ0 =
b⋅h 2
Fruptura ⋅ l (3.4)
σu =
b⋅h2
f ct ,eq (3.5)
R e ,3 =
σ0
Onde:
Tb - tenacidade na flexão (N.mm);
δTb - valor de deslocamento correspondente a l/150;
†
O fator de forma (coeficiente de aspecto) é a relação entre o comprimento da fibra e o diâmetro da
circunferência com área equivalente a seção transversal. É um índice capaz de indicar com apenas um
número o grau de eficiência da fibra em função de sua geometria.
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 58
(3.7)
S = 2,76 ⋅ r ⋅ 1
V f
onde:
r : raio da fibra
Vf : volume de fibras no compósito
f c = σ cm + (3,6 ⋅ Vf ⋅ l f ) / d f (3.13)
Onde:
ft = resistência à tração direta do concreto com fibras;
fc = resistência à compressão do concreto com fibras;
σtm = resistência à tração direta do concreto sem fibras (matriz);
σcm = resistência à compressão do concreto sem fibras (matriz);
β = fator de orientação das fibras adotado igual a 1;
Af = área da seção transversal da fibra;
lf = comprimento da fibra;
Vf = volume de fibras;
df = diâmetro da fibra.
‡
SOROUSHIAN, P & LEE, C. (1989). Constitutive modeling of steel fiber reinforced concrete under
direct tension and compression. In: Swamy, R.N.; Barr, B. Fiber Reinforced Cements and Concretes:
recent developments. Elsevier Applied Science, USA, p. 363-377.
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 61
mobilizados
Vd Vd (3.14)
τSd = ≅ ;
A s ,1 d 1 − x z1 A s ,1
b.z 2 .(1 + . . ) b.z 2 .(1 + 0,85 )
A s, 2 d 2 − x z 2 A s,2
1 2 1 2 2/3 (3.15)
τRd = . .f ct , m ≅ . .f ck ( em MPa);
γc 3 γ c 10
onde:
Vd : é a força cortante de cálculo existente no elemento após o reforço
As,1 e As,2 : áreas de aço original e do reforço respectivamente
x : altura da linha neutra em relação ao bordo comprimido
di : distância do bordo comprimido até a armadura original ou adicionada
zi : braço de alavanca da armadura original ou adicionada
b) CLÍMACO (1990)
a M Vcotgθ
Nc = −
2c+t z z
junta M Vcotgθ
c Ns = +
Ns = As⋅ fy z z
45º
t
Ns As ⋅ f y (3.16)
τu = =
a ⋅b a⋅b
A sw (3.17)
σ u = ρw f y = ⋅ fy
s⋅b
1 (3.18)
τ u = Ns ⋅
(2c + t) ⋅ b
M max 1 (3.19)
σu = ⋅
a (2c + t) ⋅ b
M u Vu ⋅ cot gθ M max ( 2c + t ) M max ⋅ cot gθ (3.20)
Ns = + = +
z 2 2az 2a
Vu ⋅ s (3.21)
cot gθ = ⋅
A sw f y z
onde:
τu : tensão de cisalhamento horizontal última
a : vão de cisalhamento
b : largura da viga
σu : tensão de compressão última mobilizada pelo efeito de aperto (clamping effect)
dos estribos que cruzam a interface
s : espaçamento entre estribos
ρw : taxa de estribos que cruzam a interface
Ns : força normal na armadura longitudinal tracionada
c : altura do material de reforço (fundo da viga até a junta)
t : largura do apoio
θ : ângulo da biela de compressão no apoio com a horizontal
s : espaçamento entre estribos
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 66
c) EL DEBS (2000)
Vd Vd
τsd = = (para LN acima da interface) (3.23)
b.z 0,9.b.d
Estado fissurado: Vd R
τsd = ⋅ cc2 (para LN abaixo da interface)
(3.24)
0,9.b.d R cc
onde:
Vd : esforço cortante de cálculo existente na seção;
S : momento estático da área acima da fibra em estudo com relação ao
centróide da seção transversal;
I : momento de inércia da seção transversal composta homogeneizada;
b : largura da seção transversal na fibra em estudo, ou seja, largura da interface;
d : altura útil da seção;
z : distância entre a resultante das forças internas de tração e de compressão
existente na seção transversal do elemento devido ao carregamento aplicado;
Rcc2 : força de compressão no concreto moldado no local
Rcc : força total de compressão na seção composta
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 67
Tensão resistente
τRd = βs ρ fyd + βcftd ≤ 0,31fck (3.25)
Tensão solicitante
Vd (3.26)
Para a FIP*: τ Sd =
b⋅d
Fhd (3.27)
Para a NBR-9062: τ Sd =
b⋅l0
Onde:
βs e βc - fatores multiplicativos para as parcelas da resistência do aço e do concreto
fornecidos de acordo com a norma adotada;
ftd - resistência de cálculo do concreto à tração;
ρ - taxa de armadura transversal que cruza a interface;
Fhd - força horizontal solicitante de cálculo;
l0 - distância entre os pontos de momento nulo e momento máximo;
Fhd
Limite 2 – Deve-se usar uma armadura mínima 0,56 < ≤ 2,45 (MPa )
b⋅l0
* O procedimento recomendado pela FIP é válido somente para elementos simplesmente apoiados, com seções
dentro de determinados padrões (para maiores informações deve-se consultar EL DEBS[2000] ou FIP[1992]).
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 68
†
Em vigas de concreto armado fissuradas usa-se o modelo resistente de viga e de treliça para dimensionar
respectivamente as armaduras longitudinais (solicitações normais) e transversais (solicitações tangenciais).
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 69
a) Coeficiente de fluência
ε cc (t , t 0 ) ε cc (t , t 0 ) (3.37)
φ (t , t 0 ) = =
ε ci (t 0 ) σ c (t 0 ) / E c ( t 0 )
σ c (t 0 ) (3.38)
ε cc (t , t 0 ) = φ (t , t 0 )
Ec (t 0 )
σ c (t 0 ) (3.39)
ε ci (t 0 ) =
Ec (t 0 )
onde:
t : idade da peça desde sua moldagem até o instante de análise;
t0 : idade em que foi aplicado o carregamento na peça;
φ (t,t0): coeficiente de fluência;
εcc (t,t0): deformação por fluência no tempo t para um concreto carregado a uma idade to;
εci (t0): deformação elástica inicial gerada pela aplicação de tensões no instante to;
σc (t0): tensões que provocam a fluência aplicadas no instante t0;
Ec (t0): módulo de elasticidade do concreto a uma idade t0;
b) Fluência específica
c) Função Fluência
1 1 φ (t , t 0 ) (3.41)
J (t , t 0 ) = + C (t , t 0 ) = +
Ec (t 0 ) Ec (t 0 ) Ec (t 0 )
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 73
1 φ (t , t 0 ) (3.42)
ε cσ (t , t 0 ) = σ c (t 0 ) + = σ c (t 0 ) ⋅ J (t , t 0 )
Ec (t 0 ) Ec (t 0 )
t ∂σ c (τ) (3.44)
ε c σ (t, σ c ) = J (t, t 0 ) ⋅ σ c ( t 0 ) + ∫ J( t, τi ) ⋅ ⋅ dτ
t0 ∂τ
• Retração plástica: ocorre quando o concreto perde água enquanto ainda está no estado plástico;
• Retração autógena ou química: associada com a contínua reação de hidratação do cimento que
ocorre independentemente do meio ambiente;
• Retração por carbonatação: causada pela reação da pasta de cimento hidratada com o dióxido de
carbono no ar na presença de umidade;
• Retração térmica: representa a deformação devida à contração térmica que ocorre quando o
concreto quente é resfriado à temperatura ambiente. Geralmente existe em elementos com grande
volume de concreto.
1 (3.47)
J( t, t 0 ) = + C( t , t 0 )
E c (t 0 )
onde:
t- é a idade do concreto a partir da moldagem da peça;
t0 - idade do concreto no instante em que o carregamento foi aplicado na peça;
J(t,t0) - função composta por uma parcela elástica e uma parcela viscosa. Corresponde à
função fluência já apresentada na equação 3.41;
Ec(t0) - é o módulo de elasticidade do concreto na idade t0. Esta função pode ser
determinada por meio de uma regressão linear feita na curva experimental
obtida em ensaios específicos;
C(t,t0) - é determinada por ensaios de fluência, para no mínimo quatro idades de
carregamentos distintos. Representa o comportamento do material viscoso, ou
seja, corresponde à função da fluência específica (ver equação 3.40).
a) Modelo logarítmico:
*
U.S. BUREAU OF RECLAMATION. (1956). Creep of concrete under high intensity loading.
Denver, Colorado: Concrete Laboratory Report n. C-820.
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 77
1 (3.48)
J (t , t 0 ) = + F (t 0 ) ⋅ log(t − t 0 + 1)
Ec (t 0 )
onde:
F(t0) – é o coeficiente de fluência na idade t0, obtido a partir de pelo menos quatro idades
diferentes de carregamento. Com estas idades de carregamento consegue-se
estabelecer um modelo que ajusta este parâmetro em função da idade de
carregamento do concreto.
b1 (3.49)
F( t 0 ) = a 1 +
t0
a (3.50)
F( t 0 ) = +b
(1 + x ) m
onde:
a1 e b1 - constantes determinadas pelo método dos mínimos quadrados;
a,m,b - parâmetros determinados por método iterativo durante o ajuste das curvas;
x - relação entre a resistência à compressão do concreto em uma idade t0 e a resistência
à compressão do concreto na idade de referência tr. A idade de referência tr pode ser
definida pelo usuário e corresponde geralmente a uma idade onde se tem o início
da estabilização da resistência mecânica à compressão do concreto (ex.: tr ≥ 28
dias).
O modelo proposto por GUEDES apud FURNAS (1997), utiliza uma equação
não linear para tentar traduzir o envelhecimento do coeficiente de fluência do U.S.
Bureau of Reclamation. Tal modelo depende basicamente de relações entre as
resistências à compressão do concreto. Por isso pode ser usado também quando não
se dispõe de ensaios de fluência. Entretanto deve-se conhecer a caracterização
†
GUEDES Q. M (1990). Modelo unificado da viscoelasticidade linear com envelhecimento do
concreto – Informações científicas: Barragens INCB5-LNEC, Lisboa – Portugal.
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 78
3.49 ao invés da expressão 3.50 consiste no fato de que, caso seja necessário
extrapolar para resultados inferiores à idade mínima de ensaio, a expressão 3.49
tende para o infinito prejudicando o cálculo de tensões quando se tem um concreto
jovem.
b) Modelo Potencial:
Pode-se utilizar também o modelo potencial dado pela expressão (3.51) para
determinar a função fluência J(t, t 0 ).
1 n (3.51)
J( t, t 0 ) = + a ⋅ t 0 (t − t 0 ) m
E( t 0 )
onde:
a, n, m – constantes obtidas pelo método dos mínimos quadrados;
d) Modelo de Boltzmann:
(3.52)
1 − exp − ( t − t 0 )
p t j
1
J( t, t 0 ) = +∑
E c ( t 0 ) j=1 E j (t 0 )
A2 A3 A4 (3.53)
E j ( t 0 ) = A1 + + +
(1 + t 0 / 3) (1 + t 0 / 90) (1 + t 0 / 2700)
onde:
Ej(t0) - corresponde ao coeficiente de mola determinado pela expressão 3.53;
A1, A2, A3 e A4 – são coeficientes determinados pelo método dos mínimos quadrados;
tj – é o tempo de retardo que pode ser ajustado conforme necessidade do usuário;
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 79
σ
c (to)
ε
c (to)
ε
sc (to) x (to)
σ
sc (to)
LN (to)
N h
σ
st (to)
ε
st (to)
ε(to) σ(to)
εc (t) σc (t)
M
LN (to)
εsc (t) x (to)
σsc (t)
x (t) N
LN (t) h
ε(t) σ(t)
Figura 3.5 - Estados de deformações e tensões no instante t
c (t)
σ
σc ∆σc
(to) (t1)
∆σc
(t2)
∆σc
(ti-1)
∆σc
(ti)
to t1 t2 t(i-1) ti t
Figura 3.6 – Variação das tensões normais no concreto no decorrer do tempo
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 81
b.2) Métodos que usam função fluência simplificadas: são métodos que transformam a
equação integral de superposição em equações diferenciais ordinárias, pelo uso de uma
forma convenientemente simplificada para a função fluência. Tal simplificação pode ser
baseada nas seguintes teorias:
Teoria da hereditariedade;
Teoria do envelhecimento;
Método de Dischinger generalizado .
A´s
d´
hf
c
d
LN
As
ponto de aplicação do es (excentricidade)
sistema de forças resultante
b
ε σ
yt
c M
O
ponto de referência εo
(força de N σc y
yn ψ
compressão) LN
ys σs
As α
y y
ε 0 ⋅ E c ∫ (1 − )dA + E s ∑ As (1 − s ) = N
yn
(3.56)
yt yn y n
y y
ε 0 ⋅ E c ∫ y (1 − )dA + E s ∑ As y s (1 − s ) = M
yn
(3.57)
yt yn y n
onde:
dA : elemento de área do concreto comprimido;
As e ys : área de aço e posição da armadura tracionada em relação ao ponto O;
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 84
Para N = 0 e c ≥ hf
Para N ≠ 0 e c ≥ hf
(3.59)
N equivalente
ε0 = (3.60)
E c ⋅ A hom o
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 85
M equivalente
ψ= (3.61)
E c ⋅ I x _ hom o
onde:
Nequivalente : esforço normal atuante na seção para um sistema equivalente de forças aplicado
no ponto O (centróide da área homogeneizada);
Mequivalente : momento atuante na seção para um sistema equivalente de forças aplicado no
ponto O (centróide da área homogeneizada);
Ix_homo : momento de inércia para um eixo x que passa pelo ponto O (centróide da
área homogeneizada).
ε = ε0 + y ⋅ ψ (3.62)
y n = −ε 0 / ψ (3.63)
y
Ec 1 − y ε 0 y < yn
σc = n (3.64)
0 y ≥ yn
σ s = E s 1 − ⋅ε
ys
(3.65)
y n 0
Es
α( t , t 0 ) = (3.67)
E c ( t, t 0 )
E c (t, t 0 )
E c (t, t 0 ) = (3.68)
1 + χ( t , t 0 ) ⋅ φ( t , t 0 )
onde:
Ahomo2 : área da seção transversal homogeneizada em função da idade;
Ac : área da seção transversal comprimida;
As : área da armadura tracionada;
‡
Não se mencionou o efeito da relaxação do aço por este ser mais crítico em peças protendidas, o que
não é o caso das peças analisadas aqui.
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 87
y y
∆ψ = k φ( t , t 0 )(ψ + ε 0 2c ) + ε cs ( t , t 0 ) 2c (3.70)
rc rc
∆σ s = E s (∆ε 0 + ∆ψ ⋅ y s ) (3.72)
Ac
η= (3.73)
A hom o 2
Ic
k= (3.74)
I x _ hom o 2
onde:
εcs : deformação por retração que surgiria no concreto se este fosse livre, durante
o período de tempo (t – t0);
ε0 : deformação axial do centróide da área de concreto Ahomo2 obtida usando a curvatura
existente no instante t0;
ψ : curvatura obtida no instante t0 imediatamente após a aplicação de M e N;
yc : coordenada y do centróide da área de concreto comprimido baseado na
distribuição de tensões existente em t0. Esta posição é medida a partir do bordo
mais tracionado da peça.
2
r c= Ix_homo2/ Ahomo2 : raio de giração calculado em função do momento de inércia em torno
do eixo x que passa pelo ponto O e da área de concreto comprimido;
keη : fatores de redução da curvatura e da deformação axial em função da restrição
gerada pela presença da área de aço existente no elemento.
Ahomo2 : área de concreto homogeneizada em função da idade;
Ix_homo2 : momento de inércia em torno do eixo x que passa pelo ponto O (centróide da área
concreto Ahomo2);
σc(to)
yc
centróide da área c
homogeneizada inicial εo
centróide da área
homogeneizada LN (to) ψ
ajustada com a y
idade
σs(to)
σc(t)
∆ψ ∆σs´
c
εo-final LN (to)
∆εo
ψfinal LN (t)
Fa (3.75)
δimediata = (3l 2 − 4a 2 )
24(EI) eq
M 3
M 3
(3.76)
(EI)eq = E cs r I c + 1 − r I ≤ E I
Ma II cs⋅ c
M a
onde:
F : força vertical;
a : distância da força vertical ao apoio mais próximo ;
l : vão teórico da viga;
F F
a b a
∆ξ (3.80)
αf =
1 + 50ρ'
∆ξ = ξ( t ) − ξ( t 0 ) (3.81)
ou
ξ( t ) = 2 para t > 70 meses
As ' (3.83)
ρ' =
b⋅d
Onde:
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 91
δ (t ) ≅ δ i [1 + 0,3φ (t , to )] (3.84)
onde:
δ(t) : deslocamentos verticais da peça em função do tempo;
δi : deslocamento vertical inicial;
φ( t, t 0 ) : coeficiente de fluência;
d) MURCIA (2000) :
εr
φ+
x ε c0 (para seções retangulares ou T com LN acima da mesa de compressão)
λ= 0⋅ (3.86)
d As '
1 + 150
bh
εr
φ+
x − d' ε c0
λ= 0 ⋅ (para seções T com LN abaixo da mesa de compressão)
d − d' As ' (3.87)
1 + 20
bh c
onde:
δdiferida : deslocamento vertical diferida dada por ( δ diferida = δ imediata ⋅ λ );
Viga de seção T
εf εr
σt
Legenda:
σc
εr : deformação por retração;
εf : deformação por fluência;
a) viga descarregada σt : tensão de tração na capa de
concreto devido à restrição da
retração
F
εf εr σc : tensão de compressão no substrato
devido à restrição da retração
Fc M
F : força externa aplicada;
Ft
Ft : esforços internos de tração gerado
pela força F
b) viga carregada - reforço no bordo comprimido Fc : esforços internos de compressão
gerado pela força F
M : momento fletor gerado pela
F
εf εr aplicação da força concentrada F.
Fc M
Ft
ε
r
reforço
substrato
Obs.:Unidades em mm.
Figura 3.14 – Seção das vigas ensaiadas por SILFWERBRAND (1997)
(com j < 28 dias, sendo j uma idade convencional de cura do reforço) e terminando
em 28 dias, a fim de considerar a variação do módulo de elasticidade do concreto do
reforço neste intervalo de tempo. No início dessa etapa o concreto do reforço
possuirá tensões iniciais nulas, e ao final da etapa de duração 28-j dias, o concreto do
reforço já terá tensões oriundas do comportamento viscoelástico ocorridas neste
período. Em seguida pode-se processar outra etapa, iniciando aos 28 dias e
terminando na idade do carregamento seguinte ou na idade final do ensaio,
considerando o módulo de elasticidade Ec do reforço como constante referente ao
valor do módulo aos 28 dias.
Para avaliar a distribuição de tensões e deformações ao longo de uma seção
transversal composta fissurada, parte-se do princípio da igualdade das deformações
na interface entre a parte 1 (substrato) e a parte 2 (reforço), obtendo-se as equações
3.88 e 3.89. Desta forma, percebe-se que as tensões na seção composta oriundas de
qualquer carga adicional se faz de modo proporcional ao valor de αc. A Figura 3.15
ilustra a distribuição das tensões e deformações ao longo da seção transversal de uma
peça composta.
ε1 = ε 2 σ cb 2 = α c σ cb1 (3.88)
E c2 (3.89)
αc =
E c1
onde:
αc : relação entre os módulos de elasticidade dos concretos;
εi : deformação no concreto da parte i;
parte 2 σc2
O
LN σc1
parte 1
Quando se tem vigas com trechos de sua armadura tracionada exposta durante
um processo de reparo/reforço, a seção transversal não age mais como um material
compósito formado por aço e concreto, pois não existe compatibilidade de
deformação entre estes materiais nesta região. Portanto, não vale mais a hipótese de
que a seção plana permanece plana e a configuração das deformações na viga
carregada se diferencia da de uma peça monolítica.
Alguns pesquisadores afirmam que o comportamento estrutural deste tipo de
viga é semelhante ao de vigas de concreto protendido com cordoalhas não aderentes
(comportamento de arco atirantado). Todavia, CAIRNS & ZHAO salientam que
apesar das semelhanças existentes entre estes dois tipos de estrutura, também existem
diferenças importantes que devem ser consideradas e que tornam a extrapolação de
resultados inadequada tais como:
o Em vigas protendidas com cordoalha não aderente, a ancoragem do cabo está em um ponto
bem definido. O mesmo não ocorre nas vigas de concreto armado, pois a ancoragem se dá
por aderência;
3 - Fundamentos para o desenvolvimento das técnicas de reforço propostas 99
o Nas peças protendidas, as cordoalhas não aderentes geralmente ficam dentro da altura da
seção transversal. Já nas vigas de concreto armado considera-se que as barras expostas ficam
em um local fora da seção transversal (representada pela seção em que existe concreto);
o A hipótese de que as cordoalhas protendidas (aços de elevada resistência) são tracionadas até
no máximo 70% de sua resistência característica não pode ser adotada para armaduras usadas
em elementos de concreto armado (aços de baixa resistência).
Legenda:
1 – Ruptura por esmagamento do concreto
no bordo mais comprimido;
2 – Ruptura por esmagamento do concreto
na extremidade do trecho com armadura
exposta;
3 – Ruptura por falhas de ancoragem;
a) do comprimento de ancoragem;
b) da taxa de armadura tracionada;
A redução da capacidade portante em vigas subarmadas foi bem menor que a observada
em vigas superarmadas.
c) da maneira de aplicação do carregamento.
a redução na capacidade portante é menor para carregamento uniformemente distribuído
do que quando se tem uma força concentrada aplicada no meio do vão da viga.
F F
F F
Figura 3.18 – Esquema de fissuração para vigas com e sem barras de aço expostas
Campo de aplicação
esmagamento
fissuração
Tensión
Tensão [MPa]
(MPa)
1000
E
s
0
-10000 0 10000
Deformación [µm/m]
Deformação
ACERO PASIVO
-1000
m
c(t , t − τ ) = ∑ ai (τ ) 1 − e −λiφ ( T )( t −τ ) (3. 90)
i =1
onde:
Para realizar essa análise, considera-se que as ações são aplicadas somente
nos passos de tempo, de maneira que a tensão em cada ponto da estrutura permaneça
constante durante cada intervalo de tempo analisado. Caso seja aplicado um
carregamento decrescente com o tempo, deve-se lembrar de considerar que o
princípio da superposição subestima a recuperação da deformação por fluência nestes
casos.
Para analisar os efeitos devido à fluência, admitiu-se que os filamentos que
compõem a seção transversal estavam submetidos à tensão constante em cada
incremento de tempo. Como a análise parte do princípio de que se conhece o estado
de tensão, deformação e deslocamento do passo anterior, é possível determinar os
incrementos de tensão, deformação e deslocamento do passo atual aplicando o
princípio dos trabalhos virtuais. Esse processo permite que as deformações não
mecânicas sejam transformadas em um sistema de forças externas fictícias
equivalentes, que produz o mesmo estado de deformação no elemento. Devido ao
efeito deste sistema de forças fictício, determinam-se os incrementos de
deslocamento e deformação em cada ponto mediante uma análise estrutural e
conseqüentemente as tensões em cada ponto da estrutura no instante de tempo tn.
Fz Fz
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
z y
x
concreto do substrato
concreto do reforço
OBS.: Unidades: cm
Fz Fz
My My
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Fx Fx
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
z y
x
concreto do reforço
concreto do substrato
OBS.: Unidades: cm
• supondo ruptura por arrancamento, para fibras de mesmo diâmetro, quanto maior o comprimento
(maior fator de forma), maior é a área superficial em contato com a matriz e, portanto, mais
elevada é a resistência ao arrancamento da fibra da matriz proporcionando um aumento na
tenacidade do compósito;
• supondo ruptura por escoamento, para fibras de mesmo comprimento, quanto maior o diâmetro
(menor fator de forma), mais elevada é a resistência ao escoamento da fibra e conseqüentemente a
resistência à tração na flexão do compósito. Por outro lado, há uma redução no número de fibras
atuando como ponte de transferência de tensões no compósito o que pode prejudicar a tenacidade
do compósito.
4 - Ensaios complementares ao estudo da Técnica de Reforço nº 1 117
cantoneira
LN relógio comparador
7.5
6
fct,sp,7 (MPa)
RL-45/30 - serie 1
4.5
RC-65/35 - série 1
RL-45/30 - serie 2
3 RC-65/35 - serie 2
1.5
0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
Taxa de fibras (% )
60
50
RL-45/30 - serie 1
fc7 (MPa)
RC-65/35 - série 1
40
RL-45/30 - serie 2
RC-65/35 - serie 2
30
20
10
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
Taxa de fibras (% )
6
σ 0 (MPa)
5
RL-45/30 - serie 1
RC-65/35 - série 1
4 RL-45/30 - serie 2
RC-65/35 - serie 2
2
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
Taxa de fibras (% )
9
RL-45/30 - serie 1
8 RC-65/35 - série 1
RL-45/30 - serie 2
7 RC-65/35 - serie 2
σ u (MPa)
2
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
Taxa de fibras (% )
40
P1-RL-A
35
Índice de Tenacidade
P2-RL-A
30 P1-RC-A
25 P2-RC-A
20
15
10
0
I5 I10 I20 I30
60
55 P05-RL
50 P1-RL
Índice de Tenacidade
45 P2-RL
40 P05-RC
35 P1-RC
30 P2-RC
25
20
15
10
5
0
I5 I10 I20 I30
6
fct,eq (MPa)
0
L
L
RL
C
RC
A
A
A
-R
-R
C-
C-
-R
-R
L-
L-
5-
5-
P1
P2
-R
-R
-R
-R
P1
P2
P0
P0
P1
P2
P1
P2
P2-A-RL
• O fato dos prismas terem sido moldados em datas diferentes permitiu que o traço do compósito
sofresse influência das condições ambientais (temperatura e umidade) afetando principalmente a
relação a/c, uma vez que não se fez a moldagem utilizando os materiais no estado SSS (Saturado
com Superfície Seca).
• Apesar do cimento usado na confecção dos traços ser de mesmo tipo (CP-32E ou CP-ARI PLUS),
nem sempre se usou cimento da mesma marca.
• A ocorrência de falhas no adensamento pode ter provocado um aumento no índice de vazios do
compósito.
• Como o compósito era fluido (auto-adensável) para possibilitar sua utilização como material de
reforço, pode ter ocorrido uma “segregação parcial” das fibras de aço, que podem ter se
acumulado no fundo dos corpos-de-prova ao invés de ficarem distribuídas aleatoriamente, mesmo
tomando-se os devidos cuidados para que isso não ocorresse. Este fato seria mais crítico nos
corpos-de-prova cilíndricos em função de suas dimensões.
Por outro lado, percebeu-se que nos ensaios de flexão realizados em corpos-
de-prova prismáticos sempre se obteve aumento da resistência última à tração na
flexão (σu) com o aumento do volume de fibras (ver gráfico da Figura 4.3b).
Comparando-se os valores da relação σu/σ0 (Tabela 4.3) constatou-se que
todos os prismas com fibras continuaram suportando carga mesmo após o surgimento
da primeira fissura, sendo esta relação cada vez maior em função do aumento do teor
de fibras e mais significativa para os prismas da série 1 com fibra RL 45/30. Esse
comportamento indica que todos compósitos analisados foram mais tenazes que um
material elastoplástico perfeito.
O ganho de resistência à flexão dos modelos em função da adição de fibras
foi avaliado pela relação σu/σu-ref (Tabela 4.3) que adotou como referência um
modelo sem fibras. Os resultados mostraram que os prismas com teores de 2%
tiveram maiores aumentos da resistência última à tração na flexão (σu) mesmo
4 - Ensaios complementares ao estudo da Técnica de Reforço nº 1 126
quando suas resistências à tração indireta eram menores que as de outros compósitos.
Além disso, comparando-se prismas com mesmo teor de fibras, constatou-se que
para ambas as séries, os moldados com a fibra RL 45/30 tiveram ganhos de
resistência à tração na flexão mais significativos que os moldados com a RC 65/35.
Isso indica uma melhor eficiência da fibra RL 45/30 provavelmente por ela ter um
fator de forma menor que a fibra RC 65/35. Notou-se também que a porcentagem de
aumento de resistência à tração na flexão foi mais significativa para os compósitos da
série 2 (compósito de menor resistência) sugerindo que a resistência da matriz
influencia a eficiência da fibra.
Observando o gráfico da Figura 4.3a percebeu-se que, ao contrário do que se
esperava, nem sempre o aumento da taxa de fibras proporcionou aumento da
resistência à fissuração, σ0. Todavia convém esclarecer que como as resistências à
compressão dos compósitos foram bem diferentes umas das outras, não foi possível
obter informações confiáveis sobre o efeito da taxa de fibras na resistência à
fissuração, já que não se conseguiu eliminar o efeito da resistência do concreto na
análise dos resultados.
c) Avaliação da tenacidade
que houve instabilidade pós-pico durante a execução dos ensaios. Tal instabilidade
pode ser observada nas Figuras do Apêndice A.
A tenacidade obtida também sempre foi maior para os compósitos
confeccionados com a matriz de menor resistência (série 2) indicando que o aumento
da resistência da matriz reduz tal parâmetro conforme se previa. Percebeu-se ainda
que, contrário do que se esperava, os compósitos confeccionados usando a fibra de
menor fator de forma (RL 45/30) foram os que apresentaram maior tenacidade.
Em relação aos fatores residuais de resistência, Ra,b, (Tabela 4.4) as análises
confirmaram a excelente tenacidade observada nos materiais compósitos estudados
uma vez que na maior parte dos ensaios, os valores foram superiores a 100 (valor de
referência para um material elastoplástico perfeito). Como esse parâmetro indica o
nível médio de resistência suportado pelo prisma após o surgimento da primeira
fissura, pode-se dizer que na série 1 a resistência só começou a diminuir para o fator
R20,30. Já para a série 2, o nível de resistência estimado pelos fatores R5,10; R10,20 e
R20,30 variou conforme o teor de fibras do traço analisado. Este é um parâmetro
importante a ser avaliado na hora de decidir qual o tipo e a taxa de fibra a ser
adicionada ao material do reforço que se deseja produzir.
Onde:
i – números impares correspondem a peças moldadas com fibras tipo RC-65/35 e
números pares correspondem a peças moldadas com fibras tipo RL-45/30.
Para vigas da série 1 tem-se i = 1 ou 2 e para as vigas da série 2 tem-se i = 3
ou 4;
k – indica o teor de fibras em % usado na peça, podendo ser 0,5 , 1 ou 2;
w – número que se relaciona com a peça de referência da série 1 ou 2
respectivamente
de tração σtt, então surge uma intensa microfissuração do concreto em torno das
barras de aço que pode provocar seu fendilhamento.
Como o fendilhamento do concreto em torno das barras de aço provavelmente
afeta a resistência ao cisalhamento horizontal que está sendo estudada, utilizou-se
nas vigas VP o mesmo espaçamento vertical entre as camadas de barras de aço e o
mesmo cobrimento usado nas vigas VFT analisadas no Capítulo 5. Os valores destes
parâmetros correspondem respectivamente a 4 cm e 1,5 cm.
Há a necessidade de um espaçamento vertical deste tamanho para que se
consiga garantir tanto um bom adensamento da argamassa adicionada quanto a
aleatoriedade na distribuição das fibras de aço durante a moldagem.
Quanto à instrumentação, as deformações das armaduras e do concreto foram
medidas com extensômetros elétricos e os deslocamentos verticais com relógios
comparadores dispostos no meio do vão da viga e nos apoios. A leitura destes
equipamentos foi coletada pelo sistema de aquisição de dados SYSTEM 4000 (série
1) e pelo SYSTEM 5000 (série 2). Os detalhes das dimensões, do detalhamento, da
instrumentação e do esquema estático das vigas VP estão nas Figuras 4.7 e 4.8.
a b c d Legenda:
Série 1 Série 2
rel. 9 N1 rel.10 l 230 130
F F
ext. 7 a 65 51
N4
b 100 28
c 50 36
d 15 15
e 100 50
N2 N3 ext. 5;6 N1 2 φ 8.0 mm - L = 227 2 φ 10.0 mm - L = 127
rel. 8 N2 2 φ 8.0 mm - L = 250 2 φ 5.0 mm - L = 147
e e N3 2 φ 16.0 mm - L = 227 2 φ 10.0 mm - L = 127
As unidades de comprimento estão em cm
N1
10 ext. 1;2 10
127
N2
ext. 3;4
N3
10 ext. 7 (concreto)
N1
N1
substrato
20 N4
N4
junta (ext. 5 e 6)
N2 (ext. 1 e 2)
reforço N2
10
4
N3 N3 (ext. 2 e 3)
Seção B - 50cm do apoio Seção A - meio do vão N4: φ 6.3mm c/ 12 cm
L=81cm
10
N1 ext. 7 (concreto)
N1
N4 (ext. 5;6) N4
15 N2 N2 (ext. 1;2)
4 cm
N3 N3 (ext. 3;4)
N4: φ 5.0 mm c/ 14 cm
Seção B - à 25cm do apoio Seção A - meio do vão L= 42cm
As dosagens das argamassas reforçadas com fibras de aço usadas nas vigas da
série 1 e 2 foram idênticas às usadas para confeccionar os prismas (traços TR-1a e
TR-1b) e a dosagem do concreto do substrato das vigas VP da série 1 (traço TS-1) foi
escolhido de maneira que também pudesse ser usado para confeccionar o substrato
das vigas VFT. Tais dosagens estão apresentadas na Tabela 2.9 e as resistências
específicas dos ensaios das vigas VP estão na Tabela 4.5. Já as propriedades
mecânicas das armaduras utilizadas estão na Tabela 4.6.
4 - Ensaios complementares ao estudo da Técnica de Reforço nº 1 132
Atuador
Perfil metálico
Relógio
Macaco
hidráulico
VP3-2 VP3-2
Pela Figura 4.10 percebe-se que nas vigas VP surgiram tanto fissuras de
flexão quanto de cisalhamento. Entretanto, as que indicaram que a peça estava
próxima de atingir sua capacidade portante foram as fissuras horizontais que
4 - Ensaios complementares ao estudo da Técnica de Reforço nº 1 135
VR2 VR2
VP4-2
VP4-2
VR1
seria maior que o indicado no gráfico. Já na curva das vigas que utilizaram a fibra
RC 65/35, o coeficiente angular está bem representado pelo valor α obtido no
primeiro trecho desta curva, uma vez que a ruptura da viga com 1% de fibras RC
65/35 ocorreu por cisalhamento horizontal. Sendo β maior que α, pode-se dizer que
aparentemente a fibra RL 45/30 foi mais eficiente que a RC 65/35.
Para confirmar este comportamento foi realizada a série 2 de ensaios, na qual
se tentou fazer com que as peças rompessem somente por cisalhamento horizontal.
Para isso foi utilizada uma argamassa de resistência menor e uma maior variação no
teor de fibras analisado. Pelos resultados da série 2 (ver gráfico da Figura 4.12)
observou-se que o aumento da resistência em função do aumento da taxa de fibras é
praticamente linear e que realmente a fibra RL 45/30 foi mais eficiente que a RC
65/35 em função das inclinações das retas obtidas (β2 maior que α2).
Por causa da grande diferença entre as resistências à compressão axial (fcj) e à
tração indireta (ftj) das vigas da série 2, o gráfico da Figura 4.12 foi construído
dividindo-se o esforço cortante V suportado por cada viga pela raiz quadrada da
resistência à compressão axial. Com este procedimento pretendia-se eliminar, pelo
menos parcialmente, o efeito da variabilidade da resistência do concreto na
capacidade portante das peças quando a ruptura ocorria por cisalhamento horizontal.
Isso não foi feito no gráfico da Figura 4.11 porque a maioria das vigas da série 1
rompeu por deformação plástica excessiva da armadura tracionada e tal modo de
ruptura não sofre tanta influência da variação da resistência à compressão do
concreto.
Sendo assim, realmente se confirma que a introdução de fibras de aço na
argamassa usada na reconstituição do banzo tracionado de vigas reforçadas pela
Técnica de reforço nº 1 afeta os mecanismos resistentes mobilizados neste local, pois
é possível aumentar a resistência e até alterar o modo de ruptura da peça em função
do tipo e da taxa de fibras utilizada.
O programa experimental realizado aqui não permitiu que se identificasse a
taxa de fibras ideal, mas apenas o tipo de fibra que seria mais eficiente no combate
ao cisalhamento horizontal. Por este motivo é importante desenvolver um método de
ensaio específico que permita determinar qual o teor de fibra mais indicado, uma vez
que dependendo das características da peça a ser reforçada, um aumento da taxa de
4 - Ensaios complementares ao estudo da Técnica de Reforço nº 1 138
150
Limite da capacidade
V (kN) 140
130
120 β
α
RC-65/35
fibra RC-65/30
RL-45/30
fibra RL-45/35
110
0 0,5 1 1,5 2
Taxa de fibras (%)
50
β2
40
y = 5.746x + 31.8
α2 R2 = 0.9568
30
0 0.5 1 1.5 2
Taxa de fibras (%)
c) Flechas
Analisando a evolução das flechas nas vigas da série 1 (ver Figura 4.13a)
percebe-se que todas apresentaram praticamente a mesma rigidez. Isso indica que o
aumento no volume de fibras praticamente não altera a rigidez do elemento
estrutural. Além disso, as maiores flechas foram observadas para as vigas que
romperam por deformação plástica excessiva da armadura longitudinal conforme
previsto.
4 - Ensaios complementares ao estudo da Técnica de Reforço nº 1 139
Na série 2 (ver Figura 4.13b) percebeu-se uma alteração na rigidez das vigas
em função do tipo e da taxa de fibras usadas na argamassa. Isso provavelmente
ocorreu porque ao contrário das vigas da série 1, nas quais a argamassa com fibra de
aço foi adicionada apenas ao bordo tracionado, as vigas da série 2 foram
confeccionadas usando a argamassa com fibras de aço ao longo de toda seção
transversal do elemento.
Quanto ao efeito da taxa de fibras na rigidez das peças, observou-se que
quanto maior a taxa de fibra, maior a rigidez do elemento. Em relação ao efeito do
tipo de fibra na rigidez, aparentemente a fibra RL-45-30 proporcionou um aumento
maior que a fibra RC-65-35.
Convém esclarecer que houve um descarregamento inesperado antes de se
atingir a ruptura da viga VP4-2, sendo necessário recarregá-la para finalizar o ensaio.
Isso provavelmente alterou a inclinação da curva das flechas desta viga e sua rigidez
não deve ser adotada como parâmetro comparativo.
Como as vigas da série 2 foram ensaiadas aplicando-se um carregamento por
meio de incrementos de deformação, foi possível avaliar a ductilidade pós-ruptura
destas peças em função do tipo e taxa de fibras de aço utilizada.
Como todas as vigas eram armadas, inclusive a VR-2, todas apresentaram
uma certa ductilidade após a ruptura, entretanto esta ductilidade se alterava com o
tipo e taxa de fibras utilizada. Comparando a ductilidade verificou-se que as vigas
com fibras de aço RL-45-30, apesar de resistirem a um carregamento maior,
apresentaram uma perda de carga bem mais acentuada após a ruptura do que as vigas
nas quais se usou fibras de aço RC-65-35. Isso sugere que apesar da fibra RL-45/30
ser mais eficiente no combate à ruptura por cisalhamento horizontal, esta é menos
eficiente na garantia da ductilidade da peça pós-ruptura.
4 - Ensaios complementares ao estudo da Técnica de Reforço nº 1 140
300
250
200
Força (kN)
150 VR-1
VP1-1
100 VP1-2
VP2-1
50 VP2-2
0
0 5 10 15 20
Flecha (mm)
a) Série 1
50
VP4-2
VP4-1
40
Força
0,5
VP3-2
(fcj)
30
VP3-1 VR-2
VP3-0.5 VP4-05
20 VP4-1
VP4-0.5
VP4-2
VR-2 VP3-05
10 VP3-1
VP3-2
0
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0
Flecha (mm)
b) Série 2
1
Esta análise não foi feita para as vigas da série 2, por serem peças monolíticas .
4 - Ensaios complementares ao estudo da Técnica de Reforço nº 1 142
300
250
200
Força (kN)
150
VR1
100 VP1-1
VP1-2
50 VP2-1
VP2-2
0
0 -500 -1000 -1500 -2000 -2500
Deformação do concreto comprimido (micro-strain)
300
250
200
Força (kN)
150 VR1
VP1-1
100 VP1-2
VP2-1
50 VP2-2
0
0 1000 2000 3000 4000
300
250
200
Força (kN)
VR1
150 VP1-1
100 VP1-2
VP2-1
50 VP2-2
0
0 1000 2000 3000 4000
Deformação da armadura tracionada - Asl2 (micro-strain)
50
VP4-1 VP4-2
VP3-2
40
30
(fc)0,5
Força
VR-2
VP4-05
VP3-0.5
20 VP4-1
VP4-0.5 VP3-1 VP4-2
VR-2 VP3-05
10
VP3-1
VP3-2
0
0 -500 -1000 -1500 -2000 -2500 -3000
Deformação do concreto comprimido (micro-strain)
50 VP4-2
45 VP4-1
40
35
30 VP3-2
0,5
Força
VR-2
(fcj)
25
VP4-05
20 VP4-1
VP4-0.5 VP3-0.5 VP3-1
15 VP4-2
VR-2 VP3-05
10
VP3-1
5 VP3-2
0
0 500 1000 1500 2000 2500
Deformação da armadura tracionada - Asl1 (micro-strain)
50
45
VP3-2 VP4-2
40
35 VP3-1 VP3-0.5
VP4-1
30
Força
0,5
(fcj)
25 VP4-0.5 VR-2
VP4-05
20
VP4-1
15 VP4-2
VR-2
10 VP3-05
VP3-1
5
VP3-2
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
na flexão para ambas as séries. Para garantir a tenacidade deve-se utilizar fibras
com ganchos nas extremidades já que isso melhora as características de
aderência e ancoragem, aumentando a tenacidade do compósito.
e) Para compósitos confeccionados com matriz de resistência à compressão
normal, a capacidade portante está próxima de ser atingida após o surgimento da
primeira fissura. Já para compósitos confeccionados com uma matriz de
resistência à compressão elevada, a força máxima suportada pelo prisma ainda
consegue ter um ganho razoável em relação à força de início de fissuração;
f) Para estipular o traço do compósito a ser utilizado como material de reforço
deve-se realizar um estudo cuidadoso para adequação dos traços de maneira a
viabilizar sua correta aplicação. A exigência de um elevado nível de abatimento
da argamassa de reforço entra em conflito com a necessidade de se trabalhar
com valores reduzidos de relação água/materiais secos e relação água/cimento.
Tal necessidade decorre do risco de segregação da fibra e exsudação do concreto
que isso representa. Para minimizar o efeito da exsudação pode-se utilizar um
maior conteúdo de finos que retenha a água tal como o uso de sílica ativa;
Conforme dito no item 2.3, foram ensaiadas duas vigas do tipo VFT (Viga
reforçada à Flexão no bordo Tracionado), submetidas a um pré-carregamento e com
parte da armadura longitudinal pré-existente1 exposta durante a execução do reforço.
A diferença entre elas está descrita na Tabela 5.1 e as dimensões, o detalhamento das
armaduras e a instrumentação utilizada estão na Figura 5.1.
Como o comportamento das vigas VFT foi comparado com o das vigas
ensaiadas por REIS (1998) (ver item 2.2.2.3), ambas tiveram características
geométricas e detalhamentos semelhantes. Entretanto, para que se pudesse reforçar
as vigas VFT sem descarregá-las foi preciso fazer algumas modificações em relação
às peças de REIS (1998) tais como:
1
Armadura longitudinal pré-existente – são as barras de aço existentes nas vigas originais (VO-1 e
VO-2) e que correspondem às barras de aço da primeira camada das vigas reforçadas VFT.
5 - Vigas T reforçadas no bordo tracionado (Técnica de Reforço nº 1) 148
a) alteração do comprimento total da viga, que passou de 320 cm para 340 cm, em
função da necessidade de se ter blocos de concreto nas extremidades da peça
para servirem de apoio enquanto se aplicava o pré-carregamento e se executava o
reforço. Para não haver ruptura prematura neste bloco, colocou-se uma
armadura de fretagem no local;
seção C seção B
F seção A
F
ext. 18 ext. 15 / 16 / 17
ext. 19 ext. 11 / 12 ext. 9 e 10 ext. 13 / 14 ext. 20
ext. 9 e 10
N1 4 φ 8.0mm - L=337 cm
N2:
25 25
ext. 5 e 6 ext. 1 e 2
(337)
N2: 3 φ 16.0mm - L=387 cm
ext. 7 e 8 ext. 3 e 4
10 10
(285)
N3: 3 φ 16.0 mm - L=305 cm
N1
ext. 9 / 10
ext. 11 / 12 ext. 19
N4
ext. 1 / 2 ext. 5 / 6
ext. 3 / 4 ext. 7 / 8
N2
seção A seção B seção C N3
N2 – 3 φ 16.0 − L = 387 cm
N3 – 3 φ 16.0 − L = 305 cm
bf
d'
hf
d1 h d2 h2
h1
Técnica de Reforço nº 1
substrato
h3
sv hr
bw Reforço h4
(argamassa com fibras)
Tabela 5.3 – Propriedades mecânicas dos traços usados nas vigas VFT
Idade no dia do ensaio Substrato Reforço
(MPa)
Viga Etapa substrato reforço fcj ftj Ec fcj ftj Ec
Pré-carga 12 - 28,02 2,95 31072 - - -
VFT-1
Ensaio 21 7 29,58 2,99 31175 38,15 3,94 21023
Pré-fissuração 8 - 25,62 2,56 29573 - - -
VFT-2 Pré-carga 12 - 26,82 2,48 29899 - - -
Ensaio 22 8 29,12 2,69 31902 38,04 3,66 20960
Tabela 5.4 - Propriedades mecânicas das armaduras usadas nas vigas VFT
b) Cura das vigas originais, colocando-se espuma umedecida por 5 dias após sua
moldagem;
c) Realização de uma pré-danificação nos modelos;
o Para isso as vigas originais VO-1 e VO-2 foram posicionadas de maneira invertida
no pórtico de reação e submetidas a um carregamento monotônico crescente por
meio de incrementos de força aplicados de baixo para cima por dois macacos
hidráulicos. O limite do carregamento responsável pela pré-danificação do modelo
foi determinado em função das fissuras observadas nas peças e em função dos
valores das deformações dos materiais (aço e concreto).
5 - Vigas T reforçadas no bordo tracionado (Técnica de Reforço nº 1) 152
das fibras de aço a função de resistir aos esforços tangenciais existentes na região
reforçada.
g) Cura do material do reforço colocando-se espuma umedecida por 5 dias após sua
moldagem;
h) Ensaio final da viga VFT (viga original após o reforço) aumentando-se o
carregamento aplicado monotonicamente até atingir a capacidade portante
máxima do modelo.
o O reforço foi executado quando as vigas originais tinham 12 dias de idade e o
ensaio final foi executado quando o reforço atingia 7 dias de idade.
o Entre a etapa de execução do reforço até a etapa do ensaio final procurou-se manter
constante o valor do pré-carregamento aplicado na peça.
a) VFT-1 b) VFT-2
Detalhe do apoio
Execução do reforço
(c) Viga durante e após o reforço sob carga antes da retirada da fôrma
1
Conforme o item 2.2.2.3, REIS (1998) ensaiou quatro vigas (três reforçadas e uma monolítica).
Dessas vigas apenas a VA-3 rompeu por escoamento da armadura longitudinal (tipo de ruptura ideal).
Por isso optou-se por comparar os resultados das vigas VFT apenas com os resultados da viga VA-3
em função da semelhança entre modos de ruptura.
5 - Vigas T reforçadas no bordo tracionado (Técnica de Reforço nº 1) 156
Vigas Fser1 Frup1 Fpré Fser2 Frup2 Fexp Fpré/ Frup1 Fpré/Fexp Fexp/ Frup2
As forças F correspondem ao valor de apenas uma das forças verticais concentradas aplicadas na
viga, ou seja, corresponde é o esforço cortante V atuante no modelo.
A força de cálculo teórica (Fd) de cada peça foi determinada a partir dos valores da área de aço e do
concreto existentes na peça, usando as resistências dos materiais (aço e concreto) minoradas pelos
respectivos coeficientes de ponderação. Após achar o valor da força de cálculo teórica, esta foi
dividida por 1,4 para determinar a força de serviço (Fserv). Esta força corresponde à pior combinação
de ações que se poderia considerar em estado de utilização uma vez que não se tem um conjunto de
ações permanentes e variáveis a considerar, portanto, não há como definir os diversos tipos de
combinação.
250
Força - VFT-1
200 Força - VFT-2
Força (kN)
150
100
50
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Idade (dias)
240
210
180
150
Força (kN)
120
90
VFT-1
60 VFT-2
VA-3
30
NUMERICA
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Flecha (mm)
2
As flechas calculadas referem-se somente a parcela da flecha imediata já que o ensaio realizado foi
de curta duração.
5 - Vigas T reforçadas no bordo tracionado (Técnica de Reforço nº 1) 160
carregamento em serviço, Fser2, das vigas VFT (ver Tabela 5.5). Isso foi feito porque
na prática a análise de flechas é feita apenas para o Estado Limite de Utilização.
Neste gráfico não foram avaliadas as flechas da VFT-1 por se acreditar que o
comportamento teórico dela seria muito semelhante ao observado para a VFT-2.
A curva teórica obtida através da simulação numérica usando o programa
CONSNOU foi denominada no gráfico de “NUMÉRICA”, e a curva teórica das
flechas da VFT-2 obtida pelo processo analítico convencional, usando as equações
3.75 e 3.76 foi denominada de “ANALÍTICA”. A curva “ANALÍTICA-VA-3” refere-
se à estimativa das flechas teóricas da viga VA-3 (sem pré-carregamento) utilizando
o processo analítico convencional.
Para determinar as flechas referentes à viga pré-carregada VFT-2 pelo
processo analítico convencional associou-se o comportamento da viga original com o
da viga após o reforço através do seguinte processo:
150
120
90
Força (kN)
60
VFT-2
VA-3
30 NUMERICA
ANALITICA
ANALITICA-VA-3
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
Flecha (mm)
Figura 5.7 – Evolução da flecha (meio do vão) até a força de serviço da VFT
135
120
105
90
75
∆ Força (kN)
60
45 VFT-2
VA-3
30
NUMERICA
ANALITICA
15
ANALITICA-VA-3
0
0 2 4 6 8 10 12 14
∆ Flecha (mm)
Figura 5.8 – Variação das flechas até a força de serviço descontando-se o pré-
carregamento de 50 kN
confirmando assim que a utilização de uma taxa de fibras de 2% foi suficiente para
evitar tal deslizamento.
200
180
160
Força (kN)
140
120
100
VFT-1
80
60 VFT-2
40 VA-3
20
0
-250 -750 -1250 -1750 -2250 -2750 -3250
M1 M2 M3 = M1 + M2
εc1 σc1 εc2 σc2 εc1+ εc2 σc1+ σc2
N2 N1+N2
N1
A z1 + = zr z3
zr z2
εs1+εs2
εs2 A⋅σs2
εs1 A⋅σs1 A⋅σs1+ A⋅σs2
εsr2 AR⋅σsr2 εsr2 AR⋅σsr2
AR
AR⋅σsr2 + A⋅σs2
seja, não houve alteração nas dimensões da seção transversal da peça durante a
aplicação de carregamento. Ainda neste gráfico, verifica-se que realmente todas as
vigas analisadas romperam por escoamento das barras de aço tracionadas da primeira
e da segunda camada sendo as deformações reais de início de escoamento maiores
que 2,07‰ (deformação convencional de escoamento para aço CA-50A).
Ao comparar as deformações das armaduras Asl1 com as da Asl2 percebe-se
que, devido ao pré-carregamento atuante no instante da execução do reforço,
realmente a armadura pré-existente possui deformações maiores que a armadura
adicionada. Por outro lado, espera-se que com o aumento do carregamento haja uma
tendência das deformações das barras de aço adicionadas se igualarem e até
ultrapassarem as deformações das barras pré-existentes em função da diferença do
braço de alavanca entre elas, o que faz com que a armadura Asl2 absorva
proporcionalmente mais carga que a armadura Asl1. Esse comportamento pode ser
claramente observado nas curvas de deformação das armaduras da viga VFT-1. Já
para a VFT-2 esse comportamento não ficou tão evidente.
Para avaliar melhor a taxa de crescimento das deformações das armaduras em
função do braço de alavanca, construiu-se o gráfico da Figura 5.11b descontando-se
o efeito do pré-carregamento. Por este gráfico verificou-se que na VFT-1 a
deformação da Asl1 sempre foi menor que a da Asl2 para um mesmo incremento de
força. Isso está de acordo com o comportamento de uma viga convencional (ver
equação 5.1), pois a armadura do reforço tem um braço de alavanca maior e
conseqüentemente está sendo solicitada por uma força interna de tração também
maior (F1 < F2 ∴ ε1 < ε2). O fato das deformações das armaduras Asl1 e Asl2 para as
vigas VFT-1 e VA-3 serem bastante próximas, além de possuírem taxas de
crescimento praticamente iguais, confirma ainda mais que a equação de equilíbrio de
esforços pode ser usada na previsão do comportamento dessa peça.
onde:
a - distância do apoio até o ponto de aplicação da força Ftotal;
F1 e F2 - Forças de tração na primeira e segunda camada das barras de aço;
5 - Vigas T reforçadas no bordo tracionado (Técnica de Reforço nº 1) 169
Contudo, esse mesmo comportamento não foi observado na viga VFT-2, pois
as deformações das barras de aço do reforço e do substrato foram praticamente
coincidentes até uma valor de ∆F aproximadamente igual a 117 kN. A partir deste
instante, a deformação na Asl1 começou a ser maior que a da Asl2, mostrando um
comportamento oposto ao observado na VFT-1. Isso indica que para este patamar de
∆F, a deformação real existente na Asl1 estava próxima do início do escoamento, fato
confirmado pelas curvas da VFT-2 do gráfico 5.11a.
Isso sugere que em função da intensidade de carregamento existente durante a
execução do reforço, talvez ocorra alguma redistribuição de esforços internos na viga
que não possa ser avaliada apenas através da análise do braço de alavanca das
armaduras. Conseqüentemente isso pode tornar inadequado o uso dos estados de
deformação apresentados na Figura 5.10 como meio de se avaliar o comportamento
das peças reforçadas sob carga uma vez que o valor do pré-carregamento pode afetar
significativamente a evolução das deformações das armaduras tracionadas da
primeira e segunda camadas. Além disso, quanto maior o valor do pré-carregamento,
mais crítico será o comportamento do elemento estrutural já que as barras de aço do
substrato podem escoar antes das barras do reforço.
Para complementar a análise, construiu-se o gráfico da Figura 5.12 que
compara o comportamento real das vigas com o comportamento teórico simulado
usando o método dos elementos finitos. Para a VFT-1, a simulação forneceu bons
resultados. Entretanto, para a viga VFT-2 o comportamento teórico obtido não foi
satisfatório porque, apesar das deformações reais e simuladas da armadura pré-
existente (Asl1) terem ficado relativamente próximas, a simulação numérica não
conseguiu avaliar adequadamente o aumento de deformação da armadura adicionada
(Asl2) no caso do pré-carregamento mais crítico.
5 - Vigas T reforçadas no bordo tracionado (Técnica de Reforço nº 1) 170
220
200
180
160
140
Força (kN)
120
100
80 Asl1-VFT-1
Asl2-VFT-1
60 Asl1-VFT-2
40 Asl2-VFT-2
Asl1-VA-3
20 Asl2-VA-3
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000
Deformação da armadura tracionada Asl (micro-strain)
210
F = Fatual - Fpré-carregam ento (kN)
180
150
120
90 Asl1-VFT-1
Asl2-VFT-1
60 Asl1-VFT-2
Asl2-VFT-2
30 Asl1-VA-3
Asl2-VA-3
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
∆ ε = ε atual − ε pré-carregamento (micro-strain)
220
200
180
160
140
Força (kN)
120
100
80 Asl1-VFT-1
60 Asl2-VFT-1
40 NUMERICA-Asl1
20 NUMERICA-Asl2
0
0 1000 2000 3000 4000
Deformação da armadura tracionada Asl (micro-strain)
220
200
180
160
140
Força (kN)
120
100
80 Asl1-VFT-2
60 Asl2-VFT-2
40 NUMERICA-Asl1
20 NUMERICA-Asl2
0
0 1000 2000 3000 4000
Deformação da armadura tracionada Asl (micro-strain)
240
210
180
150
Força (kN)
120
90
Asl'-VFT-1
60
Asl'-VFT-2
30
0
0 -500 -1000 -1500 -2000 -2500 -3000
Deformação da armadura comprimida Asl ' (micro-strain)
Armadura transversal
3
As características das fibras de aço usadas nas vigas VFT e VA estão apresentadas na Tabela 2.10
5 - Vigas T reforçadas no bordo tracionado (Técnica de Reforço nº 1) 174
íntegro, o novo material não estava sujeito a nenhum esforço gerado pelo pré-
carregamento, retardando o início da fissuração por cisalhamento em relação ao valor
total da força aplicada na viga. Em função disso, pode-se dizer que a execução do
reforço no bordo tracionado em peças pré-carregadas pode, até certo ponto,
beneficiar a resistência ao cisalhamento do elemento.
220
200
180
160
140
Força (kN)
120
100
80 Asw-VFT-1
Asw-VFT-2
60
Asw-VA-1
40 Asw-VA-3
20
0
-150 150 450 750 1050 1350 1650
Deformação (micro-strain)
*
A nomenclatura dos traços usadas em FURNAS foi diferente da adotada na Tabela 2.9 sendo que a
dosagem E-9091 corresponde ao traço TS-2 e a dosagem E-9121 corresponde ao traço TR-2.
6 - Ensaios complementares ao estudo da Técnica de Reforço nº 2 180
Pórtico de reação
com os CPs
(Sistema Pirtz)
Sistema de
aplicação de carga
A tensão aplicada nos ensaios de fluência foi calculada como sendo 40% da
resistência à compressão do concreto obtida experimentalmente pelos corpos-de-
prova complementares para cada uma das idades de ensaio de fluência. O
carregamento foi feito a uma velocidade tal que a carga total fosse aplicada no corpo-
de-prova durante um período mais próximo de 30 segundos. Antes do carregamento
6 - Ensaios complementares ao estudo da Técnica de Reforço nº 2 182
Onde:
εf - Deformação por fluência;
εr - Deformação total calculada em função da leitura de referência nos corpos-de-prova
carregados, na idade considerada;
εi - Deformação imediata;
εs - Deformação média nos corpos-de-prova não carregados (deformação autógena) em 10-6
cm/cm;
εe - Fluência específica (em 10-6 /MPa);
σa - Tensão aplicada no ensaio de fluência.
ç p ç
90
t0 = 7 dias
Função Fluência (x 10 /MPa) 80 t0 = 14 dias
70 t0 = 50 dias
-6
t0 = 103 dias
60
50
40
30
20
10
0
0 50 100 150 200
Idade (dias)
70
t0 = 7 dias
60 t0 = 14 dias
Função Fluência (x 10-6/MPa)
t0 = 126 dias
50 t0 = 176 dias
40
30
20
10
0
0 50 100 150 200 250 300
Idade (dias)
-200
-175
-100
ε cs1 = -18.917Ln(t) + 25.149
R2 = 0.8996
-75
SUBSTRATO
-50
REFORÇO
ecs2 (reforço)
-25
ecs1 (substrato)
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Idade (dias)
EESC-USP não foram seladas e, portanto o material que as constituía sofreu tanto os
efeitos da fluência quanto os efeitos da retração por secagem.
Para avaliar a retração por secagem, ou seja, a deformação do material em
função da variação da umidade do ambiente, foram confeccionados dois corpos-de-
prova prismáticos de 15 x 15 x 60 cm para cada traço que possuíam extensômetros
elétricos (tipo KM-120 - marca Kyowa ) embutidos no concreto (ver Figura 6.7).
†
Em ensaios tradicionais o período de estocagem é de 28 dias.
6 - Ensaios complementares ao estudo da Técnica de Reforço nº 2 187
L1 − L 2 (6.3)
ε= x100
L1
onde:
ε - deformação linear específica;
L1 - leitura do comprimento da barra após a desforma e imersão em água por 30 minutos;
L2 - leitura do comprimento da barra ao fim do período de cura úmida e nos períodos de
armazenamento em câmara de 50% de umidade relativa do ar.
-250
Deformação por secagem (x10 )
-6
-200
-150
-100
ε cs3 = -51.001Ln(t) + 48.28
R 2 = 0.9165 Substrato
-50 Reforço
ε cs4 = -37.741Ln(t) + 0.7178 ecs3 (substrato)
R 2 = 0.9342 ecs4 (reforço)
0
0 20 40 60 80 100 120 140
Idade (dias)
100
fcj - Substrato
60
fcj (MPa)
fcj - Reforço
fcj_ref
fcj_sub
40
20
fcj_sub = 7.3453Ln(t) + 1.9957
R2 = 0.9967
0
0 10 20 30 40 50
Idade (dias)
38
36
34
R = 0.9967
30
onde:
α - coeficiente de dilatação térmica linear;
εq - deformação linear específica dadas pela leitura de origem estabilizada;
6 - Ensaios complementares ao estudo da Técnica de Reforço nº 2 191
são bastante aproximadas, optou-se por realizar também um estudo paramétrico para
avaliar os resultados dos ensaios feitos em FURNAS e assim caracterizar, com maior
confiabilidade, o comportamento viscoelástico dos traços usados nas vigas
reforçadas. De posse destes resultados avaliou-se as diferenças entre os dados
obtidos por algumas formulações teóricas e os obtidos por ensaios experimentais.
Ressalta-se que como todas as normas usadas na avaliação teórica da
deformabilidade do concreto são bastante conhecidas do meio técnico, optou-se por
não descrever neste trabalho o equacionamento e as recomendações específicas
adotadas por cada uma delas.
Substrato Reforço
retração autógena - (εcs_a) εcs_a (t) = -18.917 ln(t) + 25.149 εcs_a (t) = -67.085 ln(t) + 167.64
retração por secagem - (εcs_s) εcs_s (t) = -51.001 ln(t) + 48.28 εcs_s (t) = -37.741 ln(t) + 0.7178
deformação térmica - (εcT) εcT (t,T) = (10.86x10-6)∆T εcT (t,T) = (11.37 x 10-6)∆T
módulo de elasticidade - (Ec) Ec = 9.8797 ln(t) + 2.2743 Ec = 2.9577 ln(t) + 27.943
resistência à compressão - (fcj) fcj = 7.3453 ln(t) + 1.9957 fcj =14.886 ln(t) + 30.033
6 - Ensaios complementares ao estudo da Técnica de Reforço nº 2 193
J (t , t 0 ) = E (t 0 ) + C (t , t 0 )
onde:
J(t,t0) função fluência adotada;
E(t0) parcela elástica da deformação do material cimentício;
C(t0) parcela viscosa da deformação do material cimentício;
t0 idade em que o material foi carregado;
t idade em que se deseja conhecer a deformação do material;
1
E (t 0 ) = parcela elástica
Ec (t 0 )
2) Para cada traço analisado foram determinadas experimentalmente as curvas da fluência específica em
quatro idades t0 distintas (ver Figuras 6.12 e 6.13‡). Utilizando o Modelo Potencial descrito no item
3.4.2, fez-se o ajuste destas curvas para determinar a equação da parcela viscosa da deformação do
concreto, C(t,t0). Desta maneira, obteve-se quatro equações de C(t,t0) - uma para cada traço analisado
- pois havia quatro valores distintos de t0.
‡
Observe que estes gráficos são diferentes dos apresentados na Figura 6.5 pois naquele está
representada a função fluência e não a fluência específica em relação ao tempo.
6 - Ensaios complementares ao estudo da Técnica de Reforço nº 2 194
C (t , t 0 ) = a ⋅ t 0b (t − t0 + 1) c parcela viscosa
3) Como os valores dos parâmetros a, b e c obtidos para cada curva ajustada de C(t,t0) traçou-se os
gráficos da evolução destes parâmetros em função da idade t0 (ver Figuras 6.14 e 6.15). Desta forma é
possível determinar os valores desses parâmetros para qualquer idade de aplicação de carregamento
do material a(t0); b(t0) e c(t0).
4) De posse das equações de E(t0), C(t, t0), a(t0), b(t0) e c(t0) para cada um dos traços estudados, aí sim é
possível traçar curvas da função fluência para qualquer idade de carregamento desejada tal como
apresentado na Figura 6.16.
A Tabela 6.2 apresenta as equações E(t0), C(t, t0), a(t0), b(t0) e c(t0) obtidas
para os traços do substrato e do reforço analisados neste trabalho.
Parâmetros
Traço a b c
TS-2 t0 = 7 dias 1,309 1,177 0,273
TS-2 t0 = 14 dias 0,705 0,896 0,335
TS-2 t0 = 50 dias 0,227 0,707 0,398
TS-2 t0 = 103 dias 0,101 0,602 0,468
TR-2 t0 = 7 dias 1,213 1,112 0,294
TR-2 t0 = 14 dias 0,875 0,993 0,231
TR-2 t0 = 126 dias 0,099 0,570 0,371
TR-2 t0 = 176 dias 0,103 0,461 0,449
Obs. Como os valores para TR-2 (t0 = 126 dias) ficaram muito diferentes dos demais estes foram
desprezados durante o ajuste das curvas representativas dos parâmetros em função de t0 .
50
Evolução de 1/Ec(t)
45
substrato
reforço
Deformação imediata (x10 )
-6
40 1/Ec substrato
1/Ec reforço
35
30
25
20
15
0 50 100 150 200
Idade (dias)
50
Traço TS-2 fluencia p/ t0 =7
fluencia p/ t0 =14
40 fluencia p/ t0 =50
Fluência Específica (x10-6/MPa)
fluencia p/ t0 =103
ajuste t0=7
ajuste t0=14
30
ajuste t0=50
ajuste t0=103
20
10
0
0 40 80 120 160 200
Idade (dias)
50
fluencia p/ t0 = 7
Traço TR-2
fluencia p/ t0 = 14
fluencia p/ t0 =126
40
Fluência Específica (x10-6/MPa)
fluencia p/ t0 = 176
ajuste t0=7
ajuste t0=14
30
ajuste t0=126
ajuste t0=176
20
10
0
0 50 100 150 200 250
Idade (dias)
1.2 b
c
1.0 Potência (b)
Potência (a)
Parâm etros
y = 1.7872x -0.2378
0.6
R2 = 0.9759
Figura 6.14 – Evolução dos parâmetros a(t0), b(t0) e c(t0) do traço do substrato
0.8
y = 1.9944x -0.2816
0.6 R2 = 0.9925
Figura 6.15 – Evolução dos parâmetros a(t0), b(t0) e c(t0) do traço do reforço
6 - Ensaios complementares ao estudo da Técnica de Reforço nº 2 198
90
FF(7) - real
FF(14) - real
80
FF(50) - real"
/MPa)
(10 (x10-6
)
70 FF(103) - real
-6
FF(10) -teorico
Fluência
60 FF(30) -teorico
Fluência
FF(80) -teorico
50 FF(120) -teorico
Função
40
Função
30
20
0 50 100 150 200
Idade (dias)
70
FF(7)-real
60 FF(14)-real
Função Fluência (10 /MPa)
FF(126)-real
Função Fluência (x10-6)
50 FF(176)-real
-6
FF(10)-teorico
FF(30)-teorico
40
FF(100)-teorico
FF(200)-teorico
30
20
10
0 50 100 150 200 250 300
Idade (dias)
• Fib (CEB-FIP)
• NBR-6118 (2003)
Substrato
-300
-250
deformação de retração
-200
(micro-strain)
-150
-100 experimental
Fib
-50
NB-1
0
0 25 50 75 100 125 150
idade (dias)
Reforço
-400
-350
deformação de retração
-300
(micro-strain)
-250
-200
-150
experimental
-100
Fib
-50 NB-1
0
0 25 50 75 100 125 150
idade (dias)
80
70
60
50 experimental
CEB-90
Eurocode
40 fib
NBR-6118 (2003)
30
0 20 40 60 80 100
Idade (dias)
80
TS-2 (t0 = 14 dias)
70
50
experimental
CEB-90
Eurocode
40
fib
NBR-6118 (2003)
30
0 15 30 45 60 75 90 105
Idade (dias)
60
Função Fluência (x 10-6/MPa)
50
40
experimental
CEB-90
Eurocode
30
fib
NBR-6118 (2003)
20
40 60 80 100 120 140
Idade (dias)
50
40
experimental
CEB-90
30 Eurocode
fib
NBR-6118 (2003)
20
100 120 140 160 180 200
Idade (dias)
70
TR-2 (t0 = 7 dias)
60
40
experimental
CEB-90
Eurocode
30
fib
NBR-6118 (2003)
20
0 20 40 60 80 100
Idade (dias)
40
30
experim ental
CEB-90
20 Eurocode
fib
NBR-6118 (2003)
10
0 15 30 45 60 75 90 105
Idade (dias)
30
25
experim ental
CEB-90
20 Eurocode
fib
NBR-6118 (2003)
15
110 130 150 170 190 210 230
Idade (dias)
35
TR-2 (t0 = 176 dias)
25
experim ental
CEB-90
20 Eurocode
fib
NBR-6118 (2003)
15
170 190 210 230 250 270
Idade (dias)
Conforme se afirmou no item 2.3, foram ensaiadas três vigas do tipo VFC
(Viga reforçada à Flexão no bordo Comprimido), de mesmas dimensões e taxas de
armadura, as quais foram submetidas inicialmente a um carregamento de longa
duração (denominado de pré-carregamento) e posteriormente a um carregamento
monotônico de curta duração.
Em função do tipo de carregamento aplicado, o ensaio das vigas VFC foi
subdividido em duas fases:
As dimensões das vigas VFC estão na Figura 7.1. Por esta Figura percebe-se
que foram moldados dois blocos de concreto nas extremidades dos modelos que
serviram para ancorar o cabo de protensão responsável por gerar o pré-carregamento
nas peças. Os detalhes a respeito da protensão e da ancoragem do cabo estão
descritos no item 7.1.2.
O detalhamento das armaduras e o esquema estático das vigas estão
especificados na Figura 7.2. Já os equipamentos usados na leitura das deformações e
deslocamentos bem como seus respectivos posicionamentos nos modelos estão
especificados na Figura 7.3.
Para fazer a leitura das deformações de compressão do concreto do substrato
e do microconcreto do reforço para a seção do meio do vão foram usados
extensômetros elétricos (strain-gauge) com base de 20 mm da marca Kyowa, colados
na superfície do material e extensômetros elétricos encapsulados tipo KM 120
embutidos no material. Nas barras de aço longitudinais e transversais foram usados
extensômetros elétricos (strain-gauge) com base de 5 mm da marca Kyowa e em uma
das extremidades do cabo de protensão1 foi fixada uma célula de carga para que se
pudesse acompanhar a variação do pré-carregamento atuante devido à perda de
protensão nos cabos e ao aumento das flechas devido à fluência.
Em função da magnitude dos deslocamentos verticais no meio do vão e nos
apoios gerados devido às características do carregamento aplicado, utilizou-se uma
instrumentação diferenciada. Para obter os deslocamentos verticais das vigas
provocados pela aplicação de um carregamento crescente por incremento de forças
verticais (instante em que se executava a protensão do cabo ou instante em que se
executava o ensaio final) utilizou-se transdutores de deslocamento com curso de 100
mm. Por outro lado, para medir os deslocamentos verticais gerados pela fluência
durante o período em que as vigas VFC, armazenadas na câmara climatizada,
ficaram submetidas a um carregamento de valor aproximadamente constante,
1
Como o Laboratório de Estruturas da EESC já tinha disponível esta cordoalha de protensão,
procurou-se aproveitá-la nos ensaios das vigas VFC.
7 - Vigas T reforçadas no bordo comprimido (Técnica de Reforço nº 2) 209
o
e m átic
e e squ viga
t a
cor ngo d
o
ao l
(a) Dimensões gerais da viga
reforço
(camada de argamassa)
substrato
N2
Detalhe N3 N1
N5: 2 φ 10
N4: 6 φ 10
N4
N2: 4 φ 6.3
N3
N1: 4 φ 20
N1: 4 φ 20
N1: 4 φ 20
N5: 4 φ 10mm - L= 112 N4: 12 φ 10mm - L=136
(tirante duplo do consolo inclinado) (estribo duplo vertical p/ região do apoio)
seção B seção A
(62,5 cm do apoio) (150 cm do apoio)
(a) posição dos extensômetros elétricos nas barras de aço tracionadas e comprimidas
32
30 26 25 27
célula de carga
28 29 31
(protensão)
23 24
Fv Fv
32
célula de carg
(protensão)
22
p
ext. 21
ext. 19
ext. 20
ext. 18 ext. 17 ext. 17
ext. 18
ext. 16 ext. 15 ext. 16 ext. 15 ext. 11;12
ext. 9;10 ext. 13;14
ext. 19
ext. 1;2 ext. 5;6
Legenda:
extensômetro elétrico p/ barras de aço
extensômetro elétrico externo p/ concreto
extensômetro embutido p/ concreto
bf
d' d' hr
Reforço
hf (microconcreto)
d2 d1 h Técnica de Reforço nº 2 h
h1
substrato
sv
bw
VO-3 = VO-4 = VO-5 VFC-1; VFC-2 e VFC-3
7 - Vigas T reforçadas no bordo comprimido (Técnica de Reforço nº 2) 213
Bloco de
ancoragem
Figura 7.7 – Cordoalha não aderente usada na protensão das vigas VFC
c.g.
F
ep c.g. da peça
M1 = Fh.ep
+
M2 = Fv. 1
=
carregamento foi deixado por mais 29 dias e após este prazo realizou-se o ensaio
final da peça.
Na VFC-3 foi aplicado apenas um único valor de pré-carregamento
(protensão nº 1) de 32 kN que correspondia a 58,7% da força de serviço prevista da
peça original. Esta solicitação foi aplicada 7 dias após a moldagem do substrato e
portanto, antes da execução do reforço. Desta maneira pretendia-se analisar o fato de
apenas o substrato ter sofrido fluência antes do ensaio final da peça.
As vigas VFC-1 e VFC-3 foram armazenadas na câmara climatizada por um
período de tempo superior a 90 dias. Tais peças foram retiradas da câmara
climatizada alguns dias antes da data marcada para realizar o ensaio final (ensaio de
curta duração) para se posicionar os instrumentos de leitura referentes a este ensaio.
Na VFC-2 não se aplicou nenhum pré-carregamento para que se pudesse
analisar se a existência de um pré-carregamento realmente afetava a resistência final
da peça. Para que não atuasse nenhum tipo de esforço nesta peça, nem mesmo o
peso próprio, esta peça ficou apoiada ao longo de todo seu comprimento. A viga
VFC-2 não foi armazenada na câmara climatizada por dois motivos: o primeiro foi
por falta de espaço neste local e o segundo é que por ela não estar submetida a um
pré-carregamento, esta peça não apresentaria variações de deslocamento nem de
deformação e, portanto seu comportamento ao longo do tempo não precisaria ser
monitorado.
EPS
Como os ensaios das vigas VFC foram subdivididos em duas fases (ensaio
intermediário e ensaio final), os resultados obtidos foram apresentados e analisados
separadamente.
Deformação Força
F5
ε7
F6
6
ε5 6
ε6 F7
5 5
ε4 F1
ε3 4 F2
3
ε1 3
F3 4
ε2 F4
2 1 2
1
ε0 F0
t0 t1 t2 t3 t4 t0 t1 t2 t3 t4
Tempo (dias) Tempo (dias)
Legenda:
Etapa 1- Moldagem da viga até instantes antes da aplicação do 1º pré-carregamento (t0 t1 e F = F0)
Etapa 2- Início da aplicação do 1º pré-carregamento até ancoragem do cabo de protensão (t = t1 e F0 F1 F2)
Etapa 3- Final da aplicação do 1º pré-carregamento até a execução do reforço da viga (t1 t2 e F2 F3)
Etapa 4- Execução do reforço até antes da aplicação do 2º pré-carregamento (t2 t3 e F3 F4)
Etapa 5- Início da aplicação do 2º pré-carregamento até ancoragem do cabo de protensão (t = t3 e F4 F5 F6)
Etapa 6- Final da aplicação do 2º pré-carregamento até antes do início do ensaio final (t3 t4 e F6 F7)
Pela Figura 7.15, que mostra a evolução da força vertical aplicada durante
todo o período do ensaio intermediário, percebe-se que esta se reduz com o tempo.
Apesar desta redução não ser desejável, este fato já havia sido previsto em função das
perdas de protensão do cabo por relaxação e por ancoragem. A força do cabo
também se reduzia devido ao aumento da curvatura (aumento dos deslocamentos
verticais) da viga por fluência porque isso deixava a cordoalha de protensão mais
“frouxa” (menos tensionada).
A força vertical máxima aplicada em ambas vigas foram praticamente iguais
(ver linhas pontilhadas vermelhas na Figura 7.15), só que ocorreram em datas
diferentes porque na VFC-1 foram aplicados dois pré-carregamentos, enquanto que
na VFC-3 foi aplicado apenas um. Como as deformações por fluência são maiores
quanto menor a idade da peça em que se aplica o pré-carregamento, a redução da
força vertical na VFC-3 foi muito mais acentuada. Por este motivo, a força vertical
atuante na VFC-1 foi 36.5% maior que aquela atuante na VFC-3 no final do ensaio
intermediário de longa duração. Além disso, o acompanhamento do comportamento
de longa duração da VFC-3 foi feito por 41 dias a mais que o da VFC-1.
7 - Vigas T reforçadas no bordo comprimido (Técnica de Reforço nº 2) 225
40
35
30
25
Força (kN)
20
15
10
VFC-1 (força)
5 VFC-3 (força)
0
0 20 40 60 80 100 120 140
Idade (dias)
35
34
Temperatura (ºC)
33
32
31 VFC-1
VFC-3
30
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150
Tempo (dias)
65
VFC-1
60 VFC-3
55
Umidade (% )
50
45
40
35
30
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150
Tempo (dias)
expressão (3.80) sendo γ = (1+αf). Para obter o valor da flecha total em cada etapa
analisada utilizou-se a expressão 7.1.
δ total = δ i1 ⋅ γ 1 + δ i 2 ⋅ γ 2 (7.1)
onde:
δtotal : flecha total;
δij : flecha imediata referente ao pré-carregamento j sendo j = 1 ou 2;
γj : coeficiente de majoração da flecha imediata referente ao pré-carregamento j.
mm) indicando que tanto a simulação numérica feita pelo programa CONSNOU
quanto pelas as normas brasileiras conseguiram avaliar de maneira bastante adequada
as flechas diferidas das vigas estudadas. Conclui-se portanto que as flechas totais
teóricas foram subestimadas quase que exclusivamente em função da subestimação
das flechas imediatas.
VFC-1
16
14
12
Flechas totais (mm)
10
6
EXPERIMENTAL
4 NUMERICA
NBR-6118
2
NB-1
0
0 20 40 60 80 100 120
Idade (dias)
VFC-1
5.0
4.5
4.0
Flechas diferidas (mm)
3.5
3.0
2.5
2.0
1.5 EXPERIMENTAL
NUMERICA
1.0
NBR-6118
0.5
NB-1
0.0
0 20 40 60 80 100 120
Idade (dias)
22
VFC-3
20
18
16
Flechas totais (mm)
14
12
10
8
EXPERIMENTAL
6
NUMERICA
4
NBR-6118
2
NB-1
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Idade (dias)
7 VFC-3
6
Flechas diferidas (mm)
2 EXPERIMENTAL
NUMERICA
1 NBR-6118
NB-1
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Idade (dias)
Tabela 7.7 – Valores experimentais das flechas totais e diferidas aos 100 dias
Vigas δtotal δdiferida δdiferida/δtotal
(mm) (mm)
VFC-1 15,9 3,95 0,25
VFC-3 20,2 4,30 0,22
*
Recomendações iguais à da norma NBR-7197: “Projeto de Estruturas de Concreto Protendido”.
7 - Vigas T reforçadas no bordo comprimido (Técnica de Reforço nº 2) 232
tempo. Esta estimativa ficou um pouco prejudicada para o material do reforço talvez
por não se levar em consideração a restrição da deformação por retração gerada pela
aderência entre este material e o substrato.
As deformações experimentais do substrato da VFC-1 foram menores do que
os da VFC-3 por causa da diferença do valor do pré-carregamento aplicado e também
pelo fato da VFC-1 já estar reforçada durante a aplicação do 2º pré-carregamento.
Sendo assim, o material do reforço resistiu a uma parcela do pré-carregamento
evitando que a deformação do substrato na VFC-1 fosse tão acentuada quanto na
VFC-3.
Nos resultados experimentais da VFC-3 percebeu-se que houve uma ligeira
redução das deformações do substrato da VFC-3 logo após a execução do reforço
(idade = 75 dias). Isso contrariou as expectativas, já que se acreditava que haveria
um aumento das deformações do substrato em função do aumento do carregamento
da viga devido ao peso próprio do reforço. Por outro lado, o processo de moldagem e
cura do microconcreto do reforço aumenta a umidade superficial do material do
substrato, fazendo com que ele sofra algum tipo de expansão e conseqüentemente
causado a redução das deformações deste material ao invés do seu aumento.
Para avaliar a deformação da viga ao longo de sua seção transversal admitiu-
se, com base na compatibilidade de deformações, que as deformações da armadura
comprimida seriam iguais à deformação do concreto em torno dela, e que as
deformações da fibra mais comprimida do substrato seria igual à deformação do
microconcreto do reforço aderia a ela. A partir daí, traçou-se os gráficos da Figura
7.25, verificando-se que, ao contrário do que se esperava, as deformações da fibra do
concreto do substrato mais comprimido† de ambas as vigas foram menores que as
deformações em torno da armadura comprimida. Por estes gráficos, observou-se
ainda que o início da participação do reforço na seção resistente da estrutura se deu
basicamente devido ao aumento do carregamento aplicado, e que as deformações
existentes neste material antes do aumento do pré-carregamento ocorreram
basicamente em função de sua retração.
†
Fibra corresponde à face superior da viga antes da execução do reforço.
7 - Vigas T reforçadas no bordo comprimido (Técnica de Reforço nº 2) 235
-1600
Deformação (micro-strain)
-1400
Tensão (tf/m2)
-1200
-1000
ou
-800
-600
-400
Tensão
-200
Deformação
0
0 20 40 60 80 100 120
Idade (dias)
-1400
Deformação (micro-strain)
-1200
Tensão (tf/m2)
-1000
-800
ou
-600
-400
Tensão
-200 Deformação
0
200
0 20 40 60 80 100 120
Idade (dias)
Deformação (micro-strain)
-3000
-2500
Tensão (tf/m2)
-2000
ou
Tensão
-1500 Deformação
-1000
-500
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Idade (dias)
VFC-3
VFC-3 - fibra - microconcreto
mais comprimida do reforço
do microconcreto do reforço
-200
Deformação (micro-strain)
-150
-100
Tensão (tf/m2)
Tensão
-50
Deformação
ou
50
100
150
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Idade (dias)
VFC-1
-2600
-2100
Deformação c_substrato
(micro-strain)
-1600
-1100
NUMERICA
EXPERIMENTAL
-600
AJUSTE-CURVAS
NB-1
-100
0 20 40 60 80 100 120
Idade (dias)
(a) substrato
VFC-1
-1250
-1100
-950
Deformação c_reforço
-800
(micro-strain)
-650
-500
-350 NUMERICA
EXPERIMENTAL
-200 AJUSTE-CURVAS
NB-1
-50
100
0 20 40 60 80 100 120
Idade (dias)
(b) reforço
VFC-3
-3500
-3000
Deformação c_substrato
-2500
(micro-strain)
-2000
-1500
NUMERICA
-1000
EXPERIMENTAL
AJUSTE-CURVAS
-500
NB-1
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Idade (dias)
(a) substrato
VFC-3
-500
-400
Deformação c_reforço
(micro-strain)
-300
-200
NUMERICA
EXPERIMENTAL
-100 AJUSTE-CURVAS
NB-1
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Idade (dias)
(b) reforço
VFC-1
33
30
Altura da fibra em relação a face
27
24
inferior da viga (cm)
21
18
15
12
t=7 dias
9 t=40 dias (reforço)
6 t=75 dias (antes 2º pre-carregamento)
t=75 dias (após 2º pre-carregamento)
3
t=104 dias
0
-2500 -2000 -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500
Deformação (micro-strain)
VFC-3
33
30
Altura da fibra em relação a face
27
inferior da viga (cm)
24
21
18
15
t=7 dias
12 t=40 dias
9 t = 75 dias (reforço)
6 t=104 dias
3 t=145 dias
0
-5000 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000
Deformações (micro-strain)
VFC-1
Deformação da Asl ' (micro-strain) -2500
-2000
-1500
-1000
-500 NUMERICA
EXPERIMENTAL
0
0 20 40 60 80 100 120
Idade (dias)
VFC-3
-5000
Deformação da Asl ' (micro-strain)
-4000
-3000
-2000
-1000
NUMERICA
EXPERIMENTAL
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Idade (dias)
VFC-1
1400
Deformação da Asl (micro-strain)
1200
1000
800
600
400
200 NUMERICA
EXPERIMENTAL
0
0 20 40 60 80 100 120
Idade (dias)
VFC-3
1400
Deformação da Asl (micro-strain)
1200
1000
800
600
400
NUMERICA
200
EXPERIMENTAL
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Idade (dias)
160
Força dos macacos + Força do cabo (kN)
140
120
100
80
60 VFC-1
VFC-2
40
VFC-3
20
0
0 10 20 30 40 50 60
Número de incremento de força
Figura 7.28 – Força vertical total aplicada nos ensaios de curta duração
substrato e o reforço indicando uma perda parcial de aderência, mas que não chegou
a prejudicar a resistência das vigas. Imediatamente após o esmagamento do concreto
do reforço, a fissuração horizontal da junta aumentava, provocando o esmagamento
do concreto do substrato.
A capacidade portante teórica e real, a força de serviço de cada viga bem
como as relações entre estes valores estão apresentadas na Tabela 7.8. Pelos
resultados desta tabela verifica-se que as vigas reforçadas VFC apresentaram uma
resistência média 93% maior que a resistência da viga não reforçada VO. Isso foi
conseguido acrescentando-se uma camada de 3 cm de concreto de alta resistência ao
bordo comprimido, indicando que a técnica de reforço realmente é eficiente.
Freal Fserviço Fteórico Freal / Fteórico Freal / Freal-VFC-2 Freal / Fteórico-VO Modo de
(kN) (kN) (kN) ruptura
VO - 54,5 78,6 - - - domínio 4
VFC-1 153,0 90,9 146,4 1,05 0,99 1,95 domínio 3
VFC-2 154,4 90,9 146,4 1,05 1,00 1,96 domínio 3
VFC-3 147,2 90,9 146,4 1,00 0,95 1,87 domínio 3
Freal – força real de ruptura observada nos ensaios das vigas;
Fserviço e Fteórico – força estimada de serviço e de ruptura respectivamente obtidas a partir das recomendações
da NBR-6118 (1978) utilizando os valores característicos de resistência dos materiais;
Freal-VFC-2 – força real de ruptura observada no ensaio da viga VFC-2 (viga sem pré-carregamento);
Fteórico-VO – força estimada de ruptura da viga original antes do reforço VO;
a) VFC-1
b) VFC-2
c) VFC-3
Figura 7.29 – Panorama geral de fissuração das vigas VFC
7 - Vigas T reforçadas no bordo comprimido (Técnica de Reforço nº 2) 246
esmagamento do
fissuras críticas
de flexão
a flecha máxima permitida para as vigas VFC é de 10 mm. Fazendo a análise das
flechas para o Estado Limite de Utilização, ou seja, admitindo a ação da força em
serviço (Fserviço = 90,9 kN), constatou-se que a viga VFC-2 (sem pré-carregamento)
foi a que apresentou menor flecha, sendo esta de δserviço ≅ 10,2 mm, seguida pela
VFC-1 que apresentou uma flecha de δserviço ≅ 21,7 mm, e posteriormente pela VFC-3
que apresentou uma flecha de δserviço ≅ 28,9 mm. Portanto pode-se dizer que somente
a viga VFC-2 está de acordo com o limite imposto pela norma.
A norma NBR-6118 (1978), que tece recomendações somente sobre o projeto
de estruturas novas, limita o valor das flechas por considerá-las anti-estéticas, por
causarem danos aos revestimentos da obra - tais como caixilhos e portas - e para
evitar o projeto de estruturas excessivamente flexíveis, sujeitas a vibrações que
podem incomodar o usuário. Contudo, quando se tem uma estrutura que já está
pronta e que precisa ser reabilitada, nem sempre as limitações impostas pela norma
são adequadas. Isso porque o elemento a ser reforçado já foi submetido a um
carregamento e portanto apresentará uma flecha. Mesmo que se faça o
descarregamento total dessa peça antes de reforçá-la, o que nem sempre é possível,
7 - Vigas T reforçadas no bordo comprimido (Técnica de Reforço nº 2) 247
sempre existirá uma flecha residual que foi gerada devido ao comportamento
viscoelástico do concreto e que deverá ser somada às novas flechas que surgirão ao
se colocar o elemento reabilitado novamente em serviço. É importante esclarecer que
não se deve tentar eliminar a flecha residual por levantamento com auxílio de
macacos hidráulicos, pois isso pode danificar ainda mais o elemento estrutural, já que
provocará o aparecimento de tensões de tração no bordo superior da peça que foi
projetado para resistir basicamente à compressão.
Como o valor da flecha residual é um dado de projeto conhecido, e como é
possível prever as novas flechas que surgirão no elemento reabilitado usando os
princípios básicos válidos para estruturas novas, mesmo que se atinja o limite da
flecha especificado pela NBR-6118 (1978), isso não significa que ser tenha nem um
elemento excessivamente flexível, nem que exista a possibilidade de gerar danos aos
revestimentos da obra, já que se pode adotar procedimentos para evitar que isso
ocorra. Além disso, quanto à questão estética, dependendo do local da viga, é
possível inclusive escondê-la na alvenaria dando-se um acabamento adequado.
De qualquer maneira é preciso avaliar tanto as flechas imediatas quanto às
flechas diferidas que surgirão no elemento estrutural após sua reabilitação e depois
somá-las com as flechas residuais já existentes na peça, principalmente quando se
optar pela reabilitação sob pré-carregamento.
Para avaliar as rigidezes das vigas traçou-se o gráfico da Figura 7.31b que
apresenta a evolução da força versus a flecha corrigida. No caso, a flecha corrigida
refere-se à flecha das vigas reforçadas sob pré-carregamento (VFC-1 e VFC-3)
menos um valor fixo de correção, que é determinado pela diferença entre a flecha
obtida no início do ensaio final e a flecha da peça monolítica (VFC-2) para o
correspondente pré-carregamento aplicado. Por este gráfico percebe-se que todas as
vigas VFC apresentaram praticamente a mesma rigidez, pois as curvas têm
inclinações semelhantes. Isso sugere que a camada de microconcreto adicionada ao
bordo comprimido (material do reforço) estava perfeitamente aderida ao substrato
conferindo à peça reabilitada um comportamento monolítico, apesar de não ter sido
utilizada nenhuma armadura de costura para melhorar a aderência entre concreto
novo e concreto antigo ao longo da junta de ligação.
7 - Vigas T reforçadas no bordo comprimido (Técnica de Reforço nº 2) 248
160
140
120
100
Força (kN)
80 δ =21,7 δ=
δ = 10,2
VFC-1
60
VFC-2
40 VFC-3
Limite - Fserviço = 90,9 kN
20
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Flechas (mm)
160
140
120
Força (kN)
100
80
60
VFC-1
40
VFC-2
20 VFC-3
0
0 5 10 15 20 25 30
Flechas (mm)
VFC-1
160
140
120
Força vertical (kN)
100
80
60
40 flecha teórica
20 flecha experimental
Fserviço = 90,9 kN
0
0 5 10 15 20 25 30
δ = δ atual - δ pré-carregam ento (mm)
VFC-2
160
140
120
Força vertical (kN)
100
80
60
40 flecha teórica
flecha experimental
20
Fserviço = 90,9 kN
0
0 5 10 15 20 25 30
Deslocamento vertical - δ (mm)
VFC-3
160
140
120
Força vertical (kN)
100
80
60
flecha teórica
40
flecha experimental
20 Fserviço = 90,9 kN
0
0 5 10 15 20 25 30
mesmo assim o elemento ainda suportou acréscimos de força, indicando que apesar
da ocorrência da fissuração na junta, esta não determinou o tipo de ruptura da peça.
De acordo com a formulação apresentada no item 3.2.1 determinou-se
teoricamente as tensões tangenciais solicitantes e resistentes da junta formada pelos
concretos do substrato e do reforço para as normas ACI, FIP e NBR-9062 (ver Tabela
7.9). Os resultados obtidos indicaram que a tensão resistente da junta é menor que a
tensão solicitante no Estado Limite Último, portanto realmente haveria a necessidade
de se utilizar uma armadura de costura para impedir o deslizamento relativo entre os
materiais quando a peça estiver próxima da carga de ruptura.
160
140
120
100
Força (kN)
80
60
40 VFC-1
VFC-2
20
VFC-3
0
-0.25 -0.20 -0.15 -0.10 -0.05 0.00 0.05 0.10
Deslocamento horizontal da junta para o meio do vão (mm)
A ruptura real das vigas VFC-1, VFC-2 e VFC-3 ocorreu por deformação
plástica excessiva do aço e o esmagamento da fibra de concreto mais comprimida
(material do reforço), estando de acordo com o dimensionamento adotado (ruptura no
domínio 3) que admitia a utilização máxima dos materiais, com deformações na
armadura tracionada variando de 2,07‰ até 10‰ e deformações no concreto de até
3,5‰. Como o início do escoamento da armadura tracionada faz com que a linha
neutra da seção se desloque em direção à face comprimida, praticamente no mesmo
instante em que houve o escoamento desta armadura, a linha neutra cruzou a junta
formada pela ligação entre substrato e reforço. Desta maneira, a linha neutra situava-
se acima da junta fazendo com que o material do substrato e parte do material do
reforço passasse a ser tracionado ao invés de comprimido.
Os gráficos da Figura 7.34, nos quais estão apresentados simultaneamente os
resultados experimentais das deformações obtidos tanto para o concreto do substrato
quanto para o microconcreto do reforço, permitem identificar o valor da força a partir
da qual a linha neutra cruzava a junta de ligação sendo este valor aproximadamente
igual ao que proporcionava o escoamento da armadura tracionada.
Pela Figura 7.35 verificou-se que a variação das deformações experimentais
da fibra do concreto do substrato mais comprimido – fibra situada 3 cm abaixo da
face superior da viga reforçada – em função do acréscimo de força foi relativamente
pequena para todas as vigas ensaiadas, sendo inclusive menores do que as
deformações teóricas obtidas pela simulação numérica tanto para as vigas reforçadas
sob pré-carregamento quanto para a viga reforçada sem carregamento. Além disso,
depois de determinado valor de força (que variou entre 120 kN e 140 kN) verificou-
se o início da redução nas deformações de compressão deste material, indicando que
a linha neutra havia cruzado a junta formada pela ligação entre o concreto do
substrato e o microconcreto do reforço. Esta redução não conseguiu ser avaliada pelo
programa CONSNOU devido a problemas de convergência, mas de qualquer
maneira, através da simulação numérica foi possível determinar o instante em que
esta redução teria início, uma vez que esta praticamente coincidia com o instante em
que a armadura tracionada iniciava o escoamento.
7 - Vigas T reforçadas no bordo comprimido (Técnica de Reforço nº 2) 253
VFC-1
160
140
120
Força (kN)
100
80
60
40 substrato
reforço
20 F=127 kN
0
-500 -750 -1000 -1250 -1500 -1750 -2000 -2250 -2500 -2750
Deformação (micro-strain)
VFC-2
160
140
120
Força (kN)
100
80
60
40 substrato
reforço
20
F=135 kN
0
500 250 0 -250 -500 -750 -1000 -1250 -1500 -1750 -2000
Deformação (micro-strain)
VFC-3
160
140
120
Força (kN)
100
80
60
substrato
40 reforço
20 F=122 kN
0
0 -500 -1000 -1500 -2000 -2500 -3000 -3500
Deformação (micro-strain)
160
140
120
100
Força (kN)
80
VFC-1-real
60 VFC-2-real
VFC-3-real
40 VFC-1-teórico
VFC-2-teórico
20
VFC-3-teórico
0
500 -500 -1500 -2500 -3500 -4500
Deformação do concreto do substrato (micro-strain)
160
140
120
Força (kN)
100
80 VFC-1-real
60 VFC-2-real
VFC-3-real
40 VFC-1-teorico
VFC-2-teorico
20
VFC-3-teorico
0
0 -500 -1000 -1500 -2000 -2500
Deformação do microconcreto do reforço (micro-strain)
140
120
100
Força (kN)
80
60
VFC-1-substrato
VFC-1-reforço
40 VFC-2-substrato
VFC-2-reforço
20 VFC-3-substrato
VFC-3-reforço
0
0 -500 -1000 -1500 -2000 -2500 -3000 -3500 -4000 -4500 -5000
2
Tensão teórica (tf/m )
140
120
VFC-1-substrato
VFC-1-reforço
100 VFC-2-substrato
Força (kN)
VFC-2-reforço
VFC-3-substrato
80
VFC-3-reforço
60
40
20
0
0 -500 -1000 -1500 -2000 -2500 -3000 -3500 -4000
atuante na viga antes do ensaio de curta duração não havia sido aumentado, ou seja, o
concreto do reforço ainda não estava participando da seção resistente da viga, sendo
o pré-carregamento atuante resistido somente pelo concreto do substrato. A partir do
instante em que se aumentava o valor do carregamento (início do ensaio de curta
duração), a tensão no reforço começou a aumentar a uma taxa bem maior que a
tensão do substrato por causa da diferença na altura das fibras comprimidas destes
materiais em relação à linha neutra da seção. Logo, para uma força de
aproximadamente 65 kN, a tensão do reforço superou o valor da tensão do substrato
permanecendo assim até a ruptura da viga. Ressalta-se que a deformação do reforço
observada no início do ensaio da curta duração foi causada somente pelo efeito da
retração deste material.
Desta forma pode-se dizer que o uso de programas computacionais que
permitam simular o comportamento das vigas ao longo do tempo é uma ferramenta
extremamente útil, pois através dele se tem condições de estimar tanto as tensões
quanto as deformações dos materiais, possibilitando ao projetista realizar o
dimensionamento do reforço de vigas pré-carregadas por longos períodos de tempo,
de maneira mais econômica e segura.
160
140
120
Força (kN)
100
80
60
VFC-1
40 VFC-2
VFC-3
20
0
-6000 -5000 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000
VFC-1
160
140
120
Força (kN)
100
80
60
40
NUMERICA
20 Experimental
0
-2500 -2000 -1500 -1000 -500 0
Deformação da armadura comprimida (micro-strain)
VFC-2
160
140
120
100
Força (kN)
80
60
40
NUMERICA
20
Experimental
0
-500 -250 0 250 500 750 1000 1250 1500 1750 2000 2250
VFC-3
160
140
120
Força vertical (kN)
100
80
60
40
20 NUMERICA
Experimental
0
-6000 -5000 -4000 -3000 -2000 -1000 0
Deformação da armadura comprimida (micro-strain)
7 - Vigas T reforçadas no bordo comprimido (Técnica de Reforço nº 2) 261
140
120
100
Força (kN)
80
60 VFC-1
VFC-2
40 VFC-3
Fserviço = 90,9 kN
20 Escoamento convencional
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000
Deformação da armadura tracionada no meio do vão - Asl
(micro-strain)
7 - Vigas T reforçadas no bordo comprimido (Técnica de Reforço nº 2) 263
VFC-1
140
120
100
Força (kN)
80
60
40
NUMÉRICA
20
Experimental
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Deformação da armadura tracionada (micro-strain)
VFC-2
160
140
120
Força (kN)
100
80
60
40
NUMÉRICA
20
Experimental
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Deformação da armadura tracionada (micro-strain)
VFC-3
140
120
100
Força (kN)
80
60
40
20 NUMÉRICA
Experimental
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Deformação da armadura tracionada (micro-strain)
8 - Conclusões
A partir dos resultados obtidos, comentários mais detalhados podem ser feitos:
ruptura. Por estes ensaios, verificou-se que a fibra de aço mais eficiente no
combate a este tipo de ruptura foi a RL-45/30.
A verificação do uso dos estribos como armadura de costura pode ser feita
comparando-se as tensões tangenciais solicitantes na junta, com sua resistência
ao cisalhamento longitudinal. Estes parâmetros podem ser calculados
utilizando-se normas específicas para estruturas compostas pré-moldadas.
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50
P1-RL-AA
P1-RL-AB
P1-RL-AC
40 P1-RC-AB
P1-RC-AC
Força (kN)
30
20
10
0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
Flecha (mm)
60 P2-RL-AC
P2-RC-AB
50
Força (kN)
40
30
20
10
0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
Flecha (mm)
30 P0,5-C-RL
P0,5-A-RC
P0,5-B-RC
25
20
Força (kN)
15
10
0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
Flecha (mm)
c) Gráfico dos prismas ensaiados com 0,5% de fibras para o traço da série 2
40
P1-A-RL
35 P1-C-RL
P1-A-RC
P1-C-RC
30
25
Força (kN)
20
15
10
0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
Flecha (mm)
40
30
20
10
0
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
Flecha (mm)
-300
-250
-200
Força (kN)
-150 VR1
VP1-1
-100 VP1-2
VP2-1
-50
VP2-2
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
-300
-250
-200
Força (kN)
-150 VR1
VP1-1
-100
VP1-2
-50 VP2-1
VP2-2
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Deform ação da arm adura tracionada - Asl1 (m icro-strain)
Apêndice B B.2
-300
-250
-200
Força (kN)
-150 VR-1
VP2-1-flecha
-100 VP2-2-flecha
VP1-1-flecha
-50
VP1-2-flecha
0
0 5 10 15 20 25 30
Flecha (mm)
-300
-250
-200 VR-1
Força (kN)
VP2-1-Asw1
VP2-2-Asw1
-150
VP2-Asw2
VP2-1-Asw2
-100
VP2-2-Asw2
VP1-1-Asw1
-50 VP1-1-Asw2
VP1-2-Asw1
0
-200 300 800 1300 1800
Deformação dos estribos (micro-strain)
Apêndice B B.3
-300
-250
-200
Força (kN)
-150 VR1
VP1-1
-100 VP1-2
VP2-1
-50 VP2-2
0
0 -500 -1000 -1500 -2000 -2500 -3000 -3500
Deformação do concreto comprimido (micro-strain)
70
60
50
(fc)0,5
40
Vmáx
VR-2
30 VP3-05
VP3-1
20 VP3-2
VP4-05
10 VP4-1
VP4-2
0
0.0 -2.5 -5.0 -7.5 -10.0 -12.5 -15.0
Flecha (mm)
Apêndice B B.4
70
60
50
VR-2
40
(fc)0,5
VP3-05
Vmáx
VP3-1
30
VP3-2
VP4-05
20
VP4-1
VP4-2
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
Deformação da armadura tracionada - Asl1 (micro-strain)
60
50
40
(fc)0,5
Vmáx
30 VR-2
VP3-05
VP3-1
20
VP3-2
VP4-05
10 VP4-1
VP4-2
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
50
40
30
(fc)0,5
VR-2
Vmáx
VP3-05
VP3-1
20
VP3-2
VP4-05
10 VP4-1
VP4-2
0
0 200 400 600 800 1000 1200
Deformação dos estribos (micro-strain)
70
60
50 VR-2
(fc)0,5
VP3-05
Vmáx
40
VP3-1
30 VP3-2
VP4-05
20 VP4-1
VP4-2
10
0
0 -500 -1000 -1500 -2000 -2500 -3000 -3500
Deformação do concreto comprimido (micro-strain)
.
APÊNDICE C
(Resultados dos ensaios das vigas reforçadas no bordo tracionado)
Apêndice C C.1
Ensaio final
Apêndice C C.4
Descrição do ensaio realizado nº cps Dimensões Moldagem Início do ensaio Final do ensaio
MATERIAL DO SUBSTRATO (dosagem E-9091)
Fluência aos 7 dias 2 25 X 50 12/07/01 19/07/01 19/10/01
Fluência aos 14 dias 2 25 X 50 12/07/01 26/07/01 25/10/01
*
Fluência aos 50 dias - 25 X 50 12/07/01 31/08/01 29/11/01
Fluência aos 136 dias** - 25 X 50 12/07/01 25/11/01 22/02/02
Variação da deformação autógena 2 25 X 50 12/07/01 16/07/01 31/08/01
***
Coeficiente de dilatação térmica 2 15 X 30 12/07/01 7 / 14 / 21 / 28 / 50 dias
****
Tração por compressão diametral 12 10 X 20 12/07/01 3 / 7 / 14 / 21 / 28 / 50 dias
Compressão axial 12 10 X 20 12/07/01 3 / 7 / 14 / 21 / 28 / 50 dias
Retração por secagem 2 15 X 15 X 60 12/07/01 09/08/01 19/11/01
MATERIAL DO REFORÇO (dosagem E-9121)
Fluência aos 7 dias 2 15 X 45 26/07/01 02/08/01 01/11/01
Fluência aos 14 dias 2 15 X 45 26/07/01 09/08/01 08/11/01
*
Fluência aos 123 dias - 25 X 50 26/07/01 25/11/01 23/02/02
**
Fluência aos 176 dias - 15 X 45 26/07/01 17/01/02 16/04/02
Variação da deformação autógena 2 25 X 50 26/07/01 31/07/01 16/01/02
***
Coeficiente de dilatação térmica 2 15 X 30 26/07/01 7 / 14 / 21 / 28 / 50 dias
****
Tração por compressão diametral 12 10 X 20 26/07/01 3 / 7 / 14 / 21 / 28 / 50 dias
Compressão axial 12 10 X 20 26/07/01 3 / 7 / 14 / 21 / 28 / 50 dias
Retração por secagem 2 15 X 15 X 60 26/07/01 23/08/01 19/11/01
Obs.
*
Os corpos-de-prova usados para determinar a fluência aos 50 dias são os mesmos que foram utilizados para
determinar a deformação autógena.
**
Os corpos-de-prova usados para determinar a fluência aos 100 dias são os mesmos que foram utilizados para
determinar a fluência aos 7 dias.
Optou-se por utilizar corpos-de-prova já ensaiados para que se pudesse aproveitar os extensômetros Carlson
que são equipamentos caros. Tais ensaios se mostraram relevantes para traçar a curva da fluência x tempo em
função da idade de carregamento.
***
Os corpos-de-prova usados para determinar o módulo de elasticidade com uso de extensômetros Carlson
são os mesmos que foram utilizados para determinar o coeficiente de dilatação térmica.
****
Os corpos de prova usados para determinar o módulo de elasticidade por meio de LVDT são os mesmos
que foram utilizados para determinar a resistência à tração por compressão diametral.
Apêndice D D.2
Tabela D.5.1 – Função Fluência para o traço do substrato - Dosagem E-9091 (TS-2)
Tabela D.5.2 – Função Fluência para o traço do reforço - Dosagem E-9121 (TR-2)
54 -94.13
55 -95.67
56 -96.13
57 -96.55
60 -102.01
61 -101.84
62 -104.94
63 -107.79
64 -107.25
67 -110.57
68 -113.85
70 -115.37
71 -116.67
74 -119.34
75 -123.53
76 -123.53
77 -124.06
82 -132.08
83 -132.84
84 -134.37
85 -134.40
88 -137.39
89 -136.94
90 -137.88
91 -137.31
92 -140.11
95 -141.67
96 -142.78
97 -142.74
98 -142.96
102 -147.28
103 -148.58
104 -148.26
106 -149.89
109 -152.77
110 -152.89
111 -152.99
116 -156.29
117 -157.78
118 -159.88
120 -159.40
123 -162.96
124 -162.29
127 -161.94
130 -165.34
131 -164.67
133 -164.00
134 -164.35
137 -165.17
139 -168.32
Apêndice D D.12
144 -170.19
146 -169.94
148 -171.36
154 -174.03
158 -179.27
161 -178.29
162 -177.36
165 -177.14
167 -177.14
173 -180.48
175 -181.99
176 -183.61
0 0 0 0
1 -10 1 -30
3 -30 2 -35
4 -30 3 -50
5 -40 4 -55
6 -40 5 -60
8 -50 6 -70
11 -70 7 -70
12 -75 9 -70
13 -80 12 -75
14 -80 13 -80
15 -80 14 -85
16 -90 18 -90
17 -90 19 -100
18 -90 21 -100
19 -95 22 -100
20 -100 25 -100
21 -100 26 -115
23 -95 27 -120
26 -110 28 -120
27 -105 29 -125
28 -105 32 -125
32 -110 33 -125
33 -120 34 -130
35 -115 35 -130
Apêndice D D.13
36 -120 39 -145
39 -120 40 -150
40 -125 46 -155
41 -125 49 -155
42 -130 53 -160
43 -130 57 -160
46 -135 60 -160
47 -135 64 -165
48 -140 67 -165
49 -140 70 -170
53 -165 74 -180
54 -160 78 -180
60 -160 81 -180
63 -160 88 -160
67 -165 96 -170
71 -165 102 -170
74 -175 109 -170
78 -175 116 -180
81 -180
84 -185
88 -200
92 -205
95 -205
102 -210
110 -220
116 -220
123 -220
130 -230
Obs. A idade indicada na tabela corresponde à idade da peça após a moldagem menos o período em que a peça permaneceu
sendo curada (ts).
44 12.6 318 833 -1489 -108 -995 648 -582 -1255 -1274 -10 -219 9.76
45 12.6 318 813 -1492 -104 -994 688 -583 -1253 -1258 -6 -199 9.76
47 12.5 312 809 -1510 -79 -1027 653 -727 -1317 -1315 -67 -186 9.82
48 12.4 311 820 -1515 -94 -1013 667 -607 -1279 -1281 -30 -146 9.84
49 12.3 313 816 -1518 -95 -1017 661 -605 -1280 -1280 -31 -130 9.86
50 12.2 306 869 -1526 -95 -1020 658 -610 -1285 -1283 -37 -132 9.88
51 12.2 308 967 -1526 -89 -1028 648 -620 -1294 -1293 -50 -147 9.90
52 12.1 303 937 -1536 -97 -1024 656 -619 -1293 -1288 -45 -134 9.92
54 12.0 302 727 -1544 -93 -1032 648 -625 -1306 -1299 -50 -140 9.95
55 12.0 309 731 -1545 -89 -1037 648 -630 -1311 -1300 -54 -142 9.97
56 12.0 305 735 -1547 -78 -1036 643 -652 -1335 -1315 -67 -170 9.97
57 11.9 308 737 -1544 -86 -1049 647 -665 -1349 -1315 -63 -170 9.98
58 11.9 294 732 -1554 -82 -1052 650 -650 -1335 -1314 -62 -173 9.98
60 11.9 306 742 -1546 -97 -1044 668 -643 -1331 -1303 -54 -167 10.00
61 11.8 301 738 -1563 -93 -1051 675 -646 -1307 -1308 -62 -171 10.02
62 11.8 299 737 -1564 -88 -1037 651 -645 -1338 -1313 -62 -172 10.03
64 11.6 296 735 -1575 -89 -1048 636 -633 -1328 -1310 -63 -162 10.08
65 11.6 292 729 -1585 -76 -1056 627 -640 -1337 -1315 -74 -165 10.09
66 11.4 284 720 -1591 -75 -1061 623 -647 -1343 -1315 -77 -166 10.11
68 11.2 252 695 -1620 -69 -1086 585 -663 -1366 -1338 -88 -181 10.16
Etapa 5
69 11.3 276 715 -1600 -68 -1071 607 -658 -1362 -1327 -87 -179 10.16
69 12.5 313 757 -1626 -55 -1096 600 -695 -1393 -1355 -125 -238 10.35
69 15.5 388 845 -1664 -56 -1116 594 -720 -1432 -1384 -171 -329 10.82
69 21.6 542 1034 -1741 -53 -1163 573 -785 -2422 -1446 -282 -538 11.87
69 28.0 699 1230 -1817 -58 -1203 557 -841 -1606 -1507 -394 -757 12.98
69 30.9 782 1333 -1857 -67 -1221 554 -868 -1648 -1528 -449 -862 13.56
69 34.0 860 1427 -1897 -77 -1248 545 -900 -1696 -1564 -507 -975 14.11
69 37.5 946 1535 -1936 -108 -1270 539 -913 -1744 -1594 -568 -1086 14.75
69 37.7 956 1550 -1942 -130 -1269 537 -925 -1757 -1595 -577 -1104 14.79
69 37.7 956 1550 -1942 -130 -1269 537 -925 -1757 -1595 -577 -1104 14.90
69 35.1 874 1451 -2005 -135 -1249 545 -902 -1724 -1567 -527 -1032 14.41
Etapa 6
70 34.4 872 1449 -1932 -144 -1264 539 -902 -1768 -1576 -552 -1054 14.56
71 34.2 864 1446 -1953 -147 -1279 534 -914 -1800 -1587 -564 -1074 14.63
72 34.0 857 1441 -1966 -144 -1292 525 -921 -1826 -1600 -579 -1091 14.68
74 33.7 850 1436 -1989 -140 -1312 523 -937 -1863 -1613 -598 -1113 14.76
75 33.6 845 1436 -1996 -136 -1326 510 -946 -1879 -1626 -608 -1132 14.80
76 33.6 841 1430 -2006 -140 -1314 513 -948 -1890 -1627 -613 -1137 14.83
77 33.5 837 1426 -2013 -144 -1338 518 -956 -1904 -1631 -616 -1145 14.84
79 33.3 835 1426 -2024 -140 -1352 511 -960 -1926 -1643 -620 -1162 14.89
80 33.2 832 1424 -2028 -137 -1360 511 -965 -1936 -1647 -626 -1171 14.92
83 33.0 830 1423 -2042 -139 -1371 491 -970 -1954 -1663 -642 -1192 14.99
84 32.9 824 1418 -2043 -139 -1373 493 -980 -1964 -1665 -644 -1194 15.02
85 32.9 823 1417 -2049 -139 -1377 486 -987 -1944 -1671 -650 -1200 15.04
86 32.9 823 1418 -2052 -140 -1381 496 -984 -1972 -1667 -648 -1201 15.06
89 32.6 809 1410 -2075 -133 -1401 478 -1008 -2006 -1686 -664 -1227 15.12
90 32.5 811 1414 -2078 -132 -1408 482 -1017 -2016 -1690 -667 -1229 15.14
91 32.5 813 1416 -2080 -132 -1409 475 -1017 -2017 -1694 -669 -1235 15.16
91 32.4 837 1471 -2093 -150 -1391 503 -1034 -1972 -1708 -627 -1135 15.16
92 32.5 830 1519 -2087 -191 -1378 551 -997 -2034 -1825 -601 -1233 15.07
94 32.6 836 1538 -2075 -211 -1336 622 -960 -2007 -1828 -578 -1224 15.06
95 32.6 838 1531 -2068 -215 -1334 655 -964 -2006 -1821 -555 -1229 15.09
97 32.4 824 1552 -2078 -203 -1398 544 -956 -2018 -1878 -578 -1207 15.19
Início do ensaio final
98 32.4 825 1552 -2077 -203 -1398 544 -956 -2017 -1878 -473 -1175 15.19
98 37.4 894 1633 -2091 -209 -1423 528 -993 -2062 -1879 -474 -1175 15.62
98 42.5 966 1719 -2105 -214 -1449 512 -1033 -2109 -1881 -476 -1175 16.06
98 46.2 1022 1786 -2116 -217 -1468 500 -1061 -2148 -1882 -477 -1176 16.45
98 50.9 1096 1873 -2125 -218 -1489 490 -1096 -2196 -1884 -479 -1177 16.91
98 55.0 1159 1949 -2135 -220 -1506 480 -1127 -2238 -1886 -481 -1177 17.30
98 59.4 1229 2034 -2145 -223 -1528 467 -1162 -2286 -1888 -483 -1178 17.78
Apêndice E E.3
98 63.9 1303 2121 -2154 -225 -1549 457 -1198 -2333 -1890 -485 -1178 18.25
98 68.3 1376 2211 -2164 -227 -1570 446 -1233 -2381 -1893 -488 -1179 18.76
98 73.0 1454 2305 -2171 -227 -1592 437 -1270 -2429 -1895 -490 -1180 19.35
98 76.7 1516 2379 -2179 -229 -1609 430 -1301 -2469 -1897 -492 -1180 19.79
98 81.0 1589 2466 -2186 -229 -1628 422 -1334 -2512 -1899 -494 -1181 20.31
98 86.0 1674 2569 -2196 -231 -1650 411 -1374 -2566 -1902 -497 -1182 20.95
98 84.0 1648 2542 -2188 -228 -1652 419 -1363 -2563 -1902 -497 -1182 20.90
98 83.9 1649 2542 -2188 -227 -1651 420 -1361 -2561 -1902 -497 -1182 20.86
98 89.8 1738 2648 -2200 -229 -1674 406 -1403 -2612 -1904 -499 -1183 21.44
98 93.8 1807 2767 -2208 -230 -1691 398 -1434 -2652 -1906 -501 -1183 21.95
98 98.6 1914 3038 -2216 -227 -1711 393 -1474 -2706 -1909 -504 -1184 22.45
98 102.7 2032 3210 -2220 -220 -1724 393 -1514 -2764 -1911 -506 -1185 23.10
98 107.2 2135 3359 -2227 -215 -1748 389 -1556 -2824 -1914 -509 -1186 23.73
98 110.7 2234 3505 -2231 -210 -1758 389 -1591 -2872 -1916 -511 -1186 24.26
98 115.2 2337 3656 -2239 -209 -1781 382 -1634 -2932 -1919 -514 -1187 24.86
98 119.3 2463 3995 -2241 -200 -1792 386 -1673 -2988 -1922 -517 -1188 25.60
98 122.7 2547 4293 -2243 -196 -1807 386 -1702 -3028 -1924 -519 -1189 26.09
98 127.3 3229 10195 -2238 -160 -1804 420 -1767 -3133 -1928 -523 -1190 27.02
98 128.6 3922 16019 -2227 -131 -1800 455 -1807 -3201 -1930 -525 -1191 27.54
98 131.9 5536 17919 -2217 -95 -1792 494 -1856 -3283 -1933 -528 -1191 28.29
98 133.7 9257 18683 -2180 6 -1735 637 -1927 -3421 -1936 -531 -1193 29.25
98 136.1 7605 18563 -2160 62 -1714 726 -1974 -3505 -1939 -534 -1193 30.04
98 132.9 6640 15202 -2134 105 -1685 793 -1966 -3512 -1939 -535 -1194 30.21
98 137.6 6628 15255 -2138 116 -1696 806 -2004 -3564 -1942 -537 -1194 30.75
98 140.9 6572 15170 -2059 223 -1589 1069 -2084 -3732 -1949 -544 -1197 32.73
98 142.4 6557 15150 -2025 200 -1552 1184 -2109 -3772 -1953 -548 -1198 33.78
98 145.6 6491 15191 -1932 171 -1396 1385 -2186 -3952 -1964 -559 -1201 36.75
98 146.1 6523 15126 -1914 185 -1363 1407 -2239 -3999 -1966 -561 -1202 37.53
98 147.5 6521 15140 -1873 215 -1303 1503 -2274 -4056 -1972 -567 -1204 39.01
98 143.8 6457 15051 -1850 220 -1267 1538 -2270 -4035 -1972 -567 -1204 39.25
98 148.8 6514 15114 -1816 238 -1233 1635 -2323 -4106 -1979 -574 -1206
98 146.6 6475 15074 -1802 240 -1214 1660 -2316 -4087 -1979 -574 -1206
98 150.7 6501 15146 -1763 284 -1155 1773 -2369 -4148 -1985 -580 -1208
98 151.9 6526 15209 -1790 284 -1052 1719 -2489 -4045 -1988 -583 -1209
113 121.2 2025 2675 -199 855 9 -243 -47 41 -378 -890 -943 14.84
114 124.9 2099 2762 -198 909 12 -252 -48 42 -390 -924 -977 15.38
115 130.1 2340 2945 -201 962 12 -258 -41 49 -396 -961 -1021 16.12
116 129.5 2383 3018 -197 966 13 -256 -37 51 -393 -961 -1019 16.12
117 134.7 2512 3809 -193 1025 13 -257 -18 67 -391 -1001 -1070 16.98
118 139.1 3501 -187 1075 16 -223 57 127 -331 -1069 -1172 18.30
119 140.1 4401 -186 1084 16 -217 69 136 -320 -1082 -1192 18.57
120 136.1 7973 -168 1075 19 -195 92 150 -280 -1081 -1203 18.73
121 142.8 -174 1120 23 -132 144 189 -155 -1165 -1346 20.20
122 147.9 -172 1157 26 220 123 171 52 -1248 -1517 22.65
123 148.4 -170 1171 27 255 115 178 114 -1269 -1568 23.43
124 148.5 -165 1180 25 259 99 184 163 -1291 -1619 24.83
125 147.0 -164 1184 25 271 99 186 177 -1297 -1629 25.37
126 150.2 -163 1192 25 290 93 192 223 -1319 -1674 27.86
127 148.9 -164 1200 26 294 89 198 259 -1332 -1704 28.71
128 149.2 -163 1206 26 282 73 220 368 -1358 -1782 30.50
129 150.3 -163 1210 26 275 65 238 417 -1379 -1828 31.47
130 149.4 -162 1208 27 275 64 241 431 -1375 -1828 31.55
131 150.8 -164 1216 28 268 57 320 493 -1400 -1890 32.83
132 151.0 -161 1221 25 257 39 914 585 -1434 -1981 34.93
133 151.0 -160 1223 25 252 33 1566 650 -1443 -2020 36.09
134 151.2 -158 1228 26 240 28 703 -1458 -2063 37.18
135 151.6 -158 1234 28 225 18 775 -1476 -2123 38.62
136 151.3 -156 1232 29 213 10 817 -1480 -2147 39.36
137 153.6 -155 1238 29 200 6 888 -1498 -2205 41.45
138 152.9 -154 1241 30 191 2 943 -1509 -2241 42.77
139 153.3 -153 1243 31 182 -2 998 -1519 -2275 43.98
140 145.6 -147 1207 24 143 -7 1058 -1506 -2280 44.95
141 152.1 -153 1243 25 148 -6 1106 -1557 -2355 46.78
142 152.2 -152 1245 38 142 -8 1186 -1569 -2400 48.33
143 152.5 -150 1249 41 134 -5 1285 -1582 -2456 50.93
144 153.3 -148 1246 42 127 -3 1347 -1584 -2478 52.41
145 154.4 -147 1248 42 122 -2 1393 -1590 -2502 54.04
146 113.4 -107 1012 7 -314 84 -194 -1083 -1235 57.85
147 112.5 -108 1006 10 -321 80 -210 -1068 -1213 57.89
148 81.2 -73 809 16 -256 92 -126 -904 -1062 54.74
149 19.6 9 418 30 -48 99 151 -404 -618 46.58
150 0.0 61 299 37 -5 58 344 -178 -357 42.54
151 0.0 63 293 33 -3 56 357 -171 -342 42.39
1 32.1 1001.5 1468.5 -1537.5 72 -1516 -943 -1098 -769 -1219 - - 10.328
1 0.2 117.0 183 -293.5 44.5 -291 -213 -179 -120 -216 - - 1.129
1 9.5 369.0 562.5 -730 -107.5 -626 -364 -463 -332 -551 - - 4.972
Apêndice E E.7
1 18.8 647.0 967.5 -618.5 56 -1054 -618 -759 -540 -867 - - 7.862
1 27.6 895.0 1321.5 -1453.5 74.5 -1414 -861 -1014 -715 -1144 - - 9.359
1 33.4 1063.5 1570 -1764.5 100 -1696 -1027 -1196 -855 -1359 - - 11.317
1 38.0 1214.5 1871 -2728 139 -3035 -1303 -2926 -1300 -1973 - - 14.754
1 33.1 1088.0 1703.5 -2672.5 133 -3103 -1227 -2844 -1275 -1915 - - 13.774
1 31.9 1043.0 1674 -2865 154 -3226 -1250 -2913 -1329 -1991 - - 15.068
2 30.7 995.0 1657.5 -3163 154 -3354 -1330 -3069 -1418 -2136 - - 15.558
3 29.9 1001.0 1688.5 -3307 182 -3127 -1378 -3136 -1451 -2210 - - 15.905
4 29.2 984.0 1693 -3439.5 185 -3500 -1439 -3190 -1489 -2274 - - 16.163
5 28.6 973.5 1703.5 -3536 194.5 -3565 -1495 -3254 -1533 -2335 - - 16.395
7 27.9 963.5 1714 -3670.5 216 -3668 -1580 -3330 -1585 -2404 - - 16.690
8 27.6 952.5 1714 -3717 231 -3705 -1606 -3353 -1605 -2429 - - 16.805
9 27.4 953.5 1718.5 -3765.5 224 -3769 -1664 -3411 -1646 -2478 - - 16.911
10 27.1 942.0 1717 -3807.5 246.5 -3794 -1680 -3425 -1660 -2487 - - 16.935
17 25.7 878.0 1719 -4039 278.5 -3987 -1825 -3555 -1786 -2587 - - 17.458
17 25.7 878.0 1719 -4039 278.5 -3987 -1825 -3555 -1786 -2587 - - 17.516
18 25.6 885.0 1727 -4064 278 -4002 -1832 -3564 -1792 -2592 - - 17.564
19 25.5 884.0 1724.5 -4094.5 274 -4028 -1851 -3588 -1802 -2609 - - 17.598
20 25.4 878.5 1721.5 -4102.5 257 -4059 -1880 -3616 -1827 -2638 - - 17.642
21 25.3 875.5 1722 -4122 251 -4080 -1897 -3637 -1846 -2656 - - 17.685
22 25.2 875.0 1732 -4124 253.5 -4086 -1895 -3641 -1849 -2661 - - 17.732
23 25.1 836.5 1704 -4117.5 228.5 -4129 -1934 -3675 -1887 -2688 - - 17.775
24 25.0 866.5 1724 -4151.5 223 -4157 -1956 -3700 -1903 -2709 - - 17.820
25 24.9 872.0 1735 -4190 221 -4174 -1975 -3704 -1920 -2729 - - 17.866
27 24.7 866.0 1734 -4218 214.5 -4203 -1995 -3740 -1948 -2757 - - 17.920
28 24.6 859.5 1728 -4245.5 204.5 -4224 -2016 -3755 -1963 -2768 - - 17.941
30 24.4 848.0 1715.5 -4303 190 -4276 -2058 -3807 -1998 -2807 - - 17.985
31 24.3 844.0 1722 -4308.5 200.5 -4269 -2053 -3802 -2005 -2814 - - 18.022
34 24.1 838.0 1714 -4357.5 194 -4311 -2089 -3849 -2034 -2862 - - 18.077
35 24.1 842.0 1717 -4416 203.5 -4253 -2028 -3776 -1974 -2778 - - 18.113
36 24.0 820.0 1702.5 -4435.5 201.5 -4259 -2033 -3783 -1989 -2780 - - 18.138
37 23.9 809.0 1691.5 -4452.5 195.5 -4271 -2042 -3789 -2003 -2795 - - 18.170
38 23.8 820.0 1702.5 -4450.5 198.5 -4274 -2041 -3797 -2005 -2812 - - 18.202
41 23.6 819.0 1700 -4492.5 181 -4308 -2075 -3831 -2023 -2856 - - 18.265
42 23.6 781.5 1666 -4535.5 170 -4320 -2079 -3757 -2029 -2873 - - 18.314
44 23.5 801.0 1686.5 -4537 160.5 -4326 -2098 -3769 -2053 -2910 - - 18.335
45 24.6 786.0 1689.5 -4676.5 212.5 -4397 -2095 -3603 -2061 -2951 - - 18.350
48 23.3 784.0 1670.5 -4590.5 153 -4365 -2120 -3569 -2074 -2935 - - 18.404
50 23.1 775.0 1664.5 -4603 144.5 -4377 -2140 -3529 -2087 -2958 - - 18.459
51 23.0 779.5 1664.5 -4614.5 126.5 -4404 -2164 -3554 -2105 -2991 - - 18.486
53 23.0 799.0 1684.5 -4607.5 97 -4450 -2214 -3576 -2141 -3060 - - 18.495
55 23.0 757.0 1645.5 -4648.5 100.5 -4438 -2196 -3544 -2146 -3019 - - 18.483
56 22.9 754.0 1643 -4660 95.5 -4443 -2198 -3527 -2148 -3024 - - 18.499
57 22.9 760.0 1648 -4663 94 -4452 -2208 -3530 -2153 -3027 - - 18.515
59 22.8 738.0 1627.5 -4691 60.5 -4491 -2245 -3554 -2193 -3078 - - 18.543
60 22.8 755.5 1648.5 -4680.5 143.5 -4409 -2161 -3438 -2108 -2996 - - 18.552
62 22.7 739.5 1631.5 -4702 110.5 -4447 -2202 -3466 -2151 -3039 - - 18.596
63 22.6 742.0 1631.5 -4708.5 99.5 -4460 -2211 -3416 -2163 -3053 - - 18.605
64 22.6 749.0 1638 -4738.5 173 -4379 -2080 -3347 -2106 -2910 - - 18.610
65 22.5 749.0 1638 -4727 141.5 -4371 -2084 -3464 -2134 -2953 - - 18.626
Apêndice E E.8
66 22.5 755.5 1645.5 -4722.5 99 -4403 -2100 -3466 -2151 -2984 - - 18.655
69 23.3 749.0 1622.5 -4766.5 155.5 -3415 -1886 -3389 -2069 -2882 0 - 18.664
69 23.3 749.0 1622.5 -4766.5 155.5 -3415 -1886 -3389 -2069 -2882 0 - 19.312
70 23.3 756.5 1621 -4859 173 -1605 -1688 -3389 -1975 -2809 -72 - 19.420
71 23.3 697.5 1565 -4943 113.5 -1389 -1681 -1054 -2027 -2878 -25 - 19.433
72 23.1 755.0 1623 -4881.5 181 -454 -639 -497 -1962 -2804 13 - 19.456
73 23.1 786.0 1647 -4750 156 -423 -539 -413 -1999 -2832 -4 0 19.563
76 22.8 784.5 1649.5 -4725.5 182.5 -337 -355 -165 -1958 -2800 8 821 19.649
78 22.7 768.0 1637 -4756.5 175 -359 -365 -859 -1987 -2835 -17 882 19.717
80 22.6 753.5 1623.5 -4765.5 159 -380 -364 -545 -1996 -2831 -23 935 19.736
83 22.5 750.0 1620 -4803.5 142.5 -427 -384 -535 -2016 -2856 -64 980 19.811
85 22.4 746.0 1572 -4792 159.5 -426 -376 -529 -2008 -2836 -64 942 19.841
86 22.3 748.0 1616.5 -4797 150.5 -448 -390 -574 -2015 -2848 -94 963 19.848
87 22.3 732.0 1611.5 -4792.5 167.5 -430 -368 -630 -2003 -2817 -88 1007 19.877
90 22.1 718.5 1593 -4822 158 -471 -393 -689 -2027 -2818 -132 968 19.921
91 22.0 722.0 1595.5 -4821.5 156.5 -495 -397 -802 -2024 -2826 -134 990 19.951
92 22.0 717.0 1590 -4812 156.5 -519 -410 -787 -2026 -2834 -80 1025 19.977
93 21.9 731.0 1603.5 -4819.5 146 -541 -444 -882 -2046 -2861 -102 1038 19.986
94 21.9 712.0 1586 -4860.5 161.5 -534 -415 -748 -2029 -2824 -83 1010 20.004
97 21.8 713.5 1588.5 -4843.5 155 -547 -435 -739 -2042 -2827 -109 1015 20.046
98 21.7 705.0 1580 -4819.5 153.5 -594 -450 -756 -2052 -2847 -119 1011 20.074
99 21.7 718.0 1588.5 -4761.5 147 -613 -459 -784 -2052 -2844 -118 1000 20.077
100 21.7 708.5 1582.5 -4752 154.5 -610 -455 -780 -2050 -2835 -126 1000 20.095
102 21.6 707.0 1578.5 -4747.5 142 -640 -481 -743 -2065 -2849 -156 985 20.113
105 21.5 700.0 1571.5 -4811.5 157 -646 -481 -729 -2061 -2836 -143 992 20.167
107 21.4 706.5 1578 -4802.5 140.5 -689 -515 -787 -2079 -2864 -155 989 20.191
111 21.3 701.5 1569.5 -4713.5 156.5 -690 -524 -747 -2067 -2856 -141 928 20.221
112 21.3 696.0 1566.5 -4770 144 -719 -555 -835 -2091 -2883 -168 978 20.250
114 21.2 703.5 1575 -4769.5 139.5 -729 -556 -752 -2093 -2881 -173 966 20.264
115 21.2 694.0 1559.5 -4660 145 -725 -560 -524 -2093 -2880 -181 965 20.273
118 21.1 686.0 1554 -4702.5 145.5 -739 -568 -549 -2091 -2880 -197 942 20.304
120 21.0 686.0 1551 -4817.5 147 -734 -574 -542 -2096 -2878 -202 936 20.310
122 21.0 683.5 1551.5 -4590 150 -736 -575 -547 -2102 -2872 -210 910 20.321
125 21.0 684.5 1553 -4648 146.5 -771 -605 -569 -2112 -2905 -213 865 20.350
127 20.8 676.0 1550.5 -5012.5 132.5 -779 -604 -647 -2111 -2900 -188 871 20.395
129 20.8 635.5 1532.5 -5026 158.5 -739 -581 -877 -2098 -2860 -179 864 20.404
132 20.8 638.0 1536 -5028 148.5 -747 -598 -879 -2113 -2874 -242 761 20.422
133 20.7 638.0 1535 -4998.5 156 -749 -595 -10813 -2104 -2875 -208 855 20.446
137 20.6 708.0 1612 -4955 130.5 -777 -623 -814 -2134 -2898 -227 798 20.476
139 20.6 653.5 1549 -4999 126.5 -792 -640 -790 -2148 -2909 -217 906 20.493
INÍCIO DO ENSAIO FINAL
4 0.7 0 0 1 1 0 1 0 1 1 0 1 0.0000
5 5.3 46 60 -22 2 -1 -5 -9 -12 -22 -38 -78 0.3885
6 10.2 103 132 -47 5 -1 -9 -17 -26 -48 -82 -167 0.8159
7 15.2 171 218 -73 15 -2 -9 -23 -38 -73 -130 -284 1.3598
8 20.6 242 304 -99 28 -2 -10 -25 -50 -99 -181 -404 1.8648
9 25.6 311 388 -123 44 -2 -14 -29 -62 -123 -228 -521 2.3699
10 31.0 383 476 -147 62 -3 -18 -33 -72 -149 -277 -634 2.9138
11 36.0 452 559 -167 86 -1 -5 -33 -81 -168 -322 -733 3.3800
12 40.7 517 638 -185 112 -2 -9 -36 -89 -186 -364 -822 3.8462
Apêndice E E.9
13 45.4 584 718 -202 138 -2 -11 -37 -96 -203 -402 -905 4.3124
14 50.7 661 811 -221 172 -2 -14 -38 -103 -222 -447 -991 4.8951
15 55.9 736 899 -239 211 1 -11 -35 -108 -238 -489 -1067 5.4390
16 61.0 811 988 -254 268 1 -15 -37 -115 -252 -528 -1134 5.9829
17 66.3 889 1070 -273 317 0 -17 -39 -119 -266 -570 -1203 6.5268
18 71.0 979 1179 -297 383 4 -12 -34 -122 -275 -608 -1282 7.0707
19 75.3 1060 1353 -308 429 4 -14 -33 -118 -285 -644 -1339 7.5758
20 81.3 1194 1504 -325 495 4 -17 -32 -113 -297 -695 -1425 8.3139
21 85.9 1294 1598 -345 566 5 -17 -29 -107 -309 -732 -1453 8.8967
22 91.4 1412 1706 -359 626 4 -19 -27 -101 -322 -776 -1477 9.5960
23 95.7 1512 1761 -363 686 7 -21 -25 -97 -335 -815 -1477 10.2176
24 101.4 1645 1850 -377 739 7 -23 -21 -87 -352 -883 -1597 10.9169
25 105.4 1756 1872 -397 799 7 -22 -17 -78 -364 -937 -1638 11.5385
26 110.2 2227 1903 -404 852 7 -22 -7 -52 -369 -997 -1686 12.2766
27 113.3 2405 1898 -430 932 13 -13 7 -25 -366 -1052 -1667 13.0148
28 117.8 3621 1883 -411 979 12 -11 29 30 -349 -1133 -1719 14.0637
29 122.4 4992 1886 -371 1031 14 -4 62 114 -307 -1225 -1766 15.3458
30 125.0 5377 4474 -233 1053 14 15 120 348 -174 -1372 -1918 17.2494
31 128.4 5658 -179 1080 13 22 134 432 -122 -1433 -2026 18.4149
32 130.9 6576 -145 1106 14 25 141 477 -85 -1451 -2135 19.2308
33 132.4 9887 -55 1120 15 41 166 530 4 -1499 -2243 20.6682
34 133.3 9392 -39 1134 16 36 164 539 19 -1508 -2263 21.2898
35 134.4 10290 17 1147 18 47 194 583 77 -1564 -2348 22.4942
36 134.6 10016 64 1152 18 54 220 610 122 -1588 -2392 23.2712
37 131.0 9597 103 1142 22 58 233 626 158 -1575 -2398 23.7762
38 136.2 9717 104 1176 20 57 245 638 159 -1626 -2448 24.6698
39 136.4 9722 166 1179 21 62 319 659 214 -1666 -2510 25.9907
40 137.0 9705 218 1191 19 62 365 687 252 -1698 -2563 27.0785
41 138.5 9701 338 1210 18 63 256 765 336 -1770 -2689 29.2152
42 138.8 9690 390 1213 19 62 251 829 374 -1797 -2734 29.9534
43 140.3 9704 510 1220 20 59 263 1062 451 -1850 -2823 31.5462
44 140.7 9694 581 1235 17 58 250 1179 491 -1885 -2846 32.7894
45 141.3 9682 678 1239 19 54 272 1305 545 -1924 -2900 34.4988
46 141.0 9678 735 1242 19 52 280 1394 574 -1945 -2929 35.3924
47 141.5 9679 787 1242 19 51 282 1467 598 -1963 -2948 36.3248
48 142.1 9680 846 1256 19 54 256 1547 622 -1982 -2958 37.6457
49 142.9 9682 899 1261 20 60 263 1574 656 -2018 -2996 39.1608
50 143.3 9687 975 1264 21 65 271 1594 693 -2043 -3063 40.4817
51 143.2 9676 1041 1264 21 69 274 1613 722 -2030 -3087 41.5695
52 143.8 9673 1083 1264 20 71 274 1620 739 -2032 -3090 42.3077
53 144.1 9712 1175 1279 18 70 256 1635 771 -2047 -3001 43.9005
54 144.0 9691 1217 1276 19 75 256 1639 793 -2058 -3014 44.7941
55 144.4 9707 1258 1281 19 77 256 1637 809 -2073 -3016 45.8042
56 144.4 9705 1292 1283 19 80 256 1634 821 -2075 -2987 46.5812
57 146.0 9699 1318 1286 19 80 255 1632 829 -2085 -2951 47.5524
58 145.8 9705 1343 1285 19 81 253 1630 840 -2082 -2925 48.4072
59 145.0 9710 1366 1286 19 82 249 1629 847 -2086 -2886 49.3007
60 145.8 9726 1394 1289 19 82 243 1629 858 -2098 -2831 50.5828
61 147.2 9725 1449 1287 19 85 237 1623 889 -2113 -2769 51.9814
62 147.4 9721 1509 1288 19 87 233 1617 915 -2136 -2703 53.3800
Apêndice E E.10
63 146.0 9720 1539 1281 19 89 232 1612 925 -2196 -2657 54.1570
64 146.2 9730 1579 1263 16 85 222 1612 931 -2263 -2561 55.7110
65 146.6 9700 1592 1254 16 85 216 1612 936 -2312 -2515 57.3815
66 144.9 9682 1596 1246 16 86 212 1609 937 -2319 -2462 57.9254
67 134.1 9525 1461 1329 14 81 152 1548 854 -2256 -2171 58.3528
68 132.2 9503 1425 1320 14 81 155 1530 834 -2254 -2112 58.4305
69 130.2 9476 1405 1311 15 75 155 1516 824 -2252 -2063 58.5082
70 70.6 8553 1617 826 19 86 171 1465 979 -1685 -1637 51.4763
71 70.6 8555 1618 826 19 85 171 1464 979 -1685 -1638 51.4763
72 49.1 8287 1711 684 20 88 179 1439 1041 -1464 -1518 48.7179
73 32.3 7990 1854 540 19 88 183 1406 1111 -1234 -1429 46.1538
74 14.5 7718 2041 419 20 91 182 1370 1202 -937 -1237 43.2012
75 2.7 7492 2286 324 21 98 177 1310 1325 -606 -416 40.4817
76 2.1 7479 2311 316 20 98 177 1300 1336 -580 -337 40.2875
77 -0.2 7437 2416 280 19 98 176 1258 1383 -477 26 39.2774
78 -0.2 7441 2429 278 18 96 175 1253 1388 -468 39 39.1997