Apostila
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AO MEIO AMBIENTE
Aula 1 - Química no saneamento básico
1.1 Introdução
Esse parâmetro é muito utilizado para avaliar o potencial poluidor dos efluentes
domésticos e fornecendo a fração dos compostos biodegradáveis presentes no
efluente.
A azida (NaN3) serve para evitar interferências de íons nitrito (NO2−), os quais
também podem estar presentes e oxidar o íon iodeto até iodo elementar.
A oxidação da matéria orgânica presente nos esgotos pode ser representado pela
reação: COHNS + O2 → CO2 + H2O + NO3− + SO42−.
Valores altos de DBO520 num corpo d’água causa uma diminuição dos valores de
oxigênio dissolvido na água, o que pode provocar mortandade de peixes e
eliminação de outros organismos aquáticos.
O parâmetro DQO tem sido empregado para avaliar a carga orgânica em águas
superficiais e residuárias passíveis de serem consumidas em oxidações aeróbicas.
Após duas horas sob refluxo, titula-se o dicromato residual com solução
padronizada de sulfato ferroso Amoniacal –SFA– (Fe(SO4)2(NH4)2), utilizando-se
ferroína (C36H24FeN62+) como indicador.
Os compostos que são oxidados somente por via química são denominados não
biodegradáveis ou recalcitrantes.
A DBO dos esgotos domésticos está em torno de 300 mg/L e a DQO em torno de
600 mg/L. A DBO e a DQO dos esgotos industriais variam amplamente, com o
tipo de processo industrial.
A maior parte do nitrogênio fixo global está no oceano, onde se divide quase
igualmente entre as formas orgânicas e inorgânicas.
O fósforo pode ser de origem natural, cujas principais fontes são a dissolução de
compostos no solo, a decomposição de matéria orgânica e o fósforo de
composição celular de microrganismos ou de origem antropogênica, como por
exemplo, os despejos domésticos e industriais, os detergentes, os excrementos
de animais e os fertilizantes.
Os maiores reservatórios de fósforo são as rochas fosfáticas sedimentares, e sua
decomposição por erosão gradativa liberam fosfatos que entram nos
ecossistemas e são ciclados.
Grande parte desse fósforo mineral é levada por lixiviação aos oceanos. Contudo,
a maioria deste fósforo fica praticamente indisponível em sedimentos profundos
e somente uma pequena parte é aproveitada por seres marinhos.
Valores de fósforo total nos corpos d’água podem ser utilizados como indicativos
do estado de eutrofização, como mostra a tabela 2.
1.9 Conclusão
2.1 Introdução
O lodo é composto por sólidos e líquidos. O lodo decantado que será removido
para o digestor apresenta cerca de 70 a 80% de sólidos voláteis.
As características do lodo armazenado nas lagoas de estabilização são em função
do tempo de sua retenção na lagoa, refletindo nos elevados teores de sólidos
totais (ST) e na baixa relação de sólidos voláteis/ sólidos totais (SV/ST).
O cloro livre reage com as substâncias diluídas ou suspensas na água por três
processos: oxidação, adição e substituição. Existem três métodos de aplicação
de cloro: a cloração simples; a amônia cloração e a cloração ao break-point ou
ponto de quebra.
2.4 Conclusão
Todos os contaminantes da água contribuem para a carga de sólidos. As águas
naturais, em maior ou menor escala, contêm íons resultantes da dissolução de
minerais.
3.1 Introdução
O cloro é o agente mais utilizado de desinfecção da água, e seu uso foi iniciado
com a aplicação do hipoclorito de sódio (NaOCl), obtido pela decomposição
eletrolítica do sal.
Uma vez que a cloração está completa, o pH é ajustado para um valor acima, se
necessário, pela adição de soda cáustica - CaO.
Dessa forma, é recomendado que a desinfecção com cloro livre seja realizada em
valores de pH mais baixos, preferencialmente menores que 7.
O cloro também pode ser aplicado sob as formas de hipoclorito de cálcio e
hipoclorito de sódio, os quais, em contato com a água, se ionizam conforme as
reações:
Ca(OCl)2 + H2O ⇌ Ca2+ + 2 OCl− + H2O
NaOCl + H2O ⇌ Na+ + OCl− + H2O
Em água, uma reação ácido-base ocorre para converter a maior parte do OCl−
nessas substâncias para HOCl, segundo a equação:
OCl− + H2O ⇌ HOCl + OH−
Sua fórmula geral é CHX3, onde os três átomos X podem ser cloro, bromo ou a
combinação dos dois. O THM de principal preocupação é o clorofórmio - CHCl3,
o qual é produzido quando o ácido hiplocloroso reage com a matéria orgânica.
Esses compostos são tóxicos, com odor e sabor ofensivos. Algumas estações de
tratamento trocam cloro por dióxido de cloro (ClO2) quando sua fonte de água
bruta está temporariamente contaminada com fenóis, para evitar a formação de
fenóis clorados.
Como vimos, o cloro aplicado, quer na sua forma elementar, quer na forma de
hipoclorito (OCl−), reage com água, sofrendo hidrólise, com produção de cloro
livre (Cl2), ácido hipocloroso (HOCl) e íon hipoclorito (OCl−).
Apesar de existirem vários métodos para medir o cloro residual na água, os mais
conhecidos são o método iodométrico e o método N,N – dietil-p-fenilenodiamina
– DPD.
No método iodométrico, o cloro reduz o iodeto de potássio (KI), a iodo (I2) livre
em um pH em torno de 8 ou menor.
O efeito do cloreto de sódio (NaCl) na corrosão deve-se ao fato de este sal ser
um eletrólise forte, ocasionando portanto um aumento de condutividade, que é
fundamental no mecanismo eletroquímico de corrosão.
O cloro (Cl2) solubilizado na água diminui o valor do pH, pois torna o meio ácido,
devido à formação de ácido clorídrico - HCl, como evidenciado nas reações que
ocorrem quando se faz o tratamento da água potável, para torná-la aceitável
segundo padrões bacteriológicos ou sanitários.
Cl2 + H2O → HOCl + HCl
HOCl → HCl + ½O2
Como o cloreto de cobre - CuCl2 é solúvel, a água fica com coloração esverdeada,
característica deste sal.
O cloreto de cobre (I) - CuCl é menos solúvel e pode ficar aderido na superfície
do metal e, como pode sofrer hidrólise, isto é, decomposição pela água, formaria
ácido clorídrico, HCl, ocasionando corrosão localizada por pite.
Os segundos têm uma ação de superfície, fazendo com que suas concentrações
subestequiométricas impeçam que cátions di e tripositivos se precipitem,
adsorvendo no núcleo de seus cristais ou distorcendo esses cristais e impedindo
seu crescimento.
3.6 Conclusão
As impurezas presentes na água podem conferir à água uma ação corrosiva, que
deve ser considerada e remediada, para evitar danos ao ambiente e à saúde
humana.
4.1 Introdução
A química ambiental não se refere apenas à química dos processos naturais que
ocorrem no ar, na água e no solo, mas sobretudo aos aspectos químicos
relacionados aos problemas causados ao meio ambiente, pela interferência
humana no planeta.
Nas áreas poluídas, porém, as concentrações desses ácidos podem ser bem mais
elevadas e reduzir substancialmente o pH da água da chuva sobre extensas
regiões, produzindo o que é conhecido como chuva ácida.
A chuva ácida pode ocorrer bem distante das fontes de poluição, em razão do
transporte atmosférico de longo alcance. Representa um problema, por exemplo,
às áreas na direção do vento das usinas de força movidas a carvão, cujas altas
chaminés minimizam a poluição local, lançando para o alto as emissões de SO2 e
NO.
Poços podem ser escavados em aquíferos que contêm altos índices de minerais
tóxicos de fontes naturais, como ilustram os casos de contaminação por arsênico
em Paracatu, Minas Gerais, proveniente da mineração do ouro incrustado na
arsenopirita, principal minério de arsênio.
Durante o processo de queima de qualquer material com o ar, o calor gerado faz
com que o nitrogênio se combine com o oxigênio, originando como produto o
gás óxido nítrico (NO).
O NO2 é um gás incolor, emitido principalmente por fontes naturais, por meio de
ação bacteriana e por reação entre N2 e O3 na atmosfera.
Como o NO2 é formado pela reação de oxidação do NO, é comum ambos serem
encontrados juntos no ambiente. Denomina-se Nox a soma de NO2 e NO.
O NO2 formado nessa etapa, na presença da luz solar (E=hv), sofre reação
oposta, provocando a dissociação do NO2 e regenerando NO e ozônio:
NO2 + hv (λ≤ 430 nm) → NO + O
O + O2 → O3
Já a queima de gás natural e álcool combustível emite CO2, H2O e NOX. O uso de
lenha como combustível ou de qualquer massa vegetal emite CO2, H2O, NOX e
SO2.
Esses ácidos podem ser emitidos diretamente para a atmosfera, pelos vegetais,
ou serem formados por reações de oxidação de compostos orgânicos voláteis
(COVs) também emitidos por vegetais. Um composto importante que modifica a
acidez da água da chuva é o gás amônia (NH3).
Muitas dessas partículas são visíveis, como poeira, cinzas e fumaças. Partículas
inaláveis menores que 10 µm (PM10), no entanto, ficam retidas no trato
respiratório superior.
Embora seja um dos mais abundantes elementos da Terra, a maior parte está
agregada a rochas ou na forma de nitrogênio molecular (N2), e apenas 0,02% se
encontra disponível para ser utilizado pelas plantas.
De forma não intencional, o nitrogênio reativo pode ser gerado nas reações de
combustão. Mas atualmente já é possível a produção industrial de nitrogênio
reativo, utilizando nitrogênio atmosférico como material de partida.
A amônia apresenta uma vasta aplicação e pode-se destacar seu uso como fonte
de nitrogênio na fabricação de fertilizantes, como agente neutralizador na
indústria do petróleo e como gás de refrigeração em sistemas industriais.
A amônia pode ser usada como combustível por outras bactérias (Nitrosomonas),
que convertem NH3 em NO2− (nitrito), usando O2 como oxidante.
Existem ainda outras bactérias (Nitrobacter) que oxidam nitrito (NO2−) a nitrato
(NO3−), processo denominado nitrificação. As plantas também podem utilizar o
nitrato como fonte de nitrogênio. Desta forma, estabelece-se um ciclo contínuo
entre as formas oxidadas e reduzidas de nitrogênio fixado no solo.
A grande quantidade de SO2 pode ser emitido por fontes antropogênicas, através
da queima de combustíveis fósseis, principalmente carvão, e pela redução
química dos sulfetos minerais.
4.5 Conclusão
A química ambiental trata das reações, das direções, dos movimentos e das
fontes de substâncias químicas no ar, na água e no solo.