Alimentação Do Recém-Nascido Pré-Termo Aleitamento PDF
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Artigo Original
materno, copo e mamadeira
RESUMO
Objetivo: Verificar a oferta de seio materno em bebês nascidos pré-termos, internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital
e Maternidade Neomater, relacionando este dado com a forma de oferecer a dieta (copo ou mamadeira), na ausência da mãe, e a
estimulação fonoaudiológica realizada. Métodos: Participaram 48 recém-nascidos prematuros, com idade gestacional inferior ou
igual a 36 6/7 semanas, com peso ≤2500 gramas e padrão respiratório estável. Os recém-nascidos foram divididos em dois grupos:
grupo A (35 recém-nascidos) com dieta por mamadeira e grupo B (13 recém-nascidos) com dieta por copo. O acompanhamento
fonoaudiológico foi organizado em Fase 1 (sucção não-nutritiva em “dedo enluvado” ou “mama vazia” concomitante a dieta por
sonda); Fase 2 (oferta de dieta via oral – seio materno, copo ou mamadeira – com necessidade de complemento por sonda); Fase
3 (oferta de dieta via oral exclusiva, em seio materno, copo ou mamadeira); Fase 4 (oferta de seio materno efetivo). Foi realizado
comparativo entre os grupos quanto ao número de dias que permaneceu em cada fase. Os dados foram tratados estatisticamente com
o teste t-independente, com nível de significância de 5%. Resultados: Não houve diferenças significativas entre os grupos para ne-
nhum dos parâmetros estudados. Houve igual aceitação do seio materno pelos recém-nascidos, tanto no grupo copo como no grupo
mamadeira. Conclusão: O aleitamento materno pode ser igualmente aceito, independentemente da forma de oferta da dieta (copo ou
mamadeira), desde que haja o adequado acompanhamento fonoaudiológico e o incentivo ao aleitamento materno em idade precoce.
Descritores: Aleitamento materno; Mamadeira; Terapia intensiva neonatal; Dieta; Alimentação artificial; Métodos de alimentação;
Recém-nascido; Prematuro
A mamadeira, depois do aleitamento materno, é a segunda Qualquer técnica alternativa de oferta de dieta para o
forma mais conhecida pela população em geral para oferecer recém-nascido deve objetivar o treino de habilidades para a
o alimento ao RN. Os bicos artificiais, dentre tantas formas aceitação da amamentação natural, a qual estimula a neuro-
de oferta de dietas, foram criados como uma opção de alei- musculatura facial da criança, o que induz ao crescimento
tamento e de auxílio aos bebês e aos pais. harmônico de todas as estruturas craniofaciais(13).
Para alguns profissionais, as dificuldades no aleitamento Preconiza-se inclusive que os serviços de saúde prati-
materno, secundárias ao uso de mamadeiras e/ou chupetas, quem o método mãe canguru que, ao possibilitar o contato
podem gerar a “confusão de bicos”, devido às diferenças precoce pela pele da mãe com o bebê prematuro, contribui
existentes entre a sucção na mama e no bico artificial(7). significativamente para a melhora na produção de leite pela
Por outro lado, alguns autores questionam a existência de mãe, favorecendo o aleitamento materno futuro, mesmo
confusão de bicos, pois não existem evidências que compro- quando esta criança precisar ser alimentada por sonda, copo
vem que o recém-nascido apresenta uma habilidade limitada ou mamadeira em algum momento da internação(14-16).
para se adaptar a várias configurações orais(8). Neste sentido, este trabalho teve como objetivo verificar
Assim, enquanto alguns fonoaudiólogos indicam o uso se, no momento da alta hospitalar, o RN apresenta plenas
de bico ortodôntico na adequação da musculatura orofacial condições de receber a dieta no SM, e relacionar este dado
nos casos em que não é viável o aleitamento materno em seio à estimulação realizada e ao tipo de oferta de dieta oferecido
materno exclusivo, outros profissionais consideram que o uso (copo ou mamadeira) durante sua internação.
de bicos artificiais pode ser prejudicial ao bebê.
Por outro lado, mesmo os fonoaudiólogos que optam pela MÉTODOS
indicação da mamadeira com bico ortodôntico têm alertado
para o fato de que o uso prolongado desta, ou seja, a partir da Esta pesquisa foi realizada na Unidade de Cuidado Inten-
dentadura decídua instalada, pode acarretar grande incidência sivo Neonatal (UCIN) do Hospital e Maternidade Neomater,
de mordida aberta anterior. situada na cidade de São Bernardo do Campo, a partir de
Na prática clínica, observa-se que frequentemente pacien- autorizações da Diretoria Clínica e Comissão de Ética do
tes com mordida aberta anterior são encaminhados, antes da respectivo hospital e do Comitê de Ética em Pesquisa da
correção ortodôntica, para a fonoterapia, o que aponta para Faculdade de Medicina do ABC (processo de no. 318/2009).
a necessidade da retirada da mamadeira em idade precoce(1).
Segundo recomendação da Organização Mundial de Sujeitos
Saúde (OMS), foi criada a Iniciativa Hospital Amigo da
Criança (IHAC), que estabelece “Dez passos para o sucesso Fizeram parte da amostra desta pesquisa 48 recém-
do aleitamento materno”, dentre esses dez passos, o nono diz: nascidos pré-temo (RNPT), com idade gestacional inferior
“Não dar bicos artificiais ou chupetas para crianças amamen- ou igual a 36 6/7 semanas (de acordo com a Organização
tadas ao seio”(9). O motivo da “proibição” do aleitamento por Mundial de Saúde – OMS), que foram recrutados a partir
mamadeira é a suposta “confusão de bicos” adquirida pelo coleta de dados no prontuário médico.
bebê, ou seja, o lactente apresentará dificuldades para sugar Como critérios de inclusão para ambos os grupos foram
no seio materno (SM), pois aprendeu a sugar no bico artificial. selecionados RNPT com peso inferior ou igual a 2500 gra-
A alimentação no copo tem sido utilizada há anos em mas, com idade gestacional inferior ou igual a 36 6/7 sema-
países em desenvolvimento, como objetivo de proporcionar nas, estáveis clinicamente e recebendo dieta (leite materno
um método de alimentação seguro para o recém-nascido, es- ou fórmula) prescrita pela equipe médica. Como critérios
pecialmente quando os meios de esterilização de mamadeiras de exclusão, não participaram recém-nascidos portadores
não são acessíveis(6,9-11). de síndromes genéticas e mal-formativas, afecções ósteo-
Entretanto, o copo é visto por vários fonoaudiólogos como mio-articulares não resolvidas (infecções, fraturas e lesões
um utensílio que acarreta muitos problemas na administração nervosas periféricas) ou qualquer anormalidade neurológica
da dieta para o recém-nascido, tais como: escape e desper- evidenciada através de exame de ultra-som craniano (hemor-
dício de leite, falta do vedamento labial anterior, aumento ragia peri-intraventricular – HPIV graus III e IV, hidrocefalia,
de risco de broncoaspiração, diminuição da estimulação da encefalopatia hipóxico-isquêmica – EHI, leucomalácia peri
musculatura da sucção (músculos bucinadores), entre outros. ventricular e outras).
A fisiologia de aceitação da dieta por copo é bem dife- Os bebês foram divididos em dois grupos:
rente da sucção realizada pelos recém-nascidos, seja no seio - Grupo A: administração da dieta por mamadeira (35 recém-
materno ou na mamadeira, ocorrendo o risco de deglutição nascidos);
atípica no futuro. Considera-se deglutição atípica quando - Grupo B: administração de dieta por copo (13 recém-
existe alteração nos mecanismos da contração da musculatura nascidos).
envolvida nesse processo(12). Até o momento da alimentação por via oral (VO), o
Desta forma, existem hoje diferentes técnicas para a recém-nascido já poderia ter sido estimulado com a técnica
alimentação do recém-nascido prematuro, em que há, entre de sucção não-nutritiva (SNN) – estimulação com “dedo
os profissionais de saúde, o constante debate sobre se a uti- enluvado” concomitante à oferta da dieta via sonda –
lização do bico artificial ou do copo prejudica a aceitação e/ou técnica de relactação – estimulação com “mama vazia”
do seio materno. concomitante à oferta de dieta via sonda.
Quadro 1. Caracterização dos RN’s quanto ao sexo, idade gestacional, idade gestacional corrigida, e número de dias que permaneceu em
cada fase da intervenção fonoaudiológica
Nº de dias na Nº de dias na
Nº RN Sexo IG IGC Fase 1 Nº de dias na Fase 2 Nº de dias na Fase 3 Fase 4
1 M 28 37 1 3(SM) 1 (Copo) 1
2 M 32 34 6/7 2 4 (VOBC) 1 (VOBO) 1
3 F 34 1/7 34 4/7 1 12 (VOBO) 2 (VOBOPT) 0
4 M 33 34 3/7 5 3 (VOBC) 5 (VOBC) 1
5 M 30 30 4/7 8 0 1 (VOBC) 2 (VOBO) 3
6 M 32 33 6/7 3 6 (Copo) 4 (Copo) 0
7 M 33 34 2/7 3 0 1 (Copo) 3
8 F 28 38 1/7 5 6 (VOBC) 1(VOBC) 1
9 M 33 34 6/7 2 0 1 (VOBC) 1 (VOBO) 2
10 M 28 33 6/7 2 8 (VOBC) 1 (VOBC) 1
11 M 34 35 2 0 3 (Copo) 2
12 F 33 35 1/7 2 4 (VOBC) 5 (VOBC) 10
13 F 33 34 6/7 1 1 (VOBC) 4 (VOBC) 0
14 F 31 34 1/7 2 3 (VOBC) 1 (VOBC) 2 (VOBO) 1
15 F 35 36 2/7 1 1 (SM) 0 2
16 F 32 33 2 1 (SM) 2 (VOBC) 2
17 M 34 35 4 0 4 (Copo) 3
18 F 35 35 2/7 1 0 2 (Copo) 3
19 M 35 36 1/7 2 0 6 (VOBC) 6
20 M 32 33 5/7 3 1 (SM) 1 (VOBC) 1
21 M 31 31 5/7 10 0 6 (VOBC) 3
22 F 36 4/7 37 1/7 4 2 (VOBC) 3 (VOBC) 7
23 M 28 40 3/7 1 0 5 (VOBC) 1 (VOBO) 1
24 F 27 35 5 2 (VOBC) 2 (VOBC) 1 (VOBO) 1
25 M 28 41 3 2 (VOBC) 1 (VOBC) 3 (VOBO) 1
26 F 28 4/7 31 6 7 (VOBC) 4 (VOBC) 1 (VOBO) 1
27 M 35 36 4/7 1 1 (Copo) 1 (SM) 1 (Copo) 1
28 F 30 30 3/7 8 8 (VOBC) 1 (VOBC) 3 (VOBO) 1
29 F 30 45 1/7 5 2 (Copo) 3 (Copo) 2
30 M 30 34 4/7 1 1 (VOBC) 1 (VOBC) 1 (VOBO) 1
31 M 32 34 2/7 8 2 (VOBC) 1 (VOBC) 1
32 F 29 35 1/7 3 0 3 (Copo) 7
33 F 29 36 3/7 9 2 (SM) 2 (Copo) 3
34 F 33 34 2 3 (SM) 1 (Copo) 3
35 M 30 38 1 1 (Copo) 5 (SM) 0 1
36 M 33 33 5/7 3 4 (VOBC) 3 (VOBC) 2 (VOBO) 1
37 F 32 33 6/7 1 6 (VOBC) 1 (VOBO) 1
38 M 32 32 5/7 1 3 (VOBC) 2 (VOBOPT) 2 (VOBO) 2
39 F 31 34 1 1 (VOBC) 1(VOBC) 1 (VOBO) 1
40 M 34 35 2/7 1 4 (VOBC) 3 (VOBC) 1 (VOBO) 1
41 F 32 34 1 1(VOBC) 2(VOBO) 6 (VOBO) 1
42 F 31 33 2 1(VOBC) 5(VOBO) 1 (VOBC) 1 (VOBO) 1
43 M 31 34 1 5 (VOBC) 2 (VOBC) 2 (VOBO) 1
44 M 32 33 6/7 1 9 (VOBC) 1 (VOBC) 1
45 M 33 5/7 34 5/7 6 5 (Copo) 2 (SM) 1 (Copo) 1
46 F 36 37 2/7 1 3 (VOBC) 3 (VOBOPT) 2
47 F 35 38 1/7 1 0 3 (VOBOPT) 1
48 M 30 31 10 2 (VOBC) 1 (VOBC) 1
Legenda: N = número; RN = recém-nascido; F = Feminino; M = Masculino; IG = idade gestacional; IGC = idade gestacional corrigida no dia da avaliação fonoaudi-
ológica; SM = Seio Materno; VOBC = Via oral mamadeira com bico comum; VOBO = Via oral mamadeira com bico ortodôntico; VOBOPT = Via oral mamadeira com
bico ortodôntico para prematuro
Tabela 1. Número de dias que os sujeitos permaneceram em cada fase de intervenção fonoaudiológica
Grupo
Valor de p Resultado
Copo Mamadeira Total
Média 3,15 3,09 3,10
Fase 1 DP 2,38 2,76 2,64 0,938 copo=mamadeira
N 13 35 48
Média 2,38 3,26 3,02
Fase 2 DP 2,53 2,96 2,85 0,352 copo=mamadeira
N 13 35 48
Média 2,00 3,03 2,75
Fase 3 DP 1,29 1,76 1,69 0,061 copo=mamadeira
N 13 35 48
Média 2,31 1,77 1,92
Fase 4 DP 1,75 2,00 1,93 0,399 copo=mamadeira
N 13 35 48
Média 9,85 11,14 10,79
Total DP 3,69 4,53 4,32 0,361 copo=mamadeira
N 13 35 48
Teste t independente (p<0,05)
Legenda: N = número de sujeitos; DP = desvio-padrão
de Avaliação e Acompanhamento Fonoaudiológico do Hospital ção fonoaudiológica realizada e às diferentes formas de oferta
e Maternidade Neomater (Anexo 1). de dieta por VO (copo ou mamadeira).
Os RNPT foram divididos em oferta de dieta no copo e na Os resultados foram trabalhados estatisticamente utilizando
mamadeira, aleatoriamente. o teste t-independente(17), com nível de significância de 5%, a
Para a oferta da dieta por mamadeira o RNPT foi colocado fim de comparar os dados quantitativos de dois grupos conten-
em posição elevada, com apoio (no colo ou dentro da incu- do informações com níveis de mensuração numérica e amostras
badora). Os RNPT geralmente receberam a oferta inicial de independentes. Com o intuito de facilitar a visualização dos
mamadeira com bico convencional/bico comum, sendo que resultados, as tabelas e as figuras apresentam a média, o desvio
quando houve indicação de bico ortodôntico, usaram o bico padrão e o N em cada item avaliado durante o estudo.
ortodôntico pré-termo (marca NUK®). A dieta por mamadeira Quanto ao comparativo entre os grupos, em relação ao
foi prescrita e orientada pela fonoaudióloga responsável e número de dias em que cada um permaneceu em cada fase
nos horários em que o serviço de Fonoaudiologia não esteve de intervenção fonoaudiológica, os resultados demonstraram
presente, a oferta foi ministrada pela enfermeira ou auxiliar que não houve diferenças entre os grupos para nenhuma das
de enfermagem previamente orientada e treinada. fases (Tabela 1).
Para a oferta de dieta por copo o RNPT também foi co- Embora não tenham existido diferenças entre os grupos
locado em posição elevada, com apoio (no colo ou dentro da para nenhuma das fases do estudo, houve uma tendência à
incubadora). Inicialmente, pesou-se uma compressa que foi diferença na fase 3, no sentido de menor número de dias, para
colocada como babador no RN. O bebê, ao sentir o líquido, copo (Figura 1, Tabela 2).
sorveu ou lambeu o leite, deglutindo até ficar satisfeito. Ao Com relação ao tempo total da intervenção, foi observada
final da oferta, pesou-se novamente a compressa, com o in-
tuito de verificar a quantidade de escape de leite ocorrido. A
dieta por copo foi prescrita pela fonoaudióloga responsável e,
nos horários em que o serviço de Fonoaudiologia não esteve
presente, a oferta foi ministrada pela enfermeira ou auxiliar
de enfermagem previamente orientada e treinada.
Durante ambas as ofertas, foram observados e registrados
todos os aspectos importantes para a pesquisa, seguindo os
itens do protocolo de avaliação e acompanhamento fonoau-
diológico.
RESULTADOS
DISCUSSÃO CONCLUSÃO
Considerando os achados relacionados à caracterização Considerando ser o aleitamento materno a forma mais saudá-
dos grupos copo e mamadeira, os resultados evidenciam que vel e segura de alimentar um bebê, esta pesquisa contribuiu para
não houve diferença significativa em nenhum dos parâmetros elucidar que as diferentes técnicas e perspectivas teóricas sobre a
estudados. forma de oferta de dieta (copo ou mamadeira), quando orientadas
No que tange aos resultados da comparação do número de modo ético e criterioso, podem contribuir e auxiliar na reali-
de dias em que os grupos copo e mamadeira permaneceram zação do aleitamento materno efetivo e na saúde geral do bebê.
em cada fase da intervenção fonoaudiológica, não houve di-
ABSTRACT
Purpose: To assess the offer of the maternal breast in preterm babies hospitalized at the Intensive Care Unit of the Hospital and
Maternity Neomater, linking this datum with the manner to feed them (cup or bottle) in the absence of the mother, and the speech-
language stimulation carried out. Methods: Forty-eight newborn preterm infants with gestational age less than or equal to 36 6/7
weeks, weighting ≤2500 grams and with stable respiratory pattern participated in this study. The newborns were divided into two
groups: group A (35 newborns) with bottle feeding, and group B (13 newborns) with cup feeding. Speech-Language Pathology
monitoring was organized in Stage 1 (non-nutritive sucking in “gloved finger” or “empty breast” concomitant with enteral feeding);
Stage 2 (oral feeding offer – maternal breast, bottle or cup – with complement provided by enteral feeding); Stage 3 (exclusive oral
feeding offer – maternal breast, bottle or cup); Stage 4 (effective breastfeeding offer). A comparison was carried out between the
groups regarding the number of days in each phase. Data were statistically analyzed using the independent t-test, with significance
level of 5%. Results: There were no significant differences between the groups for any of the studied parameters. Breast feeding was
equally accepted by newborns in the cup and the bottle groups. Conclusion: Breast feeding can be equally accepted, regardless the
alternative feeding form used (cup or bottle), provided that there is adequate Speech-Language Pathology monitoring and encoura-
gement to breastfeeding at an early age.
Keywords: Breast feeding; Bottle feeding; Intensive care, neonatal; Diet; Artificial feeding; Feeding methods; Infant, newborn;
Premature
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Legenda: (SM) = Seio materno; (VOBC) = Via oral em mamadeira com bico comum; (VOBO) = Via Oral em mamadeira com bico ortodôntico; (VOC) =
Via oral em copo; (SNN) = Sucção não Nutritiva; SOG = Sonda orogástrica; SNG = Sonda nasogástrica; SMLD = seio materno livre demanda