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Roteiros para Consulta Enfermagem-Pré-Natal Baixo Risco e Puericultura

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16/05/2012

ROTEIROS PARA CONSULTA ENFERMAGEMPR-NATAL BAIXO RISCO E PUERICULTURA

PROFESSORA: MESTRANDA KARINA ALVES

Consulta de enfermagem
1 - Dados de identificao; registrar a aferio de peso, altura, PA e inspeo geral da mulher; 2 Anamnese: 2.1 - Queixa atual; 2.2 - Antecedentes pessoais (Geral Ginecolgico e Obsttrico); 2.3 - Antecedentes familiares; 2.4 - Clculo da DPP e IG a partir da DUM; 2.5 - Verificao da situao vacinal;

3 - Exame Fsico:
- Verificao das mucosas ocular e oral; 3.2 Ausculta cardio-pulmonar; 3.3 - Avaliao das mamas-ECM; 3.4 - Medida da altura de Fundo Uterino (AFU), quando possvel; 3.5 - Avaliao do crescimento fetal, quando possvel; 3.6 - Ausculta dos batimentos cardio-fetais, (BCF), quando possvel; 3.7 - Exame: 3.7.1 - Vaginal: Inspeo;Toque; 3.7.2 Especular (verificar necessidade de coleta para citologia oncoparasitria); 3.8 - Avaliao dos membros inferiores (presena de edema e varizes);

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4 Conduta:
4.1 - Solicitao de Exames de Rotina (conforme teste de triagem Pr-Natal): 4.1.1 - Hemograma completo; 4.1.2 - Tipagem sangunea e Fator RH; 4.1.3 - Glicemia de jejum; 4.1.4 - VDRL; 4.1.5 - Anti-HIV; 4.1.6 - EAS; 4.1.7 - Sorologia para Rubola; 4.1.8 - Sorologia para Toxoplasmose; 4.1.9 - Sorologia para Citomegalovrus; 4.1.10 - Teste de Coombs Indireto;

4.1.11 - HbsAg; 4.1.12 - Hcv; 4.1.13 - Hav; 4.1.14 - Sorologia para Chagas; 4.1.15 - HTLV; 4.2 - Solicitao de exames complementares (a depender das informaes e clnica da gestante): 4.2.1 - Citologia Vaginal; 4.2.2 - Parasitolgico de fezes; 4.2.3- Ultra-sonografia (entre a dcima e dcima segunda semana de gestao);

5 Promover Orientaes quanto:


5.1 - importncia do pr-natal; 5.2 - aconselhamento quanto aos exames; 5.3 - alimentao e ganho de peso; 5.4 - vesturio; 5.5 - sono e repouso; 5.6 - gestao e parto; 5.7 - Preparo das mamas e amamentao; 5.8 - possveis intercorrncias: contraes uterinas, sangramento,perda de lquido, febre;

5.9 - movimentao fetal; 5.10 - atividade fsica e sexual; 5.11 - Medicamento de rotina: - Uso de cido flico (0,40g% ao dia) no primeiro trimestre; - Uso de sulfato ferroso (40mg ao dia) a partir do segundo trimestre; - A incidncia da parasitose intestinal muito alta, sendo somente permitido o uso da piperazina nos casos de enterobase e ascaridase. O tratamento adequado se far aps o parto.

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6 - Encaminhar para agendamento;


Observao: Antes de encaminhar a gestante para o agendamento, proceder ao registro de todas as informaes no carto da gestante (com o n do SISPRENATAL) e tambm no pronturio da gestante.

Alerta s principais queixas


Nusea e vmito - causados principalmente pelos altos ndices de hCG e fatores psicolgicos. Gengivite - suspender ou abrandar o uso de escova e recomendar massagem na gengiva e agendar atendimento odontolgico sempre que possvel; Ptialismo ou sialorria o aumento da salivao. Aconselhar dieta semelhante indicada para a nuseas e vmitos.

Tontura e vertigem Pirose ou azia - causada pelo refluxo gastroesofagiano. Neste caso aconselha-se consumir pequenas quantidades de alimento em um maior nmero de refeies. Cibras - so mais freqentes na segunda metade da gestao e acometem mais os membros inferiores. Deve-se moderar a atividade fsica, manter uma boa hidratao e fazer uso de alimentos ricos em Potssio. Edema - Geralmente motivado pela dificuldade de retorno venoso. Aconselhado o uso de meias elsticas de mdia compresso e elevar os membros inferiores a cada duas horas.

Dor lombar e dor hipogstrica - motivadas pela alterao de postura e pela presena do tero grvido, sendo em geral suficiente o repouso, se possvel em decbito lateral. Polaciria - sintoma encontrado no incio e final da gestao, devido compresso da bexiga pelo tero grvido, orientar a no reteno de urina, procedendo a esvaziamento da bexiga com maior freqncia. Constipao intestinal - a presena macia de progesterona reduz a ao de toda a musculatura lisa. Nestes casos, correo alimentar com fibras e alimentos laxativos, hidratao e atividade fsica regular.

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Hemorridas - so vasos do plexo hemorroidrio, que podem sangrar ou mesmo sediar uma trombose. Orientar uma dieta adequada. Varizes - so dilataes venosas nos membros inferiores. De uma maneira geral tm carter predisponente familiar. Corrimento vaginal o aumento do fluxo vaginal comum na gestao. Fazer o diagnstico diferencial com DST, as quais devem ser tratadas conforme protocolo. PROFESSORA: MESTRANDA KARINA ALVES

PROTOCOLO DE ATENO A SADE DA CRIANA


O Ministrio da Sade prope o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento (CD) de 0 a 5 anos, pois fazem parte do mesmo processo, mas exigem abordagens diferentes e especficas para sua percepo, descrio, avaliao e todas as aes propostas no programa. Respaldados pela Lei do Exerccio Profissional N 7.498/86 e Resolues do COFEN 195/1997, 271/2002, 272/2002.

O Ministrio da Sade propem um conjunto de aes bsicas, que so as seguintes:


Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento (CD); Realizao do Teste do Pezinho; Estmulo e apoio ao aleitamento materno e orientao para alimentao saudvel; Diagnstico e tratamento das doenas prevalentes na infncia; Imunizao.

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Consulta de enfermagem criana de 0 a 5 anos


Objetivos: Acompanhar o crescimento e desenvolvimento de criana de 0 a 5 anos; Estimular os Dez Passos da Alimentao Saudvel com orientao para criana menor de 2 anos (BRASIL,2002); Prestar assistncia de enfermagem s queixas comuns na infncia; Estimular a formao de grupos educativos de puericultura; Reduzir a morbidade e mortalidade nesta faixa etria. Contemplar os direitos da criana (estatuto da criana), assim como observar e denunciar acidentes e violncia domstica contra a criana.

Etapas da consulta:
Apresentao e identificao da criana; Investigao do antecedente pr-natal (realizao de pr-natal, doenas na gestao, uso de drogas, n de filhos, problemas psiquitricos maternos); tipo de parto; antecedentes neonatais (peso e idade gestacional ao nascer, outras intercorrncias); teste do pezinho (verificar se foi realizado, caso no encaminhar); vacinao (verificar se a carteira de vacina est em dia e orientar continuidade); Queixas (histria atual e sintomas);

Alimentao/aleitamento: avaliar o aleitamento materno, a ingesto de outros alimentos, o consumo de lquidos, o nmero e tamanho de pores dirias e a aceitabilidade da dieta pela criana ;

Exame fsico:
O exame fsico deve sempre ser detalhado. Observar hipoatividade ou abatimento da criana, irritablilidade ou choro excessivo, sinais de maus tratos, m higiene, abandono ou negligncia (em caso de evidncias, encaminhar para o conselho tutelar local).

Investigar caractersticas individuais, hbitos (sono e outros),convivncia familiar e social.

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Exame fsico:
sinais vitais: temperatura (regio axilar no mnimo 3 minutos), respirao (observar trax e freqncia respiratria), pulso (tomar pulso radial ou carotdeo, observando freqncia e amplitude) e presso arterial (casos necessrios);

Cabea: formato e simetria do crnio e face, integridade do couro cabeludo. Fontanelas: anterior (bregmtica) 4 a 6 cm ao nascer, fechamento entre 18 e 24 meses; posterior (lmbdia) mede de 1 a 2cm , fecha por volta de 2 meses. Olhos: aspecto e simetria dos olhos, presena de viso pela observao de reflexos visuais, constrico visual direta e consensual luz, presena e aspecto de secreo, lacrimejamento, fotofobia, anisocria, exoftalmia, microftalmia, cor da esclertica, estrabismo.

Ouvidos: forma, alteraes, implantao das orelhas. Acuidade auditiva atravs dos pestanejamento dos olhos, susto ou direcionamento da cabea em resposta ao estmulo sonoro. Em crianas maiores sussurrar a uma distncia de aproximadamente 3 metros. Nariz: inspeo e palpao, pesquisar desvio de septo nasal e presena e aspecto de secreo. Boca e faringe: inspeo dos dentes e gengivas, face interna das bochechas, lngua e palatina, presena de hiperemia e outras alteraes.

Pescoo: inspeo e palpao de gnglios (tamanho, mobilidade, dor), rigidez de nuca. Trax: forma e simetria, sinais de raquitismo e mamilos. Pulmo: percusso e ausculta, presena de tiragem, expansibilidade torcica e uso de msculos acessrios, tipo e ritmo respiratrio.

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Corao: ausculta de freqncia, intensidade, ritmo e qualidade; do batimento; presena de cianose e edema. Abdmen: Presena de hiperemia e secreo no coto umbilical (mumificao completa entre 7 e 10 dia de vida),alteraes globais de forma, volume e abaulamento, presena de hrnias umbilicais, inguinais e ventrais. Observar sinais de alterao na regio do fgado e rins (percutir, auscultar e realizar palpao superficial e profunda), observar presena de dor e rigidez. Pele e mucosas: elasticidade, colorao, leses e hidratao. A pele do RN, normalmente est lisa, macia, rsea e opaca. A presena de cor amarelada significa ictercia, visvel aps as primeiras 24 horas de vida.

Genitlia
Meninos verificar presena de fimose e testculos na bolsa escrotal (criptorquidial), observar presena de Blano (inflamao do prepcio e glande, ocorre devido ao estreitamento do prepcio, fimose ou contaminao por urina, fezes e sujeiras). Meninas - hmen e presena de secreo vaginal, pode ocorrer presena de secreo mucide ou sanguinolenta nos primeiros dias de vida. Observar regio anal, perfurao anal, fissuras, outras alteraes.

Avaliao do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM):


avaliao dos reflexos: Reao de Moro - deixar o recm-nascido em decbito dorsal, sobre um lenol e fazer um movimento brusco puxando o lenol; o RN dever abrir e fechar os braos; presso palmar: colocar o dedo na palma da mo do beb , e observar se ele responde com flexo de todos os dedos (desaparece mais ou menos no 6 ms);

Suco: ao tocar os lbios com a prpria mo da criana, ela responde com movimento de suco dos lbios e da lngua (presente at 3 ms); cutaneoplantar (Babinsky): fazer estmulo na regio lateral externa do p no sentido ascendente (calcanhar para os dedos), a resposta dever ser de extenso com ou sem abertura em leque dos dedos; Marcha: elevar o beb em suspenso vertical segurando pelas axilas, sobre uma superfcie dura; realizar o contato da planta dos ps com a superfcie; o beb estender os joelhos.

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Evoluo do permetro ceflico esperado do 1 ao 2 ano de vida


1 e 2 ms de vida: 2 cm por ms; 3 e 4 meses de vida: 1,5 cm por ms; 5 ao 12 ms de vida: 0,5 cm por ms; 2 ano de vida: 0,3 cm por ms.

REFERNCIAS
BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Polticas de Sade. Departamento de Ateno Bsica. Sade da Criana: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Srie Cadernos de Ateno Bsica, n.11. Srie A. Normas e Manuais Tcnicos, n. 173. Braslia DF. 2002. 100p. BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Polticas de Sade. Coordenao de Ateno Bsica. Organizao Panamericana de Sade. Dez Passos da Alimentao Saudvel: orientao para crianas menores de 2 anos. Orientao para a promoo da alimentao saudvel para a criana menor de dois anos de idade. Um guia para o profissional de sade na ateno bsica. Braslia DF. Julho 2002. 48p.

BRASIL. Ministrio da Sade (BR). 2004: Ano da Mulher. Braslia (DF): Ministrio da Sade; 2004a.
BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Polticas de Sade. rea de Sade da Criana e Aleitamento Materno. Organizao Panamericana de Sade. Ateno Integrada s Doenas Prevalentes na Infncia. Avaliar e Classificar a criana doente de 2 meses a 5 anos de idade. Mdulo 2. Braslia DF. 1999. 124p. BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Polticas de Sade. Departamento de Ateno Bsica. Coordenao de Sade da Criana. Ateno Integrada s Doenas Prevalentes na Infncia. Atendimento Criana de 2 meses a menos de 5 anos de idade. Atendimento Criana de 1 semana a menos de 2 meses idade. Braslia DF. 1999. 124p.

BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional do Cncer. Programa Viva Mulher. Braslia, 2004b. BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Instituto Nacional de Cncer. Coordenao de Preveno e Vigilncia. nomenclatura brasileira para laudos cervicais e condutas preconizadas: recomendaes para profissionais de sade. 2. ed. Rio de Janeiro: INCA, 2006 [online].

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