UROLOGIA
UROLOGIA
UROLOGIA
Disciplina de Urologia
Faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic
Prof. Dr. Fabio Thadeu Ferreira
Câncer de Próstata
2. (SLM, 2017) Paciente do sexo masculino, 58 anos de idade, passa em consulta com
urologista para avaliação periódica preventiva para a neoplasia maligna de
próstata. Assintomático, sem qualquer queixa específica. Não possui comorbidades,
hábitos danosos ou antecedentes pessoais ou familiares relevantes. Ao exame digital
retal, encontra-se uma próstata fibro-elástica, simétrica, sem nódulos, com
aproximadamente 50g. Traz um exame de PSA total, cujo resultado foi de 3,3ng/mL.
Considerando o caso acima, qual a melhor conduta?
a. Orientar o paciente que sua avaliação é normal e esta deve ser realizada
anualmente. Sem outras condutas no momento.
b. O PSA do paciente encontra-se alterado e é necessária a realização de uma
biópsia de próstata
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3. (SLM, 2017) Após a realização de uma biópsia de próstata, alguns eventos adversos
são possíveis. Considerando-se apenas a hematoespermia, pode-se afirmar que:
a. Normalmente necessita de hospitalização para seu tratamento
b. É necessário tratamento com antibióticos por tempo prolongado (> 14 dias)
c. É necessário exame complementar para elucidação diagnóstica
d. Pode persistir por até 4-6 semanas após o procedimento
e. Esta complicação é virtualmente inexistente caso o paciente realize clister
glicerinado na véspera da biópsia de próstata
10. (UEPA, 2014) O sítio de metástase mais comum para os cânceres de próstata é:
a. Adrenal
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b. Fígado
c. Osso
d. Cérebro
e. Baço
Câncer de Bexiga
13. (SLM, 2017) Homem com 40 anos de idade, com diagnóstico firmado (com RTU e
re-RTU de bexiga) de neoplasia maligna de células transicionais de bexiga, com
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14. (SLM, 2016) Homem de 53 anos de idade submetido a RTU de bexiga para remoção
completa de lesão vegetante de 2cm (maior diâmetro). Análise patológica
demonstrou um carcinoma de células transicionais pT2 de alto grau de
indiferenciação associado com Carcinoma in situ. Não há evidências de metástases
durante o estadiamento do paciente. Qual a melhor conduta para este caso?
a. Cistoprostatectomia radical com derivação urinária + Quimioterapia adjuvante
b. Quimioterapia apenas
c. Radioterapia + Quimioterapia
d. Quimioterapia neoadjuvante + Cistoprostatectomia radical
e. Cistoprostatectomia radical + Radioterapia pélvica
15. (SLM, 2015) Qual dos seguintes agentes possui melhor efeito comprovado na
prevenção da recidiva tumoral, em se tratando de neoplasia maligna de bexiga?
a. Onco-Tiotepa
b. Onco-BCG
c. Mitomicina C
d. Epirrubicina
e. Gencitabina
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16. (Proteus, 2017) Vários fatores estão associados ao câncer da bexiga, na recorrência
e progressão. Qual é o fator de risco, conhecido, mais significativo?
a. aminas aromáticas
b. hidrocarbonetos aromáticos
c. ciclofosfamida
d. Síndrome de Lynch
e. Tabagismo
18. (Proteus, 2017) Seguindo a estratificação de risco para câncer de bexiga não invasivo
da camada muscular, segundo a OMS / Sociedade Internacional de Patologia
Urológica (ISUP), qual é a alternativa que representa os Tumores de Alto Risco?
a. Tumor Único, Ta > 3cm, Tumor de Alto Grau (Ta) ≤ 3cm, Recorrência do Tumor
em menos de 1 ano.
b. Tumor de Alto Grau (Ta) ≤ 3cm, Carcinoma In Situ, Tumor Multifocal.
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c. Tumor de Alto Grau (T1), Tumor de Alto Grau (Ta) >3cm ou multifocal, Invasão
Linfovascular Presente.
d. Tumor Único (Ta) ≤ 3cm, Carcinoma In Situ, Tumor Multifocal.
e. Falha do BCG em Tumor de Alto Grau em qual quer tipo histológico, Tumor de
Alto Grau (Ta) ≤ 3cm, Invasão Linfovascular presente.
19. (Proteus, 2017) De acordo com o Guideline da AUA de 2012 para investigação de
hematúria microscópica assintomática, considerando apenas a idade como fator de
risco para neoplasia do Trato Urinário, pacientes a partir de qual idade tem
indicação de cistoscopia?
a. 30 anos
b. 35 anos
c. 40 anos
d. 45 anos
e. 50 anos
20. (Proteus, 2017) Considerando a seguinte afirmação: “Uma vez que existe um risco
considerável de recorrência e / ou progressão do tumor de bexiga não invasivo, após
RTUB, é recomendada terapia intravesical adjuvante para todos os estádios (Ta, T1
e CIS).” Qual a alternativa abaixo é a recomendação correta para terapia adjuvante
do tumor de bexiga não invasivo?
a. A escolha do fármaco quimioterápico intravesical (mitomicina C, epirrubicina
ou doxorrubicina) é opcional.
b. A instilação pós-operatória de quimioterapia deve ser realizada após as primeiras
24 horas da ressecção endoscópica do tumor de bexiga.
c. A imunoterapia intravesical com BCG (indução e manutenção) apresenta
resultado inferior à quimioterapia intravesical na redução de recorrências e na
prevenção ou adiamento da progressão para o câncer de bexiga invasor muscular.
d. A escolha de outro tratamento adjuvante intravesical não depende do risco do
tumor, recorrência e comorbidades do doente.
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Câncer de Rim
21. (SLM, 2018) O diagnóstico de massas renais aumentou de forma expressiva nas
últimas décadas devido aos avanços dos métodos diagnósticos de imagem, bem como
uma maior possibilidade de acesso a estes por parte da população. Desta forma, as
neoplasias malignas de rim têm sido diagnosticadas cada vez mais precocemente e
em pacientes assintomáticos. Entretanto, é fundamental que o profissional médico
conheça os sintomas deste tipo de tumor para que seja possível levantar tal hipótese
diagnóstica. Tendo isto em mente, quais os sinais e sintomas que compõem a
“tríade” clássica dos cânceres de rim? Com que frequência eles surgem
concomitantemente?
a. Dor lombar, febre e vômitos – 10% dos casos
b. Dor lombar, hematúria e massa palpável em flanco – 10% dos casos
c. Dor lombar, hematúria e massa palpável em flanco – 50% dos casos
d. Hematúria, febre e hipertensão arterial de difícil controle – 10% dos casos
e. Hematúria, dor lombar e febre – 50% dos casos
23. (SLM, 2017) Paciente do sexo feminina, veio encaminhada por seu ginecologista,
para avaliação de achado incidental em ultrassonografia de rotina. Tal exame
demonstra a presença de um nódulo sólido de 4cm em polo superior de rim
esquerdo. Sem outras alterações. Qual é o melhor exame para melhor avaliação
deste caso?
a. Radiografia simples de abdome
b. Ultrassonografia de vias urinárias com Doppler de artérias renais
c. Tomografia de abdome superior, com uso de contraste endovenoso
d. Ressonância Magnética de abdome superior, com uso de contraste
e. PET-CT Scan de corpo inteiro
24. (SLM, 2018) Homem saudável de 79 anos refere lesão renal direita com 3,0cm. A
biópsia renal é definitiva para oncocitoma renal. O rim contralateral é normal,
assim com sua função renal. Não existem evidências de metástases. Qual o próximo
passo para este paciente?
a. Nefrectomia radical aberta
b. Nefroureterectomia radical laparoscópica
c. Ablação termina percutânea
d. Nefrectomia parcial
e. Observação com seguimento com exames de imagem em 6 a 12 meses
25. (SLM, 2016) Tendo em vista um paciente que foi submetido a nefrectomia radical
por conta de neoplasia renal maligna, tendo o seguinte diagnóstico
anatomopatológico: lesão renal típica de carcinoma de células claras, com 8cm em
seu maior diâmetro, sem extravasamento neoplásico pela cápsula renal. Qual o
Estadiamento patológico (TNM) e a melhor conduta após a cirurgia?
a. T3a – quimioterapia adjuvante
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26. (Proteus, 2017) Sobre as lesões renais císticas e sólidas, marque a alternativa
correta:
a. Lesão Bosniak I é um cisto simples com finos septos e o seguimento anual com
ultrassonografia é recomendado.
b. Paciente com nódulo parenquimatoso sólido de 2,5 cm visto na ultrassonografia
tem na urotomografia o melhor método de imagem para avaliação complementar.
c. A RM é superior a TC para avaliação dos nódulos renais e diferencia com
segurança lesões benignas, como angiomiolipoma pobre em gordura, de lesões
malignas, como o carcinoma de células renais papilífero.
d. O escore de nefrometria R.E.N.A.L (em inglês) avalia a dimensão da lesão (R),
se a lesão é predominantemente endofítica ou exofítica (E), a distância do sistema
coletor (N), se a lesão é anterior ou posterior (A) e a relação da lesão em relação
as linhas polares do rim (L).
e. Bosniak IV tem risco de malignidade em torno de 50%.
28. (Sec. Mun. São José dos Campos, 2016) Para um paciente de 60 anos de idade,
assintomático, com diagnóstico tomográfico de um cisto de 3,0cm no maior
diâmetro, classificação de Bosniak IIF, parcialmente exofítico, no polo inferior do
rim esquerdo, a conduta mais adequada é:
a. Nefrectomia parcial por via laparoscópica poupadora de néfrons
b. Solicitar ressonância magnética para melhor caracterização do cisto
c. Conduta expectante com acompanhamento periódico de imagem
d. Alcoolização do cisto através de punção percutânea
29. (Sec. Est. RJ, 2017) Na doença renal policística autossômica dominante, o
acometimento que NÃO está classicamente associado é:
a. Acalasia
b. Diverticulose colônica
c. Aneurismas cerebrais
d. Prolapso da válvula mitral
30. (Santa Casa de Limeira, 2015) Para um paciente com 55 anos de idade, com
diagnóstico tomográfico de um cisto renal de 4,0cm em seu maior diâmetro,
classificado com Bosniak III, parcialmente exofítico a esquerda, a conduta mais
adequada é:
a. Nefrectomia parcial laparoscópica
b. Conduta expectante com acompanhamento periódico
c. Solicitar Ressonância Magnética para melhor caracterização do cisto
d. Alcoolização do cisto através de punção percutânea
Câncer de Testículo
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Disfunção Erétil
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34. (UFRS, 2012) Ivo, 52 anos, refere disfunção erétil desde uma ressecção
abdominoperineal devido a câncer retal, cujo estadiamento era T3N0M0. Ele refere
não conseguir se masturbar ou ter ereções noturnas. A ocorrência de disfunção
erétil independente de parceiros. Sua disfunção erétil é mais provavelmente causada
por:
a. Insuficiência vascular arterial
b. Dano ao nervo ereto
c. Fatores psicogênicos
d. Invasão tumoral da uretra
e. Incompetência venosa
36. (Centro Médico, 2012) São complicações após uma herniorrafia inguinal unilateral:
a. Hematoma, atrofia testicular e disfunção erétil
b. Hematoma, recidiva de hérnia, disfunção erétil
c. Recidiva d hérnia, infertilidade, inguinodinia
d. Inguinodinia, recidiva de hérnia, disfunção erétil
e. Atrofia testicular, disfunção erétil, infertilidade
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37. (SUS-CE, 2014) João, casado, 65 anos, hipertenso, está em uso regular de Enalapril
20mg/dia há 2 anos. Sedentário, tabagista e ganhou muito peso no último ano. Relata
muito estresse nos últimos seis meses por sobrecarga de trabalho, depois que passou
a ser gerente de um supermercado. Refere também problemas de relacionamento
com a esposa, pois além de ter pouco tempo para família, apresenta dificuldade em
ter ereção nas relações sexuais nos últimos 3 meses. Ao ser questionado, afirma
ereções no período da manhã. Qual a melhor conduta na abordagem dessa pessoa
com disfunção erétil?
a. Encaminhar para acompanhamento psicológico e para urologista
b. Orientar terapia de casal e prescrever injeção intrapeniana de prostaglandinas
c. Orientar mudanças no estilo de vida e prescrever inibidores de fosfodiesterase-5
d. Encaminhar para terapia comunitária e prescrever inibidores de receptação de
serotonina
38. (SLM, 2019) Paciente do sexo masculino, com 22 anos de idade, sem comorbidades,
refere que vem apresentando dificuldade para iniciar e manter ereção com sua
namorada. Refere ainda que apresenta ereções matinais e se masturba
normalmente. Nega uso de medicamentos ou drogas. Baseado nessa história, trata-
se de uma disfunção erétil:
a. Orgânica, sendo necessária a dosagem de hormônios masculinos séricos
b. Causada por medicamentos, mesmo com a negativa do paciente, deve-se fazer
pesquisa através de dosagem sérica destes
c. Psicogênica, devendo-se investigar possíveis causas de estresse e/ou ansiedade,
orientar o paciente e realizar seguimento com terapia sexual associada
d. Neurogênica, devendo se pesquisar diabetes mellitus
e. Secundária a síndrome de Lériche, devendo-se realizar angiotomografia de aorta
e ilíacas
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40. (IBFC, 2013) Homem, relata disfunção erétil há 1 ano, sem comprometimento da
libido. É portador de hipertensão arterial e angina crônica estável. Nega dor aos
esforços habituais. Usa regularmente metoprolol, AAS (ácido acetilsalicílico),
atorvastatina e losartan. Nega uso de nitratos nos últimos 3 anos. Traz
eletrocardiograma realizado há 15 dias que apresenta: ritmo sinusal, hipertrofia de
ventrículo esquerdo, sem achados de isquemia ou necrose. A conduta quanto à
queixa da disfunção erétil deve ser:
a. Solicitar teste ergométrico e ecocardiograma.
b. Solicitar testosterona sérica como avaliação de hipogonadismo secundário.
c. Iniciar com inibidor de 5-fosfodiesterase.
d. Desaconselhar tratamento para a disfunção erétil devido aos riscos.