Apontamentos Comlpetos de Turismo
Apontamentos Comlpetos de Turismo
Apontamentos Comlpetos de Turismo
I NTRODUÇÃO AO T URISMO :
CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA:
Viagens ao longo do Nilo por motivos religiosos (visita templos – politeístas)
Viagens por motivos comerciais
Pirâmides de Gize (actual)
CIVILIZAÇÃO GREGA:
Povo muito voltado para as viagens – santuários, comércio, competição (Jogos Olímpicos).
Deslocações com a finalidade de assistir aos Jogos Olímpicos.
Aparecem as primeiras “casas de câmbio”.
Junto aos templos existiam facilidades para pernoitar – Espírito de Hospitalidade.
CIVILIZAÇÃO ROMANA:
Expansão territorial
Apogeu das termas e balneários (higiene e convívio)
Criaram a maior rede de estradas, pontes e aquedutos (ligaram Europa à Ásia)
Zonas de veraneio no sul de Itália para os Aristocratas
Jogos de Circo e Corridas de Cavalos – locais para pernoitar
Desenvolvimento do espírito de hospitalidade
Palavras latinas: Hospes (estalagem); Hospitium (Hotel), etc.
Nota: Tanto os gregos e os romanos viajavam para visitar as 7 maravilhas do Mundo Antigo.
IDADE MÉDIA:
Domínio da Igreja católica
Cruzadas – viagens com motivação religiosa
Peregrinações – Terra Santa, Roma, Santiago de Compostela, Jerusalém.
Construção das maiores catedrais hoje conhecidas
À volta de catedrais e igrejas organizavam-se grandes feiras e jogos
Declínio das termas – ir a banhos era 1 acto profano
RENASCIMENTO:
Época das grandes expansões marítimas.
Portugueses – costa de África, Mar Vermelho, Índia, Tailândia, …
Espanhóis – Caraíbas, Antilhas, América Central e do Sul.
Leitura das Viagens – Peregrinação (Fernão Mendes Pinto, publicado em 1614) ) – apesar de
fantasiado descreve povos e culturas
Esta época desperta a curiosidade e o interesse por grandes viagens.
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INTRODUÇÃO AO TURISMO – Resumo l
Século XIX:
Progresso da ciência.
Revolução Industrial.
Multiplicação das trocas.
Desenvolvimento dos transportes (comboio).
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INTRODUÇÃO AO TURISMO – Resumo l
Século XX:
Alargamento da rede de caminhos-de-ferro.
Descoberta do telégrafo, rádio e telefone (+ tarde TV).
Aumento da extensão das redes de estradas.
Grande desenvolvimento industrial.
Reivindicações dos direitos sociais e laborais – maior democratização das sociedades –
novos conceitos de vida.
Caracteriza-se pelas conquistas sociais:
Jornada laboral de 40h – 10 a 8h diárias.
Melhoria do Salário.
Folga de 1 dia passou a 2.
Proibição do trabalho de menores.
Direito a férias.
Férias pagas.
Um dia de descanso semanal/direito ao fim-de-semana de descanso.
Assistência na doença e na velhice.
Direito à greve.
Com + tempo livre surge o conceito de lazer
O turismo transforma-se num fenómeno da sociedade.
Começa a alcançar dimensão económica.
Reconhecimento da importância do turismo pelos governos – promover e organizar – criação
de instituições governamentais.
1910 – França:
Destinos turísticos Mundiais – estâncias termais, estações climáticas de montanha
(suíça).
Surgem as primeiras estâncias balneares – Biarritz, Deauville, Riviera Francesa.
O conceito de turismo balnear origina-se no Norte de França (água morna, areia grossa
– conceito diferente do actual).
Aviação e automóvel fazem a sua entrada no mundo das viagens.
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INTRODUÇÃO AO TURISMO – Resumo l
1920 – A sociedade das Nações reconheceu que o Turismo representa um interesse comum e
que se deviam fazer esforços para permitir a realização de viagens a um n.º cada vez maiores
de pessoas.
Pós II Guerra Mundial – recuperação económica e social dos países europeus – impulsionou e
consolidou o desenvolvimento do turismo.
BOOM TURÍSTICO
Anos 50:
Lado da Procura:
Aumento do tempo livre.
Férias pagas.
Maior rendimento disponível.
Prosperidade.
Mudança social – igualdade / democracia.
Aumento do acesso aos meios de transporte.
Lado da Oferta:
Avanços tecnológicos nos transportes – viagens mais rápidas a destinos distantes.
Organizadores de viagens – produção em série de produtos de massa (transportes por
avião fretado e cadeias de hotéis no litoral).
O turismo passou a ser a procura do sol e mar. Época dos 3 “s”: Sun, sea and sand.
Mediterrâneo.
Turismo de Massas.
Motivação das viagens – conhecer outros locais, evasão
Anos 70:
1973 – “Crise ou choque do petróleo” – Crise no Turismo Internacional – Turismo Interno
adquire mais expressão e importância.
Acesso + generalizado ao carro
Turismo interno começa a ganhar importância
Pela 1ª vez surge a consciência ambiental – impactos negativos da actividade turística.
Destino dos Produtos:
Deve renovar-se os produtos
Anos 80:
1980 – Declaração de Manila (Conferência Mundial de Turismo) – coloca em destaque as
tendências da estratégia de desenvolvimento turístico, indica que deve haver uma política
turística nacional.
Desenvolvimento planificado.
Importância dada aos valores.
Desenvolvimento.
Férias Activas.
Produtos diferenciados.
Informação e educação por intermédio do turismo.
Protecção do ambiente.
Integração da população local.
Utilização das línguas numa óptica universal.
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INTRODUÇÃO AO TURISMO – Resumo l
Anos 90:
+ transportes
+ oferta logo viagens mais baratas
Cada vez mais pessoas a viajar (mta procura)
Internet
Evolução dos meios de transporte – aviões com + capacidade
Barcos também – cruzeiro é 1 produto não 1 meio de transporte
Empresas lowcost
Formação de grandes grupos empresariais
Diversificação da oferta – acesso a viagens mesmo com pouco dinheiro
Estatísticas:
A Europa é a mais visitada, seguida da Ásia/Pacífico.
Variação Anual de 2006 para 2007
Quem evoluiu mais foi o médio oriente
Quem cresceu menos foi a Europa
Portugal em 2006
19º nas chegadas de turistas
23º nas receitas
Mais visitados: Madeira, Açores, Lisboa e Algarve
Temos 1 grande diversidade paisagística logo grande potencialidade
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1907 – 1º Cartaz turístico promovido pela SPP: “Portugal – The shortest way between America
and Europe”.
1909 – 1º Curso de Formação profissional para empregados de mesa (organizado pela Casa
Pia).
1914 – Projecto de Fausto Figueiredo do qual nasce a 1ª estância turística portuguesa (Projecto
de tornar o Estoril na Riviera Portuguesa. Associar o mar, as termas e a praia ao desporto).
Ajudou na construção da marginal e na electrificação da linha de comboio
1ª Guerra Mundial (1922 – retoma-se o projecto).
1º Salão automóvel do Porto – ACP organiza.
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1926 – A 28 de Maio, triunfa um golpe militar que institui um regime de Ditadura Militar.
Inauguração da electrificação da Linha de Cascais.
1927 – Repartição de Turismo passa para o Ministério do Interior - Isso leva a que RT passe a
actuar quase exclusivamente a nível interno
Criação da Junta autónoma de Estradas (JAE) - melhoria das estradas e promoção do
turismo motorizado
Fausto Figueiredo consegue a concessão do Jogo para o Estoril
1ª companhia aérea portuguesa – SAP (fazia Lisboa –Madrid-Sevilha) – vida efémera,
pouca clientela
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1933 – SPN cria excursão itinerante de Hotel Modelo - carruagem didática para
melhorar Hotelaria
Técnicas de Propaganda (Marketing)
Cinema
Música – concurso (tinha de ter várias vezes a palavra Portugal)
Cartazes publicitários
1935 – Criação da Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho (FNAT) – Actual: INATEL.
Ocupar o tempo livre dos trabalhadores (principalmente os do Estado)
Criação de colónias para férias.
Turismo Social – para desfavorecidos tirarem férias
Criar cursos e actividades desportivas.
1936 -1939: Anos Negros - SPP ainda não tem a pasta do Turismo
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1944 – O SPN passa a Secretariado Nacional da Informação, Cultura Popular e Turismo (SNI),
com 3 áreas de actuação: cultura, comunicação social e turismo.
1950 – É Criado o Grémio Nacional das Agências de Viagens e Turismo (actualmente APAVT).
Cartilha da Terra Portuguesa.
1952 – Parecer sobre o projecto de Estatuto de Turismo. Falta de um plano como o actual PENT
1954 – Aprovada a lei hoteleira (n.º2073): utilidade turística; lançamento da formação hoteleira;
estabelecimentos “com ou sem interesse para o turismo”.
1958 – Concurso p/ Casino Estoril – ganha Teodoro dos Santos: Sociedade Estoril Sol.
Abre a Escola Profissional da Indústria Hoteleira de Lisboa.
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1993 – “Vá para dentro cá fora” / “Portugal, the thrill of discovery” / Escapadinha dos 3 dias
Símbolo do Turismo: José de Guimarães.
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1998 – Expo98 - Ocupou o 15º lugar no ranking mundial (11,2 milhões de turistas).
Definindo o Turismo:
CONCEITOS – TURISTA, VISITANTE DO DIA, TURISMO:
1993 – Conferência de OTAVA, a Comissão de Estatísticas da ONU adoptou, por recomendação
da OMT (Organização Mundial de Turismo), as seguintes definições.
Visitante: é a toda a pessoa que se desloca a um local situado fora do seu ambiente habitual
durante um período inferior a 12 meses consecutivos e cujo motivo principal da visita é outro que não seja
o de exercer uma actividade remunerada no local visitado.
Turista: é todo o visitante que passa pelo menos uma noite num estabelecimento de alojamento
colectivo ou num alojamento privado no local visitado.
Visitante do dia (antigo excursionista): em substituição do termo “excursionista”, é todo o
visitante que não passa a noite no local visitado.
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Visão económica.
Omite o Turismo Interno
Foca a oferta e a procura.
Edmond Picard (1941) – “A função do Turismo é a importação de divisas pelos países. O seu
impacte reside no que as despesas do Turismo podem realizar para os diferentes sectores da economia,
e em particular para os donos e gerentes dos hotéis.”
Visão Económica.
Foca a oferta.
Evidencia a hotelaria.
Marc Boyer (1972) – “Acto de mobilidade para satisfazer, no âmbito do lazer, uma necessidade
cultural. Traço da cultura de massas, fenómeno de modernidade, oposto à cultura do livre.”
Mobilidade – Deslocação.
Tusrismo enquanto cultura
CLASSIFICAÇÕES DE TURISMO:
Segundo a origem do visitante:
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Turismo Doméstico ou Interno: resulta das deslocações dos residentes de um país, quer
tenham ou não a nacionalidade desse país, unicamente no interior do próprio país: os residentes em
Portugal que se deslocam dentro das fronteiras do país.
Turismo Receptor (inbound tourism): abrange as viagens a um país por residentes noutro ou
noutros países, independentemente da nacionalidade que possuírem: inclui todas as visitas que os
residentes no estrangeiro efectuam em Portugal.
Turismo Emissor (outbound tourism): é o turismo que respeita às viagens dos residentes num
dado país a outro ou outros países: abrange as visitas que, todos quantos residem em Portugal, efectuam
a qualquer país estrangeiro.
A partir destes, podem combinar-se entre si originando:
Turismo Interior (interno + receptor): abrange o turismo realizado dentro das fronteiras de um
país, tanto por residentes como por não residentes: é a soma dos visitantes residentes em Portugal com
os visitantes residentes no estrangeiro nas suas deslocações dentro das fronteiras de Portugal.
Turismo Nacional (interno + emissor): constituído pelos movimentos dos residentes num dado
país tanto no seu interior como noutro ou noutros países: é portanto, a soma das viagens que os
residentes em Portugal fazem no interior do país com aquelas que efectuam no estrangeiro.
Turismo Internacional (emissor + receptor): abrange todas as deslocações que obrigam a
atravessar uma fronteira.
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INTRODUÇÃO AO TURISMO – Resumo l
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SISTEMA TURÍSTICO:
Um sistema é um conjunto de elementos inter-relacionados, coordenados de forma unificada e
organizada, para alcançar determinados objectivos. O Turismo é um sistema, ou seja, é um conjunto de
elementos que estabelecem conexões interdependentes entre si de carácter funcional e espacial como
sejam as zonas de proveniência dos visitantes (emissoras), as zonas de destino (receptoras), as rotas de
trânsito e todas as actividades que produzem os bens e serviços turísticos (actividade turística). Sendo
assim, temos como protagonistas deste sistema os turistas.
O turismo é a soma de relações, de fenómenos, resultantes da interacção dos protagonistas, ou
seja, uma alteração a qualquer nível propaga-se por todo o sistema:
Ao nível ambiental.
Ao nível político. Procura (Sujeito):
Ao nível social. Visitante
Ao nível cultural. Determinações, condicionantes e
Ao nível económico. motivações sociais, económicas e
culturais que o levam ao turismo.
Ao nível tecnológico. Oferta (Objecto):
Ao nível jurídico-institucional. Destinos
Ao nível sanitário. As intervenções humanas que levam lá
as pessoas, as acolhem e fazem ficar
Ao nível educativo e científico.
Interacção Sistémica:
Actores e Protagonistas (comunidade de Acolhimento, Turista, Empresário, autoridades
locais, centrais e internacionais).
Lógicas e determinações sociais, culturais, económica, ambientais.
Nível de decisão (local vs. Global).
Funções preenchidas pelo turismo.
Equipamentos e infra- estruturas e
componentes dos recursos turísticos.
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necessidades e postos à sua disposição e ainda os elementos naturais ou culturais que concorrem para a
sua deslocação.
Os bens produzidos não podem ser armazenados : todos os bens e serviços turísticos
são produzidos para o momento em que são consumidos não podendo ser armazenados para momentos
posteriores. Não há a possibilidade de constituir stocks.
O consumo turístico é condicionado pela presença do cliente: para haver produção é
preciso que o cliente se desloque ao local onde ela se realiza. É este que se desloca para onde os bens e
serviços turísticos são produzidos e não o contrário.
Simultaneidade da produção e do consumo: só existe produção turística quando existe
consumo.
A oferta turística é imóvel: não há possibilidade de deslocar a oferta turística para outro
local.
O produto turístico é compósito: qualquer viagem comporta necessariamente um conjunto
mínimo de bens e serviços (transporte, alojamento e alimentação).
Intangibilidade: os produtos turísticos são imateriais apenas podendo ser observados e
experimentados no acto de consumo não podendo ser testados, nem observados, a não ser por fotos,
antes da decisão de compra.
Endógena: ligação entre os recursos, principalmente, internos, e características dos locais.
Integração Espacial: todos os factores ambientais e sociais que permitem a integração em
determinado local.
GRANDES COMPONENTES:
Componente Primária:
Recursos Turísticos (naturais ou criados pelo homem): constituem a componente
fundamental da oferta. Os elementos básicos incluídos nesta categoria são, por um lado, o clima, a flora e
a fauna, a paisagem, as praias e as montanhas que se incluem nos recursos naturais e, por outro, a arte,
a história, os monumentos, os parques temáticos, que se incluem nos recursos criados pelo Homem.
Hidromo: todo o elemento de atracção relacionado com a água.
Fitomo: elemento natural associado à terra (clima, paisagem, relevo).
Litomo: todo o elemento construído pelo homem que tenha interesse pela sua natureza
ou pelo uso que está destinado (monumentos, arquitectura antiga/recente).
Antropomo: o elemento fundamental é o homem (hábitos, tradições, costumes).
Mnemono: relativo à memória e que provocam deslocações turísticas pela recordações
ou memórias ligadas a determinados locais.
Características dos recursos naturais mais favoráveis ao desenvolvimento de actividades
turísticas:
Possibilidade Multi-Uso.
Localização.
Equilíbrio da sua Utilização.
Facilidade de Acesso.
Componente Secundária:
Actividades (negócios) recreativas e de animação: negócios primários (transportes,
organização de viagens, alojamento/Catering, atracções turísticas), negócios secundários (compras a
Retalho, bancos e seguros, entretenimento e lazer, excursões, serviços pessoais, agências noticiosas,
limpeza, cabeleireiros), negócios terciários ou serviços de suporte aos negócios turísticos (serviços
públicos, publicidade e imprensa, alimentos e combustíveis, manufacturas e grossistas, infra-estruturas e
equipamentos para o Turismo).
Atracções: parques temáticos, museus, parques nacionais, centros históricos e
arqueológicos, actividades desportivas, balneários terapêuticos e termais, grutas.
Transportes: companhias aéreas, caminhos-de-ferro, transportes rodoviários, aluguer de
automóveis.
Alojamento: hotelaria, apartamentos, aldeamentos, caravanismo, aldeias de férias,
campismo.
Alimentação e Bebidas: restaurantes, bares, cervejarias, cafetarias.
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Acessibilidade e transporte:
Aéreo: voos regulares, não regulares, de baixo custo, fretados.
Marítimo: para passagem por exemplo de uma margem para outra de um rio, ou
realização de cruzeiros e viagens fluviais.
Rodoviário:
Automóvel: flexibilidade, liberdade e economia.
Autocarro: em linhas regulares, no interior dos centros urbanos e ligações
interurbanas; integrados em pacotes turísticos na realização de viagens; transferência entre os terminais
de chegada e de partida e entre hotéis e locais de atracção turística; aluguer para viagens previamente
programadas.
Ferroviário: único não poluente, visto que é eléctrico.
Hospitalidade:
O espírito de hospitalidade, a cortesia, a deferência, o desejo de bem servir, bem como a
atmosfera, a limpeza, a informação e as condições criadas para receber bem os visitantes, constituem
uma componente importante da procura turística. O desenvolvimento da hospitalidade é um dos mais
importantes factores do turismo e que tornam um destino mais atractivo. A atitude favorável em relação
aos visitantes pode ser criada e desenvolvida mediante programas de informação pública e de
propaganda tais como: “O sol da nossa simpatia”, “Portugal de braços abertos”, “O turismo é o pão e a
sua manteiga” realçando-se, por um lado, as atitudes que favorecem a relação com os visitantes, por
outro, a importância que o turismo tem na vida dos residentes.
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Turismo Rural
“Turismo em espaço rural” é a seguinte: conjunto de actividades e serviços realizados e
prestados mediante remuneração em zonas rurais, segundo diversas modalidades de hospedagem, de
actividades e serviços complementares de animação e diversão turística, tendo em vista a oferta de um
produto turístico completo e diversificado no espaço rural. Compreende os serviços de hospedagem
prestados nas modalidades de:
“Turismo de habitação”,
“Turismo rural”,
“Agro-turismo”
“Casas de campo”
“Turismo de aldeia”
“Hotéis rurais”.
Neste tipo de Turismo, a cultura rural é a componente-chave do produto a oferecer e o factor
diferenciador é permitir ao turista um contacto personalizado com o ambiente humano e físico em
espaços rurais e a participação em actividades, tradições e lifestyles da população rural.
Turismo de Negócios
Conceito: “todos os visitantes que se deslocam para fora do seu ambiente habitual, por um
período inferior a um ano, por razões profissionais ou motivos de negócios e não exercendo qualquer
actividade remunerada no local visitado”. As viagens por motivo de Negócios compreendem as seguintes
actividades:
“Incentive Travel”.
Congressos e Conferências, Feiras e Exibições para profissionais.
Negócios.
Ao segmento de Turismo de Negócios correspondem, assim, diversos produtos
nomeadamente:
Reuniões, Conferências, Congressos e Seminários
Viagens de Incentivo
Feiras e Exposições
Viagens de Executivos (Executive Travel)
Note-se que muitas vezes, e crescentemente, esses produtos aparecem interligados. Por
exemplo, o produto Conferências, Congressos e Seminários está cada vez mais ligado a Viagens de
Incentivo e a viagens individuais de negócio.
Turismo Ecológico
A definição de “ecoturismo” da Ecotourism Society é a de “turismo consciente”, no sentido da
conservação dos ambientes naturais e da sustentação do bem-estar das populações locais.
Este segmento de Ecoturismo e Natureza pode incluir vários produtos turísticos,
nomeadamente natured-based travel, viagens ambientais e ecológicas, expedições científicas, trocas
culturais, estudo de línguas, reality tours, earth restoration projects, wildlife safari tours (que incluem
birdwacthing, ver golfinhos, elephant trekking, gorilla safaris, polar-bear watching, wolf watching...).
Turismo Religioso
Neste tipo de Turismo a motivação principal da deslocação/estadia é o culto, a fé e a visita a
lugares directamente relacionados ou espirituais. Compreende a procura de um Turismo com uma
conotação espiritual e propiciadora de uma viagem interior e rejuvenescimento espiritual, que permita
compensar a aparente falta de sentido da nossa vida quotidiana nos tempos actuais de grande
consumismo e stress.
Fronteira entre Turismo Religioso e Turismo Cultural (muitas vezes as pessoas visitam locais
religiosos não por eles serem religiosos, mas pelo seu carácter único)
Vários estudos sobre T.Religioso sublinham que este Turismo pode abranger 3 vertentes:
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uma primeira vertente mais espiritual, muito identificada com as peregrinações, em que a
motivação principal da deslocação/estadia é a fé e os lugares directamente relacionados,
chamados santuários (“lugar por excelência da proximidade de Deus);
uma outra vertente de “Turismo em lugares religiosos e Turismo de objectos religiosos”,
ou seja, uma vertente mais cultural do Turismo Religioso, em que a razão principal das visitas
“não é geralmente conhecer o objecto religioso como tal, mas como um produto da cultura
humana, i.e., é uma abordagem sociológica de “acesso à cultura emanada das grandes
religiões;
uma categoria intermédia, em que face à primeira a componente religiosa é menor e em
que a peregrinação é sobretudo o pretexto para fazer turismo, i.e., visitar lugares e
monumentos que de outra forma não se visitariam; nesta categoria o Turismo Religioso pode-
se definir como “um complemento do cultural e do espiritual que dá lugar a uma interacção
valorizante para o homem.
Turismo Cultural
O Turismo Cultural compreende os eventos, as actividades e as experiências culturais; supõe
a imersão e/ou a apreciação das áreas, estilos de vida das populações locais e tudo o que lhes confere
identidade e carácter.
De entre o conjunto de produtos de Turismo Cultural destacam-se os ligados a city breaks e
short breaks de viagens a locais de interesse histórico-cultural, como cidades/vilas, museus e
monumentos históricos (incluindo a locais Património Mundial da UNESCO), bem como a núcleos
museológicos contemporâneos e de Turismo Industrial (aproveitamento de minas e unidades produtivas).
Turismo Desportivo
Turismo de Desporto é definido pela OMT como a participação activa ou passiva (como
espectador) em desporto competitivo ou recreativo. O desporto é a motivação principal para a deslocação
e o destino é escolhido pelas suas qualidades intrínsecas para a prática do desporto, embora o elemento
turístico possa estar incluído e reforçar a experiência.
Este segmento inclui os seguintes tipos de desporto e produtos:
Golfe
Desportos náuticos
Caminhada, treking, biking
Ténis e outros desportos passivos de bola
Caça e pesca
Desportos aquáticos/subaquáticos (mergulho e outras actividades aquáticas, como surf,
viagens em submarinos, etc.)
Desportos de Inverno (sobretudo esqui, mas também snowboard...).
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A TIPOLOGIA DE DAVIDSON
Branco
Associado à prática de desportos de Inverno e a todas as actividades turísticas ligadas à
neve
Verde
Definido como as actividades turísticas praticadas em espaço rural
.considera que o turismo verde está intimamente relacionado com o turismo alternativo e
propõe seis tipologias: .turismo alternativo, turismo responsável, turismo discreto, ecoturismo, turismo
sustentável, turismo suave
.Davidson reconhece que as diferenças são praticamente inexistentes e “indicam sobretudo
diferenças entre o turismo de massas convencional e o movimento que se lhe apresenta como uma
alternativa” – a demanda do bom turista, respeitador dos seres e dos sítios.
Azul
Relacionado com as actividades turísticas balneares
Luzes
Actividades turísticas que têm lugar nas cidades de pequena e média dimensão
A TIPOLOGIA DE PRZECLAWSKI
Contacto com a cultura, natureza e pessoas
2- Como lazer e divertimento
3- Como tratamento de saúde
4- Como forma de educação
5- Por motivos de negócios
6- Por motivos religiosos
7- Como forma de criatividade
8- Por razões familiares
9- Como desinibidor
10- Induzido pela publicidade
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