Geografia Dos Transportes
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Elsa Pacheco
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Relatório da disciplina de
Departamento de Geografia
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Novembro 2004
Geografia dos Transportes e Comunicações
Licenciatura em Geografia da UP
2004
ÍNDICE
Prefácio ............................................................................................. 4
Parte I – Introdução............................................................................. 6
A. A abordagem aos transportes e comunicações no Curso de
Geografia da Universidade do Porto................................................ 7
B. Sequência pedagógica da disciplina............................................ 9
C. Elementos para a planificação da disciplina.................................. 11
C.1 Condições de partida e competências................................. 12
C.2 Conteúdos, objectivos, metodologia e avaliação................... 13
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Geografia dos Transportes e Comunicações
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2004
Parte IV – Bibliografia.......................................................................... 84
A. Bibliografia de base para a disciplina........................................... 85
B. Bibliografia temática.................................................................. 88
TEMA 1 - Organização territorial em redes................................ 88
TEMA 2 - Evolução dos transportes e comunicações................... 90
TEMA 3 - Desenvolvimento territorial e redes de transportes e
comunicações....................................................................... 94
TEMA 4 - Impactes territoriais dos transportes e comunicações... 98
TEMA 5 - A abordagem aos transportes e comunicações em
Geografia............................................................................. 102
C. Bibliografia de âmbito didáctico e pedagógico............................... 104
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Geografia dos Transportes e Comunicações
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2004
PREFÁCIO
Esta área científica existe como disciplina de opção dos 3º e 4º anos há mais de
uma década no curriculum do Curso de Geografia do Porto. O Planeamento de
Transportes, por imposição da reestruturação curricular do Curso de Geografia,
funcionou pela última vez no ano lectivo de 2001/2002. Actualmente o curriculum
do Curso apresenta duas disciplinas semestrais neste âmbito temático: a de
Geografia dos Transportes e Comunicações e a de Planeamento e Políticas de
Transportes.
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Geografia dos Transportes e Comunicações
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Concluo este prefácio agradecendo, em primeiro lugar, aos meus alunos porque
foram/são o suporte da minha auto-avaliação como docente, isto é,
consubstanciam a necessidade de uma actualização constante, tanto em termos de
investigação científica, como no âmbito da prática pedagógica. Do mesmo modo,
agradeço também aos amigos, aos colegas e aos orientadores dos trabalhos
académicos que desenvolvi, presenças fundamentais para o aprofundamento do
meu conhecimento sobre os transportes e comunicações no âmbito da Geografia.
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PARTE I - INTRODUÇÃO
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Por outro lado, e admitindo que a educação assume, cada vez mais, um papel de
grande relevo, seja como garante do bom funcionamento social, ou como processo
fundamental de preparação e formação para o mundo do trabalho, as questões da
circulação, as lógicas das redes de informação/conhecimento e o seu papel no
desenvolvimento económico e social, são fundamentais para a formação do
geógrafo.
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Relatório de Auto-avaliação. Curso de Geografia, 2002:27
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Assim sendo, a estruturação dos vários temas que aqui se propõem, procura
obedecer a uma sequência pedagógica, com o intuito de obter uma valorização e
coerência de todo o processo de ensino-aprendizagem. De facto, a preparação dos
temas a leccionar não é um trabalho linear, pelo contrário, é necessário um
reajuste constante decorrente de uma reflexão sobre o trabalho realizado. O
esquema seguinte dá conta da organização da sequência pedagógica da disciplina,
isto é, sintetiza os passos dados para a concepção/construção dos conteúdos e
metodologias fundamentais que moldam a Geografia dos Transportes e
Comunicações.
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Elaboração da avaliação
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Condições de partida
Objectivos Conteúdos
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A. Condições de partida
(P) aulas práticas (duas horas) – são aulas de aplicação e de exercitação das
aprendizagens;
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Diário da República – II série, nº 165, 18 de Julho de 2001, pp. 12025-12028
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Toda a informação (como os sumários, os slides das aulas ou textos) das aulas será
disponibilizada na página da disciplina em www.letras.up.pt. Quando tal não for
possível, os estudantes serão informados da sua disponibilização na reprografia da
Faculdade. Além destes canais de acesso às ferramentas de trabalho, os estudantes
são informados pelo professor sobre as instituições e fontes existentes para o
desenvolvimento dos seus trabalhos.
B. Competências
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C. Conteúdos temáticos
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O Curso de Geografia da Universidade do Porto orienta-se por três objectivos fundamentais: a
Formação científica (promover o conhecimento do território e analisar metodologias e processos de
intervenção no território); a capacidade de adaptação (desenvolver a criatividade e desenvolver
competências de ajuste permanente às mudanças) e, finalmente, a Formação pessoal (desenvolver
espírito crítico, desenvolver capacidade de comunicação e promover capacidade de trabalho em grupo e
o relacionamento interpessoal) (Relatório de Auto-avaliação. Curso de Geografia, 2002: 28)
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Ora, a partir destes princípios genéricos, foi possível formular cinco objectivos:
O território organiza-se em redes de vários tipos que evoluem e que se desenvolvem a par e
passo com as dinâmicas territoriais, gerando impactes positivos e/ou negativos. A abordagem
aos transportes e comunicações é fundamental para explicar as alterações territoriais em
Geografia.
Temas
Objectivos
Nº Título
Caracterizar a composição e
1 Organização territorial em redes
funcionamento das redes territoriais
Interpretar os processos de Evolução dos transportes e
2
construção de redes comunicações
Discutir a relação entre
Desenvolvimento e redes de
transportes/comunicações e o 3
transportes e comunicações
desenvolvimento territorial
Avaliar os impactes territoriais dos Impactes territoriais dos transportes e
4
transportes e comunicações comunicações
Defender pontos de vista na
A abordagem aos transportes e
abordagem aos transportes e 5
comunicações em Geografia
comunicações em Geografia
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C.2 Calendarização
Nº
Total
aulas Aula Conteúdos Temáticos
horas
T+P
Apresentação
Conteúdos programáticos,
1 4
Actividades, Funcionamento das
aulas, Avaliação
1.1 Redes: definições e
2 8 1. Organização territorial em redes tipologias
1.2 Mobilidade e acessibilidade
2. Evolução dos transportes e
3 12 2.1 Os transportes e
comunicações
comunicações na Europa e no
Saída de estudo Mundo
Museu dos Transportes (Porto) 2.2 Os transportes e
1 4a6
e/ou Museu Carro Eléctrico (Porto) comunicações em Portugal
e/ou Museu da Imprensa (Porto)
3.1 Arranjos territoriais
3. Desenvolvimento territorial e
associados aos transportes e
2 8 redes de transportes e
comunicações
comunicações
3.2 O território electrónico
4.1 Alteração das redes:
4. Impactes territoriais dos
3 12 especialização vs segregação
transportes e comunicações
territorial
Saída de estudo 4.2 Risco, vulnerabilidade e
Douro, Vouga, ... (comboio, externalidades
1a2
1 navegação fluvial, rede viária... e 4.3 Redes para o
dias
desenvolvimento/impacte desenvolvimento: entre o local
territorial) e o ciberespaço
5.1 Apontamentos sobre os
transportes nas formulações da
5. A abordagem aos transportes e economia espacial
2 4
comunicações em Geografia 5.2 Geografia da circulação,
dos transportes e das
comunicações
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D. Aspectos metodológicos
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A existência de um método de ensino implica a prática pedagógica do professor, isto é, pressupõe a
existência de um projecto, a adequação dos recursos e alguma previsibilidade nos resultados. Neste
âmbito, podem considerar-se três tipos de métodos: o magistral, o activo e o programado. Com o
primeiro, o mais usual, o professor possui um papel determinante na definição dos conteúdos, na gestão
da aula e na regulação de todas as actividades. No método activo, o professor tem a responsabilidade de
colocar os estudantes em condições de produzirem para si próprios, desempenhando aqui o papel de
mediador. Finalmente, com o método programado, as aprendizagens são racionalmente organizadas
segundo dois princípios: o princípio da análise, que consiste em decompor um conteúdo complexo nos
seus elementos constitutivos simples e o princípio da facilidade relativa, que consiste em organizar os
elementos obtidos do mais simples para o mais complexo (SCHOUMAKER, 1999: 169).
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E. A avaliação
Certo parece ser que, limitar a avaliação ao exame final – cento e vinte minutos de
prova baseada apenas em conteúdos temáticos –, não é em todos os casos a
melhor forma de avaliar os conhecimentos e competências alcançadas pelos
estudantes. De facto, quando utilizados com objectivos formativos, os testes podem
funcionar como orientadores da aprendizagem, na medida em que mostram aos
estudantes o que é considerado fundamental, devendo ser utilizados com
moderação e completados com outras situações de avaliação.
5
(...) avaliar uma competência complexa é ter em conta não somente os diversos saberes e saberes-
fazer que a constituem, mas também os traços da sensibilidade, da imaginação, da opinião pessoal e da
afectividade dos estudantes. Pressupõe o agir em situação mobilizando, nessa acção, de forma integrada
e equilibrada, conhecimentos, capacidade, procedimentos e atitudes, para se tornar competência
demonstrada (PERALTA, 2002: 29).
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Por estas razões, e porque esta disciplina é uma opção, apresentando-se com um
número razoável de alunos para a implementação do tipo de avaliação contínua,
procurar-se-á explorar o que se considera mais adequado à avaliação no ensino
superior, avaliando competências, clarificando os seus objectivos, sempre numa
lógica de avaliação formativa e sumativa para a melhoria do desempenho do
estudante e do professor (NEWBLE e CANNON, 2000).
Quer o estudante opte por avaliação contínua, quer por avaliação final, a avaliação
deverá sempre contemplar as competências desenvolvidas e o processo de ensino-
aprendizagem, respeitando a importância atribuída a cada uma das partes do
programa, ponderando os tempos e profundidade atribuída a cada tema.
O objecto da avaliação não se deve cingir apenas aos conteúdos temáticos, mas
também às competências que se pretende os estudantes mobilizem no final do
semestre;
Devem ser considerados vários momentos de avaliação ao longo do processo de
ensino-aprendizagem, para que se confira à avaliação um real carácter contínuo
(formativo);
Os momentos de avaliação final (sumativa) devem respeitar o encadeamento dos
diversos conteúdos;
A avaliação é um mecanismo de regulação do processo de ensino-aprendizagem,
pelo que, da análise e interpretação dos resultados obtidos, deve resultar o
aperfeiçoamento do funcionamento da disciplina.
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Por portefólio pode entender-se (...) uma colecção significativa dos trabalhos do seu autor que ilustram
os seus esforços, os seus progressos e as suas realizações num ou em diferentes domínios. [...] na qual
o estudante dá conta das reflexões que faz, dos esforços que desenvolve, define, para si próprio,
objectivos, determina as estratégias a seguir, lança a si mesmo desafios (BERNARDES e MIRANDA,
2003: 17 e 18).
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O portefólio permite dissuadir dois tipos de problemas que é possível identificar nos
tradicionais exercícios práticos: a falta de hábitos de reflexão e produção de opinião
sobre as leituras efectuadas e a parca liberdade conferida aos estudantes na
condução dos seus trabalhos. Nesta fase mais avançada da licenciatura (3º/4º ano)
faz todo o sentido permitir ao estudante, a possibilidade de tomar opções e decidir
sobre a organização e aprofundamento dos seus conhecimentos. O portefólio é,
portanto, um instrumento com inúmeras vantagens na perspectiva da prática de
auto-regulação, porque o seu autor apropria-se dos objectivos e dos critérios de
avaliação, adquire métodos de trabalho, confronta-se com situações autênticas,
controla o desenrolar das actividades, ajusta os resultados em função dos critérios
de avaliação, isto é, desenvolve a sua autonomia.
A avaliação dos portefólios será sujeita a uma série de critérios cabendo-lhe uma
importante percentagem na classificação final, a qual em situações regulares de
funcionamento nunca deverá ser inferior a 50% do total. Os critérios de correcção,
apresentados e discutidos com os estudantes no início das actividades lectivas,
passarão pela organização do portefólio, pela qualidade das reflexões, dos
comentários e da interpretação dos diversos documentos inseridos, pela qualidade
e valor das fontes consultadas, pelo esforço do estudante em melhorar e superar-
se, pela selecção dos documentos a inserir, entre outros aspectos.
Uma das chaves principais da avaliação sumativa é a relação proporcional que deve
existir entre o que se fez e o que se pede. Assim sendo, no momento de elaboração
do teste, o professor deve ter bem presente a profundidade e o tempo que ocupou
com cada assunto, sendo que é a partir desta ponderação que resultarão os
primeiros elementos para a construção dos testes.
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O retrato do processo educativo é construído a partir do registo do aprofundamento com que
conteúdos e competências foram trabalhados nas aulas, o que resulta numa série de recomendações.
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Após a definição dos traços gerais de planificação semestral, cabe agora indicar
para cada tema, o tipo de aulas, as situações educativas a desenvolver, os
objectivos a privilegiar e as competências a mobilizar.
Enquadramento do tema
Competências envolvidas
Condições de partida
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Enquadramento do tema
Competências envolvidas
Condições de partida
Aulas previstas 2
Tipo de aulas: T+P
Média alunos/sessão 40
Recursos Projector multimédia, mapas, papel de engenharia,
máquina de calcular
Objectivos
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Conteúdos temáticos
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A procura e a oferta devem ser doseadas no território para que não ocorram
desequilíbrios no desempenho dos sistemas de transportes e/ou comunicações e,
consequentemente, no desenvolvimento económico e social.
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Enquadramento do tema
Adquiridos alguns dos conhecimentos de base sobre o funcionamento das redes e sua
organização no território, cabe agora perceber de que forma se alçaram os cenários actuais.
Percorrem-se os momentos fundamentais da história dos transportes e comunicações,
conjugando as diferentes escalas desde a mundial à nacional, passando pela europeia.
O conhecimento do papel dos transportes na construção dos territórios é fundamental para a
compreensão das lógicas de desenvolvimento e de organização dos diferentes espaços
geográficos, assunto que será abordado no tema seguinte.
Competências envolvidas
Condições de partida
Aulas previstas 4
Tipo de aulas: 1(T+P)+2(TP)+1(saída de estudo)
Média alunos/sessão 40
Recursos Projector multimédia, mapas, textos
Objectivos
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Conteúdos temáticos
A facilidade com que se circula nas redes na viragem para o século XXI introduz
novas questões de controlo e gestão das mesmas, sendo que há medida que se
apuram os desenvolvimentos tecnológicos, mais difícil se torna controlar a
liberdade crescente com que a informação e pessoas circulam a nível mundial.
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Até à Idade Média pouco se fez no capítulo dos transportes. Com o Império
Romano construiu-se uma vasta rede de estradas que ligavam as principais cidades
na bacia do Mediterrâneo e, com o Império Chinês, a aposta centrou-se na
navegação fluvial com a construção de vários canais artificiais – vias que
consolidaram os territórios que entretanto eram conquistados (MÉRENNE, 1995:
11-15).
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Após os esforços encetados pelos irmãos Wright logo nos primeiros anos do século
XX, em 1919 é inaugurado o primeiro serviço comercial de transporte aéreo de
passageiros entre Inglaterra e França, rede que conheceu uma larga expansão por
toda a Europa e Estados Unidos nas décadas seguintes. Em 1958 entra em serviço
o primeiro avião a jacto, oferecendo condições de circulação e de cargas cujo tipo
de vantagens dificilmente seriam igualadas por outros modos, remetendo o modo
marítimo para o transporte de carga. Cerca de dez anos depois (1969) o modo
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Até à segunda metade do século XVIII, altura em que entrou em serviço a mala-
posta para o transporte do correio, as deslocações em Portugal faziam-se a pé, com
o recurso a animais e por via fluvial, confinando-se a espaços muito restritos
(FERREIRA, 1946: 30).
A Carta Militar das Principais Estradas de Portugal de 1808, apesar de não revelar o
estado de conservação e as características das estradas, deixa perceber a presença
de uma rede relativamente densa (o que não significa de qualidade) que cobre de
uma forma bastante homogénea o território português (MACEDO, 1982: 142).
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O ano de 1835 ficou ainda marcado pela proposta para a introdução do caminho-
de-ferro em Portugal. Obra a cargo da Companhia das Obras Publicas de Portugal,
cujos trabalhos de concepção já se tinham iniciado em 1835, mas só na década de
50 iriam avançar em definitivo. Considerado como um meio de transporte de longa
distância, as “estradas de ferro” como muitos lhe chamaram foram sendo traçadas
de acordo com as direcções definidas pelas localidades mais importantes onde se
supunha existir uma procura mais intensa, ou seja, muito próximas dos anteriores
eixos rodoviários.
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Costa Cabral sucedem-se em leituras críticas que denotavam uma visão de futuro
muito interessante sobre a inserção territorial da rede de transportes em Portugal,
opiniões que se mantêm, no essencial, na actualidade.
Já com o Ministro das Obras Públicas Comércio e Indústria - Fontes Pereira de Melo
-, dar-se-ia início a um período de vastas intervenções no sector das comunicações
terrestres nacionais (SERRÃO, 1962: 273). Em 1854, o “Sistema Geral de
Comunicações do Reino” dá conta da rede de estradas, do traçado do caminho-de-
ferro e das vias fluviais, num mapa com uma estrutura de ligações bastante
equilibrada, mas muito ambicioso. Considerando a rede de caminho-de-ferro como
a mais apropriada para efectuar viagens de longa distância, definem-se duas
linhas: uma entre Lisboa e Porto e outra a Norte da primeira em direcção a
Espanha. Mas a ênfase nesta proposta é colocada na canalização de rios e nos
melhoramentos da navegação fluvial, uma vez que, conjuntamente com o traçado
do caminho-de-ferro, substituem algumas das ligações principais consideradas no
decreto de 26 de Julho de 1843 (ALEGRIA, 1990: 58 e 59).
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A entrada no século XX, é feita com uma rede de estradas compartimentada e com
uma parca extensão do caminho-de-ferro (CABRAL, 1941: 229). A debilidade das
estradas nacionais, de resto como já vinha sendo feito, continuou a suscitar críticas
por vários autores sobre a ausência do fecho da sua malha e uma baixa densidade
nas áreas do interior (RIBEIRO, 1936: 3).
Nos anos trinta do século XX, ainda que numa fase muito débil de desenvolvimento
da rede de camionagem, o alheamento da atenção por parte do Estado à alteração
da escolha modal que então se iniciou, viria a resultar mais tarde, conjuntamente
com o aumento generalizado da motorização, em disfunções acumuladas nos
sistemas de transportes, com repercussões até à actualidade. De facto, a falta de
protecção da ferrovia, serviço muito mais rígido em termos de cobertura territorial
e cujo funcionamento exigia investimentos mais avultados, resultou na crescente
asfixia do sistema ferroviário, uma vez que, também a camionagem começou por
servir, e sempre com maior frequência, as áreas de maior procura quase
“decalcando” os percursos do comboio (DAVEAU, 1999: 773).
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maiores com mais conforto, mas encontra explicação também, e cada vez mais, na
facilidade com que é possível comunicar à distância, trocando dados com uma
dimensão muito razoável.
Das quatro aulas previstas, apenas a primeira se apresenta com uma separação clara entre
teórica e prática, sendo as duas seguintes teórico-práticas e a última uma saída de estudo. A
metodologia para a primeira aula justifica-se pela necessidade de iniciar este módulo com
uma estratégia de motivação baseada não só no registo dos grandes momentos do
desenvolvimento dos transportes e comunicações, como num conjunto de ferramentas de
apoio (imagens, filmes, excertos de textos, entre outros) que enquadrem os estudantes e os
despertem para o debate nas aulas seguintes.
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Enquadramento do tema
Competências envolvidas
Condições de partida
Aulas previstas 2
Tipo de aulas: 1(T+P)+1(TP)
Média alunos/sessão 40
Recursos Projector multimédia, mapas,
textos
Objectivos
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Conteúdos temáticos
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A facilidade com que se alcançam praticamente todos os locais, por via das redes
de transportes e comunicações, tem colocado novas questões que se prendem com
os espaços que medeiam as origens e os destinos. A estruturação das redes
orienta-se pela dimensão da procura, ou seja, há pontos no território que
funcionam como nós da rede, para os quais convergem/divergem os fluxos. Os
espaços intermédios, atravessados pelos arcos das redes, não são servidos
directamente ou, para o caso das infra-estruturas de transportes terrestres, até
podem ver-se atravessados por uma barreira à circulação local.
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Tal como na anterior unidade temática, também aqui se joga com a possibilidade de conjugar
actividades separadas entre teórica e prática e teórico-prática. Assim sendo, na aula teórica
os estudantes poderão assistir a um conjunto de sequências que ilustram a diversidade de
redes em áreas de alta e baixa densidade de ocupação, e a sua relação com as dinâmicas
territoriais. Ainda nesta primeira aula, mas agora na componente prática, os estudantes serão
instados a comentar casos de estudo a partir de textos fornecidos pelo professor.
8
Livro Branco da Comissão Europeia "Crescimento, competitividade e emprego - os desafios e as vias de
acção para a entrada no Século XXI", 1993.
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Enquadramento do tema
Competências envolvidas
Condições de partida
Aulas previstas 4
Tipo de aulas: 1(T+P)+2(TP)+1(saída de estudo)
Média alunos/sessão 40
Recursos Projector multimédia, mapas,
textos
Objectivos
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Conteúdos temáticos
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COMISSÂO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS, Jul. 2000: 11 e 12
10
COMISSÂO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS, Nov. 2000: 124
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Constituindo as vias um uso do solo, tal como os restantes usos, a sua utilização
deve ser controlada, tanto mais em áreas onde os espaços disponíveis são cada vez
mais escassos, com a crescente pressão na utilização das áreas urbanas. Sendo
assim, o investimento em transportes vem progressivamente abandonando a ideia
da expansão da oferta em resposta aos congestionamentos, para acentuar mais a
gestão da procura. Foi este o enquadramento de uma série de planos desenvolvidos
na década de oitenta. Por exemplo na Alemanha, a investigação sobre os processos
de captação de utilizadores do automóvel para o transporte público e o
desenvolvimento de métodos multicritério (nos quais se consideravam, entre outros
indicadores, a poluição, os usos do solo, o tráfego e aspectos de financiamento das
infra-estruturas), terão ocupado grande parte dos planos elaborados para as
cidades e para áreas de menor escala (BANISTER, 1994: 106).
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O Mundo está a atravessar uma crise ambiental. É uma preocupação que tem vindo
a ser expressa desde o início dos anos 70 do século XX, em momentos como a
Conferência de Estocolmo (1972), o Relatório Brundtland (1986), a Conferência do
Rio (1992), encontros que vão revelando a convergência de pontos de vista sobre
um problema que afecta todos.
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Será com certeza a inovação tecnológica que no futuro próximo terá de resolver a
necessária convivência entre desenvolvimento e ambiente.
Tal como nos Estados Unidos, a viragem para os anos setenta fica marcada por
uma mescla de políticas que, basicamente, revelam uma fase de transição em
termos de intervenção no território e também no domínio dos transportes, em
consequência da crescente importância atribuída às questões ambientais,
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“Livro Verde sobre o Impacto dos Transportes no Ambiente. Uma estratégia comunitária para
mobilidade sustentável”, Ingenium, Revista da Ordem dos Engenheiros, 1991: 56.
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Desde meados de oitenta, mas principalmente nos anos noventa, a crise no tráfego
e no ambiente, provocada em larga medida pelo uso excessivo do automóvel,
conduziu a algum desgaste no sector do transporte. O alargamento das periferias
urbanas a par do esvaziamento pela população e suas actividades dos centros
tradicionais das grandes aglomerações, tanto por dificuldades de circulação como
por falta de alternativas interessantes de transporte (principalmente público), entre
outros factores, trazem à discussão a necessidade de novas políticas de transportes
capazes de conciliar níveis aceitáveis de mobilidade com níveis mais elevados de
eficiência. Na sequência de vários trabalhos levados a cabo pela Organização
Meteorológica Mundial e pela ONU, em 1988, 154 Estados assinaram a Convenção
das Nações Unidas sobre as alterações climáticas, a qual preconiza a estabilização
da emissão de gases promotores do efeito de estufa. Em 1990, a Conferência dos
Ministros Europeus dos Transportes debruçou-se sobre o tema “Transportes e
Ambiente”, recomendando a avaliação dos impactes da construção e utilização das
estradas sobre o ambiente (ESCOURROU, 1996: 134 e 135).
12
Página 2 e 4 da Declaração de Bergen, citada em “Livro Verde sobre o Impacto dos Transportes no
Ambiente. Uma estratégia comunitária para mobilidade sustentável”, Ingenium, Revista da Ordem dos
Engenheiros, 1991: 55
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O Plano Nacional de Prevenção Rodoviária (PNPR) visa uma redução de 50% dos
números de mortos e feridos graves até 2010, em referência à média de
sinistralidade dos anos 1998 a 2000. Para que tal venha a tornar-se realidade, e
dada a estrutura da sinistralidade rodoviária nacional, a redução das vítimas
mortais e dos feridos graves deve ser na ordem dos 60% nos seguintes casos:
peões, utentes de veículos de duas rodas a motor e utentes acidentados dentro das
localidades (IEP, Fórum de Segurança Rodoviário 21/01/2004).
A questão da segurança nas sociedades actuais no âmbito das redes não se resume
apenas aos acidentes directamente ligados com o sector dos transportes. Uma das
maiores ameaças relaciona-se com a facilidade com que a informação circula em
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Neste bloco temático repete-se a estrutura fundamental da utilizada no tema 2. Das quatro
aulas previstas, uma separa-se em teórica e prática, duas são teórico-práticas e uma
corresponde à saída de estudo.
A última aula corresponde a uma saída de estudo de, pelo menos, um dia. Pretende-se com
esta actividade desenvolver um percurso que permita observar diferentes situações
relacionadas com o tema.
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Enquadramento do tema
No fecho desta sequência de temas, pode agora perceber-se melhor qual a importância da
abordagem aos transportes e comunicações em Geografia, ou se se quiser, em qualquer
abordagem científica ou técnica que verse o território.
A construção das reflexões sobre transportes e comunicações no âmbito da Geografia e a
criação de áreas temáticas autónomas nessa área científica, constituem o mote para o
desenvolvimento deste tema, que tem uma função dupla: fechar os conteúdos desta disciplina
e abrir caminho para uma abordagem mais técnica e prática na disciplina de Planeamento e
Políticas de Transportes a decorrer no segundo semestre do Curso de Geografia da
Universidade do Porto.
Competências envolvidas
Condições de partida
Aulas previstas 2
Tipo de aulas: 1(T+P)+1(TP)
Média alunos/sessão 40
Recursos Projector multimédia, mapas, textos
Objectivos
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Conteúdos temáticos
13
HAWKING, 1996: 31 e 37; POTRYKOWSKI e TAYLOR, 1984: 154 ; HAGGETT, 1973:46.
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1973: 45). Aliás, até meados do século XX, o papel dos transportes na estruturação
das áreas urbanas ocupou parte significativa das interpretações das dinâmicas
espaciais (TOLLEY e TUTON, 1995:96).
14
TAAFFE, GAUTHIER e O’KELLY, 1996: 72
15
TOLLEY e TURTON, 1995: 302; BRUTON, 1985: 278-281.
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16
TAAFFE, GAUTHIER e O’KELLY, 1995: 340-361; POTRYKOWSKI e TAYLOR, 1984: 278-287
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17
CLOSIER, 1972:23 e 24
18
FERREIRA e SIMÕES, 1990: 36
19
CLOSIER, 1972: 32 e 33
20
SEGUI-PONS e PETRUS BEY, 1991:14
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Um outro autor com várias publicações em língua francesa é Pierre MERLIN. Dos seus trabalhos
destacam-se títulos como: “Les transports parisiens: étude de géographie économique et social” (1967);
“La planification des transports urbains” (1984); “Géographie, économie et planification des transports”
(1991) e “Géographie des transports” (1992).
22
WOLKOWITSCH, 1973: 340
23
WOLKOWITSCH, 1973: 352
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GAUTHIER, O’KELLY, este livro viria a conhecer uma segunda edição em 1996,
agora com acréscimos sobre os problemas recentes que se colocam aos
transportes, nomeadamente a análise dos transportes urbanos ou os modelos
comportamentais.
No início da década de 80, “The spirit and purpose of transport geography” (1981)
de Whitelegg, “Les orientations de la géographie des transports” de Wolkowitsch
(1983) e, “La geografia de los transportes en busca de su identidade” de Giménez e
Capdevilla (1986), entre outros, retratam a complexidade das questões pertinentes
aos temas de ligação da geografia e dos transportes, na procura de um
entendimento mais claro sobre objecto e objectivos de estudo.
Além das reedições de algumas das obras de décadas anteriores, ao longo dos anos
90 verificou-se uma nova partição da Geografia dos Transportes em subtemas que
revelam, por um lado, a presença de novas vertentes (como o comércio, o turismo,
o ambiente e o desenvolvimento sustentável) para os quais os transportes e as
comunicações em geral passam a assumir papel de destaque e, por outro, a
procura de soluções através de processos de avaliação dos efeitos.
As duas últimas aulas previstas para esta disciplina colocam os estudantes perante um
conjunto de registos históricos sobre a abordagem aos transportes e comunicações e ao
território, chamando-os a discutir essas abordagens, a sua importância para a consolidação
da temática no âmbito da Geografia e os novos temas emergentes nesta área científica.
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PARTE IV - BIBLIOGRAFIA
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www.routesinternational.com
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