Trabalho 2 de Geografia Regional - Biute David
Trabalho 2 de Geografia Regional - Biute David
Trabalho 2 de Geografia Regional - Biute David
Tema:
O Continente Africano
Discente:
Biute David Lourenço Charles
Tema:
O Continente Africano
Por outro lado, refira-se que o presente trabalho encontra-se estruturado em quatro capítulos:
no capítulo 1 temos a introdução, no capítulo 2 encontra-se a análise e discussão dos temas
propostos, já no capítulo 3 temos conclusão em torno dos objectivos previamente traçados e
finalmente no quarto capítulo vem as referências bibliográficas.
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1.1. Objectivos
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2. O Continente africano
África é o terceiro Continente mais extenso, depois da Ásia e América. Tem uma superfície
que cobre cerca de 1/5 do total da terra firme do globo o que corresponde a 20,3 %, com uma
superfície de cerca de 3.217.000 km2 e mede cerca de 8000 km de Norte a Sul, e 7500 km de
Leste a Oeste (Mate, s/ano).
Pela sua situação geográfica este Continente localiza-se a Sul da Europa ou mesmo que dizer
a sudeste da Eurásia.
A Norte é limitado pelo Estreito de Gilbraltar e pelo Mar Mediterrâneo, no que o separa tanto
da Península Hibérica como da Europa.
O Continente africano é banhado a Norte pelo Mar Mediterrâneo que o separa da Europa; a
oeste pelo Oceano Atlântico; a este pelo Oceano Índico; a Nordeste pelo Mar Vermelho que o
separa da Ásia e se comunica com Oceano Índico através do Estreito de Bab-El Mandeb.
Por outro lado faz parte dos territórios africanos a Ilha de Madagáscar situada cerca de 400
km a Sudeste, frente a Ilha de Moçambique e separada pela parte continental pelo Canal de
Moçambique além de outras Ilhas e Arquipélagos menores.
O Equador atravessa o Continente quase a meio, ficando a maior parte dos seus territórios no
Hemisfério Norte, enquanto a menor se estende pelo Hemisfério Sul.
Do mesmo modo é atravessado pelos Trópicos de Câncer e Capricórnio nas partes Norte e Sul
respectivamente, dai que se diz que se encontra na zona “Tórrida” ou quente.
Do seu ponto mais a Norte que é a Ponta Ben Sakka, em Marrocos, na Latitude 37º 21'N, até
ao ponto mais a Sul, o Cabo das Agulhas na África do Sul, na Latitude 34º 51' 15˝ S, numa
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distância de 8000 km. Do ponto mais Ocidental de África, o Cabo Verde, no Senegal, na
Longitude 17º 33' 22″ W, até Cabo Hafun na Somália, na Longitude 51º 27' 52″ S numa
distância de aproximadamente 7400 km.
A linha da costa do Continente africano é praticamente rectilínea uma vez que não apresenta
reentrâncias nem saliências bem pronunciadas, e diz-se que o Continente africano é um
Continente Maciço, pois não é penetrado por algum braço do mar e não apresenta mares
internos e externos (Jessen e Araujo, 1998).
A Costa Norte no Mediterrâneo é alta, e as vezes escarpada do estreito de Gilbraltar ao Cabo
Branco e dai é baixa e arenosa até ao Canal de Suez.
As principais saliências são o Cabo da Tunísia e o Golfo de Sirte. A Costa Ocidental no
Oceano (Atlântico), exceptuando um pequeno troço no Nordeste do estreito Gilbraltar ao
Paralelo Norte em que é interrompida por escarpas, a costa é baixa até Benguela com uma
interrupção brusca no Golfo da Guiné devido a escarpas dos Camarões que tem saliência ao
Oceano.
Do paralelo 30º Norte ao Senegal a costa é arenosa e árida sendo uma costa de um Deserto.
Deste ponto ao Cabo Palmas é lagunar e dominada por Mangal. É Costa do Golfo da Guiné (a
principal reentrância), é baixa e por vezes pantanosa e quase inacessível.
O mangal é uma associação vegetal que forma uma floresta densa. Normalmente sob
influência das marés sem grande força. Na Beira abunda o Mangal Avicena.
A Costa sudeste, Sul e Sudeste de Benguela (em Angola) até a Ponta do Ouro (Extremo Sul
de Moçambique) mesmo continuando baixa, por vezes é alta e escarpada onde as escarpas dos
montes do Karroo e Drakensberg por vezes caem da forma abrupta.
Costa Escarpada, é uma costa abrupta e rochosa ou costa ariba. A Costa Oriental africana, do
Cabo Hafun na Somália a Ponta de Ouro estremo Sul de Moçambique é baixa e as vezes alta
de Znzibar a Ilha de Moçambique e na Costa de Vilanculos.
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Sofala, o Cabo Ponta São Sebastião (Vilanculos) a Ponta da Barra Alta na Baia de Inhambane
e a Ponta da Barra, a Baia do Maputo e o cabo de Santamaria (Sul da Ilha de Inhaca).
Uma parte do continente africano encontra se submersa nas águas oceânicas, esta submersão
tem tido comportamento diferente de acordo com a constituição geológica da rocha em que se
encontra e compreende a parte que vai de 0 a 200 metros de profundidade em direcção ao
Oceano. Em certas ocasiões pode constituir praias ou de relevo abrupto conforme os casos
(Jessen e Araujo, 1998).
Na Costa do Atlântico é estreita do estreito de Gilbraltar até a frente das Ilhas Canárias e
relativamente menos estreita ao longo do Golfo da Guiné até ao Rio Cunene, estremo Sul de
Angola.
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2.4. História Geológica do Continente Africano
O Continente africano é formado por uma antiga plataforma précambrica, também conhecida
por “Soco”, das muito antigas e recoberta por uma camada sedimentar. Ainda durante o Pré-
câmbrico, a estrutura Gondwaniana sofreu uma série de dobramentos de grande raio de
curvatura com uma inclinação do sueste para o Nordeste e de Este para
Oeste. A transformação destas dobras resultou em grandes peneplanícies (Jessesn & Araújo,
1998).
Foi na Era Primária que se deu a sedimentação marinha no noroeste do Continente. Foi esta
sedimentação que deu origem as bolsas subterrâneas de petróleo do Sahara.
Durante a Era Mesozóica o Continente Gondwana desfez se por completo e África começou a
fase continental que se observa até os nossos dias. Afirma-se que neste tempo o Sahara estava
coberto de água do Oceano, do qual se depositou os sedimentos existentes.
Na era Terciária o continente sofreu as deformações mais importantes de toda sua história
geológica. Os dobramentos os Alpes da Eurásia afectaram também o Continente africano,
quebrando nalguns casos a plataforma. Isto originou fracturas como as do Norte que formou a
Cadeia do Atlas, com montanhas muito complexas. No Este as fracturas criaram o Vale do
Rift (Rift Valley). Estende se do Mar Morto até ao Rio Pungué em Moçambique, onde vem
terminar na fossa do Urema na direcção Norte Sul. Estes foram depressões (vales) ou
erupções vulcânicas.
No oeste as fracturas causaram a formação da Fossa dos Camarões e os Montes Camarões
com uma orientação aproximada SW- NE.
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2.4.1. Estrutura Geológica do Continente africano
Quase todo ele é constituído por rochas muito antigas. Pelas suas altitudes médias dominantes
é possível dividir em duas regiões altimétricas:
i. África Baixa ou do Noroeste que tem altitudes médias inferiores a 1000 m.
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ii. Região da África alta ou do Sudeste com altitudes superiores a 1000 m. O limite entre
elas passa pela linha Benguela até Massawa, na (Irritreia), no litoral do Mar Vermelho.
Como se pode observar na parte Oriental do Continente encontra se a região montanhosa mais
acidentada de África. Estas montanhas estão ligadas á formação do vale do Rift, durante o
Terciário, e as maiores altitudes formam as margens das fossas tectónicas cuja origem na sua
maioria é vulcânica.
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Os Planaltos correspondem as superfícies aplanadas na rocha do “soco” antigo onde se
depositam espessas coberturas sedimentares. Os planaltos da Etiópia, Quénia, Uganda, e
Norte da Tanzânia são cobertas por extensos mantos de lavas.
A Planície litoral do Continente africano é formada por uma cobertura sedimentar bastante
recente (finais do Terciário e Quaternário de origem marinha e continental, a qual constitui
uma faixa estreita variando de 0 a 200 m de altitude penetra para o interior seguindo a
margem dos grandes rios onde as maiores larguras observam se no litoral da Libéria e Egipto
no curso do rio Senegal e na foz do rio Níger na África Ocidental na Costa Sudeste da
Somália e no litoral de Moçambique.
Para o interior do Continente encontramos além das zonas montanhosas depressões que
representam grandes bacias hídricas que são formadas por sedimentos muito mais recentes, de
origem fluvial ou lacustre.
Algumas destas Bacias interiores apresentam-se de algum modo, formadas por terraços
fluviais separados uns dos outros por degraus escarpados. De entre as bacias podemos
mencionar as seguintes: A Bacia hidrográfica do Nilo; A Bacia do Niger; A Bacia do
Zairocongo; A Bacia do Kalahari.
A sua situação entre as latitudes 37º N e 34º S sugere que o continente integra-se na quase a
sua totalidade na zona Intertropical. Exceptuando as extremidades Norte e Sul que se situam
nas zonas subtropicais e mediterrânicas. Devido a esta situação geográfica o continente
africano é quente. Aqui o Sol ocupa a posição alta sobre o horizonte e por duas vezes ao ano
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atinge o zénite (21 de Dezembro e 21 de Junho) como resultado o continente recebe durante o
ano elevada quantidade de calor, cerca de 160 kcal/ano o que conduz a um sobreaquecimento.
Os dois principais factores que regulam o clima do continente africano na zona intertropical
são:
O movimento anual aparente do Sol entre os Trópicos (Câncer e Capricórnio).
A Zona de baixas pressões equatoriais, (CIT) e os Centros de altas pressões
subtropicais, (FIT), que se relacionam um com outro.
Segundo Alisov, no continente africano destacam-se as seguintes zonas climáticas: Uma zona
de Clima Equatorial; duas zonas de clima subequatorial Hemisfério Norte e Sul; duas zonas
de clima Tropical, Norte e Sul; duas zonas de clima subtropical Norte e Sul.
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Predomina uma única estação muito quente com médias anuais de 25º c e p0equenas
amplitudes de 2 a 4 º c.
As Precipitações são de 1500 a 2000 mm/ano. As chuvas caem todos os dias especialmente na
parte da tarde por volta das 16 horas com fortes trovoadas relâmpagos e violentos tornados2.
As chuvas convectivas são máximas nos equinócios 21 de Março e 21 Setembro, a humidade
relativa é alta e aqui formam-se condições de humedecimento abundante e permanente.
Zona do Clima Tropical - Encontram-se distribuídos nos dois Hemisférios Norte e Sul, logo
a seguir das zonas do clima subequatorial.
No Hemisfério Norte estendem-se entre as Latitudes 20º e 30º de latitude Sul enquanto que no
Oeste estendem-se entre 20º e 30º de latitude Sul.
Nesta zona durante todo o ano predominam as massas de ar Tropical e sopram os alísios. No
Hemisfério Norte é característico o Clima Tropical quente seco no deserto de Sahara.
No Golfo de Aden, também é seco os alíseos do nordeste que sopram no Inverno originam
apenas uma fraca precipitação aqui as chuvas são raras e irregulares podendo passar alguns
anos sem que caia uma gota de chuva, são as monções que trazem chuvas na região do Sudão
e encontra no seu percurso um obstáculo no Maciço da Etiópia que origina as chuvas
orográficas.
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No sul o clima Tropical seco é característico para a depressão Kalahari mas a quantidade das
precipitações é um pouco maior que no Sahara graças aos Aliseos do Sudeste que separam do
Índico. Para as periferias Ocidentais do Continente, na zona Tropical de ambos Hemisférios é
característico o clima de desertos litorais. Os ventos dominantes, soprando no sentido do
Equador criam na superfície do Oceano correntes de água frias como as de Benguela e
Canárias.
No sudeste da zona Subtropical da África Austral as chuvas caem durante todo o ano, mas a
parte principal das precipitações cai no verão. No Inverno elas são originadas por
transferências de humidade dos ventos de Ocidente, mas no verão em todo o litoral do
Sudeste sopram os ventos do Índico que originam grandes quantidades de precipitações nas
regiões orientais dos Drackensberg e da Ilha Madagáscar.
Entretanto algumas regiões são dominadas pelo clima modificado pela altitude, predominante
nos altos planaltos da África Oriental no Planalto de Catanga, interior da África Austral, nos
Montes Kilimanjaro, Roenzore, Drackensbergue e outros como Catanga.
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A maior parte dos rios são caudalosos alguns com declive fraco, curso muito irregular e
apresentam inúmeras quedas e rápidos que muitas vezes são cortados por duas ou mais série
de quedas o que dificulta a sua navegabilidade.
Os Principais rios são: o rio Zaire ou Congo; o rio Nilo; O Rio Níger e o rio Zambeze.
As maiores estão na África Oriental dentro da grande fractura do vale do Rift como tal de
origem tectónica. Nesta região sucedem-se de Norte a Sul os seguintes lagos: O Lago Tana,
(na Etiópia), o Lago Turcana, (no Kenya), Lago Alberto, Kivo, Victória, Tanganhica, Niassa
entre outros.
Existem numerosos Lagos artificiais ou albofeiras nos grandes rios deste Continente. Lago
Volta, Nasser, Cabora Bassa, com 30 km de largura e uma área de 2760 km2, Lago Caribas
tem um grande aproveitamento económico destas barragens.
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2.9. Regionalização Físico-Geográfico do Continente Africano
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3. Conclusão
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4. Referências Bibliográficas
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