Financeirização PDF
Financeirização PDF
Financeirização PDF
FINANCEIRIZAÇÃO RURAL
FINANCEIRIZAÇÃO RURAL
Araújo (2003) diz que o termo agronegócio remonta de meados dos anos de 1950
quando dois professores da Universidade de Harvad, John Davis e Ray Goldberg,
lançaram um conceito para entender a nova realidade da agricultura, o termo criado foi o
agrobusiness, e foi definido como:
1
http://www.senar.org.br/programa/programa-empreendedor-rural - acessado dia 24/06/2017
evolutiva, que a sociedade vinha e vem sofrendo, o crescimento de produtividade e
trabalho no campo eram exigidos.
Para o melhor entendimento esse trabalho foi divido em quatro partes a começar
pela introdução, logo em segui faço uma breve discussão sobre a financeirização e a crise,
na terceira parte falo sobre a financeirização na agricultura e por último apresento a minha
conclusão.
FINANCEIRIZAÇÃO E CRISE
Braga (2016) afirma que atualmente existe uma ampla gama de interpretações
sobre o termo financeirização, o que torna a discursão do assunto numa “Torre de Babel”,
vários autores têm diferentes concepções sobre o tema, mas não devemos nos prender ao
nominalismo – devemos ir fundo nos conteúdos e argumentos sem ficar apegados as
palavras.
É a finança que atua às vezes como depressora outras como amplificadora no papel
de regulador do investimento, e Hyman Minsky (apud BRAGA, 2016) conclui sua fala
dizendo que as finanças determinam o ritmo e andamento da economia. Para Braga (2016)
as finanças, aqui não dizem respeito ao domínio do setor financeiro, mas sim a inter-
relação entre os “cash flows”, dos balanços e diferentes e principais atores que existem
do sistema.
A fala de Minsky (apud BRAGA 2016) mostra a relevância das finanças num
sentido mais geral que opera não somente do sistema financeiro propriamente dito como
no conjunto da economia e no conjunto das decisões tomadas pelas empresas capitalistas
em seus diferentes ramos de atuação.
Por ser de escopo mundial, uma crise que atinja o sistema financeiro passa ter
grandes consequências e elevada magnitude. O termo “crise” no capitalismo pode ser
definido basicamente como um desequilíbrio que pode ocorrer em determinados setores
da economia, mas com o risco de contaminação de todo sistema econômico. Com a
evolução do sistema capitalista a economia foi se tornando mais complexa e as crises
continuaram a ocorrer, pois elas fazem parte de um processo cíclico (a economia também
é cíclica, ela combina períodos de expansão e fases de contração) e inerente ao próprio
desenvolvimento econômico.
2
Stockhammer (2004, apud MIRANDA 2013) afirma que o processo afetou a estrutura
interna das empresas e seus objetivos que agora estão mais voltados à criação de riqueza
para os acionistas.
e 4) recuperação ou estagnação: os índices começam a subir e desse modo se inicia o
boom do ciclo seguinte.
FIANACEIRIZAÇÃO NA AGRICULTURA
O capital financeiro, pela primeira vez na história brasileira, passou a ser o motor
da transformação nesse setor, não é o Estado e cada vez menos são os produtores que
passam a ser peças fundamentais nesse processo. O capital financeiro cada vez mais é o
que determina a lógica de tudo que acontece no setor agropecuário brasileiro.
O financiamento da agricultura está mudando muito, o financiamento privado
está crescendo e cada vez mais ela financia os grandes produtores enquanto que o capital
público/estatal cada vez mais financia produtores de menor porte e particularmente na
Região Sul do país, na Região Centro-Oeste nota-se que o capital privado que começa a
financiar quase que inteiramente o sistema produtivo.
Entre 1981 e 2009 quase que dobrou a valor agregado da produção agrícola por
hora de trabalho, enquanto que o número de trabalhadores diminuiu, desse modo foi
criando um contexto e um ambiente de crescente complexidade na agricultura.
(BUAINAIN et al, 2013).
A história do financiamento rural no Brasil tem início com a criação do Sistema
Nacional de Crédito Rural, criado em 1965, que tinha como objetivo a modernização do
setor desse modo integrando o processo de modernização nacional. (MASSUQUETI e
NETTO 2000, apud NASCIMENTO et al 2007).
Foram criadas as políticas públicas3, para a agricultura nacional, que são ações,
programas e atividades desenvolvidas pelo Estado de forma direta ou indireta, nas quais
podem participar entes públicos ou privados com objetivo de a assegurar determinado
direito de cidadania., de forma difusa ou para um determinado seguimento social, cultural,
étnico ou econômico. Tais políticas são elaboradas principalmente por iniciativas dos
poderes executivo e legislativo, que podem acontecer de forma separada ou conjunta a
partir de demandas e propostas da sociedade nos seus diversos segmentos.4
A Lei Complementar n.º 131 (Lei da Transparência), de 27 de maio de 2009, quanto à
participação da sociedade, assim determina:
3
O conceito de público, hoje em dia, não quer dizer somente gestão governamental, mas, um interesse
público que permeia o Estado e o Governo (primeiro setor), a iniciativa privada (segundo setor) e as
diversas organizações da sociedade civil (terceiro setor).
4
http://www.meioambiente.pr.gov.br/arquivos/File/coea/pncpr/O_que_sao_PoliticasPublicas.pdf
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
http://www.politize.com.br/politicas-publicas-o-que-sao/ - acessado em 23/ 05/2017;
http://pcb.org.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=6908:entrevi
sta-com-edmilson-costa-autor-de-a-crise-economica-a-globalizacao-e-o-
brasil&catid=61:cultura-revolucionaria, acessado em 23/ 05/2017;
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/500801-origem-causas-e-impacto-da-crise, acessado
em 23/ 05/2017;
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/algumas-caracteristicas-
capitalismo.htm, acessado em 23/ 05/2017;
BUAINIAIN, Antônio Márcio; ALVES, Eliseu; SILVEIRA, José Maria da; NAVARRO,
Zander: O mundo rural no Brasil do século 21: A formação de um novo padrão agrícola.
Embrapa, Brasília DF, 2014;
MEYER, Leandro Francisco Ferraz; BRAGA, Marcelo José; SILVA, José Maria Alves
da: A modernização da agricultura mineira: Resultados e contradições da política da
década de setenta: In: 36º Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural, Poços
de Caldas – MG, 10 – 14 de 1998;