GT0522 Ed A 04-2012 Treinamento Técnico UVT
GT0522 Ed A 04-2012 Treinamento Técnico UVT
GT0522 Ed A 04-2012 Treinamento Técnico UVT
Conteúdo
Euro V ............................................................................................................................................2
Boas-vindas .............................................................................................................................3
Tecnologia BLUETEC5 (Resumo)....................................................................................................4
Sistema SCR ..................................................................................................................................6
Sistema SCR - Operação com sensor NOx ..............................................................................6
Exercícios do Sistema SCR – requisitos fundamentais para o funcionamento do sistema ......... 12
Sensor NOx................................................................................................................................. 13
ARLA 32 - Fluido operacional ............................................................................................... 15
Gerenciamento do motor - PLD .................................................................................................. 16
Motor 900................................................................................................................................... 35
Motor 457................................................................................................................................... 70
Caixa de Mudança .................................................................................................................... 105
Freios Pneumáticos .................................................................................................................. 117
1 Global Training
Orientação
Boas-vindas
Euro V
2 Global Training
Orientação
Boas-vindas
Boas-vindas
Bem-vindos ao treinamento do sistema SCR. Durante o treinamento você verá como realmente é
complicado o tópico "pós-tratamento do gás de escape e controle de NOx. O desenho dos sistemas de
escape requeridos para satisfazer os padrões de emissão EURO 0 ao EURO 3 era muito simples -
entretanto, muito mudou para a introdução do padrão EURO 5.
BLUETEC5 é a tecnologia Diesel usada para caminhões e ônibus Mercedes-Benz. Ela satisfaz os requisitos
do padrão de emissões EURO 4, o qual está em vigor desde Outubro 2006 na Europa, e já em
conformidade com o padrão PROCONVE P7 (EURO5) (aplicação em 2012 no Brasil). Começando com os
limites legais de emissão, os princípios básicos da tecnologia SCR são explicados primeiro seguido de sua
implementação no veículo.
Somente aqueles que compreendem bem o sistema SCR estarão aptos para fazer um diagnóstico rápido
e confiável. As ajudas para diagnóstico tais como DAS e WIS podem lhe dar suporte no seu trabalho, mas
eles somente raramente lhe dirão quais componentes necessitam realmente ser reparados.
Durante o curso de treinamento você irá trabalhar com todas as ajudas de diagnósticos anteriormente
mencionadas (p/ex.: Selit, DAS e WIS) de forma que de volta para casa na sua oficina você estará
habilitado a realizar uma diagnose melhor e mais confiável do sistema de pós-tratamento do gás de
escape.
Produtos de Caminhões MB
3 Global Training
Tecnologia BLUETEC5 (Resumo)
Boas-vindas
Com 80 % menos Material Partículado e 60% menos NOx no gás de escape (comparado com o padrão
PROCONVE P5 (Euro 3) e uma redução mensurável no consumo de combustível, os novos caminhões
Mercedes-Benz equipados com BLUETEC5 são uma solução ecológica e econômica para o transporte de
mercadorias.
4 Global Training
Tecnologia BLUETEC5 (Resumo)
Boas-vindas
Axor fora-de-estrada: 2831 - 306 cv
3341 – 401 cv
3344 – 439 cv
4141 – 401 cv
4144 – 439 cv
Atego: 1419 – 185 cv
1719 – 185 cv
1726 – 256 cv
1729 – 285 cv
2426 – 256 cv
2429 – 285 cv
Actros Rodoviário: 2546 – 456 cv
2646 – 456 cv
Actros fora-de-estrada: 4844 – 435 cv
TT_14_40_007321_FA
Global Training 5
Sistema SCR
Sistema SCR – Operação com sensor NOx
Sistema SCR
Sistema SCR - Operação com sensor NOx
Quando o sistema SCR está pronto para operação, um fluxo contínuo de ar comprimido (máx. 25 l/min)
passa através do dispositivo de dosagem e em direção à injeção. O ar comprimido, necessário para isso,
é tomado do circuito de acessórios do veículo.
Quando o ARLA 32 é injetado pela válvula dosadora, ele é levado pela corrente de ar comprimido e é
6 Global Training
Sistema SCR
Sistema SCR – Operação com sensor NOx
misturado em forma de aerossol. O aerossol é enviado para dentro do fluxo do gás de escape através de
um bico.
O ARLA32 que foi injetado no fluxo do escapamento se decompõe (hidrólise), formando amônia (NH3) e
dióxido de carbono (CO2). A amônia reage com os indesejáveis óxidos nitrosos no catalisador SCR e os
transforma em nitrogênio (N2) e vapor de água (H2O), esse fenômeno é chamado de Catálise.
O catalisador necessita ter atingido sua temperatura operacional acima de 200°C, antes do ARLA 32
poder ser injetado.
O software que é necessário para operar e diagnosticar o sistema SCR está integrado na unidade de
comando do controle do motor (MR2).
A fim de descongelar o ARLA32 após uma partida a frio ou para prevenir que ele congele durante a
marcha (países frios), todo o circuito ARLA 32 é aquecido por meio do líquido de arrefecimento. As linhas
ARLA32 são agrupadas com linhas de líquido de arrefecimento, e o módulo de bomba e o reservatório
ARLA32 são aquecidos pelo líquido de arrefecimento. O circuito de líquido de arrefecimento do ARLA32 é
controlado pela válvula eletromagnética do aquecedor do reservatório, dependendo da temperatura.
A introdução do sensor NOx significa que a emissão NOx no gás de escape é monitorado. Se forem
excedidos os limites permitidos de emissão no gás de escape, a luz de advertência amarela MI pisca. Se
as emissões excederem consideravelmente os limites especificados, o torque também é reduzido.
Global Training 7
Sistema SCR
Bomba ARLA
O módulo de bomba é composto de uma carcaça à prova de respingos de água da carcaça da bomba (12)
e de um bloco de alumínio parafusado nela - da carcaça do filtro de pressão e do acumulador de pressão
(7). A bomba Arla32 SCR (M25) encontra-se na carcaça da bomba (12) - uma bomba de diafragma elétrica
de 3 câmaras.
8 Global Training
Sistema SCR
Bomba ARLA
Além do filtro de pressão (1) e do acumulador de pressão (6), também há uma válvula de comando
pneumática (4) na carcaça do filtro e do acumulador de pressão (7). O módulo possui, além disso,
conexões para as tubulações do líquido de arrefecimento e um canal para o fluxo de líquido de
arrefecimento.
Ao receber o sinal de ativação, a bomba Arla32 SCR (M25) aspira Arla32 desde o reservatório Arla32. O
produto é pré-filtrado pelo filtro (17) de malha 100 µm integrado no bocal da tubulação Arla32 (16).
A bomba leva o Arla32 a uma pressão operacional de aprox. 6 bar (ela liga sempre que a pressão medida
na unidade dosadora atingir 4,6 bar e desliga quando atingir 5,0 bar), transportando-o até a carcaça do
filtro e do acumulador de pressão (7). Para eliminar partículas de sujeira mais finas restantes, o Arla32
passa pelo filtro de pressão (1) com malha 30 µm antes de ser bombeado na direção do aparelho
dosador.
O acumulador de pressão (6) é basicamente uma bexiga de borracha cheia de gás, cuja função é
compensar as oscilações de pressão e reduzir a freqüência de ativação da bomba Arla32 SCR (M25). Ele
possui um volume de aprox. 0,13 l. Ele está cheia de nitrogênio (N2) de fábrica. No reabastecimento, ele
pode ser abastecido com ar isento de óleo e graxa.
A válvula de comando pneumática (4) e o bocal da tubulação Arla32 (3) servem para a ventilação
automática do módulo da bomba durante a operação ou na colocação em funcionamento. A válvula de
comando pneumática (4) está fechada ao ser submetida a ar comprimido.
Geralmente, a bomba Arla32 SCR (M25) não alimenta quando estiver "vazia", pois ela desliga quando o
sensor de nível no reservatório Arla32 ficar abaixo de um certo valor limite. Porém, quando a bomba
estiver vazia, pode funcionar por pouco tempo, se o Ad Blue se movimentar dentro do reservatório.
Porém, se quando a bomba estiver vazia, funcionar por mais de 10 segundos, isto será reconhecido pelo
módulo de comando da regulagem do motor (MR2) e a ventilação automática será iniciada. Para evitar
que Arla32 em congelamento danifique o módulo da bomba, a pressão Arla32 é reduzida dentro do
módulo da bomba e no trajeto da tubulação entre o módulo da bomba e o aparelho dosador, após o
desligamento da ignição. A redução da pressão ocorre pela unidade controladora do ar comprimido (SCR).
Assim, abre-se a válvula de comando pneumática (4), possibilitando o retorno do Arla32 ao reservatório.
O líquido de arrefecimento flui pela carcaça do filtro e do acumulador de pressão (7) para o seu
aquecimento e desgelamento. A alimentação do líquido de arrefecimento é comandada por uma válvula
instalada no motor que depende do módulo de comando(veículos com sistema de aquecimento do
Arla32).
Global Training 9
Sistema SCR
Válvula dosadora
O módulo de bomba bombeia ARLA32 via linha de alimentação ao dispositivo de dosagem. Desde aqui, na
entrada (8) da ARLA32 ela primeiro passa pela tela de filtro (9) da ARLA32, com uma malha de 32 µm de
largura, para remover quaisquer possíveis contaminantes, e está então disponível na válvula de dosagem
(Y109) fechada do SCR ARLA32 na pressão de operação.
Uma corrente de ar contínua passa através da entrada de ar comprimido (3) após o motor ter sido ligado.
Essa corrente de ar já passou pela tela filtro (2) (32 µm) de ar comprimido.
Quando a válvula de dosagem (Y109) do SCR ARLA32 abre nos intervalos calculados pela unidade de
comando MR2, ARLA32 flui através da válvula de dosagem (Y109) do SCR ARLA32 e devido à pressão e
razoes de fluxo do gás de escape, é então conduzida na direção do bico de injeção.
Graças ao fluxo contínuo de ar comprimido através do dispositivo de dosagem, nenhum resto de ARLA32
pode permanecer no dispositivo de dosagem.
A linha de ARLA32 entre o módulo de bomba e o dispositivo de dosagem é uma linha de mangueira
elástica. Ela pode aceitar o volume adicional gerado quando a ARLA32 congela.
Adicionalmente, a pressão nessa linha é reduzida por uma função de redução de pressão no módulo de
bomba para quase a pressão atmosférica.
Função adicional do dispositivo de dosagem com aquecimento difusor:
O acionamento elétrico ocorre via módulo de comando (MR2). Se o difusor deixa passar ar comprimido
insuficiente, o sensor de ar comprimido envia um sinal de retorno ao MR2.
O aquecedor difusor (R28) é ativado pelo MR2. Após ativação, os cristais de ARLA32 dissolvem-se à
temperatura de 135°C.
Nota
Para assegurar que seja realizada a injeção secundária, você pode tanto esperar 5 minutos depois
de apagar o motor antes de iniciar o trabalho no sistema, ou interromper o suprimento de energia. A
partir da liberação do software MR2 (veículos com monitoramento NOx), a função de injeção
secundária somente se torna ativa se a ARLA32 tiver sido injetada ou depois de cada 11a parada do
motor sem injeção. De outra forma o suprimento de ar comprimido é fechado imediatamente depois
de uma parada do motor.
10 Global Training
Sistema SCR
Válvula dosadora
¾ Se não houve injeção de Arla32, não haverá a purga do sistema de dosagem (veículos sem
chave geral);
¾ A purga será realizada todas as vezes que o motor for ligado e for injetada Arla32 no
sistema de pós tratamento;
¾ A purga é necessária para que não hajam resíduos de Arla32 remanescentes na unidade
dosadora e tubo injetor, que podem cristalizar e assim obstruir a passagem de Arla32 e
consequentemente causando aumento nas emissões de NOx;
Global Training 11
Exercícios do Sistema SCR – requisitos fundamentais para o funcionamento do sistema
Operação com sensor NOx
Exercício O sistema SCR somente é funcional se são satisfeitos alguns requisitos básicos. Para
determinar a disponibilidade funcional do sistema SCR, você pode verificar estes requisitos
básicos com base nos valores atuais no Star diagnosis.
Preencha os dados faltantes no esquema do sistema SCR para satisfazer esses requisitos
básicos.
12 Global Training
Gerenciamento do motor - PLD
Operração com sensor NOx
Sensor NOx
O sensor NOx consiste de uma sonda de medição e de uma unidade controladora, entre-conectadas por
um fio elétrico.
O sensor NOx a concentração de óxido de nitrogênio no gás de escape.
A sonda de medição é fixada diretamente no catalisador. A unidade controladora pode ser fixada tanto ao
chassis como ao porta-catalisador inferior, dependendo do modelo do veículo.
O zircônio de óxido cerâmico é eletrolítico e elétrons fluem entre um par de eletrodos ao ser aplicada uma
voltagem.
13 Global Training
Gerenciamento do motor - PLD
Operração com sensor NOx
Limitação de torque
Observações:
• Como medida de segurança, a pontência do motor nunca deverá ser reduzida com o veículo em
funcionamento.
• O veículo continua a rodar após a ativação do limitador de torque.
Isenção
A redução de torque não se aplica a veículos oficiais (veículos militares e de resgate, bombeiros, serviços
de resgate médico, etc.).
14 Global Training
Sensor NOx
Fluido operacional
Global Training 15
Gerenciamento do motor - PLD
Operração com sensor NOx
16 Global Training
Gerenciamento do motor - PLD
Conceito
O motor com gerenciamento eletrônico visa atender as leis mais rígidas de emissão de
poluentes.
Para que esses novos limites sejam alcançados, foram necessárias modificações mecânicas, e a
implantação de um sistema com gerenciamento eletrônico, para controle do regime de
funcionamento do motor.
Modificações mecânicas
17 Global Training
Gerenciamento do motor - PLD
Quando o motor começa a girar, é gerado um pulso elétrico no sensor que está no eixo do
comando, o PLD interpreta este pulso como sendo um sinal de que o pistão Nº1 está a 55º
antes do PMS no tempo de compressão.
Neste estágio de funcionamento, o PLD já sabe qual será o ângulo de início de injeção.
Suponhamos que ele tenha determinado um início de injeção a 15º antes do PMS, neste caso o
PLD precisa saber quanto tempo o pistão Nº 1 precisa para se deslocar de 55° antes do PMS
até 15° antes do PMS, ou seja, a velocidade do pistão. A informação de velocidade do pistão é
gerada pela passagem de 36 orifícios a cada volta na frente de um sensor, o qual está montado
no volante do motor.
18 Global Training
Gerenciamento do motor - PLD
Depois que o PLD reconhece a posição dos pistões e o tempo de compressão, ele passa utilizar
somente o sinal gerado pelo sensor que está no volante do motor, nele além do sinal de rotação
é gerado um sinal que indica que o pistão está a 65º antes do PMS. tanto no tempo de
compressão como no tempo de exaustão, entretanto o último sinal é desprezado.
Caso o sensor do eixo de comando não esteja funcionando, não há como o PLD identificar o
tempo de compressão. Neste caso haverá um sinal elétrico nas unidades injetoras tanto no
tempo de compressão como no tempo de exaustão.
Global Training 19
Gerenciamento do motor - PLD
Caso o sensor do volante não esteja funcionando, o PLD passa a trabalhar somente com o
sensor do comando, neste caso pode haver perda de potência do motor. O sinal de rotação é
gerado por 12 orifícios que passam na frente do sensor a cada volta do eixo do comando.
Temperatura do motor
20 Global Training
Gerenciamento do motor - PLD
Esta informação é utilizada para o PLD determinar a quantidade de combustível a ser injetado em
função da facilidade que o motor terá de queimar o combustível. Um exemplo de quantidade
errada de combustível injetada, é de quando o motor está frio e é injetado uma maior quantidade
de combustível, a qual o motor não tem capacidade de queimar devido a baixas temperaturas,
liberando então fumaça branca pelo escapamento.
Temperatura e pressão do ar
Esta informação é utilizada para o PLD determinar a quantidade de combustível a ser injetado em
função da quantidade de oxigênio disponível para a sua queima. Quando o ar está frio e
pressurizado, ele está mais denso e portanto contem mais oxigênio. Esta informação é muito
importante, pois existe uma proporção correta de oxigênio x combustível que quando não é
respeitada, pode gerar problemas de potência, fumaça e até mesmo desgaste prematuro do
motor.
Rotação do motor
Esta informação é utilizada para o PLD determinar a quantidade de combustível a ser injetado em
função da rotação do motor, esta informação é importante por estar relacionada com a potência
do motor, e o tempo disponível para a queima do combustível.
Proteção do turbo
O PLD protege o turbo diminuindo a potência máxima do motor em caso do veículo estar
trabalhando em uma condição onde a pressão atmosférica é baixa. Para isso, o PLD utiliza a
informação de pressão atmosférica gerada internamente por um sensor e um jogo de
parâmetros, que indica qual o turbo instalado no motor. Por isso na troca de um turbo ou de um
PLD, deve se cuidar para qual versão do PLD seja compatível, caso não seja é preciso trocar os
parâmetros do PLD em um procedimento que se chama “Down Load”, só é possível faze-lo com
o Star Diagnosis.
Global Training 21
Gerenciamento do motor - PLD
Durante o trabalho do motor, cada cilindro é responsável por deslocar o volante em um ângulo
de 180°no caso de motores de 4 cilindros e 120° no caso de motores de 6 cilindros. Quando um
cilindro está melhor do que o outro, o tempo necessário para este deslocamento varia junto com
a diferença que há entre os cilindros. Isso faria com que o motor funcionasse de maneira
irregular.
Para amenizar este efeito, o PLD corrige a quantidade de combustível a ser injetado a cada
cilindro de forma que todos eles executem o trabalho de deslocar o volante em 180°ou 120°em
um mesmo intervalo de tempo. Quando a correção é maior que 5% é gerado um código de falha.
Esta correção pode ocorrer sempre que houver qualquer problema que afete o funcionamento do
cilindro. Ex: problemas elétricos na unidade, problemas de compressão no cilindro, problemas
relacionados com o combustível etc.
Figura ilustrando o tempo de deslocamento angular do volante durante duas voltas, note que o
cilindro 2 é o que apresenta o maior tempo de deslocamento angular.
22 Global Training
Gerenciamento do motor - PLD
Dentro do conjunto sensor está montado um termistor que nada mais é do que uma resistência
elétrica cujo valor depende de sua temperatura. No caso deste sensor, quanto maior a sua
temperatura, menor o valor da resistência, por isso este sensor é chamado de NTC ( Termistor
de Coeficiente Negativo ).
Envia ao PLD uma tensão elétrica que depende da temperatura do líquido de arrefecimento. O
PLD utiliza esta informação para o cálculo do débito de partida e início e tempo de injeção.
Global Training 23
Gerenciamento do motor - PLD
Este sensor é composto de uma bobina enrolada num pequeno imã. Naturalmente ao redor
deste sensor existe um campo magnético de uma determinada intensidade. Este campo
magnético pode ser representado por linhas que cortam o núcleo do sensor e o ar que está ao
redor dele. O ar é um mau condutor, por isso o campo magnético formado tem pouca densidade.
Se aproximarmos deste sensor um pedaço de ferro, que é um bom condutor de campo
magnético, haverá um adensamento do campo. Sempre que houver uma variação na densidade
do campo magnético, surgirá uma tensão elétrica nos terminais do sensor. A amplitude da
tensão elétrica gerada depende da intensidade e da velocidade da variação da densidade do
campo magnético.
24 Global Training
Gerenciamento do motor - PLD
Está localizado de forma perpendicular à face externa do volante. Nesta face do volante estão
localizados furos ou rasgos para a geração do sinal.
Informa ao PLD a localização dos pistões e qual o tempo de compressão, gerando um pulso
elétrico quando o Pistão 1 está a 55° antes do PMS no tempo de compressão. Como uma
segunda tarefa informa ao PLD a rotação do motor por meio de 12 pulsos elétricos a cada volta
do eixo de comando.
Global Training 25
Gerenciamento do motor - PLD
26 Global Training
Gerenciamento do motor - PLD
Global Training 27
Gerenciamento do motor - PLD
28 Global Training
Gerenciamento do motor - PLD
Global Training 29
Gerenciamento do motor - PLD
1 - Roletes
2 - Câmara de descarga
3 - Canal de retorno no cilindro
4 - Porta injetor com injetor
5 - Tubulação de injeção
6 - Válvula
7 - Eletroimã
8 - Canal de alimentação no bloco do motor
9 - Câmara de alta pressão
10 - Elemento da bomba
1 - Curso de admissão
No curso de admissão, o elemento da bomba (10) se desloca para baixo. Devido a pressão do
combustível de aproximadamente 6 bar na parte de baixa pressão de combustível, o cilindro de
alta pressão da unidade injetora é alimentado através do canal de alimentação (8).
2 - Curso prévio
No curso prévio o elemento da bomba (10) se desloca para cima. Devido ao fato da válvula (6)
não estar ainda fechada, o combustível passa primeiro a câmara de descarga (2) e depois ao
canal de retorno (3).
30 Global Training
Gerenciamento do motor - PLD
3 - Curso de alimentação
Durante o tempo no qual a válvula (6) permanece fechada, o elemento da bomba (10) se desloca
para seu ponto morto superior, a unidade injetora se encontra no curso de alimentação. O
processo de injeção ocorre no curso de alimentação. Ao mesmo tempo, a pressão do
combustível aumenta na câmara de alta pressão (9) até aproximdamente 1600 bar.
4 - Curso residual
Após abrir a válvula (6) (no final da alimentação), a pressão do combustível na câmara de alta
pressão (9) diminui. O excesso de combustível alimentado pelo elemento da bomba até o ponto
máximo do ressalto da unidade injetora (1) é impelido novamente para a câmara de descarga (2)
e para o canal de retorno (3). A câmara de descarga é necessária como câmara de expansão
para os picos de pressão da unidade injetora no curso residual. Deste modo se impede uma
influência sobre a relação de pressão entre as unidades injetoras através do canal de retorno.
Global Training 31
Gerenciamento do motor - PLD
Pedal do acelerador
O pedal do acelerador tem um circuito eletrônico que é capaz de medir a sua posição e
transformála em um sinal elétrico que o ADM é capaz de reconhecer. Este sinal é um conjunto de
pulsos de frequência e amplitude fixas e de largura variada, por isso o método de transmissão
desta informação é chamado de Modulação por Largura de Pulso. Nós regularmente o
chamamos de PWM, associando com a expressão em Inglês ( Pulse Width Modulation ).
O ADM faz a leitura deste sinal e juntamente com parâmetros internos a converte em uma
informação que se chama torque solicitado pelo motorista. A variação do torque solicitado se
relaciona com o curso do pedal de forma diversa para estados de funcionamento do motor. Ex:
Se o operador está acelerando haverá uma reação diferente se ele estivesse tirando o pé do
acelerador, se o freio motor foi recentemente desligado também tem uma resposta diferente do
que em um caso de uma condição já estabilizada.Para maiores detalhes, é preciso observar a
parametrização do pedal do acelerador.
Indicador de rotações
32 Global Training
Gerenciamento do motor - PLD
Parametrização
Para que a indicação de rotação seja correta, é preciso determinar a quantidade de pulsos por
rotação e colocar este dado na memória do ADM (FR), isto é possível com a ajuda o HHT ou Star
Diagnosis.
Verificação
Caso haja falhas no conta-giros, busque em primeiro lugar uma falha armazenada no ADM (FR)
que seja relacionada com o sistema. Em seguida meça o sinal elétrico que o ADM (FR) está
fornecendo ao painel de instrumentos.
Global Training 33
Gerenciamento do motor - PLD
34 Global Training
Motor 900
Motor 900
35 Global Training
Motor 900
•Descartar o elemento filtrante (3), untar com óleo diesel os anéis de vedação (2) e (4) e apertar
com as mãos todo o conjunto.
•Encher o filtro com óleo filtrado através do bujão superior e efetuar a sangria acionando a
bomba manual até sentir que o sistema foi pressurizado.
Filtro Principal
Bomba de Combustível
36 Global Training
Motor 900
Correia Multicanal
Para se remover o bico injetor, retirar primeiro o tubo interno ao cabeçote (8).
Dependendo do motor ao invés da arruela de assento do bico (6) há uma luva (6.1).
Global Training 37
Motor 900
Unidade Injetora
38 Global Training
Motor 900
• Antes de remover a unidade injetora esgotar o diesel que está nas galerias, caso contrário o
óleo lubrificante será contaminado;
• Soltar os parafusos (5) e observar o deslocamento da unidade injetora. Se necessário girar o
motor para que a pressão exercida pela ação do cames do comando diminua.
Sistema de Arrefecimento
Global Training 39
Motor 900
Bomba d´água
40 Global Training
Motor 900
Sistema de Alimentação de Ar
Global Training 41
Motor 900
Coletor de admissão
Turboalimentador
Verificar a vedação do cilindro da válvula “westegate”. Com uma pressão de no máximo 1,25 bar.
42 Global Training
Motor 900
Sistema de Lubrificação
Global Training 43
Motor 900
Filtro de óleo
Intercambiador de óleo
44 Global Training
Motor 900
Bomba de óleo
A bomba de óleo é solidária à tampa dianteira, para a sua remoção deve-se retirar primeiramente
o cárter.
Cabeçote do motor
Global Training 45
Motor 900
46 Global Training
Motor 900
Global Training 47
Motor 900
48 Global Training
Motor 900
Global Training 49
Motor 900
Global Training 51
Motor 900
52 Global Training
Motor 900
Volante do motor
Global Training 53
Motor 900
54 Global Training
Motor 900
Compressor de ar
Êmbolos
Global Training 55
Motor 900
Anéis de segmento
56 Global Training
Motor 900
Global Training 57
Motor 900
58 Global Training
Motor 900
Global Training 59
Motor 900
Montagem do êmbolo
60 Global Training
Motor 900
Árvore de manivelas
Global Training 61
Motor 900
62 Global Training
Motor 900
Global Training 63
Motor 900
O valor da medida ( C ) será utilizada para calcular a folga axial da árvore de manivelas. No caso
dos motores da série 900, efetuar a medição no último colo.
Selecionar bronzinas
64 Global Training
Motor 900
No caso das bielas adotar procedimento semelhante, ou seja: montar a capa da biela sem e com
as bronzinas para verificar a deformação do alojamento, dos casquilhos e determinar a folga
de lubrificação.
Global Training 65
Motor 900
66 Global Training
Motor 900
Global Training 67
Motor 900
68 Global Training
Motor 900
Descrição de funcionamento
O combustível pode circular pelo sistema de duas maneiras. Se foi feito algum trabalho no
circuito, troca de filtro por exemplo, acionando a bomba manual o combustível proveniente do
tanque é enviado, depois de passar pelo separador de água, para o pré-filtro. Saindo do pré-filtro
o diesel chega a bomba de combustível. Na bomba há uma válvula de derivação que permite que
o óleo passe direto para a conexão de saída, chegando assim ao filtro principal e daí à galeria de
alimentação. O diesel da galeria entra na unidade injetora e, após encher a tubulação de alta
pressão, chega também ao bico injetor.
Na unidade injetora há uma passagem em comunicação com a galeria de retorno, que por sua
vez, tem montado a válvula de retorno. O excesso de combustível e o ar que esteja presente no
sistema sairá através da válvula seguindo até o retorno do filtro e depois para o tanque.
Com o motor girando a bomba de combustível entra em ação e alimenta o sistema de maneira
parecida com a anterior. A diferença agora é que a vazão é muito maior, o que permite que a
pressão aumente para 4,5 a 5,5 bar.
Global Training 69
Motor 457
70 Global Training
Motor 457
Introdução ao OM-457 LA
Os motores da série 450 equipam atualmente os seguintes veículos: as plataformas para ônibus
O-400 RS/RSD, os caminhões L/LK / LS-2638, LS-1938, 1938 S e 1944 S. A denominação
destes motores é OM-457 LA, de acordo com a faixa de potência e a aplicação, o número de
construção irá diferenciar um motor do outro.
Os motores OM-457 LA representam o que de mais moderno há para o seguimento dos veículos
comerciais onde são montados. A injeção de combustível é controlada através de um sistema
eletrônico o que garante grande precisão no volume a ser injetando.
O desenvolvimento desses motores visa a garantir uma relação custo/benefício extremamente
vantajoso para o cliente, maior durabilidade, aumento nos intervalos para manutenção, menor
consumo especifico de combustível e atendimento às legislações atuais de emissões e ruídos.
Principais características
O bloco do motor é fundido com ligas especiais e possui uma configuração que confere grande
rigides e resistência às solicitações térmicas e mecânicas ao qual é submetido.
De construção compacta o bloco dos motores OM 457 LA utilizam as camisas dos cilindros do tipo
úmidas.
71 Global Training
Motor 457
72 Global Training
Motor 457
A árvore de comando de válvulas é forjada em liga de aço beneficiado e possui três ressaltos
para cada cilindro, um para acionar as válvulas de admissão, um para as válvulas de
escapamento e outro para as unidades injetoras. A engrenagem de acionamento é montada por
interferência. Pelo fato do motor possuir gerenciamento eletrônico, não temos montado o
conjunto do avanço automático de injeção.
O comando de válvulas está apoiado no bloco em
sete colos (C). Por ter que acionar as unidades
injetoras (B) toda a árvore é reforçada o que
garante grande durabilidade e menor torção, fato
este que proporciona melhor precisão no
acionamento das válvulas e unidades que estão
mais distantes da engrenagem motora.
Na figura ao lado observa-se o perfil dos ressaltos
de acionamento das válvulas de admissão (A), das
válvulas de escapamento (E) e das unidades
injetoras (B).
A árvore de manivelas é forjada em liga de aço beneficiado e tem os colos principais, de bielas e
os raios de concordância temperados por indução que proporcionam maior resistência e menor
desgaste nos pontos de apoios.
Atualmente os contrapesos são parte integrante da árvore, fato que apesar de representar maior
complexidade na sua fabricação facilita a operação de futuros retrabalhos.
Global Training 73
Motor 457
74 Global Training
Motor 457
O sistema de lubrificação foi configurado de forma que todos os componentes do motor sujeitos
à altas solicitações sejam lubrificados sob pressão. O conjunto do filtro de óleo tem uma válvula
de segurança que permite, caso o filtro esteja saturado, a passagem direta do óleo aos pontos a
serem lubrificados.
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Motor 457
76 Global Training
Motor 457
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Motor 457
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Motor 457
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Motor 457
A filtragem do combustível é garantida por um filtro separador de água e por outro de papel
montado depois da bomba de alimentação manual. Está bomba manual pode ser montada à
parte, como se pode ver no esquema, ou montada diretamente no filtro separador como
observamos na figura abaixo.
80 Global Training
Motor 457
Pressão mínima admissível ao nível do mar com o motor à temperatura entre 80 e 95°C = 28
bar.
Variação máxima entre os cilindros do motor = 4,0 bar.
Global Training 81
Motor 457
Bloco do motor
Camisa do cilindro
• Altura ( C ) = 10,10 a 10,12 mm.
• Deformação máxima na face de contato (D) = 0,02 mm.
82 Global Training
Motor 457
• Instalar a ferramenta (3.1) sobre a camisa e apertar os parafusos (4) com 50 Nm;
• Medir a altura (C) nos quatro pontos determinados pela ferramenta;
• Altura (C): 0,23 a 0,33 mm.
• Diferença máxima entre os quatro pontos de medição: 0,02 mm.
• Depois de instalada a camisa verificar a ovalização máxima na região dos anéis de
vedação inferiores.
• Ovalização máxima: 0,02 mm.
Global Training 83
Motor 457
O diâmetro interno dos cilindros está classificado em três graus de tolerâncias que são
identificados pelas letras A, B e C:
84 Global Training
Motor 457
• Olear a rosca e a face de encosto dos parafusos de fixação dos mancais e apertá-los com
o torque prescrito
• Medir o diâmetro interno dos alojamentos para verificar se não estão deformados.
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Motor 457
86 Global Training
Motor 457
Global Training 87
Motor 457
Medir a largura (E) dos colos de biela e (C) dos colos principais. A largura (C) do colo principal nº
4 permitirá calcular a folga axial da árvore de manivelas.
Medir a largura ( J ) do casquilho de ajuste e calcular a folga de acordo com o exemplo a seguir:
Folga axial calculada = C – J = 0,25 mm.
Folga axial recomendada = 0,190 a 0,322 mm.
Medida C = 46,56 mm
Medida J = 46,31 mm
88 Global Training
Motor 457
Para retificar a árvore de manivelas que tenha os contra pesos postiços, estes devem de ser
retirados e identificados, quanto à sua posição.
• Medir o diâmetro interno dos casquilhos a fim de comprovar a folga radial de trabalho e se não
há deformações.
• Folga radial da árvore de manivelas nos colos principais: 0,060 a 0,126 mm.
Carcaça da distribuição
90 Global Training
Motor 457
Global Training 91
Motor 457
Volante do motor
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Motor 457
O vedador da tampa dianteira da árvore de manivelas possui duas medidas para o diâmetro
interno e em conseqüência disto há dois mandris para a instalação dos mesmos:
Ferramentas para extrair e instalar a pista postiça do vedador. Para a instalação da pista a
mesma deve ser aquecida à temperatura de 200°C.
Global Training 93
Motor 457
Êmbolos e anéis
Bielas
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Motor 457
Global Training 95
Motor 457
Cabeçote do motor
• Altura do cabeçote.
Normal: 113,85 a 114,15 mm.
Mínima: 113,50 mm.
• Desvio de paralelismo máx. admissível entre as faces inferior e superior: 0,1 mm.
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Motor 457
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Motor 457
Válvulas do motor
98 Global Training
Motor 457
Regular a folga das válvulas com o motor em temperatura ambiente ou trinta minutos depois de
desligado.
Folga das válvulas:
Admissão : 0,40 mm.
Escapamento: 0,60 mm.
Global Training 99
Motor 457
Bomba de combustível
Bicos injetores
Unidade injetora
Para remover a unidade injetora, escoar o combustível das galerias de alimentação e retorno.
Caixa de Mudança
Processo de Lubrificação
1- Bujão de nível = 50 Nm
2 2- Bujão de escoamento = 50 Nm
Obs: Primeiro passo, retirar o parafuso allen (6) e o selo vedador (5).
Folga entre as árvores primária e secundária. O valor da folga entre a árvore primária e
secundária deve ser = 1,15 +/- 0,10 mm. Efetuar medida "A" do ressalto do corpo de
acoplamento até a face usinada da carcaça traseira. Montar a árvore primária na carcaça
dianteria. Efetuar medida "B" da face usinada da carcaça dianteira até a engrenagem da árvore
primária onde trabalha a arruela compensadora.
Efetuar a medida “C” do ressalto do corpo de acoplamento até o rebaixo do mesmo onde
trabalha
a arruela compensadora.
Calços disponíveis:
2,90 - 3,90 mm (incrementos 0,05 mm)
4,0 - 5,0mm (incrementos 0,1 mm)
Grupo lento = 14,19 / 9,58 / 6,49 / 4,40 / 3,22 / 2,18 / 1,48 / 1,00 marcha ré = 12,89
Grupo rápido = 11,72 / 7,92 / 5,37 / 3,64 / 2,67 / 1,79 / 1,22 / 0,83 marcha ré = 10,66
Relação de redução
Diagrama de Marchas
Lubrificação
SL - Split Lento
SH - Split Rápido
R - Marcha-à-ré
RL - Grupo Lento
RH - Grupo Rápido
Trambulador
Circuito de lubrificação
Interlock
O interlock tem a função de inibir a mudança de marcha enquanto o grupo planetário estiver na
posição de neutro.
1 – Mola
2 – Barra de bloqueio
3 – Anel-trava
4 – Anel separador
5 – Arruela compensadora
6 – Pino de fechamento da barra de blo queio
7 – Bujão de fechamento
8 – Bujão roscado
9 – Mola
10 – Pino de fechamento do mecanismo de bloqueio da alavanca)
Tipos de freio
Freio de serviço
O freio de serviço pode ser utilizado tanto para reduzir a velocidade do veículo quando para
parálo.A atuação da válvula pedal é continua e age nos freios das rodas.
Freio de estacionamento
O propósito do freio de estacionamento (válvula de freio de mão) é manter o veículo estacionado
com segurança, mesmo em condições de aclive ou declive de pista acentuados.
Deve ser totalmente eficaz mesmo quando a energia pneumática falhar. Por esta razão, deve agir
mecanicamente (através de molas), acionando os freios das rodas do veículo.
Freio de emergência
O sistema de frenagem de emergência deve substituir a tarefa do freio de serviço quando houver
falhas no mesmo.
Tanto o circuito de freio de serviço (dianteiro/traseiro) pode ser utilizado como um sistema de
frenagem de emergência quanto o sistema de freio de estacionamento.
Neste último caso, a válvula de freio de estacionamento deve possuir o sistema de acionamento
gradual.
Freio motor/top brake
Sistema auxiliar de frenagem que atua diretamente no motor para reduzir a velocidade do veiculo
sem a utilização do freio de serviço
Retarder
O retarder (3º freio) permite ao motorista reduzir a velocidade do veículo sem a utilização dos
sistemas de frenagens convencionais.
Sistema de atuação de freio por tipo de energia utilizada
- Sistema de Frenagem Manual:
Este sistema é usado principalmente em carros de passeio e motocicletas. O acionamento do
sistema de freio é feito através de força muscular, transmitida hidraulicamente ou
mecanicamente ao freio das rodas.
- Sistema de Frenagem de Força-Assistida:
Estes sistemas são utilizados em carros de passeio e veículos comerciais leves. O componente
denominado “servo freio” atua como força auxiliar sobre o ar comprimido, vácuo ou fluido
hidráulico.
No caso de falha da fonte de força auxiliar, o veículo pode ainda ser parado com segurança
utilizando-se somente a força muscular. Porém, isto requer uma força muscular muito maior.
A norma DIN ISO 6786 tem sido aplicada desde 1981 com a finalidade de identificar os pórticos
das válvulas, cilindros, que equipam os veículos com sistemas de freio pneumático.
As características essenciais para identificação dos pórticos desses produtos são as seguintes:
- identificação através de números e não por letras. A intenção é evitar a interpretação errada
das letras, como por exemplo em países estrangeiros.
- os números utilizados para identificar os pórticos devem fornecer alguma informação quanto a
função daquele pórtico no produto e no sistema de freio.
As identificações consistem de números compreendidos no máximo de dois dígitos. O primeiro
dígito se refere a:
Nº 1 Entrada/Alimentação
Nº 2 Saida
Nº 3 Descarga/Exaustão
Nº 4 Sinal/Piloto/Comando
Um segundo dígito deve ser utilizado sempre quando houver vários pórticos com a mesma
aplicação, como por exemplo várias saídas.
O mesmo deve iniciar em 1 e ser usado consecutivamente, por exemplo, 21, 22, 23, etc.
As numerações devem ser feitas próximas aos pórticos dos produtos e são também aplicadas
em outros sistemas de freio, por exemplo no sistema de freio hidráulico.
Estrutura
a Elemento secante
b Válvula de retenção
c Orifício de ligação
d Válvula
e Pré-filtro
f Câmara
g Diafragma
1.01 Compressor de ar
4.03 Válvula de proteção de
quatro circuitos
5.01 Reservatório de
regeneração
A Pressão de alimentação
Funcionamento:
Estrutura
1 Diafragma
2 Válvula de retenção
3 Êmbolo
4 Mola
5 Mola
6 Diafragma
7 Válvula limitadora
11 Alimentação
21 Circuito I
22 Circuito II
23 Circuito III
24 Circuito IV
25/26 Circuito auxiliar
Funcionamento:
Posição de abertura dos circuitos 21 e 22.
O ar proveniente do secador flui para a câmara (a) dos circuitos 21 e 22, originando pressão na
parte inferior do diafragma (1), a qual aumenta gradualmente até alcançar o valor da pressão de
abertura estabelecida.
Simultaneamente a pressão inicia uma passagem pelos orifícios
(b) e (c), abrindo a válvula de retenção (2) e já iniciando a
passagem do ar para os circuitos 21 e 22, pressurizado o
êmbolo (3) até alcançar a pressão de abertura.
Atingindo a pressão de abertura, a válvula se abre forçando a
resistência da mola (5) onde o diafragma (1) deixa o ar fluir para
os circuitos 21 e 22, pressurizado o êmbolo (3) contra a força da
mola (4).
Estrutura
11 Alimentação
21 Circuito I
22 Circuito II
23 Circuito III
24 Circuito IV
Funcionamento:
O ar proveniente do secador flui através da conexão 11, percorre a câmara (A) e alimenta
sistematicamente os circuitos 21 e 22, pressurizando a válvula redutora de pressão (1) através
da câmara (B), alimentando via câmara (C) os circuitos 23 e 24 até alcançar a pressão regulada.
O ar continua a fluir acima da pressão regulada pela válvula reguladora (1), para os circuitos 21 e
22 até ser desconectada para a atmosfera pelo regulador de pressão.
1 Pressurizar o sistema.
2 Apertar o parafuso (33).
3 Remover a arruela de retenção (10) e o
protetor de borracha (9).
4 Ajustar a pressão da válvula de segurança
movimentando com um alicate de pontas o
guia da mola (8) até que ocorra a descarga
pela válvula com a pressão determinada.
5 Ajustar a pressão de descarga do regulador
soltando o parafuso (33).
6 Instalar a arruela de retenção (10) e o
protetor de borracha (9).
Soltar lentamente o acento da mola (porca com 4 furos) da válvula de segurança, até liberar o ar
contido no secador
Desacionar a válvula FN1 até os manômetros 1 e 3 tingirem 0 (zero) bar e o manômetro 4 atingir
a 4,5 bar (redução máxima de pressão 3 bar).
Caso a pressão do manômetro 4 estabelecer uma diminuição de pressão maior que 3 bar,
verificar o anel de vedação da válvula de retenção (pórtico 21 do secador de ar), o diafragma e a
válvula do parafuso de regulagem do regulador de pressão e sujeira nas áreas de vedação do
corpo e movimentação dos êmbolos.
IV - Posição de equilíbrio:
Uma posição de equilíbrio ocorre quando as pressões na
câmaras (C) e (E) ou (G), atingem um equilíbrio de força.
Nesta condição o pistão (l) desloca-se para cima até o
fechamento da válvula de admissão (e). A pressão
existente na câmara (C) mantém-se constante no
pórtico 22.
Simultaneamente o ar comprimido existente nas
câmaras (B) e (C) mantém a válvula de 2/2 vias sem
efeito.
Estrutura
1 Conexão de alimentação
2 Conexão de saída com pressão de frenagem
3 Descarga (exaustão)
4 Conexão de comando
5 Came
6 Válvula de admissão
7 Haste
8 Êmbolo
9 Membrana
10 Válvula de admissão
11 Êmbolo
12 Válvula
13 Êmbolo
14 Mola
15 Êmbolo
16 Haste de acionamento
17 Espaçador
Quando a conexão (4) é pressurizada, o ar comprimido flui através da válvula (12) que está
aberta para o canal (d), pressurizando a câmara (c) acima da membrana (14). Simultâneamente o
pistão (11) é pressurizado e empurrado para baixo. Com o movimento do êmbolo (11) para baixo
e a válvula de admissão (10) é aberta. Com a abertura da válvula de admissão (10), o ar que
entra na conexão (4) flui para a câmara (b) abaixo da membrana (9), pressurizando a área
superior do êmbolo (8) deslocando-o para baixo. Com o deslocamento do êmbolo (8) a válvula de
admissão (6) é aberta deixando fluir a pressão existente na conexão (1) para a conexão (2).
Com no maximo 0,8 bar de pressão, o êmbolo (13) sobe e comprime a mola (14) fechando a
válvula de comando (12). Com o fechamento da válvula (12), a pressão existente na câmara (a)
levanta o êmbolo (8) fechando a válvula de entrada (6), encerrando assim o ciclo de comando.
Desmontar
Montar
Atenção:
Caso a folga axial não se encontre dentro dos limites,
trocar o sem-fim e medir novamente. Se a folga persistir, o
Folga axial – 0,15 - 0,60 regulador deverá ser substituído.
4 Remover o comparador e a ferramenta especial.
Introduzir as molas (18) e (19), encaixar a cremalheira (11) e introduzir a tampa expansora (17)
com a parte convexa para fora.
Montar a unidade de comando (15) com uma nova junta de vedação (14) fixando com os
parafusos (16).
Funcionamento e Manutenção
1 Pastilhas de freio
3 Pino- trava
4 Chapa- trava
5 Arruela lisa
6 Contra- pino
Soltar o contra- pino (6) e remover a arruela lisa (5) e o pino- trava (3). a Remover o contra- pino
com cuidado pois a chapa trava (4) está tencionada contra as molas de fixação (2).
As pastilhas de freio devem ser substituídas sempre que as guarnições apresentem as seguintes
condições:
Sempre que for necessário substituir as pastilhas devido a uma das causas acima mencionadas,
instalar as mesmas em conjuntos completos formado por quatro peças.
Se for necessário remover pastilhas para depois reinstala-las, as mesmas devem ser
identificadas quanto ao seu local de montagem para que ocupem a mesma posição no ato da
instalação.
− Limpe e elimine todos os vestígios de oxidação, nas faces de encosto nas pastilhas de freios
e na guia da placa de pressão intermediaria. Cuidado para não danificar os guarda-pó
− Deslize a pinça de freios na direção do cilindro ( seta ), para examinar as polainas 5 e 10, os
pino de guia 8 e 9 e o parafuso de regulagem 21, quanto a desgaste e a avarias ( fig 14 ).
−
Substitua todos os guarda-pó defeituosos.
− Deslize a pinça de freio ao longo de todo seu curso sobre os pinos guias e verifique a livre
movimentação da mesma ( fig 15 ). Se o deslocamento for dificultoso, substitua os
embuchamentos e os guarda-pó dos pinos guia.
Pinça de freios
Tirar rodas;
Desmontar o pino elástico (26) e a arruela (45), esticar o
suporte da pastilha do freio (11) com uma chave de fenda e
forçar o pino (44) para fora; Examinar o suporte da pastilha do
freio (12) contra corrosão e substituir eventualmente.
Global Training
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