Bebida Alcoólica
Bebida Alcoólica
Bebida Alcoólica
Identifição do problema
- Verificamos que a comunidade Angolana tem consumido de forma exagerda a bebida
alcoólica
Pergunta de partida
- Como reduzir o consumo excessivo da bebida alcoólica em Angola
Hipóteses- Acha-se que o nível elevado do alcoólismo em Angola deve-se ao baixo
nível de escolaridade
variável independente: Baixo nível de escolaridade, e as más companhia;
variável dependente: Consumo desorientado de bebidas alcoólica.
OBJECTIVOS:
Geral:
- Buscar as principais causas do consumo desorientado de bebidas alcoólicas
Específicos:
- Conhecer o estado psicológico e emocional dos consumidores da bebida alcoólica;
- Conhecer a cultura ou etnia dos consumidores da bebida alcoólica;
- Buscar conhecer o seu modo de convivencia
Delimitação
-A minha pesquisa delimita-se no consumo de bebida alcoólica em Angola no ano de
2012-18
Justificativa
O motivo do tema em destaque é encontrar métodos para mitigar o consumo
desorientado da bebida alcoólica.
SUMÁRO
Identificação do problema...............................................................................01
Pergunta de partida..........................................................................................01
Hipóteses e suas variáveis...............................................................................01
Objectivos – Geral e Específicos........................................................................01
Justificativa...........................................................................................................01
Delimitação.......................................................................................................01
1.2.Conceito do álcool
Michel (2002, cit. in Silva, 2010) considera o álcool como sendo uma droga
subestimada, onde a cultura o vê como fonte constituinte para uma vida normal. Assim,
o álcool utilizado de forma prática em diversos convívios e situações: aparece nos finais
de semana, como momento de lazer, associa-se a desportos, viagens, trabalho (almoços
de “negócios”, regados com doses de whisky, cerveja e outros).
Desde cedo aprendemos que tomar uma cerveja com os amigos é um acto social
válido e faz parte das tarefas da adolescência, um dos marcos que indicam a entrada na
vida adulta. Atualmente o álcool é sinónimo de noite, emancipação e diversão, isto
apesar de todos os riscos que acarreta.
feito de tambor que é tapado para se fazer o processo de destilação, que culminará com
a formação de aguardente, com categorias diferentes: aguardente de primeira, a mais
forte, aguardente de segunda, a menos forte. Em outras ocasiões, a preparação de
capuca obedece um processo característico muito peculiar. É acrescido ao açúcar
fermentado “Carvão de pilha” (dentro das pilhas existe um carvão que separa as cargas
é esse carvão que é retirado das pilhas e introduzido na CAPUCA, vindo a dar um efeito
“Enlouquecedor”.
É importante realçar que capuca também pode ter origem a partir de cana-de-açúcar,
da banana, entre outras. A sua preparação varia de região para região, dependendo dos
costumes dos povos.
1.3.2. Marufo
O marufo ou maluvo é o “vinho de Palma”, bebida alcoólica extraída da palmeira.
Que também é feita a partir do processo de fermentação da matéria prima. Também fica
mais ou menos forte, de acordo com o tempo de fermentação.
O marufo resulta da seiva fermentada das palmeiras, principalmente de palmito,
bordão e matebeira. É uma bebida muito apreciada no Norte de Angola onde tem
funções sociais precisas, como seja a cerimónia do alembamento, o final de uma maka
ou o agradecimento ao voluntariado comunitário nas zonas rurais.
Segundo uma lenda Bacongo, o primeiro homem a extrair o maluvo e a preparar o
azeite de dendém foi Lenchá, escravo do Rei do Congo. A partir dessas descobertas
nunca faltaram estas delícias na mesa do rei. Mas Lenchá levou as suas experiências ao
ponto de deixar fermentar a seiva da palmeira, durante três dias. O rei achou o néctar
delicioso e bebeu em doses elevadas. Apanhou a primeira bebedeira da sua vida. Com o
rei viviam nove sobrinhos. Makongo, o mais velho, vendo o rei em tal estado julgou-o
às portas da morte. Fez crer às mulheres do rei que tal situação resultava do veneno que
lhe fora ministrado por Lenchá.
1.3.3. Dega
A dega é também KIMBOMBO e semelhante à KISSANGUA, porém com
características alcoólicas mais elevadas, devido ao tempo de fermentação da casca da
fruta (mais de 2 dias). Após estar pronto já não passa mais pelo processo de destilação,
pois tão logo se confirma sua prontidão é já servida e bebível diretamente.
2. Alcoolismo
2.1. Conceito
Jellinek (1994, cit. in Dias, 20086) define alcoolismo como sendo o consumo abusivo
e excessivo de álcool acompanhado de problema sociais, ocupacionais ou físicos.
O álcool está associado a metade de todas mortes por acidentes de viação e
homicídios. Um indivíduo que consome regulamente álcool acaba por entrar no estado
de tolerância e de dependência alcoólica. Inicialmente pode não apresentar sintomas de
abstinência, mas com o consumo continuado estes sintomas irão surgir.
A definição do alcoolismo pode estar estritamente ligado a três aspetos essenciais que
compreendem: o eixo médico, correspondente à definição estrita da doença; eixo
comportamental, que reflete a conduta e comportamentos associados as dependências; e
o eixo social, que articula a interação entre o alcoólico e a sociedade (Adés e Lejoyeux,
1997, cit. in Dias, 2006).
O alcoolismo é uma doença multifatorial, porque depende de fatores genéticos,
biológicos e socioculturais. O uso excessivo de álcool surge no início da idade adulta. A
expectativa de vida do alcoólico diminui cerca de 15 anos devido ao aumento do risco
de morte, por doenças cardíacas, cancro, acidentes ou suicídios. (Oliveira e Veigas
1985).
É no séc. XIX que é descrito o quadro clínico do Delirium Tremens por Thomas
Sulton constituindo, desta forma, a primeira abordagem médica à doença alcoólica.
Em 1851, Magnus Huss, médico sueco, considera o Alcoolismo crónico como uma
síndroma autónoma e define-a com a “forma de doença correspondendo a uma
intoxicação crónica”.
A escola americana de Jellinek (1940) deu passos importantes no sentido da
compreensão da extensão dos problemas ligados ao álcool, à complexidade dos seus
efeitos, à multiplicidade e interação de forças e vetores que lhe estão na origem.
Em 1955, Pierre Fouquet concluía “o conceito de alcoolismo, a sua patogenia,
classificação nosográfica, seus fundamentos e sua realidade continuam a ser noções
muito pouco claras”.
Para a OMS (1980) existem vantagens em utilizar a designação de “problemas
ligados ao Álcool” dado a vasta e multiforme leque de situações relacionadas com o
álcool. A OMS estabelece a distinção entre alcoolismo como doença e alcoólico como
doente.
Num outro documento apresentado na 35ª Assembleia Mundial de Saúde, em
Genebra, em 1982, a OMS refere: (Mello et al., 1988, p. 12) “Problemas ligados ao
álcool, ou simplesmente problemas de álcool, é uma expressão imprecisa mas cada vez
mais usada nestes últimos anos para designar as consequências nocivas do consumo de
álcool”.
Jellinek (1960) cit. In Gameiro (1979, p. 25) diz-nos que alcoolismo “é um processo
patológico (doença em que os danos físicos se tornam cada vez maiores à medida que o
tempo passa) em que o alcoólico aumenta as quantidades de álcool”. Ainda, (Gameiro,
1979, p. 3) refere que o alcoólico é a pessoa que “depende de bebidas alcoólicas de tal
forma que não é capaz, mesmo que queira, de deixar de beber ao menos durante 2 ou 3
meses”.
Mello et al (1988) referem que embora os efeitos do álcool sejam conhecidos desde a
antiguidade, os fenómenos do alcoolismo crónico eram ignorados, sendo apenas o
estado de embriaguez a única perturbação ligada ao uso de bebidas alcoólicas referida.
O alcoolismo agudo (embriaguez) é muitas vezes confundido com alcoolismo
crónico. No primeiro caso, trata-se da ingestão única de grande quantidade de álcool,
num dia ou num espaço curto de tempo, podendo ter como consequência o ir desde a
uma leve tontura até ao coma alcoólico. O alcoolismo crónico é quando ingerimos
habitualmente bebidas alcoólicas, com frequência, repartidas ao longo do dia em várias
doses, que vão mantendo uma alcoolização permanente do organismo, nunca saindo do
efeito do álcool.
Para a OMS o alcoólico é uma pessoa que consome excesso álcool, cuja
dependência alcoólica, é seguida por perturbações mentais, problemas físicos, sociais e
económicos. O álcool, como qualquer substância psicoativa legalizada, é o lobo com
pelo de carneiro (Zago, 1996, cit. in Silva, 2010).
O alcoolismo é o conjunto de problemas relacionados ao consumo excessivo e
prolongado do álcool; é entendido como o vício de ingestão excessiva de bebidas
alcoólicas, e todas as consequências decorrentes. O alcoolismo é um conjunto de
diagnósticos e é cerca de duas a três vezes mais frequente no sexo masculino e na raça
negra, atingindo todas as classes sociais.
2.2. Alcoolismo agudo e crónico
O alcoolismo agudo designa as perturbações das faculdades mentais, depois de beber
muito álcool em certa altura.
Na embriagues há grandes perturbações dos movimentos, da fala e ausência de juízo.
A embriaguez pode ser alegre, triste ou perigosa, especialmente em bebedores de
bebidas destiladas, com carência como o gongo. Ela pode ser barulhenta, furiosa ou com
convulsões.
Como alcoólico, bebendo ainda mais, a pessoa embriagada pode perder os sentidos.
A respiração é rápida, superficial, os batimentos cardíacos são rápidos a tensão arterial
baixa, a cara fica congestionada. A pessoa não fala nem responde, nem sente dores,
pode cair no fogo e queimar-se até aos ossos. Os reflexos dos tendões são em geral
abolidos, e se a dose do álcool for forte demais o coma alcoólico acaba pela morte
A dependência é um dos efeitos mais perigosos do álcool, que lhe dá às vezes, um
carácter diabólico. Está cientificamente provado de que o álcool modifica a célula
nervosa, o que causa dependência. O álcool forma um hábito que exige imperiosamente
a sua satisfação. Quando maior for o prejuízo ao sistema nervoso, tanto mais forte é o
hábito e tanto mais fraco o poder da vontade em resistir.
Há um provérbio Japonês que diz: «primeiro o homem toma a bebida, depois a
bebida toma bebida e finalmente a bebida toma o homem».
O homem bebe um pouco, precisa de mais. Bebe mais e ainda precisa de mais, até
tornar-se escravo. Talvez principiou com bebidas alcoólicas fracas, como a cerveja,
continuando, sente o desejo de alguma coisa mais forte, passa ao vinho, por exemplo,
mas mais tarde o vinho já não satisfaz e procura bebidas destiladas.
No alcoolismo crónico, o sistema nervoso, danificado por beber já há algum tempo,
apresenta uma série de doenças graves. Estas, também, podem aparecer sem que o
alcoólico nunca tenha atingido estados de embriagues profunda, mas em geral houve
ingestão repetida de doses tóxicas de álcool.
O alcoolismo crónico manifesta-se por perturbações nervosas e mentais de vários
órgãos. Os sintomas são mudanças de atitudes (habilidades afetivas), inconstância,
egocentrismo (só pensa em si). O alcoólico é em geral eufórico: «tudo vai bem!». Ele
não faz caso dos seus excessos e sabe bem explica-los. A sua memória e juízo baixam.
Torna-se desconfiado e muitas vezes invejosos e ciumento, as vezes aparece um tremor
forte da língua, lábios e dedos, além de gastrite cirrose, e poli nevrite. Nas formas
graves pode ter atrofia dos nervosos óticos (cegueira) e com convulsões. Não sabe como
parar. Precisa sempre mais, ao ponto de não se poder dominar. Precisa de álcool e por
isso faz tudo ao seu alcance para o obter. Todo o seu salário vai para álcool mas não
chega. Vende a roupa, rouba, enfim. A formação do vício é um dos efeitos mais
perigosos do álcool, que lhe dá às vezes, um carácter diabólico.
Está cientificamente provado de que o álcool modifica a célula nervosa, o que é
causa da dependência. O álcool forma um hábito que exige imperiosamente a sua
satisfação. Quando maior for o prejuízo ao sistema nervoso, tanto mais forte é o hábito e
tanto mais fraco o poder da vontade em resistir.