O poeta dá conselhos àqueles que buscam fama: despertem do ócio e esforço-se através da ação, controlando a cobiça, ambição e tirania, pois a honra deve ser merecida através do trabalho, não da posse sem mérito. A ilha dos Amores simboliza as recompensas da glória e imortalidade alcançadas pelos portugueses após conquistas sublimes, onde serão tratados como heróis e deuses.
O poeta dá conselhos àqueles que buscam fama: despertem do ócio e esforço-se através da ação, controlando a cobiça, ambição e tirania, pois a honra deve ser merecida através do trabalho, não da posse sem mérito. A ilha dos Amores simboliza as recompensas da glória e imortalidade alcançadas pelos portugueses após conquistas sublimes, onde serão tratados como heróis e deuses.
O poeta dá conselhos àqueles que buscam fama: despertem do ócio e esforço-se através da ação, controlando a cobiça, ambição e tirania, pois a honra deve ser merecida através do trabalho, não da posse sem mérito. A ilha dos Amores simboliza as recompensas da glória e imortalidade alcançadas pelos portugueses após conquistas sublimes, onde serão tratados como heróis e deuses.
O poeta dá conselhos àqueles que buscam fama: despertem do ócio e esforço-se através da ação, controlando a cobiça, ambição e tirania, pois a honra deve ser merecida através do trabalho, não da posse sem mérito. A ilha dos Amores simboliza as recompensas da glória e imortalidade alcançadas pelos portugueses após conquistas sublimes, onde serão tratados como heróis e deuses.
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CANTO IX
1.Identifique os conselhos dados pelo poeta a todos os que
pretendem alcançar a fama Camões, a partir da estância 92, introduz-se num novo sentido, construído, primeiramente, na base de conselhos. Incita à ação aqueles que procuram a fama, usa, portanto, uma apóstrofe (“Por isso, ó vós que as famas estimais”). Assim, começa por criticar os homens do seu tempo que por vícios os corrompem e os afastam do caminho da fama e da gloria aconselhando esses a abandonar o ócio porque as honras que recebem não são merecidas. Por outro lado, realça que para atingir a fama, glória ou até uma recompensa, é necessário trabalho, esforço e nunca cair no ócio (“Se quiserdes no mundo ser tamanhos, / Despertai já do sono do ócio ignavo, / Que o ânimo de livre faz escravo” v. 6-8 est.92). De modo a ultrapassar e evitar os erros dos Homens do seu tempo o poeta aconselha, de um modo imperativo, os que procuram a fama a despertar do ócio, da estagnação (“Despertai já do sono do ócio ignavo,/ que o ânimo, de livre faz escravo”), defende que têm de controlar a cobiça, a ambição e a tirania (“ ponde na cobiça um freio” v.1 est.93; “na ambição também” v.2 est.93; “Vício da tirania infame e urgente” v.4 est.93), porque a honra tem de ser merecida (“Milhor é, merecê-los sem os ter,/ Que possuí-los sem os merecer” v.7-8 est. 93). Em suma, Camões para além da matéria épica presente neste canto, apresenta reflexões, incitando à ação todos os que pretendem alcançar a imortalidade e revelando o modo de o conseguir. 2. Interprete as afirmações patentes nas estâncias 89 e 90, no contexto do valor simbólico da Ilha dos Amores. Nas duas primeiras estâncias, Camões explica o significado da ilha dos Amores, oferecida por Vénus aos marinheiros portugueses. Assim, começa por justificar o motivo da recompensa, isto é, o amor físico é aqui apresentado como conforto e a recompensa do trabalho desenvolvido (“Os trabalhos tão longos compensando” v.4 est.88; “o mundo está aguardando/O prémio lá no fim” v. 6-7 est.89). O gozo da experiência amorosa e felicidade na Ilha mitológica sublima a competência do Homem na sua própria superação e na procura permanente dos seus ideais, merecendo, pela sua ação, o natural reconhecimento. Com isto, as Ninfas do Oceano, Tétis e a Ilha angélica nada mais são do que as honras que imortalizam a vida e a fama (“Com fama grande e nome alto subido” v. 8 est.88). Os deleites desta ilha são as “proeminências gloriosas”, os “triunfos”, a coroação pela vitória, a admiração e glorificação dos nautas (“Outra coisa não é que as deleitosas/ Honras que a vida fazem sublimada v.3-4 est.89). Concluindo, nestas duas estâncias, Camões faz referência à recompensa alcançada por quem conquista feitos sublimes, os portugueses, destacando que a ilha simboliza o esforço dos portugueses e nela iram ser recompensados, atingindo não só o estatuto de heróis mas também de deuses.