09 - AUXÍLIO-ACIDENTE - Acidente Comum
09 - AUXÍLIO-ACIDENTE - Acidente Comum
09 - AUXÍLIO-ACIDENTE - Acidente Comum
SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE XX
1. DOS FATOS
Por este motivo, a parte Autora requereu, junto à Autarquia Previdenciária, a concessão de
benefício por incapacidade. Foi concedido auxílio-doença à parte Demandante (NB XXX.XXX.XXX-X),
entre XX/XX/XXXX e XX/XX/XXXX, conforme se observa nos documentos acostados nos autos.
Ocorre que, após a cessação da referida benesse, a parte Demandante permaneceu com
expressiva redução de seu potencial laboral (laudo anexo), em virtude das sequelas causadas pela
consolidação das lesões anteriormente evidenciadas. Assim sendo, conforme estabelece o artigo 86 da
LBPS, havendo redução da capacidade para o trabalho, a concessão do auxílio-acidente em data
imediatamente posterior à cessação do auxílio-doença deveria ter ocorrido de forma automática pela
via administrativa. Porém, tendo o INSS apenas cessado o auxílio-doença, é pertinente o ajuizamento da
presente demanda.
O auxílio-acidente tem previsão no art. 86 da Lei 8.213/91, o qual estabelece que este benefício
tem caráter indenizatório, sendo devido aos segurados que apresentem redução em sua capacidade
laborativa, em razão das sequelas oriundas da consolidação das lesões decorrentes de acidente de
qualquer natureza.
No mesmo sentido, Simone Barbisan Fortes e Leandro Paulsen, em sua obra de direito
previdenciário1, esclarecem que:
1
FORTES, S. B.; PAULSEN, L. Direito da Seguridade Social: prestações e custeio da previdência, assistência e saúde.
Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2005. 133 p.
o segurado habitualmente exercia, tem-se configurada a situação ou risco
determinante da concessão do auxílio-acidente .”
No caso em tela, a parte Demandante gozou de benefício por incapacidade (NB XXX.XXX.XXX-X)
até XX/XX/XXXX, data em que supostamente recuperou sua aptidão para o trabalho.
A parte Autora foi submetida à perícia médica, em XX de MÊS de ANO, com o Dr.
XXXXXXXXXXXXX (CRM XXXXX), especialista em XXXXXXXXXXXX. Na ocasião, o profissional constatou
que a parte Autora é acometido de doença de natureza XXXXXXXXXX, a qual não o incapacita para o
exercício de suas atividades laborais.
Neste aspecto, aliás, cumpre salientar que o nível do dano não interfere na concessão do
auxílio-acidente, o qual será devido ainda que mínima a lesão, conforme entendimento já consolidado
pelo SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, veja:
2. O tema trazido nas razões de recurso especial já foi enfrentado pela Terceira
Seção desta Corte, no julgamento do REsp 1.109.591/SC, pelo rito estabelecido
pelo art. 543-C do CPC, sendo consolidado o entendimento de que, para a
concessão de auxílio-acidente, é necessário que a sequela acarrete a
diminuição da capacidade laborativa do segurado, ainda que em grau mínimo.
3. Ficou incontroverso que a lesão decorrente do acidente de trabalho sofrido pelo autor deixou
sequelas que provocaram o decréscimo em sua capacidade laborativa. Assim, é de rigor a
concessão do benefício de auxílio-acidente, independentemente do nível do dano e, via de
consequência, do grau do maior esforço.
4. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AgRg no AREsp 309593 / SP, Relator Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
20/06/2013, DJe 26/06/2013, com grifos acrescidos)
2.2 DA CARÊNCIA
De acordo com o art. 26 da Lei 8.213/91, incisos I e II, a concessão de benefício de natureza
acidentária independe de carência.
Na presente demanda, tal requisito restou plenamente demonstrado, eis que, através do extrato
do CNIS e cópias da CTPS da parte Autora em anexo, observa-se que a mesma possui contrato de
trabalho em aberto junto à empresa XXXXXXXXXXXX desde XX/XX/XXXX, de modo que, quando da data
do acidente (XX/XX/XXXX), sua qualidade de segurado era matéria incontroversa.
Destarte, fundamental seja deferido o benefício ora pretendido à parte Requerente, conforme
atinam os dispositivos relacionados à matéria, e o entendimento jurisprudencial e doutrinário.
4 3. DOS PEDIDOS
5
6 FACE AO EXPOSTO, requer a Vossa Excelência:
1) O deferimento da Assistência Judiciária Gratuita, pois a parte Autora não tem condições de arcar
com as custas processuais sem o prejuízo de seu sustento e de sua família;
2) O recebimento e o deferimento da petição inicial;
3) A citação do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, para, querendo, apresentar defesa;
4) A produção de todos os meios de prova, principalmente testemunhal, documental e pericial;
5) O deferimento da Antecipação de Tutela, com a apreciação do pedido de implantação do benefício
de AUXÍLIO-ACIDENTE em sentença, pois restarão plenamente comprovados todos os requisitos
necessários para a antecipação, haja vista a natureza alimentar do benefício;
6) O julgamento da demanda com TOTAL PROCEDÊNCIA, condenando o INSS a conceder e implantar o
benefício de auxílio-acidente à parte Autora, a contar do dia imediatamente posterior à cessação do
auxílio-doença (NB XXX.XXX.XXX-X), pagando as parcelas vencidas e vincendas, monetariamente
corrigidas desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros legais e moratórios, incidentes até a data
do efetivo pagamento, respeitando-se e compensando o período no qual a parte Demandante gozou do
benefício NB XXX.XXX.XXX-X.
7) A condenação do Réu aos ônus da sucumbência.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
LOCAL E DATA.
Advogado
OAB/UF n° xxx