03 Artigo
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Artigo
Gilmar Alves Zonzin1, Rená Simões Geraidine Clemente2, Jaime Veras Correia3,
Julio Cezar Dias Ferenzini da Silveira4, Auriston Ferraz da Costa5
Resumo
Nesse capítulo buscamos estabelecer os aspectos mais importantes a serem levados em conta para, tanto o
diagnóstico preciso da doença pulmonar obstrutiva crônica bem como estratégias que possam fomentar a melhoria
desse diagnóstico, especialmente em relação a médicos generalistas.
Foram alinhados aspectos clínicos epidemiológicos, aplicação de exames complementares com especial foco
na avaliação da função pulmonar, abordando adicionalmente exames de imagens e outros que podem contribuir
nesse processo. Adicionalmente abordamos questionários visando rastreio e diagnóstico em relação a sua utilidade
e suas limitações
Conclusivamente fica reforçado que o diagnóstico da DPOC se fundamenta em três pilares que seriam
expressão clínica caracterizada por tosse crônica e ou a presença dispneia, histórico de exposição algum fator de
risco, em especial história de tabagismo e avaliação funcional através da espirometria que confirma a presença de
processo obstrutivo pulmonar.
Abstract
In this section we search how establish the most important aspects to achieve the precise diagnosis of chro-
nic obstructive pulmonary disease and strategies that may encourage the improvement of this diagnosis, especially
in relation to general practitioners.
Epidemiological clinical aspects, the application of complementary tests with special focus on the evaluation
of pulmonary function, were also aligned, besides examining images and others that may contribute to this process.
In addition, we approached questionnaires aimed at screening and diagnosis in relation to their usefulness and
their limitations
Conclusively it is reinforced that the diagnosis of COPD is based on three pillars that would be clinical ex-
pression characterized by chronic cough and or dyspnea presence, history of exposure some special risk factor,
especially smoking history and functional evaluation through spirometry that confirms the presence of obstructive
process pulmonary.
1. Especialista em pneumologia pela SBPT - AMB, Especialista em Clínica Médica pela FUGEMSS, Professor do Curso de Medicina do UniFOA - Volta Re-
donda, Presidente em exercício da SOPTERJ, Preceptor em Pneumologia do Internato e da Residência de Clínica Médica do Hospital Munir Rafful - Volta
Redonda -RJ, Coordenador do Serviço de Pneumologia da Casa de Saúde Santa Maria, Barra Mansa - RJ.
2. Pneumologista. Secretária de divulgação da SOPTERJ
3. Medico pneumologista (TE/SBPT/AMB), Mestre em Ciências da Saúde e Educação, Professor de Clínica Médica e Pneumologia do UNIFOA - Centro
Universitário da Fundação Osvaldo Aranha.
4. Pneumologista. Vita Medical Center - Volta Redonda. Hospital Munir Rafful - Volta Redonda
5. Especialista em Pneumologia pelo IDT/UFRJ e Clínica Médica pelo Hospital Municipal Dr. Munir Rafful, Pneumologista do Hospital HINJA - Volta Redonda
Pneumologista da Prefeitura Municipal de Resende-RJ, Supervisor do Programa de Residência de Clínica Médica e membro do corpo clínico do Hospital
Municipal Dr Munir Rafful, Membro do corpo Clínico do Hospital VITA - Volta Redonda.
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funcionais pulmonares ainda preservadas, podendo ter Oscilometria de impulso (iOS) e Pletis-
mais exacerbações e pior prognóstico que aqueles em mografia
situação oposta, ou seja, com provas alteradas e assinto- Na DPOC, as pequenas vias aéreas sofrem des-
máticos, reforçando assim a importância da valorização e truição antes que qualquer alteração espirométrica possa
busca da presença de sintomas. ser detectada.
A presença de sinais ou sintomas clínicos sugerem Um estudo italiano submeteu 202 pacientes com
o diagnóstico de DPOC mas sua ausência, quando há fa- DPOC estável a avaliação de resistência das vias aére-
tor de risco, não exclui a doença. as por iOS e encontrou uma prevalência de disfunção de
Desta forma, diante da presença de fatores de pequenas vias aéreas de 74%, caracterizada por reatân-
risco, mesmo não havendo relato de anormalidades res- cia alterada, elevada resistência a 5 Hertz (Hz) e elevado
piratórias pelo paciente, cabe ao médico lançar mão de delta de resistência em 5Hz-20Hz. A prevalência da dis-
recursos e estratégias para fazer a busca ativa dos sinto- função foi maior conforme pior era a gravidade do pa-
mas em pacientes que desconhecem sua condição e seus ciente (classificação do GOLD) e foi maior em pacientes
riscos em especial estando atento quanto a agravos do com mais dispneia, mostrando a associação da alteração
estado de saúde básico, especialmente quando da ocor- funcional com doença mais limitante .Tendo em vista a
rência de exacerbações que se apresentam como uma associação entre hiperinsuflação e doença limitante e os
oportunidadre pontual para suspeição do diagnóstico de dados crescentes favorecendo a avaliação de resistência
DPOC. das vias aéreas, um outro estudo sueco procurou obser-
O diagnóstico precoce possibilita intervenções, var quais eram os parâmetros da iOS e da pletismogra-
como a cessação do tabagismo e o incentivo a um pro- fia que mais respondiam a prova broncodilatadora e que
grama de atividades físicas, ambos com impacto impor- pudessem traduzir os efeitos do tratamento na função
tante na evolução favorável da doença. pulmonar destes pacientes. As variações em parâmetros
volumétricos foram mais importantes em pacientes com
Papel das provas de função pulmonar pior VEF1 e as variações nas medidas de resistência foram
no diagnóstico proeminentes em pacientes com doença leve.
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e naqueles em que a dispneia é desproporcional a doença para a exclusão de outras patologias e para a avaliação
pulmonar e nos quais doenças cardiovasculares podem de presença de comorbidades1.
ter contribuição importante com a limitação funcional do Adicionalmente a TC apresenta indicação em pa-
paciente. Um estudo italiano contemplou outra aplicação cientes com critérios para rastreamento de câncer de
do referido teste, esse teve como objetivo avaliar altera- pulmão, em candidatos a cirurgia redutora de volume ou
ções funcionais em pacientes sintomáticos tabagistas que nos candidatos a transplante pulmonar. A tomografia tem
apresentaram espirometria normal. Foram detectadas valor especial adicional por poder demonstrar a extensão
menor reserva respiratória que indivíduos hígidos, menor de acometimento do parênquima através da avaliação da
pico de consumo de O2, hiperinsuflação dinâmica indu- presença em maior ou menor grau de enfisema pulmonar.
zida pelo exercício e eficiência respiratória reduzida. Tais A extensão do enfisema se correlaciona com os níveis de
achados são importantes para reconhecimento precoce redução da capacidade de difusão do monóxido de car-
dos pacientes com déficit funcional e tratamento precoce bono DLco. Estudos demonstraram que uma maior carga
dos mesmos. de enfisema na TC se associa à diminuição da capacida-
de de exercício e menor distância percorrida no teste da
A Imagem no diagnóstico da DPOC caminhada de 6 minutos se associando a queda da con-
Em muitos casos os exames de imagem não são siderada diferença mínima clinicamente importante para
considerados adequados para o diagnóstico da DPOC, a distância de caminhada que é o declínio acima de 30m
mais do que isso, podemos encontrar no dia a dia si- que foi associado ao aumento do risco de hospitalização e
tuações em que o uso equivocado dos exames de ima- mortalidade dos pacientes18.
gem seria um dos fatores de retardo no diagnóstico com De forma relativamente recente surgiu a possibi-
pacientes portadores da doença, até mesmo em níveis lidade da adição de uma nova técnica, lançando mão da
avançados, apresentando exame de imagem - em espe- tomografia computadorizada de tórax através de mapea-
cial o radiograma de tórax - completamente normal. Po- mento de resposta paramétrica (parametric response ma-
de-se também, em pacientes com determinados biotipos, pping – PRM). Foram obtidas imagens em inspiração e
completamente saudáveis do ponto de vista respiratório, expiração que foram depois pareadas e analisadas basea-
exibirem padrão de imagem compatível com hiperinsufla- das em seus valores de atenuação em especial a variação
ção pulmonar sugerindo presença de doença na verdade dos mesmos. A PRM foi usada para calcular a quantidade
inexistente. de enfisema (PRM emph) e aprisionamento aéreo não en-
fisematoso (PRM das vias aéreas), posteriormente, mo-
O radiograma de tórax delos de regressão linear foram utilizados para estudo da
Se a radiografia de tórax não é útil para se estabe- associação de medidas de PRM com parâmetros clínicos.
lecer o diagnóstico de DPOC ela pode auxiliar na exclusão Observou-se que existe forte associação da severidade
ou sugestão de diagnósticos alternativos e também auxi- do DPOC com as medidas de PRM. Novos estudos serão
liar na identificação da presença de co-morbidades. Pode- necessários para validação desses dados e aplicabilidade
mos num radiograma de tórax identificar anormalidades de seu uso na prática clínica.
que possam sugerir por exemplo fibrose pulmonar, bron- Em relação ao enfisema pulmonar os pacientes
quiectasias, doença pleural, pneumoconioses; alterações podem exibir diferentes tipos morfológicos de apresen-
músculo esqueléticas (como cifoescoliose), entre outras1. tação do mesmo:
As alterações radiológicas que são caracteristica- Enfisema centrolobular: consequente à dilata-
mente associadas a à DPOC incluem sinais sugestivos de ção ou destruição dos bronquíolos respiratórios, predomi-
hiperinsuflação pulmonar decorrente do aprisionamento na nos lobos superiores e está associado principalmente
aéreo como perda ou redução da curvatura do diafrag- ao tabagismo1.
ma, ou aumento espaço retroesternal e a diminuição da Enfisema panacinar: dilatação e destruição dos
expressão das marcas vasculares. Como já mencionado ácinos pulmonares. Usualmente predomina nos lobos
alterações dessa natureza podem estar presentes em pa- inferiores e se associa principalmente a portadores de
cientes portadores de DPOC ou não, com os mesmos po- DPOC com deficiência de alfa 1 antitripsina.
dendo estar ausentes em portadores da doença inclusive Enfisema parasseptal: ocorre na periferia dos
em quadros avançados da mesma . 1
pulmões, a nível justapleural e ao longo septos interlo-
bulares. Associa-se também com o tabagismo. Sua loca-
A Tomografia de tórax lização determina possibilidade de desenvolvimento do
Em relação a tomografia computadorizada de tó- pneumotórax espontâneo secundário.
rax (TC), a mesma também não é rotineiramente reco-
mendada na avaliação de pacientes com DPOC até o atual
momento. Também de forma semelhante se mostra útil
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tudo realizado na população grega comparou 3 questio- terem a capacidade de otimizar a solicitação da espirome-
nários de triagem, incluindo o COPD-PS, entre fumantes tria e facilitar o diagnóstico prévio da COPD, os mesmos
com idade acima de 40 anos em ambiente de atenção não são capazes por si só de estabelecer o diagnóstico
primária sendo excluídos os indivíduos com diagnóstico da patologia, sempre dependente da avaliação da função
prévio de asma ou outra doença pulmonar crônica além pulmonar
da DPOC. Todos estavam em condição clínica estável e
preenchiam três questionários já validados sendo eles o Exames adicionais no diagnóstico da
questionário do Grupo Internacional de Vias Aéreas de DPOC
Atenção Primária (IPAG), o COPD-PS e o Questionário de O diagnóstico da DPOC independe de exames
Função Pulmonar (LFQ) e realizavam a seguir a espirome- adicionais. Por outro lado, determinados achados em
tria. O diagnóstico médico de DPOC foi estabelecido por determinados exames podem chamar a atenção para al-
um pneumologista experiente. Todos os 3 questionários terações que desencadeiam processos investigativos adi-
mostraram valores preditivos negativos extremamente cionais e que podem auxiliar no diagnóstico da DPOC.
elevados (94-96%), portanto, neste caso, o diagnósti- Como exemplo: o achado de hipoxemia, poliglobulia, pre-
co de DPOC pode ser excluído com segurança tornan- sença de alterações eletrocardiográficas compatíveis com
do desnecessária a realização da espirometria. A área aumento do trabalho do ventrículo direito entre outras
abaixo da curva foi semelhante nos 3 questionários (AUC possibilidades. Além disso, determinados exames tem uti-
ROC: 0.794-0.809). O questionário COPD-PS demonstrou lidade para, após estabelecido o diagnóstico de DPOC,
o maior valor preditivo positivo (41%) em relação aos auxiliarem na avaliação da gravidade e no acompanha-
outros dois. Por outro lado, o questionário IPAG e LFQ mento clínico da doença. Gasometria arterial está reco-
demonstraram maior sensibilidade do que o COPD-PS, mendada na avaliação inicial de pacientes com doença
resultando em menores porcentagens de casos não iden- grave, ou seja, VEF1 < 50%, na presença de manifestação
tificados. Assim sendo, percebeu-se que 3 questionários clínica de hipoxemia como cianose, cor pulmonale, hiper-
de triagem validados para DPOC demonstraram caracte- tensão pulmonar ou evidência de saturação periférica de
rísticas diagnósticas diferentes. oxigênio abaixo de 92%. Pacientes com doença avançada
A validade desse tipo de abordagem (questioná- podem apresentar hipercapnia e hipoxemia, podendo se
rios) com outros métodos foi estudada em trabalho bus- beneficiar da oxigenoterapia domiciliar prolongada con-
cando o melhor método de rastreio na atenção primária forme as recomendações pré-estabelecidas.
para diagnóstico de DPOC em tabagistas. O grupo desen- O eletrocardiograma e o ecocardiograma, em ca-
volveu um questionário para detectar casos de DPOC e sos de suspeição clínica ou radiológica de hipertensão
comparou sua confiabilidade com outras estratégias. Para arterial pulmonar ou na presença de dispneia despro-
desenvolver o novo questionário (questionário de triagem porcional ao grau de alteração na função pulmonar e no
da DPOC de Terrassa [EGARPOC]), utilizaram dados de caso de evidência ou suspeita de doença cardiovascular
um estudo epidemiológico sobre a prevalência de DPOC associada, estão indicados para uma abordagem sistêmi-
em fumantes e estabeleceram sua significância para o ca da DPOC buscando uma avaliação global do paciente e
diagnóstico de DPOC na análise de regressão. A compa- atenção a presença de co-morbidades.
ração se deu entre o questionário elaborado pelo grupo Também podem estar indicados outros exames
(EGARPOC), Questionário de Rastreio de Saúde Respira- laboratoriais além da gasometria arterial na proposta de
tória, o questionário de 2 questões e o espirômetro por- avaliação da função renal, hepática e metabólica, para
tátil COPD-6. Um estudo multicêntrico transversal que in- investigar doenças associadas como diabetes e cirrose
cluiu 407 fumantes ou ex-fumantes com mais de 40 anos, hepática. A ultrassonografia abdominal e a endoscopia
sem diagnóstico conhecido de DPOC, que preencheram digestiva alta são úteis na avaliação de neoplasias do
os diferentes questionários e submetidos à espirometria sistema digestório, doença do refluxo gastroesofágico e
com COPD-6. Ao comparar os questionários pelo teste do úlcera péptica.
qui-quadrado, o questionário de 2 perguntas mostrou a O Teste de caminhada de seis minutos (TC6M)
pior discriminação. Já a avaliação do VEF1 / VEF6 (Volume avalia a distância percorrida em metros associado ao
expiratório Forçado no sexto segundo) com corte de 0,78 comportamento da oximetria de pulso e frequência car-
saiu-se significativamente melhor do que os questionários díaca sendo um exame auxiliar na avaliação funcional
na detecção de DPOC sendo considerado a melhor ferra- dos pacientes. Se mostra útil para avaliar a tolerância ao
menta de triagem para DPOC em cuidados primários, em exercício, medir o efeito do treinamento em programas
comparação com os questionários testados. de reabilitação pulmonar e da terapia medicamentosa1,5.
Sendo assim, diferentes questionários foram de- A dosagem da α1-antitripsina está recomendada
senvolvidos para alcançar o diagnóstico por suspeita de em todos os pacientes que recebem o diagnóstico de
presença de DPOC. No entanto, apesar de os mesmos DPOC, especialmente nos com doença grave e precoce
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Conclusão
A presença de sintomas sugestivos da doença –
que podem estar presentes em maior ou menor grau e
com maior ou menor facilidade de obtenção junto aos
pacientes – somados a avaliação da capacidade funcional
pulmonar tendo como base a espirometria convencional
e o histórico do indivíduo, em especial de tabagismo for-
mam uma tríade através da qual construímos a hipótese
e firmamos o diagnóstico da DPOC.
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