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NEGÓCIO
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
PROCESSOS DE NEGÓCIO
SEJA BEM-VINDO(A)!
Prezado(a) aluno(a), bem-vindo(a) à nossa disciplina de Processos de Negócio!
Aqui você aprenderá sobre a importância dos sistemas de informação na vida das em-
presas, conforme apresentaremos na unidade I. Outro tema importante para o entendi-
mento de Processos de Negócio, apresentado na unidade II, é a Governança de TI, esse
tema apresenta os processos necessários para se controlar todos os ativos e serviços
de TI dentro de uma empresa, por meio dos modelos COBIT e ITIL V3, com o intuito de
melhorar constantemente os processos que envolvem a TI.
Seguindo nossos estudos, na unidade III, passaremos pelo BPM, quando serão apresen-
tados efetivamente todos os conceitos de Processos de Negócio, bem como os benefí-
cios e impactos da sua utilização em uma empresa. Serão apresentadas para você tam-
bém as tecnologias que envolvem o BPM, como BPMS e BPEL.
Na unidade IV, após você conhecer os conceitos de BPM, é a hora de colocar a “mão na
massa” e aprender a modelagem dos processos. Essa é uma etapa importantíssimado
de seu estudo, porque norteará a análise, escrita e, consequentemente, a melhoria dos
processos empresariais, por meio de uma notação atual e moderna, a BPMN. Além disso,
é por meio da modelagem que você conseguirá implantar processos que poderão ser
automatizados e monitorados constantemente.
Na última unidade, discutiremos com você a modelagem de alguns casos e apresentare-
mos passo a passo como chegar a modelos de processos consistentes, por meio de uma
discussão prática e objetiva.
Esses conteúdos são essenciais para o seu aprendizado e entendimento dos Processos
de Negócio, que hoje são uma tendência das empresas. Organizar o processo é uma eta-
pa que antecede a deinição e aquisição de ferramentas. Adquirir ferramentas sem pen-
sar em processo pode trazer prejuízos à empresa e tornar o atual processo ineiciente.
Faça um bom proveito deste material!
Desejamos a você um bom estudo!
09
SUMÁRIO
UNIDADE I
OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES
15 Introdução
16 Conhecendo as Empresas
20 Os Sistemas de Informação
43 Gestão do Conhecimento
44 Considerações Finais
UNIDADE II
A GOVERNANÇA DE TI
51 Introdução
61 O Cobit
65 A ITIL
70 Considerações Finais
SUMÁRIO
UNIDADE III
O BPM: BUSINESS PROCESS MANAGEMENT
77 Introdução
77 O que é BPM
86 O BPMs e a BPEL
91 Ferramentas BPMs
93 Considerações Finais
UNIDADE IV
101 Introdução
UNIDADE V
A MODELAGEM BPMN
131 Introdução
163 Conclusão
165 Referências
167 Gabarito
Professor Dr. Nelson Nunes Tenório Junior
Professor Me. José Valderlei da Silva
I
OS SISTEMAS DE
UNIDADE
INFORMAÇÃO E AS
ORGANIZAÇÕES
Objetivos de Aprendizagem
■ Conhecer os princípios básicos de uma empresa.
■ Entender os níveis e as funções existentes em uma empresa.
■ Conceituar Sistemas de Informação.
■ Entender os benefícios dos Sistemas de Informação para uma
empresa.
■ Conhecer a infraestrutura necessária para se ter um Sistema de
Informação.
■ Conhecer os principais tipos de Sistemas de Informação possíveis em
uma empresa.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Conhecendo as Empresas
■ Os Sistemas de Informação
■ Classiicação dos Sistemas de Informação
■ Tipos de Sistemas de Informação
■ A Infraestrutura para os Sistemas de Informação
■ Técnicas para a Tomada de Decisão
■ Gestão do Conhecimento
15
INTRODUÇÃO
Introdução
16 UNIDADE I
CONHECENDO AS EMPRESAS
As empresas estão no nosso dia a dia, tanto para a aquisição de bens quanto para
a prestação de serviços. De um modo geral, as empresas movimentam a econo-
mia. Você sabe o conceito de empresa? Segundo Rezende (2011), uma empresa
pode ser deinida como a junção de diversos recursos (humanos, materiais, inan-
ceiros, tecnológicos) utilizados na produção de bens a serem comercializados
para satisfazer a necessidade das pessoas. Uma empresa também pode ser dei-
nida como uma organização social que possui pessoas e valores, trabalhando
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
em conjunto, para atingir um objetivo em comum, atuando sobre um nicho de
negócio por meio da gestão.
As empresas devem ter bem deinidos os seus objetivos de curto, médio e
longo prazos. De uma forma geral, os objetivos de curto prazo são aqueles a
serem realizados de imediato, executados por seus setores operacionais (Gerência
Operacional). O curto prazo costuma ser de seis meses a um ano. Os objetivos
de médio prazo são aqueles determinados pelas gerências médias, geralmente
com uma janela de um a três anos para a execução. Os objetivos de longo prazo
são estabelecidos pelos executivos da empresa, também chamados de gerência
sênior ou nível estratégico e, em geral, possuem um prazo de execução acima
de cinco anos. A Figura 1 apresenta a pirâmide funcional com os níveis empre-
sariais e os tipos de tomadas de decisões pertinentes a cada nível dela.
Gerência sênior
Nível Estratégico:
decisões a longo prazo
Gerência média
Cientistas e trabalhadores
do conhecimento
Nível Tático:
decisões a médio prazo
Gerência operacional
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Conhecendo as Empresas
18 UNIDADE I
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Manufatura Vendas e
e produção marketing
Produto
ou serviço
Recursos Finanças e
humanos contabilidade
Ciência e Economia
tecnologia
Clientes
Acionis- Fornece-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tas dores
Organi-
zação
Órgãos Concor-
reguladores rentes
Mudanças Política
internacionais
Conhecendo as Empresas
20 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Informação. São diversos os sistemas que podem estar em execução de forma
a conduzir as informações aos respectivos níveis empresariais para o suporte à
tomada de decisão. Na operação desses sistemas, são necessárias pessoas devi-
damente preparadas, independente de sua área de formação. As empresas de
hoje precisam de proissionais mais do que preparados, apenas para a opera-
cionalização de seus sistemas, mas preparados para pensar e repensar em seus
processos de negócio. A próxima seção faz uma discussão acerca do papel dos
Sistemas de Informação no ambiente empresarial.
OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
AMBIENTE
Fornecedores Clientes
ORGANIZAÇÃO
SISTEMA DE INFORMAÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Processar
Entrada Classificar Saída
Organizar
Calcular
Feedback
Os Sistemas de Informação
22 UNIDADE I
equipe (team leaders) que podem assumir papéis que vão desde a gerência de
uma equipe de programadores, ou administradores de redes, ou banco de dados,
até a gestão de projetos especíicos do DSI.
Em empresas maiores, o departamento é liderado pelo CIO, que é o mne-
mônico de Chief Information Oicer. O CIO é um cargo de gerência sênior no
qual o proissional deve ter sólida experiência em processos de negócios, siste-
mas de informação, tecnologia e liderança.
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CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Os SI’s são importantes para uma empresa porque agilizam a tomada de deci-
são nos diferentes níveis organizacionais, já apresentados na Figura 1 desta
unidade. Para atender cada nível, são necessários sistemas com características
especíicas, por isso, os SI’s recebem diferentes classiicações conforme o nível
da pirâmide que atendem.
A base de toda a operação de uma empresa corresponde aos Sistemas de
Processamento de Transações (SPT), também conhecidos como Sistemas de
Informação Transacional (SIT). Esses sistemas servem como “porta de entrada
de dados” para a empresa e são utilizados pelos funcionários operacionais, ou
seja, aqueles pertencentes à base da pirâmide ou gerentes operacionais. Em geral,
esses trabalhadores executam as tarefas do dia a dia da empresa, como: vendas,
operação de caixa, expedição, linha de produção, dentre outras.
Para atender aos usuários do nível médio da pirâmide, existem três tipos de
sistemas com características peculiares, formando uma tríade, conhecida como
SIG, SAD e STC.
Os Sistemas de Informação Gerenciais (SIG) são voltados à tomada de deci-
são resultante das sumarizações ou dados consolidados dos SPT’s. Os SIG’s são
compostos por relatórios estáticos que apoiam os gerentes médios na tomada
de decisão. Poderemos notar, na igura a seguir, um exemplo de relatório pro-
duzido por um SIG, com as informações sumarizadas por produto e região.
23
24 UNIDADE I
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Dados de
vendas
Sistema de
planejamento Dados de SIG
Arquivo mestre custo
de produção de recursos
materiais unitário de
produtos
Dados de
modificação
de produtos
Arquivos de Sistema de Relatórios
contabilidade livro-razão Dados de
despesas
Gerentes
Dados
do SPT
SAD
(dados e
modelo)
Dados
externos
Gerentes Médios
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Dados
do SIG
Estação de trabalho
SAE/Portal
. Menus
. Gráficos
. Comunicações
. Processamento local
Estação de trabalho Estação de trabalho
SAE/Portal SAE/Portal
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Dados internos Dados externos
SAE Estratégico
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Operacional
SPT
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Fornecedores. Processos Clientes.
parceiros de negócio distribuidores
Sistemas
integrados
Sistemas de Sistemas de
gerenciamento Processos gerenciamento
da cadeia de de relacionamento
suprimentos Processos com o cliente
Sistemas
de gestão do
conhecimento
ERP
SCM
Consumidor
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Downstream
Varejista
Distribuidor
Fabricante
Modelo Push
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Outro modelo é o pull, o qual é orientado pela demanda, ou seja, com base nos
pedidos dos clientes que disparam as etapas da cadeia de suprimentos. Em geral,
são fábricas que trabalham com consumo de bens customizados ou extrema-
mente caros, como a produção de computadores, aviões, guindastes, dentre
outros. A vantagem desse tipo de cadeia é o fato de o estoque ser o mínimo pos-
sível e, assim, o valor do estoque parado é menor. Sabe-se que estoque parado é
dinheiro parado, por isso, girar o estoque constantemente é importante.
Modelo Pull
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adequadamente; otimizar as aquisições da manufatura; análises para estabele-
cer os níveis de estoque; e identiicar os modos de transportes necessários. O
sotware de execução da cadeia permite gerenciar o luxo de produtos por meio
dos centros de distribuição e armazéns.
A gestão eicaz da cadeia de suprimentos agrega valores à empresa por-
que é capaz de sintonizar a oferta e a demanda; reduzir os níveis de estoque
(lembre-se, estoque parado é dinheiro parado); melhorar o serviço de entrega;
diminuir o tempo de chegada do produto ao mercado (time to market); usar os
ativos industriais de maneira mais eiciente (pessoas, maquinários e materiais
são exemplos de ativos); reduzir os custos totais da SCM e, consequentemente,
aumentar a lucratividade; e possibilitar o aumento das vendas.
CRM
Vendas
. Vendas por telefone
. Vendas pela Web
. Vendas no varejo
. Vendas em campo
Marketing Atendimento
. Dados de ao cliente
Cliente . Central de
. campanha
atendimento
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Conteúdo . Dados de
. Análise de dados
autoatendimento
pela Web
. Dados por
equipamentos
sem fio
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A INFRAESTRUTURA PARA OS SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO
Fig
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Vendas
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Produção
Contabilidade
RH
Dados
Biblioteca
de fitas
RAID
SAN
RAID RAID
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Usuário Usuário Usuário Usuário Usuário
icará saturado, assegurar que a empresa tenha recursos suicientes para suas
necessidades atuais e futuras. Para determinar essa capacidade, é possível fazer
o levantamento do número máximo de usuários suportados pelos servidores e
pelas aplicações, realizar um estudo de impacto das aplicações de sotware exis-
tentes ou futuras e medir o desempenho. Para isso, deve-se ter claro o conceito
de escalabilidade, que, segundo Laudon (2010), é a capacidade que um compu-
tador ou sistema tem de se expandir para proporcionar serviços a um número
cada vez maior de usuários, sem sofrer pane.
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TÉCNICAS PARA A TOMADA DE DECISÃO
Até agora você pôde ver a importância dos SI’s para uma empresa, bem como a
infraestrutura necessária para mantê-los funcionando, mas a função principal
dos SI’s é apoiar a tomada de decisão para as pessoas que atuam nos diferentes
níveis organizacionais. As tomadas de decisão podem dar-se de forma estrutu-
rada, semiestruturada e não estruturada.
A tomada de decisão estruturada é realizada no nível operacional da empresa
pelos funcionários e gerentes operacionais e, ainda, caracterizada por ser repe-
titiva, rotineira e de curto prazo (imediata). Também envolve procedimentos
bem deinidos, que devem ser obedecidos. Para tomar uma decisão estrutu-
rada, os funcionários e gerentes operacionais se baseiam nos relatórios dos SI’s,
nas normas e procedimentos da empresa. Exemplos desse tipo de decisão são:
a compra de uma peça que está em falta no estoque ou a justiicativa da contra-
tação de um novo funcionário.
A tomada de decisão semiestruturada é realizada no nível da gerência média
e caracterizada por ser de médio prazo. Para tomar esse tipo de decisão, o gerente
se baseia tanto em procedimentos bem deinidos e relatórios do sistema quanto na
sua experiência, bom senso e vivências anteriores. Exemplos de decisão semies-
truturada são: a formulação de um novo plano de marketing ou a deinição de
metas para o aumento da produtividade.
A tomada de decisão não estruturada é realizada no nível da gerência sênior,
ou executivo, e caracterizada por ser de longo prazo. Nesta, o executivo se baseia
apenas em sua experiência, bom senso ou o que chamamos de feeling, adquirido
pela vivência nas empresas. Exemplos dessa decisão são: criação e lançamento de
um novo produto ou a decisão de entrada ou saída de um determinado mercado.
Segundo Laudon (2010), para se tomar uma decisão, é necessário utilizar
quatro etapas. A inteligência é a primeira delas, visto que possibilita a desco-
berta, identiicação e entendimento de um problema; as perguntas-chave a serem
feitas nessa etapa são: “por que existe o problema?”, “onde ele está e qual o seu
impacto?”. A segunda etapa é a concepção, que é a identiicação e a investiga-
ção das possíveis soluções para o problema. A terceira etapa é a seleção, a qual
sugere a escolha de uma das alternativas para a solução do problema. Por im,
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Inteligência
Concepção
Seleção
Implementação
Para se obter qualidade na tomada de decisão, alguns pontos devem ser consi-
derados, não necessariamente nesta ordem:
■ Precisão: devemos entender a precisão como uma decisão que relete a
realidade. Esse tipo de decisão é tomada com base em fatos acontecidos,
por exemplo, para se decidir se a empresa vai investir em um imóvel pró-
prio, o executivo deve ter em mãos o faturamento mensal até aquela data,
o valor do imóvel, os valores pagos com aluguel, uma projeção de quando
o imóvel será quitado e por qual valor, dentre outras informações. Enim,
não se pode comprar um imóvel sem o faturamento suiciente e com ris-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
cos de não conseguir pagar por ele.
■ Abrangência: a decisão deve reletir uma consideração completa dos fatos
e das circunstâncias, por exemplo, o impacto de se implantar um processo
em um dos departamentos da empresa. Caso estivermos à frente dessa
decisão, é necessário se perguntar: “Qual o impacto disso para as demais
áreas?”, “Será que isso não deixará nossa empresa mais lenta?”. O conhe-
cimento de outros departamentos da empresa é essencial para conseguir
avaliar a abrangência e analisar se ela é ou não satisfatória.
■ Imparcialidade: neste caso, a decisão deve reletir ielmente as preocupa-
ções e os interesses das partes envolvidas. Não se deve tomar partido por
um grupo em que tenhamos maior ainidade ou ceder à pressão de algum
outro grupo. Se você analisou a realidade e a abrangência, de certa forma
conseguirá ter argumentos para seguir imparcial e, mais ainda, convencer
os grupos resistentes a mudanças e abraçar a causa da equipe.
■ Velocidade: é a medida da eiciência do trabalho. A tomada de decisão é
eiciente quando ela é tomada de forma rápida o suiciente para, se não
evitar, mitigar (suavizar) o problema. É preciso levar em consideração o
tempo e recursos disponíveis, incluindo os das partes afetadas, tais como
os clientes, por exemplo.
■ Coerência: é o processo racional no qual se deve colocar em palavras e
explicar aos outros as ideias ou relatar os fatos. A coerência muitas vezes
é necessária para justiicar uma tomada de decisão, por exemplo, em uma
decisão a respeito de comprar um novo imóvel para a empresa, mas não
pretender mudar a empresa para o local e continuar pagando o aluguel.
Como essa decisão é incoerente, precisa-se justiicar e dizer o porquê dela.
GESTÃO DO CONHECIMENTO
Gestão do Conhecimento
44 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de dados de soluções, boas práticas na forma de perguntas frequentes (FAQs)
ou outros documentos.
Nesta unidade, você viu os conceitos relacionados à empresa e aos sistemas
de informação. Nós conduzimos você a ver/rever esses conceitos, porque eles se
fazem essenciais para o entendimento dos processos de negócio. Sem tais con-
ceitos básicos se torna difícil entender o propósito dos processos empresariais e
as suas relações com a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
Sendo assim, apresentamos a pirâmide empresarial, seus níveis e as suas
relações com os tipos de dados e sistemas de informação dentro da empresa.
Vimos também os tipos de sistemas de informação, como: ERP, CRM e SCM;
suas classiicações, como: SIG, SAD, SAE; e ainda as suas funcionalidades, níveis
atendidos, bem como os tipos de usuários atendidos.
Por im, vimos a Gestão do Conhecimento e qual a sua importância para
uma empresa se manter no mercado de forma inovadora e competitiva.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, você viu a forma de uma empresa se organizar em termos de sis-
temas. Apresentamos a organização de uma empresa, as classiicações e os tipos
de sistemas de informação, bem como a infraestrutura necessária para o seu
domínios geográicos.
Guiamos você a conhecer as técnicas de tomada de decisões e gestão do
conhecimento empresarial. É essencial conhecer a forma de gestão, mesmo que
você tenha a tendência em ser um proissional mais técnico (desenvolvedor). Um
proissional de TIC deve ser ético e responsável e, ainda, procurar sempre dei-
xar as “portas abertas” pelas empresas que passar. Ainal, nunca se sabe o dia de
amanhã, não é mesmo? Sendo assim, criar, organizar, registrar, codiicar, armaze-
nar e compartilhar o conhecimento é um fator importante nos dias de hoje para
que uma empresa seja competitiva e inovadora no mercado. Quanto a Gestão
do Conhecimento, hoje ela é fundamental para todos os tipos de proissionais,
para o direcionamento sobre uma gestão orientada por processos de negócio.
Na próxima unidade, você será apresentado(a) à Governança de TI. Tal tema é
essencial para o entendimento de processos que levam à Gestão do Conhecimento
e a uma forma organizada e sistematizada de gerenciar a TIC de uma empresa.
Vamos em frente com nossos estudos!
Considerações Finais
1. A empresa Plus+, fabricante de computadores, se associou a um grande distri-
buidor de produtos pela internet chamado DistComp. A DistComp deve cumprir
os prazos com os clientes e manter seus níveis de estoque baixos para evitar
produtos parados por longos períodos de tempo. Além disso, a DistComp deve
controlar a integração entre seus departamentos inanceiro, venda, logística
e diretorias. Igualmente, é necessário que a empresa tenha um controle dos
atendimentos e garantias dadas aos produtos e, mensalmente, tire um relató-
rio administrativo que é encaminhado para a diretoria, com uma pesquisa de
satisfação para o cliente. Com base nesse cenário, identiique quais sistemas são
característicos para o controle da relação com fornecedores e clientes que a dis-
tribuidora deve utilizar, respectivamente. Justiique.
2. O conselho diretor da DistComp exigiu da Plus+ que os pedidos fossem entre-
gues em até 30 dias. O não cumprimento do prazo prevê uma multa. Sabendo
disso, o movimento da Plus+ é estudar a aquisição de um software ERP para um
controle integrado de suas operações. Com base nessa informação, responda:
3. Explique aos diretores da Plus+ o funcionamento e características de um sof-
tware ERP e como eles poderiam auxiliar a empresa no controle integrado com
a DistComp e com os fornecedores para o cumprimento dos prazos estipulados.
4. Quais tecnologias, em termos de equipamentos necessários de comunicação,
estão envolvidas para a implantação de um ambiente integrado na Plus+?
5. Faça uma relexão acerca de como as tendências tecnológicas inluenciarão os
futuros ERPs. Para tanto, baseie-se em cinco tendências, quais sejam: Internet
das Coisas, Tecnologias Vestíveis, Big Data, Era do Contexto e Negócios Inova-
dores.
47
II
UNIDADE
A GOVERNANÇA DE TI
Objetivos de Aprendizagem
■ Conhecer os princípios básicos de Governança de TI
■ Conhecer o conceito e o funcionamento da ITIL
■ Conhecer o conceito e o funcionamento do CobiT
■ Conhecer o CMMI
■ Conhecer os modelos de qualidade ISO para a TI
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ A Governança de TI nas Empresas
■ O COBIT
■ A ITIL
■ Ferramentas para Governança de TI
51
INTRODUÇÃO
Introdução
52 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
são funcionários da empresa) possuem como clientes todos os demais
funcionários e clientes da empresa.
■ A Integração Tecnológica: como já vimos na unidade I, os ERP’s são os
grandes responsáveis por integrar a empresa, tanto verticalmente quanto
horizontalmente, por meio do SCM e CRM, e da Gestão do Conhecimento.
Com isso, as ilhas de sistemas, sistemas isolados, devem acabar, pois desa-
celeram a tomada de decisão, prejudicando, assim, a gestão empresarial.
■ A segurança da informação: com o advento da internet, a infraestrutura
de TI está exposta a constantes ataques visando o roubo de informação,
interrupção de serviços e a injeção de vírus e códigos maliciosos.
■ Os negócios dependentes da TI: naturalmente, os computadores foram
fazendo parte do dia a dia das empresas, que se tornaram mais depen-
dentes de hardware, sistemas e pessoas. Quanto mais dependentes da
tecnologia, maior o impacto da falta dela para os negócios. Você já deve
ter ido a um banco fazer uma operação e não ter conseguido devido ao
“sistema fora do ar”. Assim, na atualidade, boa parte das empresas não
consegue vender mercadorias caso iquem sem seus sistemas, por exem-
plo, uma “.com”, que é extremamente dependente da internet.
■ Os marcos regulatórios (compliance): são regras para a restrição do negócio
e seguidos pelas empresas de capital aberto para atrair mais investidores,
aumentando, assim, a lucratividade. A Sarbanes-Oxley Act, popularmente
conhecida como SOX, determina que as empresas tenham transparência
na sua contabilidade e corresponsabiliza diretores e funcionários da área
de inanças por atos lesivos a investidores e mercado. Assim, a área de TI
deve garantir que os SPT’s da empresa (visto na unidade I), que geram
A GOVERNANÇA DE TI
53
TI Prestadora
de Serviço
Ambientes de Integração
Negócios tecnológica
Governança de TI
Marcos de
Regulatórios Segurança
(compilance) Negócios
Dependentes
da TI
Foi apresentado até agora o que move a GTI em uma empresa. De acordo com
a IT Governance Institute – ITGI (2005 apud Fernandes, 2008, p. 13), a GTI é
“[...] de responsabilidade da alta administração (incluindo diretores e executi-
vos), na liderança das estruturas organizacionais e nos processos que garantem
que a TI da empresa sustente e estenda as estratégias e objetivos da organização”.
A ITGI foi criada em 1998 devido à crescente demanda de TI nas empre-
sas que, para ter sucesso, dependiam dos serviços de TI para alcançarem seus
objetivos. A ITGI auxilia as empresas a garantir que a TI suporte os objetivos de
negócio, maximizando o investimento das empresas nessa área e gerenciando
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
adequadamente os riscos e oportunidades de negócio que envolvem a TI.
Segundo Fernandes (2008), são deveres da GTI:
■ Realizar o alinhamento da TI aos negócios empresariais com relação à
infraestrutura e sistemas;
■ Garantir a continuidade do negócio, que, nesse caso, é evitar interrup-
ções e falhas da TI; e
■ Garantir o alinhamento com os marcos regulatórios e outras normas ou
resoluções, como SOX, Basileia II, ISO, dentre outras.
Decisão,
Alinhamento Compromisso, Estrutura,
Estratégico e Priorização e Processos, Medição de
Compliance Alocação de Operações e Desempenho
Recursos Gestão
A GOVERNANÇA DE TI
55
UNIDADE
Princípios de TI Estratégico e Compliance
1 2
Necessidades de Aplicações Decisão, Compromisso,
Arquitetura e Infraestrutura de TI Priorização e Alocação
de Recursos
II
Objetivos de Desempenho Domínios e
Capacidade de Atendimento Componentes Mecanismos de Decisão
Outsourcing da GTI
Portfólio de TI
Segurança da Informação
Competências
3
Processos e Organização Estrutura, Processos,
Plano de TI Operações e Gestão
4 Operações de Seviços
Medição e Desempenho Relacionamentos
com Usuários
Gestão de Desempenho com Fornecedores
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
57
assim, são determinadas quais aplicações deverão ser mantidas e quais aquelas
que deverão ser melhoradas, substituídas e implantadas. Os SPT’s, SIG’s, apli-
cações de inteligência empresarial, tecnologias de reconhecimento biométrico,
dentre outros, são exemplos de aplicações deinidas pela TI, com base plano de
TI, e utilizadas nas empresas.
A Arquitetura e Infraestrutura de TI estão intimamente relacionadas. A arqui-
tetura de TI deine a organização lógica para os dados, aplicações e infraestrutura,
por meio do alinhamento com o planejamento estratégico empresarial. Dessa
forma, são levadas em consideração as políticas organizacionais e as tecnologias
essenciais para a padronização da TI e para a sua integração com os negócios.
Já a infraestrutura de TI é a capacidade tecnológica e humana disponível para
a empresa em forma de serviços compartilhados e com alto grau de coniança.
A infraestrutura é o elo da empresa com os parceiros, fornecedores e clientes.
De um modo geral, a infraestrutura é a implementação da arquitetura deinida.
Os Objetivos de Desempenho direcionam a TI para atender as metas esta-
belecidas na prestação de serviços, em conformidade com os níveis de serviços
estabelecidos com os clientes da empresa.
A Capacidade de Atendimento diz respeito à quantidade de recursos, tanto
humanos quanto tecnológicos, e de infraestrutura, disponíveis para atender às
demandas por sistemas e serviços. Essa capacidade serve como indicador para
mostrar se a infraestrutura atual atende ou não a demanda atual da empresa.
O Outsourcing, em português, signiica terceirização, ou seja, ocorre quando
uma empresa contrata um serviço de outra empresa ou pessoa, quando estes
se tornam fornecedores de serviço. Essa prática é bastante utilizada pela TI,
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mento dessas regras, é importante que a TI tenha o apoio do executivo da empresa.
As Competências estão relacionadas às habilidades e conhecimento da equipe
de TI para prover, manter e dar suporte à estrutura necessária para que a empresa
atinja os seus objetivos de negócios traçados no planejamento estratégico.
Os Processos e Organização deinem e documentam as tarefas e os respon-
sáveis por executá-las, para que os serviços e produtos desenvolvidos pela TI
sejam entregues aos seus clientes e usuários.
No Plano de TI, é realizado o alinhamento estratégico da TI com a empresa.
Segundo Fernandes (2008), o plano de TI deve incorporar os elementos que
permitem comunicar com clareza os objetivos, os serviços e os produtos de TI
para toda a empresa. Sendo assim, um plano de TI deve conter, no mínimo, os
seguintes itens:
■ Princípios, infraestrutura e arquitetura de TI;
■ Necessidades de aplicações;
■ Objetivos de desempenho e níveis de serviço;
■ Capacidade de atendimento;
■ Processos das operações executadas com suas devidas atribuições;
■ Estratégia para outsourcing;
■ Competências necessárias;
■ Políticas de segurança;
A GOVERNANÇA DE TI
59
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e dos serviços que são executados. A Gestão de Desempenho da TI é quem rea-
liza o acompanhamento do desempenho das operações de serviços em termos
de aplicações, suporte técnico, entrega, segurança da informação, acordos de
níveis de serviços, dentre outros.
Para a GTI, é necessário que você se familiarize com alguns conceitos bási-
cos, são eles:
■ Evento: é uma notiicação, criada por um serviço de monitoração, causada
pelo desvio de desempenho da infraestrutura ou de entrega do serviço,
por exemplo, a internet de uma ilial indisponível.
■ Alerta: é um aviso sobre uma meta, mudança ou falha que ocorreu, por
exemplo, o uso de disco do servidor de e-mail ultrapassou 80% da sua
capacidade.
■ Requisição de Serviço: é um pedido para uma mudança ou para um acesso
a um serviço de TI, por exemplo, trocar um tonner da impressora, rede-
inir uma senha, informações e dúvidas sobre sistemas, dentre outros.
■ Incidente: é uma interrupção inesperada ou a qualidade reduzida de um
serviço, por exemplo, quando o usuário abre um chamado informando
que a sua máquina está lenta para o trabalho.
■ Problema: é a causa de um ou mais incidentes; sua causa-raiz deve ser
investigada, por exemplo, toda vez que o usuário clica com o botão direito
do mouse o Explorer do Windows trava. Deve-se, obrigatoriamente,
investigar a causa do problema para solucioná-lo e manter a solução nas
lições aprendidas.
A GOVERNANÇA DE TI
61
O COBIT
O Cobit
62 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
qualidade.
■ Adquirir e Implementar (AI): este domínio trata das questões de imple-
mentação da TI em conformidade com as diretrizes estratégicas e de
projetos pré-deinidos no Plano de TI da empresa, que também é cha-
mado de PDI (Plano Diretor de Informática). Alguns dos processos desse
domínio são: a identiicação de soluções automatizadas a serem aplica-
das ou reutilizadas na corporação, o desenvolvimento e mapeamento de
processos nos sistemas, a instalação e o gerenciamento de mudanças e a
aquisição e manutenção de sistemas e de infraestrutura.
■ Entregar e Suportar (DS): neste domínio, são deinidas as questões ope-
racionais relacionadas ao uso da TI para o atendimento aos clientes, bem
como a manutenção e garantias desses serviços. Esse domínio passa a exis-
tir após a ativação de um serviço e sua entrega ao cliente, podendo operar
ou utilizar serviços terceirizados. Os processos desse domínio tratam da
deinição dos níveis de aceitação de serviços, também conhecidos como
SLA (Service Level Agreement); da gerência de fornecedores integrados
às atividades; das garantias de desempenho, continuidade e segurança de
sistemas; dos treinamentos de usuários; da gerência de dados, problemas
e incidentes; dentre outros.
■ Monitorar e Avaliar (ME): nesta área de domínio, são apresentadas as ques-
tões de auditoria e acompanhamento dos serviços de TI para a validação
da eiciência dos processos e sua evolução em termos de desempenho e
automação. Nesse domínio, são tratados processos como: a supervisão
das atividades dos outros processos; as adequações realizadas na empresa
para garantia de procedimentos operacionais; a coleta e análise de dados
operacionais e estratégicos para auditoria e para controle da organização.
A GOVERNANÇA DE TI
63
Objetivos de Negócio
Objetivos de Governança
COBIT
ME1 Monitorar e Avaliar o Desempenho PO1 Definir um Plano Estratégico de TI
ME2 Monitorar e Avaliar os Controles Internos PO2 Definir a Arquitetura da Informação
ME3 Assegurar a Conformidade com Requisitos PO3 Determinar o Direcionamento Tecnológico
Externos PO4 Definir os Processos, Organização e os
ME4 Prover a Governança de TI CRITÉRIOS DE Relacionamentos de TI
INFORMAÇÃO PO5 Gerenciar o Investimento de TI
. Efetividade PO6 Comunicar as Diretrizes e Expectativas da
. Eficiência Diretoria
. Confidencialidade PO7 Gerenciar os Recursos Humanos de TI
. Integridade PO8 Gerenciar a Qualidade
. Disponibilidade PO9 Avaliar e Gerenciar os Riscos de TI
. Conformidade PO10 Gerenciar Projetos
. Confiabilidade
MONITORAR E PLANEJAR E
AVALIAR ORGANIZAR
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ENTREGAR E ADQUIRIR E
SUPORTAR IMPLEMENTAR
Figura 24: Visão geral das áreas de domínio e dos processos 34 do COBIT
Fonte: Isaca (2007, p. 28).
A alta direção das empresas é cada vez mais exigida para considerar a boa ges-
tão da área de TI, já que a informação é vista como um ativo organizacional. Por
isso, além dos quatro domínios principais que guiam o uso eiciente da TI nas
empresas, existe ainda a questão de auditoria que permite veriicar, por meio de
relatórios avaliativos, o nível de maturidade dos processos executados da GTI.
Esse modelo de maturidade é baseado em um método que permite avaliar a
empresa, pontuando níveis de maturidade de 0 (inexistente) a 5 (otimizado). Esse
enfoque é derivado do modelo de maturidade CMMI do Sotware Engineering
Institute (SEI), deinido para o desenvolvimento de sotware (ISACA, 2007).
No COBIT, o grau de Governança Tecnológica em dada empresa é de 1 até
5. O primeiro passo é levantar os domínios e o grau de utilização das ativida-
des dos processos na organização de forma satisfatória, para identiicar qual o
O Cobit
64 UNIDADE II
grau alcançado pela empresa. Esse levantamento é realizado por meio de ques-
tionários. Dessa forma, precisamos saber que o COBIT independe de novas
tecnologias e é realizado em paralelo à implementação dos sistemas de geren-
ciamento e administração da empresa.
A avaliação de maturidade do COBIT visa resultar em um peril em que as
condições relevantes para diversos níveis de maturidade serão atingidas. Assim,
diferentemente do CMMI, não há intenção de medir os níveis de maneira precisa
ou de tentar certiicar quando um nível é atingido. Genericamente, os modelos
de maturidades possuem os seguintes níveis (ISACA, 2007):
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0 - Inexistente: falta de um processo reconhecido. Signiica que o processo
de gerenciamento não foi implantado.
1 - Inicial: existem evidências de que a empresa reconhece que há ques-
tões a serem trabalhadas. O processo é realizado de modo desorganizado e não
planejado.
2 - Repetível: os processos evoluíram para um estágio em que os procedi-
mentos similares são seguidos por diferentes pessoas fazendo a mesma tarefa.
Por isso, o processo é repetido de modo intuitivo.
3 - Processo Deinido: os procedimentos são padronizados, documentados e
comunicados pelos treinamentos dados. É obrigatório que esses processos sejam
seguidos, no entanto possivelmente desvios não serão detectados.
4 - Gerenciado e Mensurável: a gerência monitora e mede a aderência aos
procedimentos adotando ações nas quais os processos parecem não estar fun-
cionando corretamente. São acompanhadas as métricas de desempenho das
atividades e o processo é monitorado e avaliado constantemente.
5 - Otimizado: neste nível, os processos foram devidamente reinados em
nível de boas práticas, baseados no resultado de melhoria contínua e de mode-
lagem da maturidade, a qual é baseada nas boas práticas de outras empresas. A
TI é utilizada como um caminho integrado para automatizar o luxo de traba-
lho, ao prover ferramentas para aprimorar a qualidade e efetividade, tornando
a empresa adaptável aos processos rapidamente.
A GOVERNANÇA DE TI
65
A ITIL
A ITIL
66 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Igualmente, a ITIL fornece serviços com a qualidade esperada pelos clientes de
TI e com custo-benefício justiicável, agregando valor estratégico aos produtos
e serviços disponibilizados pela empresa. O cerne da ITIL é a padronização de
processos para a boa gestão do ambiente de TI.
A igura 25 apresenta o ciclo de vida da ITIL v3. O ciclo de vida é composto
das seguintes fases:
■ Service Strategy (Estratégia do Serviço): esta fase prevê e deine um con-
junto de serviços para auxiliar o negócio a alcançar seus objetivos. É aqui
que são tomadas as decisões estratégicas relacionadas aos serviços que
vão ser desenvolvidos.
■ Design Service (Desenho do Serviço): nesta fase, são desenhados (projeta-
dos) os serviços tendo em mente os objetivos de utilidade e de garantias
dele.
■ Service Transation (Transição de Serviço): é aqui que serviços desenhados
são colocados em produção para serem executados. Nesta fase, os servi-
ços são desenvolvidos, testados e liberados de forma controlada.
■ Service Operation (Operação de Serviço): aqui os serviços são gerenciados
e monitorados em produção como forma de assegurar que seus objetivos
relacionados à garantia e à utilidade sejam alcançados.
■ Continual Service Improvement (Melhoria de Serviço Continuada): esta
é uma fase muito importante que visa à melhoria continuada dos servi-
ços prestados. Aqui são avaliados os serviços e identiicadas maneiras
de melhoraria como forma de atingir mais precisamente os objetivos do
negócio.
A GOVERNANÇA DE TI
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Service
Design
Strategy
Service
ITIL
S
Tra ervice
nsit
ion
A ITIL
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68 UNIDADE II
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conseguirão alcançar.
1 Você pode baixar a ferramenta acessando o link disponível em: <www.otrs.org>. Acesso em: 07 ago. 2015.
A GOVERNANÇA DE TI
69
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Assim, você deve ter em mente que a GTI pode ser realizada em qualquer tipo
de empresa, de pequeno a grande porte, contudo o essencial é que a empresa
esteja madura o suiciente para aderir aos modelos de governança. A ferramenta
OTRS permite a execução e gerência dos processos existentes na ITIL. Devemos
considerar que uma ferramenta não é a solução para os problemas da gestão, ao
contrário do que se pensa, ela é uma facilitadora e é o último fator a ser consi-
derado e implantado. Mais importante que isso são os processos devidamente
deinidos, desenhados e executados.
Nesta unidade, você foi apresentado aos conceitos de Governança de
Tecnologia da Informação (GTI). Nós o(a) conduzimos a ver (ou rever) esses
conceitos porque eles se fazem essenciais para o entendimento de que a Tecnologia
da Informação e Comunicação (TIC) deve ser organizada e devidamente sis-
tematizada para que uma empresa seja cada vez mais competitiva em termos
de informação. Sabemos agora que apenas “ter” e “utilizar” sistemas não são
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
alguns processos de governança de TIC e auxilia na coleta de métricas, funda-
mentais para entender e melhorar tais processos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A GOVERNANÇA DE TI
71
possui quatro fases em seu ciclo de vida, sendo: Estratégia de serviço, Desenho
de serviços, Transição de serviços e Operação de serviços.
Por im, apresentamos uma ferramenta que automatiza processos de GTI
− o OTRS, uma ferramenta open source que permite o gerenciamento e o acom-
panhamento, por meio de relatórios, das demandas de TIC de uma empresa. A
ferramenta é bastante utilizada em empresas que precisam controlar, principal-
mente, atendimento de chamados da TIC. Ela é leve e lexível, executa tanto em
ambiente Linux quanto em ambiente Windows e a sua interface é toda via browser.
Na próxima unidade, você será apresentado(a) à BPM, responsável pela ges-
tão dos processos de negócios da empresa. Portanto, vamos em frente!
Considerações Finais
1. Observe a igura que apresenta os motivadores da Governança de TI propostos
por Fernandes (2008).
III
UNIDADE
MANAGEMENT
Objetivos de Aprendizagem
■ Conhecer os conceitos de BPM.
■ Conhecer o benefício do BPM para a empresa.
■ Conhecer os impactos do BPM para as empresas.
■ Conhecer BPMS e a BPEL.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ O que é BPM
■ Os benefícios do BPM para as empresas
■ Iniciando o BPM nas empresas
■ O BPMS e a BPEL
■ As notações para BPM
■ Ferramentas BPMS
77
INTRODUÇÃO
O QUE É BPM
Introdução
78 UNIDADE III
d. Manutenção da casa;
e. Criação deste livro; dentre outros.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Para uma empresa, a organização dos processos é ainda mais crítica, haja
vista a alta complexidade das operações existentes no ambiente empresarial.
Então, o BPM (Business Process Management) − Gerenciamento de Processos
de Negócio − é uma iniciativa em que a empresa reconhece que seus processos
são a chave para um planejamento sólido e consistente, visando o alcance de
resultados cada vez melhores.
O BPM é uma evolução dos sistemas de worklow, criados no inal da década
de 80. Ele integra a gestão de processos aos sistemas empresariais e possui um
conjunto de sotware que inclui métricas para o gerenciamento do desempenho
dos processos da empresa. Embora o BPM seja derivado dos sistemas de work-
low, ele é complementar às outras soluções de TI e não substituta delas.
Uma solução BPM deve “entregar” as tarefas aos usuários do sistema em cai-
xas de entrada, semelhantes às do correio eletrônico. Essas tarefas contêm “o quê”
o usuário deve fazer, bem como os links para os documentos, caso seja neces-
sária a consulta. Essa última funcionalidade elimina a necessidade de o usuário
buscar documentos em arquivos físicos.
Uma das funcionalidades mais interessantes do BPM é a possibilidade da
representação gráica dos luxos, ou seja, a modelagem deles (Unidade IV). A
padronização da forma de representar esses luxos, bem como o amadurecimento
e o entendimento de uma notação única, chamada BPMN, foi inicialmente pro-
movida pela Worklow Management Coalition (WfMC) e, hoje, mantidos pela
OMG (Object Management Group), um consórcio criado em 1989 para discutir
e deinir os padrões da indústria computacional. Assim, um processo de negócio
precisa ser planejado para receber os insumos (entradas) e ser executado (pro-
cessamento), gerando os resultados inais (saídas).
O que é BPM
80 UNIDADE III
Visão de
Processo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Visão
Funcional
ELEMENTO DEFINIÇÃO
Objetivo O objetivo do processo deve ser devidamente declarado e nele há a razão
para a realização do trabalho.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■ Segurança de que regras do negócio estão sendo praticadas;
■ Integração de sistemas empresariais com os processos em execução;
■ Trilha de auditoria do início ao im dos processos realizados na empresa;
■ Direcionamento e acompanhamento de problemas pelos responsáveis
dos processos.
Para dar início ao BPM nas empresas é importante que haja a contratação de
uma pessoa responsável pelos processos e que tenha conhecimento tanto nos
requisitos dos negócios quanto das soluções técnicas. Também é necessário reu-
nir adeptos na organização e selecionar um projeto inicial para aprimorar um ou
mais processos deicitários que cause(m) impacto direto no cliente, oferecendo
um alto retorno sobre o investimento, além de escolher a solução mais adequada
de gerenciamento de processos de negócio.
Os desaios encontrados para se iniciar o BPM nas empresas são:
■ O estabelecimento de metas de curto e longo prazo para serem alcança-
das pelo uso do BPM;
UNIDADE
Oportunidades
Etc.
III
Planejar o BPM
Diretrizes e Seleção de processos críticos
Especificações Priorização de atividades Realimentação
Formação de equipes
Melhores práticas
selecionadas
Apoiar o controle e
Modelar e otimizar Realimentação análise dos processos
processos Estatísticas Relatórios gerenciais
Modelagem As Is e To Be Controle de conjuntos de Dados para Estratégia
Análise do processo Realimentação instâncias de processos Dados para outros usos
Simulação Auditoria
Melhoria do processo
Apoiar a implantação
processos
Configuração, Customização Desenvolvimentos
e Especificação Implantação de novos proc. Monitoramento
Transferência de tecnologia
Monitoramento e controle de
instância de processo
Figura 29: Ciclo de vida do BPM
Fonte: Baldam (2009, p. 56).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
85
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■ Realizar/apoiar mudanças ou ajustes de curto prazo;
■ Estabelecer/apoiar critérios de fornecimento de dados para controle e
análise dos processos.
A fase de apoiar o controle e análise de processos envolve as atividades relacio-
nadas ao controle geral do processo por indicadores de desempenho, gerando
informações que, posteriormente, podem realimentar as atividades de otimiza-
ção e planejamento, como:
■ Registrar e apoiar o desempenho dos processos ao longo do tempo;
■ Fornecer e apoiar dados de realimentação ao Planejamento e à Modelagem
e otimização de processo, além de fornecer dados para outros propósitos;
■ Realizar benchmarking com referenciais externos e internos;
■ Realizar análise da maturidade da Organização e/ou da Unidade de
negócios;
■ Realizar auditorias do processo em uso.
O BPMS E A BPEL
O BPMs e a BPEL
88 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
transporte (mensagens).
Geralmente, as empresas utilizam os web services para aumentar a satisfação
do cliente, ao mesmo tempo em que realizam a melhoria dos seus processos de
retirada, bem como a comercialização dos produtos. A solução por web services
é utilizada para integrar diferentes sistemas. Com essa tecnologia, é possível que
novas aplicações interajam com aquelas já existentes e os sistemas que rodam
em diferentes plataformas sejam compatíveis. Assim, os web services são com-
ponentes que permitem às aplicações enviar e receber dados em formato XML.
O formato XML é uma linguagem universal para a comunicação de aplicações.
Para as empresas, os web services agilizam os processos e a eiciência na comu-
nicação entre cadeias de produtivas e de logística. Logo, a comunicação entre
sistemas passa a ser dinâmica e segura, pois não há a necessidade de interven-
ção humana. Basicamente, o web service faz com que os recursos da aplicação
do sotware se tornem disponíveis sobre a internet de forma normalizada, assim
como os navegadores da internet, por exemplo.
Utilizando a tecnologia web service, uma aplicação pode invocar outra para
efetuar tarefas simples ou complexas, mesmo que as duas aplicações estejam
escritas em linguagens diferentes, em diferentes sistemas.
Os web services são identiicados por um URI (Uniform Resource Identiier),
descritos e deinidos usando XML (Extensible Markup Language). Um dos fato-
res motivadores para o uso de web services é o fato de eles serem baseados em
tecnologias padrão (XML e HTTP), utilizados para disponibilizar serviços inte-
rativos na internet e podendo ser acessados por outras aplicações utilizando o
protocolo SOAP (Simple Object Access Protocol), por exemplo.
“Não é o suiciente fazer o seu melhor, você deve saber o que fazer, e então
fazer o seu melhor.”
Fonte: Capote (2012).
O BPMs e a BPEL
90 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■ Business Process Deinition Metamodel (BPDM): foi desenvolvida pelo
Object Management Group (OMG) e fornece um metamodelo genérico
para processos de negócio. Ela não provê uma notação gráica própria,
pois o intuito é deinir um metamodelo genérico para apoio do mapea-
mento de diferentes ferramentas.
■ Business Process Modeling Notation (BPMN): foi criada especiicamente
para projetar e modelar processos de negócio, bem como as suas trans-
formações na linguagem de execução, denominada Process Modeling
Language (BPML).
■ Event Driven Process Chain (EPC): foi desenvolvido para a modelagem
de processos de negócio, para o fácil entendimento pelo pessoal de negó-
cios. Possui basicamente funções e eventos.
■ Integrated DEFinition Method 3 (IDEF3): foi projetado para modelar
processos de negócio e sequências de sistemas sob duas perspectivas: o
esquema do processo e o esquema dos objetos.
■ Petri Net ou Redes de Petri: foi projetada para a modelagem, a análise e a
simulação de sistemas dinâmicos. Elas são muito utilizadas para mode-
lar worklows, que foi o precursor do BPM.
FERRAMENTAS BPMS
Ferramentas BPMs
92 UNIDADE III
Bizagi Studio
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 31: Bizagi Studio
Fonte: Bizagi (online).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
94 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
obter o apoio de todos os executivos da empresa; comunicação eicaz entre os
departamentos; presença de um analista de negócios; familiaridade com proje-
tos de BPM pelos funcionários.
Quando vencidos os desaios, o BPM passa a ser uma poderosa forma de
manter a empresa em um ambiente competitivo, porque, por meio dele, pode-
-se melhorar os atendimentos aos clientes, a qualidade dos serviços prestados,
analisar negócios perdidos, otimizar os processos, visando aumentar a lucrati-
vidade e reduzir custos, dentre outros.
Na próxima unidade, compreenderemos como modelar esses processos e
abordaremos uma notação moderna, atual e especíica para a representação dos
processos organizacionais. Sendo assim, continuemos nossos estudos!
IV
UNIDADE
DE PROCESSOS DE TRABALHO –
BPMN
Objetivos de Aprendizagem
■ Conceituar notação para modelagem.
■ Deinir BPMN.
■ Descrever os principais elementos da notação BMPN.
■ Aplicar uma semântica que melhor descreva os elementos básicos da
BPMN.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Negócio, Processo, Modelagem e Notação BPMN
■ Elementos da BPMN
■ Elementos Básicos da Notação BPMN
■ Mais nos Estudos dos Elementos Básicos
101
INTRODUÇÃO
seus processos.
Primeiramente, serão apresentados os conceitos de negócio, processo, mode-
lagem e notação. Após dominar esses conceitos, discutiremos as deinições de
BPMN e os elementos gráicos da notação, como eventos, gateways, atividades
e tarefas. Além do mais, veremos os tipos de tarefas existentes e qual a sua fun-
ção dentro de um processo de negócio. Por im, mostraremos a utilização da
BPMN por meio de um exemplo prático com os passos a serem seguidos para
se passar em uma disciplina.
Daremos início aos estudos identiicando alguns conceitos importantes:
negócio, processo, modelo e notação. Ao inal desta unidade, saberemos como
modelar um processo de negócio utilizando uma notação. Chegou o momento!
Vamos estudar?
Introdução
102 UNIDADE IV
NEGÓCIO
Entendemos como negócio aquilo que se faz para atingir a necessidade de uma
pessoa. Assim, podemos pensar que, nesse momento, o seu objetivo de negócio
é obter a aprovação nesta disciplina. Estendendo essa deinição para as empre-
sas, percebemos que elas têm o objetivo de satisfazer as necessidades do cliente,
assim como você tem em obter a aprovação por meio do aprendizado. Então,
isso resume-se em: Negócio é a satisfação das necessidades de um indivíduo ou
de uma organização.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Agora que sabemos o que signiica negócio, vamos à próxima etapa para
entender como atingir a satisfação da necessidade, pois, para fazê-lo, precisamos
executar algumas atividades que estão relacionadas e encadeadas.
PROCESSO
Campos (2013, p. 2) deine processo como “[...] uma sequência de atividades com
um objetivo especíico, isso quer dizer que, ao realizar todos os passos de um deter-
minado processo, teremos um resultado”.
Discutiremos um pouco mais sobre processo. Neste, podemos recorrer ao
conceito de tarefa, que consiste em pessoas realizando “algo”− esse “algo” pode-
ria ser a aprovação na disciplina de Processos de Negócio. Portanto, para isso,
você deverá estudar, fazer as avaliações e veriicar sua nota inal.
MODELAGEM
NOTAÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de representação ou designação convencional” ou “Conjunto de sinais com que
se faz essa representação ou designação” (FERREIRA, 2004).
Com os conceitos já assimilados, você deve perceber que uma notação é uti-
lizada para modelar um processo e em nossos estudos esse processo se refere a
um negócio que, normalmente, possui uma complexidade razoável. Na próxima
etapa, você terá contato com a BPMN, conforme já percebido pelo título, a qual
se trata de uma Notação para Modelagem de Processo de Negócio.
Deinimos notação como um conjunto de símbolos (linguagem) que são
usados para abstrair um modelo.
Veremos, então, a Notação para Modelagem de Processo de Negócio.
BPMN
ELEMENTOS DA BPMN
Elementos da BPMN
106 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
deinição dos elementos da BPMN e exemplos de sua utilização. Não perca
tempo! Vá até a página da BPMN e aprofunde os seus estudos!
Fonte: o autor.
OBJETOS DE FLUXO
DADOS
■ Saídas de dados.
■ Dados Armazenados.
CONECTANDO OBJETOS
ORGANIZADORES
Elementos da BPMN
108 UNIDADE IV
ARTEFATOS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■ Anotação de texto.
Veremos agora os sete elementos básicos necessários para representar uma grande
quantidade de negócios, de acordo com Campos (2013), os quais são os seguin-
tes: Atividade, Fluxo, Gateway, Evento, Artefato, Pool e Lane. Embora pareçam
poucos elementos, quando combinados, podem modelar um enorme volume de
negócios. Campos (2013) faz uma analogia com o alfabeto brasileiro que, com
26 letras, podemos escrever desde uma frase a livros inteiros e também com as
7 notas musicais, visto que, por meio delas, podemos compor uma diversidade
gigantesca de músicas.
Assim, vamos iniciar essa fase apresentando os elementos básicos, denomina-
dos de Core Elements Set, descrevendo cada um deles. Em seguida, levaremos
você a pensar na aplicação dos elementos.
Entendendo um pouco mais sobre essa igura, podemos dizer que os insumos
entram e os resultados saem, após passarem pela transformação (processa-
mento). O processamento (transformação) é o que acontece com os insumos.
As atividades são responsáveis pelas transformações que ocorrem ao longo do
processo, lembrando que as atividades podem ser decompostas em outras ati-
vidades ou subatividades.
Podemos citar um exemplo: pense que exista uma sequência das ativida-
des de um processo, a qual é uma sequência de passos necessários para atingir
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ser representado com elementos que você já aprendeu, vamos lá?
Nem sempre as atividades serão realizadas sem uma exceção, muitas vezes temos
que tomar diferentes caminhos em um processo. É exatamente nesse ponto que
a utilização de gateways nos ajuda. Tomar uma decisão é a ocorrência de um
desvio no luxo da atividade.
tra que quando você veriicar o seu resultado e ele for o suiciente para passar na
disciplina (luxo “sim”), você irá comemorar. No entanto se esse resultado não
for suiciente para a aprovação (luxo “não”), você terá que fazer a sua matrícula
e recomeçar todo o luxo.
Agora veremos os elementos denominados de eventos. São representados
por círculos e permitem a você especiicar o início ou o im de um luxo de pro-
cessos. Podem apresentar eventos intermediários, ou seja, aqueles que ocorrem
no meio do processo.
Os eventos que não possuem iguras dentro do círculo são denominados de
“eventos não identiicados”. Os eventos são importantes porque disparam ações
dentro do processo. Um exemplo de evento poderia ser “Aguardar 30 minu-
tos” para seguir o luxo, ou então “Aguardar Chegada da Mercadoria”, ou ainda
“Aguardar Resposta”.
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sos podem ter mais atividades antes da primeira ou depois da última sem essas
marcações de início e inal. Já os eventos intermediários dependem da regra de
negócio que está sendo modelada.
Neste momento, vale a pena ressaltar que os eventos não são atividades e são
acontecimentos que podem alterar sensivelmente o luxo das atividades durante
o processo. Nesse caso, a comemoração só irá ocorrer após a saída do resultado
e, ainda, se o resultado for “sim”. Perceba que o evento intermediário “trava” o
luxo até que seja divulgada a nota, após isso, é veriicado se ela foi suiciente.
Apesar de o modelo já parecer bem explicativo, a BPMN nos possibilita
colocar mais alguns elementos que ajudarão a melhorar mais a sua leitura e
entendimento. Para esse caso, um artefato “Resumo” pode ser produzido como
o resultado de um estudo, que sua saída é representada pela situação de [escrito].
Na tarefa de avaliação, esse resumo será “consumido”, pois é um dos itens de
entrada para se fazer uma boa prova (você deve tê-lo usado para estudar, não
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ao negócio, mas que têm uma relação com ele. Por exemplo, um entregador ter-
ceirizado para uma pizzaria pode ser um participante, ou seja, estar externo às
funções da empresa. Uma Lane, por sua vez, é uma “Função de Negócio” que
pode ser entendida como um setor, um cargo, um papel na empresa ou um
departamento. No mesmo exemplo do entregador da pizzaria, suponhamos que
a pizzaria contrate entregadores com carteira assinada. Nesse caso, a pizzaria tem
um departamento de entregas, o que conigura uma função de negócio por ser
um departamento interno da empresa.
Retornemos então no caso da disciplina que você tem que se matricular e
estudar para passar. Quem são os participantes (Pools) do negócio? Apenas a
universidade, porque realiza a matrícula na secretaria para cursar a disciplina
e realizar a avaliação. Assim, você é um acadêmico(a) e os professores já são da
universidade. Quais são as Funções de Negócio (Lanes)? A secretaria, onde é
realizada a matrícula; o acadêmico e o professor da disciplina. Sabendo disso,
veja como icará o nosso modelo do processo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: os autores.
Figura 40: Representação de um subprocesso
Fonte: os autores.
Figura 41: Detalhamento de um subprocesso
Note que os eventos de mensagem podem ser do tipo hrow ou Catch. Isso
signiica que todos aqueles eventos que estiverem preenchidos internamente são
eventos que enviam alguma informação, neste caso, mensagem. Esse é um típico
exemplo do Evento Final de Mensagem e o Evento Intermediário de Mensagem
(hrowing). Logo, um luxo de processo com um Evento Final de Mensagem ter-
mina enviando uma mensagem para alguém que, consequentemente, irá recebê-la,
talvez, por meio de um Evento Intermediário de Mensagem (Catch). Assim, os
eventos de Catch são eventos de captura de informações e não possuem o seu
símbolo interno preenchido, como podemos observar no Evento Intermediário
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de Mensagem (Catch). Por im, existem eventos que possuem ambos, hrowing
e Catch, e eventos que não os possuem. Para identiicar isso, é necessário con-
sultar o guia da BPMN 2.0 1.
Com esses elementos básicos, você está preparado(a) para progredir em nossos
estudos. Conforme novos elementos forem aparecendo, nós os apresentaremos
a você. Na próxima unidade, modelaremos casos reais para que você possa se
aprofundar nessa deliciosa área de gestão de processos. Bons estudos e siga em
frente sempre!
Fonte: o autor.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, você aprendeu na prática o que é a notação BPMN e seus princi-
pais elementos. Essa notação é fundamental para a representação dos processos
de negócios empresariais. Por meio da representação, é possível ir para a fase de
implantação de uma gestão de processos de negócio (BPM). É importante você
estar ciente dos conceitos aqui discutidos, como: tarefa, atividade, processo e
subprocesso, conceitos essenciais para a modelagem de processos.
É igualmente importante você ixar os elementos essenciais da BPMN, como:
gateways ou passagens, luxo, mensagens, pools ou participantes, lanes ou função
de negócio e, por im, os eventos identiicados e não identiicados bem como os
seus respectivos tipos, sendo eles: início, intermediário e inal.
Se você entender a essência desses elementos e a forma de sua utilização,
será só questão de tempo e prática para que avance ainda mais nas modelagens.
Temos que lembrar que a modelagem BPMN não se limita a esses elementos,
existem outros ainda mais avançados que você vai aprender com o tempo e com
a necessidade de utilização. O segredo da modelagem é a sua prática, portanto,
pratique com simples e pequenos processos, por exemplo, uma modelagem de
um processo para se preparar para o trabalho. Identiique as tarefas que você
executa antes de sair para o trabalho e faça uma modelagem, depois, procure
outros processos em seu trabalho ou ainda em sua própria casa. Como já disse-
mos antes, a vida é feita de inúmeros processos!
Considerações Finais
124 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1. Faça uma releitura das deinições de: Negócio, Processo, Modelagem e Notação,
e descreva o que é a modelagem de processo de negócio e qual a sua importân-
cia para uma empresa.
2. Na notação BPMN, um de seus elementos prevê o desvio dos luxos de processo.
Escreva o nome desse elemento e como ele é classiicado. Em seguida, dê um
exemplo para o uso em cada uma das classiicações.
3. Explique a diferença entre uma tarefa, uma atividade e um subprocesso.
OS 10 PRINCÍPIOS DA BPM
Existem diversos desaios para implantação da BPM, contudo a sua implantação pode
falhar por uma série de fatores, dentre eles, um mal entendimento do BPM por parte
dos envolvidos. Para aumentar o entendimento da BPM, Jan vom Brocke propõe um
conjunto de orientações que consolidam o conhecimento acadêmico e prático. Esses
princípios têm o objetivo de orientar consultores, proissionais, executivos, especialistas,
pesquisadores e professores que trabalham com BPM. Vamos a eles então.
O primeiro é o Princípio da Sensibilidade ao Contexto, que enfatiza o emprego de BPM e
requer a consideração de uma coniguração organizacional vigente. A Sensibilidade ao
Contexto envolve uma preocupação com fatores que distinguem contextos de organi-
zações distintas, dentro da mesma organização.
O segundo é o Princípio da Continuidade, no qual o BPM deve ser entendido como uma
jornada e não um simples projeto, pois ele requer um esforço contínuo de aprendizado
e aplicação apropriada, que é mais do que um esforço isolado.
O terceiro é o Princípio da Capacitação. Nele, as pessoas são capacitadas para que façam
algo positivo com os processos da organização.
O quarto é o Princípio do Holismo, em que a BPM deve considerar o panorama geral e
derivar iniciativas conectadas com esse cenário.
O quinto é o Princípio da Institucionalização, no qual a BPM deve ser ixada nas respon-
sabilidades da organização. As iniciativas de BPM em geral começam como desenvolvi-
mento de modelos, métodos, ferramentas ou outros tipos de solução e, somente depois,
tenta-se vendê-las para a organização.
O sexto é o Princípio do Envolvimento, neste, a BPM precisa envolver as pessoas certas
para orientar iniciativas, incluindo não somente pessoas formalmente designadas para
um projeto ou programa, mas também pessoas, quaisquer pessoas que sejam relevan-
tes para o sucesso da gestão, mesmo não formalmente envolvidas.
O sétimo princípio é o do Entendimento Comum, no qual a BPM deve criar um signii-
cado compartilhado e um entendimento comum que perpassa e une todas as partes
interessadas nos processos.
O oitavo Princípio é o do Propósito, quando a BPM precisa criar valor. Iniciativas de BPM
não alinhados com os objetivos estratégicos da organização provavelmente vão ter pro-
blemas de adesão na organização, o que geralmente causa o seu fracasso.
O nono Princípio é o da Simplicidade, neste, a BPM deve equilibrar insumos e produtos
para encontrar a forma mais simples e produtiva de alcançar os objetivos organizacio-
nais. As iniciativas de BPM podem consumir uma quantidade enorme de recursos, então
127
Fonte: BROCKE; JAN VOM. Dez Princípios de BPM. BPM Global Trends, ano 2. ed. 9. 2015.
Disponível em: <http://issuu.com/bpmglobaltrends/docs/globaltrends_9>. Acesso em:
14.ago. 2015.
MATERIAL COMPLEMENTAR
V
UNIDADE
A MODELAGEM BPMN
Objetivos de Aprendizagem
■ Representar negócio em modelo.
■ Aplicar a notação BPMN.
■ Especiicar a modelagem de negócio simples e avançada.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Exemplos simples para introdução de conceitos-chave
■ Gerenciamento de incidentes
131
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, você entrará em contato com a prática de processos por meio de
“cases” de modelagem utilizando a notação BPMN, os quais auxiliarão no enten-
dimento e ixação da BPMN. Os casos apresentados no decorrer da unidade vão
desde modelos simples e de fácil compreensão até os modelos mais elaborados
para que possamos compreender um pouco sobre a aplicação da notação vista
na unidade anterior, em exemplos práticos.
Embora alguns exemplos sejam claros e fáceis de entender, recomendamos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que faça uma leitura atenta dos casos apresentados para depois ler e entender a
modelagem. Uma boa prática é você encontrar os elementos textuais na mode-
lagem e vice-versa.
A atividade de modelar dependerá da prática, quanto mais você praticar com
casos reais, mais ixará a notação e desenvolverá o raciocínio sistêmico para con-
ceber um processo e, ainda, dominará a ferramenta.
Então, chegou o momento de modelarmos os “cases” fazendo uso da notação
BPMN. Vamos iniciar dando os primeiros passos na representação de um pro-
cesso de negócio na prática. Para tanto, utilizaremos a ferramenta Bizagi Modeler.
Introdução
132 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O processo está presente em toda iniciativa de melhoria das organizações.
Contudo, nem sempre é visto e sentido com a merecida dimensão. Ocorre
que estamos habituados a pensar em gestão a partir dos departamentos ou
setores. Esse pensamento nos leva a alguns inconvenientes, como: duplica-
ção de esforços em tarefas executadas; incertezas sobre tempo e custo total
de um processo; perda de informações na execução do processo; compro-
metimento da produtividade; dentre outros.
Assim, os software e serviços de Business Process Management (BPM) me-
lhoram a visibilidade e o controle dos processos de negócios e ajudam as
empresas a garantir que suas operações de negócios ofereçam a diferencia-
ção frente ao mercado competitivo atendendo a demanda de seus clientes.
Fonte: o autor.
A MODELAGEM BPMN
133
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Se não temos tal mecanismo que controla o processo, mas desejamos modelar a
comunicação entre as pessoas envolvidas explicitamente, devemos utilizar um
diagrama de colaboração, o qual será visto mais adiante.
Iniciamos o processo com “Mercadorias para enviar”, um simples evento que
indica que a preparação para o envio do eletrodoméstico deve ser feita. Logo após
a instanciação do processo, existem duas coisas que podem ser feitas em paralelo,
com o elemento de controle de luxo, gateway, indicando paralelismo. Enquanto
o funcionário responsável toma a decisão acerca de saber se esta é uma posta-
gem normal ou um carregamento especial (note que não são deinidos critérios
de como decidir isso dentro do modelo de processo apresentado), o armazenista
já pode começar a embalar as mercadorias. Essa tarefa do funcionário é seguida
pelo “tipo de transporte” no qual usamos um gateway exclusivo, que ica como
um bom exemplo para esclarecer o uso recomendado de um gateway.
O gateway não é o responsável pela decisão de que o transporte será especial
ou por meio de uma remessa postal normal, já que essa decisão é feita na ativi-
dade anterior e o gateway apenas redireciona de acordo com a decisão tomada.
Dessa forma, o gateway funciona somente como um roteador, que é baseado no
resultado da tarefa anterior e fornece caminhos alternativos.
Lembramos que uma tarefa representa uma unidade de trabalho real,
enquanto uma porta de entrada única é o encaminhamento do luxo de sequ-
ência. O portal, chamado de gateway, conforme já visto na unidade anterior,
nesse caso, é denominado de “exclusivo”, porque apenas um dos dois caminhos
poderá ser seguido. Se precisarmos de um transporte especial, o funcionário terá
que escolher a transportadora que fará a entrega. Assim sendo, o responsável
A MODELAGEM BPMN
135
seguro extra for necessário, porém, se for tomado o caminho, isso pode acon-
tecer em paralelo.
Devido a esse paralelismo, temos a porta de entrada − (gateway) “inclusivo”
de sincronização − antes de “Preencher os dados de envio” e “Fazer um seguro
extra”. Nesse cenário, o gateway “inclusivo” sempre irá esperar o “Preencher o
endereço de envio” para ser concluído, porque isso sempre será feito. Se um
seguro extra for necessário, o gateway “inclusivo” também irá esperar a tarefa
de “Fazer um seguro extra” para ser concluído. Além disso, precisamos também
do gateway paralelo, para a sincronização antes da última tarefa, porque quere-
mos ter certeza de que tudo foi cumprido antes de a última tarefa ser executada.
Neste primeiro exemplo, em que consideramos a distribuição de produtos
eletrodomésticos por uma empresa, você teve contato com um processo no qual
o despacho de uma mercadoria foi feito em sua totalidade. Salientamos aqui o
uso do gateway como um elemento visual que nos permite modelar o controle
de luxo.
ressaltar que não existe uma semântica padrão nesse tipo de modelagem, o que
signiica que é possível modelar diagramas de colaboração para mostrar a intera-
ção entre parceiros de negócios, mas também aumentar a visualização dentro de
uma mesma empresa, modelando a interação entre os diferentes departamentos,
equipes, ou pessoas que trabalham sozinhas, ou, então, até mesmo de sistemas
de sotware utilizando os diagramas de colaboração. Cabe à pessoa responsável
pela modelagem ou pelo padrão adotado pela empresa a decisão de como fazer
a modelagem colaborativa, se ela utiliza um diagrama de colaboração com dife-
rentes Pool ou, então, se deve manter apenas um Pool com vários Lanes, como
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
o mostrado no exemplo anterior.
A MODELAGEM BPMN
137
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Vamos iniciar uma descrição do nosso diagrama, começando pelo topo. O cliente
que deseja vai pedir um lanche, pois notou que seu estômago está “roncando
de fome”. O cliente escolhe um dos lanches e, em seguida, faz o pedido para o
fornecedor (Lanchonete). Após o pedido feito, o cliente aguarda o lanche ser
entregue no endereço indicado.
O gateway − baseado em eventos após a tarefa “pedir um lanche” − indica
que o cliente deverá esperar pelo acontecimento de dois eventos diferentes que
podem acontecer: ou o lanche é entregue conforme indicado com o evento men-
sagem, ou não haverá a entrega em 60 minutos, isso quer dizer que o cliente, após
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
esperar por uma hora, irá chamar a pizzaria novamente para veriicar o atraso.
Imaginemos que foi prometido, durante a ligação, que o lanche seria entre-
gue rapidamente, então o cliente irá aguardar novamente a entrega do lanche;
após passar 60 minutos, novamente, ele irá ligar veriicando o atraso e assim por
diante. Vamos analisar o processo de fornecedor agora. O início do processo é
provocado pelo pedido feito pelo cliente, como mostrado pelo evento inicial da
mensagem, e o luxo de mensagens vindo de “pedir um lanche”; tal aconteci-
mento desencadeia o processo na lanchonete. Depois do preparo do lanche, o
entregador irá levá-lo até o cliente e receber o pagamento, isso implica que, após
a entrega e o recebimento, o entregador deverá dar um recibo para o cliente refe-
rente ao lanche adquirido.
Nesse exemplo, usamos objetos da mensagem não só para aqueles informacio-
nais, como o pedido do lanche, mas também para objetos físicos, como o lanche
ou então o dinheiro. Podemos fazer isso, porque esses objetos físicos realmente
atuam como objetos informacionais inerentemente ao processo. Quando o lan-
che chega à porta do cliente, ele irá reconhecer a chegada do lanche, portanto,
saber que o alimento chegou, que é exatamente o objetivo do evento mensagem
esperada no Pool do cliente. Devemos nos lembrar de que só podemos usar o
modelo dessa forma porque esse exemplo não é feito para ser executado por um
mecanismo de processo.
A MODELAGEM BPMN
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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140 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
item pode atrasar ou então que o pedido não poderá ser atendido em tempo hábil.
Uma característica desse subprocesso “adquirir” corresponde aos dois even-
tos anexados. Ao utilizar eventos anexados, é possível tratar eventos que podem
ocorrer espontaneamente durante a execução de uma tarefa ou subprocesso.
Assim, quando temos um evento anexado, ele pode decidir entre interromper e
não interromper o evento anexo. Os eventos anexados podem manipular a sequ-
ência de eventos que irão ocorrer, mas o somente do tipo não interruptivo (aqui
é o evento de escalonamento “atraso na entrega”) não faz abortar a atividade que
está conectada. Quando o tipo de evento é interruptivo, provoca a interrupção
e, assim, a execução da atividade corrente para imediatamente.
A MODELAGEM BPMN
141
Fonte: o autor.
Figura 46: Subprocesso Adquirir Item
A MODELAGEM BPMN
V
UNIDADE
142
143
GERENCIAMENTO DE INCIDENTES
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
uma boa abstração, mas que também possua uma visão detalhada sobre cola-
boração de pessoa e, inalmente, para as especiicações técnicas para a execução
do processo. Convidamos você, novamente, a manter o foco no processo pro-
posto como casos e na leitura explicativa que segue.
A MODELAGEM BPMN
145
Gerenciamento de Incidentes
146 UNIDADE V
Fonte: o autor.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nível 1, que, caso não consiga resolver o problema, irá entregar ao suporte de
nível 2. Já o agente de suporte nível 2 poderá resolver o problema do cliente por
conta própria, mas caso o agente não tenha certeza sobre a solução apresentada
como ideal para resolução do problema, poderá pedir aos analistas de suporte
uma opinião. Em qualquer um dos casos, no inal, o gerente de atendimento irá
explicar a solução para o cliente a solução recomendada pela empresa.
O esquema mostrado na Figura 47 é muito simples e de certa forma leva a
um “caminho feliz”, porque partimos do princípio de que vamos sempre encon-
trar uma solução que poderá ser explicada ao cliente pelo gerente de atendimento.
Esse modelo não possui todos os detalhes da colaboração entre os funcionários
envolvidos, e as tarefas abstratas indicam que não temos qualquer informação a
respeito de o processo ou partes serem automatizadas ou até mesmo como as tare-
fas são executadas. Esse tipo de diagrama será útil quando você quiser entender
o âmbito do processo, obtendo uma compreensão básica do luxo de atividades,
e entendendo os principais passos no processo, mas não é útil quando você qui-
ser se aprofundar nos detalhes para uma discussão de melhorias para o processo.
A MODELAGEM BPMN
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Gerenciamento de Incidentes
148 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de suporte nível 2 irá inserir um pedido de ajuste no suporte da equipe de ana-
listas e implantação, buscando uma solução para um problema mais complexo
que exija mudanças drásticas na infraestrutura do cliente. Também foi especii-
cado, nesse diagrama, que cada tarefa será manual, o que signiica que podemos
supor que os processos são completamente direcionados por pessoas sem a auto-
matização do processo ou de tarefas. Já o próximo passo poderia ser o de deinir
se queremos dirigir a colaboração completa por um mecanismo automático no
processo ou apenas em partes dele.
A MODELAGEM BPMN
149
Gerenciamento de Incidentes
150 UNIDADE V
Na Figura 49, modelamos um processo que, embora simples, exige o uso de Lanes
ou então poderia ser feito de forma colaborativa. Optamos por fazer utilizando
Lane e em razão de uma solicitação de crédito acontecer dentro da instituição
de crédito e ter poucas interações entre as partes interessadas.
O modelo tem início com um cliente fazendo uma solicitação de crédito e esse
pedido gera um documento de solicitação (proposta) que, entregue ao gerente
de crédito para a sua análise, leva o cliente a aguardar a análise e ao recebê-la das
mãos do gerente de crédito, esta poderá conter duas respostas, uma aprovada e
a outra não aprovada. Caso a proposta tenha sido aprovada, o cliente receberá
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
um contrato para assinar e assim que o izer, deixará a agência; caso a resposta
tenha sido negativa, ele somente deixará a agência.
Quando a solicitação de empréstimo chega ao gerente de crédito, ele irá
fazer a análise dentro de seu limite para empréstimo, bem como da capacidade
de pagamento do cliente; se a capacidade de pagamento do cliente for boa e o
limite estiver dentro de sua alçada, o empréstimo será aprovado, um contrato
será gerado e o gerente irá informar o cliente da aprovação do crédito. Caso o
gerente de crédito não possa aprovar, ele passará a proposta para o gerente geral
que irá avaliar a solicitação do empréstimo e dar uma resposta ao gerente de
crédito, terminando, assim, a sua participação no processo que terá que gerar o
contrato, caso seja aprovada, e informar o cliente de sua aprovação. Se a proposta
não tiver sido aprovada, o gerente também irá informar o cliente.
A MODELAGEM BPMN
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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152 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
horários disponíveis. Se o horário não for o pretendido, ele veriica outros horá-
rios e, quando ambos concordam com o horário, ele solicita que o cliente escolha
sua poltrona para que o atendente emita o bilhete de passagem que aqui repre-
sentamos por um artefato.
A MODELAGEM BPMN
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154 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
isso desencadeia uma solicitação de suporte humano para que o problema seja
resolvido e o backup seja feito manualmente. Essa solicitação é feita via mensa-
gem com um pedido de colaboração.
As veriicações que são feitas durante a tarefa “efetuar backup” também
podem encontrar algum problema e isso também irá acionar o suporte para a
resolução do problema. Quando o suporte é acionado, este executa o backup e
termina um subprocesso. Note que, para este modelo, izemos uma abstração do
processo “realizar backup manual” para que ele fosse detalhado a seguir, apre-
sentando a você um segundo exemplo de subprocesso.
A MODELAGEM BPMN
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Gerenciamento de Incidentes
156 UNIDADE V
Para inalizar nossos estudos nesta unidade, vamos apresentar a você um modelo
de realização de evento, no qual temos os organizadores e os participantes do
evento. A Figura 53 mostra o processo, o qual tem início com a atividade “orga-
nizar o evento” em que um gateway de paralelismo é adicionado para divulgar,
receber inscrições, arrumar local e acertar os palestrantes do evento, assim sendo,
quando a divulgação acontecer, ela também se dará de maneira independente
por meio de redes sociais e de convites, e isso chegará ao participante do evento.
Note que tanto a divulgação quanto o recebimento de inscrições estão condicio-
nados a um período de vigência, sendo assim, eles cessarão quando esse limite
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de tempo terminar. A realização do evento se dará na data estipulada e de acordo
com o término das atividades que foram iniciadas.
Quanto ao participante, ele receberá um convite pela rede social ou de outra
forma não especiicada e avaliará seu interesse em participar do evento. Caso o
participante julgue que a sua participação seja importante, fará sua inscrição e,
se estiver no prazo e for realizada com sucesso, ele participará do evento, encer-
rando assim o processo.
A MODELAGEM BPMN
157
ferramentas que você pode utilizar para realizar a modelagem. Além disso, téc-
nicas de engenharia de sotware também podem ser utilizadas para realizar o
levantamento dos requisitos para os processos a serem modelados.
Por im, você pode se aprofundar buscando na internet e fazendo o download
de uma ferramenta BPMS para modelar e colocar os seus processos em execu-
ção, isso lhe possibilita coletar métricas do processo e analisar a sua otimização.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apresentamos, nesta unidade, diversos casos para que você enxergasse de maneira
diferente as formas de aplicação da notação BPMN. Esses casos tinham o objetivo
de ajudá-lo(a) a entender formas diversas para modelar utilizando essa notação.
Esperamos que, com os casos apresentados, você tenha ampliicado a sua visão
sobre a modelagem dos processos empresariais e conhecido uma ferramenta
importante para esse contato inicial com a gestão de processos.
É um equívoco comum pensar que a gestão de processos (BPM) se resume
somente à fase de modelagem. A modelagem é apenas uma parte de represen-
tação dos processos para que sejam devidamente implementados na empresa.
Depois da modelagem, vem a fase de implementação do processo e implanta-
ção. Por im, a fase de análise permite que os processos sejam melhorados, nessa
fase é realizada a otimização dos processos.
A TI é um elemento essencial para a BPM. Ela é a interface entre o processo
modelado, até então abstrato, e a sua automação. A TI concretiza o processo,
que passa a ser executado por meio de um BPMS, por isso ela é tão importante.
Existem diversas ferramentas para facilitar o uso da BPM: uma ferramenta de
modelagem serve para formalizar o processo; um BPMS provê a execução do
processo; um BAM monitora o processo em execução e permite que sejam rea-
lizadas as melhorias do processo.
Para inalizar, prezado(a) estudante, aconselhamos você a realizar um apren-
dizado contínuo sobre a BPMN e a modelagem de processos de negócio. Reveja
Considerações Finais
158 UNIDADE V
os casos e aprofunde os seus estudos. Com os casos vistos nesta unidade, você
poderá atuar de forma eiciente em uma empresa, com o intuito de diagnosticar
e melhorar os seus processos. Além disso, você poderá sugerir a implantação de
novos processos, já que torna mais simples a sua modelagem e a sua represen-
tação para os interessados no processo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A MODELAGEM BPMN
159
Caro(a) aluno(a), neste livro, vimos os principais pontos da nossa disciplina de Pro-
cessos de Negócio. Por intermédio dele, você obteve conhecimento sobre os siste-
mas de informação empresariais e sua importância para que uma empresa se man-
tenha competitiva no mercado.
Foi apresentada também a Governança de TI, que sugere processos para o controle
dos ativos e serviços da TI de uma empresa. Percebemos que, por meio da gover-
nança, é possível uma gestão proissional da TI que melhora substancialmente a
competitividade da empresa no mercado.
Na sequência, você foi apresentado ao BPM, quando efetivamente aprendeu os
conceitos de Processos de Negócio, os benefícios e os impactos da sua utilização
nas empresas. Seguimos pelas tecnologias do BPM, mostramos, em seguida, a nota-
ção BPMN, a qual é essencial para a modelagem dos processos empresariais, com o
intuito de entendê-los e melhorá-los continuamente. Por im, apresentamos alguns
casos de modelagem com um passo a passo de como modelar alguns tipos de pro-
cessos com uma discussão clara, prática e objetiva.
Esses conteúdos foram importantes para o seu entendimento dos Processos de Ne-
gócio. Um analista de processos hoje é essencial para que a empresa se mantenha
no mercado, que se faz cada vez mais competitivo.
Tenha em mente que ainda existem muitos detalhes para se aprender, a im de que
você se torne um exímio analista de processos, uma proissão em ascendência e
totalmente ligada a TI. Esperamos ter despertado o seu interesse por essa área to-
talmente promissora nos dias de hoje. Desejamos a você todo o sucesso em sua
carreira, seja em qual área desejar seguir!
165
REFERÊNCIAS
UNIDADE I
1) Para cumprir os prazos dos clientes, a DistComp deve ter um CRM (Custom Rela-
tionship Management). Para manter estoques baixos, a empresa deve possuir um
SCM (Supply Chain Management). Para o controle de departamentos inanceiros,
vendas, logística e diretorias, será necessário um ERP (Enterprise Resource Planning).
2) a) o ERP é uma ferramenta com foco na automação e integração dos diferentes
níveis e processos empresariais. Esse tipo de solução estrutura as informações de
uma organização por meio de diferentes sistemas que atendem todos os níveis em-
presariais. Tais sistemas são os SPTS, utilizados para o processamento de transação,
SIG e SAD, utilizados para o apoio à decisão em nível de gerência média e, por im,
os SAES, para apoiar o executivo nas decisões estratégicas da empresa.
Assim, por meio do ERP, a Plus+ poderá programar e acompanhar com mais preci-
são o recebimento de peças de seus fornecedores, as quais são necessárias para a
montagem dos equipamentos. Igualmente, terá um controle mais efetivo de seus
níveis de estoque, mantendo o mínimo possível de peças paradas, isso porque o
módulo SCM do ERP possibilita esse controle à empresa. Por meio do módulo de
PRM (Partner Relationship Management), será possível controlar o relacionamen-
to com o parceiro, que, neste caso, é a DistComp, assim, a Plus+ saberá em quais
pontos deverá melhorar a relação com o parceiro e quais pontos estão sendo aten-
didos dentro dos níveis de exigência aceitáveis, conforme o contrato estabelecido.
O ERP poderá ajudar a Plus+ para uma tomada de decisão mais rápida e precisa
e, consequentemente, melhorar os seus processos organizacionais, possibilitando,
assim, aumentar a carteira de clientes e organizar as relações entre fornecedores e
parceiros.
b) Para fazer com que o ERP funcione adequadamente, dentro da Plus+, serão ne-
cessários equipamentos, como: servidores de banco de dados, servidores de aplica-
ções, hubs, switches inteligentes, roteadores para acesso à internet, servidores de
internet e segurança.
UNIDADE II
2) O COBIT relaciona-se com a ITIL por meio do domínio entrega e suporte, o qual
trata sobre o gerenciamento e monitoração de serviços. Sendo assim, a ITIL poderia
ser utilizada nesse domínio, por isso o COBIT é visto como um guarda-chuvas para a
área de TI, proporcionando a governança em nível mais alto.
UNIDADE III
UNIDADE IV
3) Uma atividade é um termo genérico para processo e tarefa. Uma tarefa é atômica
e indivisível, é o nível mínimo de uma ação. O processo é o conjunto de tarefas/ativi-
dades com uma disposição lógica para cumprir um objetivo do negócio.
UNIDADE V
c) Cliente e indústria.
f) Não se aplica.
171
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