Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Fontes Como Meios de Ensino e Aprendizagem

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 16

1

VI Grupo

Albino Jeremias Tlhemo

Fernandel Artur Joaquim Bambo

Gabriel José Joao Dalmone

Geraldo Sameson Macamo

Síria Clarinda de Castro

Selma Momad

Os meios de Ensino e Aprendizagem: Fontes da História, Documentos, Manuais e Textos de


Apoio

Licenciatura em Ensino de História

Universidade Save

Massinga

2020
2

VI Grupo

Albino Jeremias Tlhemo

Fernandel Artur Joaquim Bambo

Gabriel José Joao Dalmone

Geraldo Sameson Macamo

Síria Clarinda de Castro

Selma Momad

Os meios de Ensino e Aprendizagem: Fontes da História, Documentos, Manuais e Textos de


Apoio

Trabalho de pesquisa da cadeira de


Didáctica de Historia II, a ser
apresentado na faculdade de
Ciências Sociais e Filosóficas para
efeitos de avaliação.

Docente: Msc.. Mércia Tembissa

Universidade Save

Massinga

2020
3
4

Índice
1.Introdução.................................................................................................................................5

1.1.Objectivos..............................................................................................................................5

1.1.1.Geral....................................................................................................................................5

1.1.2.Especifico............................................................................................................................5

2.0.Metodologia...........................................................................................................................5

CAPITULO I: Fontes da História................................................................................................6

1.1.Meios de Ensino e Aprendizagem.........................................................................................6

1.2.Fontes históricas.....................................................................................................................6

1.3.Princípios Básicos do uso das Fontes Históricas no Processo de Ensino e aprendizagem de


História.........................................................................................................................................7

1.4.Tipos de Fontes da Historia...................................................................................................7

1.5.Documentos históricos como recurso didáctico.....................................................................8

1.6.Transformação do Documento em Material Didáctico..........................................................9

1.7.Avaliação das Fontes.............................................................................................................9

1.8.Importância do Uso das Fontes como Meio de Ensino e Aprendizagem..............................9

CAPITULO II: Manuais............................................................................................................11

2.1.Papel do Manual como Meio de Ensino e Aprendizagem...................................................11

2.2.Funções dos Manuais Escolares para os Alunos e Professores...........................................12

2.3.Importância dos Manuais como Meio de Ensino e Aprendizagem.....................................13

2.4.Textos de apoios...................................................................................................................13

3.Conclusão................................................................................................................................15

4.Referencias Bibliográficas......................................................................................................16
5

1.Introdução
Assim como em qualquer disciplina educacional, a História tem buscado alguns métodos
para chamar a atenção do aluno, levando o mesmo a ter interesse no conteúdo estudado em sala
de aula. São através das fontes históricas, levadas ao conhecimento do aluno, que professores
têm desenvolvido uma ampla compreensão e reflexão sobre o fato histórico com o suporte de
fontes escritas, fotografias, fontes iconográficas e museus. Essas fontes têm proporcionado ao
professor melhores discussões com os estudantes sobre as próprias fontes estudadas, de modo
que os alunos tomem uma postura crítica sobre os conteúdos abordados. A sede de saber sobre o
nosso passado e o de outros povos, vem desde sempre, porém cabe aos professores tentar sempre
renovar esse desejo e trazer novos questionamentos. Existem diversos tipos de fontes como a
escrita, a fotografia, a pintura, bem como o museu. Apesar de algumas escolas não terem acesso
a algumas dessas fontes, ainda é possível trabalhar com a qualidade o processo de ensino-
aprendizagem. Os manuais assim como os textos de apoio revelam capacidades para conduzirem
os alunos a um saber-fazer cognitivo que os ajuda a adquirir conhecimentos e os torna capazes e
competentes para exercer determinadas actividades sobre determinados conteúdos.

1.1.Objectivos

1.1.1.Geral
 Compreender os meios de ensino e aprendizagem na disciplina de história.

1.1.2.Especifico
 Descrever as fontes históricas, os manuais e textos de apoio como meio de ensino na
disciplina de história;
 Caracterizar o uso das fontes, manuais e textos de apoio por parte dos professores e
alunos;
 Explicar a importância do uso das fontes da história, manuais e textos de apoio no ensino
de história.

2.0.Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho, usaram-se vários métodos de investigação científica
como a exploração bibliográfica (leitura, analise e síntese de obras de diferentes autores),
pesquisas virtuais, e por fim a sistematização e compilação do trabalho final.
6

CAPITULO I: Fontes da História

1.1.Meios de Ensino e Aprendizagem


De acordo com LIBÂNEO (1994), meios de ensino designamos todos os meios e recursos
matérias utilizados pelo professor e pelos alunos para organização e condução metódica do
processo de ensino e aprendizagem. Os recursos de ensino são recursos humanos e materiais que
o professor utiliza para auxiliar e facilitar a aprendizagem

1.2.Fontes históricas
Fontes históricas são entendidos como vestígios de diversas naturezas deixados por sociedades
do passado. A utilização das fontes histórica não trata de buscar as origens ou a verdade de tal
fato, trata-se de entender estas enquanto registos e testemunhos dos actos históricos. É a fonte do
conhecimento histórico, e nela que se apoia o conhecimento que se produz a respeito da história.
Elas indicam a base e o ponto de apoio, o repositório dos elementos que definem os fenómenos
cujas características se buscam compreender. (SIMAN 2004, p.86).

Assim para Bloch:

“Tudo que o homem diz ou escreve, tudo que fabrica tudo o que toca pode e deve informar sobre ele”. (BLOCH,
2001, p.79.).Neste sentido, o passado deve servir para compreender como viviam os homens do passado, e
principalmente estabelecer a relação com o presente. Ainda segundo Bloch: “A ignorância do passado não se
limitaa prejudicar a compreensão do presente; compromete no presente a própria ação”. (BLOCH, 2001, p.65)

E dessa forma se as fontes históricas serem utilizadas de uma maneira que considere o
desenvolvimento cognitivo envolvido na relação de ensino e aprendizagem em história, capazes
de tornarem-se ferramentas no sentido amplo, esta pode alcançar auxiliando a compreensão do
presente através do passado.

Os alunos quando ingressam o universo escolar, possuem tácitas sobre os acontecimentos ou


instituições históricas e essas ideias funcionam como fonte de hipóteses explicativas na senda de
compreender o passado, as instituições, as pessoas, os valores, as crenças e os comportamentos.

As fontes históricas assumem um papel fundamental na prática do ensino de história, uma vez
que são capazes de ajudar o aluno a fazer diferenciações, abstracções que entre outros aspectos é
7

uma dificuldade quando tratamos de crianças e jovens em desenvolvimento cognitivo. No


entanto, diversificar as fontes utilizadas em sala de aula tem sido o maior desafio dos professores
na actualidade.

O professor age como um mediador e através do diálogo, ou seja, do entrelaçamento entre sua
fala e a fala do aluno de forma dinâmica propícia a atribuição de novos significados sobre a
história, sobre conceitos históricos. Este pode utilizar mediadores culturais (fontes históricas)
tentando circular assim uma interacção entre um objecto da história e as representações que os
alunos irão formar sobre a história. Assim: A presença de outros mediadores culturais, como os
objectos da cultura, material, visual ou simbólica, que ancorados nos procedimentos de produção
do conhecimento histórico possibilitarão a construção do conhecimento pelos alunos, tornando
possível imaginar, reconstruir o não vivido directamente, por meio de variadas fontes
documentais. (Ibd, p.88).

1.3.Princípios Básicos do uso das Fontes Históricas no Processo de Ensino e aprendizagem


de História:
 Ao fazer uso das fontes como ferramenta de aprendizagem não se deve, no entanto,
descaracteriza-la como documento histórico. O aluno deve perceber de que forma a
história é escrita e qual o valor simbólico destes artefactos para determinadas sociedades.
 É necessário que a ferramenta seja pensada como parte do sujeito em si, uma vez que esta
auxiliará o aluno a formar conceitos sobre a representação que o aluno fará dos conceitos
históricos. As fontes não devem ser usadas somente como ilustração, pois possuem uma
função específica para o ensino de história.
 Deve-se enquanto professor, considerar as operações cognitivas que o aluno sofre ao usar
sua imaginação para tentar criar um raciocínio histórico.
 Não basta apenas que o aluno evidencie os temas históricos, mas consiga estabelecer a
relação presente e passado: “propiciar a eles além do que a experiência vivida pode
revelar, identificando, nos testemunhos do passado, elementos de continuidade e de
ruptura. (Ibd, p.89)

1.4.Tipos de Fontes da Historia


 Fontes materiais: são fontes constituídas de características palpáveis e podem ser
edifícios, caminhos, instrumentos, vestidos, armas e monumentos;
8

 As fontes escritas: são uma das mais importantes bases sobre as quais se constrói a
História. Entre elas se encontram também as de tipo jornalístico: jornais, revistas e
material, gráfico, cartam, tratados, crónicas, documentos etc;
 As fontes iconográficas: são abundantes e podem ser facilmente encontradas pelos
professores. Sem dúvida, às vezes as utilizamos como meras ilustrações, sem entrar na
análise de seus conteúdos. E podem ser gravuras, quadros, desenhos etc;
 Fontes orais: são fontes que complementam a história que sabemos ou não, como dados
históricos de pessoas. (SILVA, 2006, p. 155).

1.5.Documentos históricos como recurso didáctico


Ao passo que os vestígios possibilitam conhecer como viviam os homens do passado,
estabelecendo a relação com o presente, trabalhar com documentos em sala de aula, de uma
maneira que envolva o processo cognitivo da relação de ensino e de aprendizagem, permite
alcançar a compreensão do presente por meio do passado. Além disso, o contacto dos alunos
com esse material leva-os a reflexões e aproxima os do passado, criando-lhes possibilidades de
observação e de interpretações acerca do conteúdo estudado.
A intenção é criar no aluno uma identificação, um relacionamento, e, por meio do ensino de
história, desenvolver uma prática que lhe possibilite levantar questionamentos sobre o passado e
encontrar respostas que façam o presente fazer sentido. Em outras palavras, fazer com que os
estudantes se compreendam como sujeitos históricos e adquiram consciência histórica. Em novas
práticas docentes, os documentos podem auxiliar o processo de identificação e autoconhecimento
do aluno. A quantidade de informações que o aluno, com o auxílio do professor, pode extrair dos
documentos justifica seu uso no fazer pedagógico, ampliando seu entendimento de objectos e
fatos e sua compreensão sobre diferentes contextos históricos e socioculturais. Em outros termos,
a discussão de documentos em sala de aula permite acrescentar a dimensão do tempo à
compreensão do social. Nesse sentido, o aluno e o professor são desafiados. É necessários que se
preocupem com o trabalho directo com o registo histórico. Para que realizem um trabalho
eficiente, é necessário que conheçam o contexto em que o documento foi produzido, bem como
seu autor e suas aspirações. Esse tipo de trabalho leva o aluno a elaborar e adquirir
conhecimento.
Além da diversidade de fontes e de seus diferentes usos, outro obstáculo para o professor é
seleccionar documentos que sejam atractivos para os alunos. As fontes como recurso não devem
9

trazer mais dificuldades do que gerar interesse e curiosidade da turma, pois, ao contrário, os
alunos acabam tomando rejeição pelo tema e aversão à matéria (SILVA, 2006, p. 161).

1.6.Transformação do Documento em Material Didáctico


Para transformar o documento em material didáctico, é necessário articular os métodos do
historiador aos métodos pedagógicos.
A autora esquematiza como o professor deve trabalhar com o documento em sala de aula,
primeiramente: deve descrever o documento, destacando as informações nele contidas; em
segundo lugar: deve mobilizar o conhecimento e saberes prévios dos alunos acerca do conteúdo
do documento; em terceiro lugar: identificar junto com os alunos a origem do documento,
explorando esse aspecto; depois, situar o documento no contexto em que surgiu e em relação a
quem o produziu. Assim, deve explicar o documento associando as informações nele contidas
com os descobrimentos anteriores. Nesse ponto, pode identificar os limites e o interesse do
documento, em outras palavras, criticá-lo. (BITTENCOURT, 2005, p. 353)

1.7.Avaliação das Fontes


Avaliar as fontes trata-se de introduzir os estudantes na crítica às fontes uma vez que os
documentos que nos informam dobrem o passado foram geralmente manipulados, tergiversados,
chegam incompletos e alguns deles totalmente falseados. Mesmo que não houvesse manipulação
ou falseamento deliberado, cada fonte expressa a óptica particular de um indivíduo, ou de seu
grupo, família, clã; além disso, surge em determinado contexto, geralmente repleto de
contradições, tensões ou tendências. Tudo isto deve ser descoberto para poder avaliar
correctamente a informação que aquela determinada fonte nos proporciona. É preciso, também,
contrastar as fontes com outras distintas, contrárias, para estabelecer todas as posições e
perspectivas possíveis. A realidade não é nunca a soma de todas as partes de um todo. Não
podemos analisar cada parte em separado; deve-se estudar toda a documentação de forma global,
entendendo-a como diversos enfoques sobre um mesmo problema. (SIMAN, 2004, p.91)

1.8.Importância do Uso das Fontes como Meio de Ensino e Aprendizagem


As fontes históricas assumem um papel fundamental na prática do ensino de história, uma vez
que são capazes de ajudar o aluno a fazer diferenciações, abstracções que entre outros aspectos é
10

uma dificuldade quando tratamos de crianças e jovens em desenvolvimento cognitivo. São


através das fontes históricas, levadas ao conhecimento do aluno, que professores têm
desenvolvido uma ampla compreensão e reflexão sobre o fato histórico com o suporte de fontes
escritas, fotografias, fontes iconográficas e museus. Essas fontes têm proporcionado ao professor
melhores discussões com os estudantes sobre as próprias fontes estudadas, de modo que os
alunos tomem uma postura crítica sobre os conteúdos abordados. É através dessas fontes que o
professor de História pode levar para a sala de aula uma compreensão melhor do conteúdo dado
e, assim, fazer com que o aluno melhor compreenda o fato estudado. Hoje em dia podemos
encontrar esses documentos em bibliotecas, videotecas, museus e na internet. (Ibd,p.94)
11

CAPITULO II: Manuais

Manuais
Segundo CHOPPIN (1992, p. 11) Etimologicamente, o termo “manual escolar” deriva de “obra
manuseável”, de formato e peso reduzidos, conceito que no século XIX era atribuído, entre
outras designações, a um “guia prático”, na acessão de compilação de conselhos, de receitas ou
de regras alusivas ao desempenho de uma profissão. A actual designação de “manual escolar”
resultou da recuperação deste termo e sua utilização no domínio da educação.
BÉNITEZ (2000, p. 6) define os manuais escolares como livros manuseáveis à escala da mão –
quer dizer, tanto pelo seu tamanho como pelo seu conteúdo, albergam saberes básicos
essenciais”. Para o autor, estes são objectos que veiculam conteúdos, informações e saberes a
serem transmitidos, tendo como base um currículo escolar formal.
Em alinhamento com esta perspectiva, o manual escolar pode ser entendido como um
instrumento impresso e estruturado de forma intencional para proporcionar um processo de
aprendizagem, que se pretende eficaz caracterizando-se ainda pela apresentação progressiva e
sistemática dos objectivos e conteúdos dos programas em vigor, constituindo-se como a essência
dos conhecimentos sobre um domínio específico.
BRITO (1999, p. 143), afirma que os manuais revelam capacidades para conduzirem os alunos a
“um saber-fazer cognitivo”, que os ajuda a adquirir conhecimentos e os torna capazes e
competentes para “exercer determinadas actividades sobre determinados conteúdos”.

2.1.Papel do Manual como Meio de Ensino e Aprendizagem


Na visão de SÉGUIN, (1989, p.17) No que respeita à sua utilização, os manuais escolares podem
assumir papéis de carácter muito diverso, nomeadamente: informativo, estruturador e
organizacional ou ainda como guia de aprendizagem.
 Papel informativo
O papel informativo, diz respeito ao facto de os manuais escolares apresentarem uma selecção
de itens de informações/conteúdos sobre um determinado assunto ou tema.
A selecção e organização dessa informação faz-se visando a aquisição de conhecimentos pelos
alunos, de forma progressiva e sequencial, atendendo ao currículo dos diversos anos de
escolaridade, privilegiando a coerência, a síntese, o rigor, a clareza e a adequação às
características e ao nível dos alunos.
12

 Papel estruturador e organizacional


No que concerne o papel estruturador e organizacional dos manuais escolares, enfatiza-se o facto
de o manual mediar o processo de ensino e aprendizagem através da sua organização em
“unidades” e “sequências” de aprendizagem. Por via da sua estrutura e organização interna, o
manual oferece aos alunos diferentes possibilidades de construção de conhecimento,
nomeadamente:
 Partindo de uma experiência prática para a demonstração de uma teoria;
 Partindo da teoria para exercícios práticos com avaliação do que foi aprendido;
 Partindo de exercícios práticos para uma elaboração teórica;
 Partindo de declarações para exemplos e ilustrações, ou partindo de exemplos e
ilustrações para observação e a análise.

 Papel dos manuais escolares como guias da aprendizagem


Relativamente ao papel dos manuais escolares enquanto guias da aprendizagem dos alunos,
considera-se a sua função de auxílio à compreensão e assimilação dos conteúdos. Aqui, a mera
leitura do manual é complementada com sugestões de actividades e exercícios com o propósito
de orientar o aluno no aprofundamento de conhecimentos e competências, procurando levá-lo
além da informação veiculada no Manual.

2.2.Funções dos Manuais Escolares para os Alunos e Professores


GÉRARD e ROEGIERS (1998, p.83) No que respeita às funções dos manuais escolares
distinguem duas categorias básicas: as funções relativas ao trabalho dos alunos e às suas
aprendizagens e as funções referentes ao trabalho dos professores e ao ensino.

Funções dos Manuais relativas aos Alunos


No que respeita às funções relativas aos alunos, destacam os seguintes aspectos:
 Transmissão de conhecimentos;
 Desenvolvimento de capacidades e de competências;
 Consolidação das aquisições e aprendizagens;
 Avaliação das aquisições;
 Ajuda na integração das aquisições e ainda a função de educação social e cultural.
13

Funções do manual relativas aos professores


Quanto às funções do manual escolar relativas ao trabalho do professor, no entender dos mesmos
autores, esta deverá ser, essencialmente, de “formação”. O manual é assim entendido como um
instrumento que permitirá ao docente um melhor desempenho profissional no desenvolvimento
do processo de ensino, contribuindo, desta forma para a inovação pedagógica. Nesta perspectiva
os autores referem-se as seguintes funções:
 A função de “informação científica geral”, que fornece ao professor conhecimentos
indispensáveis sobre as matérias disciplinares, complementos de informação;
 A função de “formação pedagógica” ligada à disciplina, contribuindo para a formação
contínua do professor com vista à sua actualização didáctica e renovação pedagógica;
 A função de ajuda nas aprendizagens e na gestão das aulas, propondo orientações para a
concretização das aprendizagens ou sugerindo “pistas” para a exploração de novos
percursos de aprendizagem;
 A função de “ajuda na avaliação” das aquisições, considerando o manual como um
instrumento de avaliação formativa, auxiliando na análise de erros e propondo adequadas
pistas de remediarão.

2.3.Importância dos Manuais como Meio de Ensino e Aprendizagem


O manual dispõe de imensa importância como meio de ensino e aprendizagem, pois
frequentemente é o principal ou mesmo o único utensílio de aprendizagem utilizado nas aulas.
Este orienta e regula as actividades de ensino e aprendizagem, servindo como referência ao
professor e aos alunos que, através da sua leitura e interpretação, recolhem a informação destes,
sistematizam-na e avaliam os seus conhecimentos. Para muitos professores, a aula é
indissociável da presença do manual. Este determina os conteúdos de aprendizagem, estrutura o
ritmo de trabalho entre o tempo de explicação das matérias e a realização de tarefas de aplicação
e desenvolvimento de conhecimentos e define os instrumentos de avaliação do aprendido
(IGREJA, 2004,p.1)

2.4.Textos de apoios
O Professor, independente da sua área de formação, deve ter o texto como instrumento de
trabalho. Este, por sua vez, deveria ocupar lugar de destaque no quotidiano escolar, pois, através
14

do trabalho orientado para leitura, o aluno consegui apreender conceitos, apresentar informações
novas, comparar pontos de vista, argumentar, etc. Dessa forma, o aluno poderá caminhar adiante
na conquista de sua autonomia no processo de aprendizado.

Os textos de apoio são meios didácticos de ensino ou instrumentos de leitura produzido pelos
professores para auxiliarem os alunos no processo de ensino e aprendizagem na sala de aulas
assim como fora desta, estes textos unem os conteúdos das disciplinas a um contexto social que
deverá instigar no aluno o espírito de leitura, assim como os manuais.

Os textos de apoio ou fichas didácticas, são usados normalmente em aulas presenciais mais
também muito usados no ensino a distância, em forma de módulos. Estes textos englobam:
 Fichas de noções;
 Fixas de exercícios;
 E fixas de correcção.
Cada tema estudado recebe uma numeração de acordo com a sequência do programa. Os alunos
vão estudando os conteúdos, resolvendo os exercícios e comparando as suas respostas com as
quais estão contidas nas fichas de correcção.
Através da produção dos textos de apoio, o papel do professor como auxiliar e mediador do
processo de ensino e aprendizagem principalmente em história, torna-se muito importante visto
que este estará monitorizando ou ajudando o seu aluno mesmo distante deste. Os textos de apoio
são muito importantes no processo de ensino e aprendizagem em história, pois é uma disciplina
que exige muita leitura, para a interpretação das fontes ou documentos históricos. (MAGGIO,
1997, p. 13)
15

3.Conclusão
Terminado o presente trabalho, conclui se que no uso das fontes históricas como meios de ensino
e aprendizagem o professor age como um mediador, como em todo o processo de ensino e
aprendizagem e através do diálogo com o seu aluno de forma dinâmica propícia a atribuição de
novos significados sobre a história e os seus conceitos. E no ensino de história os professores
podem utilizar mediadores culturais (fontes históricas) tentando circular assim uma interacção
entre um objecto da história e as representações que os alunos irão formar sobre a história. No
uso das fontes como meio de ensino na disciplina de história, o professor tem a função de instruir
os alunos avaliar as fontes, pois nem todas as fontes apresentam a verdade total inerente a
historia do passado, as vezes constituem vestígios, documentos ou testemunhos que precisam de
análise ou avaliação crítica por parte dos estudantes de história ou historiadores que querem
usufruir de algum conhecimento dessas mesmas fontes. Conclui-se também que os manuais
determina os conteúdos de aprendizagem, estrutura o ritmo de trabalho entre o tempo de
explicação das matérias e a realização de tarefas de aplicação e o desenvolvimento de
conhecimentos e define os instrumentos de avaliação do aprendido. O manual constitui, assim, o
principal mediador curricular desempenhando um papel fundamental já que comporta e estrutura
um conjunto de informações formais para o contexto de transmissão e aquisição, determinando
os conhecimentos que são discutidos na sala de aula e a forma como aqueles são ensinados.
16

4.Referencias Bibliográficas
1.BÉNITEZ, M. P.Historia de la educación - Revista interuniversitária, Salamanca. 2000.
2.BRITO, A. A Problemática da Adopção dos Manuais Escolares: Critérios e Reflexões, 1999.
3.BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: Fundamentos e métodos. São
Paulo: Cortez, 2005.
4.BLOCH, Marc. Apologia da História ou ofício do historiador. Brasil: Jorge Zahar Ed., 2001.
5.CHOPPIN, A. Les manuels scolaires: Histoire et actualité. Paris, Hachette Education, 1992.
GÉRARD, F. M. & ROEGIERS, X., Conceber e avaliar manuais escolares. Porto, Porto
Editora.1998.
6. IGREJA, M. A educação para a cidadania nos programas e manuais escolares de história e
geografia de Portugal e História - 2.º e 3.º ciclos do ensino básico: da reforma curricular
(1989) à reorganização curricular (2001), Portugal. 2004.
7.LIBÂNEO, José Carlos, Didática, Cortez Editora ; São Paulo, 1994
8.MAGGIO, Mariana. O campo da Tecnologia Educacional: Algumas propostas para a sua
reconceitualização. Brasil, 1997.

9.SÉGUIN, R. The Elaboration of schooltextbooks - Methodological guide, Unesco: Divison of


Educational Sciences, contents and methods of education, 1989.
10.SIMAN, Lana Mara de Castro. O papel dos mediadores culturais e da acção mediadora do
professor no processo de construção do conhecimento histórico dos alunos. 2004.
11.SILVA, Kalina Vanderlei e SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. São
Paulo: Contexto, 2006.

Você também pode gostar