Fontes Como Meios de Ensino e Aprendizagem
Fontes Como Meios de Ensino e Aprendizagem
Fontes Como Meios de Ensino e Aprendizagem
VI Grupo
Selma Momad
Universidade Save
Massinga
2020
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VI Grupo
Selma Momad
Universidade Save
Massinga
2020
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Índice
1.Introdução.................................................................................................................................5
1.1.Objectivos..............................................................................................................................5
1.1.1.Geral....................................................................................................................................5
1.1.2.Especifico............................................................................................................................5
2.0.Metodologia...........................................................................................................................5
1.2.Fontes históricas.....................................................................................................................6
2.4.Textos de apoios...................................................................................................................13
3.Conclusão................................................................................................................................15
4.Referencias Bibliográficas......................................................................................................16
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1.Introdução
Assim como em qualquer disciplina educacional, a História tem buscado alguns métodos
para chamar a atenção do aluno, levando o mesmo a ter interesse no conteúdo estudado em sala
de aula. São através das fontes históricas, levadas ao conhecimento do aluno, que professores
têm desenvolvido uma ampla compreensão e reflexão sobre o fato histórico com o suporte de
fontes escritas, fotografias, fontes iconográficas e museus. Essas fontes têm proporcionado ao
professor melhores discussões com os estudantes sobre as próprias fontes estudadas, de modo
que os alunos tomem uma postura crítica sobre os conteúdos abordados. A sede de saber sobre o
nosso passado e o de outros povos, vem desde sempre, porém cabe aos professores tentar sempre
renovar esse desejo e trazer novos questionamentos. Existem diversos tipos de fontes como a
escrita, a fotografia, a pintura, bem como o museu. Apesar de algumas escolas não terem acesso
a algumas dessas fontes, ainda é possível trabalhar com a qualidade o processo de ensino-
aprendizagem. Os manuais assim como os textos de apoio revelam capacidades para conduzirem
os alunos a um saber-fazer cognitivo que os ajuda a adquirir conhecimentos e os torna capazes e
competentes para exercer determinadas actividades sobre determinados conteúdos.
1.1.Objectivos
1.1.1.Geral
Compreender os meios de ensino e aprendizagem na disciplina de história.
1.1.2.Especifico
Descrever as fontes históricas, os manuais e textos de apoio como meio de ensino na
disciplina de história;
Caracterizar o uso das fontes, manuais e textos de apoio por parte dos professores e
alunos;
Explicar a importância do uso das fontes da história, manuais e textos de apoio no ensino
de história.
2.0.Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho, usaram-se vários métodos de investigação científica
como a exploração bibliográfica (leitura, analise e síntese de obras de diferentes autores),
pesquisas virtuais, e por fim a sistematização e compilação do trabalho final.
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1.2.Fontes históricas
Fontes históricas são entendidos como vestígios de diversas naturezas deixados por sociedades
do passado. A utilização das fontes histórica não trata de buscar as origens ou a verdade de tal
fato, trata-se de entender estas enquanto registos e testemunhos dos actos históricos. É a fonte do
conhecimento histórico, e nela que se apoia o conhecimento que se produz a respeito da história.
Elas indicam a base e o ponto de apoio, o repositório dos elementos que definem os fenómenos
cujas características se buscam compreender. (SIMAN 2004, p.86).
“Tudo que o homem diz ou escreve, tudo que fabrica tudo o que toca pode e deve informar sobre ele”. (BLOCH,
2001, p.79.).Neste sentido, o passado deve servir para compreender como viviam os homens do passado, e
principalmente estabelecer a relação com o presente. Ainda segundo Bloch: “A ignorância do passado não se
limitaa prejudicar a compreensão do presente; compromete no presente a própria ação”. (BLOCH, 2001, p.65)
E dessa forma se as fontes históricas serem utilizadas de uma maneira que considere o
desenvolvimento cognitivo envolvido na relação de ensino e aprendizagem em história, capazes
de tornarem-se ferramentas no sentido amplo, esta pode alcançar auxiliando a compreensão do
presente através do passado.
As fontes históricas assumem um papel fundamental na prática do ensino de história, uma vez
que são capazes de ajudar o aluno a fazer diferenciações, abstracções que entre outros aspectos é
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O professor age como um mediador e através do diálogo, ou seja, do entrelaçamento entre sua
fala e a fala do aluno de forma dinâmica propícia a atribuição de novos significados sobre a
história, sobre conceitos históricos. Este pode utilizar mediadores culturais (fontes históricas)
tentando circular assim uma interacção entre um objecto da história e as representações que os
alunos irão formar sobre a história. Assim: A presença de outros mediadores culturais, como os
objectos da cultura, material, visual ou simbólica, que ancorados nos procedimentos de produção
do conhecimento histórico possibilitarão a construção do conhecimento pelos alunos, tornando
possível imaginar, reconstruir o não vivido directamente, por meio de variadas fontes
documentais. (Ibd, p.88).
As fontes escritas: são uma das mais importantes bases sobre as quais se constrói a
História. Entre elas se encontram também as de tipo jornalístico: jornais, revistas e
material, gráfico, cartam, tratados, crónicas, documentos etc;
As fontes iconográficas: são abundantes e podem ser facilmente encontradas pelos
professores. Sem dúvida, às vezes as utilizamos como meras ilustrações, sem entrar na
análise de seus conteúdos. E podem ser gravuras, quadros, desenhos etc;
Fontes orais: são fontes que complementam a história que sabemos ou não, como dados
históricos de pessoas. (SILVA, 2006, p. 155).
trazer mais dificuldades do que gerar interesse e curiosidade da turma, pois, ao contrário, os
alunos acabam tomando rejeição pelo tema e aversão à matéria (SILVA, 2006, p. 161).
Manuais
Segundo CHOPPIN (1992, p. 11) Etimologicamente, o termo “manual escolar” deriva de “obra
manuseável”, de formato e peso reduzidos, conceito que no século XIX era atribuído, entre
outras designações, a um “guia prático”, na acessão de compilação de conselhos, de receitas ou
de regras alusivas ao desempenho de uma profissão. A actual designação de “manual escolar”
resultou da recuperação deste termo e sua utilização no domínio da educação.
BÉNITEZ (2000, p. 6) define os manuais escolares como livros manuseáveis à escala da mão –
quer dizer, tanto pelo seu tamanho como pelo seu conteúdo, albergam saberes básicos
essenciais”. Para o autor, estes são objectos que veiculam conteúdos, informações e saberes a
serem transmitidos, tendo como base um currículo escolar formal.
Em alinhamento com esta perspectiva, o manual escolar pode ser entendido como um
instrumento impresso e estruturado de forma intencional para proporcionar um processo de
aprendizagem, que se pretende eficaz caracterizando-se ainda pela apresentação progressiva e
sistemática dos objectivos e conteúdos dos programas em vigor, constituindo-se como a essência
dos conhecimentos sobre um domínio específico.
BRITO (1999, p. 143), afirma que os manuais revelam capacidades para conduzirem os alunos a
“um saber-fazer cognitivo”, que os ajuda a adquirir conhecimentos e os torna capazes e
competentes para “exercer determinadas actividades sobre determinados conteúdos”.
2.4.Textos de apoios
O Professor, independente da sua área de formação, deve ter o texto como instrumento de
trabalho. Este, por sua vez, deveria ocupar lugar de destaque no quotidiano escolar, pois, através
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do trabalho orientado para leitura, o aluno consegui apreender conceitos, apresentar informações
novas, comparar pontos de vista, argumentar, etc. Dessa forma, o aluno poderá caminhar adiante
na conquista de sua autonomia no processo de aprendizado.
Os textos de apoio são meios didácticos de ensino ou instrumentos de leitura produzido pelos
professores para auxiliarem os alunos no processo de ensino e aprendizagem na sala de aulas
assim como fora desta, estes textos unem os conteúdos das disciplinas a um contexto social que
deverá instigar no aluno o espírito de leitura, assim como os manuais.
Os textos de apoio ou fichas didácticas, são usados normalmente em aulas presenciais mais
também muito usados no ensino a distância, em forma de módulos. Estes textos englobam:
Fichas de noções;
Fixas de exercícios;
E fixas de correcção.
Cada tema estudado recebe uma numeração de acordo com a sequência do programa. Os alunos
vão estudando os conteúdos, resolvendo os exercícios e comparando as suas respostas com as
quais estão contidas nas fichas de correcção.
Através da produção dos textos de apoio, o papel do professor como auxiliar e mediador do
processo de ensino e aprendizagem principalmente em história, torna-se muito importante visto
que este estará monitorizando ou ajudando o seu aluno mesmo distante deste. Os textos de apoio
são muito importantes no processo de ensino e aprendizagem em história, pois é uma disciplina
que exige muita leitura, para a interpretação das fontes ou documentos históricos. (MAGGIO,
1997, p. 13)
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3.Conclusão
Terminado o presente trabalho, conclui se que no uso das fontes históricas como meios de ensino
e aprendizagem o professor age como um mediador, como em todo o processo de ensino e
aprendizagem e através do diálogo com o seu aluno de forma dinâmica propícia a atribuição de
novos significados sobre a história e os seus conceitos. E no ensino de história os professores
podem utilizar mediadores culturais (fontes históricas) tentando circular assim uma interacção
entre um objecto da história e as representações que os alunos irão formar sobre a história. No
uso das fontes como meio de ensino na disciplina de história, o professor tem a função de instruir
os alunos avaliar as fontes, pois nem todas as fontes apresentam a verdade total inerente a
historia do passado, as vezes constituem vestígios, documentos ou testemunhos que precisam de
análise ou avaliação crítica por parte dos estudantes de história ou historiadores que querem
usufruir de algum conhecimento dessas mesmas fontes. Conclui-se também que os manuais
determina os conteúdos de aprendizagem, estrutura o ritmo de trabalho entre o tempo de
explicação das matérias e a realização de tarefas de aplicação e o desenvolvimento de
conhecimentos e define os instrumentos de avaliação do aprendido. O manual constitui, assim, o
principal mediador curricular desempenhando um papel fundamental já que comporta e estrutura
um conjunto de informações formais para o contexto de transmissão e aquisição, determinando
os conhecimentos que são discutidos na sala de aula e a forma como aqueles são ensinados.
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4.Referencias Bibliográficas
1.BÉNITEZ, M. P.Historia de la educación - Revista interuniversitária, Salamanca. 2000.
2.BRITO, A. A Problemática da Adopção dos Manuais Escolares: Critérios e Reflexões, 1999.
3.BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: Fundamentos e métodos. São
Paulo: Cortez, 2005.
4.BLOCH, Marc. Apologia da História ou ofício do historiador. Brasil: Jorge Zahar Ed., 2001.
5.CHOPPIN, A. Les manuels scolaires: Histoire et actualité. Paris, Hachette Education, 1992.
GÉRARD, F. M. & ROEGIERS, X., Conceber e avaliar manuais escolares. Porto, Porto
Editora.1998.
6. IGREJA, M. A educação para a cidadania nos programas e manuais escolares de história e
geografia de Portugal e História - 2.º e 3.º ciclos do ensino básico: da reforma curricular
(1989) à reorganização curricular (2001), Portugal. 2004.
7.LIBÂNEO, José Carlos, Didática, Cortez Editora ; São Paulo, 1994
8.MAGGIO, Mariana. O campo da Tecnologia Educacional: Algumas propostas para a sua
reconceitualização. Brasil, 1997.