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AULA 3
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Figura 1 – Cisalhamento
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1. Recalque: uma porção da peça sofre a ação da ponta da ferramenta e
se deforma permanentemente. Neste momento, o material ainda
pertence à peça, não foi removido, ele apenas é recalcado.
2. Deslizamento: o material recalcado sofre deformação plástica e a tensão
aumenta na região de corte até que ocorra o deslizamento dessa porção
do material da peça, por meio do fenômeno de cisalhamento.
3. Ruptura: o material cisalhado é destacado da peça, formando o cavaco.
A ruptura pode ser total ou parcial, dependendo do material da peça e
das condições de usinagem. Em algumas condições especiais, a ruptura
do cavaco pode até não ocorrer.
4. Escorregamento: o cavaco escorrega sofre a superfície de saída da
ferramenta, permitindo a repetição das etapas anteriores e, assim, a
formação contínua de novo cavaco.
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pode prejudicar o acabamento superficial. Já o cavaco enrolado na
ferramenta pode provocar sua quebra.
Aumentar a segurança do operador: um cavaco longo pode cortar o
operador; cavacos em formas de pequenas partículas podem voar do
processo e atingir o operador.
Facilitar o manuseio e armazenamento dos cavacos: os cavacos em fita
enroscam facilmente e ocupam maior volume de armazenamento; Os
cavacos descontínuos são menores e mais difíceis de manusear, mas
ocupam menor volume de armazenamento.
Controlar a força de corte: cavacos muito espessos aumentam a força
de corte; a utilização de quebra cavacos em geral aumenta a força e a
potência de corte.
Reduzir o desperdício de tempo: quando o cavaco se enrola na peça e
na ferramenta é necessário parar o processo para removê-lo. Muitas
vezes, os operadores tentam remover o cavaco com a máquina em
funcionamento, o que também aumenta o risco de acidentes.
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Os cavacos podem ser modificados, melhorando o desempenho do
processo, proporcionando mais segurança ao operador, aumentando a
durabilidade da ferramenta e até melhorando o acabamento da peça.
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A forma mais conveniente é, geralmente, a helicoidal. O cavaco em
lascas é preferido nas condições em que pode ser removido pelo fluido de
corte ou quando há pouco espaço disponível para o resíduo. O cavaco em fita
é o mais problemático, pois pode se enrolar na ferramenta ou na peça,
causando danos, riscos de acidentes e parada do processo de usinagem.
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Os cavacos contínuos são caracterizados por um longo comprimento.
Ocorrem principalmente na usinagem de materiais dúcteis, com pequenos e
médios avanços, altas velocidades de corte e grandes ângulos de saída da
ferramenta. Esse tipo de cavaco é formado quando o material é recalcado ao
chegar à aresta de corte e escorrega pela superfície de saída da ferramenta
sem que ocorra a ruptura. Eles podem ser mais facilmente resfriados e
direcionados. Em situações de furação, por exemplo, o cavaco contínuo pode
ser o mais desejado porque vai naturalmente sair do furo durante o processo.
Se o material da peça for mais macio, ocorre pouca deformação plástica, a
ruptura ocorre apenas parcialmente e o cavaco resultante é contínuo. Um
exemplo é o cavaco gerado na usinagem do aço-carbono.
Os cavacos descontínuos ocorrem principalmente quando a tensão é
suficiente para gerar uma trinca que, ao propagar-se pelo plano de
cisalhamento, provoca a ruptura total do cavaco. O resultado final costuma ser
um cavaco curto, que vai ocupar menor espaço e não vai enroscar durante a
usinagem. Entretanto, são cavacos que podem ser lançados quando a
usinagem ocorre em altas velocidades de corte. Se o material da peça for mais
duro, a deformação plástica é maior, a ruptura é total e o cavaco resultante é
descontínuo. O exemplo pode ser tomado na usinagem de uma peça de ferro
fundido cinzento.
Outro aspecto importante que devemos considerar na formação dos
cavacos diz respeito ao calor que é gerado internamente no cavaco durante a
usinagem pela combinação de altas taxas de deformação com um forte atrito
entre a peça, a ferramenta e o cavaco. A figura a seguir mostra a distribuição
de temperaturas durante a usinagem de uma peça de aço-carbono com
ferramenta de metal duro e velocidade de corte de 60 m/min.
O cavaco tem geralmente uma face lisa e outra face áspera. Pense
agora: qual lado escorregou sobre a superfície da ferramenta: o lado liso ou o
lado áspero?
Fonte: Shutterstock.
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de pontos de baixa resistência do material quanto da concentração de tensão
no material que foi usinado.
Durante a usinagem, as elevadas pressões de corte fazem com que o
material da peça ocupe as reentrâncias de rugosidade da ferramenta,
aumentando a área de contato. Para haver o deslizamento, quando a força
normal é grande, o cavaco é deformado sobre o material da ferramenta e tem
de haver cisalhamento na região interna do cavaco. Este efeito é desejável na
medida em que favorece sua quebra.
Em certas condições, principalmente na usinagem de materiais dúcteis
com baixas velocidades de corte, podemos observar um fenômeno chamado
Aresta Postiça de Corte (APC), conforme ilustrado na figura a seguir.
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O fenômeno da aresta postiça de corte é cíclico e pode resultar na
redução da vida útil da ferramenta ou em sua quebra. Para evitar esse tipo de
problema, é recomendado, em geral, a aplicação de fluidos lubrificantes ou o
aumento da velocidade de corte.
Fonte: Shutterstock.
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Figura 11 – Exemplo
Figura 12 – Exemplo 2
𝐹𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 = 𝐾𝑐 𝐴
𝐴 = 𝑏ℎ
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Onde:
Fcorte = Força de corte (N);
Kc = Coeficiente da força específica de corte (N/mm²);
A = Área da seção transversal do cavaco (mm²);
b = Largura do cavaco (mm);
h = Espessura do cavaco (mm).
𝑓𝑛 𝐾𝑐 sin 𝜃
𝐹𝑓𝑢𝑟 = ∅
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𝑄𝐾𝑐
𝑃𝑓𝑢𝑟 =
60000𝜂
𝑉𝑓 𝐴𝑡
𝑄=
1000
𝑉𝑓 = 𝑓𝑁
1000𝑣𝑐
𝑁=
∅𝜋
𝜋∅2
𝐴𝑡 =
4
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Onde:
Ffur = força na direção de avanço para furação (N)
Pfur = potência de corte na furação com broca (kW)
f = avanço (mm/rot)
Kc = coeficiente da força específica de corte (N/mm²)
Θ = ângulo de entrada (°)
Q = taxa de remoção de cavacos (mm³/min)
η = rendimento da furadeira (%)
Vf = velocidade de avanço (mm/min)
N = número de rotações por minuto (rpm)
vc = velocidade de corte (m/min)
At = área da seção transversal da broca (mm²)
π = 3,14159265
Ø = diâmetro da broca (mm)
𝐹𝑡𝑜𝑟 = 𝑎𝑝 𝑓𝐾𝑐
𝑎𝑝 𝑓𝑣𝑐 𝐾𝑐
𝑃𝑡𝑜𝑟 =
60000𝜂
Onde:
Ftor = força de corte no torneamento (N)
Ptor = potência de corte no torneamento (kW)
ap = profundidade de corte (mm)
f = avanço (mm/rot)
vc = velocidade de corte (m/min)
Kc = coeficiente da força específica de corte (N/mm²)
η = rendimento do torno (%)
𝑎𝑝 𝑎𝑒 𝑣𝑓 𝐾𝑐
𝑃𝑓𝑟𝑒𝑠 =
60. 106 𝜂
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𝑉𝑓 = 𝑓𝑧 𝑁𝑧
Exemplo
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Aplicando a equação de cálculo para força de corte no torneamento:
𝐹𝑡𝑜𝑟 = 𝑎𝑝 𝑓𝑛 𝐾𝑐
𝑎𝑝 𝑓𝑛 𝑣𝑐 𝐾𝑐
𝑃𝑡𝑜𝑟 =
60000𝜂
Figura 13 – Dinamômetro
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O dinamômetro, geralmente utilizado em operações de fresamento e
torneamento, permite medir as componentes da força de corte em três direções
ortogonais. Para se medir o torque, utiliza-se o dinamômetro de torção.
Figura 15 – Wattímetro
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Várias máquinas tem um indicador da faixa de operação do
equipamento, conforme ilustrado na figura a seguir.
NA PRÁTICA
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( ) O quebra cavacos serve para evitar a formação de cavacos
descontínuos e, dessa forma, aumentar a vida útil da ferramenta.
( ) O cavaco de furação é de difícil remoção da região de corte, porque
é gerado no fundo do furo durante a usinagem.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
ISO 1993
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RESPOSTAS
1. V, F, V, F, F, V, V, F, V.
2. E.
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